Fundamentos de Confiabilidade

Fundamentos de Confiabilidade
Faculdade Atenas Maranhense – FAMA

Curso de Especialização em Gestão
Estratégica da Qualidade
Prof. MSc. Gerisval Alves Pessoa

Abril de 2009
 Gerisval Pessoa Revisão 04 1

Instrutor
 Mestre em Gestão Empresarial (FGV)
 Especialista em Engenharia da Qualidade (UEMA)
 Químico Industrial (UFMA)
 Especialista em TQC (Total Quality Control - Japão)
 Professor de Graduação e Pós-graduação
 Coordenador dos Cursos de Pós-Graduação (FAMA)
Gestão Estratégica da Qualidade
Gestão Estratégica de Pessoas
Gestão Estratégica de Serviços
Gestão Ambiental Empresarial
 Auditor Líder ISO 9001 e 14001 e Auditor OHAS 18001
 Instrutor Internacional de TPM (Total Productivity Maintenance)
 Examinador Prêmio Nacional da Qualidade: Ciclos 2000, 2001 e 2002
Analista da Qualidade Máster (Vale)
 24 anos de experiência profissional

UNIDADE I
INTRODUÇÃO E CONCEITOS
BÁSICOS

Idéias Relacionadas ao
Conceito de Confiabilidade
Continuidade Produtividade
Sem
Confiança falhas
Du n to rar
Segurança o
ráv
el Pr ope
ara
p

Histórico da Confiabilidade
• Mísseis de Von Braun (V1 e V2)

• Enfoque inicial: “Um sistema é tão forte quanto o seu elo mais
fraco”
• Após os fracasso iniciais: Conceito de “ Sistema em série”
• Estudos do Pentágono (EUA)

• US$ 2 para manter operacional cada US$ 1 de equipamento eletrônico
•Estudos do do Exército (EUA)
• Disponibilidade dos equipamentos militares era de 30%
•Estudos da Aeronáutica (EUA)
• Para cada Válvula em uso havia um sobressalente e 7 em trânsito.
• Criação do AGREE (Advisory Group on Reliability of Eletronic

Equipament)

Engenharia da Confiabilidade
A partir dos anos 60 passou a ser usada em todos os
setores industriais:
• Aeronáutica e Aeroespacial
• Nuclear
• Elétrico
• Eletrônico e Computadores
• Químico e Petroquímico
• Siderúrgico
• Automotivo

Confiabilidade - Definição
• É a capacidade de um item desempenhar

satisfatoriamente a função requerida, sob condições de
operação estabelecidas, por um período de tempo
predeterminado. (BS 4778)
• É a probabilidade de um item desempenhar

satisfatoriamente a função requerida, sob condições de
operação estabelecidas, por um período de tempo
predeterminado.

Confiabilidade - Conceito
A confiabilidade é um atributo inerente ao projeto do

produto e representa a capacidade potencial que
deveria ser atingida em condições habituais, desde
que fabricado exatamente conforme projetado e
operado e mantido exatamente nas condições
prescritas.

Confiabilidade – Aspectos a serem considerados
• A necessidade de se definir as funções para as quais o

produto foi projetado
• A necessidade de se definir o que se entende por um

desempenho satisfatório (especificação de desempenho,
definição de falha)
• A necessidade de se definir as condições de operação

(temperatura, vibração, altitude, etc.)
• A necessidade de se definir o período de tempo durante o

qual o produto deve funcionar bem (isto é, número de
horas, ciclos, etc.)
- Tempo de missão

Confiabilidade – Utilidade
• Subsidiar a engenharia para o aperfeiçoamento de

novos produtos e produtos já existentes;
• Comparar dois ou mais protótipos permitindo

realizar a escolha do melhor em relação à
confiabilidade;
• Redução dos custos de garantia, ou com os mesmos

custos, introduzir um aumento no período de garantia;
• Subsidiar a área de vendas e de marketing com

informações relativas à confiabilidade do produto.

Por que estudar Confiabilidade?
• Produtos podem falhar e causar vários efeitos,

desde pequenas falhas até falhas catastróficas.
• Hoje os consumidores são mais conscientes e

exigentes.

Uma Unidade de Processo Confiável é Aquela que:
• Pára poucas vezes durante uma campanha devido a

falhas de seus componentes
• Quando pára volta logo a funcionar
• Sofre poucos episódios de produção de “produtos fora

de especificação”
• Funciona de forma segura: tem uma baixa freqüência de

acidentes de processo.
Supera as expectativas da gerência e

garante vantagem competitiva.

Confiabilidade – Visão Moderna
A noção de confiabilidade do
produto está intimamente ligada
à expectativa de vida do
produto feita pelo usuário.

Confiabilidade, Qualidade e Segurança
• A análise da confiabilidade de um sistema

engloba todas as falhas, incluindo as
relacionadas com segurança.
• Programas de Garantia da Qualidade

influenciam positivamente a confiabilidade.

Objetivos de uma Análise da Confiabilidade de um Sistema
• Estimativa da performance
• Identificação dos “pontos a melhorar”
• Impacto de modificações sobre o desempenho
• Escolha entre projetos e/ou configurações alternativos
• Estabelecimento de políticas de testes & manutenção”

Objetivos de uma Análise da Confiabilidade de um Sistema

• Escolha entre projetos alternativos de um mesmo
sistema
• Determinação dos componentes que mais contribuem

para a indisponibilidade do sistema
• Racionalização dos investimentos em confiabilidade das

diferentes partes de um sistema
• Avaliação do aumento (ou redução) de confiabilidade

devido a modificações do projeto do sistema
• Comparação do nível de confiabilidade do sistema com

critérios de aceitabilidade previamente estabelecidos.

Indicadores da Confiabilidade
(Componentes/Processo/Sistemas)
• Confiabilidade - R(t)
• Probabilidade de um componente/processo/sistema funcionar

ininterruptamente entre paradas consecutivas.
•Disponibilidade - D(t) (instantânea/média)
• Probabilidade de que um mesmo equipamento funcione com sucesso num

instante em que for requerido (ou demandado)
• Fração do período durante a qual o componente funciona com sucesso.
• MTTF (Mean Time To Failure) - Tempo Médio de Falha*
• MTTR (Mean Time To Repair) - Tempo Médio de Reparo
• MTBF (Mean Time Between Failures) - Tempo Médio Entre Falhas

* Para equipamentos não reparáveis (p.ex.: fusíveis)
Taxa de Falhas - Conceito
• É o número de falhas em um dado intervalo de tempo
• É quantidade de falhas por unidade de tempo dividido

pela quantidade de componentes expostos à falhas.
* Para equipamentos não reparáveis (p.ex.: fusíveis)

Curva da Banheira – Taxa de Falhas

Comportamento das Falhas
• Distribuição normal
• Distribuição exponencial
• Distribuição Poisson
• Distribuição log-normal
• Distribuição binomial
• Distribuição hipergeométrica
• Distribuição Weibull

Relação entre Taxa de Falhas - MTBF e Confiabilidade

Manutenibilidade - Definição
A probabilidade de um equipamento ou
sistema seja restaurado a uma condição
especificada em um dado período de tempo,
quando a manutenção é realizada de acordo
com os procedimentos e recursos prescritos.
Nota: As características de manutenibilidade influenciam nos atributos

MTBF, disponibilidade média e disponibilidade instantânea.
Já os atributos confiabilidade e MTTF, dependem unicamente dos

mecanismos e processos de falha do equipamento.

Manutenibilidade - Conceito
A manutenibilidade é medida em tempo até

reparo e inclui:
• A identificação da falha
• A recomposição do componente ou do
subsistema

Relação entre Taxa de Reparo – MTTR - Manutenibilidade

Disponibilidade A (t) - Definição
É a probabilidade de que o sistema esteja

operando apropriadamente quando
requisitado para seu uso.

Disponibilidade A (t) - Conceito
• Depende tanto da confiabilidade quanto da

manutenibilidade do sistema.
• Critério de performance para sistemas reparáveis
• Há várias classificações de disponibilidade

Disponibilidade A (t) - Classificações
• Disponibilidade instantânea (pontual)

• Disponibilidade operacional
• Disponibilidade física
• Disponibilidade inerente
• Disponibilidade conquistada
• Disponibilidade em regime permanente
• Disponibilidade média superior

Confiabilidade x Manutenibilidade
Vida de um equipamento
Reparável
λ(t) taxa de falha µ(t) taxa de reparo

R(t) CONFIABILIDADE MANUTENIBILIDADE
Probabilidade de bom Probabilidade de um bom
funcionamento reparo
MTBF MTTR
Média dos tempos Média dos tempos
de bom funcionamento A(t) DISPONIBILIDADE técnicos de reparo
Probabilidade de assegurar
um serviço requisitado
MTBF
A=
MTBF + MTTR

Como Aumentar a Confiabilidade?
• Com redundância
• Com mudança no projeto
• Com solicitações abaixo do projetado.

UNIDADE II
CONCEITO DE SISTEMA

Sistema - Definição
É um conjunto de “componentes”
componentes conectados de
uma maneira organizada a fim de realizar uma ou
mais funções.
• Sistema solar
• Rede de microcomputadores
• Time de futebol
• Caldeira de grande porte

Sistema - Definição
A previsão de confiabilidade pode ser feita

focando:
• Itens
• Subconjuntos
• Conjuntos

Sistema - Conceito
Os tipos de componentes, suas quantidades,

qualidades e configuração de projeto, quando
combinados têm efeitos direto na confiabilidade do
sistema.

Sistema - Conceito
Um “time de futebol”
futebol é um sistema porque:
• Tem um objetivo (ganhar jogos)

jogos
• É um conjunto de componentes (os
jogadores)
jogadores
• Os componentes estão organizados para
operar em conjunto (cada jogador tem um
papel a cumprir e o time tem suas estratégias e
táticas)
táticas
• Tem entradas e saídas (as performances dos
componentes, os sinais do juiz, etc.)

Sistema - Tipos
• Sistemas reparáveis
• Sistemas não-reparáveis

Sistemas Não-Reparáveis
MTTF
TTF
TTF – Tempo Até Falhar
MTTF – Média dos Tempos Até Falhar

Sistemas Reparáveis
Os sistemas são reparados quando a falha ocorre
F F F F
TBF TBF TBF TBF

~ ~
T T T
T
R R R
R
TBF – Tempo de Bom Funcionamento
MTBF – Média dos Tempos Entre Falhas

Fronteiras de um Sistema
• As “fronteiras”
fronteiras de um sistema definem suas
interações com o ambiente externo (i.e. suas
interfaces de entrada e saída)
• São importantes para garantir que nada seja

deixado de fora
• Não há uma regra fixa para o estabelecimento

das fronteiras.

Fronteiras de um Sistema
SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
COMPRESSOR
MOTOR
Energia Elétrica
BARRAMENTOS
DISJUNTORES
RELÉS
...
Turbina SISTEMA DE SUPRIMENTO Rede Pública
DE ENERGIA ELÉTRICA

Sistema - Conexão
• Série – Quando um componente falha, o sistema
falha
• Paralelo – Quando um ou mais componentes

falham, o sistema pode ainda continuar operando

Sistema – Conectado em Série
1 2 .... n
Rs = R1 x R2 x .... x Rn

Sistema – Conectado em Paralelo
2
.
.
.
Rs = 1 – [(1-R1) x )(1-R2) x .... x (1-Rn)]

Sistemas Complexos
1 2

UNIDADE III
CONCEITO DE FALHA

Falha - Definição
• É o término da capacidade de um item desempenhar a função
requerida
• É a diminuição total ou parcial da capacidade de uma peça,
componente ou máquina de desempenhar a sua função durante
um período de tempo, quando o item deverá ser reparado ou
substituído.
• É a “inabilidade” de um sistema/componente em cumprir uma de
suas funções de projeto.
Efeitos
Ambientais
Falha(s) de
Falhas do Sistema Subsistema(s) Falha(s) de
Causada por ... ou interface(s) Componente(s)
Causada(s) por ... Causada(s) por ...
Erro Humano

Modo de Falha
• Maneira pela qual a falha é observada

(Mil-Std 1629A)
• Efeito pelo qual se percebe que a falha ocorreu

(IEEE Std 500)
FA-005f-0
Modo de Falha (Exemplos)
• Falha em partir
• Entupimento
• Falha em permanecer em uma posição
• Vazamento interno
• Vazamento externo
• Falha em fechar / Falha aberta
• Falha em abrir / Falha fechada
• Indicação errada
• Operação inadvertida
• Fluxo restrito
• Falha em parar
• Falha em conectar
• Curto (elétrico)
• Fuga (elétrica)

Modo de Falha
Em geral, os modos de falha estão relacionados

com as seguintes situações:
• Operação prematura
• Falha em operar num tempo especificado
• Falha em parar de operar num tempo especificado
• Falha durante a operação

Causas
Possíveis mecanismos físicos ou químicos, erros de

projeto, defeitos de qualidade, ou outros processos
que são a razão básica para a ocorrência do modo de
falha
• Sobretensão
• Corrosão
• Falta de lubrificação

Efeitos
Conseqüências que um modo de falha impões

na operação, função ou estado de um
componente ou sistema.
• Ruído excessivo
• Perda de potência
• Vazamento (sistema)

Terno da Falha (Causa – Modo de Falha – Efeito)
Efeitos Perda de
performance do freio
Modo
Vazamento
Componente de Cilindro de fluido
Falha
Causas Selo Danificado

UNIDADE IV
FERRAMENTAS BÁSICAS
APLICADAS À CONFIABILIDADE

Ferramentas Básicas Aplicadas à Confiabilidade
As duas ferramentas básicas aplicadas à confiabilidade são

FMEA e FTA que têm suas principais aplicações para a:
 Melhoria de um produto ou processo já em operação. A

partir da identificação das causas das falhas ocorridas e seu
posterior bloqueio.
 Detecção e bloqueio das causas de falhas potenciais
(antes que aconteçam) em produtos ou processos já em
operação.
 Detecção e bloqueio das causas de falhas potenciais
(antes que aconteçam) em produtos ou processos, ainda na
fase de projeto.

FMEA e FTA: Dois Tipos de Raciocínio

FMEA
 A ferramenta FMEA - Análise dos Modos e Efeitos das

Falhas (Failure Mode and Effect Analysis) é um método de
análise de projetos (de produtos ou processos, industriais
e/ou administrativos) usado para identificar todos os
possíveis modos potenciais de falha e determinar o efeito
de cada uma sobre o desempenho do sistema (produto ou
processo), mediante um raciocínio basicamente dedutivo.
 É um método analítico padronizado para detectar e
eliminar problemas potenciais de forma sistemática e
completa.

FMEA - Objetivo
• Tem como objetivo, por meio da análise das falhas potenciais e

propostas de ações de melhoria, que ocorram falhas no projeto
do produto ou do processo, buscando assim, a confiabilidade,
que é a probabilidade buscando aumentar a confiabilidade, que é
a probabilidade de falha do produto/processo.
• Identificar todos os modos de falha em potencial dentro de um

projeto (de produto ou processo), todas as possibilidades de
falhas catastróficas e críticas, de tal maneira que elas possam
ser eliminadas ou minimizadas através da correção do projeto, o
mais cedo possível.

FMEA
Perguntas básicas a serem feitas quando da construção de

uma FMEA:
 De que maneiras um componente pode falhar?

 Que tipos de falhas são observadas?
 Que partes do sistema são afetadas;
 Quais são os efeitos da falha sobre o sistema?
 Qual a importância da falha?
 Como preveni-la?

Relação Causa – Modo - Efeito

CAUSAS
EVENTOS QUE GERAM
(PROVOCAM, INDUZEM, MOTIVAM )
O MODELO DE FALHA
MODOS DE FALHA
(TIPOS )
EVENTOS QUE LEVAM ASSOCIADOS
UMA DIMINUIÇÃO(PARCIAL OU TOTAL)
DA FUNÇÃO.
EFEITOS
FORMAS COMO OS MODOS DE FALHA
AFETAM OS DESEMPENHO DO SISTEMA,
DO PONTO DE VISTA DO CLIENTE

Exemplo da Relação Causa – Modo - Efeito
MODO DE FALHA CAUSA EFEITO
• Fratura da Resistência • Oxidação • Água não Aquece

elétrica de um Chuveiro
• Perda de ajuste na • Acúmulo de Tolerância • Travamento do Eixo

posição central de um
mancal de rolamento
• Erro no Cadastro por • Pagamento Atrasado
• Atraso na emissão de falta de treinamento
nota fiscal

FMEA – Como Elaborar
Componente
Controle Cliente
Função
Atuais
Causa(s) Modo (tipo) Efeito(s)

Falhas
G
D O
Recomendações R

Termos e Fluxo de Preenchimento

Termos e Fluxo de Preenchimento

FMEA de Projeto
AÇÃO
FALHAS POSSÍVEIS ATUAL CORRETIVA RESULTADO
NOME DO FUNÇÃO DO
ITEM COMPONENTE/ COMPONENTE/ ÍNDICES
PROCESSO PROCESO RECOMENDA- ÍNDICES
MODO EFEITO(S) CAUSA(S) CONTROLES ÇÕES TOMADA REVISTOS RESPONSÁ-
ATUAIS O G D R VEL
O G D R
• Carcaça do • Suportar • Espessura 1 10 10 100
• Fratura • Perda dos • Nenhum 3 10 10 300 • Realizar testes
eixo traseiro o conjunto Inadequada de durabilidade • Alteração Sr. Souza
Freios
1 do eixo
• Perda de
na Carcaça. do Projeto
Controle
do veículo
• Material • Nenhum • Verificar 1 10 1 10
1 10 10 100 • Verificado
Inadequado Especificação
e aprovado Rodrigues
de Material
5 10 10 500 1 10 4 40
• Perda de • Travamento • Acúmulo das • Especif. • Reavaliar •Alterado do
ajuste do eixo Tolerâncias 2562 Espessura do diâmetro Santos/
na posição traseiro Mínima externo do Palhares
central de parede tubo
2 10 10 200 • Reavaliar raio • Alterado 1 10 1 10

•Ruptura do • Perda de •Acúmulo de • Nenhum de curvatura Raio
flange controle de tensões: Brandão
do cubo veículo Raio • Teste de • Teste
da roda Inadequado Resistência implantado
3 10 2 60 • Cálculos 2 10 2 40
• Quebra da • Travamento • Interf. • Proc. Calc. • Revisão do
deInterf.
parede do eixo Mancal/ NR 1483/9h Cálculo Revistos
do mancal traseiro Rolamento Antonio
central inadequada

FMEA de Processo – Etapa de Recobrimento Superficial
DATA DA ELABORAÇÃO: CLIENTE/REF.:

FMEA
DATA DA PRÓXIMA REVISÃO: PRODUTO:
EXEMPLO
PRODUTO X PROCESSO COORDENADOR: PROCESSO:
UNIDADE/SETOR
CONTROLES
FALHAS POSSÍVEIS
ATUAIS ÍNDICE
NOME DO FUNÇÃO DO
ITEM
PROCESO COMPONENTE/
PROCESSO
MODO EFEITO CAUSAS
G O D R
RECOBRI- REVESTIMENTO COMPOSI- RECOBRIMENTO *PRESENÇA DE

PROTETOR: ÇÃO INA- INADEQUADO PARTÍCULAS
1
MENTO
0,1 mm DEQUADA CONTMINANTES 5 7 9 315
SUPERFICIAL
DE CROMO DO
EM AÇO BANHO POROSIDADES *MISTURA 8 7 5 280
CARBONO INADEQUADA
ACABAMENTOS
*CONDENSAÇÃO 6 7 4
UPERFICIAL 168
INADEQUADA
INADEQUADO

Planilha de FMEA (Adaptada da MIL_STD 1629A)
Componente Modo de Falha Efeito sobre Efeitos sobre o Classe de Classe de Métodos de
outros Sistema Severidade Freqüência Detecção e
Componentes Observações

Planilha de FMEA (Análise de Criticidade)
CLASSE CONSEQUÊNCIAS
I. Negligível • Nenhum dano ao sistema
Perda de equipamento < R$ 5.000,00
Nenhum ferimento ou doença ocupacional
Para de Produção < 1 hora
II. Marginal • Danos leves ao sistema
Perda de equipamento: R$ 5.000,00 - 50.000,00
Ferimentos ou doença ocupacional leve
Para de Produção 1 hora - 4 horas
III. Crítica • Danos sérios ao sistema

Perda de equipamento: R$ 50.000,00 - 100.000,00
Ferimentos ou doença ocupacional grave
Para de Produção 4 horas- 12 horas
IV. Catastrófica • Perda do sistema

Perda de equipamento > 100.000,00
Mortes
Para de Produção > 12 hora

CLASSE FREQUÊNCIA
A. Freqüente • Esperado ocorrer uma ou mais vezes durante a vida
útil do sistema
f > 1/ano
B. Provável • Esperado ocorrer até uma vez durante a vida útil do

sistema
1/ano < f < 1 em 100 anos
C. Ocasional • Pouco provável de ocorrer até uma vez durante

a vida útil do sistema
1 em 100 anos < f < 1 em 10.000 anos
D. Remota • Não esperado ocorrer até uma vez durante
a vida útil do sistema
1 em 10.000 anos < f < 1 em 1.000.000 anos
E. Extremamente • Conceitualmente possível, mas extremamente

improvável de ocorrer durante a vida útil do sistema
Remota f < 1 em 1.000.000 anos


Matriz de Aceitabilidade de Riscos
F/C Negligível Marginal Crítica Catastrófica

Freqüente I.A II.A III.A IV.A
Provável I.B II.B III.B IV.B
Ocasional I.C II.C III.C IV.C
Remota I.D II.D III.D IV.D

Extremamente
I.E II.E III.E IV.E
Remota
- Aceitável - Não desejável (requer estudo mais detalhado)
- Inaceitável - Aceitável com aprovação superior

Exemplo de FMEA (Aquecedor de Água Doméstico)
Componente Modo de Falha Efeito sobre Efeitos sobre o Classe de Classe de Métodos de
outros Sistema Severidade Freqüência Detecção e
Componentes Observações
Válvula 1 - Emperra Aquecedor não Pressão e tempe- III C •Medição de

de gás aberta cessa operação ratura acima do temperatura
normal. • Abrir a tornei-
Demanda a Geração de vapor ra para aliviar.
válvula de • Observação
alívio visual.
2- Emperra Aquecedor Não produz água I D •Mediação de

fechada cessa de operar quente temperatura
3- Vazamento __ • Gás no ambiente IV D •Percepção

externo • Possibilidade de olfativa e/ou
incêndio detetor de gás
Conduto de 1 - Entupido Combustão Não há saída dos

IV E •Percepção
Fumaça incompleta no gases tóxicos de
(exaustão) aquecedor exaustão que olfativa e/ou
podem voltar detetor de gás
para o ambiente.
Apagamento da
chama com gás
no ambiente

FTA
A ferramenta FTA - Análise de Árvore de Falhas (Fault

Tree Analysis) é um método padronizado de análise de
falhas ou problemas, verificando como os mesmos
ocorrem em um equipamento ou processo.

FTA (Fault Tree Analysis)

A Análise de Árvores de Falha (FTA) é um método sistemático e
padronizado, capaz de fornecer bases objetivas para funções diversas
tais como a análise dos modos comuns de falhas em sistemas, análise
do projeto do sistema, para justificar mudanças e demonstrar
atendimento a requisitos (de segurança) regulamentadores e/ou
contratuais.
A FTA é uma análise dedutiva detalhada que usualmente requer

considerável volume de informações sobre o sistema. Particular
A FTA é uma representação gráfica, associada ao desenvolvimento de

uma falha particular do sistema (efeito), chamada de evento de topo,
e às falhas básicas (causas), denominadas de eventos primários. Por
esse motivo, é considerada como uma ferramenta top down (de cima
pra baixo).
Árvore de Falha
É um processo lógico dedutivo que parte de um evento
indesejado, buscando todas as combinações de “causas
básicas” que podem levar à ocorrência desse evento.
 Evento indesejado = EVENTO TOPO

 Causas básicas = EVENTOS BÁSICOS
 Aplicável para projetos/plantas em operação

 Indica claramente os pontos fracos do Sistema
Observações:
- É interessante fazer o FMEA antes da Árvore de Falha
- Funciona do Sistema / Fronteira / FMEA / Eventos / Árvore de Falha
Árvore de Falhas
É uma representação gráfica da relação lógica

entre falhas (eventos básicos e eventos
intermediários)que levam a uma ocorrência do
evento de topo

Uso da FTA
 Estabelecer um método padronizado de análise de falhas ou problemas,
verificando como ocorre em um equipamento ou processo.
 Análise da confiabilidade de um produto ou processo
 Compreensão dos modos de falha de um sistema de maneira dedutiva.
 Priorização das ações corretivas que serão tomadas.
 Análise e projeto de sistemas de segurança ou sistemas alternativos.
 Compilação de informações para manutenção de sistemas alternativos de
procedimentos de manutenção.
 Indicação clara e precisa de componentes mais críticos ou condições
críticas de operação.
 Compilação de informações par treinamento na operação de equipamentos
 Compilação de informações para planejamento de testes e inspeção.
 Simplificação e otimização de equipamentos.

Etapas da FTA
Definir o evento de
TOPO
Entender o
Sistema
Construir a
Árvore
Avaliar a
Árvore
Implementar ações
corretivas
Fluxograma da Sequência de Procedimentos para a FTA
 Definir a equipe responsável pela execução

 Selecionar o evento topo para análise
 Coleta de dados
 Definir quais são as interfaces ou fronteiras do sistema
 Análise detalhada do sistema
 Montagem preliminar da árvore de falhas
 Revisão da árvore de falhas
 Cálculo da probabilidade do evento de topo
 Análise de recomendações
 Reflexão sobre o processo

Estrutura da Árvore de Falhas

Símbolos de Eventos

Árvore de Falhas - Simbologia

Eventos
EVENTO BÁSICO
(Modo de falha com dados conhecidos)
EVENTO NÃO CONHECIDO

(Intermediário, pode já ter sido analisado ou
não, dispõe-se de dados, ou não interessa,
ou não faz parte da fronteira do sistema)
TRANSFERÊNCIA
(Para mudar de página – referência para
evitar repetir trechos da árvore de falhas
Portas Lógicas - Simbologia

Porta tipo “OU” Porta tipo “E”
TOPO TOPO
PORT 001 PORT 002
Falha 1 Falha 2 Falha 3 Falha 1 Falha 2 Falha 3
EVEN 001 EVEN 002 EVEN 003 EVEN 001 EVEN 002 EVEN 003
Qualquer dos eventos leva ao evento Só ocorrerá o evento TOPO se todas

TOPO. Soma-se as probabilidades de as falhas ocorrerem. Multiplica-se as
ocorrência probabilidades de ocorrência das
falhas
Símbolos de Portas Lógicas

Árvore de Falhas – Exercícios de Portas Lógicas

Avião monomotor é
forçado a aterrissar
PORT 001
Ocorrência de
Motor não funciona péssimas condições
do tempo
EVEN 003
PORT 002
Piloto não consegue Motor para durante o

religar o motor voo
EVEN 002 EVEN 001

Árvore de Falhas – Exercícios de Portas Lógicas

Torrada sai queimada
da torradeira
PORT 001
O dono da torradeira está

Falha no mecanismo de
distraído, não notando a
controle da torradeira
demora no preparo da mesma
EVEN 003
PORT 002
Controle de Dispositivo de
temperatura elevado desligamento
(erro humano) automático não atua
EVEN 002 EVEN 001

Árvore de Falhas – Exemplo

Sistema de Energia Elétrica de um Hospital
Energia Elétrica Rede

Pública
Monitor de
Gerador Diesel
Tensão
ut
ko
ac
Efeito Indesejável
Bl
Sistema de Energia Elétrica de um Hospital

Perda total de energia
Evento topo elétrica (Blackout)
PORT 001
Evento Falha do Sistema de Perda de Energia da

intermediário Energia Interna Rede Pública
PORT 002
Falha do monitor de Gerador diesel falha

tensão na partida
Evento básico
Árvore de Falhas – Exemplo

Sistema CD Player Automotivo
Auto-falante
A
Auto-falante
B

Árvore de Falhas – Exemplo – Sistema CD Player

Evento topo: Falta de som
Componentes: Falta de Som no
CD player Ambiente
Auto-falantes A e B
PORT 001
CD player não Falha dos auto-

funciona falantes
PORT 002
Falha do Falha do
auto-falante A auto-falante B

Diagrama de Causa e Efeito (Parcial)
Circuito Elétrico
Bobina
Velas
Cabos
Distribuidor
Bateria
Chave de ignição
Ignição eletrônica
Motor não dá
partida
Mangueira
Nível Gasolina
Filtro
Bomba de combustível
Operacionais Circuito Combustível
CAUSAS

Exemplo de uma Árvore de Falha

Exemplo de um Processo Administrativo

(Emissão/Recebimento por Nota Fiscal)
1. Departamento de engenharia industrial emite ordem de

serviço: valor e características do serviço são especificados
2. Ordem de serviço é enviada ao setor de faturamento
3. Funcionário levanta cadastro da empresa faturada
4. Funcionário calcula impostos a serem recolhidos
5. Nota fiscal é emitida
6. Nota fiscal é conferida e enviada ao cliente
7. Cliente acusa o recebimento
8. Nota fiscal é enviada ao setor de contas a receber
9. Contas a receber verifica pagamento e dá baixa na nota
10. Nota fiscal e ordem de serviços são arquivadas
Árvore de Falhas (Processo Administrativo)

Atraso no pagamento
Faturamento emite NF com atraso Cliente

Atrasa
pagamento
Atraso no cadastro Nota fiscal tem de ser refeita
Cadastro
não existe
Dificuldade no levantamento dos dados
Erro no
Erro no cálculo dos
Cadastro impostos
Treinamento Erro do
inadequado funcionário

Ganhos Obtidos com a Cultura da Confiabilidade

• Redução do número de paradas forçadas das unidades
existentes (continuidade operacional)
• Redução do número de acidentes ou quase-acidentes

(segurança)
• Redução do tempo de reparo nas paradas
(disponibilidade/manutenibilidade)
• Redução do número de erros humanos

(segurança/continuidade operacional)
• Redefinição da política de manutenção tomando como

base o conceito de Manutenção Centrada na
Confiabilidade(MCC)
(continuidade operacional/segurança/manutenibilidade)

Fundamentos de Confiabilidade

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Faculdade Atenas Maranhense – FAMA

Prof. MSc. Gerisval Alves Pessoa

 Gerisval Pessoa Revisão 04 1

 Gerisval Pessoa Revisão 04 2

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• Mísseis de Von Braun (V1 e V2)

• Estudos do Pentágono (EUA)

• Criação do AGREE (Advisory Group on Reliability of Eletronic

 Gerisval Pessoa Revisão 04 5

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• É a capacidade de um item desempenhar

• É a probabilidade de um item desempenhar

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A confiabilidade é um atributo inerente ao projeto do

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Confiabilidade – Aspectos a serem considerados

• A necessidade de se definir as funções para as quais o

• A necessidade de se definir o que se entende por um

• A necessidade de se definir as condições de operação

• A necessidade de se definir o período de tempo durante o

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• Subsidiar a engenharia para o aperfeiçoamento de

• Comparar dois ou mais protótipos permitindo

• Redução dos custos de garantia, ou com os mesmos

• Subsidiar a área de vendas e de marketing com

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Por que estudar Confiabilidade?

• Produtos podem falhar e causar vários efeitos,

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Uma Unidade de Processo Confiável é Aquela que:

• Pára poucas vezes durante uma campanha devido a

• Quando pára volta logo a funcionar

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Supera as expectativas da gerência e

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Confiabilidade, Qualidade e Segurança

• A análise da confiabilidade de um sistema

• Programas de Garantia da Qualidade

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Objetivos de uma Análise da Confiabilidade de um Sistema

• Identificação dos “pontos a melhorar”

• Impacto de modificações sobre o desempenho

• Escolha entre projetos e/ou configurações alternativos

• Estabelecimento de políticas de testes & manutenção”

 Gerisval Pessoa Revisão 04 15

Objetivos de uma Análise da Confiabilidade de um Sistema

• Determinação dos componentes que mais contribuem

• Racionalização dos investimentos em confiabilidade das

• Avaliação do aumento (ou redução) de confiabilidade

• Comparação do nível de confiabilidade do sistema com

 Gerisval Pessoa Revisão 04 16

• Probabilidade de um componente/processo/sistema funcionar

•Disponibilidade - D(t) (instantânea/média)

• Probabilidade de que um mesmo equipamento funcione com sucesso num

• Fração do período durante a qual o componente funciona com sucesso.

• MTTF (Mean Time To Failure) - Tempo Médio de Falha*

• MTTR (Mean Time To Repair) - Tempo Médio de Reparo

• MTBF (Mean Time Between Failures) - Tempo Médio Entre Falhas