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GRUPOS OPERATIVOS

PICHON-RIVIERE

Prof. Ms. Rafael Silvério Borges


Universidade de Uberaba
HISTÓRICO

• Criado por
Pichon-Rivière
(suíço /
argentino) em
meados de 1940
HISTÓRICO
• Modelo constituído a partir de
dois referenciais – psicanálise e
dinâmica de grupos

• Maior contribuição latino-


americana no trabalho com
grupos
COMO SURGIU?

• 1945 a partir do trabalho com


hospital psiquiátrico de Rosário.

• Necessidade de improviso com


pacientes na função de
enfermeiros
COMO SURGIU?

• Problema fundamental:
formação de enfermeiros

• Habilitou pacientes para


“operarem” funções de
enfermeiros
O QUE CARACTERIZA?
• Relação que seus integrantes
mantêm com a tarefa

• Grupo terapêutico – obtenção de


“cura”

• Grupo de aprendizagem –
aquisição de conhecimentos
O QUE CARACTERIZA?
• Porém distinção não tem
importância para Pichon R.
• Todo grupo terapêutico
proporciona aprendizagem de
novas pautas
• Todo grupo de aprendizagem
proporciona a criação de um
clima para resolução de conflitos
(todo grupo é terapêutico)
O QUE CARACTERIZA?

• Objetivo da tarefa grupal –


resolução de situações
estereotipadas e a obtenção de
mudanças, sendo que o nível da
mudança dependerá dos
indivíduos que no grupo estão
inseridos
O QUE CARACTERIZA?

• Para Pichon R. tudo que “está


vivo” está em constante
movimento e se alterando
continuamente (grupo).
DOIS ASPECTOS
FUNDAMENTAIS
• Aspecto manifesto (explícito)
Execução da tarefa propriamente
dita, ou seja, tratamento do tema

• Aspecto latente (implícito)


Dificuldades / lacunas / cortes na
comunicação (obstáculo
epistemológico)
DOIS ASPECTOS
FUNDAMENTAIS

• Obstáculo epistemológico
denuncia uma atitude de
resistência a mudança

• O “trabalho” funciona como uma


espiral constante (através do
explícito se descobre o implícito)
RESISTÊNCIA A MUDANÇA

• Medo da perda
(ansiedades depressivas)
• perda dos instrumentos que eram
utilizados na enfermidade
• medo da perda do “já adquirido”
(ganho secundário, conserva,
acomodação, segurança)
RESISTÊNCIA A MUDANÇA

• Medo da perda
(ansiedades depressivas)

• “não querer curar-se”


• medo de perder uma situação
previamente conquistada
RESISTÊNCIA A MUDANÇA

• Medo do ataque
(ansiedades paranóides)

• vulnerabilidade frente a uma


nova situação; (“medo” do novo)
• medo diante da falta de
instrumentação
RESISTÊNCIA A MUDANÇA

DESSA FORMA, o medo da perda


é o sentimento de perder o que
já possui, e o medo do ataque é
o sentimento de achar-se
indefeso diante de um meio
novo, sem a instrumentação
capaz de protegê-lo.
RESISTÊNCIA A MUDANÇA

• A tarefa consiste em resolver as


situações estereotipadas que
surgem da intensificação dessas
ansiedades

• Chamadas de situação dilemática


– abandonar o velho para
aprender o novo – situações que
impedem a mudança / resistência
RESISTÊNCIA A MUDANÇA

• A intenção é levar o grupo a


uma situação de movimento
com a possibilidade de
aprender sem o temor de
perder
RESISTÊNCIA A MUDANÇA

• Com a espiral dialética, poderá


se atingir o núcleo em que está
localizado o medo da mudança
com resistência (explícito –
interpretação – implícito)
RESISTÊNCIA A MUDANÇA

• O progresso é então possível e


formula-se novos problemas,
novos aspectos, que levam o
sujeito a poder aprender com
maior liberdade mediante a
ruptura do estereótipo.
ALGUNS CONCEITOS
• Porta-voz
• Membro do grupo que diz ou
enuncia algo que até então
permaneceu implícito
• Expressa algo de significação grupal
• Denuncia a enfermidade grupal ou
os elementos bloqueadores da
tarefa grupal
ALGUNS CONCEITOS

“O porta-voz é o que é capaz de


sentir uma situação na qual o
grupo está participando e pode
expressá-la porque está mais
próxima de sua mente do que
da dos outros”
ALGUNS CONCEITOS

• Verticalidade Grupal

• Experiência, história,
antecedentes pessoais,
circunstâncias pessoais de um
membro do grupo
ALGUNS CONCEITOS
• Horizontalidade Grupal

• Denominador comum da situação


grupal
• O que é compartilhado por todos os
membros do grupo (cs ou ics)
• “Fala” do porta-voz +
compartilhamento do grupo =
horizontalidade
ALGUNS CONCEITOS

• Unidade de trabalho

1) Existente
2) Interpretação
3) Novo emergente
ALGUNS CONCEITOS
• Unidade de trabalho

1) Existente - refere-se a tarefa


enunciada

2) Interpretação – coordenador propõe


uma nova perspectiva para a situação;
interpreta ou assinala dificuldades que
estão se apresentando
ALGUNS CONCEITOS
• Unidade de trabalho

3) Novo emergente – o que surge


como resposta / conteúdo que surge
a partir da interpretação de um
material implícito / nova situação
que se estrutura como uma
conseqüência da interpretação do
coordenador – ponto de urgência.

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