PENAL I

PRINCÍPIOS, INTERPRETAÇÃO E LEI PENAL

NO TEMPO
DÉBORA RASSI
 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS PENAIS E
PRINCÍPIOS PENAIS
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS PENAIS: PRINCÍPIOS PENAIS:

• SÃO REGRAS MÁXIMAS, BASILARES DO

• SÃO REGRAS MÁXIMAS, BASILARES
DIREITO PENAL, QUE PRESERVAM DIREITOS
FUNDAMENTAIS E ORIENTAM O DO DIREITO, IGUALMENTE
LEGISLADOR NA CRIAÇÃO DE LEIS IMPORTANTES, NÃO PREVISTOS,
INFRACONSTITUCIONAIS NECESSARIAMENTE NA
• OS PRINCÍPIOS PODEM SER EXPRESSOS CONSTITUIÇÃO FEDERAL
(ESCRITOS) OU IMPLÍCITOS (NÃO ESCRITOS),
• OS PRINCÍPIOS ORIENTAM A CRIAÇÃO
AMBOS SÃO IGUALMENTE IMPORTANTES
E A INTERPRETAÇÃO DA LEI
 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS PENAIS E
PRINCÍPIOS PREVISTOS NO CÓDIGO PENAL
• 1. LEGALIDADE
• RESERVA LEGAL – NÃO HÁ CRIME SEM LEI ANTERIOR QUE O DEFINA
• ANTERIORIDADE – NÃO HÁ PENA SEM PRÉVIA COMINAÇÃO DA PENA
• PROIBIÇÃO DE ANALOGIA IN MALAM PARTEM – SE NÃO HÁ PREVISÃO LEGAL DA CONDUTA COMO SENDO CRIMINOSA NÃO PODE ENQUADRÁ-LA EM
DISPOSITIVO LEGAL SOBRE OUTRA HIPÓTESE
• 2. CULPABILIDADE – PARA QUE O AGENTE RESPONDA PELO CRIME DEVERÁ TER ELE AGIDO COM INTENÇÃO DE PRATICÁ-LO (DOLO) OU ATINGIR O RESULTADO
SEM QUERER, MAS POR DESCUIDO (CULPA)
• 3. INTERVENÇÃO MÍNIMA – DIREITO PENAL DEVE INTERVIR SOMENTE QUANDO ESTRITAMENTE NECESSÁRIO
• PRINCÍPIO DA FRAGUIMENTALIDADE – O DIREITO PENAL PROTEGE OS BENS JURÍDICOS MAIS IMPORTANTES
• PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE – O DIREITO PENAL É APLICADO QUANDO OS OUTROS DIREITOS FALHAREM, É SOLDADO DA RESERVA, ULTIMA RATIO.
• 4. HUMANIDADE DA PENA – A PENA DEVE RESPEITAR O SER HUMANO COMO ELE É, NÃO SE ADMITE PENA DE MORTE, CRUEL, DESTERRO, TRABALHO FORÇADO
• 5. PESSOALIDADE, PERSONALIDADE OU INTRANSCENDÊNCIA – A PENA NÃO PASSA DA PESSOA DO CONDENADO (NÃO PASSA PARA A ESPOSA, FILHO ... DO
CRIMINOSO)
• 6. INDIVIDUALIZAÇÃO – SÓ RESPONDE PELO QUE FEZ E A PENA SERÁ DE ACORDO COM O MERECIMENTO DO AGENTE CRIMINOSO
• 7. LESIVIDADE – NÃO HÁ CRIME SE NÃO HOUVER OFENSA A ALGUM BEM JURÍDICAMENTE TUTELADO
• 8. ALTERIDADE – A CONDUTA CRIMINOSA ATINGE TERCEIROS, NÃO HÁ CRIME CONTRA SI MESMO, QUE NÃO ATINJA OUTREM
• 9 ADEQUAÇÃO SOCIAL – CRIMES SÃO AQUELES QUE A SOCIEDADE NÃO ACEITA, SE ELA ACEITA CERTAS CONDUTAS, LOGO NÃO PODEM SER AMPARADAS PELA
TUTELA PENAL
 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS PENAIS
(REGRAS PENAIS QUE PELA IMPORTÂNCIA
ESTÃO PREVISTAS DA CF/88
• LEGALIDADE
• PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL – NÃO Á CRIME SEM LEI. NÃO HÁ PENA SEM LEI
• PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE – A LEI DEVE EXISTIR ANTES DO FATO CRIMINOSO

• CULPABILIDADE – A PELA É APLICADA A QUEM TEM CAPACIDADE DE AUTODETERMINAR-SE

• INTERVENÇÃO MÍNIMA - O DIREITO PENAL DEVE SER A ULTIMA RATIO (QUANDO OS DEMAIS RAMOS DO
DIRETO FALHAREM)
• HUMANIDADE – NÃO HÁ PENA DE MORTE, SALVO CASO DE GUERRA, PERPÉTUA, CRUÉIS, BANIMENTO
• PESSOALIDADE – A PENA NÃO PODE PASSAR DA PESSOA DO CONDENADO
• INDIVIDUALIZAÇÃO – CADA PESSOA RECEBE A PENA CONFORME A GRAVIDADE DO CRIME E SEU
MERECIMENTO
 INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL

• QUANTO AO SUJEITO:
• AUTÊNTICA – A INTERPRETAÇÃO É FEITA NO PRÓPRIO CORPO DA LEI – LEGISLADOR FAZ INTERPRETAÇÃO
• DOUTRINÁRIA – PELOS DOUTRINADORES, JURISCONSULTOS, EX.: FERNANDO CAPEZ, VOLUME I A V
• JUDICIAL – PELOS JUÍZES E TRIBUNAIS (JUDICIÁRIO, AO JULGAR ALGUÉM, NECESSITA APLICAR A LEI COM SUA DEVIDA
INTERPRETAÇÃO – FALA-SE ME JURISPRUDÊNCIA.

• QUANTO AOS MEIOS:

• GRAMATICAL – SIGNIFICADO DAS PALAVRAS
• SISTEMÁTICA – CONTEXTO EM QUE SE ENCONTRA A NORMA NO ORDENAMENTO, VISÃO PANORÂMICA DA
LEGISLAÇÃO, CÓDIGOS
• LÓGICA OU TELEOLÓGICA – BUSCA A VONTADE DA LEI, CONTEXTO HISTÓRICO

• QUANTO AO RESULTADO:
• DECLARATIVA – A PALAVRA DA LEI E A VONTADE TÊM O MESMO SENTIDO
• RESTRITIVA – A LEI POSSUI EXPRESSÕES AMPLAS QUE DEVEM SER INTERPRETADAS REDUZIDAMENTE
• EXTENSIVA – O LEGISLADOR DISSE MENOS DO QUE DEVERIA, É PRECISOS AMPLIAR O SENTIDO DA LEI
 EFICÁCIA DA LEI PENAL NO TEMPO

• A LEI TEM APLICAÇÃO IMEDIATA – TEMPUS REGIT ACTUM

• EXCEÇÃO: RETROATIVIDADE DA LEI BENÉFICA

ULTRATIVIDADE DA LEI BENÉFICA

* LEI NOVA:
• SE INCRIMINAR – SE UMA CONDUTA PASSA A SER CONSIDERADA COMO CRIMINOSA, SOMENTE PODE SER APLICADA DA DATA
QUE ENTRA EM VIGOR PARA FRENTE
• SE UMA LEI NOVA DEIXA DE CONSIDERAR UMA CONDUTA COMO SENDO CRIME – APLICA DA VIGÊNCIA PARA FRENTE E TAMBÉM
PODE RETROAGIR, POIS É LEI BENÉFICA AO RÉU
• SE A NOVA LEI TORNA A PUNIÇÃO MAIS SEVERA – SÓ É APLICÁVEL DA SUA VIGÊNCIA PARA FRENTE
• SE A NOVA LEI É MENOS SEVERA – APLICA DE SUA VIGÊNCIA PARA FRENTE E TAMBÉM PODE RETROAGIR, POIS É BENÉFICA AO
RÉU
 TEMPO DO CRIME

• TEORIA DA ATIVIDADE

• CONSIDERA-SE PRATICADO O CRIME DO MOMENTO DA AÇÃO OU OMISSÃO, AINDA

QUE OUTRO SEJA O RESULTADO (ART. 4º, CP)
 OUTROS INSTITUTOS SOBRE LEI PENAL NO
TEMPO
• 1. CONJUGAÇÃO DE LEIS (NOVA + ANTIGA). PODERÁ APLICAR AS DUAS LEIS OU TEM QUE ESCOLHER UMA
QUE MAIS FAVOREÇA AO RÉU?
• 2. LEI TEMPORÁRIAS – VIGORAM POR TEMPO DETERMINADO. EMBORA VIGOREM POR DETERMINADO
TEMPO, PODEM SER APLICADAS DEPOIS QUE TERMINARAM DE VIGORAS, MAS DESDE QUE A CONDUTA
TENHA SIDO PRATICADA SOB SUA ÉGIDE
• 3. LEI PENAL EM BRANCO – SÃO NORMAS PENAIS INCOMPLETAS, CUJO SENTIDO SOMETE PODERÁ SER
COMPREENDIDO COM A JUNÇÃO DE OUTRA NORMA, POR VEZES ADVINDA DE UMA LEI FEDERAL OU UMA
PORTARIA DO PODER EXECUTIVO
• 4. CONFLITO APARENTE DE NORMAS: AS LEIS NÃO ENTRAM EM CONFLITO, PORÉM, POR VEZES, PARECE
QUE HÁ DUAS OU MAIS LEIS INCRIMINANDO UMA MESMA CONDUTA. NESSE CASO, HÁ PRINCÍPIOS QUE
VÃO ORIENTAR QUAL DELAS DEVERÁ SER APLICADA E QUAL NÃO SERÁ.
 CONFLITO APARENTE DE NORMAS
PRINCÍPIOS SOBRE QUAL LEI DEVERÁ SER APLICADA
QUANDO DUAS OU MAIS LEIS, APARENTEMENTE, FOREM
APLICÁVEIS A UMA CONDUTA DELITUOSA
• PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO OU ABSORÇÃO – O CRIME FIM ABSORVE O CRIME MEIO

• PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE – A LEI ESPECIAL PREVALECE SOBRE A LEI GERAL

• PRINCÍPIOS DA SUBSIDIARIEDADE – APLICA-SE AO CASO A LEI MAIS BRANDA SE NÃO

COUBER A APLICAÇÃO DA LEI MAIS GRAVE

• ALTERNATIVIDADE – O TIPO PENAL TRAZ VÁRIOS VERBOS, MAS HÁ UM SÓ CRIME

 REMÉDIO PARA FALTA DE TEMPO PARA ESTUDAR

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PRINCÍPIOS
PENAIS