Como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), de 1996, e o Plano

Nacional da Educação (PNE), de 2014, justificam a homologação da BNCC?

A LDBN/ 96 cita 13 princípios como base no art. 3º do qual relacionam-se com os

objetivos propostos da BNCC, tornando tais princípios definidos em forma das
competências e habilidades a serem desenvolvidas. Os artigos 8º e 9º regem sobre
sistemas de colaboração, por lei de iniciativas documentais e governamentais, na
criação de documentos e leis para a priorização do acesso e qualidade da educação
escolar. Nesses artigos, cita-se o PNE apresentando uma primeira sistematização de
ações igualitárias em todo o território nacional no sistema educativo. O artigo 12º em
um de seus incisos, cita a necessidade elaboração dos PPPs pelos municípios, contudo,
não lança nenhum sistema de reja as competências, habilidades e tipos de
conhecimentos que os estudantes deverão adquirir. Sendo esse, um ponto crucial na
motivação da construção da BNCC. O artigo 22º discorre sobre as finalidades da
educação básica desenvolver no educando uma formação cidadã, além de meios para o
pregresso no trabalho e estudos posteriores. Nota-se aqui, e nos incisos que seguem no
artigo a ausência de de indicações de como tais finalidades podem ocorrer. Com a
BNCC, isso torna-se prático e viável de acordo a base já traçada pelos objetivos da
LDBN/96 e o PNE.

O Ensino de Arte na forma como se encontra alterado pela LEI Nº 13.415, DE 16 DE

FEVEREIRO DE 2017 não se justifica na homologação da BNCC, uma vez que não está
não trata de forma específica, nem garante espaço físico e ambientalizado e formação
adequada de professores para o desenvolvimento da linguagem. Também é necessário
citar a estranheza provocada pelo fato da mudança no artigo, no ano da homologação da
BNCC, enfatizando que agora, como consta na LDBN atualizada o ensino de Arte
poderá não ocorrer no ensino fundamental, uma fez que a definição da lei está vaga e
apenas é definida em relação ao ensino médio.

Sobre os conteúdos básicos da educação básica a LDBN traz orientações, que agora
poderão ser trazduzidas em habilidade e competência, talvez facilitando a construção do
currículo pelos professores e a escola.

O PNE justifica a homologação da BNCC, uma vez que suas metas carecem de maiores
ações práticas para sua efetivação. Com a BNCC essas metas podem ser atingidas por
meio de suas indicações.

Pode mudar a percepção do alunos em relação ao papel e a função da escola em sua

vida. Em tempo atrás, anteriores a LDBN/96, o ensino predominantemente tecnicista e
autoritário, presente em aulas expositivas e tradicionais, sem o uso de recursos didáticos
e tecnológicos garantia apenas a formação conteudista do aluno. Com a BNCC, o
currículo e o planejamento pedagógico proposto, a partir da construção de propostas que
promovam habilidades e competências pode-se influir que a formação humana será é a
que se evidenciará na vida do aluno. O aluno poderá perceber a escola como lugar de
acolhimento, compreensão e aprendizagem de saberes de forma sensível e preocupada
com o desenvolvimento do ser.

Quanto ao papel do professor, nesse contexto tornar-se-á visível que será um mediador
do processo de formação humana do aluno, que partirá do estabelecimento de
competências e o desenvolvimento de habilidades pressupostos pela BNCC para
ampliar e apresentar conhecimentos diversos na sala de aula. Esse, não será mais o
professor conteudista, formado apenas para medir o saber discente pelas avaliações
tradicionais, que enfatizam o resultado e não o processo.