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CAPÍTULO 10 – A

FILOSOFIA
CONTEMPORÂNEA
P R O F. J O Ã O V I C T O R F U R TA D O
A Revolução Francesa (1789-1799) é considerada o marco
inicial da época contemporânea.
Início da chamada filosofia contemporânea: segunda metade do
século XIX.
HISTÓRIA E PROGRESSO

Georg Hegel (1770-1831)


• Compreender o homem em sua totalidade.
• Seu projeto abrangia a totalidade da história, da realidade e do
pensamento em um único sistema filosófico.
• A realidade seria constituída por Geist (“mente” ou “espírito”),
uma força dinâmica que dirigiria o processo da história rumo a
sua meta final.
• Todo o universo é visto como um único organismo em
constante mudança e o ser humano faria parte desse organismo.
Georg Hegel

Critica da Kant: Apesar da grande


contribuição de Kant, Hegel afirma que
ele desvencilhou o foco principal da
filosofia que é a busca pela verdade e o
estudo do ser.

Para Hegel devemos nos focar na


fenomenologia do espirito ( como nossa
consciência observa os fenômenos ao
nosso redor). Como nossa mente lida
com conceitos opostos que ira ocasionar
a dialética Hegeliana.
Georg Hegel

Estágios da Consciência:
1. Consciência Sensível: é a adquirida
no contato com outras coisas
2. Consciência Infeliz: Se refere ao
momento em que chegamos onde
temos a consciência que temos
sozinhos no mundo, pois nos que
damos sentido a tudo que esta ao
nosso redor, por isso nos sentimos em
solidão, pois nada mais tem sentido a
não ser você mesmo.
3. Consciência em si para si (espirito
absoluto): Refere-se a consciência
elevada, pois temos compreensão do
poder de nossa própria consciência,
porem nesse estagio vemos que
precisamos agir para que possamos
mudar o mundo.
Georg Hegel

Dialética Hegeliana
1. Dialética do senhor e do escravo
(metáfora)

2. Dialética do ser ( as coisas são na


medida que as conhecemos)
“O ser é o nada é um e o mesmo”

3. Dialética da essência:
3. “ A essência é o ser enquanto aparecer
em si mesmo”

4. Dialética do conceito:
“O conceito é unidade entre o ser e a
essência”
Georg Hegel

Mapeamento da Historia da Consciência.

“ Os Homens são filhos do seu tempo”

“ A filosofia é a ave de Minerva que alça o


seu vou logo ao cair da tarde”

A Historia justifica a existência das coisas, tal


pensamento influenciou o materialismo
histórico.
Georg Hegel

“O quer que aconteça, cada individuo é


sempre filho da sua época, portanto, a
filosofia é sua época tal como apreendida
pelo pensamento. É tão absurdo imaginar
que a filosofia pode transcender sua
realidade contemporânea quanto imaginar
que um individuo pode superar seu tempo.

O homem é um ser histórico.


HISTÓRIA E PROGRESSO

 A realidade é dinâmica e em seu movimento


apresenta momentos que se contradizem entre si,
sem, no entanto, perderem a unidade do processo,
que leva a um crescente desenvolvimento.
 Dialética hegeliana em três momentos:
• ser em-si;
• ser outro ou fora-de-si;
• o retorno, do ser para-si.
Esses três momentos são chamados de tese,
antítese e síntese.
• A dialética não é um método; ela é a própria estrutura da realidade.

• Por meio do conforto das teses será formado uma nova tese e por meio disso a
historia vai caminhando por meio dessa luta.

• A racionalidade será mudada perante o passar da própria humanidade e ela


tende a ser crescente.

• A contradição gera o autoconhecimento.

• O espirito com a contradição gera a consciência de si.

A ideia que forma o mundo

“O real é racional e o racional é real”

• Hegel afirmou que a sociedade antecede o pacto social indo de contra os


contratualistas.

• O estado é a criação do espirito absoluto. Ele é a soma de todos os conflitos de


interesses da sociedade. O auge da racionalidade.
O QUE É VONTADE E SUA DIVISÃO

Vontade é o ponto de partida do espírito subjetivo em direção à vida


ética. A vontade é universalidade na medida em que é pensamento puro,
abstraída de todo e qualquer conteúdo, apenas forma do pensamento.

• Direito Abstrato: Ele apresenta as formas imediatas da realização da idéia de


liberdade, que é o fio condutor do direito. Observamos que o processo de
concretização da vontade (da idéia de liberdade) é acompanhado pelo
processo de abstração da base material. A insuficiência do direito abstrato está
na falta da universalização, devendo esse nível superior ser buscado na
moralidade. No direito abstrato não é possível impedir a violência, a
possibilidade de alguém impor sua vontade sobre a do outro. Para tal, é mister
que as vontades particulares contingentes abram mão de sua imediatidade, no
sentido de se mediarem e de reconhecerem o universal em si mesmas.

Só se compreende a passagem do direito abstrato para a moralidade, a partir


das deficiências do contrato. O direito abstrato não ultrapassa as determinações
imediatas entre duas vontades. É um direito relativo. Não garante, portanto, a
realização universal da liberdade. (1993: 75)
• Moralidade (Moralidade Subjetiva): Se refere a internalização do
princípio da liberdade, que passa a ser respeitado em relação a
todo agir social (reconhecimento da liberdade como universal).
Entretanto, a moral ainda se refere ao que é em si , sendo essa
restrição superada somente na eticidade, na qual há a identificação
entre vontade (particular) e conceito da vontade.

• Eticidade (Moralidade Objetiva): e é o campo da moralidade


social no qual o indivíduo se libera de si para realizar-se na
comunidade. A eticidade representa a realização do conceito da
liberdade, síntese final do processo de determinação da idéia da
liberdade. Aqui, a liberdade se encontra em sua forma mais
desenvolvida, exigindo efetividade política, tornando-se mundo
presente nas instituições sociais.

A moralidade objetiva é a idéia da liberdade enquanto vivente, que


na consciência-de-si tem o seu saber e o seu querer e que, pela ação
desta consciência, tem a sua realidade. Tal ação tem o seu
fundamento em si e para si, e a sua motora finalidade na existência
moral objetiva. (1976: 147, § 142).

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