Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
junqueira&marin
editores
.....................................................................................................................
Coordenação: DinaelMarin
Capa, Projeto Gráfico e Diagramação: ZEROCRIATIVA
Revisões: Fabiana AbiRached de Almeida
Produção: Danilo Henrique Divardin
Impressão:Gráfica Compacta
.....................................................................................................................
Conselho Editorial da Junqueira&Marin:
.....................................................................................................................
DIREITOS RESERVADOS
JUNQUEIRA&MARIN EDITORES
J.M. Editora e Comercial Ltda.
Rua Voluntários da Pátria, 3238
Fone/Fax:16-3336-3671
CEP14802-205
Araraquara-SP
www.junqueiraemarin.com.br
.....................................................................................................................
Esta edição recebeu apoio do GSS - Grupo de
Estudos sobre Gênero, Sexualidade e Sexo em
Educação, Faculdade de Educação,Universidade
Federal de Minas Gerais, por meio da FUNDEP
- Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa -
Universidade Federal de Minas Gerais.
.....................................................................................................................
Proibida a reprodução total ou parcialdesta edição, por qualquer meio
ouforma, em língua portuguesa ou qualquer outro idioma, sem a prévia
.....................................................................................................................
e expressa autorização da editora.
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
.....................................................................................................................
... se antes de cada acto nosso,
nos puséssemos a prever todas as consequências dele,
a pensar nelas a sério, primeiro as imediatas, depois as prováveis,
depois as possíveis, depois as imagináveis,
não chegaríamos sequera mover-nos de onde o primeiro pensamento nos
tivesse feito parar.
APRESENTAÇÃO.....................................................................9
ADLABETSAIDA MARTINSTEIXEIRA
7
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
8
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
Notas
Referência
9
APRESENTAÇÃO
Notas
12
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
Referências
13
I
INCLUSÃO DA PERSPECTIVA DE
GÊNERO NA EDUCAÇÃO E
NA FORMAÇÃO DOCENTE
MARIA EULINA PESSOA DE CARVALHO
Introdução
15
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
16
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
Por que rosa é considerada uma cor masculina e azul uma cor
masculina?
Porque atribuímos qualidades como meiguice às meninas e agressividade
aos meninos?
As culturas e sociedades são dinâmicas, mudam
normas e valores, e podemos constatar que as formas de
masculinidade e feminilidade são variáveis no tempo e no
17
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
18
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
19
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
20
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
25
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
26
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
28
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
31
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
36
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
39
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
Desafios e compromissos:
Ler o mundo com lentes conceituais críticas (gênero, feminismo,
patriarcado, androcentrismo, sexismo, heterossexismo, machismo,
misoginia, racismo, homofobia) a fim de evidenciar injustiças, danos,
desvantagens, preconceitos e sofrimentos que afetam certos indivíduos e
grupos sociais.
Refletir continuamente sobre a desigualdade de gênero, articulada a
outras desigualdades, na vida cotidiana, na história pessoale social, e
nas práticas pedagógicas culturais e escolares.
Eliminara linguagem sexista, racista e homofóbica na fala e na escrita.
É interessante notar que a linguagem racista ou homofóbica aparece
menos na escrita do que a linguagem sexista. No dia a dia, o uso do
masculinogenérico (aluno, professor, pedagogo) invisibiliza as mulheres
e as desigualdades de gênero. Do ponto de vista sociológico, eliminara
variávelsexo empobrece qualquer estudo e, consequentemente, impede
a problematização de gênero.
40
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
IGUAIS OU DIFERENTES?
1º MOMENTO – INDIVIDUAL
Responda rápido
41
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
Notas
1
Wikipédia, on-line. Acesso em: 9 jun. 2007.
2 Para maiores informações: <http://www.ibge.gov.br/home/
presidencia/noticias/noticia_visualiza.php? id_noticia=
1099&id_pagina=1>. Acesso em: 07 mar. 2008.
42
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
Referências
OUTROS OLHARES
SOBRE A CORPOREIDADE
ADILSON DUMONT
Introdução
Abordagem Idealista
Abordagem Materialista
Novas Perspectivas
50
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
Considerações Finais
a. Corpo
b. Sexualidade
c. Mulher
Notas
53
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
Referências
54
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
55
III
desconstruídas e reconstruídas.
São essas discussões que estão na base desse artigo,
que pretende, sobretudo, contribuir com os estudos de gênero,
das sexualidades e dos gays e lésbicas, além de servir como
possibilidade de estabelecer novas relações sociais, afetivas e
sexuais. As décadas de sessenta e setentainauguraram os estudos
das masculinidades e o conceito de gênero que passaram a
despertar interesse e visibilidade no meio acadêmico, nos
grupos de pesquisas, nos movimentos sociais, sendo
responsáveis pela organização de seminários, livros, políticas
públicas, artigos e trabalhos que somados visam promover a
igualdade de gênero e sexual (ARILHA, 1998; FELIPE, 2007).
Na medida em que ganharam força, esses estudos e pesquisas
contribuíram para o diálogo com outras questões que estão
articuladas aos discursos e práticas de construção dos gêneros
e das sexualidades como, por exemplo, a violência. Segundo
Sposito (2001), o tema da violência e das pesquisas que
buscavam relacioná-la com a escola são parceiras do processo
de redemocratização no Brasil, ou seja, a década de 80 marca
o momento em que essa questão eclode com força no debate
público.
Unindo tudo isso, este texto busca problematizar
os discursos e as práticas de construção dos gêneros e das
sexualidades a partir das masculinidades, mantendo um diálogo
com as feminilidades, as homossexualidades, as identidades e
as sexualidades. Assumindo a escola como local privilegiado
de organização desses mecanismos, quero aproveitar para
pensá-la como um dos campos de poder e conflito que marcam
as relações humanas, visto que é um dos locais de negociação
das identidades. Identidades de gênero e sexuais que servem,
tanto como “ferramenta analítica quanto política” (LOURO,
1997), que significa pensar ou mesmo explicar essas categorias
como efeitos de poder. Como ressalta Foucault (1988), não se
58
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
A “loba”
61
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
62
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
64
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
apenas uma palavra o que significa, para ele, a palavra que está
escrita no quadro, ressaltando que, para isso, deverá utilizar a
tira que foi distribuída. Escreva a palavra HOMEM3. É
importante dar um tempo de 30 segundos a 1 minuto para
que todos possam estabelecer relações entre o que está lendo
e o que vem a mente; e mais cinco minutos, no máximo, para
escolher a palavra que, na avaliação de cada um, melhor
represente aquela palavra/imagem. A ideia é trabalhar com o
que defende Alves e Oliveira (2004): como narrativas e imagens
se entrelaçam em nossas vidas. “É assim, em processos nos
quais são articuladas imagens e narrativas, as quais exigem,
permanentemente, reflexão pessoal, elaboração de ideias e
imaginação, a partir de experiências individuais e coletivas de
reflexão com o Outro, com a natureza, com objetos
tecnológicos que vamos tecendo nossas reflexões” (ALVES;
OLIVEIRA, 2004, p. 3).
É importante observar e ficar atento para as
reações dos alunos: as dificuldades, as expressões faciais, as
palavras que saem espontaneamente para que, depois, possam
ser refletidas coletivamente, visto que elas também nos servem
para revelar como lidamos com a palavra, com o significado e
com aquilo que ela nos mobiliza.
O passo seguinte é pedir que os alunos levantem
se e circulam pela sala, mostrando o que escreveram para os
outros colegas com a intenção de também conhecerem o que
todos pensam e escreveram sobre a palavra HOMEM e que
encontrem entre a turma uma definição que mais se aproxima
ou complementa aquilo que escreveu, de forma que formem
duplas. Formadas as duplas a partir desse critério, peçam que
cada um explique para o outro os motivos que o levaram a
escrever o que escreveram, trocando informações a respeito
do que veio a mente quando leram a palavra no quadro, como
fizeram a escolha do que escreveram; quais as maiores
75
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
Notas
1
Trata-se de uma escola pública federal localizada na cidade de Juiz
de Fora, com 400 alunos entre a quinta e oitava séries do Ensino
Fundamental.
2 As produções dos alunos e alunas aparecerão sempre em itálico,
entre aspas e mantendo as formas de escrita com os erros de
ortografia e concordância, preservando a originalidade dos
informantes.
3 Várias outras palavras podem ser utilizadas nessa proposta de oficina
como, por exemplo, sexualidade, mulher, homossexual, trabalho,
escola, enfim, depende do que o professor pretende trabalhar com
os seus alunos.
77
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
Referências
78
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
79
IV
82
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
89
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
90
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
91
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
Notas
1
Os mesmos autores observam não ser o amor lésbico igualmente
ameaçador, pois não implica em abdicação do poder por nenhum
membro do grupo dominante (LACERDA; TORRES; GARCIA,
2004). Ao contrário, algumas fantasias heterossexuais masculinas
chegam a incluir o sexo lésbico. O que perturba na homossexualidade
feminina está na adoção, pela mulher, de um perfil masculino: ela é
também desprezada por abandonar sua posição feminina. Querendo
ser iguais, elas só reforçariam a diferença e a superioridade masculinas.
Mas se quiserem “ascender ao masculino”, recusando-o como objeto
92
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
Referências
95
V
ORIENTAÇÃO SEXUAL:
HOMOSSEXUALIDADE E ESCOLA
JAIDER FERNANDES REIS
100
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
104
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
Sugestão de Oficina
Etapas da oficina
Notas
108
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
5
Shelter (2007). Disponível em: <http://www.heretv.com/
sheltermovie> Acesso em: 13 fev. 2008.
Referências
110
VI
Gênero
112
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
116
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
119
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
ou investimentos de poder.
Diferentes construções do gênero podem ser
pensadas quando compreendemos que não há, por exemplo, a
Mulher, enquanto representação de uma essência inerente a
todas as mulheres. As “mulheres” também são seres reais,
históricos e sociais, definidos pelas tecnologias de gênero e
“engendrados” nas relações sociais (LAURETIS, 1994).
A escola exerce papel importante desde nossos
primeiros anos de socialização. Para que ela seja um ambiente
propício a diferentes construções de gênero, é necessário que
meninas e meninos presenciem e vivenciem situações de
respeito à diversidade, seja ela cultural, de gênero, racial ou
étnica. Neste ambiente, professores não teriam apenas a função
de discipliná-los (as) ou funções de chefia. E a capacidade e
disposição para o “cuidado” não seriam compreendidas
apenas como algo inerente à mulher e ao feminino.
Quando falamos em superação das desigualdades
de gênero a começar pela e na escola, devemos mirar o nosso
olhar para a formação de nossos (as) futuros (as) docentes.
Mais que fornecer a meninos e meninas o conteúdo
programático, estes futuros (as) professores(as) precisam
pensar a prática escolar como formadora e transformadora
de cidadãos. Sob este aspecto, é necessário que nossos (as)
professores(as) não sirvam à reprodução de algumas práticas
existentes em nossa sociedade – tais como a divisão dicotômica
que vem sustentando, por exemplo, a divisão entre o que deve
ser atribuição masculina e o que deve se constituir em atributos
e atribuições femininas.
Primeiro Encontro
Segundo Encontro
Terceiro Encontro
Leituras sugeridas
Quarto Encontro
Leituras sugeridas
Quinto Encontro
Sexto Encontro
1) Apresentando o vizinho
Com as cadeiras dispostas em círculo os
participantes são convidados a sentar. Quando todos estiverem
se acomodado, inicia-se a dinâmica, composta de dois
momentos. Em um primeiro momento, são compostos pares
de participantes de um modo muito simples: pares de vizinhos
de cadeiras. Se o número de participantes for ímpar, o
coordenador forma o par com quem ficou só; se o número de
participantes for par, o coordenador fica de fora. Os pares
terão cinco minutos para se conhecerem mutuamente.
Terminado o momento de apresentação mútua, passa-se para
o segundo momento. Neste segundo momento, cada qual
127
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
2) Caixinha de surpresas
Cada participante escreve um tipo de questão que
gostaria de ver discutida no grupo, sem dizer o nome. “Os
bilhetinhos” são colocados em uma caixa e misturados. 2) Cada
participante retira aleatoriamente um dos bilhetes e lê para os
demais a questão “sorteada”.
3) Mexendo o corpo
Cada participante é convidado a dizer uma frase,
com algo que algum parente trouxe de viagem. Deverá, porém,
imitar o gesto do objeto trazido pelo parente. O coordenador
deve indicar a ordem de fala das pessoas. Assim, por exemplo,
quem inicia pode dizer: “Meu avô, que veio da roça, trouxe
um machado” (faz o gesto, como se estivesse utilizando o
machado). O seguinte continua, inventando alguma outra coisa
como “Minha tia, quando veio da África, trouxe um chocalho”
(e imita o gesto, como se estivesse tocando um chocalho). A
dinâmica também pode ser iniciada com todos os participantes
sentados e, à medida em que forem falando, devem se levantar.
Todos os participantes devem dizer alguma coisa, sem repetir
nenhum objeto. Cada qual deverá, porém, continuar fazendo
o gesto até que todos estejam se mexendo. Quando todos já
tiverem dito alguma coisa, a dinâmica terá alcançado o objetivo
de fazer com que todos despertem e movimentem o corpo.
Notas
128
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
Referências
131
VII
O BILDUNGSROMAN E A
FORMAÇÃO DO HÁBITO DA LEITURA
CÍNTIA CARLA MOREIRA SCHWANTES
146
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
147
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
Referências
1987.
149
VIII
APROPRIAÇÃO DE INOVAÇÕES
TECNOLÓGICAS NO TRABALHO
DOCENTE
ADLA BETSAIDA MARTINS TEIXEIRA
CLARINDO ISAÍAS PEREIRA DA SILVA E PADUA
Introdução
151
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
Metodologia
Resultados e discussões
160
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
163
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
Conclusão
Notas
168
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
Referências
170
IX
Introdução
174
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
As mulheres na EJA
180
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
todo o tempo”.
Entretanto, o retorno à escola não se deu
imediatamente após sua volta ao Brasil. Contava os cinquenta
e quatro anos na data da viagem e aos cinquenta e oito voltou
a estudar. Ficou sabendo do PROEF através de sua manicure,
que retornaria a estudar neste projeto. Perpétua se mostrou
interessada, mas a primeira preocupação foi a idade. Pensava
que estava velha demais para ir a uma escola e chegou a falar
com a manicure que provavelmente eles não a aceitariam lá. A
colega a incentivou, pois no projeto havia pessoas com idade
superior a ela. Disse ter gostado muito da proposta pelo que
ouviu e logo se inscreveu.
Perpétua afirma que não falta as aulas. É sua
prioridade. Para ela, a volta a escola melhora sua vida em todos
os sentidos, especialmente sua memória, e até em relação ao
nervosismo para dirigir. Agora, vai e volta todos os dias para
a escola de carro, passando inclusive por avenidas de trânsito
intenso em Belo Horizonte.
Acredita ainda que, além da saúde, essa inserção
na vida escolar fez com que se sentisse como uma pessoa que
pode frequentar vários outros lugares sem se sentir
inferiorizada. Conta sobre uma festa na Reitoria da
Universidade. Considera que não estava vestida devidamente,
uma vez que tinha se vestido apenas para ir à aula, mas que
ainda assim, foi à festa e participou sem nenhum
constrangimento seja por suas roupas seja por sua posição de
aluna de um projeto de ensino fundamental da universidade.
Perpetua afirma adorar todos os momentos da
escola sejam as aulas, festas, os trabalhos de campo, o espaço
da biblioteca, no qual realiza suas leituras e empresta livros; e
a pesquisa do NEPSO5 que realiza pela segunda vez. É
interessante destacar que ela percebe a escola e todo o espaço
dela como um lugar seu por direito e, por isso, orienta seus
183
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
184
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
185
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
186
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
187
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
Conclusão
190
DISCUTINDO RELAÇÕES DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E PROPOSTAS PARA A AÇÃO DOCENTE
Notas
1
O programa tem as seguintes etapas: Projeto de Ensino Fundamental
– 1º e 2º segmento, Proef 1 e 2 e Projeto de Ensino Médio de
Jovens e Adultos – Pemja. As aulas do Proef são ministradas no
Centro Pedagógico e as do Pemja no Coltec, escolas de educação
básica da UFMG.
2
Elvira – 63 anos (ex-aluna do PROEF 2 e estava no 1º ano do
PEMJA) na época da entrevista – entrevistada em 2006.
3
Claudina – 81 anos (ex-aluna do PROEF 2 e estava no 1ºano do
PEMJA) na época da entrevista – entrevistada em 2006.
4 Isabel – 74 anos (3º ano do PROEF 2) na época da entrevista –
entrevistada em 2006.
5
Nepso é um projeto de parceria do PROEF II com o Instituto
Paulo Montenegro, através do qual os alunos desenvolvem pesquisas
de opinião com temas diversificados para cada uma das turmas e
assim desenvolve outros conhecimentos e habilidades.
Referências
193