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Resumão filosofia para ENEM

Filósofos Pré-Socráticos:

● Arkhê: O conceito de Tales de Mileto de que tudo tem uma origem ou substância
primordial (exemplo: a água como o princípio básico de todas as coisas).
● Cosmogonia: As teorias de Anaximandro sobre a origem e a natureza do
cosmos, por uma realidade indefinida e infinita (Apeíron)
● Panta Rhei: A frase de Heráclito que significa "tudo flui", ressaltando a constante
mudança na realidade (exemplo: a noção de que não podemos entrar no mesmo
rio duas vezes).
● Logos: O conceito de Heráclito de uma ordem universal subjacente e racional
que governa o mundo (exemplo: a crença de que o logos é a chave para
compreender a realidade).
● Ser e Aparência: Parmênides argumentava que a realidade era imutável,
homogênea e eterna. Ele afirmava que apenas "o ser" era real e que a "não ser"
era ilusório, uma vez que, segundo ele, a mudança e a multiplicidade eram
impossíveis na verdadeira realidade.

Filósofos da Grécia Antiga:

Sócrates (469-399 a.C.):

● Método socrático: Abordagem filosófica que se baseia na formulação de


perguntas e diálogo para estimular o pensamento crítico (exemplo: questionar as
pessoas sobre suas crenças e moralidade).
● Ironia socrática: O uso de Sócrates de um falso desconhecimento para incentivar
os outros a examinar suas próprias crenças (exemplo: fingir não saber nada para
estimular a discussão -> "Só sei que nada sei")
● Virtude como conhecimento: A visão de Sócrates de que a virtude é o
conhecimento e que ninguém age mal de propósito (exemplo: argumentar que,
se as pessoas soubessem o que é verdadeiramente bom, agiriam de acordo com
isso).

Platão (428/427-348/347 a.C.):


● Teoria das Ideias (ou Formas): A crença de Platão de que o mundo visível é
apenas uma sombra das realidades eternas e ideais (exemplo: a ideia de que a
justiça ou a beleza existem como entidades separadas e imutáveis).
● Allegoria da Caverna: Uma narrativa em "A República" que ilustra a jornada da
ignorância para o conhecimento (exemplo: prisioneiros na caverna que veem
sombras na parede, mas não a realidade exterior).
● Filósofo-rei: O governante ideal, de acordo com Platão, é aquele que possui
sabedoria filosófica (exemplo: um líder que busca o bem-estar da sociedade
com base no conhecimento das Ideias).

Aristóteles (384-322 a.C.):

● Ética das virtudes: A abordagem de Aristóteles que enfatiza o desenvolvimento


de virtudes morais e o equilíbrio (exemplo: a busca pela coragem, moderação e
justiça como virtudes).
● Teleologia: A ideia aristotélica de que tudo tem um propósito ou finalidade, e o
bem é alcançar essa finalidade (exemplo: uma planta cresce para alcançar sua
maturidade).
● Atos e potências: A distinção de Aristóteles entre o que algo é atualmente (ato) e
o que pode se tornar (potência) (exemplo: uma semente é a potência de uma
árvore).
● Lógica aristotélica: O sistema de lógica formal desenvolvido por Aristóteles, que
influenciou a filosofia e o pensamento científico (exemplo: a estrutura do
silogismo aristotélico, que é composto por três proposições que estão
relacionadas de tal forma que, se as duas primeiras (premissas) forem
verdadeiras, então a terceira (conclusão) deve necessariamente ser verdadeira.).

Filósofos do Império Romano:

● Estoicismo: A filosofia que Sêneca praticava, enfatizando a virtude, o


autocontrole e a indiferença às circunstâncias externas (exemplo: a busca pela
serenidade interior mesmo em face de adversidades).
● Morte como libertação: A perspectiva de Sêneca de que a morte é a libertação
da vida e deve ser enfrentada com dignidade (exemplo: sua própria morte
tranquila após a condenação à morte por Nero).
● Autodomínio: A ênfase de Marco Aurélio no controle sobre as paixões e
emoções (exemplo: a autorregulação de sentimentos como a raiva em situações
desafiadoras).
Séculos XV a XVIII - Filósofos

René Descartes (1596-1650):

● Dúvida metódica: Método de Descartes para alcançar a verdade, começando


pela rejeição de todas as crenças incertas (exemplo: duvidar da existência do
mundo material).
● Dualismo: A visão de Descartes de que a mente e o corpo são entidades
distintas (exemplo: a mente pensante e o corpo físico são diferentes
substâncias).
● "Cogito, ergo sum": A famosa frase de Descartes que significa "Penso, logo
existo", refletindo a certeza da existência do pensamento (exemplo: a evidência
da própria existência a partir do ato de pensar).
● Método cartesiano: Abordagem sistemática de Descartes para a investigação
racional, que influenciou a ciência moderna (exemplo: a aplicação do método
científico baseado em observação e dedução).

Baruch Spinoza (1632-1677):

● Panenteísmo: A visão de Spinoza de que Deus e a natureza são a mesma


realidade (exemplo: Deus não é uma entidade separada, mas a totalidade da
existência).
● Determinismo: A crença de que tudo na natureza segue um curso fixo e
inevitável (exemplo: os eventos naturais são governados por leis
determinísticas).
● Liberdade através do conhecimento: A ideia de que a liberdade humana é
alcançada através do entendimento das causas de nossas ações (exemplo: ao
compreender as causas de nossas emoções, podemos controlá-las melhor).

John Locke (1632-1704):

● Tabula rasa: A ideia de Locke de que a mente humana é uma "tábua em branco"
no nascimento, moldada pela experiência (exemplo: as crianças aprendem
através da experiência e educação).
● Direitos naturais: A crença de que os indivíduos possuem direitos inalienáveis,
como vida, liberdade e propriedade (exemplo: a defesa dos direitos humanos
fundamentais).
● Contrato social: A ideia de que o governo obtém seu poder a partir do
consentimento dos governados (exemplo: a formação de governos
democráticos com base no consentimento popular).

Jean-Jacques Rousseau (1712-1778):

● Contrato Social: A obra de Rousseau que discute a teoria do contrato social,


onde os indivíduos abdicam de certas liberdades em troca de segurança e
benefícios comuns (exemplo: a ideia de que as pessoas formam um contrato
social para estabelecer um governo).
● Estado de Natureza: A concepção de Rousseau de um estado hipotético em que
as pessoas vivem antes da formação da sociedade, caracterizado pela liberdade
e igualdade (exemplo: o estado primitivo da humanidade antes da civilização).
● Vontade Geral: A noção de que a verdadeira vontade de um povo é a vontade
geral, que busca o bem comum (exemplo: as decisões políticas devem refletir o
interesse de toda a sociedade, não apenas de grupos privilegiados).
● Emile, ou Da Educação: O livro de Rousseau que destaca a importância da
educação na formação de um indivíduo virtuoso (exemplo: a ênfase na
educação natural e moral).

Thomas Hobbes (1588-1679):

● Estado de Natureza: A concepção de Hobbes de um estado hipotético de guerra


de todos contra todos, onde a vida é "solitária, pobre, sórdida, bestial e curta"
(exemplo: a descrição do estado de natureza como caótico e violento).
● Soberano absoluto: Hobbes defende um governo soberano com autoridade
absoluta para manter a ordem e a paz (exemplo: um monarca com amplos
poderes para evitar o caos).
● Leviatã: O termo usado por Hobbes para descrever o governo soberano, que é
como um "grande monstro" com o poder de manter a sociedade unida (exemplo:
o Leviatã como uma metáfora para o poder do estado soberano).

Voltaire (1694-1778):
● Iluminismo: Voltaire foi um dos principais pensadores iluministas, defendendo a
razão, a liberdade e a tolerância (exemplo: sua defesa da liberdade de expressão
e crítica à intolerância religiosa).
● Filosofia otimista: Voltaire satirizou a visão otimista de Leibniz de que este é o
"melhor dos mundos possíveis" (exemplo: seu livro "Cândido" critica essa visão
otimista em face da injustiça e da crueldade).
● Separação entre Igreja e Estado: Voltaire defendeu a separação entre questões
religiosas e assuntos civis (exemplo: a ideia de que o governo deve ser secular e
não controlado pela religião).

David Hume (1711-1776):

● Empirismo radical: A ênfase de Hume na experiência como a única fonte de


conhecimento (exemplo: a ideia de que não podemos conhecer nada além do
que observamos).
● Ceticismo empirista: A posição de Hume de que não podemos ter certeza sobre
causas e efeitos, causando dúvidas sobre a validade de muitos conceitos
(exemplo: ceticismo em relação à causalidade).

Séculos XIX - Filósofos

Georg Wilhelm Friedrich Hegel:

● Dialética: Método de resolução de contradições na evolução do pensamento, no


qual uma tese (exemplo: ordem social existente) e uma antítese (exemplo:
movimento de reforma) se combinam para formar uma síntese (exemplo: uma
nova ordem social).
● História universal: O processo de desenvolvimento da humanidade ao longo do
tempo, conforme concebido por Hegel (exemplo: a marcha da história rumo à
liberdade e ao autodeterminação dos povos).

Arthur Schopenhauer:

● Pessimismo: A visão sombria de Schopenhauer sobre a natureza humana, na


qual o sofrimento é inerente à vida (exemplo: a constante luta contra a
insatisfação e a dor na existência humana).
● Negação da vontade: A busca da liberação do sofrimento humano através da
renúncia à vontade de viver (exemplo: a busca de paz interior por meio da
meditação e da renúncia aos desejos mundanos).

Søren Kierkegaard:

● Existencialismo: Filosofia que destaca a importância da escolha individual e da


responsabilidade pela própria existência (exemplo: a decisão de seguir uma
carreira que se alinha com seus valores e paixões).
● Angústia: Um sentimento de ansiedade e incerteza inerente à condição humana,
explorado por Kierkegaard (exemplo: a angústia de escolher entre dois caminhos
de vida diferentes).

Karl Marx:

● Materialismo histórico: Abordagem que vê a história como moldada pelas


relações materiais e econômicas, particularmente as de classe (exemplo: a
Revolução Industrial como um momento-chave no desenvolvimento do
capitalismo).
● Luta de classes: Conflito entre diferentes classes sociais, um conceito central na
teoria marxista (exemplo: a luta dos trabalhadores contra os proprietários de
fábricas por melhores condições de trabalho).
● Comunismo: Uma sociedade sem classes em que os meios de produção são de
propriedade comum (exemplo: a visão de Marx de uma sociedade em que a
propriedade privada é abolida).
● Alienação: O sentimento de separação e perda de controle sobre o próprio
trabalho e vida, resultado do capitalismo, segundo Marx (exemplo: trabalhadores
que se sentem alienados de seu trabalho e produto final).

Friedrich Nietzsche:

● Super-homem: Um ser que transcende as limitações morais e sociais, definido


por sua própria vontade de poder (exemplo: um artista visionário que desafia as
convenções sociais em busca de uma expressão criativa única).
● Vontade de poder: Conceito que descreve a força motriz que impulsiona os
indivíduos a buscar poder e autoafirmação (exemplo: um líder político
carismático que busca expandir sua influência).
● Niilismo: A crença na falta de significado e propósito na vida, muitas vezes
associada ao pensamento de Nietzsche (exemplo: um indivíduo que perde a fé
em valores tradicionais e se sente perdido).
● Além do bem e do mal: Uma exploração das limitações das concepções
tradicionais de moralidade, proposta por Nietzsche (exemplo: a crítica da
moralidade que justifica a guerra em nome do bem).

John Stuart Mill:

● Utilitarismo: Teoria ética que afirma que a ação moral é aquela que maximiza a
felicidade geral (exemplo: a decisão de distribuir recursos de forma a maximizar
o bem-estar da sociedade).
● Felicidade: Bem supremo de acordo com o utilitarismo, buscado em todas as
ações morais (exemplo: o objetivo de promover a felicidade da maioria em
políticas públicas).
● Princípio da utilidade: Base do utilitarismo, defende que devemos agir de forma a
maximizar a felicidade e minimizar o sofrimento (exemplo: a avaliação das
consequências de uma decisão com base na felicidade resultante).
● Liberdade individual: Valor importante para Mill, que defendia que as pessoas
devem ser livres para buscar sua própria felicidade, desde que não prejudiquem
os outros (exemplo: a liberdade de expressão para promover o debate de ideias).

Immanuel Kant:

● Deontologia: Teoria ética que enfatiza o dever moral e a ação correta com base
em princípios universais (exemplo: a obrigação de dizer a verdade,
independentemente das circunstâncias).
● Imperativo categórico: Princípio ético de Kant que estabelece que as ações
devem ser realizadas como se fossem uma lei universal (exemplo: agir de forma
a tratar todas as pessoas com respeito, como se fosse uma regra universal).
● Conhecimento a priori: Conhecimento independente da experiência sensorial,
uma ideia central na epistemologia de Kant (exemplo: o entendimento de
princípios matemáticos sem a necessidade de observação).
● Dever ético: A obrigação moral de agir de acordo com o dever,
independentemente das consequências (exemplo: a responsabilidade de cumprir
um contrato, mesmo quando isso é desvantajoso).

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