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ANEXO 2.

Sugestões de atividades para desenvolver e estimular, além de facilitar o trabalho


com crianças com Necessidades Educacionais Especiais – NEE (autistas).

 Estratégias para adaptação na escola:


1. É importante levar a criança para conhecer o ambiente escolar antes do
ingresso na escola. Conhecer a escola e a sala de aula e ter previsível o que
vai ocorrer naquele local facilitarão a permanência da criança na aula. Pode até
ocorrer um encontro com a futura professora, isso beneficiará muito a criança
autista.
2. A fim de evitar o tumulto das demais crianças que ocorre na entrada, antes do
início das aulas, uma alternativa é levar o autista antes dos demais alunos,
para que ele vá para sala, organize seus materiais e evite esse momento
barulhento de tumulto. Outra alternativa é chegar após as crianças. Claro que
isso dependerá das características de cada autista.
3. Para trabalhar os sete sentidos é fundamental desenvolver todas as atividades
necessárias para estímulo de forma criativa e divertida. Alguns exemplos estão
listados abaixo:

Sistema Olfativo:
- Utilizar caixas sensoriais com cheiros:
- Massinha de modelar com cheiro;
- Brincar com tintas aromatizantes;
- Aromaterapia;
- Brinquedos de apertar com cheiro.

Sistema Oral:
- Soprar bolha de sabão;
- Soprar apito/outro instrumento;
- Brincar de adivinhar a comida, muito importante na hora do lanche coletivo;
- Beber com canudinho.
Sistema Visual:
- Ter visível um quadro de rotina facilitará o autista na troca de atividades na
aula e ajudará a reduzir a ansiedade da criança;
- Manter um ambiente organizado;
- Propiciar jogos com correspondência de cores;
- Garrafas sensoriais;
- Desenhos, pinturas, labirintos, colagens.

Sistema Auditivo:
- Brincar de descobrir qual é o som;
- Conectar o movimento com o som;
- Cantar músicas que contenham rimas, para trabalhar a consciência
fonológica da criança, o que mais tarde facilitará na alfabetização.
- Ter um espaço para acalmar, fazer meditação, o que beneficia todos os
alunos.
- Brincar com instrumentos musicais;
- Ouvir histórias gravadas, dispondo claro do livro em mãos.

Sistema Tátil:
- Caixas sensoriais (feijão, arroz, geléia);
- Massinha, areia lunar;
- Apertar objetos antistress;
- Pinturas com dedos;

Sistema Proprioceptivo:
- Abraço de urso;
- Trampolim, cama elástica (aproveitando para ficar da altura dos olhos da
criança e manter contato visual);
- Carregar e empurrar caixas com diversos pesos;
- Exercícios que imitam o andar dos animais.

Sistema Vestibular:
- Balançar em redes, no balanço do parquinho;
Andar sobre cordas;
- Pular de trampolim;
- Brincar de estátua;
- Pendurar de cabeça pra baixo;

4- Ao apresentar os materiais para trabalhar, como por exemplo, folhas que


contenham o alfabeto, reduzir os detalhes para não tirar o foco da criança
autista.
5- Trabalhar músicas com rimas auxilia na experiência auditiva e prepara o
cérebro da criança para o momento em que ela será ensinada que cada letra,
além de ter um nome, possui som. Podem-se utilizar também rimas, versos,
brincadeiras que alteram rimas facilitam na alfabetização.
6 – A utilização de jogos estimula o raciocínio, desenvolvem habilidades,
estimulam a construção de novos conhecimentos, ensinam a lidar com os
resultados e facilitam a socialização com as demais crianças, como por
exemplo:
- Esconde-esconde;
- Pega-pega;
- Boliche;
- Bola ao cesto;
- Túnel;
- Encaixe;
- Montagem;
- Pescarias;

7- Uma dica importante ao trabalhar jogos ou qualquer outra atividade que


possua material como apoio, é apresentar esse material ao autista e o deixar
explorar sensorialmente, o deixar observar como funcionam as regras ao jogar,
sem a necessidade de explicar, mas pelo prazer de manusear o brinquedo, o
jogo. O manuseio dos materiais e as pistas visuais dos jogos escolhidos,
mantém a atenção sobre o que está sendo apresentado.

8- É importante utilizar os interesses da criança para impulsionar as atividades


trabalhadas.

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