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ADMINISTRAÇÃ

O DA
PRODUÇÃO
Conceito
Administração da produção trata da
maneira pela
qual as organizações produzem bens e
serviços. É o conjunto das atividades
auxiliares de planejamento e controle,
indispensáveis à fabricação bem sucedida
dos
produtos industriais.
Tipo de Produção
• Primárias: desenvolvem atividades extrativas
Tipo de Produção
 Secundárias: desenvolvem atividades transformação
Tipo de Produção
 Terciárias: desenvolvem serviços
Produção
• Sob encomenda: produz somente depois de
receber o pedido
Produção
 Em Lotes: produz uma quantidade limitada de
um produto a cada vez
Produção
 Contínua: produz determinado produto sem
mudanças, por um longo período
Elaboração do Plano de Produção

Capacidade de
Produção
(o que podemos produzir)

Previsão de
Vendas Plano de produção
(O que esperamos (O que temos de
vender) Produzir)

Nível de Estoque
(o que podemos produzir)
Produção em Massa

• A chamada produção em massa, que foi e


continua sendo a marca registrada dos EUA, pôde
ser encontrada já em 1913, quando começou a
linha de montagem da Ford.
“O cliente pode ter o
carro da cor que quiser,
contanto que seja preto"
Modelo T
Produção em Massa
Em 1880 surgiu o automóvel artesanal na Alemanha e Henry
Ford iniciou a produção do seu modelo T em 1908.
Produção em Massa
• A linha de montagem criada por Ford consistia em o produto ser
movido ao longo dos postos de trabalho onde cada funcionário
realizava uma só tarefa estabelecida de forma repetitiva e
sistematizada, fazendo o funcionário ficar altamente especializado
naquela função.

• Ford aplicou a montagem em série de forma a produzir automóveis


em massa, em menos tempo e a um menor custo. Com isso, Ford
passou a fabricar um carro a cada 98 minutos, pagando a seus
operários 5 dólares ao dia, no ano de 1914.
Declínio do Fordismo
A partir da década de 1970, os clientes começaram a
exigir variedade nos automóveis e maior qualidade.

Em 1980, no Japão, a Toyota passa a produzir carros com


maior qualidade e mais baratos. Assim, sai de cena
a Linha de Montagem para a entrada da Produção
Enxuta (Sistema Toyota de Produção).
Ford Company
Toyotismo
O Toyotismo – também conhecido como acumulação
flexível – é um modelo de produção industrial
idealizado por Eiji Toyoda (1913-2013) e difundido
pelo mundo a partir da década de 1970 após a sua
aplicação pela fábrica da Toyota, empresa japonesa que
se despontou como uma das maiores empresas do
mundo na fabricação de veículos automotivos.
Toyotismo
A característica principal desse modelo é a flexibilização da
produção, ou seja, em oposição ao fordismo, que defendia a
máxima acumulação dos estoques, o toyotismo prioriza a
adequação da estocagem dos produtos conforme a demanda. Assim,
quando a procura por uma determinada mercadoria é grande, a
produção aumenta, mas quando essa procura é menor, a produção
diminui proporcionalmente.
Características do Toyotismo
• Flexibilização da produção – produzir apenas o necessário, reduzindo
os estoques ao mínimo.
• Automatização – utilizando máquinas que desligavam
automaticamente caso ocorresse qualquer problema, um funcionário
poderia manusear várias máquinas ao mesmo tempo, diminuindo os
gastos com pessoal.
• Team work ( trabalho em equipe) – os trabalhadores passaram a
trabalhar em grupos, orientados por uma líder. O objetivo é de ganhar
tempo, ou eliminar os “tempos mortos”.
• Controle de qualidade total – todos os trabalhadores, em todas as
etapas da produção são responsáveis pela qualidade do produto e a
mercadoria só é liberada para o mercado após uma inspeção minuciosa
de qualidade.
Teorias de Taylor e Fayol
Frederick Taylor
Taylor (Filadélfia, 20 de março de 1856 — 21 de
março de 1915) Técnico em mecânica e operário, formou-
se engenheiro mecânico estudando à noite. É considerado o
"Pai da Administração Científica”. Seu foco era a
eficiência e eficácia operacional na administração
industrial.
Taylorismo
• Taylorismo é uma concepção de produção, baseada
em um método científico de organização do trabalho.

• A partir dessa concepção, o trabalho industrial foi


fragmentado, pois cada trabalhador passou a exercer
uma atividade específica no sistema industrial, e o
tempo de produção passou a ser cronometrado.
Teoria da Administração Científica

A Administração Científica tinha


em sua essência o intuito de aplicar
a ciência à administração. Possuía
ênfase nas tarefas, buscando
a eliminação do desperdício, da
ociosidade operária e a redução dos
custos de produção. Com o objetivo
de garantir uma melhor relação
custo/benefício aos sistemas
produtivos das empresas da época.
Teoria da Administração Científica

Taylor buscava uma forma de gestão que fizesse com que o


trabalhador produzisse mais em menos tempo, sem elevar os
custos de produção da empresa.

• A falta de padronização dos métodos


de trabalho,
• O desconhecimento por parte dos
administradores do trabalho dos
operários,
• A forma de remuneração utilizada
nas empresas.
Teoria da Administração Científica

Para Taylor
• À gerência caberia: afixar trabalhadores numa jornada de
trabalho controlada, supervisionada, sem interrupções, a seu
controle, podendo o trabalhador só parar para descansar, quando
for permitido, com particularização de cada movimento;
• A gerência não podia deixar o controle do processo de trabalho
nas mãos dos trabalhadores. Como os trabalhadores conheciam
mais a função do que o gerente, este deveria aprender os
métodos de trabalho com aqueles para então cobrar dos seus
operários.
Características do Taylorismo

• Prêmios eram dados aos trabalhadores com melhor


tempo/desempenho. Essa competição promovida pelos
gerentes fez com que a velocidade da produção
aumentasse cada vez mais.
• Taylor entendia que a hierarquização evitava a desordem
predominante do tempo no qual a organização ficava por
conta dos trabalhadores. Separou, dessa forma, o trabalho
manual do trabalho intelectual, dividindo os funcionários
entre aqueles que eram pagos para pensar, e aqueles que
eram pagos, e mal pagos, para executar.
Henri Fayol
Jules Henri Fayol nasceu em 1841 em um subúrbio
de Istambul, Império Otomano. Seu pai era engenheiro e
trabalhava como superintendente das obras da ponte de
Gálata. A família voltou para a França em 1847, onde Fayol se
formou em mineração, em 1860. Foi um dos teóricos clássicos
da Ciência da Administração, sendo o fundador da Teoria
Clássica da Administração
Teoria Clássica da Administração

Caracteriza-se pela ênfase na estrutura


organizacional, pela visão do Homem Econômico e
pela busca da máxima eficiência. Sofreu críticas
como a manipulação dos trabalhadores através dos
incentivos materiais e salariais e a excessiva
unidade de comando e responsabilidade
Teoria Clássica da Administração
a Teoria Clássica desenvolveu-se na Europa, a preocupação
básica era com a estrutura organizacional, ou seja, a
disposição dos setores da empresa e as relações entre os
mesmos. Em razão disso, afirma-se que a Teoria
Clássica possui abordagem inversa à Administração
Científica, partindo de cima para baixo, ou seja, da
organização para os departamentos. A ênfase é na estrutura
e não nas tarefas.
Teoria Clássica da Administração

Funções básicas da empresa segundo Fayol:


1. técnicas, relacionadas com a produção de bens ou de serviços
da empresa;
2. comerciais, relacionadas com a compra, venda e permutação;
3. financeiras, relacionadas com a procura e gerência;
4. segurança, relacionadas com a proteção e preservação dos
bens e das pessoas;
5. contábeis, relacionadas com inventários, registros, balanços,
custos e estatísticas;
6. administrativas, relacionadas com a integração das outras
cinco funções.
Princípios da Administração

Fayol dizia que a administração é diferente das


outras funções e, por isso, criou 14 princípios que
devem ser aplicados a gestão e são de imensa
necessidade para o gestor.
1. Divisão do Trabalho
Especialização dos funcionários desde o topo da
hierarquia até os operários da fábrica, assim,
favorecendo a eficiência da produção aumentando a
produtividade.
2. Autoridade e Responsabilidade

Autoridade é o direito dos superiores darem


ordens que teoricamente serão obedecidas.
Responsabilidade é a contrapartida da autoridade.
3. Unidade de Comando

Um funcionário deve receber ordens de apenas um


chefe, evitando contra-ordens.
4. Unidade de Direção

O controle único é possibilitado com a aplicação de


um plano para grupo de atividades com os mesmos
objetivos.
5. Disciplina

Necessidade de estabelecer regras de conduta e de


trabalho válidas pra todos os funcionários. A
ausência de disciplina gera o caos na organização.
6. Prevalência dos Interesses Gerais

Os interesses gerais da organização devem


prevalecer sobre os interesses individuais.
7. Remuneração

Deve ser suficiente para garantir a satisfação dos


funcionários e da própria organização.
8. Centralização

As atividades vitais da organização e sua autoridade


devem ser centralizadas.
9. Hierarquia

Defesa incondicional da estrutura hierárquica,


respeitando à risca uma linha de autoridade fixa.
10. Ordem

Deve ser mantida em toda organização, preservando


um lugar pra cada coisa e cada coisa em seu lugar.
11. Equidade

A justiça deve prevalecer em toda organização,


justificando a lealdade e a devoção de cada
funcionário à empresa.
12. Estabilidade de
Funcionários
Uma rotatividade alta tem consequências negativas
sobre desempenho da empresa e o moral dos
funcionários.
13. Iniciativa
Deve ser entendida como a capacidade de
estabelecer um plano e cumpri-lo.
14. Espírito de Equipe

O trabalho deve ser conjunto, facilitado pela


comunicação dentro da equipe. Os integrantes de um
mesmo grupo precisam ter consciência de classe,
para que defendam seus propósitos.
Taylor x Fayol
O que Fayol e Taylor criaram representa uma dilatação
das fronteiras da capacidade humana para descobrir,
mobilizar, combinar e coordenar recursos físicos e
intelectuais, modo de ver, processos de trabalho, em
benefício da solução dos problemas de que depende o
aumento do bem-estar de cada homem, em cada
comunidade.
Taylor x Fayol

Tanto as teorias desenvolvidas por Taylor, como as


de Fayol, sofreram críticas por serem
eminentemente mecanicistas e, até mesmo,
motivadas no sentido da exploração do
trabalhador, como se fossem uma máquina.
Principalmente a partir da contribuição de
psicólogos e sociólogos.

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