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Analise Optométrica

UNIVERSIDADO DO CONTESTADO UnC

APOSTILA DE ANALISE OPTOMÉTRICA

PRIMEIRA PARTE

ELABORADA POR:

ANYELLA IVETTE PÉREZ SCUSSEL MALBURG O.D.


UNIVERSIDAD DE LA SALLE
BOGOTÁ – COLOMBIA

A literatura contida nesta apostila foi traduzida das referencias bibliográficas aqui citadas.

Revisão da tradução:

Ariel Scussel Malburg. O.D.

CANOINHAS 2008

Elaborada por ANYELLA I.P.S. MALBURG O.D. 1


Analise Optométrica

1. INTRODUÇÃO A ANALISE VISUAL ................................................................................................................. 4


1.1 PROBLEMA VISUAL E VALOR AMETROPICO ........................................................................................................... 5
1.2 ADAPTAÇÃO VISUAL AO AMBIENTE ..................................................................................................................... 6
1.3 ANAMNESE ...................................................................................................................................................... 8
2. HABILIDADE VISUAL...................................................................................................................................... 11
2.1 ESTUDO DAS HABILIDADES VISUAIS ................................................................................................................... 12
2.1.1 O organismo e a visão binocular .............................................................................................. 12
3. OS 21 TESTES DO OPTOMETRIC EXTENSION PROGRAM........................................................................ 14
3.1 – OFTALMOSCOPIA ......................................................................................................................................... 14
3.2 – CERATOMETRIA ........................................................................................................................................... 15
3.2A – VISÃO HABITUAL DE LONGE ....................................................................................................................... 16
3.3 – FORIA HABITUAL DE LONGE ......................................................................................................................... 16
3.3A – FORIA HABITUAL A DISTÂNCIA DE TRABALHO ............................................................................................... 17
3.4 – RETINOSCOPIA ESTÁTICA.............................................................................................................................. 17
3.5 – RETINOSCOPIA DINÂMICA A 50 CM ................................................................................................................ 17
3.6 – RETINOSCOPIA DINÂMICA A 1 MT .................................................................................................................. 18
3.7A – SUBJETIVO BINOCULAR (MÍNIMO POSITIVO).................................................................................................. 18
3.8 – FORIA INDUZIDA DE LONGE .......................................................................................................................... 19
3.9 – VERGÊNCIA REAL DE LONGE (EMBASAMENTO A BASE EXTERNA) ....................................................................... 19
3.10 – CONVERGÊNCIA DE LONGE (RUPTURA E RECOBRO BASE EXTERNA) ................................................................. 20
3.11 – DIVERGÊNCIA DE LONGE (RUPTURA E RECOBRO BASE INTERNA)..................................................................... 20
3.12 – FORIA E DUÇÕES VERTICAIS DE LONGE ....................................................................................................... 21
3.13B – FORIA INDUZIDA À DISTÂNCIA DE TRABALHO.............................................................................................. 22
3.14A – CILINDRO CRUZADO DISSOCIADO (MONOCULAR, TESTE DE FOCALIZAÇÃO MONOCULAR). ................................ 22
3.15A – FORIA INDUZIDA POR CILINDRO CRUZADO DISSOCIADO ............................................................................... 24
3.14B – CILINDRO CRUZADO FUSIONADO ............................................................................................................... 24
3.15B – FORIA INDUZIDA POR CILINDRO CRUZADO FUSIONADO ............................................................................... 25
3.16A – CONVERGÊNCIA FUSIONAL POSITIVA ......................................................................................................... 26
3.16B – RESERVA FUSIONAL POSITIVA (RUPTURA E RECOBRO A BASE EXTERNA) ........................................................ 27
3.17A – CONVERGÊNCIA FUSIONAL NEGATIVA (BORROSIDADE A BASE INTERNA) ........................................................ 27
3.17B – RESERVA FUSIONAL NEGATIVA (RUPTURA E RECOBRO A BASE INTERNA) ....................................................... 27
3.18 – FORIAS E DUÇÕES VERTICAIS AO PONTO PRÓXIMO ....................................................................................... 28
3.19 – AMPLITUDE DE ACOMODAÇÃO (AA) ............................................................................................................ 28
3.20 – ACOMODAÇÃO RELATIVA POSITIVA ............................................................................................................. 28
3.21 – ACOMODAÇÃO RELATIVA NEGATIVA ............................................................................................................ 29
4. AVALIAÇÃO DOS TESTES OPTOMETRICOS E ANALISE DOS COMPORTAMENTOS .............................. 29
4.1 METODOLOGIA DA PESQUISA OPTOMETRICA ...................................................................................................... 29
4.1.1 lentes esféricas positivas .............................................................................................................. 30
4.1.2 lentes esféricas negativas............................................................................................................. 30
4.1.3. prismas base IN.............................................................................................................................. 31
4.1.4 prismas base OUT ........................................................................................................................... 32
4.2 CLASSIFICAÇÃO DOS VALORES ANALÍTICOS ........................................................................................................ 32
4.3 ESTRUTURA ANALÍTICA DO CASO ..................................................................................................................... 33
4.4 CONCATENAÇÃO ANALÍTICA FISIOLÓGICA ......................................................................................................... 33
4.5 SEQÜÊNCIA INFORMATIVA ............................................................................................................................... 35
4.5.1 Subjetivo em visão de longe (# 7) ............................................................................................... 35
4.5.2 Tipo de caso..................................................................................................................................... 35
4.5.3 Correção intermédia (4) Retinoscopia dinâmica a 1 metro.................................................... 35
4.5.4 Correção em visão de perto (# 7 em visão de perto)............................................................... 35
4.5.5 Padrão de equilíbrio ...................................................................................................................... 36
4.5.6 AA (19).............................................................................................................................................. 36
4.6 ENCADEAMENTO ............................................................................................................................................ 36
4.7 ORDENAMENTO PARA A SEQÜÊNCIA ................................................................................................................. 36
4.8 TIPOLOGIA .................................................................................................................................................... 37
4.8.1 Caso A ............................................................................................................................................... 37

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4.8.2 Casos B1............................................................................................................................................ 37


4.8.3 Caso B2 ............................................................................................................................................. 39
4.8.4 Caso C ............................................................................................................................................... 39
4.9 REGRAS GERAIS DA PRESCRIÇÃO ...................................................................................................................... 40
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................................................... 42

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1. Introdução a analise visual

O optometrista é o profissional que examina o processo visual em seus aspectos


funcionais, de comportamento conhecido com métodos objetivos e subjetivos
utilizando-se das leis da óptica física, fisiologia ocular, da optometria e de todos os
meios instrumentais úteis que a evolução técnica cientifica põem a sua disposição
com o animo de pesquisar, determinar, realizar e subministrar quaisquer
compensações ópticas das ametropias, prevenindo onde seja possíveis a insurgência
e turbações visuais também através da reeducação visual ou aplicando as
metodologias para a melhora da eficiência visual.

O optometrista no desenvolvimento de sua profissão obra sobre o ato visual e não


sobre o bulbo ocular cumprindo uma operação física e não uma intervenção de
caráter medico já que a optometria não é uma emanação da medicina.

Analise visual

“Analise” do grego “analysis”, indica a decomposição de um todo em suas partes


“visual” do latin tardio “visivus”, derivado de “visus” (vista), significa da visão.
Realizar uma analise visual quer dizer subdividir a função visual em seus vários
elementos constitutivos com o animo de pesquisar que especifico dever
corresponde a cada um na realização do processo visual.

Compõe-se de duas partes essenciais:


1. Pesquisa sobre as habilidades visuais que qualifica a eficiência do ato visual
na sua totalidade como conclusão dos conhecimentos perceptivos integrados
a nível psicofísicologico adquiridos desde o nascimento até os primeiros anos
de vida.
2. Pesquisa analítica que quantifica numericamente tais habilidades
evidenciando as ametropias e abastecimento dos dados necessários para uma
correta prescrição compensativa.

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A analise visual é um ato complexo que compete totalmente ao optometrista, o


qual, pelos dados coletados e por um atento estudo do caso, planeja e constroí a
resolução do problema visual articulado em três possibilidades:

a) Prescrição de lentes oftálmicas ou de contato no caso em que a eficiência


visual possa ser reconstruída com o uso das lentes;
b) Treinamento visual e prescrição das lentes em um problema complexo em
que exista uma certa aceitação de positivo ou bem em um problema visual
desorganizado.
c) Treinamento visual é um problema complexo no qual a deterioração visual
exista desde tempo e seja necessário reconstruir as habilidades visuais antes
de empregar de lentes.

1.1 Problema visual e valor ametropico

O conceito de problema visual implica uma serie de considerações e de


observações sobre a atitude de conduta do individuo sobre as qualidades de seu
desenvolvimento sensoriomotor e sobre as atividades que ele tramita no próprio
ambiente, em relação seja a situações objetivas nele presentes (iluminação, plano
de trabalho, disposição do material de trabalho, etc), seja na subjetividade das
próprias percepções espaço - temporais.

O analise visual através do qual se expressa uma parte da atividade optometrica se


aproveita de uma serie de medidas ópticas adaptadas a quantificar o erro refrativo
do sujeito examinado enquanto que tais medidas podem somente evidenciar
defeitos estruturais, anomalias da percepção e/ou alinhamento, não tendo
nenhuma relação direta com o problema visual. A relação causa –efeito, inata no
problema não depende por tanto da entidade da ametropia que a analise revela.
Um bom exame visual optometrico não pode por tanto prescindir das necessidades
do individuo em relação ao contexto cultural e social no qual este inserido e se
expressa.

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Desta premissa se pode concluir que o problema visual seja classificavel como tal
somente no momento em que o organismo mostre incapacidades relativas e
responder a exigências de tipo motor, perceptivo e psicomotor inatas no cuidado
que é requerido.

Ele não se revela através às medidas ópticas da analise visual se não que emerge da
pesquisa anamnesica pessoal. Se o individuo declarasse não ter problemas, não
sentisse cansado, não advertir nenhum tipo de moléstias no cumprimento de suas
tarefas cotidianas ele verdadeiramente não tem problemas reais pelo qual não será
prescrita correção nenhuma.

A normalidade está dada pela amplitude dos valores dentro dos quais é possível
adaptar-se a exigências de seu entorno. Deve-se considerar normal por tanto o
individuo que possuía reservas adequadas à exigência do ambiente e de tal jeito
permita ao organismo a possibilidade de produzir respostas acordes a suas
obrigações.

1.2 Adaptação visual ao ambiente

O problema visual se considera sempre em uma elasticidade diminuída da


capacidade para afrontar as demandas ambientais escolares ou ergonômicas, que
quanto mais se apresentam empolgadas, continuas, precisas intensas, tanto,
maiormente desenvolvem queixas de caráter subjetivo.
Assim dois indivíduos com o mesmo problema aparente revelam uma sintomatologia
diferente em relação a seu tipo de trabalho visual. Esta observação esta para
indicar em que maneira a funcionalidade visual se deve examinar em base as
relações que o individuo tem estabelecido com o meio ambiente e nunca
considerando como media pura e simples arrancada da realidade pessoal cotidiana.
Uma boa visão está caracterizada pela presença de um numero elevado de
habilidade visual entre os que se encontram: a eficiência visual monocular,
binocular, estereoscopica, todas qualidades indispensáveis para a própria vida do
homem primitivo e cujos únicos deveres se resolviam no trabalho da casa e da
defesa do perigo.

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As mesmas qualidades transportadas na atual estrutura socioeconômica cujos


sistemas de comunicação são essencialmente visuais e cujas demandas ambientais
se reconduzem a uma área de operação rigorosamente reduzida (dos 30 a 50 cm)
não comportam benefícios revelando-se mais bem como elementos de obstáculo
para uma eficiente e prolongada concentração sobre zonas limitadas e sobre planos
bidimensionais. O progresso cientifico e tecnológico tem modificado as atitudes de
comportamento do homem que repentinamente consome as próprias energias dia a
dia em espaços estreitos de tal forma que obrigam o mesmo antigo modelo visual a
sofrer distorções produzido como conseqüência vários problemas de funcionalidade
visual ressumáveis nas seguintes categorias:
1. Diminuição da acuidade visual (miopia, hipermetropia, ambliopia,
astigmatismo, estrabismo);
2. Fadiga visual (anisometropia, emetropia, ortoforia);
3. Abandono da atividade intelectual (leitor retardado).

A capacidade de adapta-se as modificações sofridas pelo ambiente e por tanto a


uma variação de demandas é típica de cada ser vivo, com o fim da própria
sobrevivência, na área da visão a adaptação do organismo pode centraliza-se sobre
cada um dos componentes fundamentais do processo visual:
a. Ao nível da acomodação;
b. Ao nível da convergência;
c. Ao nível da integração cortical.

A direção na qual se estrutura a adaptação está em estreita correlação com a idade


na que o individuo encontrará e afrontará a demanda do ambiente. Assim, em uma
criança que seja submetida a estímulos de stress antes dos quatro anos podem
desenvolve-se alta hipermetropia ou elevada endoforia ou desvio exotropico,
enquanto que uma criança que tenha superado esta idade a adaptação se realizar
por médio da aparição de miopia ou de desvio exotropico; em soma se as relações
conflitantes do ambiente se proliferam mais tarde a criança pode mostrar
reduzidas as capacidades nas interpretações dos símbolos (leitura da pagina
impressa) com progressos inferiores a media da própria classe que o enquadram na
categoria dos retardados.

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As duas primeiras esferas de problemas (acomodação - convergência) pertencem


situações aptas nas quais a reorganização do comportamento visual gera uma
notável eficiência na atividade ao ponto próximo tanto que os jovens míopes,
portadores de lentes negativas se sobre-saem nos resultados escolares, e os
estrábicos que tem reagido ao impacto com as condições ambientais eliminando um
olho e voltando-se monoculares mostram freqüentemente satisfatórios níveis de
leitura e rapidez de compreensão. A terceira esfera (nível cortical) pertence pelo
contrario os indivíduos insatisfeitos cujo rendimento operativo ao ponto próximo é
sumamente escasso, ineficiente e constantemente com penetrada fadiga. A vida
deles estará acompanhada de recorrentes dificuldades, desconforto, ineficiência,
perigo e acidentes.

Uma das razoes mais freqüentes que empurra a consulta do optometrista está
constituída justamente pela presença da fadiga visual “astenopia”.
Este sintoma não estará nunca subestimado enquanto representa o pré-aviso de um
problema em desenvolvimento. A eliminação da astenopia visual através da
administração de oportunas terapias preventivas onde a analise optometrica o
indique, deverá, por tanto constituir o primeiro dever de cada optometrista que se
preocupe com a prevenção das desordens visuais.

As medidas sobressalentes no curso da analise visual que se referem sobre tudo a


acomodação e a convergência a pesquisa qualitativa sobre as habilidades visuais e
psicomotoras do sujeito em exame a observação de sua atitude, comportamento e
a anamnese subministraram as indicações necessárias a valoração das acomodações
cumpridas pelo organismo constituindo um racional suporte sobre o qual coordenar
uma eficaz assistência visual.

1.3 Anamnese

A optometria funcional avalia a resposta do organismo as exigências do ambiente.


Em tal perspectiva assume fundamental importância de pesquisa anamnesica, que

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consiste na pesquisa esmerada verbal dos problemas do sujeito que se apresenta no


gabinete optometrico e de sua ficha clinica.

As necessidades visuais do ametrope e a exposição de seu problema dirigiram a


seleção dos testes de diagnostico mais adequados para alcançar o melhor resultado
com a máxima economia de meios.

As causas da moléstia visual deverão ser consideradas desde um duplo ponto de


vista:
a. Se o sintoma está provocado por ineficiência do sistema visual;
b. Se o sintoma está provocado por condições ambientais.

Este último ponto de vista é particularmente importante, existindo diferenças


notáveis entre as exigências visuais; por exemplo, de um agricultor respeito a
aquelas de um empregado que desenvolve seu trabalho em escritorio durante 8
horas por dia.

Durante a anamnese se estabelece uma relação de comunicação inter pessoal com


o examinado enquanto o optometrista avalia o sujeito através de suas respostas
buscando afrontar o problema, o examinado avalia por sua vez o optometrista.
Esta é uma situação psicológica que não deve passar-se de alto, em quanto que
cada individuo tende a comporta-se de acordo as expectativas o outro. Durante a
anamnese esta bem variar o modo no qual se façam as perguntas em relação à
idade, nível cultural e a inteligência do examinado.

A anamnese pode ser esquematizada nos seguintes termos:

1) Observações externas: consiste na observação cuidadosa dos movimentos do


paciente a seu ingresso no gabinete: como caminha, como movimenta a
cabeça e as mãos, como se senta, como observa os objetos que tem ao
redor, a que distancia lê, etc...;

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2) Idade: é um fator determinante para o tipo de tratamento ao que o sujeito


estará submetido: o jovem se adapta rapidamente a grandes mudanças de
sua prescrição habitual, para o ancião é difícil mudar os hábitos visuais;
3) Profissão: o conhecimento do tipo de atividade laboral desenvolvida pelo
sujeito é de fundamental importância no contexto de uma pesquisa global
dirigida ao processo visual e a sua dinâmica funcional. Numerosas profissões
exigem um prolongado uso da visão em distância mais próxima que
freqüentemente produzem problemas e rendimentos concernentes à
totalidade do organismo. Tais preocupações necessitarão primordialmente
de uma boa flexibilidade executiva de todo o sistema de ação do individuo a
fim de que possa produzir uma eficaz, imediata e racional resposta aos
requisitos do paciente. Para outras atividades resultará em troca
indispensável uma agudeza visual critica acompanhada das adequadas
habilidades perceptivas e psicomotoras úteis para uma exata avaliação dos
parâmetros espaciais entre os quais o sujeito se desenvolve. As diferentes
exigências visuais do ametrope se evidenciam especialmente nesta parte da
anamnese, por tanto, todas as informações úteis deverão ser
cuidadosamente anotadas pelo optometrista que não considera a
importância no quadro da anamnese geral, referindo-se tanto a eleição dos
testes optometricos utilizáveis para a determinação do tipo do problema a
analisar como a identificação de uma correta orientação terapêutica;
4) Queixa principal: dará a medida do problema visual do sujeito este deverá
estar cuidadosamente anotado e a ele deverá dar-se uma resposta
satisfatória para o ametrope. As mais freqüentes queixas se referem à dor
ocular, orbital, dor de cabeça e os transtornos da visão como o
lacrimejamento, diplopia, visão borrada, fotofobia, escasso rendimento
escolar, astenopia visual;
5) Anamnese ocular: é necessário saber se o sujeito se há levado ocular, a
natureza as prevenções precedentes adotadas para resolver o problema, a
eficiência de tais prevenções;
6) Anamnese sanitária: é importante com o fim de uma correta solução dos
problemas do sujeito, conhecer o passado no que se refere a sua saúde
geral, sobre tudo se é ancião. A pesquisa anamnesica se aprofundara sobre

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as eventuais afecções patológicas presentes e passadas sofridas pelo


ametrope, nenhum detalhe deverá ser passado por alto. A este propósito é
útil lembrar como, por exemplo, uma infecção oral pode produzir
dificuldades de fusão e de mobilidades ocular ou como desequilíbrios
alimentícios podem provocar determinadas reações de stress sobre o
organismo e estão ligadas a inumeráveis problemas visuais. O aparelho visual
é parte ativa do corpo humano, por tanto, seu bem-estar e eficiência são
inseparáveis dos aspectos psico-biológicos globais deste;
7) Anamnese familiar: se refere à pesquisa sobre os eventuais problemas visuais
da família, sobre as condições nas quais aconteceram o nascimento e
desenvolvimento pós-natal. Não devem ser descuidados os hobby’s do
individuo já que freqüentemente a inadequação visual se evidencia justo nas
atividades extra-laborais.

Concluindo podemos afirmar que a anamnese constitui freqüentemente o mais


importante ponto de partida para a indicação do problema visual a enfrentar e do
tipo de solução adotável para tal problema. Ela prossegue também durante a
analise clinica com a finalidade de permitir que o optometrista tenha um apanhado
de dados vasto e extremamente cuidadoso, em quanto seja maior o
aprofundamento anamnesico mais agilmente resultará o planejamento de uma
adequada assistência visual.

2. Habilidade visual

Define-se a habilidade visual como a capacidade adquirida através da experiência


de efetuar uma especifica ação com rapidez e eficiência. Habilidade visual é por
tanto a capacidade do individuo de sustentar um ato visual sem esforço. Existem
habilidades visuais mais ou menos complexas em relação à complexidade do mesmo
sistema visual. Os testes da habilidade visual subministram a medida da
coordenação neuro-muscular concernente a acomodação ou a convergência ou
ambas, procurando ao mesmo tempo informações sobre a prontitude e eficiência
da integração a nível cortical dos estímulos luminosos recebidos pela retina.

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São habilidades visuais: a fixação, flexibilidade acomodativa, fusão, estereopsia,


percepção das cores, sentido luminoso, sentido do contraste, entre outras. Os
argumentos dos testes para o controle das habilidades visuais se podem dividir em
duas categorias:
1. Testes não estereoscopicos;
2. Testes estereoscopicos.

2.1 Estudo das habilidades visuais

2.1.1 O organismo e a visão binocular

Antes de passar a descrição dos testes empregados para as observações das


habilidades visuais é oportuno aludir a importância que a visão binocular reviste na
globalidade do processo visual:

Três componentes ocorrem à estruturação da binocularidade:


1. Visão ou percepção simultânea;
2. Fusão;
3. Visão estereoscopica.

A função visual se realiza através do desenvolvimento de três diferentes processos


evolutivos entre si coordenados:
1. Emetropização: O processo conduz a dioptrica ocular ao eficaz equilíbrio de
focalização no espaço, permitindo a manutenção da visão a distancia
próxima;
2. Binocularização: o desenvolvimento das capacidades motoras no
conhecimento da bilateralidade do corpo concorre à obtenção do equilíbrio
binocular que permite a manutenção da centralização sobre qualquer ponto
no espaço;
3. Identificação: Representa o processo no curso do qual junto com o
desenvolvimento dos cinco sentidos e sua integração nos centros corticais se
definem as informações sensorio-visuais que se encontram na base da
percepção do movimento, da forma, da cor, do relevo: pressupostos
essenciais para a estruturação de modelos de visualização e premissa a

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aquisição da leitura (processo de codificação e decodificação, conhecimento


dos símbolos de cultura, seu deciframento).

Tais processos evolutivos estão intimamente unidos entre eles e com organismo
integro que é a sua vez, dividido em três grandes sistemas:
• Sistema visceral, que controla as funções vegetativas como a
circulação, digestão, respiração entre outras, e por tanto a nível
visual a focalização (emetropização).
• Sistema ósseo, que controla a vida de relação, e por tanto o
movimento estabelecendo a dominância de um dos lados do corpo. A
ele esta unido o sistema de centralização (binocularização), a eleição
do olho dominante e a estruturação da exoforia fisiológica ao ponto
remoto.
• Sistema cortical, que constitui a vida mental com todas as suas
possibilidades de ideias, abstração, de criação. A ele esta unida a
identificação sensorio-visual, que se enriquece a través da integração
com a globalidade das informações provenientes dos outros órgãos
sensoriais.

Alguns problemas de caráter binocular repercutem sobre a capacidade de


reconhecer as formas (acuidade visual) e muitos estrabismos têm origem na
insuficiente estruturação da lateralidade corpórea.

A primeira intervenção a cumprir ao inicio do analise visual se refere, por tanto ao


estudo dos mecanismos preceptivos binoculares devendo estabelecer a integridade
das estruturas oculares a normalidade de seu funcionamento.

A conseqüência do desenvolvimento visual fará possíveis intervenções de caráter


preventivo onde os processos de conhecimento mostraram uma fragilidade de
estruturação ou de caráter apto para melhorar sim uma ou mais etapas evolutivas
tem faltado durante o processo de desenvolvimento. Finalmente o caráter
compensativo, onde o processo visual manifeste uma situação adaptada e
consolidada, evidenciando presença de erros refrativos.

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3. Os 21 testes do Optometric Extension Program

3.1 – Oftalmoscopia

→ Identificação de patologias
Oftalmoscopia Direta – Imagem direita, virtual, campo de observação reduzido,
porém com aumento de aproximadamente 15x. Considerando que o poder refrativo
total do olho é e 60 D, temos o fato que:
I= D/4: I= aumento
D= poder refrativo total.
Onde:
I= 60/4=15x
Oftalmoscopia Indireta – Imagem invertida, real, campo de observação ampliado (6
x).
Procedimento para Oftalmoscopia Direta – Iluminação atenuada, paciente fixando
o infinito com o olho não examinado, exploração do OD com o olho direito do
examinador e instrumento na mão direita, exploração do OE com OE do examinador
e instrumento na mão esquerda.
Instrumento em zero D, distancia de 50 cm para observação do reflexo de Bruckner
(vermelho retiniano), aumenta-se positivo e aproxima-se para observação dos
anexos oculares. Aproximando-se ainda mais e diminuindo poder positivo (até o
negativo) será observada a papila (nasal) (escavação, regularidade, simetria),
relação artéria/veia, movendo-se para o lado temporal observa-se a mácula e a
fixação com o retículo do oftalmoscópio.

Concluindo no exame do fundo de olho o optometrista esta interessado


principalmente nas observações dos seguintes elementos:
1. Papila
2. Vasos sanguíneos
3. Zona macular
4. No campo retínico correspondente com o instrumento

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A papila deve ter as seguintes características:


1. Dimensão, forma e cor normais;
2. Escavação fisiológica na norma
3. Margens nitidas

Os vasos devem ser observados por:


1. Relação veia artéria dentro da norma
2. Processo não interrompido
3. Ausência de pulsação nas artérias

Na zona macular é necessário examinar:


1. O reflexo foveolar;
2. A integridade da zona que deve apresentar-se sem exudações, depósitos ou
vasos sanguíneos;
O campo retínico deve aparecer desprovido de exudações, pigmentos irregulares,
hemorragias entre outras alterações.

3.2 – Ceratometria

→ Medição dos principais meridianos corneanos.


Utiliza para medição, uma área de 3-4mm do centro da córnea. Estas medidas são
anotadas da seguinte forma: Meridiano + plano / Meridiano + curvo sobre o eixo do
+ plano.
Através da ceratometria pode-se identificar o astigmatismo corneano. A diferença
do poder refrativo entre os dois meridianos constitui o valor bruto do cilindro
corneal.

O instrumento subministra também o eixo objetivo do cilindro. Fala-se de valor


bruto em quanto para a determinação do cilindro neto, é necessário tomar em
consideração alguns fatores:
a. presença de astigmatismo fisiológico freqüentemente compreendido em valores
que variam e 0,25 a 0,75 x 90°.

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b. a diferença entre cilindro médio e aquele inserido na lente; o primeiro está


sobre a superfície corneal, o segundo está localizado a uma distância variável da
córnea de 13 a 18 mm, o que comporta um aumento de cilindro negativo ao redor
de 14 de seu valor.
c. se o astigmatismo determinado da ceratometria supera as 2,50 D a ele se
acrescentará o astigmatismo cristaliniano aumentando o poder total do cilindro e
imprimido aos eixos um movimento de rotação em sentido vertical.

Javal formulou uma regra para o calculo do cilindro que leva seu nome, assim se
expressa:
Cyl. Neto = (cyl. Bruto + cyl. Bruto /4) – 0,50 x 90 onde:
Cyl. Bruto = diferença de poder entre os dois meridianos medidos. -0,50 x 90°=
astigmatismo fisiológico.

3.2a – Visão Habitual de Longe

→ Máxima A.V.
Determinação da A.V. ao ponto utilizando a correção habitual do paciente.
Examina-se primeiramente OD, ocluindo OE, posteriormente examina-se OE
ocluindo OD e após os exames monoculares examina-se ambos olhos abertos.
Obs: não esquecer do protocolo de tomada de AV e de selecionar a tabela segundo
idade.

3.3 – Foria Habitual de Longe

→ Identificar e quantificar forias


Com Greens e prismas de Risley – Paciente fixando a luz posta a 6m, antepõe-se ao
olho dominante 6 ∆ BS ou BI, para que a luz apareça dupla no sentido vertical e no
outro olho, colocam-se 15 ∆ BN, caso o paciente relate ver uma só luz, ele será
ortofórico, caso ocorra um desdobramento da luz, o paciente será endofórico ou
exofórico, de acordo com o sentido do desdobramento.
Com Prismas Soltos – Paciente fixando a luz posta a 6m, efetua-se o cover-teste
para identificar a presença de movimento, caso não ocorra, o paciente será

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Analise Optométrica

ortofórico, caso ocorra movimento de entrada do olho, o paciente será exofórico


(neutralizando com ∆ BN), caso ocorra movimento de saída do olho, paciente
endofórico (neutraliza-se com ∆ BT). Para a neutralização dos movimentos, será
efetuado o prisma cover-teste.

Resultado previsto: 0,5 X.

3.3a – Foria Habitual a Distância de Trabalho

→ Identificar e quantificar forias


Procedimento igual ao do teste nº 3, o paciente fixando a 40 e a 20cm.

Resultado previsto: 6 X.

3.4 – Retinoscopia estática

→ Acomodação em repouso.
Efetuada a distância de 50 cm, utilizando-se a lente de compensação de +2,00,
paciente fixa optotipos à distância. Inicia-se o processo de neutralização
convencional por plano-cilindro negativo.

3.5 – Retinoscopia dinâmica a 50 cm

→ Acomodação ativa.
Paciente fixando o retinoscopio ou as tabelas em visão de perto adicionadas no
retinoscopio, sem lente de compensação. Deve ser mais positiva que a estática.

É um tipo de exame objetivo que se pode empregar em substituição do teste # 4


em crianças pequenas, já que permite maior controle e manutenção da fixação
garantindo uma determinação mais correta dos dados refrativos do ametrope.
O teste é monocular e se executa em condições de iluminação bem reduzidas com
a luz do retinoscopio. Deverá-se atrair a atenção da criança sobre a luz ou ponto de
fixação com o animo de obter uma fixação constante sobre o retinoscopio.

Elaborada por ANYELLA I.P.S. MALBURG O.D. 17


Analise Optométrica

Depois da neutralização, ao resultado obtido se acrescenta algebricamente um


valor esférico constante de - 1,25 D. Esta soma representará o erro refrativo do
sujeito para o P.R. (ponto remoto). Segundo a técnica o valor pode ser de – 2,00 D.

O método proposto por Indra Mohindra e aplicado experimentalmente no curso de


numerosas pesquisas clinicas na Inglaterra e nos USA, foi evidenciado a presença de
uma diferença desprezível entre os valores refrativos retinoscopicos seja esféricos
como cilíndricos determinados neste método, e obtidos no exame subjetivo.

A fiabilidade dos resultados se faz por tanto muito útil neste teste nos casos em
que por a jovem idade do sujeito resultam de difícil execução aos testes # 4 e # 7.

3.6 – Retinoscopia dinâmica a 1 mt

→ Acomodação e convergência ativas.


Paciente fixando o retinoscopio sem lente de compensação. Deve ser mais positiva
que a estática.

3.7 – Subjetivo Monocular ao Ponto Remoto (visão de longe e máximo positivo)

→ Miopização, massagem acomodativa


Máximo poder positivo, ou mínimo negativo que gere uma A.V. de 20/20 ou
máxima.
Paciente com o resultado do # 5, oclui-se o olho esquerdo, adiciona-se suficiente
poder positivo (+2,00D) no outro olho para provocar borrosidade (20/200 AVL).
Começa-se então a diminuir (massagear) poder positivo até que o paciente reporte
ver nítido a linha do 20/40, passa-se ao dial astigmático e verifica-se a potencia e o
eixo cilíndrico, depois se continua a massagem do componente esférico até
conseguir a melhor acuidade visual com a máxima lente positiva.

3.7a – Subjetivo Binocular (mínimo positivo)

→ Determinar o mínimo poder positivo que permite a melhor A.V.

Elaborada por ANYELLA I.P.S. MALBURG O.D. 18


Analise Optométrica

Paciente usa a correção encontrada no # 7. Quando não existam problemas


anisometrópicos nem ambliopia, a determinação das lentes esféricas que dêem
melhor equilíbrio binocular são determinadas com uma simples redução de seu
poder, pedindo ao paciente que reporte sua impressão subjetiva sobre a qualidade
da sua própria visão. As primeiras lentes que alcançarem a melhor A.V. sem
minimização dos optotipos estabelecerá o resultado do # 7ª.
Quando a ametropia for astigmática, com o fim de eliminar a distorção espacial e
os efeitos aniseicônicos, será feita uma redução binocular no valor do cilíndrico de
0,25D, mantendo esta redução se ela permitir a mesma qualidade visual.

3.8 – Foria Induzida de Longe

→ Identificar e quantificar forias induzidas pelo resultado do teste 7


Procedimento idêntico ao do # 3, com a diferença que o paciente leva a correção
encontrada no # 7.
Utilizar os prismas de Risley no greens ou vareta de Maddox mais prismas soltos ou
prisma cover teste. Todas as vergências se realizaram em luz ambiente normal.

3.9 – Vergência Real de Longe (embasamento a base externa)

→ Quantificar vergências sem Acc.


Colocam-se os prismas de Risley diante de ambos dos olhos, com o indicador sobre
o zero. Usa-se como mira uma linha vertical de letras de 20/20 ou da máxima
acuidade visual do sujeito. Pede-se ao sujeito que nos indique no momento em que
as letras aparecem borradas. Depois gire os prismas simultânea e gradualmente até
o exterior, a velocidade de rotação devera ser de 2 D.P. ao segundo a mesma
quantidade prismática em ambos dos olhos. Obtendo o primeiro embasamento,
soma-se a quantidade obtida dos prismas de ambos olhos e se registra o resultado
do #9.

Resultado previsto: +7 - +9.

Elaborada por ANYELLA I.P.S. MALBURG O.D. 19


Analise Optométrica

3.10 – Convergência de Longe (ruptura e recobro base externa)

→ Quantificar reservas fusionais (∆ BT)


Adicionando-se ∆ BT até que o paciente refira ver duplo, anota-se o valor
correspondente, depois diminui-se o poder prismático até que a imagem volte a
ser única, anota-se o valor como recobro.
Ex. Ruptura/recobro = +19/+10

3.11 – Divergência de Longe (ruptura e recobro base interna)

→ Quantificar reservas fusionais (∆ BN)


Adiciona-se ∆ BN até que paciente refira ver duplo (ruptura), marca-se então o
valor correspondente. Em seguida diminui-se o poder prismático até que o paciente
volte a ver uma só imagem (recobro).
Obs. O recobro deve ser aproximadamente metade do valor de ruptura.
Ex. 9/5

Elaborada por ANYELLA I.P.S. MALBURG O.D. 20


Analise Optométrica

3.12 – Foria e Duções Verticais de Longe

→ Identificar e quantificar forias verticais


Paciente leva a correção encontrada pelo # 7, se executa nos prismas de Risley em
OD adiciona-se 10-15∆ BN e em OE 6∆ BS, a imagem aparecerá dupla. A
identificação consiste em diminuir ∆ BS do OE até que o examinado refira
alinhamento sobre o plano horizontal das duas imagens. O valor prismatico que
produzir este alinhamento será anotado como hiperforia OD, caso o alinhamento
ocorra com ∆ BI o resultado será registrado como hiperforia OE.
Com prismas soltos, efetua-se o Prisma Cover-Teste.

Resultado previsto: 0

Elaborada por ANYELLA I.P.S. MALBURG O.D. 21


Analise Optométrica

3.13b – Foria Induzida à Distância de Trabalho

→ Identificar e quantificar forias induzidas pelo resultado do teste 7


Paciente leva a correção encontrada pelo # 7, como no teste # 13 A se empregam
os prismas de Risley, fixando a luz colocada a 40 cm, pode-se usar como mira uma
escala de Snellen reduzida ou uma linha vertical de letras.
Luz ambiente normal.
Resultado previsto: 6 X
No caso de não possuir prismas de Risley pode-se usar o prisma cover teste ou a
vareta de Maddox.

3.14a – Cilindro Cruzado Dissociado (monocular, teste de focalização


monocular).

→ Dissociação(monocular), afinamento subjetivo.

Elaborada por ANYELLA I.P.S. MALBURG O.D. 22


Analise Optométrica

Afinamento de eixo: Ex. +1,00 – 1,00 x 180°.


Posição do cabo coincidente com o eixo da RX

Vê melhor aqui,  5° do eixo da RX - Ex. + 1,00 -1,00 x 5°

Vê melhor aqui,  5° do eixo da RX – Ex. + 1,00 – 1,00 x 175°

Afinamento de poder cilíndrico: Ex. + 1,00 – 0,50 x 180°


Pontos vermelhos coincidentes com eixo da RX, vê melhor assim,  - 0,25 cil.

+ 1,00 - 0,75 x 180°

Pontos brancos coincidentes com eixo da RX, vê melhor assim,  - 0,25 cil.

+ 1,00 - 0,25 x 180°

Afinamento de poder esférico:


Cabo posicionado à 45° em posição A(exemplo gráfico).

Elaborada por ANYELLA I.P.S. MALBURG O.D. 23


Analise Optométrica

Posição A

Vê melhor no componente vertical =  + 0,50 ou  - 0,50

Vê melhor no componente horizontal =  + 0,50 ou  - 0,50

3.15a – Foria Induzida Por Cilindro Cruzado Dissociado

→ Identificar e quantificar forias induzidas pelo resultado do teste 14 A.


Luz ambiente reduzida.
Usa-se como mira o reticulo posicionado nos prismas de Risley sobre o resultado do
14 A, se mede a quantidade de foria induzida. Em se tratando de exoforia se
procede a encontrar o LAG (desvio acomodativo) que é sempre negativa e vai
somada algebricamente ao resultado do 14 A. O resultado obtido assim constituirá
o 14 A neto.
Lag 14 A = Foria 15 A(EXO)/6 X 19/5
Exemplo:
14 A BRUTO= +3,00
15 A= 6X
19= 5

LAG: 6/6 X 5/5= 1,00


#14NETO= +3,00-1,00= +2,00

3.14b – Cilindro Cruzado Fusionado

→ Afinamento subjetivo (binocular)


Mesmo procedimento do # 14 a, só que será feito binocularmente.

Elaborada por ANYELLA I.P.S. MALBURG O.D. 24


Analise Optométrica

A iluminação ambiente deve estar sempre reduzida, também neste teste usa-se
como mira o reticulo.
Introduzem-se os cilindros cruzados sobre ambos olhos perguntando ao sujeito se
percebe mais pretas as linhas horizontais ou bem as verticais. Posto que as lentes
presentes no instrumento são aquelas do # 14 A.

3.15b – Foria Induzida Por Cilindro Cruzado Fusionado

→ Identificar e quantificar forias induzidas pelo resultado do teste 14b.


Distância de trabalho: 40 cm sobre a vareta do greens (forópter).
Iluminação ambiente normal.
Posicionam-se os prismas de Risley no modo habitual e se mede a foria induzida.
Também neste caso se o resultado é exo deve-se obter o #14 B neto calculando o
LAG.

LAG

O LAG constitui o fator de correção mediante o qual se põem acomodação sobre o


mesmo plano da convergência, ou seja, representa o equivalente acomodativo da
exoforia em dioptrias esféricas negativas e deve ser somado algebricamente ao
resultado bruto dos testes acomodativos ao ponto próximo (#5, #14 A, #14 B), para
obter o neto.

O calculo é possível considerando que o LAG e acomodação requerida par a uma


distância dada estão na mesma relação da soma da exoforia e da convergência
requerida a uma mesma distância.

Por tanto: LAG: acomodação requerida = EXO: convergência requerida de cujo:

LAG: EXO x acomodação requerida / convergência requerida

Exemplo:

Elaborada por ANYELLA I.P.S. MALBURG O.D. 25


Analise Optométrica

Considerando uma distância de observação e 40 cm e uma X de 6 DP,


encontraremos:
LAG= -6 X 2,50/15= -1,00
Simplificando:
LAG= EXO / 6
Onde o fator 6 indica o numero de d.p. por cada ângulo métrico equivalentes a
distância interpupilar do sujeito expressada em centímetros (60 mm = 6 cm =6
d.p).

O valor do LAG esta modificado em todos os casos em que a amplitude de


acomodação seja inferior a 5,00 D correspondentes ao dobro da acomodação
requerida a uma distância de 40 cm. Na pratica a formula definitiva será:
LAG: EXO / 6 X AA (# 19) / 5.

LAG#14B= FORIA#15B(EXO)/9 X #19/5


MAXIMO LAG= 2,00 D
FORIA X LAG
1-2 0,25
3-4 0,50
5-6 0,75
7-8 1,00
9 1,25
10 - 11 1,50
12 - 13 1,75
14 a 15 e superior 2,00

3.16a – Convergência Fusional Positiva

→ (borrosidade a base externa)

Elaborada por ANYELLA I.P.S. MALBURG O.D. 26


Analise Optométrica

No Greens, adicionam-se os prismas de Risley com o indicador sobre o zero e BT,


sobre a vareta do greens coloca-se uma linha vertical de letras do 20⁄20. Se giram
os prismas a velocidade constante, aumentando seu poder até que o paciente refira
ver borrado, neste momento anota-se o poder prismático encontrado no Greens.
Leva-se em conta que o poder dos prismas deve ser igual em AO.
Com prismas soltos o procedimento é semelhante, adicionam-se ∆ BT monocular ou
binocularmente até que o paciente refira ver borrado.

3.16b – Reserva Fusional Positiva (ruptura e recobro a base externa)

→ Quantificar reservas fusionais (∆ BT)


Continuação do # 16 a, após ter-se anotado o poder prismático que gerou o
emborroramento da imagem, continua-se aumentando o poder até que o paciente
refira ver duplo, neste momento o valor total dos ∆ presente será o valor de
ruptura. Seguindo, diminui-se o poder prismático até que o paciente volte a ver
imagem única, o poder prismático neste momento é o valor de recobro.
Ex. Resultado previsto: 21/15

3.17a – Convergência Fusional Negativa (borrosidade a base interna)

→ Relaxar convergência sem Acc.


No Greens, adicionam-se os prismas de Risley BN, aumentando seu poder até que o
paciente refira ver borrado, neste momento anota-se o poder prismático
encontrado no Greens. Leva-se em conta que o poder dos prismas deve ser igual em
AO.
Com prismas soltos o procedimento é semelhante, adicionam-se ∆ BN monocular ou
binocularmente até que o paciente refira ver borrado.
Resultado previsto 14

3.17b – Reserva Fusional Negativa (ruptura e recobro a base interna)

→ Quantificar reservas fusionais de divergência (∆ BN)

Elaborada por ANYELLA I.P.S. MALBURG O.D. 27


Analise Optométrica

Continuação do # 17 a , após ter-se anotado o poder prismático que gerou o


emborroramento da imagem, continua-se aumentando o poder até que o paciente
refira ver duplo, neste momento o valor total dos ∆ presente será o valor de
ruptura. Seguindo, diminui-se o poder prismático até que o paciente volte a ver
imagem única, o poder prismático neste momento é o valor de recobro.
Ex. Resultado previsto: 21/15

3.18 – Forias e Duções Verticais ao Ponto Próximo

→ Identificar e quantificar forias verticais


Paciente leva a correção encontrada pelo # 7 , em OD adiciona-se 10-15∆ BN e em
OE 6∆ BS, a imagem aparecerá dupla. A identificação consiste em diminuir ∆ BS do
OE até que o examinado refira alinhamento sobre o plano horizontal das duas
imagens. O valor prismático que produzir este alinhamento será anotado como
hiperforia OD, caso o alinhamento ocorra com ∆ BI o resultado será registrado
como hiperforia OE.
Com prismas soltos, efetua-se o Prisma Cover-Test.

3.19 – Amplitude de Acomodação (AA)

→ Quantificar a máxima capacidade acomodativa (com lentes negativas)


Paciente leva a correção encontrada pelo # 7, adicionam-se lentes negativas de
0,50 em 0,50 até que o paciente refira ver a imagem borrada.
A diferença entre os resultados do # 7 e o poder das lentes encontradas será
somada a 2,50D de Acc. Requerida a esta distancia (40cm).
Ex: # 7 = +1,00
Borrosidade com -1,50
Diferença dióptrica = +1,00 – (-1,50) = +2,50D
#19 = 2,50 + 2,50 = 5,00D

3.20 – Acomodação Relativa Positiva

Elaborada por ANYELLA I.P.S. MALBURG O.D. 28


Analise Optométrica

→ Quantificar reservas acomodativas sem convergência (lentes negativas)


Iluminação alta, lentes de controle, paciente fixando optotipo colocado a 40cm,
adicionam-se lentes negativas de 0,25 em 0,25 (reduzindo poder positivo e
aumentando negativo) até que o paciente refira ver borrado o optotipo.
Como resultado deste teste, consideraremos a diferença do poder registrado entre
as lentes que causaram o emborramento e as de controle.
Resultado previsto = -2,25 ou -2,50
Ex: controle # 7 +1,00
Borrosidade -1,50
# 20 = -1,50 – (+1,00) = -2,50D

3.21 – Acomodação Relativa negativa

→ Quantificar reservas acomodativas sem convergência (lentes +)


Iluminação alta, lentes de controle, paciente fixando optotipo colocado a 40cm,
adicionam-se lentes positivas de 0,25 em 0,25 até que o paciente refira ver borrado
o optotipo.
Como resultado deste teste, consideraremos a diferença do poder registrado entre
as lentes que causaram o emborramento e as de controle.
Resultado previsto = +1,75 ou +2,00
Ex: controle # 7 +1,00
Borrosidade +2,75
# 21 = +2,75 – (-1,00) = -1,75D

4. Avaliação dos testes optometricos e analise dos comportamentos

4.1 Metodologia da pesquisa optometrica

A optometria emprega como instrumentos de medida analítica o uso de lentes para


sua ação especifica sobre a acomodação e de prismas para sua especifica ação
sobre a convergência. Os efeitos induzidos pelas lentes e prismas são os seguintes:

Elaborada por ANYELLA I.P.S. MALBURG O.D. 29


Analise Optométrica

4.1.1 lentes esféricas positivas

Inibem o ato acomodativo;


Afastamento do objeto observado do plano de mirada;
Aumento do tamanho de dimensões aparentes do objeto em observação.

4.1.2 lentes esféricas negativas

Estimulam a acomodação;
Aproximação do objeto observado ao plano de mirada;
Redução do tamanho das dimensões aparentes do objeto em observação.

Elaborada por ANYELLA I.P.S. MALBURG O.D. 30


Analise Optométrica

4.1.3. prismas base IN

Inibição da convergência;
Afastamento do objeto observado do plano de mirada;
Aumento das dimensões aparentes do objeto em observação.

Elaborada por ANYELLA I.P.S. MALBURG O.D. 31


Analise Optométrica

4.1.4 prismas base OUT

Estimulação da convergência;
Aproximação do objeto de observação;
Redução do tamanho das dimensões aparentes do objeto observado.

Lentes e prismas controlam os dois componentes fundamentais do processo visual:


a acomodação (focalização) e convergência (centralização). Os dois mecanismos
funcionam paralela e separadamente, mais dentro de certos limites, são
interdependentes e os testes #10, #16 B, #17B, o confirmam, de fato estimulando a
convergência (#10, #16 B) ou inibindo (#17 B) por médio de prismas encontraremos
que a reserva de amplitude utilizada provocará a intervenção da acomodação o que
fará aparecer à imagem como borrada.

4.2 Classificação dos valores analíticos

Cada analise optometrica suministra um valor de medida atribuível a uma das


seguintes classificações:
1) Resultados que medem a extensão da proteção ao nível do sistema nervoso
central disponível para o esquema da convergência (todos os testes das
forias: 3, 13 A, 8, 13 B, 15 A, 15 B);
2) Resultados que medem a extensão da proteção disponível para o esquema da
acomodação (4, 5, 14 A, 14 B);
3) Resultados que medem a extensão do potencial de inibição existente entre
os esquemas da acomodação e da convergência (9, 16 A, 17 A, 20,21);
4) Resultados que medem a extensão das relações já estabelecidas existentes
entre acomodação e convergência (10, 11, 16 B, 17 B a ruptura) e resultados
que medem eventuais assimetrias verticais (12, 18);
5) Resultados que medem a extensão do grau de organização existente entre os
esquemas da acomodação e da convergência (10, 11, 16 B, 17 B, a recobro);
6) Resultados que medem a amplitude da capacidade do esquema visual para
manter uma visão simples e nítida frente às modificações fisiológicas do
organismo inteiro, produzidas pela idade avançada ou pelo stress (#19).

Elaborada por ANYELLA I.P.S. MALBURG O.D. 32


Analise Optométrica

As seis classificações suministram uma clara representação das modificações feitas


pelo organismo com o fim de poder-se enfrentar as necessidades visuais
ambientais.

4.3 Estrutura analítica do caso

4.4 Concatenação analítica fisiológica

É uma transcrição gráfica dos dados obtidos na execução dos 21 pontos que se
situam por acima (H) ou por abaixo (L) de uma linha (linha zero), em relação a seu
valor simples ou comparado com outros testes de confrontação.

Teste Valor normal Anotação C


Maior que H
3. Foria habitual à distância 0,5 ∆ X 0,5∆ X L
Orto ou E
Comparar com 7 a esfera o olho Mais + que 7 H
4. Retinoscopia estática
dominante Mais – que 7 L
H
5. Retinoscopia dinâmica (50 Comparar com o 4 a esfera do Mais + que 4
cm neto) olho dominante Mais - que 4
L
6. Retinoscopia dinâmica Mais + que 4 H
Comparar com o 4
(1m) neto Mais – que 4 L
Maior que H
8. Foria induzida da 0,5∆ X
0,5∆ X
distância Menor que L
0,5∆ X
Maior que 9 H
9. Add VL 7-9
Menor que 9 L
Maior que H
19/10
10. Convergência à distância 19/10
Menor que L
19/10

Elaborada por ANYELLA I.P.S. MALBURG O.D. 33


Analise Optométrica

Maior que 9/5 H


11. Abd a distância 9/5 Menor que L
9/5
Maior que 6∆X H
13 A. Foria habitual a 40 cm 6∆X Menor que L
6∆X
Maior que 6∆X H
13 B. Foria induzida a 40 cm 6∆X Menor que L
6∆X
14 A. Cilindro cruzado Mais + que 7 H
Comparar com o 7
fusionado. Neto Mais – que 7 L
15 A. Foria induzida pelo 14 14 A L H
Comparar 14 A neto
A 14 A H L
Maior que 17 H
16 A. CRP A
Comparar com o 17 A
Valor esperado 15∆ Menor que 17 L
A
Maior que 16 H
A
16 B. RFP 21/15
Menor que 16 L
A
Maior que 16 H
A
17 A. CRN Comparar com 16 A
Menor que 16 L
A
Maior que H
22/18
17 B. RFN 22/18
Menor que L
22/18
Maior que H
5,00
19. AA 5,00 D
Menor que L
5,00

Elaborada por ANYELLA I.P.S. MALBURG O.D. 34


Analise Optométrica

Comparar 21 Maior que 21 H


20. ARP
Valor esperado -2,00 D Menor que 21 L
Comparar 20 Maior que 20 H
21. ARN
Valor esperado + 2,00 D Menor que 20 L

4.5 Seqüência informativa

A continuação se descreve a ordem que deve levar a seqüência analítica depois de


praticados os testes e de ter seus valores normais e netos:

1 2 3 4 5 6

4.5.1 Subjetivo em visão de longe (# 7)

Paciente emetrope Marque o 7 sobre a linha


Paciente míope Marque o 7 abaixo da linha
Paciente hipermetrope Marque o 7 sobre a linha
Esfera do olho dominante

4.5.2 Tipo de caso

Testes # 4, #5, #9, #10, #11, #16B, #17B.

4.5.3 Correção intermédia (4) Retinoscopia dinâmica a 1 metro

Acima da linha (6)


Sobre a linha (6)
Abaixo da linha (6)

4.5.4 Correção em visão de perto (# 7 em visão de perto)

Testes a avaliar: # 14 A e # 15 A

Elaborada por ANYELLA I.P.S. MALBURG O.D. 35


Analise Optométrica

14 A
15 A
(14 A > 7) HIPERMETROPIA
15 A
14 A
(14 A < 7) PROJEÇÃO NEGATIVA
14 A 15 A Sobre a linha = 14 A = 7
14 A 15 A Acima da linha
14 A 15 A Abaixo da linha

4.5.5 Padrão de equilíbrio

Testes: #16 A, #17 A, #20, #21.


16 A 20
17 A 21

Compara-se com a RX para dar o padrão de flexibilidade: # 16 A #17 A, sobre a


linha.

4.5.6 AA (19)

19 acima da linha 19 sobre a linha 19 abaixo da linha


+5 =5 -5

4.6 Encadeamento

3 6 8 9 11 15 A 16 A 17B 19 20
5
13 A 4 10 13B 14 A 17 A 16 B 21

4.7 Ordenamento para a seqüência

9 11 17B 6 15 A 16 A 20 19
5
7- 4 10 16B 14 A 17 A 21
Não
Míope Reservas CVL CVP baixas AA Projeção negativa precisa
tratamento

Elaborada por ANYELLA I.P.S. MALBURG O.D. 36


Analise Optométrica

4.8 Tipologia

Terminado o analise optometrico o problema visual se cataloga baseados na


observação das variações de alguns resultados em relação aos dados normais ou
estáticos suministrados pela experiência clinica da optometria funcional. A simples
diferença de um resultado qualquer respeito a sua previsão não indica
anormalidade alguma, podendo os valores analíticos sofrer também variações
notáveis em relação as diferentes características estruturais e comportamentais de
cada individuo. Se os sintomas aparecem definidos existe uma muito precisa
seqüência e pode-se deduzir uma exata indicação qualitativa do problema
examinado.

Os resultados do analise visual optometrico levam a definição de quatro diferentes


tipologias, estas são:

4.8.1 Caso A

É uma tipologia tóxica (patológica). Neste caso todos os dados das vergências (#10,
#11, #16B, #17B) aparecem diminuídos e se deverá duvidar se o organismo resulta
débil. Será por tanto necessário verificar a integridade do campo visual, o sentido
cromático, o sentido luminoso, a pressão ocular, e a saúde em geral. O sujeito
examinado será encaminhado a medico geral ou oftalmologista para diagnosticar
eventuais formas patológicas presentes.

4.8.2 Casos B1

É uma tipologia que indica problemas da acomodação (fadiga), seja a distância


remota ou próxima. Neste caso encontraremos baixas as vergências #9, #11, #16B.
A estrutura corretiva se orientará em prescrição do máximo positivo (mínimo
negativo) para todas as latitudes operacionais.

7+ 5 9 10 17B 6 14 A 16 A 21 19
7- 11 16B 15 A 17 A 20

Elaborada por ANYELLA I.P.S. MALBURG O.D. 37


Analise Optométrica

Caso B1-1: Caso mais simples e de aparição recente, resolvido com a prescrição de
lentes.
7+ 5 9 10 17B 6 14 A 16 A 21 19
7- 11 16B 15 A 17 A 20

Caso B1-2: Caso mais avançado, o paciente deixa de ser hipermetrope para passar
a ser emetrope. Neste caso a correção são lentes.
7+ 5 9 10 17B 6 14 A 15 A 16 A 21 19
11 16B 17 A 20

Caso B1-3: O sujeito deixa a emetropia para passar a projeção negativa. O estado
fórico (E ou X) se tem em conta para o tratamento. O dado do #14 A este
ulteriormente diminuído sendo mais baixo que o # 7. Trata-se de um problema mais
serio que requer tratamento óptico e treinamento visual.
7+ 5 9 10 17B 6 15 A 16 A 21 19
11 16B 14 A 17 A 20

Caso B1-4: Muda o padrão de equilíbrio. O deterioro deste caso mostra a


diminuição do #14 A, se precisará fora da prescrição óptica treinamento visual.
7+ 5 9 10 17B 6 15 A 17 A 21 19
11 16B 14 A 16 A 20

Ou;
7+ 5 9 10 17B 6 15 A 16 A 20 19
11 16B 14 A 17 A 21

Caso B1-5: AA baixa. Nesta tipologia o uso de lentes não será suficiente e se
precisara de terapia para aumentar as reservas acomodativas.
7+ 5 9 10 17B 6 15 A 17 A 20
11 16B 14 A 16 A 21 19

Caso B1-6: Acomodação e convergência se há alterado em visão de longe.


7+ 5 9 11 17B 6 15 A 17 A 20
10 16B 14 A 16 A 21 19

Caso B1-7: Mais avançada projeção negativa em retinoscopia.


7+ 9 11 17B 6 15 A 17 A 20
5 10 16B 14 A 16 A 21 19

Elaborada por ANYELLA I.P.S. MALBURG O.D. 38


Analise Optométrica

Ou;
7+ 11 17B 6 15 A 17 A 20
5 9 10 16B 14 A 16 A 21 19

Nesta ultima configuração da tipologia B1-7 (resultados netos #5 baixos) representa


um problema extremadamente serio e requer um corretivo baseado essencialmente
nas habilidades perdidas antes de passar ao uso de lentes.

4.8.3 Caso B2

Indica um excesso de fadiga da acomodação sobre todo ao ponto próximo


(problemas de convergência). Nesta tipologia encontraremos baixas as vergências
#9, #11, #17 B e a correção consistira na redução do poder positivo a distância,
enquanto se prescreverá todo o valor positivo para o ponto próximo.

As mesmas conseqüências gráficas se constroem também para a tipologia B2,


substituindo o #17B ao #16B.

7+ 5 10 16B 6 14 A 16 A 21 19
7- 9 11 17B 15 A 17 A 20

4.8.4 Caso C

Indica uma insuficiência (fadiga) da convergência estabilizada (parecido a B1-7).


Encontraremos baixo o #5, e as vergências #10, #16B. A estrutura corretiva se
orientará na prescrição do mínimo poder positivo a todas as distâncias.

7+ 9 11 17B 6 15 A 17 A 20 19
7- 5 10 16B 6 14 A 16 A 21

Estas características são de projeção negativa, onde se apresenta uma má fusão e


estereopsia em todas as distâncias, associado a X alta com reservas de
convergência baixas, sem conforto visual.

Elaborada por ANYELLA I.P.S. MALBURG O.D. 39


Analise Optométrica

Já que o mecanismo de acomodação se vale por seu funcionamento dos músculos


lisos (mais lentos) e o da convergência de músculos estriados mais velozes, é
evidente que cada vez que os dois sistemas estejam indo à busca da coordenação o
mais lento condicionará o mais veloz. Por este motivo a grande maioria dos
problemas é de tipo acomodativo (B1, B2) com uma porcentagem do 95% sobre o
total; o restante constitui a porcentagem dos problemas de convergência (tipo C).

4.9 Regras gerais da prescrição

A experiência clinica da optometria funcional há permitido a constituição de


algumas regras gerais da prescrição das que é útil fazer referencia em cada caso,
com o animo de poder determinar a máxima correção com seguridade e
racionalidade do valor do grau compensativo.

1. Não prescrever nunca lentes de maior poder do que ascenda acomodação


livre de associação com a convergência (subjetivo ao ponto remoto e
resultado neto dos cilindros cruzados ao ponto próximo).
2. Não prescrever nunca lentes para uso permanente de poder superior aquele
dos valores netos extraídos dos testes ao ponto próximo (#14 A, #14B).
3. Reduzir a prescrição do positivo a todas as distancias no caso em que os
valores das vergências base OUT a ruptura e recobro ao ponto remoto (#10)
e ao ponto próximo (#16B) sejam ambas baixas (ver tipologia C).
4. Prescrever o máximo poder positivo nos casos em que os valores a ruptura e
recuperação das vergências base IN ao ponto remoto (#11) e base OUT ao
ponto próximo (#16B) sejam ambos baixos (ver tipologia B1).
5. Prescrever o máximo poder positivo ao ponto próximo e reduzir o positivo ao
ponto remoto no caso em que os valores das vergências base IN ao ponto
remoto(#11) e aqueles base IN ao ponto próximo (#17B) sejam ambos baixos
(ver tipologia B2).
6. Reduzir a prescrição de poder positivo a todas as distâncias nos casos em
que os valores das vergências base OUT a ruptura e recobro (#10) e aqueles
em base IN ao ponto próximo (#17B) sejam ambos baixos (se os dados # 10
são mais baixos que os de o #11, significa de fato que o caso esta fortemente

Elaborada por ANYELLA I.P.S. MALBURG O.D. 40


Analise Optométrica

deteriorado em quanto denuncia uma inversão operacional da dinâmica


natural no espaço).
7. Não prescrever nunca lentes cujo poder seja tal que se crêem novas
interferências no modelo comportamental da acomodação e da convergência
(as lentes que modificam excessivamente os valores de alguns testes indicam
uma excessiva sensibilidade, se o poder prescritível muda o valor da foria
habitual em mais de 2,00 D; é oportuno operar uma redução na medida de
0,25D).
8. Não prescrever nunca lentes cujo poder inverta os padrões habituais de
equilíbrio (a situação provocaria serias dificuldades visuais alternando a
natural direção na qual o individuo mostra maior flexibilidade).
9. Prescrever na distância de trabalho somente aquela parte dos netos que não
modifique a relação dos dados de equilíbrio (se o total do neto do #14B
inverte os padrões habituais de equilíbrio, será prescrita somente aquela
porção do valor que não produza tal alteração).

Elaborada por ANYELLA I.P.S. MALBURG O.D. 41


Analise Optométrica

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