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Teorias e Técnicas de Grupo

Aula 9 – Grupos T

Profª Ma. Thaís Caroline Alves de Oliveira


Os grupos T
• Os T-group ( sendo o T do inglês “training”) tem como
objetivo o treino das capacidades das relações
humanas, ensinando os indivíduos a observar a
natureza das suas interações recíprocas e do processo
de grupo.

• Esses grupos se tornaram famosos levando a criação de


uma organização, a “Nacional Traninig Laboratories”
(NTL). Os NTL tiveram sua primeira tentativa dos
grupos no campo industrial, atingindo administradores
e diretores, onde verificou-se que os indivíduos viviam
frequentemente experiências pessoais muito profundas
de mudança através da relação de confiança e de
interesse que se desenvolvia entre os participantes.
Treinamento de Laboratório
• O treinamento de laboratório é uma comunidade
temporária, estruturada de acordo com os
requisitos de aprendizagem dos participantes.

• O termo “laboratório” é intencional e significa


que o treinamento se dá em comunidade dedicada
a mudança e a aprendizagem experimentais.

• Novos padrões de comportamentos são


inventados e testados num clima que favorece a
mudança e onde os participantes estão protegidos
das consequências práticas da ação inovadora.
Treinamento de Laboratório
• No T-Group os comportamentos dos participantes são
investigados de forma simultânea a sua experiência de mudança.

• Cada indivíduo pode aprender acerca de seus próprios motivos,


sentimentos e estratégias no lidar com pessoas. Aprende também
a reação que produz nos outros.

• A partir de então, é possível desenvolver novas imagens de si


mesmo e potencialidades.

• Além disso, cada pessoa aprende no processo grupal,


desenvolvendo habilidades de ser membro de um grupo e de
mudar e melhorar o seu ambiente social. Nos grupos T, os
membros desenvolvem sua própria habilidade de dar e receber
ajuda, bem como de ajudar o treinador.
Como funciona na prática?
• 10 a 15 indivíduos, num período de 10 a 15
dias, se confortam com atarefa de criar,
desenvolver e manter uma pequena
organização social.

• Isso significa que as estruturas de poder, os


objetivos do grupos, as expectativas são
trabalhadas no grupo.
O que é necessário?
• Feedback

• Aqui e agora

• Descongelamento
Quais os objetivos?

• Proporcionar autoconhecimento;

• Compreender as condições que inibem ou


facilitam o

• funcionamento dos grupos;

• Compreender as relações interpessoais que


ocorrem no grupo;
Feedback
• O feedback auxilia o membro do grupo a
entender como os outros o veem. Desta forma,
ele é de extrema importância, pois ajuda o
participante a repensar como sua comunicação
com os outros está sendo realmente praticada.

• Além disso, tão importante quanto receber o


feedback é realizá-lo. A crítica ajuda a aprender
a ver si mesmo com auxílio dos olhos alheios.
Porém aqui não é a crítica pela crítica, seu
propósito é ajudar.
Aqui e agora
• As pessoas aprendem melhor através da análise
de sua própria experiência imediata. É
interessante ver como as pessoas conseguem
aprender novas emoções e sentimentos a partir
de sua “reexperiência” do ocorrido.

• Quando observamos a forma como interagimos


com o outro, podemos entender melhor como
agimos em diferentes situações. Poder vivenciar
o agora inclusive auxilia no feedback, pois
sentimos maior capacidade de distinguir o que
dizer e o que não dizer.
Descongelamento
• É a partir da vivência no aqui e agora e da
possibilidade de dar e receber feedbacks que
chegamos ao descongelamento.

• Ao perceber como os outros nos veem e como


nos mesmos estamos nos vendo, podemos mudar
nossos comportamentos, atitudes, sentimentos e
comunicação, levando ao descongelamento de
quem somos para que queremos nos tornar.
Contextos para realização
• Os laboratórios de sensibilidade podem ser
conduzidos em muitos ambientes diferentes.

• Os participantes podem se dirigir a eles por iniciativa


própria ou serem enviados por alguma organização.

• Nesse segundo caso, a pessoa que participa vai como


“indivíduo” e não como representante da organização.
Inclusive é recomendado que ela não diga sua
profissão/aonde trabalha, para não contaminar o
grupo.
Contextos para realização
• Além da possibilidade de enviar pessoas aos
laboratórios já estabelecidos, uma outra
possibilidade é a organização criar seu próprio
laboratório.

• Nesse tipo de experiência é importante que os


grupos sejam formados por pessoas de mesma
posição hierárquica para evitar inibições. A
depender do andamento do grupo, é possível
iniciar uma diversidade.
Contextos para realização
• Existem vários tipos de laboratórios que são
constituídos de acordo com suas necessidades. O
importante é saber estruturar o laboratório a partir da
necessidade dos participantes.

• Um laboratório pode conter vários T-Groups


diferentes, cada um com seu processo de
aprendizagem. É comum que cada laboratório tenha
5 grupos que em determinadas circunstâncias podem
interagir entre si. Também acontece de os N-Groups
(novos grupos) participarem apenas da observação
dos grupos já em andamento, para entenderem a
dinâmica.
Estruturas e funcionamento
• Além da sessão normal, que funciona quase
como uma terapia de grupo, os T-Groups
incluem exercícios de observação e entrevista.

• O sketch design e as entrevistas em dupla são


modalidades típicas de tais exercícios.
Sketch design
• Ele consiste em dividir o grupo em dois
subgrupos de, por exemplo, 6 pessoas.

• Destas 6, atribui-se a 4 a tarefa de tomar uma


decisão enquanto os outros 2 observam o
processo de forma minuciosa e atenta.

• Em seguida, inverte-se os papéis, até todos serem


observadores. Depois de cada série, é fornecido o
feedback aos participantes para a discussão.
Entrevistas duplas
• Neste exercício, os membros do grupos são
sorteados para se entrevistarem durante quinze
minutos enquanto os outros participantes
observam.

• Todos deverão ter a oportunidade de agir como


entrevistador e entrevistado e, posteriormente
também se apresenta o feedback. É bastante
comum o uso de gravações.
Entrevistas duplas
• Outros exercícios podem ser utilizados nos
grupos, geralmente voltando-se para a
comunicação verbal e não-verbal, além de ser
possível utilizar recursos como musicoterapia,
pintura, dança, criações artísticas.

• Na estruturação também é importante


mencionar que questões como horário, sessão
de orientação, sessões teóricas devem ser
previamente acordadas.

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