Você está na página 1de 36

EDUCAÇÃO ESPECIAL

Perspectivas e Desafios:
Avançando no Processo de
Inclusão Educacional

Coordenação intermediária de Educação Especial


março/2012
“TEMOS O DIREITO A SERMOS IGUAIS
QUANDO A DIFERENÇA NOS
INFERIORIZA; TEMOS O DIREITO A
SERMOS DIFERENTES QUANDO A
IGUALDADE NOS DESCARACTERIZA”
Boaventura de Souza Santos
HISTÓRIA – Marcos Legais
• Os pressupostos da educação inclusiva foram preconizados na
Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada pela ONU em
10/12 de 1948 (UNESCO, 1998)

• Tratados internacionais de direitos humanos expandiram e incluíram a


Convenção sobre os Direitos da Criança (ONU, 1990) e a Convenção
sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (BRASIL, 2007),
fortalecendo os movimentos em prol da inclusão escolar.

• Destacam-se a Convenção sobre os Direitos da Criança, realizada em


Nova York em 1989, e a Conferência Mundial de Educação para Todos
- Jomtien em 1990 Declaração Mundial sobre Educação para Todos
(UNESCO, 1990).

• A Declaração de Salamanca, elaborada na Conferência Mundial sobre


Educação de Necessidades Especiais, em 1994, na Espanha, indicou a
educação inclusiva como uma emergência mundial. Impulsiona a
educação inclusiva no mundo (ARNAIZ, 2005)
•O Relatório da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI
da Unesco (ONU, 1996) Tendo em vista a missão educativa, são propostos
os quatro pilares do conhecimento: a) aprender a conhecer; b) aprender a
fazer; d) aprender a conviver; e d) aprender a ser. A referida suposição
justificava os pilares.

•No ano 2000, em Dakar, Senegal, 164 países reuniram-se no Fórum


Consultivo Internacional para a Educação para Todos para avaliar os
progressos alcançados desde a Conferência Mundial de Educação Para
Todos (EPT), realizada dez anos antes em Jomtien.

•Na década de 1970, a Lei n. 5.692/1971(BRASIL, 1971), que altera a Lei n.


4.024/1961, refere-se ao atendimento de alunos com deficiência física e
mental, aos alunos em atraso e aos superdotados. Em 1973, o MEC cria o
Centro Nacional de Educação Especial (Cenesp), que marca o início das
ações sistematizadas para a melhoria do atendimento da educação especial.
Defendia uma visão integracionista.
•As décadas de 1970 e 1980 relevância nas discussões acerca da
operacionalização do processo educacional, do investimento técnico-
científico e do aumento da produção teórica

•Na década de 1990 – O Estatuto da Criança e do Adolescente, a


Declaração Mundial de Educação para Todos e a Declaração de Salamanca,
que influenciaram a formulação das políticas públicas para a educação
inclusiva no Brasil.

• Elaboração da primeira Política Nacional de Educação Especial (BRASIL,


1994.

•Convenção da Guatemala (1999), promulgada no Brasil pelo Decreto n.


3.956/2001. As pessoas com deficiência tem os mesmos direitos humanos e
liberdades fundamentais que as demais pessoas. Política Nacional para a
Pessoa Portadora de Deficiência – define a Ed Esp como modalidade
transversal

• Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação


Inclusiva (BRASIL, 2008) remete-se ao acesso à escola comum, à
acessibilidade aos processos de ensino-aprendizagem e à participação dos
estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e com
altas habilidades/superdotação, público-alvo da educação
POLÍTICA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL
DA SEDF

Garantir acesso, participação e condições


adequadas de aprendizagem aos estudantes
com deficiência sensoriais, transtorno
global de desenvolvimento e altas
habilidades/ superdotação,
preferencialmente, em classes comuns do
ensino regular.
(BRASIL, 2008)
PÚBLICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

• A Educação Especial se destina a alunos com deficiência


física, deficiência intelectual, alunos com surdez, cegueira,
baixa visão, surdocegueira, transtorno global do
desenvolvimento (Autismo, Rett, Asperger, TID, TDI) e
altas habilidades/superdotação.
O QUE É O AEE?
Atendimento Educacional Especializado
Um serviço da Educação Especial que:
• Identifica,
• elabora e
• organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade
que eliminem as barreiras para a plena participação
dos alunos, considerando as suas necessidades
específicas
• O AEE tem caráter complementar e/ou suplementar
a formação do aluno com vistas à autonomia e
independência na escola e fora dela. Deve ser
oferecido no turno inverso ao da classe comum
• Apoia o desenvolvimento dos estudantes
matriculados na classe comum
AÇÕES DO AEE
 Apoiar: Classe Comum;

 Complementar: Sala de
recursos, CAP, CAS e CEE;

 Suplementar: Sala de
recursos de altas
habilidades/superdotação;

 Substituir: Classes Especiais


e Centros de Ensino Especial
- caráter transitório.
ATENDIMENTO EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO
 3 Centros de Ensino Especial;

 3 Núcleos do Programa de Educação Precoce;

 7 Salas de Recursos para Altas-Habilidades;

 93 Salas de Recursos para atendimento educacional


especializado;

 5 Professores itinerantes que atuam nas escolas que não


disponibilizam de Salas de Recursos pólos: 2 na área de
Altas-Habilidades/SD, 1 na áreas de deficiência auditiva, 1 na
área de deficiência visual e 1 sudocegueira (DF);
 Classe Comum – Constituída por estudantes com ou sem
deficiência, AH/SD e TGD (com ou sem redução)

 Integração Inversa – Classe comum para estudantes com


deficiências e/ou TGD (redução significativa nº alunos –
permanência por até 3 anos)

 Classe Especial – Exclusiva para estudantes com deficiência e


TGD (extinção gradativa)

 Unidade Especial – Turma exclusiva para alunos Deficiência


auditiva

 Classe de educação bilíngue – turma mixta de alunos com e


sem deficiência auditiva (professor intérprete – a partir do 4° ano
EF)

 Turma de EJA Interventivo – Exclusiva para estudantes a partir


de 15 anos, com deficiências intelectual / múltipla e TGD
CENTROS DE ENSINO ESPECIAL

Atendimento Exclusivo Atendimento Complementar


• Alunos não • Alunos incluídos
incluídos
Os CEE oferecem atividades
complementares para alunos
especiais das escolas
regulares, em turno contrário,
conforme disponibilidade de
vagas e interesse das
famílias:
Dança, música, equoterapia,
natação, artes...
SALAS DE RECURSOS

GENERALISTA DEFICIÊNCIA FÍSICA,


INTELECTUAL, MÚLTIPLA
E TRANSTORNO GLOBAL
SALA DE DO DESENVOLVIMENTO
RECURSOS
DEFICIÊNCIA AUDITIVA

ESPECÍFICA

DEFICIÊNCIA VISUAL

ALTAS HABILIDADES
SALAS DE RECURSOS
ALUNOS COM DEFICIÊNCIA
E TGD DA PRÓPRIA ESCOLA
PÚBLICO ALVO
ALUNOS COM DEFICIÊNCIA
E TGD DE OUTRAS ESCOLAS
(Polo/tributária)

TURNO INVERSO
HORÁRIO DE PRÓPRIO TURNO DE AULA
ATENDIMENTO DOS (Em casos extraordinários)
ANEEs

Ed. Inf. e SI: 1 professor


MODULAÇÃO
SF e EM : 2 professores
1 de cada área modulação específica
Algumas atribuições comuns de todos
os Profissionais de Salas de Recursos
• Atuar como docente nas atividades de
complementação ou de suplementação curricular
específica

• Atuar de forma colaborativa com o professor da


classe comum para a definição de estratégias
pedagógicas que favoreçam o acesso do estudante
com deficiência, TGD ou altas
habilidades/superdotação ao currículo e a sua
interação no grupo

• Promover as condições de inclusão desses


estudantes em todas as atividades da instituição
educacional
•Orientar as famílias para o seu envolvimento e a sua
participação no processo educacional

•Orientar a elaboração de material didático-pedagógico


que possa ser utilizado pelos estudantes nas classes
comuns do ensino regular

•Indicar e orientar o uso de equipamentos e de


materiais específicos

•Responsabilizar-se junto aos docentes pela garantia


da realização das adequações curriculares necessárias
ao processo educacional do estudante

•Realizar atividades que estimulem o desenvolvimento


dos processos mentais: atenção, percepção, memória,
raciocínio, imaginação etc.
•Na perspectiva da inclusão educacional, o foco do AEE
não deve ser nas limitações nas dificuldades do
estudante

•O AEE na sala de recursos para estudantes com TGD


será realizado de forma articulada com os demais
serviços da instituição educacional

•Ressalta-se a importância da articulação e do diálogo


entre os serviços de apoio existentes na instituição
educacional: Equipe Especializada de Apoio à
Aprendizagem, Orientação Educacional, Sala de
Recursos, coordenador e supervisor pedagógico.
INGRESSO NA CLASSE COMUM

 Faixa Etária: 4 a 16 anos(completos ou a


completar até o dia 31/03/2012)

 Diagnóstico: 1-Laudo ou relatório conclusivo


expedido por profissional habilitado
2-Lançamento no SGE até 14/10 /
2012
FORMAÇÃO DE TURMAS NA EDUCAÇÃO
ESPECIAL
• GREB- Captação de alunos com deficiência
e TGD - Previsão do atendimento para o
próximo ano letivo aos alunos matriculados
na rede
MATRÍCULA NOVA NA EDUCAÇÃO
ESPECIAL
 Telematrícula - Inscrições antecedem as
demais etapas e modalidades de ensino

 Triagem / Adequação e redução de turmas

• Inscrição Posterior ao Telematrícula


Especial. Impossibilidade de adequações na
modulação da turma
 Reagrupamento de alunos em classes especiais
para redução gradativa das turmas

 CRE/GREB – Otimizar agrupamento para inclusão


dos estudantes (distribuição do 1° aluno em cada
turma, evitando agrupamento indiscriminado na
mesma turma)

 CRE/SUBEB– Formação de turmas de integração


inversa
(observar número de turmas 2013/ necessidade de
autorização da COEDIN)
 Remanejamento de alunos maiores de 15 anos, em
classes especiais, da EC para CEF (respeitar
diferença de 4 anos)

 Classes especiais de DI – máximo 01aluno com


DMU

 TGD – não será permitido agrupamento com


estudantes que apresentem quadros psicóticos ou
transtornos mentais

 CRE/GREB/EEAA – Após criterioso estudo de caso


TÉCNICO EM GESTÃO EDUCACIONAL
MONITOR
 Indicação exclusiva para estudantes com
deficiência e TGD, após identificação da
necessidade de apoio

 Classes Especiais – 01 estudante com


deficiência múltipla, após indicação

 Deficiência Física – Prioridade, após


indicação
OFERTA DO ATENDIMENTO EDUCACIONAL
ESPECIALIZADO NA ESCOLA COMUM
ATENDIMENTO EDUCACIONAL
PREFERENCIALMENTE EM CLASSES COMUNS
LOCALIZAÇÃO DAS CLASSES ESPECIAIS
DE TGD
Jardim de Infância:
• Asa Norte
• CEI 1 de Brasília (1 t)
• J.I. 302 Norte (1 t)
• Asa Sul
• J.I. 102 Sul (1 T),
• J.I. 108 Sul (2 t),
• J.I.303 Sul (4 t),
• J.I. 305 Sul (1 t),
• J.I. 316 Sul (2 t).
TURMAS DE TGD EM ESCOLA CLASSE
• E.C. 111 Sul ( 2 t ),
• E.C. 206 Sul ( 1 t ),
• E.C. 304 Sul ( 1 t ),
• E.C. 316 Sul ( 3 t ),
• E.C. 416 Sul (10 t),
• E.C. 4 do Cruzeiro ( 1 t ),
• E.C. 8 do Cruzeiro (1 t),
• E.C. 302 Norte (1 t ),
• E.C. 405 Norte ( 6 t ),
• E.C. 708 Norte ( 1 t ).
TURMAS DE TGD EM C.E.F

• C.E.F. 306 Norte (1 t ) anos iniciais,


• C.E.F. GAN ( 4 t ),
• C.E.F. 410 Norte ( 2 t ),
• C.E.F. 7 Bsb ( 1 t),
• C.E.F. 3 BSB ( 1 t ),
• C.E.F. 214 Sul ( 1 t )
TURMAS DE D.I EM E.C.

• E.C. 410 Sul ( 3 t )


• E.C. 113 Norte ( 1 t ) *
• E.C. 312 Norte ( 1 t )
• E.C. 405 Norte ( 1 t )
• E.C. 407 Norte ( 1 t )
• E.C. 708 Norte ( 1 t )
• E.C. do RCG ( 1 t ) *
TURMAS DE EJA INTERVENTIVO

• C.E.F. 1 do Cruzeiro
• C.E.F. CASEB

TURMAS DE UNIDADE ESPECIAL

• EC 114 SUL (1º E 3º ANO)


CONHEÇA AS SIGLAS/DEFENDA A IDEIA
• DI – Deficiência Intelectual
• DA – Deficiência Auditiva: Leve, moderada,
severa
• DV – Deficiência Visual
• SC - Surdocegueira
• DF- Deficiência Física
• DF/ANE – Altas Necessidades Educacionais
• DF/MNE – Médias Necessidades
Educacionais
• DF/BNE – Baixas Necessidades Educacionais
CONHEÇA AS SIGLAS/DEFENDA A IDEIA

• DMU – Deficiência Múltipla


• TGD – Transtorno Global do
Desenvolvimento
• TID – Transtorno Invasivo do
desenvolvimento
• TDI – Transtorno Desintegrativo da
Infância
OUTROS / TRANSTORNOS FUNCIONAIS

• ON – Outras Necessidades
• EP – Educação Precoce
• TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção e
Hiperatividade
• DPAC –Distúrbio do Processamento Auditivo
Central
• TC – Transtorno de Conduta
• TOD – Transtorno Opositor Desafiador
REFLEXÃO
A construção de uma ESCOLA INCLUSIVA
implica em transformações no contexto
educacional:

Transformações de ideias;
 Transformações de atitudes;
 Transformações da prática das relações sociais,
tanto no âmbito político e administrativo, como no
projeto político-pedagógico da escola.
Quero ver crescer nossa voz
No que falta sonhar
Já choramos muito
Muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar
Uma nova canção
Que venha nos trazer
Sol de primavera
Abre as janelas do meu peito
A lição sabemos de cor
Só nos resta aprender

Beto Guedes
REFERÊNCIAS E CONTATO
email Coordenação Intermediária de Educação Especial
ee.dreppc@gmail.com
Blog: www.eepedagogico.wordpress.com
Bibliografia:
BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva. Inclusão: Revista da Educação Especial, Brasília, Secretaria de Educação
Especial – MEC/Seesp, jan./jun. 2008.

BRASIL. Atendimento Educacional Especializado. Aspectos legais e orientações


pedagógicas. SEESP/SEED/MEC, Brasília/DF. 2007

GDF. Educação Especial. Orientação Pedagógica. Subsecretaria de Gestão


Pedagógica e Inclusão Especial. SEDF, 2010

Entrevista Mais você Dr Salomão Schwartzman


http://www.youtube.com/watch?v=wbZmlEnkVXg&feature=related

Vídeo História de Carly Autismo severo


http://www.youtube.com/watch?v=M5MuuG-WQRk&feature=related

Você também pode gostar