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SEMANA DA

CARREIRA
DIGITAL

HUSTLER
Introdução 
 
Essa  é  a 2ª Semana de Carreira Digital, organizada pela Gama Academy e construída com a 
ajuda  de  uma  série  de  profissionais  e  empresas  que  contamos  como  parceiras.  Aqui,  você  irá 
encontrar  conteúdos  e  materiais que o/a ajudará a entender melhores práticas na área de Vendas. 
Divirta-se! 😉
​  
 
Parceiros: 

 
 
Tem interesse em entrar para o ​mercado digital​ e não sabe por onde começar?  
Vamos nessa! 👊 
 

Contexto 
 
Todo  o  cenário  de  relacionamento entre empresas e seus/suas clientes vem mudando nos 
últimos  anos.  Isso  fica  bem  claro  para  o  lado  de  cá  (quem  vende)  quando  passamos  a  perceber 
que  a  construção  do  processo  de  vendas  agora  ​inclui  ​muito  mais  o/a  cliente.  Essa  dinâmica  fez 
com  que  fossemos  percebendo  a  inadequação  de  quem  lida  diretamente  com  o/a  cliente  no 
processo  de  qualificação.  Tudo  isso,  porque,  na  era  da  informação,  o/a  cliente  passa  a  ter  muito 
mais  influência  externa  no  momento  de  sua  decisão  de  compra.  As  informações  sobre  o  produto 
estão  a  um  click  de  distância,  assim  como  a  concorrência.  Nesse  cenário,  é  preciso  que  as 
empresas  se  empenhem  de  fato  em  entender  o  perfil  de  seu  público-alvo  e elaborem estratégias 
mais personalizadas.  
 
Você pode ler sobre a mudança no perfil do/a vendedor/a neste artigo, da Ramper, ​A Morte 
do Vendedor Tradicional​.  
 
Nessa  nova  perspectiva,  a  posição  de  vendas,  dentro  dos  negócios,  é  uma  das  áreas  que 
mais  ganham  destaque.  Surgem  novas  estratégias,  práticas  e  nomenclaturas  e  isso  é  resultado 
das  mudanças  em  estruturas  organizacionais  que  a área teve entre: especialidades (ou seja, SDR / 
BDR,  Engenheiro  de  Vendas  /  Especialista  de  Produto,  Customer  Experience  Manager,  etc.)  e  a 
explosão  de  aplicativos  de  tecnologia  relacionados  a  vendas.  Além  disso,  há uma certa tendência 
em  se  observar  mais  atentamente  nas  habilidades  comportamentais  (soft  skills)  exigidas  de  uma 
organização  de  vendas  de  alto  desempenho.  Nem  só  de  habilidades  técnicas  (hard  skills)  vivem 
o/a vendedor/a.  
 

Inside Sales vs. Outside/Field Sales 


 
Com  tudo  isso,  é  importante  saber  como  que  ficou  essa  distribuição  de  atividades  e 
ambientes  da  área  de  vendas.  Vamos  começar  entendendo  a  diferença  entre  Inside  e  Outside 
Sales.  
 
Os  requisitos  em  habilidades  para  ambas  as  funções  são  bem  parecidos  em  diversos 
fatores,  dentre  eles,  a  tarefa  de  ajudar  o/a  cliente  a  tomar  decisões  e  realizar boas escolhas. Mas, 
se for para explicar resumidamente, podemos dizer que:   
 
● Inside  Sales  ​(​vendas  internas)  são  vendas  feitas  “remotamente”,  já  que  o/as 
representantes  de  vendas  que  praticam  se  comunicam  com  seus  clientes  virtualmente 
(por telefone ou e-mail). Algumas habilidades a serem consideradas são:  
- Articulação​:  deve  ser  capaz  de  se  expressar  bem.  Inside  Sales  vendem através do 
telefone  ou  da  tela  do  computador,  por  isso,  devem  ser  envolventes  e 
persuasivo/as  o  suficiente  para  levar  as  pessoas  a  comprar  à  partir  deles.  Devem 
ser capazes de explicar seus produtos e serviços de forma compreensível. 
- Colaboração​:  por  trabalhar  no  escritório,  interagem  com  o/as  colegas  todos  os 
dias.  Por  isso,  devem  ter  uma  atitude  colaborativa  para  poder trabalhar bem com 
o resto da equipe de vendas e manter o alinhamento. 
- Organização  e  disciplina​:  vender  não  é  a  única  coisa  que  o/as  representantes de 
vendas  fazem,  ele/as  também  atendem  às  tarefas  administrativas  diárias  no 
escritório, então precisam equilibrar os dois lados do trabalho. 

● Outside  Sales  (vendas  externas)  são  feitas  fora  do  escritório.  Representantes  de  vendas 
que  praticam  isso  se  encontram  pessoalmente  com seus clientes para apresentar e fechar 
o negócio. 
- Independência​:  ​também  chamado/as  de  "representantes  de  campo",  são  ele/as 
que  encontram  com  os  clientes para apresentar e fechar negócios. Para maximizar 
seu  tempo,  devem  ser  capazes  de  trabalhar  de  forma  independente  e  gerenciar 
seus  próprios  horários  e  compromissos  com  clientes.  Isso  também  envolve  o 
aspecto de organização e disciplina.  
- Adaptabilidade​:  Outside  Sales  conhecem  novas  pessoas  e  visitam  novos  lugares 
com  frequência, por isso, devem ser capazes de se ajustar facilmente a esses novos 
ambientes.  
- Sempre  procure  o  melhor​:  em  comparação  ao  Inside  Sales,  trabalhar  em  vendas 
externas  significa  que  o/as  representantes  devem  estar  mais  atento/as  à  forma 
como  se  apresentam.  Ele/as devem sempre olhar com atenção e buscar atender as 
expectativas do/as clientes e potenciais clientes. 

Observe  ​esse  infográfico​,  do  Ricardo  Okino,  que  ajuda  a  entender  as  semelhanças  e 
diferenças  entre  ambas  de  forma  objetiva.  Mas  para  ficarmos  na  mesma  página,  neste  material, 
iremos focar no conteúdo sobre ​Inside Sales​. Beleza? 
É  claro  que  as  vendas  presenciais  ainda  são  pontos  importantes  em  diversas  ocasiões  e 
em  casos  de  vendas  mais  complexas.  No  entanto,  a  separação  de  atividades  específicas  e 
especializadas  no  processo  de  vendas  Inside  Sales  permitiu  e  ainda  permite  que  essa  área 
expanda e torne-se de extrema relevância. 

Dá uma olhada nesses conteúdos: 


Inside Sales para iniciantes: ​Estruturando um Time do Zero — pt I  
Inside Sales para iniciantes: ​Estruturando um Time do Zero — pt II 

O  glossário  para  a  área  é  gigante  e  a  sopinha  de  letras  parece  não  ter  fim.  No  entanto, 
vamos listar aqui ​20 termos imprescindíveis para você começar​.  
 

20 termos que você precisa saber 


 
Cold  call​:  ligação  para  prospecção  quando  o  potencial  cliente  não  está  esperando  pelo 
contato.  Essa  técnica  já  recebeu  um  upgrade  para  a  chamada  Cold  Calling  2.0.  Aqui,  o  método 
requer  uma  pesquisa  mais  aprofundada,  segmentação  desses  prospects  em  momentos  de 
compra, estabelecimento de confiança, por exemplo.  

Cold  email​:  este  é  bem  parecido  com  o  termo  anterior,  mudando  apenas  a  forma  de 
contato para o email. O/A cliente em potencial não está esperando pelo contato.  

Cross-selling​:  essa  técnica  estimula  o/a  cliente,  antes  da  finalização  da  compra,  a 
comprar  mais  algum  produto  que  complementa  ou  pode  complementar  o  anterior.  Geralmente, 
as  indicações  ocorrem  com  chamadas  como  “você  também  vai  gostar…”  ou  “pessoas  que 
compraram  este  produto  também gostaram de…”. Na Amazon, por exemplo, temos o exemplo de 
“compre x (produto que você escolheu) + y (outro produto da mesma categoria) e pague z”.   

Customer  Relationship  Management  (CRM​):  em  geral,  softwares  que oferecem soluções 


para  gestão  e  organização  de  relacionamento  com  clientes,  ajudando  vendedore/as  a  manter  o 
controle do funil de vendas.  

Follow-up​:  acompanhamento  junto  com  o  cliente  de  etapa  do  ciclo  de  vendas.  Essa 
ligação  acontece  quando o/a vendedor/a precisa de alguma resposta do prospect para seguir com 
o ciclo de vendas. 

Forecast​:  com  base  em  dados  como  desempenho  do/a  vendedor/a,  perfil  de  cliente  e 
possibilidade  de negócios, são realizados cálculos para previsibilidade de vendas em determinado 
período.  
Ideal  Customer  Profile  (ICP)​:  uma descrição que define qual o perfil de cliente ideal para 
a  empresa  e  qual  não  é.  Alguns  aspectos  que  podem  ser  levados  em  consideração,  são:  se  a 
pessoa é engajada com a marca, se entende o produto, constância de uso, etc.  

Lead​:  pessoa  que  forneceu  seus  dados  em  um  formulário  de  conversão  e  demonstrou 
interesse  na  sua  empresa,  produto  ou  tema  de  mercado,  podendo  ser  considerada  um  potencial 
cliente.  

Inbound Leads​:​ são leads gerados a partir de estratégias de Inbound Marketing.  

Outbound Leads​:​ leads captados por meio de sistema de prospecção ativa.  

Persona​:  é  a  identificação  detalhada  do  perfil  de  clientes  da  empresa.  A  construção  da 
persona ocorre considerando dados reais sobre comportamento e características demográficas de 
clientes.  

Funil  de  Vendas​:  o  Funil  de  Vendas, é um mapa do processo de vendas de uma empresa e 


serve para ilustrar o percurso que o lead percorrerá até, de fato, realizar (ou não) uma compra.  

Pitch​:  discurso  de  vendas  em  que  apresenta  e  justifica  a  compra  de  um  produto  ou 
serviço.  O  pitch  serve  para  construir  uma  narrativa  de  vendas  convincente  para  o/a  possível 
cliente.  

Prospects​:  pessoas/empresas  que  o/as  vendedore/as  acreditam  que  podem  se 


transformar em clientes. 

Sales  Development  Representative  (SDR)​:  momento  de  pré-venda (pré-vendedor/a) ou 


primeira  abordagem  de  um/a  lead.  A  função  do/a  SDR  em  um  time  de  Inside  Sales  é  preparar, 
gerar  valor  e  qualificar  um  lead  antes  de  encaminhá-lo/a  para  um/a  closer.  No  geral,  as  funções 
específicas do/a SDR dependerá da estrutura do time de vendas da empresa.  

Service  Level  Agreement  (SLA)​:  é  um  documento  que  especifica  condutas  mensuráveis 
na  prestação  de  um  serviço.  No  caso  do  tempo  de  espera  de  atendimento, o SLA é aplicado para 
medir  o  quão  eficiente  é  o  serviço  e  definir  qual  nível  exato  precisa  ser  alcançado  para  que  o 
trabalho seja executado com excelência. 

SPIN  Selling​:  metodologia  que  traz  orientações  sobre  quais  são  as  melhores  perguntas a 
serem  feitas  para  aumentar  a  taxa  de  vendas.  É  baseado  em  quatro  tipos de perguntas: situação, 
problema, implicação e necessidade de solução. 
Taxa  de  conversão​:  métrica  de  vendas  e/ou  marketing.  Para  vendas,  corresponde  a 
porcentagem  de  leads  que  o/a  vendedor/a  recebeu  comparando-se  com  a  quantidade  que 
efetivou  a compra. Para o marketing, é a porcentagem que identifica quantos visitantes realizam a 
conversão desejada, como preencher um formulário ou baixar um material.  

Ticket  médio​:  é  a  métrica  que  apresenta  o  valor  médio  que  cada  cliente  gasta  em 
compras  no  seu  site,  estabelecimento,  loja  virtual,  produto  ou  serviço.  Esse  valor  é  determinado 
pela  média  entre  o  montante  de  suas  vendas  e  o número de clientes que geraram esse volume de 
compras. 

Up-selling​:  é quando um cliente já existente contrata novos serviços ou produtos e, assim, 
aumenta o valor total do ticket mensal. 

Você  pode  ler  também  neste  artigo,  da  Resultados  Digitais,  sobre  ​74  termos  que  você 
precisa conhecer​.  

Por onde começar 


Aqui,  iremos  disponibilizar  uma  série  de  conteúdos  para  você  consumir  e  iniciar  sua 
jornada  em  Vendas  (Inside  Sales).  Esse  conteúdo  foi  escrito  e  curado  pelo  nosso  transformador: 
Giovanni Del Negro​.  
 

 
 
Falaaaa Galeraaaa! Beleza?  
  
Quando  recebi  o  convite  da  Gama  Academy  para  desenvolver  esse  conteúdo  me  senti 
realmente  lisonjeado,  mas  isso  só  é  possível  porque,  junto com a Gama Academy, também passei 
por uma trilha de aprendizado para chegar até aqui. 

Poxa  nem  me  apresentei,  meu  nome  é  Giovanni,  atualmente  sou  Sales  Team  Leader  de 
uma  das  maiores  FinTechs  do  mercado  Brasileiro,  sou um ex-aluno da Gama Academy e tudo isso 
só  foi  possível  pois  foquei  demais  em  tudo  o  que me foi passado. Mas, calma, não fique ansioso/a 
ou  nervoso/a,  vou  te  contar  um pouquinho nesse material e te dar boas dicas de como trilhar esse 
mesmo caminho, continue a leitura. 
 
E  o  mais  importante,  tudo  que  vai  ser  falado  aqui  vamos  focar  nosso  papo  no  Universo 
Inside Sales. 

Quando  falamos  em  ser  um/a  vendedor/a  tenho  que  perguntar  a  você:  quanto  você  quer 
ser o/a melhor? O quanto você quer entrar para essa área e fazer a diferença? 
 
Tenho  pouco  mais  de  18  anos  na  área  comercial  e  posso  lhe  afirmar:  já  vi  pessoas 
transacionarem  de  carreira  e  se  tornarem  verdadeiras  Top  Performers  em  vendas.  De  todas  as 
áreas  possíveis,  consultore/as  formado/as  em  Educação  Física,  Enfermagem,  Direito  e  daí  por 
diante.  
 
Então, quer dizer que quando nada der certo na vida eu posso virar um/a vendedor/a?  

Calmaaaaa  jovem  Padawan!  Não  é  assim!  Vendas  hoje,  no  mundo  todo,  é  uma  das 
profissões  mais  valorizadas e sabe o motivo disso? Porque vendas deixou de ser simplesmente um 
“dom”  e,  mais  do  que  isso,  você  precisa  é  de  talento  mesmo.  Vendas  não  é  mais  achismo,  é 
técnica, metodologia, disciplina! 
 
Caramba Giovanni, você fala demais cara, cadê as dicas que falou que ia dar? 

Poxa,  galera  me  desculpe,  realmente,  as  vezes  (sempre!),  quando  falo  de  vendas  me 
empolgo. Então, vamos lá: 

Antes  de  começarmos,  vamos  fazer  uma  reflexão:  a  verdade  é  que  todo  mundo  quer  ir 
para  o  céu,  mas  ninguém  quer  morrer!  E,  aqui,  o  que  eu  quero  dizer  é  que  todo  mundo  quer  ser 
um/a  Hustler  Top  Performer,  mas,  o  que  você  faz  de  diferente  perante  aos  demais  para  se 
destacar?  Você  quer  ser  um/a  Hustler?  Se  entrar  nesse  mercado,  o  que você vai fazer para ser o/a 
melhor?  Galera,  para  conhecermos  o  céu  em  vendas,  temos  que  fazer  o  que  ninguém  faz, ou não 
se dedica o suficiente para se destacar! Pense nisso. Não dá para ser apenas mais um/a. 
  
Quais as principais características para ser um/a vendedor/a ​Top 1​: 
  
➔ Resiliência  
O  quanto  você  quer  algo?  Resiliência  é  uma  das  principais  virtudes  de  um/a  Hustler.  Ao 
longo  de  nossa  jornada,  colecionamos  muito  mais  “não”  do  que  “sim”  para assinatura de 
contratos.  E,  na  verdade,  não  tem  nada  de errado com isso! O importante é o quanto você 
é  resiliente  o  suficiente  para  não  desistir  e  continuar. Lembre-se: se todo cliente falar SIM, 
as  empresas não precisam de uma pessoa para vendas e sim uma tiradora de pedidos, isso 
não existe! 
  
➔ Disciplina 
O  mundo  das  Startups é sensacional. Um ambiente repleto de novidades e oportunidades. 
No  entanto,  parece  que  todo  mundo  sempre  lembra  do  bendito  vídeo  game  e  da  piscina 
de  bolinhas.  Não  confundam  liberdade  com  libertinagem!  (rs)  Tudo  isso  pode  funcionar 
muito  bem  para  todas  as  áreas  da  empresa,  mas  lembre-se  que  existem  as  metas.  E você 
só  vai  alcançá-las  se  tiver  muita  disciplina  e  foco  no  seu  dia-a-dia,  seja  estratégico  e 
cirúrgico.  Utilize  esses  mimos  da  empresa  naquele  momento  do  almoço,  pós-expediente, 
após fazer todos os seus follow-ups e daí por diante. Primeiro tenha suas metas em mãos. 
  
➔ Foco 
Hoje,  quando  analiso  consultore/as  Top  Performers  é  muito  comum  detectar 
características  similares  em  todo/as,  mas  uma  que  mais  me  chama  a  atenção  é  o  foco. 
Quando  converso  com  essas  pessoas,  vejo  exatamente  que  todas  elas sabem exatamente 
o  que  devem  fazer  e  em  que  momento  fazer.  São  extremamente  focado/as  no  seu  dia, 
sabem  quantos  clientes  devem  atender  e  até  que  horário,  tem  controle  total  de  sua 
agenda,  sabem  exatamente  quanto  possuem  no  Pipeline,  ou  seja,  sabem  exatamente 
onde estão e onde precisam chegar, e, mais que isso, sabem exatamente como fazer. 
  
➔ Questionar e ser ter curiosidade 
O/A  Hustler  que  não  é  curioso/a,  não  consegue  desbravar  novos  campos  ou  testar  novas 
hipóteses. Por isso, seja um/a estudioso/a do seu funil de vendas e questione. Quanto tudo 
estiver  dando  certo,  também  questione,  sempre  é  possível  encontrar  uma  nova 
possibilidade.  Além  disso,  se  você  não  for  curioso/a,  como  vai  poder  sanar  as  dúvidas  no 
seu dia-a-dia? Sem ser questionador/a, como vai fazer isso? 
  
➔ Coachability 
O  que  me  deixa  cada  dia  mais  feliz,  é  notar  como  as  políticas  de  1:1  e  feedbacks  estão 
entrando  e  enraizando  nas  empresas.  O/A gestor/a tem que estar presente no dia-a-dia da 
pessoa  ao  qual  lidera  e  tais  políticas  são  pilares  essenciais.  E  o  Coachability  vai  medir 
justamente  isso,  sua  capacidade de absorver esses feedbacks e aplicá-los. Portanto, esteja 
aberto/a  a  ouvir  e,  o  principal,  absorva  o  que  está  sendo  passado  e  busque  alternativas 
para aplicar da melhor forma possível e o quanto antes. 
  
➔ Escuta Ativa 
Lembra  no  tópico acima quando falei de absorver feedbacks? Pois então, isso só é possível 
se  você  praticar  a  Escuta  Ativa.  Ela  é  um  dos  pontos  mais  importantes da comunicação, e 
conhecemos aquela máxima né? Quem não se comunica se trumbica! 
A  Escuta  Ativa  é  uma  das  principais  características  de  um  vendedor,  e  ela  deve  ser 
praticada  tanto  com  os  clientes  quanto  com  seus  respectivos  gestores.  Quando  ouvir  um 
discurso  sobre  um  feedback,  objeções  ou  dúvidas,  você  deve  focar  atentamente  no/a 
interlocutor/a  e  buscar  compreender  realmente  o  que  está  sendo  dito,  quais  são  suas 
intenções,  os  anseios  e  as  preocupações  contidas  no  discurso  que  se  ouve.  Lembre-se: 
durante  a  fala,  você  deve  estar  atento/a  a  todos  os  detalhes!  Por  isso,  saiba  ouvir  para 
depois poder falar. 
  
➔ Jogar em Time 
Hoje  em  dia,  em  vendas,  temos  times  cada  vez  mais  diversos,  e  é  muito  comum  termos a 
famosa  meta  do  time.  Então,  se  você  não  olha  para  os  lados  para  se  preocupar  com  seu 
colega  de trabalho, você também está sendo responsável pelo time não alcançar as metas. 
Temos  que  jogar  em  time  todos  os  dias,  motivarmos  uns  aos  outros  diariamente. 
Certamente,  seu  colega  ao  lado  que  passa  por  um  momento difícil de vendas quer ouvir o 
que  você  está  fazendo  para  colocar  a  meta  no  bolso.  Lembre-se: você não está lá para ser 
melhor  que  seus  colegas  de  trabalho,  você  está  lá  para  ser  sua  melhor  versão  todos  os 
dias! Então compartilhe e corra sempre junto com seu time! 
  
➔ Transparência 
Aqui  é  um  ponto que talvez nem fosse necessário destacar, mas é sempre bom lembrar. As 
empresas  não  aceitam  mais  qualquer  desvio  de conduta ou falta de profissionalismo do/a 
vendedor/a.  A  venda  tem  que  ser  realizada  por  que  o  cliente  entendeu  o  valor  de  sua 
solução  e  fez  sentido  para  uma  dor  que  ele/a  possui  no  seu  caminho,  e  não  por  que  foi 
“empurrada”  pensando  apenas  na  sua  comissão  e  passando  uma  venda  para  frente  com 
um  risco  de cancelamento altíssimo. Isso é justo com a empresa que trabalha e cliente que 
atendeu?  Portanto,  seja  consultivo/a,  saiba  identificar  as  reais  necessidades  do  cliente  e 
ofereça  valor.  Empurrar  venda  certamente  não  é  a  melhor  decisão,  ainda  mais  se  em  sua 
meta tivermos gatilhos de cancelamento por exemplo. Fique atento/a! 
  
➔ Tenho mais características para mencionar 
Calma  jovem,  eu  teria  ainda  pelo  menos  mais  umas  30  características  para  mencionar 
aqui,  mas  vamos  começar  do  início?  Pegue  essas,  inicialmente,  e  já  as  tenha  em  mente. 
Seja  para  você  que  já  está  na  carreira  ou  para  você  que  quer  ingressar em vendas. Vamos 
ter um norte primeiro e quem sabe em um próximo conteúdo vou te contar ainda mais! 
  
UFA!​ Ok, tudo isso dito, como você pode fazer para se desenvolver ainda mais em vendas? 
 
Jovem  Padawan,  você, como um/a profissional de vendas é sempre ansioso/a, mas relaxa. 
Vou te dar alguns caminhos agora. Vamos absorver alguns conteúdos? O que acha de começarmos 
por  algumas  leituras?  Então,  se  quer entender mais desse universo de vendas e também entrar no 
mundo de Inside Sales vamos em frente: 
  
➔ Livros que não podem faltar no seu mundo de vendas: 
o Receita Previsível – Aaron Ross 
o Hipercrescimento – Aaron Ross 
o Spin Selling – Neil Rackham 
o Os segredos da Arte de Vender - Zig Ziglar 
o A Bíblia de Vendas - Jeffrey Gitomer 
o A Venda Desafiadora - Matthew Dixon e Brent Adamson 
o Os Segredos do Lobo – Jordan Belfort 
o A Meta – Um Processo de Melhoria Contínua – Eliyahu M. Goldratt 
o Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes – Stephen R. Covey 
o O Poder do Hábito - Charles Duhigg 
  
➔ Livros que não podem faltar no seu mundo de conhecimento:  
o GTD - A Arte de Fazer Acontecer – David Allen 
o A Startup Enxuta – Eric Ries 
o O Estilo Startup – Eric Ries 
o De Zero a Um – Peter Thiel 
o Scrum – Jeff Sutherland 
o Gestão do Amanhã – Sandro Magaldi 
o Mindset - A Nova Psicologia do Sucesso - Carol Dweck 
o  Marketing  4.0  –  Philip  Kotler  (Sim  você  também  precisa  entender  um  pouco  de 
marketing, afinal como vai entender a jornada do seu cliente nos dias atuais?) 
  
Ok,  não  tem  tempo  e  nem  consegue  se  virar  com  tantas  leituras?  Oras,  oras,  oras,  então 
quer  dizer  que  você vai parar na primeira dificuldade? Onde está a resiliência que falamos lá atrás, 
Jovem Padawan? Vou te ajudar mais uma vez! 

➔ Plataforma com diversos Títulos de Livros: ​12min 


Obs.:  Com  um  baixo  investimento,  você  tem  acesso  a  centenas  de  livros  e  tudo  em  uma 
plataforma para você ouvir seus melhores resumos em até 12 Minutos! Que moleza, hein? 
  
Continuando nossa trilha de conhecimento vou indicar alguns Blogs também: 
  
➔ Meetime (Tudo sobre Inside Sales): ​Blog 
Para  você  que  está  iniciando  na área de vendas não deixe de ler esse conteúdo de ​10 dicas 
para vendedores iniciantes: o que fazer nos primeiros meses para crescer na carreira​. 
  
➔ Ramper (Aprenda tudo sobre vendas B2B): ​Blog 
Ainda  tem  dúvidas  se  precisa  se  atualizar  ou  ficar  ligado  nas  mudanças  no  mercado  de 
vendas? Não deixe de ler esse artigo sobre ​a Morte do vendedor tradicional​. 
 
➔ Outbound Marketing (Tudo sobre Prospecção B2B e Vendas): ​Blog 
Quer  saber  como  ser  um/a  Hustler  através  do  conteúdo  deles?  Não  deixe  de  acessar esse 
artigo:​ ​Como se tornar um hustler?  
  
➔ RD Station (Fera do Marketing Digital, mas rica em conteúdo de vendas): ​Blog 
Quer  afiar  seu  vocabulário  com  um  glossário  de  Inside  Sales?  Vocês  já  receberam  essa 
dica, mas vale relembrar: ​Glossário de Inside Sales​. 
  
➔ Sales Coaching (Blog do Marcos Mylius): ​Blog 
Não deixe de ver esse conteúdo iradíssimo​ ​sobre ​técnicas de neurovendas​. 
 
Ok,  ainda  não  consegue  se  adaptar  totalmente  a  essa  quantidade  de  leitura?  E  você  está 
se  perguntando  o  que  pode  fazer  para  acelerar  ainda  mais  seu  aprendizado  e  aproveitar  melhor 
seu  tempo?  Bem,  Jovem  Padawan,  vou  te  ajudar  mais  uma  vez  no  seu  consumo  de  conteúdos  e 
para te dar aquele empurrãozinho maroto, agora vou te indicar podcasts! Vamos lá: 
  
➔ Casts for Closers: ​Soundcloud 
Não percam esse episódio: ​Adquirindo confiança como Vendedor 
  
➔ Insider​ – ​O outro lado da Rede​ (Aqui você precisa estar logado/a no Spotify) 
  
➔ TEDTalks Negócios ​(Apple Podcasts) 
Difícil escolher um, então acesse ​essa lista​. 
  
Ok,  já  temos  livros,  blogs,  resumo  de  livros  e  áudios.  Querem  algo  em vídeo também, né? 
Ok, futuro/a Top Performer, o que não faço por você, então aqui vai: 
  
➔ TED – Shawn Achor – ​O segredo feliz para trabalhar melhor 
➔ TED – Elizabeth Gilbert – ​Sucesso, Falha e o motor para continuar Criando 
➔ TED – Simon Sinek – ​Como grandes líderes inspiram ações 
➔ TED – Angela Lee Duckworth – ​A Chave para o Sucesso  
➔ TED – Diana Laufenberg – ​Como Aprender? Com os Erros! 
➔ TED – Matt Cutts – ​Tente Algo Novo por 30 dias 
  
E  agora  já  para  caminharmos  para  o  fim  desse  doce  conteúdo  (espero  que  estejam 
curtindo),  vou  deixar  aqui  algumas  certificações  for  free  que  fazem  todo  sentido  para  você  que  é 
da  área  de  vendas  ou  quer  entrar  nesse  nosso  mundo.  E  siiiimmmm,  elas  vão  trazer  muita  coisa 
legal para vocês, vamos lá: 

➔ Cursos de Outbound: 
o ​Outbound Marketing & Sales 
o ​Sales Engagement 
  
➔ Curso  de  ​Inbound  Marketing  (sim,  Padawan,  você  precisa  entender  de  onde  vem  seus 
clientes e como chegam até você, a estratégia de: atrair, converter, vender e encantar). 
 
Por  fim:  valeu  a  pena  galera?  O  conteúdo  ajudou?  Fez  sentido?  Bom,  essa  é  só  uma 
pontinha  do  universo  de  Inside  Sales.  O  aprendizado  e  a  vontade de absorver conteúdos tem que 
ser uma rotina constante. Por isso, não podemos parar nunca! Temos que ser incansáveis!  
 
Te vejo no topo do ranking como Top Performer! 
Vamos crescer junto/as? Até a próxima! 👊 

Ferramentas fundamentais & utilidades 


Como  já  falamos  antes, a pessoa que segue pela áreas de vendas precisa desenvolver uma 
série  de  habilidades  técnicas  e  comportamentais  para  conseguir  atrair  e  converter  leads  em 
clientes.  Preparamos  para  você  algumas  ferramentas  e  utilidades  para  dar  uma  olhada,  confira 
abaixo! 
 
➔ TÉCNICAS DE VENDAS 
Aqui,  seguem  aos  artigos  da  Ramper,  referência  na  área,  para  te  ajudar  no 
desenvolvimento  de  técnicas  de  vendas.  Já  que  essas  são  habilidades  mais  voltadas  para  as  soft 
skills, a melhor maneira aperfeiçoá-las é: estudando e aplicando. 
● Storytelling: arte de vender boas histórias 
● 18  técnicas  de  vendas  para  você  dobrar  sua  meta  (depois  de  bater  a  meta,  você  sobra, 
combinado?) 
● 5 fatores para uma prospecção de sucesso 
● Hacks para aumentar a geração e conversão de leads B2B 
● 7  dicas  para  melhorar  a  performance  da  sua  estratégia  de  marketing  digital  e  aumentar 
suas vendas 
 
Por fim, sabe aqueles livros que o Giovanni indicou anteriormente? Consuma.  
 
➔ CRM 
Essas  ferramentas  listadas  abaixo  são  algumas  das  mais  utilizadas  no  mercado.  Elas  são, 
em  geral,  bem  completas  e  possuem  os  mais  diversos  tipos  de  soluções  baseadas  em  tipo  de 
negócio,  necessidades,  para  times  grandes  ou  pequenos,  processos  mais  complexos  ou  mais 
diretos,  entre  outras  soluções  integradas.  Basta,  aqui,  identificar  qual  a  necessidade  do  time  de 
vendas e da empresa.  

- Pipedrive  
- Pipefy  
- Sales Force  
- Agendor  
- Plug CRM   
- Hubspot   
- Close IO 

➔ FERRAMENTAS DIVERSAS 

- Ramper​:  uma  plataforma  de prospecção digital para empresas B2B. Você consegue fazer a 


busca  através  do  seu  perfil  de  cliente  e  criar  listas  segmentadas  de  emails  corporativos 
através das redes sociais e sites das empresas.  
- Find  that  lead​:  um  buscador  de  emails  de  leads.  Você  pode  fazer  essas  buscas  por: 
complemento no Google Sheets, extensão do Chrome e o Prospector.  
- Meetime​:  plataforma  para  times  de  Inside  Sales.  Ela  organiza  o  processo  de vendas, além 
de  oferecer  treinamentos,  integrar  com  outras  plataformas,  gerar  acompanhamento  de 
métricas e etc.  

➔ ORGANIZAÇÃO 
 
● Google Agenda 
● Google Drive 
● Evernote 
● Calendly 
● Youcanbook.me 
 
Ainda em organização: ​EXTENSÕES 
 
● Toby  -  organiza  conteúdos  e  páginas  em  abas  e sessões. O bacana dessa extensão é que é 
totalmente mutável, você pode organizá-la da maneira que achar melhor. 
● Pocket​:  o  pocket  também  organiza  páginas  e,  além  disso,  você  consegue  enviá-las  para 
seu e-mail.  
● OneTab​:  essa  extensão  converte  todas  as  abas  abertas  e  as  converte  em  uma  lista  que 
você pode acessar posteriormente. 
● Any.do​: organizador de tarefas no navegador. 
● Todoist​: também um organizador de tarefas no navegador. 
● Tasks  by  Google  -  organizador  de  tarefas  do  google.  É  bem  simples  de  usar  e  fica  na 
mesma página do gmail.  
● Keep​:  organizador  de  notas  no  Google.  Você  consegue  integrá-lo  a  outras ferramentas do 
google.  
● Evernote  Web  Clipper​:  essa  extensão  permite  integrar  os  conteúdos  achados  na  internet 
ao seu Evernote.  
● Stayfocusd​: te ajuda a manter o foco restringindo o acesso a site que podem te distrair. 
● Mailtrack​:  te  ajuda  a  acompanhar  quando  a  pessoa  que  recebeu  um  email  verificou  ou 
não.  Além  de  notificar  quando  a  pessoa  abre  o  email,  essa  extensão  também  notifica 
quando ela não abre o email no período de 24 horas.  
● BuzzSumo  -  essa  extensão  oferece  insights  sobre  desempenho  de  conteúdo.  Você  pode 
clicar  na  extensão  quando  estiver  em  uma  página  para  mostrar  métricas  como  o  número 
de compartilhamentos sociais e links de retorno para uma peça. 
 
➔ PRODUTIVIDADE 
 
● Pomodoro​:  um  timer  que  pode  ser  usado  para  medir  quanto  tempo  você  dedica  uma 
tarefa.  
● Trello​:  possui  uma  interface  bem  simples  e  visual  para  organização  de  atividades  em 
blocos. O Trello dá diversas possibilidades de organização e serve para pequenas equipes.   
● Asana​:  ​possui  inúmeros  recursos  para  gerenciar  equipes  de  trabalho,  atividades, projeots 
e  processos  com  o  visual  como  ponto  forte.  O  Asana  consegue  ser  mais  completo  e  você 
consegue integrá-lo com outras ferramentas.  
● Pipefy​:  além  do  CRM,  esse  software  consegue  ter  um  foco  em  organizar  e  controlar 
processos,  também  funciona  sob  o  modelo  de  blocos  e  cards,  como  o  Trello,  só  que bem 
completão.  
● Habitica​:  essa  ferramenta  usa  o  sistema  de  gamification  para  que  você  possa  organizar  e 
gerenciar  tarefas.  Além  das  pontuais,  você  pode  listar  hábitos  e  tarefas  diárias.  Todas  as 
interações  e  conclusões  de  tarefas  são  pontuadas,  geram  “recompensas”  e  fazem  o/a 
usuário/a  subir  de  nível.  Você pode utilizá-lo para suas próprias tarefas, mas também criar 
guildas ou participar de outras guildas para completar “missões”. Iradíssimo.  
 
 

 
 
Profissionais do mercado para você seguir 

 
 
 
 
 
Guest Post 
 
Este conteúdo é oferecido por: ​Ramper 
 
Rampando a Ramper - empreitada de 100 a 500 clientes 
 

Há  cerca  de  1  ano,  compartilhei  um  artigo  sobre  como  foi  nossa  trajetória  durante  os  6 
primeiros  meses  (sem deixar de comentar dos inúmeros meses que antecederam o nascimento da 
Ramper) em que ​fizemos de 0 a 100 clientes​. 

Dessa  vez,  compartilho  o  que  aconteceu  nos  11  meses  que  sucederam o artigo anterior, e 
como  foi  pra  nós  o  salto  de  100  a  500 clientes - desafios e aprendizados, bem como a forma como 
pensamos e agimos aqui na Ramper. Vamos lá: 

Ramp-up de vendedores - a base do crescimento 


Até  o  final  de  maio  de  2017,  eu  era  o  único  vendedor  da  Ramper.  Nesse  período,  éramos 
apenas  eu  (marketing+vendas+CS+financeiro  e  CEO  nas  horas  vagas)  e  meu  sócio  Henrique 
Machado  (produto+dev+suporte  e  CTO  nas  horas  vagas).  Tínhamos  acabado  de contratar o Diego 
Espindola, primeiro vendedor da Ramper, que começou o ramp em junho. 

Apesar  de  eu  acumular  várias funções no período, definimos pra mim uma meta igual a de 


um  vendedor,  com  um  período  de  ramp-up  até  eu  atingir  um  determinado  número  mensal  que 
seria  considerada  “meta  de  um  vendedor”.  Depois  de  alguns meses na linha de frente em vendas, 
eu  consegui  determinar  números  importantes,  como  quantos  meses  eu  levei  pra  rampear; 
quantos  leads  eu  precisava  pra  ter  o  número  de  oportunidades;  quantas  oportunidades  eu 
conseguia  administrar  dentro  de  um  mês;  ciclo  médio  até  o  fechamento  de  cada  oportunidade; 
quantas oportunidades eu precisava pra fazer minha meta em receita. 

Quando  o  Diego  começou  a  vender,  esses  números  já  estavam  claros  e  ele  foi  capaz  de 
continuar  executando  de  forma  que  conseguimos  manter  a  meta  de  novas  vendas  sempre 
crescente  (era  a  minha  meta  +  a  do Diego que crescia mês a mês, conforme o ramp-up). Quando o 
Diego  terminou  o  ramp-up  (dois  meses  depois  de  entrar),  fizemos  dois  movimentos importantes: 
eu parei de vender e foquei em gerir; contratamos uma dupla de vendedores (Fernando e Vinicius). 

A  base  do  crescimento  da  Ramper  está  no  ramp-up  dos  vendedores.  Cada  vendedor  é 
responsável  por  trazer  um  número  X  de receita nova por mês - quando os vendedores concluem o 
ramp-up  e  começam  a  bater  meta,  nós  já  estamos  contratando novos vendedores que iniciarão o 
ramp-up  e  garantimos  que  a  meta  de  vendas  é  maior  a  cada  mês.  Naturalmente,  para  dar 
sustentação  ao  crescimento  da  meta  e  dos  vendedores,  nós  aumentamos  proporcionalmente  o 
número de ​leads gerados no marketing e oportunidades convertidas no time de ​sales development 
(SDR’s). 

Especialização do time envolvido no ciclo de venda 


Há  1  ano  eu ainda estava sozinho na área - hoje já somos 12 pessoas (2 MKT, 2 SDRs, 4 AEs, 
3  CSMs,  além  de  mim)  e  com  6  novas  pessoas  que  iniciam  em  junho.  Chamamos  internamente 
esse time de Revenue. 

Muita  gente  fala  em  como  fazer  a passagem de bastão da área de vendas do founder - que 


conhece  profundamente  o  mercado,  o  produto,  o  cliente  e  ainda  transmite  confiança,  paixão  e 
energia  na  hora  de  vender  -  pras  mãos de um time. A resposta está em fornecer o conhecimento e 
contaminar cada membro do time com a energia e paixão dos founders. 

Naturalmente,  é  difícil  para  um  profissional  que  está  chegando  no time ser bom em tudo: 


prospectar  /  gerar  leads,  qualificar  oportunidades,  fechar  vendas,  gerenciar  carteira  de  clientes. 
Por isso, cada uma dessas funções é de responsabilidade de um time especializado no assunto. 

A  especialização  do  time  envolvido  no  ciclo  de  vendas  ajudou  a  tirar  uma  preocupação 
grande  que  eu  tinha  no  começo  das  contratações,  que  era  reduzir  a  eficiência  do  processo  na 
medida  que  o  volume  e  os  investimentos  aumentassem.  As  taxas  de  conversão  de  maio  (último 
mês  executado  /  contabilizado)  são  muito  parecidas  com  a  taxa  de  conversão  acumulada  desde 
que começamos a vender. 

Outro  problema  que  atacamos  com  a  especialização  do  time  foi  o  ​churn.​   Além  dos 
famosos  vendedores,  nós  temos  os  SDRs  (​sales  development  representatives)​   qualificando  as 
oportunidades  logo  na  entrada,  assim  como  os  CMSs  (​customer  success  managers​)  que treinam e 
gerenciam os clientes ativos. 

Construção do time de produto 


Assim  como  eu  tive  que  me  desdobrar  em  várias  funções  por  um  bom  tempo,  com  o 
Henrique (CTO, co-founder) não foi diferente, e ele segurou essa bucha por ainda mais tempo. 

Os  primeiros  18  meses  da  Ramper  foram  financiados  em  modelo  ​bootstrap  -  nós 
prestamos  serviço  “por  fora”  através  da  consultoria  de  marketing  que  tivemos  antes  da  Ramper 
para  nos  manter  e  financiar  o  desenvolvimento  da  nova  empresa.  Em  função  da  capacidade  de 
caixa/investimento  ser  bem  limitada,  e  a  visão  de crescimento bastante arrojada, eu e o Henrique 
tínhamos um acordo nessa época. 

O  acordo  era  conseguir fazer a empresa crescer rápido e chamar a atenção de investidores 


externos,  para  conseguirmos  parar  de  prestar  serviços  “por  fora”  e  injetarmos  o  dinheiro 
necessário  para  construir  a  operação.  Para  cumprir  com  esse  crescimento  rápido  com  pouco 
dinheiro,  as  primeiras  contratações  eram  todas  na  área  comercial  -  afinal,  cada  profissional 
contratado na área comercial era mais dinheiro girando imediatamente. 

A  analogia  que  fazemos  aqui  é  que  entramos  na  pista  com  um  Fusca  e  começamos  a 
construir  nosso  F1  já  em  movimento.  Desde  o  começo,  nós  focamos  entregar  a proposta de valor 
do  Ramper,  que  é  gerar  mais  ​leads  via  prospecção  com  menos  tempo  do  time  de  vendas  - 
contudo,  assumimos  que  as  primeiras  versões  apresentavam  muitos  ​bugs​.  Ainda  assim,  temos 
orgulho  em  dizer  que  temos  clientes  que  contrataram  conosco  em  janeiro/fevereiro  de  2017 
passado e estão ativos conosco até hoje (14~15 meses depois). 

Os  problemas  de  produto  ficaram  muito  latentes  quando  estávamos  no  meio  do  ano 
passado,  já  com  uma  base  considerável  de  clientes,  e  um  produto  ainda  rudimentar.  Essa  teoria 
de  começar  ​lean​,  focar  em  ganhar tração etc é bonita na cartilha das startups. Mas, pra quem está 
na  trincheira  do  negócio  tomando  tiro  por  conta  do  produto,  o  buraco  é  mais  embaixo.  Tendo 
cumprido  com  o  acordo  do  crescimento,  nós  conseguimos fazer uma captação de uma rodada de 
investimento e o Henrique conseguiu saltar de um time de 2 para 12 pessoas. 

Captação da primeira rodada de investimento 


Como  comentei  antes,  os  fundadores  foram  os  investidores  dos  primeiros  18  meses  da 
Ramper. Para manter a curva de crescimento, precisávamos de mais dinheiro do que conseguimos 
gerar com serviços, por isso abrimos uma captação. 

Quem  trabalha  com  SaaS  (Software  as  a  Service  -  modelo  de  negócios  da  Ramper)  sabe 
que  crescer  custa  caro.  A  matemática  é  simples:  se  pagamos  R$1.000  pra  trazer  um  cliente  que 
paga  R$200/mês,  vai  levar  5  meses  para  termos  o  ​playbackc​ onsiderando  apenas  os  custos  de 
marketing e vendas. Quanto mais clientes trazemos, mais dinheiro em caixa precisamos. 

Ter  esperado  os  primeiros  18  meses  para  fazer  a  primeira  captação  foi  ótimo,  pois 
conseguimos  atravessar  os  primeiros  estágios  do  negócio:  ideia,  validação,  MVP  e  estar 
minimamente  tracionados  na  hora  de negociar - esses estágios iniciais são os que oferecem maior 
risco,  tanto  para os empreendedores, quanto para os investidores, por isso é tão difícil equilibrar a 
balança na negociação. 

Esse  período  também  nos  serviu  para  maturar  bem  o  assunto  entre  os  fundadores  e  nos 
possibilitou  conversar  com  um  número  razoável  de  investidores  dispostos  a  investir  no  tipo  de 
negócio  da  Ramper,  no  ticket  de  investimento  que  estávamos  buscando,  e  fechar  negócio  com 
aquele que sentimos maior sinergia. 

Muitos  empreendedores  têm  dúvidas sobre captar ou não investimento. Compartilho aqui 


nosso  ponto  de  vista  sobre  esse  assunto:  aplicamos  o  dinheiro  de  investidores  para  crescer  em 
número  de  clientes  e aumentar a receita. A receita gerada com clientes, por sua vez, é investida no 
produto  e  na  operação.  Dessa  forma,  mantemos  a  máquina  rodando  e  crescendo,  com  cada  vez 
mais intensidade e qualidade (e, naturalmente, ela precisa de combustível). 

Mais uma casa decimal, mesmo ponto de vista 


Há  cerca  de  1  ano,  nosso  time,  base  de  clientes  e  faturamento  eram  10x  menores  do  que 
são  hoje.  Mesmo  com  tantas  mudanças  e  evolução,  operamos  da  mesma  forma  como  quando 
tínhamos  50  clientes: os founders envolvidos no dia a dia da operação, respondemos e atendemos 
as ligações de cada cliente e recebemos muitos deles que querem visitar a nossa operação aqui. 

Considero  que  acertamos  muito  nas  contratações  de  pessoas  até  aqui,  tanto no ​timing​de 
agregar  cada  nova  função  ao  time,  quanto  na  escolha  de  cada  pessoa.  Na  Ramper  nós temos um 
time  formado  por  pessoas  jovens  de  idade,  mas  ao  mesmo  tempo  muito  responsáveis  e 
determinadas.  Nós  focamos  em  criar  e  amadurecer  o  processo  e  trazer  as  pessoas  certas  para 
tocarem  -  isso  nos  dá autonomia para delegar e gerenciar o time por resultados, e não por tarefas, 
horário etc. 

Hoje  nós  somos  em  25  pessoas,  preparando  para  dobrar  o  tamanho  em  poucos  meses,  e 
procurando  manter  o  mesmo  ambiente,  construir nossa cultura que vai perpetuar pelos próximos 
membros. 

Estratégia para dominar o mercado 


Nós  creditamos  muito  do  rápido  crescimento  da  Ramper  no fato de termos acertado uma 
dor  bem  latente  do  mercado  com  uma  proposta  bem  ajustada  de  produto.  Esse  fato  possibilitou 
ganharmos nome e reconhecimento, o que facilitou essa nossa penetração inicial no mercado. 

Embora  toda  nossa  operação  aconteça  sem  sair  do  escritório  -  não  precisamos  visitar 
clientes,  nem  pra  fechar  o  negócio,  nem  para  entregar  o  serviço  -  nós  fazemos  questão  de  estar 
próximos  do  mercado.  Além  de  participar  de  muitos  eventos/workshops  que  sou  convidado,  nós 
criamos  o  Ramp  UP  Tour  em  parceria  com  a  Universidade  Previsível  -  empresa  do  Aaron  Ross  no 
Brasil  (a  propósito,  nesse  meio  tempo  o  Aaron  tornou-se  ​advisor  da  Ramper).  O  propósito  do 
evento  é  levar  conteúdo  prático  que  nós  e  outras  empresas  com  operação  de  vendas  em  fase  de 
escala  tem  feito/aprendido  e  compartilhar  com  outros  times  de  vendas  que  querem  aprender 
mais. 

Agora  em  junho,  estamos  tirando  do  papel o nosso programa de canais e vamos trabalhar 


mais  próximos  de agências e consultorias de forma estruturada - prover remuneração, educação e 
apoio  comercial  para  esses  parceiros.  Temos  planos  para  lançar  nossa  própria  certificação, entre 
outros lançamentos bacanas, mas vou parar os ​spoilers​ por aqui. 

Do  ponto  de  vista  de  produto,  estamos em fase de testes (com alguns betas utilizando) de 


uma  nova  versão  muito  mais  madura  do  produto  -  vamos  sair  de  uma  aplicação  única  para  uma 
aplicação  em  múltiplos  serviços,  o  que  na  prática  representa  mais  estabilidade  para  nossos 
clientes.  Passamos  também  por  mudanças  na  arquitetura  da  tecnologia,  ​host​,  processos  de 
suporte, o que melhora a confiabilidade pro nosso cliente. 

Com  essa  nova  versão,  vamos  expandir  as  fontes  de  dados  e  dar  mais  liberdade  na 
construção  de  listas  para  nossos  usuários.  Ela  também  aumenta  os  níveis  de  automação  e  de 
inteligência  da  plataforma,  o  que  reafirma  ainda  mais  o  nosso  posicionamento “​anti monkey job​” 
na área de vendas. 

Muitos  falam  de  inteligência  artificial,  machine  learning  e  outras  coisas  sofisticadas  - 
naturalmente,  nós  também  olhamos  pra  isso,  mas  vale  dizer  que  a  Ramper  não  foi  criada  para 
impressionar  nossos  colegas  da  indústria  de  tecnologia,  e sim para atender uma necessidade real 
das  empresas,  que  é  gerar  mais  demanda  e  vender  mais  através  de  tecnologia  e  educação.  Só 
assim atingiremos nosso objetivo de acabar com o monkey job na área de vendas. 

Seguimos vivendo a adrenalina de pilotar a 300km/h um Fusca sendo transformado em F1, 
e pisando no acelerador. 

Acesse essa matéria ​aqui​. 

A Gama Academy 
 
Somos  uma  startup  de  educação  que  trabalha  com  recrutamento,  seleção  e  treinamento 
para o mercado digital.  
 
Temos  um  programa  chamado  ​Gama  Experience  que  é  voltado  para  o  desenvolvimento 
de  4  principais  áreas  desse  mercado:  ​Marketing  (Growth  Hacking)​,  ​Vendas  (Inside  Sales)​, 
Design (UX/UI)​ e ​Desenvolvimento (Front-end)​.   
 

 
 
É  um  programa  intensivo  de  5  semanas  com  metodologia  própria  que  desenvolve 
habilidades  técnicas  e  comportamentais,  com  aulas  online  e  encontros  presenciais  e  que 
conectam  o/as  participantes  com  profissionais  das  mais  diversas  empresas  de  tecnologia  e 
startups. 
 
Nossa missão é ​impactar a vida de 1 milhão de pessoas através da educação.  
 

 
O  curso  de  Vendas  (Inside  Sales)  possui  mais  de  5  horas de conteúdo técnico e conta com 
transformadore/as como:  
 
Camely Rabelo​ - Diretora de Desenvolvimento Comercial na Omiexperience   
Ricardo Okino​ ​- Director of Sales and Customer Experience na Camerite 
Thiago Oliveira​ ​- Product Manager na Loggi 
 
Além  disso,  são  mais  de  10  horas  de  conteúdo  específico  para  o  desenvolvimento  de  soft 
skills e atividades presenciais que estimulam a resolução de problemas reais do mercado.  
 

 
 
 
 
Depoimentos de alumnis 💚 
 

 
 
 
 

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