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GOVERNO DA REPÚBLICA
PORTUGUESA
MANUAL DE FORMAÇÃO
UFCD 7852
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Qualificar é Crescer
GOVERNO DA REPÚBLICA
PORTUGUESA
Objectivos:
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Conteúdos:
Empreendorismo
1.1 Conceito de Empreendorismo…………………………………………………….…..4
1.2 Vantagens de ser empreendedor……………………………………………..………5
1.3 Espírito empreendedor versus espírito empresarial ………………….............……6
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I. Empreendorismo
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O conceito de risco foi introduzido por K. Knight (1967) e Peter Drucker (1970). Em
1985 com Pinchot foi introduzido o conceito de Intra-empreendedor, uma
pessoa empreendedora dentro da organização a que pertence.
Ser empreendedor: uma herança genética?
Parece ser hoje em dia consensual que não se nasce empreendedor. Podemos, sim,
herdar algumas características que certamente nos ajudarão nas nossas incursões
pelo mundo dos negócios. É também certo que muitos empreendedores se revelam
muito precocemente (durante a infância e juventude) destacando-se pela sua
capacidade de liderança, competitividade ou “jeito” para os pequenos
negócios. Contudo, está ao alcance de qualquer um tornar-se empreendedor. Exige-se
trabalho, força de vontade e um profundo conhecimento de si próprio.
Existem muitas razões pelas quais muitas pessoas constituem os seus próprios
negócios e assumem os riscos. São alguns ingredientes para o empreendedor
começar a pensar no seu próprio negócio: cautela, bom senso e não ter pressa.
(CHIAVENATO, 2008, p. 24). Ao montar seu próprio negócio o empreendedor assume
a responsabilidade e os riscos pelo seu desenvolvimento e sobrevivência, e em
compensação usufrui de algumas vantagens.
Para Chiavenato (2008, p. 17) a lista a seguir apresenta algumas razões pelas quais
as pessoas investem em negócios:
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- Forte desejo de ser seu próprio patrão, de ter independência e não receber ordens
de outros, fundamentando-se apenas no seu talento pessoal. A isso se dá o nome de
espírito empreendedor;
- Oportunidade de trabalhar naquilo que gosta, em vez de trabalhar como subalterno
apenas para ter segurança de um salário mensal e férias;
- Sentimento que pode desenvolver a sua própria iniciativa sem o guarda-chuva do
patrão;
- Desejo pessoal de reconhecimento e de prestígio;
- Poderoso impulso para acumular riqueza e oportunidade de ganhar mais do que
quando era simples empregado;
- Descoberta de uma oportunidade que outros ignoram ou subestimaram;
- Desafio de aplicar recursos próprios e habilidades pessoais num ambiente
desconhecido.
Para Bernardi (2003, p. 66) “entre muitas motivações e razões objetivas para
empreender encontram-se predominantemente as seguintes”:
- Necessidade de realização;
- Implementação de ideias;
- Independência;
- Fuga da rotina profissional;
- Maiores responsabilidades e riscos;
- Prova de capacidade;
- Auto-realização;
- Maiores ganhos;
- Status;
- Controle da qualidade de vida.
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1. Vontade de ser o próprio patrão
2. Querer controlar o seu destino
3. Conseguir que o retorno do seu trabalho reverta para si e não para terceiros
4. Ter consciência que o potencial de ganho e de crescimento são maiores para o
empresário do que para um trabalhador por conta de outrem
5. Vontade de aceitar o desafio que uma nova empresa representa
6. Querer beneficiar da aprendizagem proporcionada pela gestão de um negócio
Habitualmente não é uma razão mas sim a combinação de várias motivações que leva
um empreendedor a optar pela criação do seu próprio negócio. Contudo, não basta
querer. Mesmo que alguém reúna um conjunto de características que a permita definir
como empreendedora tem um longo caminho a percorrer até se tornar empresário.
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Definição e posicionamento do negócio: (Eduardo García Erquiaga)
Como fazê-lo?
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2. A escolha do terreno: os âmbitos de atuação, onde vamos concorrer.
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4. Identificar os competidores e localizá-los em cada segmento
O primeiro grande erro é assumir que uma boa ideia somada a algum capital significa
necessariamente um bom negócio. Antes de mais porque é necessário perceber que
uma ideia não é um projeto: uma ideia não é mais do que um novo uso para um
produto, uma alternativa tecnológica para um processo, um novo artigo para
comercializar. Já um projeto exige adicionar à ideia inicial uma reflexão apurada sobre
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a adequação ao mercado; um trabalho de escuta a potenciais clientes, fornecedores
e/ou sócios; previsões económicas; reflexão sobre as nossas competências e
limitações. Para passar da ideia ao projeto existe um grande esforço de diagnóstico e
de desenho do novo negócio. Se após este trabalho prévio se concluir que o projeto é
coerente, vendável e viável do ponto de vista económico e financeiro, então,
juntamente com o dinheiro necessário, será possível criar uma empresa com boas
possibilidades de vir a ter sucesso.
2. Assumir que o mercado é perfeitamente racional e que pensa e age como nós.
O empreendedor não deve assumir que todos os agentes agem racionalmente e que
seguem os seus critérios de racionalidade. Um erro frequente é partir do princípio que
os consumidores estarão dispostos a mudar mesmo que isso implique uma alteração
no seu estilo de vida e hábitos de consumo. É preciso estar consciente que as
tendências sócio-culturais não evoluem em função do nosso projeto. É nossa
obrigação antecipar essa evolução e ocupar o nosso espaço no mercado, mas sempre
de forma realista, informada e sem excesso de otimismo.
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ultrapassados com maior facilidade sem criar “traumas organizativos” ou afetar a
estrutura acionista da empresa.
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8. Confundir Negócio com Produto
São mais, muitos mais, os que falham na criação de um negócio do que os que
alcançam elevado êxito empresarial. Embora não exista nenhuma receita milagrosa,
há algumas regra que ajudam a prevenir o insucesso de um negócio:
1. Preparar o início do negócio (analisando as motivações do empreendedor e
definindo metodicamente o seu campo de atuação)
2. Elaborar o Plano de Negócios, de forma rigorosa e utilizando cenários realistas
3. Definir uma estratégia clara para a empresa
4. Selecionar a equipa mais adequada
5. Organizar a empresa da forma que melhor se ajusta aos seus objetivos e às
características do âmbito de atuação escolhido
6. E trabalhar, muito…
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Exercícios - Empreendorismo
Exercício 1
A razão possível para alguém se tornar empresário é:
a) Vontade de ser o próprio patrão
b) Querer controlar o seu destino
c) Vontade de aceitar o desafio que uma nova empresa representa
d) Todas as anteriores
Exercício 2
Qual destas variáveis não é relevante para a definição e posicionamento de um
negócio:
a) Produto
b) Estrutura
c) Mercado
d) Tecnologia
Exercício 3
A identificação dos nossos futuros concorrentes é importante para:
a) Descobrir segmentos “desocupados”
b) Identificar segmentos saturados
c) Avaliar a nossa posição competitiva
d) Todas as anteriores
Exercício 4
A melhor forma de iniciar um negócio é:
a) Criar uma empresa onde as hierarquias não estão bem definidas
b) Recrutar pessoas de confiança, preferencialmente familiares e amigos
c) Assumir as suas próprias limitações
d) Não ignorar a racionalidade do mercado
Exercício 5
Algumas das causas para o insucesso empresarial são:
a) Sobre-investimento em capital fixo
b) Falta de experiência do empresário e capital insuficiente
c) Crescimento inesperado da empresa
d) Todas as anteriores
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Soluções dos Exercícios
1 c)
2 a)
3 a)
4 d)
5 d)
3.1 Pessoais
3.1.1 Autoconfiança e automotivação
Autoconfiança é a convicção que uma pessoa tem, de ser capaz de fazer ou realizar
alguma coisa. Automotivação é a capacidade de motivar a si mesmo, para encontrar
uma razão e a força necessária para fazer alguma coisa, sem a necessidade de serem
influenciados a fazê-lo por outra pessoa. Trabalhando em uma cuidadosa forma
consistente, sem desistir.
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consciência e por isso ela é marca distintiva do ser humano. Os animais também
parecem optar mas o que determina as suas escolhas é a natureza, o seu
instinto e nesse registo primário e não racional se distanciam do ser humano.
A racionalidade do homem permite-lhe superar o instinto, as suas inclinações naturais
de querer e decidir em consciência face a múltiplas alternativas. No processo de
decisão o ser humano é motivado por múltiplos factores, racionais, emocionais e
também naturais.
Mas o que importa reter é que o processo de decisão não foge à possibilidade de
controlo do homem ou pelo menos pode ser determinado pela sua racionalidade. Mas
o que é afinal a decisão? Decidir é assumir conscientemente uma opção. Mas o que
importa valorizar é a capacidade de decisão positiva, aquela que rompe o quadro
de procedimentos esperados e projecta o presente para um futuro melhor. É pois
importante enquanto elemento do perfil humano a capacidade de decisão visto que no
sentido mais nobre do termo decidir implica assumir o risco do novo, a exposição ao
desconhecido, a angústia do resultado mas também, naturalmente, o prémio da
descoberta. Nada aconteceria de novo sem a determinação de se procurar ver para
além da linha do horizonte optando por caminhos de pé posto ou seja, vias de
progresso ainda anteriormente não experimentadas. Nada decidir podendo ser uma
decisão é nada descobrir, é nada arriscar mas também é nada conseguir.
A decisão avisada é aquela que procura justamente mitigar, reduzir os efeitos
problemáticos da decisão. É aquela que procura conciliar a consequência com a
prudência através de processo racional de diagnóstico da realidade conhecida e dos
efeitos desconhecidos.
3.1.4 Persuasão
Persuasão é uma estratégia de comunicação que consiste em utilizar recursos lógico-
racionais ou simbólicos para induzir alguém a aceitar uma ideia, uma atitude, ou
realizar uma ação. É o emprego de argumentos, legítimos ou não, com o propósito de
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conseguir que outro(s) indivíduo(s) adopte(m) certa(s) linha(s) de conduta, teoria(s) ou
crença(s).
3.1.5 Concretização
Concretização é tornar concreto o que é abstracto: concretizar uma ideia, uma
melhoria. Ter coragem de avançar e ver realizado o projecto, a ideia, o
negócio. Realizar, alcançar um objectivo.
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Em vários estudos feitos com empreendedores sobre as características às quais
atribuíam o seu sucesso, as que mais se destacaram foram a perseverança, o desejo
e vontade de traçar o rumo da sua vida, a competitividade, a auto-estima, o forte
desejo de vencer, a autoconfiança e a flexibilidade.
Competências emocionais
Em grande medida a performance do empreendedor está associada a características
pessoais como a iniciativa, a empatia, a capacidade de adaptação e de persuasão.
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Daniel Goleman (2000) agrupou as competências emocionais em quatro grandes
grupos cabendo dentro de cada um dos grupos um conjunto de competências
específicas:
1. Autoconsciência
Autoconsciência emocional – Esta competência permite reconhecer e compreender
os diferentes estados de espírito e a forma como afectam o desempenho social e
profissional bem como as relações com os outros.
Auto-avaliação rigorosa – Trata-se da capacidade de avaliar de forma realista as suas
forças mas também as suas fraquezas.
Autoconfiança – Competência que permite valorizar devidamente os seus pontos
fortes e capacidades mais distintivas.
2. Autogestão
Autocontrole – Capacidade para manter as emoções sob controlo.
Inspirar confiança – A confiança conquista-se através de comportamentos que
revelem integridade, honestidade, fiabilidade e autenticidade.
Conscienciosidade - Capacidade para se autogerir de modo responsável (e.g., ser
organizado e cuidadoso no trabalho).
Adaptabilidade – Competência revelada pela abertura a novas ideias e abordagens,
flexibilidade na resposta à mudança, tolerância à ambiguidade.
Orientação para o êxito - Optimismo, necessidade de auto-aperfeiçoamento e de
alcance de um padrão interno de excelência, persistência.
Iniciativa - Prontidão para aproveitar as oportunidades, inclinação para exceder
objectivos, proactividade.
3. Consciência social
Empatia – Capacidade para perceber os sentimentos e perspectivas dos outros,
interesse activo pelas suas preocupações, sensibilidade às suas especificidades.
Consciência organizacional - Capacidade para ler a realidade organizacional, construir
redes de decisão e ter consciência das correntes sociais e políticas da organização.
Orientação para o cliente - Capacidade para antecipar, reconhecer e ir ao encontro
das necessidades dos clientes.
4. Competências sociais
Liderança visionária - Capacidade para inspirar e guiar os indivíduos ou grupos em
torno de uma visão convincente.
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Influência - Capacidade para persuadir os outros através dos métodos mais
adequados a cada situação.
Desenvolver os outros - Capacidade para identificar necessidades/oportunidades de
desenvolvimento dos outros e para agir de forma a promover o alargamento das suas
competências.
Comunicação - Ser bom ouvinte e ser capaz de comunicar de modo claro e
convincente.
Catalisador da mudança – Capacidade para promover e incentivar a mudança dentro
da organização contribuindo activamente para a eliminação das resistências por parte
da equipa que lidera.
Gestão de conflitos - Capacidade para gerir os conflitos emergentes na organização.
Criar laços – Competência que permite a criação e desenvolvimento de redes de
relações interpessoais.
Espírito de equipa e cooperação – Capacidade colaborar eficazmente com os outros
conseguindo criar sinergias de grupo na prossecução de objectivos comuns.
Sendo certo que o desenvolvimento deste conjunto de competências é desejável em
qualquer indivíduo, no caso do empreendedor será decisivo para o seu sucesso.
Condição prévia ao bom desenvolvimento destas características é um profundo
conhecimento de si próprio.
Autoconhecimento
Uma das características do empreendedor de sucesso é o conhecimento que tem de
si próprio. Sabe que não é rentável desperdiçar esforços em áreas e/ou atividades nas
quais não tem competências. A sua base de desenvolvimento pessoal e profissional é
o conhecimento dos seus pontos fortes, dos seus valores e objetivos e das formas
concretas de alcançar o que pretende.
Criatividade
De todas as características do empreendedor uma das essenciais e que mais
facilmente podemos desenvolver é a criatividade. Embora todos tenhamos talentos
criativos falta-nos muitas vezes confiança na nossa própria criatividade. O termo
criatividade tem um significado que vai muito além de possuir um talento artístico. É
sim, a capacidade de utilizar a imaginação para criar novas ideias. A criatividade é
uma característica inata a todos os seres humanos. Cabe a cada um de
nós desenvolver essa capacidade.
Antes de mais deverá estar atento ao que se passa à sua volta: o desenvolvimento da
capacidade criativa, tal como qualquer outra competência, exige concentração e
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atenção. Comece por ver o mundo que construiu à sua volta: a sua casa, o seu
trabalho, as suas relações sociais são expressões criativas criadas por si.
Compreender que a criatividade pode assumir muitas formas é um primeiro passo
para desenvolver a sua capacidade de criar de forma consciente.
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ideias deverão fluir livremente procurando não fazer qualquer juízo de valor. Quanto
mais praticar esta técnica mais facilidade terá em deixar fluir as suas ideias, pensar de
forma abstrata e em tomar decisões. A sua mente está progressivamente mais aberta
a novas ideias e menos preconceituosa.
4. Relaxe e medite: o pensamento lógico gera ondas beta no cérebro enquanto que a
meditação e o relaxamento produzem ondas alfa que têm muitos efeitos positivos
entre os quais se inclui o pensamento criativo. Existem técnicas de respiração que
ajudam a libertar a mente e a mudar a atividade cerebral de ondas beta para alfa.
Ouvir melodias simples e suaves também ajuda a mudar a frequência das ondas
cerebrais.
5. Faça qualquer coisa fora de contexto: ser criativo é estar aberto a novos
pensamentos e experiências. Tente quebrar algumas rotinas fazendo algo que nunca
fez, algo simples como alterar a rota para o emprego ou sentar-se num diferente lugar
à mesa. Ficará surpreendido com o efeito criativo que as pequenas mudanças
conseguem provocar.
1. Estar recetivo a novas ideias: pessoas que não valorizam o seu talento criativo
perdem inúmeras oportunidades de criar algo de inovador. É frequente colocar de lado
algumas ideias por desafiarem alguns valores e convicções nunca antes questionados.
Antes de rejeitar uma ideia pense se o está a fazer por hábito ou preconceito. Se for o
caso, volte a pensar nela.
2. Ser realista na apreciação de novas ideias: uma ideia só por ser nova não é
necessariamente boa. Deve ser feita uma análise cuidada e realista que permita
avaliar o potencial dessa ideia no mercado.
3. Não desistir antes do tempo: as novas ideias nem sempre são bem aceites de
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imediato. Pode ser necessário esperar algum tempo para ver o seu esforço criativo
recompensado. (Thomas Edison realizou mais de 1000 experiências para desenvolver
a lâmpada. Falhou mais de 1000 vezes até acertar…)
Exercício 1
Escolha a opção que lhe parece mais correcta:
a) O verdadeiro empreendedor assume riscos sem pensar no possível fracasso do seu
negócio
b) A principal motivação do empreendedor é a vontade de ganhar dinheiro
c) O empreendedor detecta oportunidades de negócio que os outros não vêm
d) Descender de uma família de empreendedores é a maior garantia de sucesso
Exercício 2
Um empreendedor encara o insucesso como:
a) Forma de aprendizagem
b) Inevitável quando se opta por uma carreira empresarial
c) Sinal de que não tem perfil para ser empresário
d) Um azar
Exercício 3
Muitas das ideias e inovações bem sucedidas resultam de:
a) Observação atenta da realidade
b) Investimentos fortes em publicidade
c) Contratação de cientistas de renome
d) Melhorias de produtos já existentes
Exercício 4
As principais características das pessoas criativas são:
a) Auto-estima, aptidões musicais e curiosidade
b) Aversão à mudança, capacidade de abstracção e inteligência
c) Orientação para desafios, bom relacionamento pessoal e interesse
d) Inteligência, capacidade de adaptação e curiosidade
Exercício 5
Para aumentar a sua capacidade criativa poderá:
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a) Quebrar rotinas
b) Meditar e relaxar
c) Desenhar e escrever
d) Todas as anteriores
3.2 Técnicas
3.2.1. Área de negócio e de orientação para o cliente
3.2.2. Planeamento, organização e domínio das TIC
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marketing do concorrente líder e a partir de então, compará-lo com os seus e os
demais que estão a ser oferecidos no mercado.
Algumas pesquisas têm demonstrado que manter um bom contato com fornecedores,
é uma das melhores maneiras de manter-se informado a respeito de como o setor
está organizado.
A concepção do homem social dentro da organização substitui a ênfase que antes era
colocada nas tarefas, pela ênfase que agora é colocada nas pessoas (“Administração
Científica” e “Relações Humanas”). O trabalhador é considerado como um ser
complexo, cujo comportamento na organização, nomeadamente o trabalho, resulta de
uma multiplicidade de factores motivacionais.
O comportamento das pessoas, assim como o dos grupos exige um estilo de
liderança adequado.
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A liderança passa assim a ser objecto de estudo e de pesquisa da Psicologia Social e
das Organizações. O conceito de liderança sofre profundas alterações e a
organização/empresa, treina os seus líderes para que estes, consigam dos seus
subordinados, altos valores de desempenho.
Esta definição parece ser válida para qualquer tipo de organização, porque em
qualquer situação em que um individuo procure influenciar o comportamento de outro
individuo, estamos perante o fenómeno da liderança
A liderança é pois um fenómeno de influência pessoal exercida em determinada
situação através do processo de comunicação humana, com vista á transmissão de
determinados objectivos.
O comportamento de liderar envolve múltiplas funções, tais como: planificar,
informar, avaliar, controlar, motivar, recuperar, punir, etc. Contudo, liderar é
essencialmente, orientar o grupo, as pessoas em direcção a determinados
objectivos ou metas.
Sendo a liderança um processo de influência, é necessário que o líder modifique
intencionalmente o comportamento de outras pessoas, o que é possível através do
modo como usa o seu poder ou autoridade.
Características do líder
Traços pessoais versus situação
Durante bastante tempo, os estudos sobre liderança aceitavam o facto de que os
líderes tinham certas características, tais como a amabilidade, a força física, a
inteligência, etc. que se consideravam fundamentais para o exercício da liderança.
Deste modo considerava-se que as qualidades inerentes aos líderes eram pessoais, o
que pressupunha que, desde muito cedo seria possível determinar os potenciais
líderes.
A teoria dos traços de personalidade, considerava que o líder possuía traços e
características que o identificavam e que o tornavam o “grande homem”, tal como
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acentuou, em 1910, Carlyle. Sendo assim, parecia estar em causa o papel do treino e
da formação na aprendizagem da liderança. Lindzey (1940), através de vários estudos
sobre líderes em situação, verificou que não era possível, dada a sua divergência,
encontrar qualquer traço de personalidade que pudesse distinguir os líderes dos não
líderes. Parece não existir uma habilidade especial, própria do líder que o caracterize,
porque o seu comportamento difere com a situação e com os liderados
Acentuando a importância do comportamento e da situação de liderança é possível
admitir a possibilidade do treino e da adaptação do líder às funções de liderança.
Se a teoria dos traços se confirmasse, então, o líder sê-lo-ia sempre, e de forma
eficaz, em todas as situações e em relação a qualquer indivíduo ou grupo. O que a
realidade organizacional e grupal revela, é que existem características diferentes nos
líderes. Um líder pode ter muito sucesso numa situação e insucesso noutro contexto
situacional.
CONSEQUÊNCIAS NO GRUPO:
O grupo revela uma grande tensão, frustração, agressividade, ausência de
espontaneidade e iniciativa. Não existe amizade, apenas trabalho e execução de
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tarefas;
ESTILO DEMOCRÁTICO
As directrizes são debatidas e decididas pelo grupo. O papel do líder é o de assistir
e estimular e não o de impor . É o grupo que define as técnicas para a tingir os
objectivos, solicitar aconselhamento técnico ao líder quando necessário, sugerindo
este, duas ou mais alternativas para o grupo escolher. As tarefas ganham uma nova
dimensão à medida que se sucedem os debates. O líder é um apoio.
É o grupo que decide sobre a divisão das tarefas e cada membro do grupo tem a
liberdade para escolher o seu companheiro de trabalho;
O líder procura ser um membro igual aos outros do grupo e não ser superior, não
se encarregando muito de tarefas. O líder é objectivo e quando critica e elogia limita-
se aos factos.
CONSEQUÊNCIAS NO GRUPO:
Há o desenvolvimento da amizade e do bom relacionamento entre os membros do
grupo;
O líder e os subordinados desenvolvem comunicações espontâneas e cordiais;
Desenvolve-se um ritmo de trabalho progressivo e seguro mesmo que o líder se
ausente;
Os elementos do grupo revelam um clima geral de satisfação.
LIBERAL (LAISSEZ-FAIRE)
Os elementos do grupo têm liberdade completa para tomar decisões;
A participação do líder é limitada, esclarecendo apenas quem pode fornecer
informações ao grupo;
É o grupo que decide sobre a divisão das tarefas e escolhe os companheiros sem a
participação do líder;
O líder não regula nem avalia o que se passa no grupo. O líder apenas faz alguns
comentários irregulares sobre a actividade do grupo, quando questionado;
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CONSEQUÊNCIAS NO GRUPO:
A produtividade do grupo não é satisfatória apesar dos membros terem uma
actividade intensa;
As tarefas desenvolvem-se ao acaso com oscilações e ocorrem muitas discussões
pessoais que resultam numa perda de tempo. Abordam mais os problemas pessoais
do que os assuntos relativos ao trabalho;
Verifica-se um certo individualismo e pouco respeito pelo líder.
Em conclusão…
A liderança numa organização tem sido foco de atenção desde há longos anos. Pode
ter várias definições mas em todas elas há ênfase no influenciar o outro, em conseguir
levar o outro a fazer algo d forma empenhada e satisfatória. Houve tempos em que se
acreditava que um líder já nascia líder; hoje em dia, está mais que comprovado que
isso não acontece, pois não há uma relação directa entre um traço de personalidade e
o ser líder. O processo de liderança varia consoante a situação fazendo com que um
bom líder o seja numa determinada situação mas possa não o ser numa outra situação
diferente.
Esta teoria apresenta três estilos de liderança: autocrático, democrático e liberal. Cada
um destes estilos tem características próprias e consequências diferentes num grupo.
Dos três estilos de liderança apresentados, podemos concluir que o grupo que produz
maior quantidade de trabalho é o Autocrático, mas o que apresenta uma maior
qualidade no trabalho é o Democrático.
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A incompetência do empreendedor;
Falta de experiência em gestão;
Lucros insuficientes;
Juros elevados;
Perda de mercado;
Mercado consumidor restrito;
Pouca competitividade;
Recessão económica;
Vendas insuficientes;
Dificuldades na gestão de stocks;
Localização inadequada;
Dívidas e cargas fiscais demasiado altas;
Capital e ativos insuficientes.
Para Chiavenato (2008, p. 15), observa-se que nos novos negócios a mortalidade
prematura é tão alta que por muitas vezes driblar tais fatores negativos se tornam
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cansativos para quem luta contra eles. Conforme o autor, os riscos na abertura do seu
negócio são grandes e perigos não faltam. Assim, quem decide abrir a sua empresa,
deverá ter muita cautela e jogo de cintura para enfrentar os possíveis obstáculos
encontrados no caminho. Outra realidade do empreendedor é que ele promove a visão
com paixão entusiástica. Há, entretanto, um único senão: essa promoção da visãocom
tanta paixão, dura apenas pouco tempo, considerando que o forte do empreendedor
não é o planeamento estratégico. O empreendedor é adaptativo por natureza. O seu
planeamento é moldado às contingências do ambiente, as ações, em grande parte das
vezes, são ações do tipo apaga-incêndio. DANTAS (2008, p. 10). Conforme
Marcondes e Bernardes (2004) antes de criar uma empresa, é necessário que
o empresário tenha alguém que o oriente sobre o empreendimento e o alerte sobre os
perigos das decisões erradas e comportamentos inadequados. Dessa forma, observa-
se que o monitoramento do negócio com a ajuda de alguém que entenda sobre o
mundo dos negócios, é uma escolha fundamental para o sucesso do empreendimento.
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por si só já não é tão simples, considerando variáveis externas, como crises e políticas
governamentais que funcionam como complicadoras para a atividade
empreendedora. Por isso, reduzir os fatores inerentes ao indivíduo, que podem
atrapalhar a sua atividade profissional, é fundamental para se chegar ao sucessocomo
empreendedor (SANTOS, 1995).
Existem as diferentes fases que têm de percorrer para conseguir de facto criar o seu
negócio, no entanto, ao longo destas fases terá de desenvolver dois tipos de
competências: Técnicas e Comportamentais
Comportamentais:
Constituídas pelo saber-ser: determinadas capacidades que a pessoa pode ir
desenvolvendo ao longo do seu percurso pessoal e profissional.
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1.Auto-confiança e a autoestima - Capacidade de acreditar nas próprias capacidades
para realizar os objetivos a que se propõe com sucesso.
2. Autonomia e capacidade de lidar com o risco - Necessidade de trabalhar de forma
independente, capaz de assumir a responsabilidade de atingir os objetivos que
estabelece; Capacidade de persistir na continuação dos objetivos mesmo quando o
sucesso é incerto.
3.Técnicas de criatividade
4. Proatividade
5. Gestão da frustração e ultrapassar obstáculos - Capacidade de persistir de modo a
alcançar os objetivos propostos mesmo que existam dificuldades e obstáculos,
ultrapassando-os.
6.Construir e desenvolver a sua rede social - Capacidade de organizar e coordenar
uma rede de contactos entre indivíduos e organizações de modo a conseguir alcançar
os seus objetivos.
7.Liderar e motivar uma equipa - Muito importante na gestão de pequenos negócios,
determina o empenho da equipa no alcance dos objetivos. Esta deve ser adaptada à
equipa, à tarefa e ao contexto do negócio.
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2. Como se tornou um empreendedor? (Pode indicar mais de uma opção)
a) Herança ou exemplo dentro da família ( )
b) Exemplo de círculos de amizades ( )
c) Identificando oportunidades no emprego onde trabalhou ( )
d) Identificando uma oportunidade no mercado ( )
e) Adquirindo conhecimento do negócio por conta própria ( )
f) Após realizar curso/formação de empreendedorismo ( )
g) Por falta de opção de emprego ( )
h) Procurando uma actividade após a reforma ( )
i) Procurando independência profissional ( )
j) Outros. Quais? _________________________________________________
4. Com base em sua experiência, daria algum conselho em especial para quem
deseje tornar-se um empreendedor de sucesso?
_____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
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Habilidades - Saber fazer
Saber planear, definir metas e buscar atingi-las ( )
Saber monitorar a actividade constantemente ( )
Ser polivalente
Saber negociar ( )
Saber delegar ( )
Saber tomar decisões e mudar de estratégia ( )
Saber formar equipas e motivá-las ( )
Saber reconhecer os seus próprios limites ( )
Relacionar-se bem com seus empregados ( )
Manter redes de contacto ( )
Manter rígido controle financeiro sobre a empresa ( )
Atitudes - Saber ser
Correr riscos apenas calculados ( )
Ser comprometido ( )
Ser exigente quanto a qualidade e eficiência ( )
Trabalhar mais do que os outros se necessário ( )
Manter clientes satisfeitos ( )
Ter iniciativa ( )
Buscar informar-se constantemente ( )
Buscar novas oportunidades constantemente ( )
Talentos - Aptidões naturais
Ser persistente ( )
Ser criativo ( )
Ser persuasivo ( )
Ser intuitivo ( )
Ser idealista ( )
Ter bom senso ( )
Ser auto confiante ( )
Ser independente ( )
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2) Diagnosticar quais são as principais razões pelas quais as pessoas se tornam
empreendedoras;
3) Diagnosticar qual é a principal causa do insucesso dos empreendedores;
4) Diagnosticar se existe alguma característica em especial, que leva o empreendedor
a atingir o sucesso;
_____________________________________________________________________
Links Úteis
http://entrepreneurs.about.com
http://sitededicas.uol.com.br/teste_empresario.htm
http://www.brainstorming.com
http://www.creativityatwork.com
http://www.dashofer.pt
http://www.empreendedor.com.br
http://www.entrepreneurs-journey.com
http://www.innovationthink.com
http://www.mindtools.com
http://www.more-selfesteem.com
http://www.planodenegocios.com.br
http://www.sebrae.com.br/br/parasuaempresa/testeaquiseuperfilempreendedor.asp
http://investidor.pt/lista-de-ideias-para-criar-negocios
http://www.empreender.aip.pt/
http://cdp.portodigital.pt/empreendedorismo/o-plano-de-negocios
http://www.businesstown.com
http://www.iapmei.pt
http://www.neotec.gov.pt
http://www.newventuretools.net
Links Gerais
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Bibliografia
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Dirigir uma Pme - 10 Etapas. Lidel Vários. 10 Instrumentos Chave da Gestão. Dom
Quixote
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