Ultra-som, Diatermia e Campos

Eletromagnéticos

Prof. MSc Thiago Casali Rocha

 Caso Clínico

Duas pessoas estão em tratamento. A primeira tem 22

anos, sedentário e sofreu uma lesão do bíceps femoral três
semanas atrás. O segundo paciente é praticante de atletismo e
sofreu uma lesão de bíceps braquial. O fisioterapeuta utiliza
ultra-som no começo do tratamento com cada uma dessas
pessoas, mas o tratamento não é igual para ambos. Para o
primeiro paciente, o tratamento é mais demorado e o ultra-som
é aplicado em uma frequência mais baixa. O fisioterapeuta usa
também uma almofada de gel entre o transdutor ultra-sônico e
a pele ao tratar o ombro não a coxa. Por que esses tratamentos
são diferentes?
 Efeitos térmicos do Ultra-Som

Espectro acústico

Diferentes frequências

1, 2 e 3 MHz

Energia acústica enviada em altas frequências específicas para fins

TERAPÊUTICOS.

Denegar CR. Modalidades Terapêuticas. 1ª st ed. São Paulo: Manole; 2003

 Efeitos térmicos do Ultra-Som

• Utilização de corrente elétrica para a criação de uma

vibração mecânica em um material cristalino embutido no
cabeçote.

• Energia sonora atravessa os tecidos e é absorvida.

• Ultra- som é utilizado extensivamente para imagens

diagnóstica. 1 a 10 MHz obtenção de imagens de
estruturas profundas.

Denegar CR. Modalidades Terapêuticas. 1ª st ed. São Paulo: Manole; 2003

 Efeitos térmicos do Ultra-Som

• Ouvido humano capaz de escutar ondas sonoras de 16 a

20.000 Hz. Ultra-som terapêutico varia de 750,000 a
3,000.00 Hz. ( 0,75 a 3 MHz).

• AC que flui através de cristal piezoelétrico. ( quartzo,

titanato de bário, zirconato de chumbo alojado em um
transdutor.

Starkey C. Recursos terapêuticos em fisioterapia

Transmissão de ondas do ultra-som

Reflexão Refração Absorção

Starkey C. Recursos terapêuticos em fisioterapia

Transmissão de ondas do ultra-som

Starkey C. Recursos terapêuticos em fisioterapia

 Qualidade e tamanho do cristal: Relação de
não-uniformidade do feixe e área efetiva de
radiação

• Área de radiação efetiva (ERA)

• Taxa de não uniformidade do feixe (BNR)

Intensidade espacial de pico

RNF= Intensidade espacial média

• RNF: quanto menor for a relação, mais

uniforme será o feixe.
Qualidade e tamanho do cristal: Relação de
não-uniformidade do feixe e área efetiva de
radiação
 Parâmetros de tratamento com
ultra-som
Energia sonora emitida pelo cristal medida em watts (W).

Dose de energia= Quantidade de energia emitida (cm 2)

Área de radiação do cristal

Taxa de ciclo = Tempo no qual o som é enviado / Tempo total em que o

transdutor é aplicado.

Ex: 150 us = 150/1000 = 15%

Ultra-som contínuo taxa de ciclo de 100%.

Denegar CR. Modalidades Terapêuticas. 1ª st ed. São Paulo: Manole; 2003

Parâmetros de tratamento com
ultra-som

Denegar CR. Modalidades Terapêuticas. 1ª st ed. São Paulo: Manole; 2003

 Absorção da energia sonora pelos
tecidos.

Profundidade Campo de 3 MHz Campo de 1 MHz

Pele 0 cm
Características do tecido
 Frequência
0,625 cm  Dose (W/cm2)
 Taxa de ciclo
1,25 cm  Duração do tratamento
Campo
2,5 cm refletido
Zona de
5,0 cm Fresnel

Osso

Denegar CR. Modalidades Terapêuticas. 1ª st ed. São Paulo: Manole; 2003

 Efeitos Térmicos do Ultra-Som

1 ºC Aumento da atividade metabólica

2ºC e 3ºC Reduz espasmo muscular, aumento fluxo sanguíneo; reduz inflamação crônica

4ºC Altera as propriedades viscoelásticas do colágeno

Drapper DO ; 1996
 Taxa de ciclo e aquecimento do
tecido.

Temperatura
do tecido

Drapper DO ; 1996
 Dose e aquecimento do tecido.

Quanto maior a dose de energia sonora, maior é a energia enviada para os tecidos

Doses de 2,5 a 3,0 W/cm2 podem danificar o tecido.

Tempo de tratamento e aquecimento do tecido.

Interação entre: Frequência, Dose e Tempo

Doses mais baixas exigem tempos maiores de aplicação.

Evidências científicas:

 3 MHz, 1,5 W/cm2 4 a 5 minutos de são necessários para aumentar a temperatura em 4 ºC

 1MHz, 2,0 W/cm2 10 minutos são necessários para obter o mesmo efeito.

 1MHz, 1,5 W/cm2 12 minutos são necessários para atingir 4ºC na temperatura do tecido.
Castel D; Drapper DO ; 1996
 Área de tratamento, movimento do transdutor
sonoro e aquecimento do tecido

Área não maior que 3 a 4x o tamanho da ERA, transdutor cobrindo menos que 5 cm/s

Movimento lento e circular do transdutor evitar pontos quentes na pele

Manter bom contato com a pele manutenção dos efeitos térmicos.

 Efeitos não térmicos do ultra-som

Aumento do tecido e alteração da atividade celular

1.Efeitos acústico e cavitação estável

Fluxo acústico: movimentos de fluídos ao longo das membranas celulares

Aumento da permeabilidade celular

Cavitação: formação de bolhas cheias de ar, realizam contração e expansão.

Dyson M, 1990
 Efeitos não térmicos do ultra-som

Efeitos acústico e cavitação estável

Cavitação instável: colapso das bolhas gasosas. Podem causar danos aos tecidos.

Dyson M, 1990
 Efeitos fisiológicos

Efeitos térmicos Efeitos não térmicos

Aumento da extensibilidade do Aumento da permeabilidade da

colágeno membrana celular
Aumento da velocidade de condução Aumento da atividade fibroblásticas
nervosa
Aumento do fluxo sanguíneo Estimulação da fagocitose

Redução do espasmo muscular Desgranulação de mastócitos

Síntese de proteína e de colágeno

Redução do edema

Formação de tecido conjuntivo mais

forte
 Meios de condução
 Ar é um péssimo condutor de energia ultra-sônica

 Gel de ultra-som, almofadas de gel, água mineral,

loções e água.

Klucinec et al., 1999

 Métodos de aplicação

Acoplamento direto:

 Utilização do gel condutor em contato com a pele

Apenas utilizar meios de condução aprovados

Verificar a quantidade excessiva de pêlos

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 Métodos de aplicação

Imersão em água:

 Tratamentos de áreas irregulares;

 Método ideal para aplicação (água desgaseificada)

 Transdutor voltada para área do corpo 2,5 cm de distância

 Utilizar superfície de cerâmica

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 Métodos de aplicação

Métodos da bexiga:

 Balão cheio de água ou uma bolsa de plástico acoplada ao gel condutor

 Articulações irregulares

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 Fonoforese

Utilização de energia sonora para conduzir medicamentos, porém

estes medicamentos não possuem carga elétrica na solução

Hidrocortisona e dexatamesona são os medicamentos mais comuns

 Utilizar meios de condução verificados.

Desvantagens:

Falta de evidências sobre a eficácia do método.

Determinar a quantidade exata de medicamentos para o paciente.

 Contra-indicações e precauções:

 Pacientes com câncer

 Próximo ao abdome durante a gravidez
 Sobre infecções
 Próteses articulares de metal e substâncias sintéticas
 Sobre áreas cardíacas e com marca-passo.
 Sobre os olhos e genitálias
 Diretamente sobre superfícies abertas de crescimento (epífises)

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Denegar CR. Modalidades Terapêuticas. 1ª st ed. São Paulo: Manole; 2003
 Diatermia
Conceito:

 Geração terapêutica de calor local por ondas eletromagnéticas de alta frequência.

Maioria classificas como diatermia por ONDAS CURTAS e geram corrente alternada
de aproximadamente 27 MHz.
 Diatermia

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Denegar CR. Modalidades Terapêuticas. 1ª st ed. São Paulo: Manole; 2003
 Diatermia

Denegar CR. Modalidades Terapêuticas. 1ª st ed. São Paulo: Manole; 2003

 Campos eletromagnéticos
pulsados e diatermia
Diatermia pulsada

Resposta térmica ou não térmica

Baixa frequência 600 pps; duração de fase 65 us

Campo eletromagnético pulsado (CEMP) ou Energia pulsada de frequência de rádio

(EPFR)
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Denegar CR. Modalidades Terapêuticas. 1ª st ed. São Paulo: Manole; 2003
 Campos eletromagnéticos
pulsados e diatermia
CEMP

Acelerar o reparo de ferimentos

Alívio de dor persistente; estimulação de consolidação de fraturas

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Denegar CR. Modalidades Terapêuticas. 1ª st ed. São Paulo: Manole; 2003
 Contra-indicações e precauções:

 Todos os objetos de metal devem ser removidos do paciente

 Implantes de metal e marca-passo cardíaco são contra-indicações absolutas
 Próximo ao útero de uma gestante
Pacientes com infecções, inflamação aguda, ferimentos abertos, tumores malignos e
grandes articulações.

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Denegar CR. Modalidades Terapêuticas. 1ª st ed. São Paulo: Manole; 2003