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Administração
[Do latim administratione.] I. Ação de administrar. II. Gestão de negócios públicos ou particulares. III.
Governo, regência. IV. Conjunto de princípios, normas e funções que têm por fim ordenar os fatores de
produção e controlar sua produtividade e eficiência, para obter determinado resultado. V. Prática desses
princípios, normas e funções. VI. Função de administrador; gestão, gerência. VII. Pessoal que administra;
direção (Novo dicionário Aurélio, 1ª edição).
Gestão
[Do latim gerentia de gerere, ´fazer´.] I. Ato de gerir. II. As funções do gerente; gestão, administração. III.
Mandato de administração. (Novo dicionário Aurélio, 1ª edição).
AdministrAÇÃO
É o processo de tomar decisões e realizar ações que compreende quatro processos principais
interligados - Planejamento, Organização, Direção e Controle.
É o processo de Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar o uso dos Recursos Organizacionais para
alcançar determinados objetivos de maneira eficiente e eficaz.
A tarefa básica da administração é fazer as coisas por meio das pessoas de maneira eficiente e eficaz (ou com
melhor resultado). Não adiantam avanços tecnológicos e desenvolvimento do conhecimento se eles não
produzem efeito, se a qualidade da administração efetuada sobre os grupos não permitir uma aplicação
efetiva sob re recursos humanos e materiais.
Indústria, comércio, serviços públicos, hospitais, universidades... a eficiência e eficácia das pessoas que
trabalham em conjunto depende diretamente da capacidade daqueles que exercem a função administrativa.
A partir do momento que as organizações alcançaram um certo tamanho e complexidade, a sua administração
começou apresentar dificuldades e desafios para os dirigentes.
Foi nesse momento que surgiu a necessidade de uma teoria da Administração que permitisse oferecer aos
dirigentes os modelos e estratégias adequados para a solução de problemas.
A produção de bens e serviços não pode ser desenvolvida por pessoas que trabalham sozinhas. Quanto mais
industrializada for a sociedade, tanto mais numerosas e complexas se tornam as organizações. Estas passam a
criar um tremendo impacto sobre as vidas e a qualidade de vida das pessoas.
Sejam quais forem os objetivos das organizações, lucrativos, educacionais, religiosos, políticos, sociais,
filantrópicos, econômicos, etc. a medida que as organizações crescem e se multiplicam, maior se torna a
complexidade dos recursos necessários à sua sobrevivência e ao seu crescimento.
Componentes das organizações
Conceito de organização
UNIDADES SOCIAIS INTENCIONALMENTE CONSTRUÍDAS E RECONSTRUÍDAS A FIM DE
ATINGIR OBJETIVOS ESPECÍFICOS UTILIZADORAS E TRANSFORMADORAS DE RECURSOS
DENTRO DE UM AMBIENTE SISTÊMICO.
Um sistema de recursos que procura realizar objetivos ou conjuntos de objetivos
Sistema é um todo complexo e organizado, formado de partes ou elementos que interagem para
realizar um objetivo
Todas as organizações são sistemas
ORGANIZAÇÕES INFORMAIS:
• Grupos sociais que surgem espontaneamente e são criados pela vontade própria das pessoas e não por
decisão externa.
• “As relações informais são forças poderosas que podem auxiliar a organização se corretamente gerenciadas”
(Chester I. Barnard).
• Os propósitos dos grupos informais nem sempre coincidem com a organização formal da empresa.
• Os grupos informais definem suas regras de comportamento, suas formas de recompensas ou sanções
sociais, seus objetivos, sua escala de valores sociais, suas crenças e expectativas, que cada participante vai
assimilando e integrando em suas atitudes e comportamento.
• Os grupos informais se formam por interesse mútuo, independente de amizade, e por amizade, em virtude
de afinidade e convivência entre os membros.
• Envolve sentimentos de afeição ou rejeição entre pessoas, de atitudes favoráveis ou desfavoráveis em
relação à gerência.
Todo sistema opera em um ambiente. Ambiente é tudo aquilo que envolve extremamente um sistema.
O ambiente geral é constituído por um conjunto complexo de variáveis que atuam de forma dinâmica e
interativa, formando um campo de forças (forças macroambientais, Kotler), a saber:
Tecnológicas, Políticas, Econômicas, Legais, Sociais, Demográficas, Ecológicas
Variáveis Tecnológicas: a tecnologia envolve a soma total dos conhecimentos acumulados para sobre como
fazer as coisas: inclui invenções, técnicas, aplicações, patentes, desenvolvimento, etc. Também faz parte do
ambiente interno da empresa
Variáveis econômicas: demanda atenção, na medida que os mercados também exercem poder de compra. Os
aspectos referentes às tendências nos padrões de renda (distribuição / concentração) e de gastos em bens de
consumo (níveis de poupança, empréstimo e disponibilidade de crédito) devem ser igualmente avaliados.
Hall afirma que “as condições econômicas que cercam as organizações melhoram e declinam com
as organizações reagindo à situação.” E essa reação implica em um amplo e sistematizado conhecimento do
ambiente econômico na qual a organização se acha envolvida, influenciando e sofrendo influência.
Uma série de contingências, como escassez de matérias primas (recursos renováveis e não
renováveis), o custo crescente da energia, o aumento dos níveis de poluição e a posição dos governos em
relação às questões ambientais tornou, igualmente fundamental, a análise do ambiente natural. O selo
“verde”, a ISO 14000 passam a identificar aquelas empresas comprometidas com o ambiente natural.
É interessante destacar que o referido autor alerta para a necessidade da observância também dos efeitos do
ambiente ecológico sobre a organização, ou seja, das condições geográficas (como o clima, dificuldades para
a obtenção de recursos hídricos ou a localização geográfica). “Essas condições, afirma, não podem ser
ignoradas numa análise organizacional total que envolva comparações interorganizacionais.”
Variáveis políticas: composto por leis, órgãos governamentais e grupos de pressão, exerce uma forte
influência sobre as empresas, demandando igualmente uma leitura adequada.
Em uma economia globalizada onde se verifica o acirramento da competitividade, e em muitos
casos, da busca do lucro fácil, o estabelecimento de legislação que afetam as empresas tende a aumentar. Isso
pode ser verificado nos países que compõem a Comunidade Européia, em países como os Estados Unidos,
Japão, dentre outros.
Basicamente são três os objetivos que norteiam as legislações governamentais segundo Kotler
(1995, p.153): a proteção das empresas, definindo e prevenindo a concorrência injusta e desleal; a proteção
dos consumidores das práticas comerciais injustas; e a proteção do interesse da sociedade contra o
comportamento desenfreado das empresas. Para Hall (1984, p. 163) “as leis são restrições importantes para
as organizações, sendo portanto necessária a análise do seu impacto sobre elas.”
Variáveis Sociais: onde a empresa está inserida, deve levar em conta que os valores culturais básicos tem alto
poder de persistência, na medida que são passados de geração a geração tendendo a persistirem. Outro
aspecto diz respeito ao fato de que cada cultura engloba subculturas, que sinalizam mudanças e necessidades
que deverão ser decodificadas pela empresa. Significa dizer que, apesar de alguns valores culturais básicos
persistirem, sendo portanto mais refratários às mudanças, há os chamados valores secundários que tendem a
mudar ao longo do tempo.
Pelo exposto evidencia-se que o macroambiente empresarial é um sistema constituído por
subsistemas (as forças ambientais para Kotler, as condições gerais e específicas para Hall): demográfico,
econômico, natural, tecnológico, político e cultural os quais exigem acompanhamento e análises
individualizadas. Contudo tais procedimentos devem assegurar uma leitura e uma interpretação do ambiente
como um todo - o mapeamento do meio ambiente (Kotler, 1992) -, considerando como bem destacou Shuler
(mimeo, p. 4) que “... cada empresa está em constante comunicação com os numerosos atores de seu
ambiente, interagindo em ... troca permanente de recursos”.
Bibliografia
BERNARDES, Cyro. Teoria Geral da Administração: a análise integrada das organizações. 2ª ed., São
Paulo: Atlas, 1993.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos Novos Tempos. Rio de Janeiro. Ed. Campus: 2005.
HALL, Richard. Organizações: Estruturas e Processos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Prince Hall do Brasil, 1984.
KOTLER, Philip., Administração de Marketing: análise, planejamento, implementação e controle. 4ª ed. São
Paulo: Atlas, 1995.
PORTER, Michael E., Estratégia Competitiva: Técnicas para Análise de Indústrias e da Concorrência. 7ª
ed., Rio de Janeiro: Campus, 1991.