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ROLFING BRASIL
NECK WORK, PELVIC longo do processo mastóide e occipital. A mão
que segura a cabeça pode movê-la em várias
LIFT, BACK WORK direções para ajustar os ângulos de trabalho.
Na primeira sessão, o trabalho nos ísquios visa diferenciar
Monica Caspari posteriormente o membro inferior da bacia e
conseqüentemente da coluna. Depois disto feito, é
Um grupo de rolfistas, que haviam participado da necessário trabalhar os eretores do pescoço para adaptar
Re-certificação de Movement com Monica Caspari e esta diferenciação. Portanto, depois de alinhar a cabeça
Márcia Cintra em junho/julho de 2006, reuniu-se de com a coluna devemos trabalhar os eretores do pescoço,
quatro a seis de novembro de 2006 para um workshop adaptando-os ao trabalho que foi feito nos isquio-tibiais e
específico de trackings, neck work, pelvic lift e back que gerou alongamento nas lombares.
work. A vontade era explorar estas técnicas de Pelvic Lift: O pelvic lift na primeira sessão busca
integração e levá-las ao próximo nível de sofisticação e resgatar a adaptabilidade da região lombo sacra, assim
eficiência possíveis. O grupo entende que tanto os para dar continuidade nas estruturas superficiais
trackings quanto o neck work, o pelvic work e o back coluna/pelve para integrar o trabalho todo.
work são técnicas cujo objetivo primordial é a Com a mão de baixo em contato com a porção superior
integração e que, por entrarem do momento do do sacro enquanto a mão de cima contata a frente da
“ajuste fino” são específicas para cada sessão da quinta vértebra lombar. Queremos que o “lift” venha do
receita. “alcançar” dos joelhos e não da contração do reto
Os trackings ensinados no workshop, e abdominal. Para isso é necessário que as mãos do rolfista
mencionados apenas brevemente neste artigo, estarão estejam continuamente evocando resiliência na região
todos bem explicados num livro amplamente ilustrado lombar inferior, para adaptar e dar continuidade às
(ainda em fase de elaboração), de autoria da Monica camadas superficiais da bacia e coluna e para diferenciar o
Caspari, Marcia Cintra e Raquel Motta. Mas excertos sacro de L-5 preparando a segunda sessão.
dos hand-outs que a Monica distribui nos Back Work: Nesta sessão o objetivo do back work é
treinamentos básicos, acrescidos de anotações feitas evocar a continuidade nas estruturas superficiais do
em classe pelo Paulo Tremea (de Porto Alegre) e sistema axial, e também estimular a percepção da
Tomas Yoshio (de São Paulo), naquele mesmo orientação para o espaço.
workshop e revisadas pela Marcia Cintra podem ser Classicamente é feito com o cliente sentado na mesa, as
usufruídos desde já por todos. pernas fletidas, os pés apoiados na mesa, mãos
Você notará que os neck works são entrelaçadas à frente dos joelhos, a testa descansando
provavelmente mais elaborados, passando de sobre os joelhos, ou tão perto deles quanto possível, os
“nucaworks” para trabalhos que incluem o aspecto cotovelos abertos para os lados. Se necessário use um
pré-vertebral do pescoço; que os pelvic lifts são bem suporte (lista telefônica, etc.) sob as tuberosidades para
específicos para cada sessão e que os back works poder acomodar melhor o cliente nesta posição. No caso
exigem um bom tanto de educação do cliente para que de cliente com abdômen muito protuberante, ou no caso
deles possa ser extraída toda a sua potência. de clientes com mais idade, adapte a posição o melhor
Bom proveito! possível, como por exemplo, sente o cliente na mesa,
com toda a extensão das coxas apoiadas e os pés em
SESSÃO #1 um banco para dar mais estabilidade e conforto.
Neck Work: O objetivo do neck work da primeira Trabalhar no sentido céfalo-caudal, buscando a sensação
sessão é integrar os ganhos na sessão e abrir a de conexão e continuidade da cabeça ao cóccix. Se o
orientação para o espaço e assim trabalhamos para cliente tiver hérnia de disco fazer o trabalho no sentido
criar continuidade nas estruturas superficiais do cefálico e flexionar o mínimo possível seu tronco para
pescoço. não fechar as vértebras lombares na frente e
Para tanto, trabalhe pensando em alongar o esterno- conseqüentemente empurrar o núcleo do disco em
cleidomastoideo em ambas as extremidades do direção à coluna e ou raízes que formam o nervo ciático,
pescoço com a cabeça do cliente virada para o lado, de aumentando o desconforto. Na porção proximal das
forma a alongá-lo e diferenciá-lo das camadas mais costas contatar o trapézio do cliente com os dois punhos
profundas. (dorso dos dedos), mantê-lo para baixo enquanto o
1. Firme o ECM ao longo da clavícula, cliente movimenta os cotovelos para fora. Observe onde
imobilizando o músculo enquanto o cliente os ombros tendem a levantar ao invés de permitirem a
gira a cabeça para o lado oposto; separação entre o úmero e a escápula.
2. Segure a cabeça do cliente girada para o lado Trackings típicos para a primeira sessão:
enquanto trabalha as inserções do ECM ao
a) Para o gradil costal do feixe mais medial dos músculos espinhais ao longo dos
b) Para a articulação coxo-femural processos posteriores das vértebras espinhais,
enganchando no tecido e empurrando-o vagarosamente
SESSÃO #2
em direção ao sacro.
Back Work: Na segunda sessão o back work serve
Neck Work: servirá aqui para criar continuidade na
para diferenciar e organizar os eretores da coluna a fim
camada que foi trabalhada na coluna e continuar a
de liberar os movimentos de flexão e extensão.
explorar e a diminuir os efeitos do encurtamento do ECM
Lembrar que nesta sessão o back work é bastante
e do elevador da escápula na extensão do pescoço.
extenso, ocupando cerca de um terço dela, com o
Pelvic Lift: será feito para criar continuidade na camada
objetivo de se obter uma curva em “C” contínua e tão
que foi trabalhada na coluna.
ampla quanto possível, com o cliente sentado e os pés
O pelvic lift nesta sessão deve ser mais claro e preciso que
totalmente apoiados no chão, para ajudar a adaptar a
na anterior, com a mão de cima percebendo claramente a
mobilidade recém adquirida nas pernas e pés ao
articulação sacral e a mão de baixo sentindo o
movimento da coluna, pescoço e cabeça. (Peter
alongamento dos tecidos em direção ao cóccix.
Schwind é da opinião que o trabalho de costas clássico
Trackings típicos para a segunda sessão:
da sessão # 2 exige muita tensão para se manter o
a) Para pé plano ou cavo
alongamento anterior da coluna. O “truque” que usa é
b) Para o calcâneo
sentar o cliente, colocando-o em leve lordose em toda a
c) Para calcâneo valgo
extensão da coluna, abrindo assim a sua frente. Começa
d) Para calcâneo varo
então a trabalhar lentamente, no sentido caudal-
e) Para tornozelo
cefálico, “abrindo” a musculatura dorsal, até o tubo do
f) Para tendão de Aquiles
pescoço).
g) Para gastrocnêmios
Antes de começar o back work desta sessão é bastante
h) Para sóleo
importante educar o cliente a sentar-se da maneira
i) Para fíbula
correta, com os pés totalmente apoiados no chão, as
pernas em ângulo reto com as coxas, e o apoio da bacia
ligeiramente à frente das tuberosidades isquiáticas (e SESSÃO #3
não exatamente em cima delas). Os braços deverão Pelvic Lift: O pelvic lift será ainda mais claro nesta sessão
estar soltos, e o ângulo inferior das escápulas deverá para promover uma diferenciação mais clara e com isso
estar deprimido (para engajar o serrátil anterior). mais mobilidade entre o sacro e a L-5. A mão de cima do
Ensinar então para o cliente a fletir a coluna, vértebra rolfista, sobre o abdômen do cliente, deverá procurar
por vértebra, ao mesmo tempo em que “alcança” com sentir claramente a articulação sacral, enquanto a mão de
a cabeça à frente, para se obter uma curva em “C” tão baixo sentirá o alongamento da região lombo-sacral em
longa quanto possível. direção caudal. Se o cliente estiver com as pernas fletidas
O back work em si: os joelhos deverão estar sustentando a coluna mais
1- O cliente sentado ligeiramente à frente das claramente. Cuidado para não retificar a região lombo-
tuberosidades isquiáticas, com os pés bem apoiados no sacra naqueles clientes que já a tem retificada: lembrar que
chão e os braços ao longo do corpo. O rolfista começa a lordose lombar fisiológica é necessária para a função
usando uma “ferramenta” ampla, como os punhos adequada da coluna na caminhada!
cerrados (dorso dos dedos), e fazendo contato com o Neck Work: Nesta sessão o trabalho nos ombros e no
aspecto mais lateral dos músculos espinhais de cada pescoço pode incluir mais atenção ao elevador da
lado da coluna. Enquanto isso o cliente vai primeiro escápula, tanto em sua inserção no pescoço quanto na
enrolando a cabeça à frente e depois o tronco enquanto escápula (distal e proximal).
abre a frente da coluna à medida que o rolfista vai Back Work: Como agora o cliente pode diferenciar frente
empurrando os tecidos lentamente para baixo, mas e trás, resistindo à pressão das suas mãos e conectando a
mantendo também um vetor de força em direção à resistência ao chão através da extensão pélvica, aproveite a
coluna. Continuar além da articulação lombo-sacral. posição sentada do cliente para trabalhar-lhe o quadrado
Depois o cliente leva a linha posterior da cintura para lombar. Ensine-o a vir do chão, conectando as pernas
trás, como que “alcançando” com a coluna, e desenrola com a coluna pela frente enquanto o quadrado lombar vai
a coluna, terminando pela cabeça. para trás.
2- Agora o rolfista faz contato mais medial em relação à Trackings típicos para a terceira sessão:
coluna enquanto o cliente repete o movimento da etapa a) De quadrado lombar
anterior. b) De tuberosidade isquiática
3- Com uma ferramenta mais estreita (como os nós do c) De fíbula
dedo, por exemplo), contata finalmente a borda medial
SESSÃO #4 Ache as áreas que não estão abrindo completamente nas
Pelvic Lift: Servirá para integrar a coluna com a pelve costas entre uma vértebra e outra, dando tempo para o
em função do novo nível de organização das pernas cliente compreender como usar os pés para ir do chão até
com a pelve e, através dela, com o espaço visceral. as lombares, equilibrando os joelhos no plano sagital para
Noutras palavras, o pelvic lift nesta sessão servirá para contrabalançar a ação da coluna lombar.
adaptar a bacia e a coluna às mudanças que Um complemento para o back work mais clássico para a
aconteceram na pelve e nas pernas. sessão quatro é focar a atenção na:
Depois de todo o trabalho de diferenciação da pelve e 1- articulação lombo dorsal funcional, (na altura de T-
pernas a sensação do pelvic lift nas mãos do rolfista 8/T-9 e não na articulação lombo-dorsal
torna-se particularmente interessante. Há quem faça o anatômica);
pelvic lift de ambos os lados, procurando uma 2- na articulação médio-dorsal (T-3-T4/anel
percepção mais clara da articulação sacral e melhor torácico);
equilíbrio frente/trás e conectando a pelve com os pés 3- na liberação da mandíbula (extra-oralmente).
que deverão se conectar ativamente com a mesa. Trackings típicos para a quarta sessão:
Nesta sessão não se recomenda fazer o pelvic lift com a) De adutores
pernas estendidas pois os pés deverão estar apoiados na b) De joelhos
mesa para ajudar a construir a conexão dos pés no c) De fêmur contra rotação lateral
substrato com a frente da coluna, via bacia. d) De fêmur contra rotação medial
Neck Work: Apenas o necessário para coordenar com e) De ramo isquiático-bilateral
as mudanças que aconteceram nas lordoses inferiores, f) De ramo isquiático monolateral
integrando-as ao pescoço, cabeça e coluna torácica.
É importante equilibrar a liberação da linha medial das SESSÃO #5
pernas com os escalenos e mm ECM. Use os Pelvic Lift: seu objetivo nesta sessão é integrar (e
procedimentos das sessões #1 e #3 para trabalhar estas coordenar) com a coluna o novo nível de equilíbrio do m.
áreas, concentrando nas regiões que necessitam psoas e m.ilíaco, assoalho pélvico e diafragma, quadrado
trabalho. (Há quem diga que “sessões baixas” (as de lombar e 12ª costela e músculos abdominais.
número par) devam permanecer como “sessões baixas” O rolfista começa com a mão no cóccix do cliente e pede
e que por isso o neck work desta sessão deve ser breve que o cliente eleve o cóccix na direção dos joelhos (que
e não mais profundo que a camada superficial do deverão estar flexionados) e sucessivamente, vértebra por
pescoço, mas há instrutores que incluem aqui algum vértebra, chegando até L-1 ou T-12. O rolfista ensina
trabalho no assoalho da boca, pelo lado de fora, então o cliente a voltar, apoiando vértebra por vértebra no
escalenos e depois “nucawok”. sentido inverso até apoiar toda coluna, diferenciando as
Back Work: Esta é “A” sessão para o trabalho no vértebras da coluna lombar e sacro-cóccix.
banquinho em combinação com a orientação vindo do Esta é uma boa sessão para trabalhar com a mão anterior
substrato. Noutras palavras: nesta sessão ensinamos o pelo abdômen (desde L-1 até l-5/S-1) para ajudar o cliente
cliente a como permitir que o peso do tronco possa ser a sentir os aspectos anterior e posterior da coluna.
transmitido pela pelve, pelas pernas e chegar ao Atenção: Se o cliente tiver hérnia de hiato tomar cuidado para não
substrato sem perder a orientação para o espaço. Os empurrar seu estomago para cima e assim aumentar o desconforto
trackings de adutores e joelhos podem se aplicar aqui. que esta lesão ocasiona.
O back work mais clássico para a sessão #4: trabalhe Neck Work: fazer um mínimo de trabalho de ambos os
com o cliente no banquinho para reforçar a educação lados do esternocleidomastoideo, com movimento de
do direcionamento dos joelhos para que possam dar rotação do pescoço. (Lembre que o ECM está no extremo
suporte suficiente para a coluna lombar. Comece o oposto das continuidades das fáscias que trabalhamos
back work pelo ângulo superior das escapulas, deslize antes). Se necessário, trabalhe na frente do pescoço, para
as mãos até o sacro, enquanto o cliente vai enrolando ajudar a abrir a passagem do tubo visceral superior, não
ao mesmo tempo em que alcança a coluna à frente. esquecendo dos escalenos (que a Dra. Ida P. Rolf chamava
Depois, com o cliente fletido à frente, peça que ele de “psoas do pescoço”). Integre as vértebras dorsais
venha dos pés no chão até a coluna lombar, enquanto superiores em relação ao pescoço.
mantém as tuberosidades isquiáticas no banco, com se (De novo, segundo alguns autores o neck work nesta
fosse desenrolar a coluna não “estendendo/esticando” sessão deverá ser mínimo uma vez que toda a atenção do
as costas, mas “abrindo” a coluna pré-vertebralmente, cliente foi levada à porção inferior do corpo que é onde
vértebra por vértebra. Peça porém, para o cliente queremos mantê-la).
desenrolar somente até a altura do diafragma, e enrolar Back Work: nesta sessão continuamos a ensinar o cliente
novamente para baixo, mantendo o contato constante como permitir que o peso do tronco possa se transmitir
dos pés com o chão e do chão com a coluna lombar. pela pelve, pelas pernas e chegar ao substrato sem perder a
orientação para o espaço e integramos o trabalho que Back Work: o back work desta sessão deverá novamente
foi feito pré-vertebralmente com o aspecto pós- focar na estabilidade da coluna lombar não só a partir de
vertebral. seu aspecto anterior mas também a partir de seu aspecto
O back work em si: posterior, aumentando assim a sensação do todo unificado
Comece o back work pela frente da coluna (pré- da coluna lombar com o core.
vertebralmente), pedindo para o cliente encontrar as Trackings típicos para a sexta sessão:
tuberosidades isquiáticas e o contato dos pés com o a) todo e qualquer tracking das sessões anteriores que se
chão e depois, mantendo o contato dos pés com o chão, aplique às condições do cliente.
oscilar delicada e vagarosamente nas tuberosidades, para
frente e para trás, mais como se quisesse que apenas o
SESSÃO #7
sacro oscilasse e não tanto os ilíacos, enquanto você faz
Pelvic Lift: segundo alguns autores não deverá ser
contato com o psoas de ambos os lados da coluna e o
colocada muita ênfase no pelvic lift desta sessão uma vez
cliente encontra um balanceio de coluna que deixa a
que o trabalho foi focado no aspecto superior do corpo.
cabeça ondular suave e livremente. Comece a trabalhar
No entanto como aqui a função do pelvic lift será integrar
na altura de L-5 e depois trabalhe na altura de L-3 e
o pólo inferior do sistema axial com todo o trabalho feito
então na altura de L-1.
no seu pólo superior, dê tempo para o cliente descansar o
Terminada esta etapa do back work da 5ª sessão, passe a
sacro durante algumas respirações, para que tenha tempo
trabalhar nas costas: enquanto o cliente continua a
para expandir sua consciência do core da cabeça até a
oscilar nas tuberosidades isquiáticas e a encontrar o
bacia. Lembre de preservar a lordose lombar fisiológica do
suporte para a frente da coluna vindo através do
cliente!
transverso abdominal e alcançando o chão pelos pés,
Neck Work: sua função nesta sessão é integrar a fáscia
alongando assim a coluna pré e pós vertebralmente,
superficial com as mudanças que ocorreram na parte
você trabalha nas costas, a partir dos eretores da coluna
profunda do pescoço e cabeça. O toque deve ser
lombar em direção à bacia.
relativamente leve, buscando-se continuidade de tônus
Trackings típicos para a quinta sessão:
através de todas as camadas que foram trabalhadas no
a) De quadrado lombar e L-5
pescoço, evocando uma sensação de continuidade e
b) De articulação coxo-femural
movimento por toda a coluna, desde o cóccix até e
c) De psoas em pé
atlanto-occipital.
d) De psoas sentado
Além das intervenções manuais pode-se também fazer
e) De diafragma
explorações de caráter proprioceptivo, para ajudar a
f) De ramo púbico
integrar o trabalho que já aconteceu no pescoço.
g) De fêmur, contra rotação medial ou
Algumas possibilidades de exercícios integrativos para o
lateral
pescoço nesta sessão são:
- deitado: exercício do “sim” para desenvolver a
SESSÃO #6 coordenação sub-occipitais/longo do pescoço;
Pelvic Lift: seu objetivo será integrar todo o trabalho exercício do “não” para soltar o maxilar e a língua;
feito no aspecto posterior das pernas e pós vertebral exercício do “não” para soltar os olhos; e exercício do
com o aspecto anterior da conexão sacro-lombar. Para “sim” para abrir a orientação para o espaço.
tanto faça um pelvic lift bem longo e lento, começando - sentado: exercícios do “não”; exercício do “sim”;
na coluna torácica, usando a mão de cima, sobre o trabalho com os sentidos e movimentos do pescoço e
abdômen, para ajudar o cliente a localizar e a “dominar” cabeça;
cada uma das articulações vertebrais desde T-11/T-12 - de pé: trabalho com os sentidos e a cabeça enquanto o
até o cóccix. cliente flexiona e estende os joelhos encontrando a
Neck Work: segundo alguns autores novamente o neck linha;
work não deveria “tirar muita atenção do pólo inferior - caminhando: trabalho com os sentidos;
do corpo”. No entanto é necessária bastante atenção à - trabalho com os sentidos/ pescoço/cabeça no uso
atlanto-occipital para adaptá-la a todas as mudanças corporal e contexto social;
evocadas na coluna que levaram a um novo nível de Pode-se então fazer um alongamento do ligamento da
organização nas estruturas mais profundas do sistema nuca e depois deixar o cliente descansar na mesa por
axial. algum tempo antes de prosseguir ao trabalho de
Acomode a cabeça do cliente nas pontas de seus dedos integração na posição sentada.
com seus polegares tocando os processos transversos do Se necessário, antes de prosseguir para o back work pode-
atlas. “Imagine” a articulação do atlas e trabalhe para se fazer um tracking com o cliente girando a cabeça para a
equilibrar as estruturas pré e pós-vertebrais ao longo do esquerda e para a direita (o olhar escaneando o horizonte),
pescoço. enquanto o rolfista segura quaisquer tecidos que queiram
através do pescoço para balancear o pólo superior com o
encurtar ou dificultar o movimento da cabeça pelo eixo novo nível de integração atingido no pólo inferior do
central. corpo. Para tanto volte a contatar o processo transverso
Back Work: o objetivo aqui é dar continuidade de do Atlas e trabalhe a partir daí.
tônus em todas as camadas ao longo de todo o Back Work: Há quem faça o back work de uma sessão
complexo axial. Para tanto, em geral pede-se para o #8 “baixa” em duas fases: a primeira com o cliente
cliente manter a posição vertical para evocar a sensação sentado na mesa e seus pés apoiados na mesa, como que
de continuidade, alongamento e integração da bacia repassando o back work da sessão # 7, para em seguida
com a cabeça. fazer o back work com o cliente no banco, os pés
Há uma versão mais antiga do back work da sessão #7, apoiados no chão, fazendo o que for necessário,
com o cliente sentado com os pés na mesa, como no trabalhando as costas pelas costas ou pela frente do
back work da primeira sessão, com os dedos das mãos corpo, para ajudar o cliente a integrar as pernas com a
entrelaçados na frente dos joelhos, as costas coluna.
relativamente eretas. Apóie as mãos em punho (dorso Trackings típicos para a oitava sessão (imaginando-
dos dedos) na borda superior das escápulas. Peça para o se uma oitava sessão “baixa”:
cliente encontrar as tuberosidades isquiáticas e alcançar a) Quaisquer trackings relativos a porção inferior do
em direção ao chão com elas ao mesmo tempo que corpo, já empregados anteriormente ou não.
alcança com o topo da cabeça para o teto, enquanto
você traciona as escápulas caudalmente. O pescoço
deverá alongar para o teto sem o engajamento dos SESSÃO #9
eretores. Pode ser útil pedir para o cliente "alongar” as (Imaginando uma sessão #9 de cintura escapular)
pontas dos cotovelos em direção à mesa e ao mesmo Pelvic Lift: peça para o cliente erguer a pelve, vértebra
tempo deixá-los irem ligeiramente para os lados por vértebra, desde o cóccix até L-1/T-12, enquanto
enquanto a cabeça roda um pouco para cada lado e o você checa a coordenação, especialmente ao redor do
alto das costas permanece longo e aberto. diafragma. Se necessário repita o contato com a frente da
Observação: este trabalho também pode ser feito com coluna na articulação lombo-dorsal funcional, (ao redor de
o cliente sentado, os pés bem apoiados no substrato. A T-8/T-9) usando um toque leve.
vantagem da posição anterior é “isolar” o pólo superior Neck Work: trabalhe o aspecto posterior da cintura
o que de certa forma traz um desafio maior para o escapular para soltar os ombros do pescoço. Peça para o
cliente. cliente estender e rodar a cabeça para longe do ponto de
Trackings típicos para a sétima sessão: contato.
a) De cotovelo em relação ao tórax Back Work: O cliente sentado com os pés na mesa,
b) De cotovelo e rádio como no back work da primeira sessão,
c) De cotovelo e punho, abrindo o espaço tênar- com os dedos das mãos entrelaçados na frente dos
pisiforme joelhos, as costas relativamente eretas. Apóie as mãos em
d) De trapézio punho (dorso dos dedos) na borda superior das
e) De elevador da escápula escápulas. Peça para o cliente encontrar as tuberosidades
f) De escápula isquiáticas e “alcançar” em direção ao chão com elas ao
Os trackings mencionados acima podem ser feitos com mesmo tempo que “alcança” com o topo da cabeça para
o cliente sentado, mas para terminar a sessão faça os o teto, enquanto você traciona as escápulas caudalmente.
trackings necessários com o cliente de pé. O pescoço deverá alongar para o teto sem o engajamento
dos eretores.
Pode ser útil pedir para o cliente "alongar” as pontas dos
SESSÃO #8 cotovelos em direção à mesa
(Imaginando uma sessão #8 de cintura pélvica) e ao mesmo tempo deixá-los irem ligeiramente para os
Pelvic Lift: Neste pelvic lift vamos diferenciar o sacro lados enquanto a cabeça roda
do cóccix. Peça para o cliente fazer um pelvic roll um pouco para cada lado e o alto das costas permanece
apenas até o espaço entre S-2 e S-1 e coloque a mão longo e aberto.
sob o sacro, com as pontas dos dedos (firmes) Trackings típicos para a nona sessão (imaginando-
exatamente entre S-1 e S-2. Tracione no sentido caudal. se uma nona sessão “alta”:
Repita a manobra ao nível da vertebral sacral logo a) Quaisquer trackings relativos a porção superior do
abaixo e trabalhe assim sucessivamente até chegar na corpo, já empregados anteriormente ou não, mas em
articulação sacrococcígea.( Este trabalho também evoca especial os trackings de cotovelo e de esterno, e
uma melhor percepção do anel pélvico, ajudando a preferencialmente com o cliente de pé.
diferenciar o sacro do ilíaco.)
Neck Work: Seu objetivo nesta sessão é o equilíbrio
ântero-posterior da face e crânio e sua continuidade
SESSÃO #10
Como regra geral para a última sessão da série básica
não tente mais separar/desgrudar tecidos, mas sim
integrar todo o corpo no movimento e se ainda houver
áreas problemáticas procure integrá-las como estão com o
resto do corpo da melhor maneira possível para este momento
do cliente. Para tanto o toque deve ser mais preciso e,
embora com uma intenção bem mais profunda, deve
ser mais leve.
A esta altura do trabalho pode ser bastante interessante
pedir movimentos mais ativos por parte do cliente
durante a sessão. Outra estratégia que pode ser muito
proveitosa é trabalhar tanto quanto possível com o
cliente sentado no banco para ajudar a integrar o
pescoço e a cabeça com “a linha” e esta com os pés e
substrato. Também pode-se trabalhar com o cliente em
pé para integrar os movimentos através de todo o
corpo através de trackings.
Tudo isso sido dito, considere então que as técnicas de
fechamento desta sessão deverão “amarrar” o trabalho.
Por isso, mesmo que você tenha optado por fazer uma
décima sessão só de trackings, ainda assim é produtivo
partir para o pelvic lift, o neck work e o back work.
Pelvic Lift: certifique-se de equilibrar a articulação
sacro-lombar. Ao terminar o pelvic lift você deveria
sentir a resposta indo até o occipital.
Neck Work: certifique-se de equilibrar a articulação
atlanto-occipital. Esta articulação é muito importante
devido aos inúmeros proprioceptores que contém e
também para garantir a possibilidade de orientação para
o espaço. Ao terminar o neck work você deveria sentir
a resposta indo até o sacro.
Back Work: com o cliente sentado ereto, e
empregando um toque leve, promovendo a integração
e conexão através das várias camadas fasciais e
musculares das costas.
Teste da coluna serpenteante: com o cliente sentado
na mesa: segure a cabeça do cliente bilateralmente logo
abaixo dos processos mastóides, e levante-a levemente,
apenas o suficiente para desengatar a base da cabeça,
separando o atlas do occipital. Balance firme mas
delicadamente a cabeça: você deveria sentir o balanço
descer por toda a coluna até o sacro/cóccix, a coluna
serpenteando como uma cobra. Caso isto não aconteça
trabalhe onde a coluna bloqueia o serpentear, tocando
levemente o local e ajudando o cliente a permitir o fluir
de movimento na área afetada.
Trackings típicos para a décima sessão:
a) Para a sessão em si: quaisquer trackings já
empregados anteriormente ou não.
b) Para o fechamento da sessão: o tracking de
tornozelos e atlanto-occipital.

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