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A ABORDAGEM NEOCLÁSSICA

A abordagem Neoclássica da Administração surgiu na década de 1950 baseada nos


princípios da Teoria Clássica (Taylor e Fayol), porém, com o conceito voltado para
atender as necessidades atuais do cenário administrativo. Abordagem Neoclássica da
Administração Todas as teorias administrativas assentaram-se na Teoria Clássica, seja,
como ponto de partida, seja como crítica para tentar uma posição diferente, mas a ela
relacionada intimamente.

A abordagem neoclássica nada mais é do que a redenção da Teoria Clássica


devidamente actualizada e redimensionada aos problemas administrativos atuais e ao
tamanho das organizações de hoje. Em outros termos, a Teoria Neoclássica é
exatamente a Teoria Clássica colocada no figurino das empresas de hoje, dentro de um
ecletismo que aproveita a contribuição de todas as demais teorias administrativas. Hoje
em dia é moda menosprezar Taylor, mas ele foi o primeiro homem de que se tem noticia
que não aceitou o trabalho como favas contadas, mas o examinou e o estudou a fundo.

Criticas na teoria neoclássica

Uma das principais críticas à Teoria Clássica é de que foi desenvolvida sem
comprovação científica. Essa crítica provocou o surgimento de novas teorias, que
seconcentravam no comportamento humano e abriam mão do resultado econômico e
concreto. Depois de várias pesquisas, especialistas retomaram os princípios
administrativos da Teoria Clássica trazendoadaptações e melhorias significativas,
iniciando assim uma nova teoria de administração, que incorporava muitos elementos
das teorias vigentes mas principalmente aperfeiçoava os conceitos de Fayol.
A ênfase nosaspectos práticos da Administração, a reunião de elementos de várias
outras teorias (ecleticismo) e a busca de resultados concretos são as principais
características dessa teoria.

Os 11 princípiosneoclássicos da Administração se distribuem em quatro conceitos


básicos:

 Divisão do Trabalho;
 Especialização;
 Hierarquia,
 Autoridade
 Responsabilidade.

Objetivo da Teoria / Abordagem

Todas as teorias administrativas assentaram-se na Teoria Clássica, seja, como ponto de


partida, seja como crítica para tentar uma posição diferente, mas a ela relacionada
intimamente. A abordagem neoclássica nad amais é do que a redenção da Teoria
Clássica devidamente atualizada e redimensionada aos problemas administrativos atuais
e ao tamanho das organizações de hoje. Em outros termos, a TeoriaNeoclássica é
exatamente a Teoria Clássica colocada no figurino das empresas de hoje, dentro de um
ecletismo que aproveita a contribuição de todas as demais teorias administrativas.
Hoje em dia é modamenosprezar Taylor, mas ele foi o primeiro homem de que se tem
noticia que não aceitou o trabalho como favas contadas, mas o examinou e o estudou a
fundo.

Teorias desenvolvidas pelos neoclassicos

Eficiência e Eficácia

Os Neoclássicos trouxeram o conceito de eficiência e eficácia que significam


respectivamente medida de alcance de um resultado (eficiência) e a outra é uma medida
da utilização dos recursos neste processo (eficácia). Como principio eles possuem a
divisão do trabalho, onde buscam a eficiência.

Niveis de eficiência e Eficácia

Estes são divididos em três níveis que são eles: institucional, o intermediário e o
operacional.

Especialização e a hieraquia

1. A especialização surgiu como consequência da divisão do trabalho, onde cada


órgão passou a ter funções especificas e especializadas.

2. A hierarquia surgiu para especificar as funções de comando, além de determinar a


autoridade e responsabilidades.

Principios
A abordagem Neoclássica tem como princípios o facto de que as acções
administrativas devem ser planejadas, organizadas, direcionadas e controladas.

Os autores que estudaram a Teoria Neoclássica formularam conceitos


heterogênios, mas que foram condensadas em uma teoria para facilitar o entendimento.

Características da Teoria Neoclássica

 Ênfase na prática Administrativa: os autores neoclássicos desenvolveram


conceitos visando à prática administrativa, pois atribuíram ser necessária à
aplicação prática da teoria para que a mesma fizesse sentido.

 Reafirmação dos postulados clássicos: tentaram reformular os conceitos da


teoria Clássica sobre influência da Teoria Comportamental.

 Ênfase nos princípios gerais da Administração: afirmavam que os problemas


administrativos eram semelhantes mesmo que as organizações fossem
diferentes e por isso era necessário buscar soluções administrativas mais
práticas.

 Ênfase nos objetivos e resultados: afirmavam que todas as funções da


organização devem funcionar na busca pelos resultados para que a mesma seja
considerada eficiente.

Significado da administracção segundo a teoria neoclássico

Para neoclássicos administrar significa coordenar os esforços de um grupo de pessoas


para alcance dos objetivos comuns de forma que os dispêndios sejam mínimos.

Classificação da administracção segundo a teoria neoclássico

Afirmavam ainda que todas as organizações possuem dimensões administrativas


comuns. Ducker as classificam quanto aos:

a) Objetivos: onde as organizações precisam ser bem claros de acordo com


as escalas de prioridades de cada organização e é através deles que os
resultados são avaliados.

b) Administração: as empresas podem ser diferentes quanto aos seus


objetivos, mas são semelhantes na área administrativa, pois precisam
equilibrar seus objetivos com as necessidades de flexibilidade e liberdade
individual.

c) Desempenho Individual: buscam a eficácia individual entre os


indivíduos.

Tipos de organização
A teoria clássica concebe a organização como estrutura. Chiavenato (2000, p. 88),
citando Mooney & Reiley (1931), diz: "A organização é a forma de toda a associação
humana para a realização de um fim comum. A técnica de organização pode ser descrita
como a técnica de correlacionar atividades específicas ou funções em um todo
coordenado."

Dessa forma, a organização é caracterizada pela divisão do trabalho, diferenciando-se


aqui a Administração Científica, que se preocupa com a divisão do trabalho no nível do
operário, da Teoria Clássica, na qual essa divisão ocorre no nível de cada órgão que
compõe a empresa.

A organização formal, cuja estrutura é descrita pelo organograma, é um conjunto de


cargos funcionais estabelecidos de forma hierárquica, com normas, rotinas e
procedimentos a que todos os seus membros devem se sujeitar.
Qualquer organização possui dois tipos de estrutura: a formal e a informal. Tanto os
autores clássicos como os neoclássicos definiram os seguintes tipos de organizações:
linear, funcional e linha-staff.

Na organização com estrutura linear, que Fayol via como a ideal, existem linhas
diretas e únicas de autoridade e responsabilidade entre superior e subordinados. A
comunicação dentro da organização linear é formal, as decisões centralizadas e o
desenho da estrutura piramidal.

A organização funcional aplica o princípio da especialização das funções, separando,


distinguindo e especializando. Nela, a autoridade é dividida com base na especialização
– não há nenhum superior com autoridade total sobre os subordinados e as decisões são
descentralizadas, pois não é a hierarquia, mas a especialização que promove as decisões.
A organização funcional busca maior rapidez nas comunicações entre os diferentes
níveis hierárquicos.

As atividades em linha estão ligadas à operacionalização da organização, enquanto as de


assessoria tratam do aconselhamento ou emitem pareceres e executam estudos para
determinada unidade.

3. A organização linha-staff é a combinação das duas anteriores, com predomínio da


estrutura linear e separação entre os órgãos de apoio e suporte (assessores). Tem a
finalidade de assessorar, executando as tarefas de consultoria na organização.
Esse é o tipo de estrutura mais utilizado, reportando-se cada órgão apenas a um órgão
superior, que poderá receber assessoria de diversos órgãos de staff. A comunicação é
formal tanto entre superiores e subordinados como entre staff e os diversos órgãos. Há
predomínio do aspecto linear, a hierarquia é mantida assegurando a disciplina e o staff
(especialização) fornece a consultoria.

Condicionantes dos modelos organizacionais


A situação atual da “nova economia” levou as empresas a repensarem não só o seu tipo
de atuação em termos operacionais, mas também os condicionantes do seu
desenvolvimento.

Nos últimos anos, o mundo vem sofrendo a influência de fatores não previsíveis, o que,
de algum modo, tem se refletido na imprevisibilidade, quer no nível da tomada de
decisão, quer mesmo na conservação de certos paradigmas até agora tidos como
imutáveis.

As mudanças ambientais são uma constante, e as empresas, para sua sobrevivência,


necessitam se adaptar ou até criar mudanças.

Pior do que a incapacidade de se adaptar às mudanças é a incapacidade de criar


mudanças, principalmente dentro da organização. As empresas devem procurar seu
rumo dentro de ambientes altamente instáveis, razão pela qual a imprevisibilidade se
torna fator presente no cotidiano empresarial. A palavra de ordem passou a ser gerir
instabilidade, ou seja, gerenciar o caos.

Para gerenciar com sucesso as organizações neste novo milênio, o administrador deverá
acompanhar as mudanças – imprevisíveis e rápidas – e tomar decisões em tempo hábil,
baseadas em informações atualizadas e obtidas de fontes confiáveis.
As organizações atuais diferentemente das antigas, que eram sistemas bem fechados –
passaram a ser sistemas sociais abertos e adaptáveis, compreendendo recursos
financeiros, físicos, de conhecimento e informação, cujas características e relações se
modificam permanentemente para se adaptarem às mudanças do meio ambiente, ou se
possível modificá-lo, com a finalidade de permitir que determinados objetivos sejam
alcançados.

O modelo piramidal tradicional de organização foi substituído pelo modelo


contemporâneo (pirâmide invertida), orientado para o mercado (Kotler, 2000). Ou seja,
na empresa atual, o poder, que era exercido de dentro para fora, se inverteu e o mercado
passou a controlar a atividade da organização, com reflexo na sua estrutura.

A organização tem necessidade permanente de captar informação no mercado e


transformá-la em conhecimento, disseminado internamente.

Caracterização dos novos modelos organizacionais


A dimensão e as características da organização moderna conduzem a organizações mais
descentralizadas, com menor número de níveis hierárquicos – mais enxutas -, exigindo
do administrador maior responsabilidade no processo de tomada de decisão.

Esse modelo conduz a uma maior autonomia dos órgãos da estrutura empresarial,
exigindo, conseqüentemente, dos funcionários cada vez maior capacitação.

A briga na organização é por melhoria nas relações custo-benefício. Sempre que a


grande empresa não consegue garantir, com a maior eficácia possível, suas operações, a
terceirização aparece como alternativa numa situação de redução de custos, abrindo
espaço para a atuação de empresas de pequeno e médio porte (MPE’s), que, atuando
mais próximas do mercado e sendo mais flexíveis, detêm maior especialização.

Na realidade, as grandes empresas, atuando em ambientes hostis – mais conhecidos e


experimentados pelas de menor dimensão –, criam oportunidades para o
desenvolvimento das pequenas empresas, beneficiando-se mutuamente e gerando uma
economia baseada no relacionamento: a economia em rede.
Esse novo ponto de vista determina que o relacionamento e mesmo a colaboração
empresarial constituem as grandes alavancas do progresso econômico. É a fartura, não a
escassez que rege a economia em rede.

Os novos modelos das organizações baseiam-se na forma como a informação é por elas
tratada e na estrutura adotada para agilizar o processo de transformação dessa
informação em conhecimento e, conseqüentemente, em ação (decisão).

No novo modelo organizacional, destacam-se os seguintes aspectos:

 As grandes empresas necessitam das pequenas para poderem progredir nos


mercados onde atuam.
 As pequenas empresas devem aproveitar o fato de serem imprescindíveis ao
crescimento e consolidação das grandes. Devem exercer o poder da “sua
pequenez”.
 Para cumprir essas finalidades, as empresas (grandes e pequenas) deverão adotar
estruturas organizacionais que permitam que a informação e as decisões
circulem por vários níveis da organização.
 A informação passará a ser responsabilidade do mais alto executivo da empresa,
e não mais do departamento X, incorporando-se na cultura empresarial.
 As empresas deverão estar preparadas para modificar não só o seu desenho
organizacional, mas também a sua cultura, de modo a poderem assimilar em
bloco todo o processo de mudança contínua.
Fundamental para a organização, o tratamento da informação torna-se, assim, processo
principal, em vez de função acessória. A empresa passa a ser uma “fábrica de
conhecimento”, e os produtos e serviços surgem como o meio de se relacionar com o
mercado. A informação torna-se “O produto” e novas capacidades organizacionais se
tornam relevantes.

Também a integração do mundo empresarial no social torna-se, cada vez mais, fator
crítico para o sucesso da organização. A noção de liderança está deixando de ter a
característica da prepotência, para assumir a característica da capacidade. Só é líder
quem é capaz, e não quem tem poder. O poder relaciona-se cada vez mais com a
capacidade de cada um e não com seu status.

CHIAVENATO, Idalberto
. Introdução à teoria geral da administração
,
edição compacta. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

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