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METODOLOGIA
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DESCREVENDO SOBRE “ALFABETIZAÇÃO” E “LETRAMENTO”
Fonte: wp-content.com
O QUE É LETRAMENTO?
Fonte: abrangeabc.com.br
Letramento é o estado em que vive o indivíduo que não só sabe ler e escrever,
mas exerce as práticas sociais de leitura e escrita que circulam na sociedade em que
vive. (SOARES, 2000). O termo letramento passou a ter veiculação no setor
educacional há pouco menos de vinte anos, primeiramente entre os linguistas e
estudiosos da língua portuguesa.
No Brasil, o termo foi usado pela primeira vez por Mary Kato, em 1986, na obra
"No mundo da escrita: uma perspectiva psicolinguística". Dois anos depois, passou a
representar um referencial no discurso da educação, ao ser definido por Tfouni em
"Adultos não alfabetizados: o avesso dos avessos".
Segundo Soares (2003), foram feitas buscas em dicionários da língua
portuguesa quanto ao significado da palavra e nada foi encontrado nem mesmo nas
edições mais recentes dos anos de 1998 e 1999. Na realidade, o termo originou-se
de uma versão feita da palavra da língua inglesa "literacy", com a representação
etimológica de estado, condição ou qualidade de ser literate, e literate é definido como
educado, especialmente, para ler e escrever.
Assim como as sociedades no mundo inteiro, tornam-se cada vez mais
centradas na escrita, e com o Brasil não poderia ser diferente. E como ser
alfabetizado, ou seja, saber ler e escrever, é insuficiente para vivenciar plenamente a
cultura escrita e responder às demandas da sociedade atual, é preciso letrar-se, ou
seja tornar-se um indivíduo que não só saiba ler e escrever, mas exercer as práticas
sociais de leitura e escrita que circulam na sociedade em que vive (Soares, 2000).
Fonte: www.alototal.com.br
ALFABETIZAR LETRANDO
Fonte: conhecimentopratico.uol.com.br
Fonte: www.revide.com.br
Os estudos realizados por Peixoto (et al, 2004) sobre o papel do "professor-
letrador, ao analisar a prática do letramento pelo professor, destacou alguns passos
para o desempenho desse papel que considero relevante citar:
1) investigar as práticas sociais que fazem parte do cotidiano do aluno,
adequando-as à sala de aula e aos conteúdo a serem trabalhados;
2) planejar suas ações visando ensinar para que serve a linguagem escrita e
como o aluno poderá utilizá-la;
3) desenvolver no aluno, através da leitura, interpretação e produção de
diferentes gêneros de textos, habilidades de leitura e escrita que funcionem dentro da
sociedade;
4) incentivar o aluno a praticar socialmente a leitura e a escrita, de forma
criativa, descobridora, crítica, autônoma e ativa, já que a linguagem é interação e,
como tal, requer a participação transformadora dos sujeitos sociais que a utilizam;
5) recognição, por parte do professor, implicando assim o reconhecimento
daquilo que o educando já possui de conhecimento empírico, e respeitar, acima de
tudo, esse conhecimento;
6) não ser julgativo, mas desenvolver uma metodologia avaliativa com certa
sensibilidade, atentando-se para a pluralidade de vozes, a variedade de discursos e
linguagens diferentes;
7) avaliar de forma individual, levando em consideração as peculiaridades de
cada indivíduo;
8) trabalhar a percepção de seu próprio valor e promover a autoestima e a
alegria de conviver e cooperar;
9) ativar mais do que o intelecto em um ambiente de aprendizagem, ser
professor aprendiz tanto quanto os seus educandos; e
10) reconhecer a importância do letramento, e abandonar os métodos de
aprendizado repetitivo, baseados na descontextualização.
Esses passos devem servir como norteadores à prática dos professores que
buscam exercer verdadeiramente o papel de "professor-letrador".
POR QUE SURGIU A PALAVRA LETRAMENTO?
Fonte: inecposgraduacao.com.br
Ler
Escrever
Fonte: www.colegiograjau.com.br
Mas elas são, como já se indicou, o foco desta Coleção, porque é na
alfabetização e no aprendizado da língua escrita que vêm se concentrando os
problemas localizados não apenas na escolarização inicial, como também em
fracassos no percurso do aluno durante sua escolarização.
Espera-se, por isso, que a consolidação dos princípios aqui definidos possa se
combinar com propostas para os demais anos da Educação Fundamental, bem como
com propostas das outras áreas de conhecimento pertinentes a esse nível inicial de
nosso sistema de ensino, favorecendo uma abordagem curricular interdisciplinar.
Um sistema de escrita é uma maneira estruturada, e organizada com base em
determinados princípios, para representação da fala. Há sistemas de escrita que são
logo gráficos (que representam o significado das palavras) e há aqueles que
representam o aspecto sonoro da língua, sua "pauta sonora". São chamados de
sistemas de escrita "fonográficos". Nosso sistema de escrita (chamado de "alfabético"
ou "alfabético-ortográfico") representa "sons" ou fonemas, em geral cada "letra"
correspondendo a um "som" e vice-versa. É, portanto, um sistema de escrita
ortográfico. Mas há sistemas de escrita logo gráficos que representam sílabas. Num
sistema como esse, a palavra "apaixonado" poderia ser escrita APXAD (em que cada
"letra" corresponderia a uma sílaba".
Seria possível falar das capacidades das crianças usando termos e conceitos
similares, frequentemente empregados como sinônimos, tais como "competências",
"procedimento" e "habilidades". Esses três vocábulos têm sido utilizados como
equivalentes, nos documentos oficiais de orientação curricular e em muitos estudos
teóricos no campo educacional. No entanto, optou-se, aqui, pelo uso do termo
"capacidades", aliado, quando necessário, aos termos "conhecimentos" e "atitudes".
Essa escolha por "capacidades" se deve ao fato de o termo ser amplo o
suficiente para abranger todos os níveis de progressão, desde os primeiros atos
motores indispensáveis à aquisição da escrita até as elaborações conceituais, em
patamares progressivos de abstração, que possibilitam ampliações na compreensão
da leitura, na produção textual e na seleção o de instrumentos diversificados para tais
aprendizagens. Com essa escolha, pretende-se também evitar que a proposta de
organização geral da alfabetização que aqui apresentamos seja vinculada
exclusivamente a uma única teoria, considerando que as teorizações, em geral, são
parciais e se restringem a um só aspecto do fenômeno que tentam explicar. Prefere-
se, então, um termo mais genérico, não comprometido com um modelo teórico
específico, para evitar qualquer distorção de interpretação que leve a uma
compreensão fragmentada do campo cognitivo da criança. Busca-se, com isso, deixar
claro que não devem ser subestimadas dimensões imprescindíveis à totalidade do
processo de alfabetização.
Como se poderá observar, as capacidades serão descritas por procedimentos
observáveis. Isso não significa, no entanto, que a proposta se reduza a uma taxonomia
de objetivos comportamentais, a uma percepção imediatista de desempenhos ou a
uma concepção estritamente empirista de ensino-aprendizagem. O que se valoriza
aqui é a possibilidade de interpretação das capacidades da criança pelo professor,
por meio de critérios capazes de sinalizar progressivos avanços no processo de
alfabetização.
Esses componentes "observáveis" deverão orientar as ações do professor na
definição do tipo de abordagem que deve privilegiar no trabalho pedagógico. Em
outras palavras, esses componentes podem auxiliar o professor a definir, tendo em
vista as capacidades já desenvolvidas por seus alunos, o que ele deverá:
Introduzir, levando os alunos a se familiarizarem com conteúdo e
conhecimentos (ou retomar eventualmente, quando se tratar de conceitos ou
capacidades já consolidadas em período anterior);
Trabalhar sistematicamente, para favorecer o desenvolvimento pelos alunos;
Procurar consolidar no processo de aprendizagem dos alunos, sedimentando
os avanços em seus conhecimentos e capacidades.
Fonte: institutosingularidades.edu.br
OS EIXOS
A gradação dos tons de cinza: O tom mais claro significa que a capacidade deve
ser introduzida, para possibilitar a familiarização dos alunos com os conhecimentos
em foco, ou retomada, se já tiver sido objeto de ensino-aprendizagem em
momentos anteriores. O médio significa que a capacidade deve ser trabalhada de
maneira sistemática, com vista ao domínio pelos alunos. O tom mais escuro
significa que a capacidade, tendo sido trabalhada sistematicamente, deve ser
enfatizada de modo a assegurar sua consolidação.
As letras inseridas nas quadrículas: A letra I significa introduzir; a letra R, retomar;
seu uso no quadro indica que a capacidade deve merecer ênfase menor, sendo ou
introduzida ou retomada, conforme o caso (introduzir a novidade; retomar
eventualmente o que já tiver sido contemplado). A letra T significa trabalhar
sistematicamente. A letra C, consolidar.
LÍNGUA E ENSINO DE LÍNGUA
ALFABETIZAÇÃO
LETRAMENTO
Fonte: varelanoticias.com.br
ENSINO DA LÍNGUA ESCRITA
Fonte: www.portaleduka.com.br
CAPACIDADES
Fonte: www.alfaebeto.org.br
Esta seção trata dos conhecimentos que os alunos precisam adquirir para
compreender as regras que orientam a leitura e a escrita no sistema alfabético, bem
como a ortografia da língua portuguesa. São apresentadas aqui algumas capacidades
importantes para a apropriação do sistema de escrita do português e que devem ser
trabalhadas de forma sistemática em sala de aula.
Fonte: images.slideplayer.com.br
Leitura
Produção Escrita
Fonte: image.slidesharecdn.com
Desenvolvimento da Oralidade
Fonte: 4.bp.blogspot.com
Fonte: www.marupiara.com.br
ATIVIDADES PERMANENTES
Fonte: 3.bp.blogspot.com
“Foi Dona Iva – não sei se ela ainda vive – quem me ensinou que ler pode
ser delicioso como voar ou como patinar. Ela lia para nós. Não era para
aprender nada. Não havia provas sobre os livros lidos. Ela lia para que
tivéssemos o prazer nos livros. Era pura alegria. Poliana, Heidi, Viagem ao
céu, O saci. Ninguém faltava, ninguém piscava. A voz de dona Iva nos
introduziu num mundo encantado. O tempo passava rápido demais. Era com
tristeza que víamos a professora fechar o livro.”
Apesar de ser uma das mais citadas e mais importantes, a leitura diária não é
a única atividade permanente que encontramos nas escolas. Hora da conversa,
chamada, hora da música, hora da arte são outros tipos de atividade permanentes
que também são ótimas para desenvolver capacidade de compreensão e produção
de textos dos alunos. Mas, o que são atividades permanentes realmente?
Entendemos que as atividades permanentes são intervenções pedagógicas
realizadas com alta frequência, através de certa repetição de procedimentos, num
intervalo de tempo, orientados por objetivos atitudinais (relativos ao desenvolvimento
de atitudes e valores) e/ou procedimentais (relativos ao desenvolvimento de
estratégias de ação, ao “como fazer”).
Na hora da leitura, por exemplo, busca-se construir uma identidade leitora,
aumentando o repertório de textos a que os alunos têm acesso, ajudando-os a
desenvolver o gosto pela literatura, pela música ou pela leitura de jornal, entre outras,
dependendo do material escolhido para ser lido.
Na hora do desenho, podemos ter como objetivo procedimental fazer com que
os alunos desenvolvam estratégias de representar de diferentes modos a realidade,
diversificando as técnicas de desenho ou pintura.
Fonte: gestaoescolar.org.br
PROJETOS DIDÁTICOS
Tudo isso que foi dito pela autora pode ser realizado via execução de projetos
didáticos que levem os alunos a elaborar um problema, decidir como vão solucionar
tal problema e que tenham uma meta a ser atingida.
O ensino de língua é bastante incorporado na execução de projetos didáticos,
desde que as diferentes estratégias de coleta e organização de informações, registro
de resultados e de divulgação desses resultados são realizados, via de regra, através
de textos orais e escritos de diferentes gêneros.
De modo geral, os alunos precisam ler textos científicos, com informações
sobre o tema pesquisado, textos instrucionais, com orientações sobre como fazer
experiências, textos jornalísticos, quando o tema assim o exige. Esses diversos textos
precisam ser estudados, e as informações relevantes precisam ser anotadas ou
mesmo organizadas em esquemas, resumos, tabelas, gráficos, que são gêneros
textuais de importância crucial no processo de escolarização. Além desses, são,
ainda, produzidos outros textos para divulgar os resultados do trabalho ou mesmo
para intervir na sociedade, em projetos que envolvem intervenção na comunidade.
No caso do projeto desenvolvido por Zidinete, as informações foram
inicialmente organizadas em esquemas, e, posteriormente, foi produzido o relato
histórico de forma coletiva.
Na atividade de produção coletiva, os alunos têm muito a aprender. Teberosky
e Ribera (2004), por exemplo, salientam que, através da mediação da professora, a
escrita lhes facilita novas formas de analisar a linguagem que utilizam, os conteúdos
que comunicam, seus pensamentos e, nesse caso, sentimentos. A escrita lhes ajuda
a analisar seus sentimentos e os dos demais, a compartilhá-los e a buscar soluções.
(p. 64).
Não devemos, também, esquecer que, na produção de textos escritos
coletivos, os alunos utilizam seus conhecimentos oriundos das práticas orais de uso
da língua. Conforme salientam Val e Barros (2003, p. 136), o domínio da modalidade
oral da língua, que significa a capacidade de interpretar e produzir adequadamente
textos falados, no ambiente social cotidiano, é a base sobre a qual se assenta o
processo de construção e desenvolvimento dos conhecimentos necessários à
interação verbal mediada pela escrita. Assim, vemos, nos projetos didáticos, espaço
para produção e compreensão de textos exemplares de diferentes gêneros textuais,
o que contribui enormemente para a ampliação do grau de letramento dos alunos.
ATIVIDADES SEQUENCIAIS
Fonte: elisabetholiveira.blogspot.com.br/
Não é admissível que as crianças adquiram de uma vez e para sempre todos
os significados de um conceito, mas sim que o façam através da resolução
de diferentes tipos de problemas. Estamos pensando, portanto, num
processo de sucessivas aproximações, organizações e reorganizações.
ATIVIDADES ESPORÁDICAS
JOGOS
Fonte: revistaguiainfantil.uol.com.br
Fonte: www.apogeuead.com.br
Cada menina ou cada menino pode provir de uma comunidade com modelos
diferentes de comunicação; portanto não há maneiras fixas, únicas, de
proporcionar o que necessitam. Os professores e as professoras e as escolas
precisam educar-se a si mesmos em relação a seus estudantes para criar
estruturas de gestão da aula culturalmente sensíveis.
Fonte: centraldeinteligenciaacademica.blogspot.com.br
BIBLIOGRAFIA BÁSICA