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Unidade III
7 MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO EM BIOMECÂNICA
A Biomecânica é uma área de conhecimento que possui métodos de investigação próprios para
análise do movimento. Nesta disciplina, destacaremos três métodos: a cinemetria, a eletromiografia
e a dinamometria.
O movimento humano pode ser estudado sobre diferentes aspectos – por exemplo, considerando sua
velocidade de execução, ou então visualizando os músculos participantes da ação, ou ainda medindo a
força externa (impacto) recebida do solo em um instante especifico do gesto motor.
7.1 Cinemetria
No mercado há uma grande variedade de câmeras e softwares que permitem o registro cinemático
do movimento. O meio mais simples de obter tais dados é usando uma câmera de vídeo caseira e
realizando a análise dos dados manualmente ou por meio de softwares de computadores, tais como
Videopoint, SkillSpector e SAMAT. A forma mais robusta é adquirindo sistema de análise cinemática
completo com câmeras de vídeo ou optoeletrônicas de empresas conhecidas, tais como Vicon e
Motion Analisys.
128
BIOMECÂNICA
• automação para tratar e analisar os dados: o sistema mais robusto cria de forma mais rápida as
tabelas e gráficos para a discussão dos resultados do estudo;
• velocidade de registro do movimento: o sistema mais robusto geralmente tem câmeras mais
rápidas que conseguem captar mais detalhes do movimento executado.
Das diferenças citadas, a que interfere mais na captação dos detalhes do movimento é a velocidade
de registro da câmera. Esse é um fator limitante a ser considerado quando se pretende usar a cinemetria
para estudo do movimento. A análise de um chute do futebol ou uma cortada do voleibol só será bem-
feita quando se usa uma câmera mais rápida, com maior velocidade de captação. Por exemplo, uma
câmera de 60 hz é capaz de dividir cada segundo do movimento registrado em 60 quadros; já uma
câmera de 1.000 hz divide o mesmo segundo do movimento em 1.000 quadros. Portanto, usar uma
câmera de 60 hz para analisar um chute do futebol ou uma cortada do voleibol limitará a visualização
detalhada dos movimentos articulares, comprometendo a discussão e análise desses gestos motores.
Essa é uma importante informação da área para se ter em mente no momento de selecionar artigos
científicos para leitura e estudo de movimentos analisados com a cinemetria.
O ambiente usado para registro do movimento também pode comprometer o resultado dos estudos
cinemáticos, no caso de uma preparação inadequada. O ambiente de coleta é preparado considerando
dois aspectos:
• a calibração do ambiente.
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Unidade III
Após a preparação do ambiente de coleta, deve-se preparar o sujeito para filmagem. Para
tanto, marcadores reflexivos (que refletem luz) são usados em pontos específicos do corpo
do sujeito. A determinação dos pontos a serem marcados no corpo do participante da coleta
depende novamente do objetivo do estudo. No caso, na análise cinemática do movimento da
marcha no plano sagital, deve-se entender que as articulações mais representativas (que mais
se movimentam) para realizar esse gesto motor são o tornozelo, o joelho e o quadril; portanto,
marcadores reflexivos deverão identificar o deslocamento dessas articulações na filmagem da
marcha. No caso de uma análise bi ou tridimensional outros pontos anatômicos serão marcados
no corpo do sujeito (veja a figura a seguir). Para correta marcação dos pontos anatômicos e para
cálculo de parâmetros biomecânicos importantes para pesquisa, usam-se os modelos criados por
Hatze, Zatsiorsky e Hanavan.
Figura 53 – Ilustração dos pontos anatômicos em coleta que verifica a ação muscular em exercícios com haste oscilatória
130
BIOMECÂNICA
7.2 Eletromiografia
Os potenciais de ação consecutivos emitidos pelo sistema nervoso são captados pelo sensor
conhecido por eletrodo. O eletrodo é conectado ao eletromiografo (veja a figura a seguir), que envia
os sinais registrados para o computador com software específico para armazenamento, tratamento e
análise dos dados (DE LUCA, 1997).
Existem dois tipos de eletrodos bem conhecidos na área da Biomecânica para estudo do movimento
humano: o de superfície e o de agulha. Veja:
131
Unidade III
O eletrodo de superfície é posicionado na pele sobre o ventre dos músculos que se pretende estudar
na pesquisa científica. A figura a seguir ilustra o uso do eletrodo de superfície, colocado sobre o ventre
do músculo do quadríceps. O objetivo dos autores foi verificar o padrão de atividade muscular do
complexo do quadríceps nos exercícios de cadeira extensora (veja a seguir a figura a) e de legpress (veja
a seguir a figura b) de sujeitos com lesão de ligamento cruzado anterior. Para tanto, a participação do
músculo nos diferentes movimentos foi registrada por meio da eletromiografia.
(a) (b)
Figura 56 – Ilustração da colocação do eletrodo de superfície sobre o músculo do quadríceps para análise
dos movimentos cadeira extensora (a) e legpress com apoio unipodal (b)
O procedimento para colocação dos eletrodos sobre os músculos é definido pela localização do
seu ponto motor por um equipamento denominado eletroestimulador (veja a figura a seguir) ou
por protocolos de localização dos sensores com base em proeminências e estruturas ósseas, como
o determinado pela Seniam (conforme veremos adiante). Esse é o primeiro passo do procedimento
experimental para viabilizar a análise do movimento por meio dessa área de investigação da Biomecânica.
Figura 57 – Ilustração do procedimento para identificação do ponto motor do músculo por eletroestimulação
132
BIOMECÂNICA
O eletroestimulador ilustrado na figura possui uma caneta que será posicionada na superfície do
ventre muscular. Essa caneta emite pulsos elétricos (choques de baixa voltagem) que estimularão o
músculo, fazendo-o contrair. A voltagem e a frequência do sinal são definidas em sequências de pulsos
específicas para não lesionar a pele dos sujeitos do estudo.
Quando o estimulador atinge o local no qual a contração muscular fica mais intensa,
localiza‑se o ponto motor. Portanto, o ponto motor é a área de maior inervação muscular, e é
através dela que o sistema nervoso central emite os impulsos elétricos para comandar a ação
muscular no movimento.
A localização do ponto motor dos músculos se dá pela distância entre regiões anatômicas conhecidas
nos segmentos do corpo. Abaixo estão alguns exemplos da descrição usada pelo protocolo Seniam para
localização do ponto motor e colocação do eletrodo:
• Músculo tibial anterior: 1/3 de distância entre a cabeça da fíbula e o maléolo medial, considerando
a cabeça da fíbula como ponto de origem.
• Músculo gastrocnêmio lateral: 1/3 de distância da linha entre o calcanhar e a cabeça da fíbula,
considerando a cabeça da fíbula como ponto de origem.
• Músculo do trapézio: metade da distância entre a borda medial da escápula e a coluna vertebral
na altura da vértebra torácica T3.
• Músculo tríceps braquial: metade da distância entre o olecrano e a crista posterior do acrômio.
• Músculo bíceps braquial: 1/3 de distância da fossa cubital entre o acrômio medial e a fossa cubital.
Percebe-se, com o detalhamento das informações vistas anteriormente, que o protocolo da Seniam
se baseia na colocação dos eletrodos sem criar desconforto por aplicação de choques nos participantes
do estudo e atinge o objetivo de padronizar a localização dos pontos motores entre os participantes de
um mesmo estudo.
Como a eletromiografia tem por objetivo estudar a participação dos músculos no movimento,
a localização do ponto motor e a colocação do eletrodo em relação a ele são de grande relevância
para o procedimento experimental. Se o eletrodo estiver muito próximo do ponto motor, o sinal
eletromiográfico registrado será mais intenso; quando mais afastado do ponto motor, o sinal
133
Unidade III
A escolha dos músculos a serem registrados pelos eletrodos depende do gesto motor que se
pretende conhecer e estudar. Os movimentos da caminhada, corrida ou salto são predominantemente
realizados pelos músculos dos membros inferiores. Portanto, posicionar os eletrodos sobre os
músculos tibial anterior, gastrocnêmio lateral, reto femoral, vasto medial e bíceps femoral, por
exemplo, seria uma estratégia adequada para saber como eles se comportam para controlar o
impacto nas articulações do tornozelo, joelho e quadril. Ou ainda, pode-se verificar com a mesma
análise o comportamento desses músculos para acelerar o corpo para frente (marcha e corrida)
ou para cima (salto) por meio das mesmas articulações. Basta estudar as fases de desaceleração e
propulsão dos movimentos, respectivamente.
De modo geral, os músculos que são acionados no instante que a maioria dos segmentos
do corpo está acelerando para baixo (a favor da força da gravidade) funcionam para controlar
a execução do movimento ou desacelerar o movimento articular, e normalmente atuam em
contração excêntrica. É o caso da aterrisagem de um salto (veja a figura a seguir): para reduzir
o impacto sobre o corpo, as articulações flexionam de forma controlada para o executor do
movimento não cair no chão. Esse movimento articular só é possível porque os músculos agem
em contração excêntrica.
134
BIOMECÂNICA
Quando os músculos são acionados para acelerar o corpo para cima (contra a ação da gravidade), sua
função é a de gerar movimento ou acelerar o movimento articular, e normalmente atuam em contração
concêntrica. Um movimento que ilustra essa situação é o do agachamento entre a fase principal do
movimento (veja a seguir a figura a) e a fase ascendente do movimento (veja a seguir a figura b).
(a) (b)
Figura 59 – Ilustração das fases do agachamento: fase principal (a) e fase ascendente (b)
Finalmente, quando os músculos opostos em torno de uma articulação ativam ao mesmo tempo no
movimento, sua função é a de gerar estabilização articular para manter a articulação em uma postura
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Unidade III
estática. Para esta função, o músculo é normalmente acionado em contração isométrica. A figura a
seguir ilustra uma situação de estabilização, obtida do estudo de Pandori e Vieira (2010), que analisaram
a ação dos músculos reto do abdome e oblíquo externo em exercícios de estabilização de coluna com a
bola suíça.
(a) (b)
Figura 60 – Ilustração da análise eletromiográfica dos músculos reto do abdome e oblíquo externo no movimento de prancha
com apoio na bola suíça e os dois pés em contato com o solo (a) e com o apoio na bola suíça e apoio unipodal (b)
No instante da coleta, o sinal eletromiográfico dos músculos atuantes no movimento pode ser
visualizado na tela do computador por meio de um gráfico. Em a, a figura a seguir mostra a forma desse
sinal eletromiográfico, conhecido por sinal eletromiográfico bruto. Ele é nomeado dessa maneira por
conter impurezas, ruídos de fontes elétricas externas, que não representam o potencial de ação emitido
pelo sistema nervoso central.
Para entender o significado dos ruídos no sinal eletromiográfico, lembre-se do que acontece quando
se está conectado a uma estação de rádio e ela começa a captar informações de outra estação de
rádio ao mesmo tempo: as informações se unem e não se tem clareza sobre o que está sendo dito por
nenhuma delas.
O ruído inerente ao sinal eletromiográfico bruto é parecido com a interferência que ocorre entre
as estações de rádio. Como o sinal captado pelo eletromiográfico é elétrico, todas as fontes externas
movidas por eletricidade podem penetrar no sinal coletado pelo eletrodo, não apenas os potenciais de
ação musculares. Então, a intensidade do sinal pode ficar mais forte ou perdurar por mais tempo não
porque o músculo estudado estava agindo dessa forma no movimento, mas porque havia um ruído
externo que mudou o padrão do sinal eletromiográfico coletado.
Para minimizar esse ruído elétrico externo e não atrapalhar o estudo do comportamento do sinal
eletromiográfico, o sinal bruto passa por filtros que o transformam em um sinal conhecido por envoltório
linear (veja a seguir a figura c).
136
BIOMECÂNICA
500
0 (a)
-500
-1000
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
800
600
400 (b)
200
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
800
600
400 (c)
200
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
Tempo (s)
Figura 61 – Ilustração das curvas do sinal eletromiográfico após aquisição do sinal bruto e tratamento
dos dados registrados (a): sinal retificado (b) e envoltório linear (c)
Saiba mais
O envoltório linear é um gráfico que mostra a intensidade de ativação muscular em acordo com o
tempo de execução do movimento de forma mais clara. Nesse gráfico, os filtros que minimizam o ruído
do sinal eletromiográfico bruto foram usados, portanto, esse é o sinal mais confiável para análise e
discussão do comportamento muscular.
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Unidade III
Um exemplo de discussão feita a partir da análise de uma curva eletromiográfica do tipo envoltório
linear pode ser visto no estudo de Suda e Sacco (2011), no qual os autores compararam a atividade
eletromiográfica dos músculos de membro inferior de sujeitos com e sem instabilidade funcional de
tornozelo no movimento de deslocamento lateral.
A figura a seguir mostra o gráfico de envoltório linear referente à atividade do músculo tibial anterior
dos sujeitos sem (curva de círculos sem preenchimento) e com (curva de círculos com preenchimento)
instabilidade funcional de tornozelo no movimento de deslocamento lateral. Ao estudar o formato
das curvas do gráfico, percebe-se que há um pico de ativação muscular da ordem de 0,32 CVIM aos
20% do ciclo do movimento de deslocamento lateral para o grupo que não tem lesão de tornozelo e
um pico de ativação do músculo tibial anterior menor (0,17 CVIM) aos 28% do ciclo do movimento
de deslocamento lateral para o grupo que tem lesão de tornozelo. Portanto, é possível perceber que o
músculo tibial anterior está acionado no início do ciclo do movimento para ambos os grupos, mas a
intensidade de ativação do músculo para o grupo saudável é maior do que para o grupo lesionado. Bem
como o tempo para atingir o pico de ativação muscular difere entre os grupos, no grupo lesionado o
pico de atividade muscular do tibial anterior é mais tardio em relação ao grupo saudável.
0,60
0,40
0,35
0,30
0,25
0,20
0,15
0,10
0,05
0,00
0 20 40 60 80 100
Templo (% do ciclo)
Figura 62 – Ilustração do envoltório linear referente à atividade do músculo tibial anterior dos sujeitos sem (curva de
círculos sem preenchimento) e com (curva de círculos com preenchimento) instabilidade funcional de tornozelo
no movimento de deslocamento lateral
138
BIOMECÂNICA
Observação
7.3 Dinamometria
As forças internas são mais raras de serem registradas, porque tal procedimento experimental depende
da implantação do sensor que as registra no interior do corpo do sujeito, conhecido por transdutor de
força. Três estudos clássicos da Biomecânica usaram esse tipo de procedimento.
139
Unidade III
7,0
Tubo de Tubo de
polimento NP
silicone fexível
relativamente
rígido
Figura 63 – Ilustração do transdutor de pressão em forma de agulha que foi inserido no disco intervertebral
entre as vértebras lombares L4 e L5 para registro da pressão intradiscal
A intenção dos autores foi medir a pressão sobre o disco intervertebral em diferentes posturas
estáticas, como mostra o gráfico:
500
350
Pico de pressão intradiscal
normalizado em 100%
300
20 kg
250
200
150
100
50
0
Posições estáticas
Figura 64 – Resultados do registro de pressão intradiscal com dinamômetro de agulha em diferentes posturas estáticas
140
BIOMECÂNICA
Observação
Exemplo de aplicação
Nachemson (1976) e Wilke et al. (1999) mostraram o comportamento das forças de pressão sobre o
disco intervertebral em diferentes posições estáticas com e sem adição de implementos (pesos).
Reflita sobre a relação entre o tamanho do braço de alavanca resistente na coluna, o aumento da
atividade dos músculos estabilizadores de coluna e o aumento da pressão intradiscal nas diferentes
posições estáticas com e sem implemento adicional.
Outro tipo de força que pode e é exaustivamente registrada e analisada na área da Biomecânica é a
força externa. Para o registro dessa grandeza física, os equipamentos são posicionados fora do corpo do
sujeito, sobre a região plantar, por exemplo, ou no ambiente do laboratório.
Ao posicionar um equipamento na região plantar para medir a força que incide nessa área, pretende-
se medir a grandeza física conhecida por pressão, mais especificamente a pressão plantar.
Os instrumentos usados na dinamometria para medir pressão devem, portanto, ter uma área
sobre a qual a força será imposta em determinada região do corpo. Para isso, existem as palmilhas,
os tapetes e as plataformas, conforme as figuras a seguir, que medem a distribuição de pressão
no aparelho locomotor.
As palmilhas representadas na figura são muito usadas para verificar a pressão imposta sobre as
áreas dos pés em movimentos de locomoção (caminhada, corrida e salto). Quando o pé é posicionado no
solo, na caminhada e na corrida, por exemplo, mudamos o ponto de apoio da região do calcanhar para
a região dos dedos, cada vez que trocamos o pé que está no chão. Isso permite a transferência do peso
corporal para propulsionar o corpo para frente. No entanto, para ocorrer o deslocamento dessa força
sobre a região plantar, nos instantes de colocação e retirada do pé do solo, a área de contato na qual a
força está distribuída é menor, justamente pelo fato de os pontos de apoio estarem limitados ora nos
calcanhares, ora sobre os dedos.
141
Unidade III
Observação
F N
P= ( )
A m2
Onde:
Perceba que as variáveis pressão e área de contato ficam em linhas diferentes na equação que
acabamos de descrever. Isso indica que o comportamento dessas duas variáveis é inversamente
proporcional, ou seja, supondo que o valor da força permanece igual, quando o valor da área de contato
diminuir, a pressão aumentará, e quando o valor da área de contato aumentar, a pressão diminuirá. Para
garantir menor pressão local, deve-se, portanto, ou diminuir a força ou aumentar a área de contato na
qual a força incide.
Considerando a região plantar, o controle da pressão local protege a pele, evitando lesões
tegumentares do tipo vermelhidão local, bolhas, feridas e calosidades. Por conta disso, a indústria
de calçado usa muito o instrumento de distribuição de pressão plantar para testar e aperfeiçoar os
materiais usados em palmilhas e solados. Se um calçado for construído com um solado duro e/ou
uma palmilha com material pouco deformável, principalmente nas regiões de contato do pé com o
solo, haverá maior pressão local e o sujeito perceberá maior desconforto. Isso poderá comprometer a
aceitação e a venda do produto no mercado.
Os diabéticos neuropatas, diferentemente das pessoas sem essa patologia, não percebem as forças
externas aplicadas nas áreas das extremidades corporais, ou seja, eles não percebem a magnitude das
forças de pressão em regiões como as mãos e os pés. A percepção da magnitude dessas forças é essencial
para criarem estratégias de controle de forças.
142
BIOMECÂNICA
Por exemplo, se um idoso sem neuropatia diabética está caminhando em um parque e na caminhada
entra uma pedrinha no seu tênis, imediatamente ele parará o exercício físico para remover a pedra,
por perceber um grande incomodo em uma região do pé (maior pressão). No entanto, se essa mesma
situação for vivenciada por um sujeito com neuropatia diabética, o neuropata não parará o exercício
para remover a pedra, por ele não perceber que há pedra no tênis. O mecanismo de proteção do corpo
contra a pressão local que a pedra criará no pé desse sujeito em exercício é comprometido pela doença,
o que possivelmente provocará uma lesão tecidual, que para o diabético neuropata será muito grave,
haja vista que os diabéticos têm a capacidade de cicatrização de lesões teciduais afetada pela doença.
Observação
A palmilha deve ser ajustada ao tamanho do pé do sujeito analisado em movimento e colocada entre
a palmilha do calçado que será usado na coleta e a região plantar. Na condição descalço não há calçado,
portanto, não é possível usar a palmilha por não haver a possibilidade de fixá-la na região da planta do
pé no movimento, daí a necessidade da plataforma de distribuição de pressão.
Já na situação da sapatilha de ponta, apesar de existir um calçado, quando uma bailarina sobe nas
pontas, o local de apoio não é na região da planta do pé, mas sim na região do dorso do pé, porção
superior dos dedos. Então, analisar a pressão na região plantar não faria sentido com o uso das sapatilhas
de ponta. Quando a bailarina sobe nas pontas sobre a plataforma de pressão, verifica-se uma área em
formato circular com cores mais fortes na parte sob a porção anterior dos pés. Por isso, as feridas, bolhas
143
Unidade III
e calosidades se formam na porção superior dos dedos dos pés, já que essa é a área de maior contato
entre pé e sapatilha de ponta e, portanto, a que recebe forças de pressão de maior magnitude.
Quando se pretende registrar apenas a força imposta ao corpo sem importar em qual área essa força
incide, utiliza-se a plataforma de força de reação do solo. Esse instrumento pode ser fixado no solo ou
montado em esteira, conforme demonstrado pelas figuras a seguir.
Figura 65 – Ilustração da plataforma de força de reação do solo para registro do choque mecânico no movimento
Já a plataforma de força fixa no solo pode ser usada para quantificar o impacto em qualquer
movimento no qual o pé a toca, como saltos, movimentos de mudança de direção, marcha e corrida.
144
BIOMECÂNICA
Outra vantagem é a possibilidade de medir as forças que ocorrem em todas as direções do movimento,
vertical, horizontal anteroposterior e horizontal médio-lateral.
Então, a ambientação no local de coleta será muito importante para o sujeito conseguir perceber
o espaço que possui para colocar o pé sobre a plataforma. Muitas vezes, essa ambientação demanda
tempo, então a coleta de dados torna-se mais longa, o que caracteriza uma desvantagem, passível de
ser controlada, da plataforma de força de reação do solo em relação à esteira instrumentalizada.
Como o instrumento mede o impacto e é conhecido por plataforma de força de reação do solo,
fica fácil descobrir com base em qual conceito ele foi desenvolvido. A Terceira Lei da Física descoberta
e escrita por Newton mostra que para toda ação, existe uma reação de igual magnitude e direção e
sentido oposto.
Observação
F = m x a (N)
Onde:
Uma característica muito importante da plataforma de força de reação do solo é que ela quantifica
a força dinâmica, ou seja, toda variação de força para mais ou para menos no movimento é registrada
em forma de gráfico. Um exemplo dessa medida pode ser observado na figura a seguir.
145
Unidade III
Fy1
t Fy1
Tempo (s)
Figura 67 – Gráfico que ilustra a continuidade do registro da plataforma de força de reação do solo ao longo do tempo
do movimento. Fy1 é o primeiro pico de força da componente vertical da força de reação do solo, Fy2 é o segundo pico
de força da componente vertical da força de reação do solo, ΔtFy1 é o intervalo de tempo para alcançar Fy1
O gráfico dessa figura ilustra como a força varia no movimento da corrida e mostra os principais
valores que são observados para estudar esse movimento, tais como, os valores de força máxima (picos
de força), os de depleção de força (queda da força) e os de tempo de ocorrência para as maiores e
menores forças no movimento.
Se esse instrumento fizesse somente medidas estáticas, o resultado observado seria de apenas um
único valor que representaria a força máxima do movimento, o que aconteceria antes ou depois desse
valor máximo ficar desconhecido. Um exemplo de quantificação de força estática pode ser observado
no dinamômetro estático de preensão manual, que mede somente o valor máximo da força de preensão
imposta ao dinamômetro.
Além de representar o movimento na forma de gráfico, ou seja, por meio de uma análise dinâmica, a
Plataforma de Força de Reação do Solo é capaz de dividir as forças nas suas três componentes ortogonais:
vertical, horizontal anteroposterior e horizontal médio-lateral (veja a figura a seguir).
A componente vertical da força de reação do solo, também conhecida por meio do símbolo
Fy, representa a quantidade de impacto aplicado no aparelho locomotor em determinado
movimento. Ela sofre grande influência da ação da força da gravidade, por isso é a mais estudada
na Biomecânica. Veja:
146
BIOMECÂNICA
FRS (PC)
Componente horizontal
0.5 mediolateral (Fz)
Figura 68 – Ilustração do gráfico tridimensional obtido pela plataforma de força de reação do solo no movimento da marcha
As curvas das componentes verticais da força de reação do solo para os movimentos da marcha, da
corrida e do salto estão representadas nas figuras a seguir. Além do formato da curva específico de cada
movimento, o conhecimento sobre a forma de controle do impacto por meio do controle da intensidade
e da frequência das cargas externas é de fundamental importância. Nesta disciplina, exploraremos a
manipulação do controle de cargas mecânicas para o movimento da marcha.
PC
de reação do solo (Fy)
T1 T2 T3 T4
Tempo (s)
147
Unidade III
Tempo (s)
F (N)
16000
12000
Componente vertical da força
Fz
de reação do solo (Fy)
8000
4000
t (s)
0
0.1 0.2
A componente horizontal anteroposterior da força de reação do solo, abreviada por meio do símbolo
Fx, informa sobre a eficiência do deslocamento horizontal de determinado movimento. Quando há um
movimento no qual é de fundamental importância propulsionar o corpo para frente, como no caso da
marcha e da corrida, mensurar e estudar os impulsos de frenagem e de aceleração para comparação de
seus valores é essencial.
148
BIOMECÂNICA
Observação
I = F x t (N x s)
Onde:
Como a plataforma de força de reação do solo mede a força em função do tempo, se uma área
abaixo da curva for calculada com o uso de um software de computador, esta caracterizará o valor do
impulso. No caso de um movimento eficiente, o valor do impulso de aceleração deverá ser maior do que
o valor do impulso de frenagem, mostrando que o sujeito desacelerou pouco o movimento e acelerou
mais, ou seja, foi eficiente no deslocamento horizontal.
A componente horizontal médio-lateral, conhecida por Fz, é a última curva de força registrada pela
plataforma que identifica os movimentos de supinação e pronação do movimento da marcha e da
corrida e a força nos movimentos de deslocamento lateral e mudança de direção.
Normalmente, no início do apoio da marcha e da corrida, o peso do corpo posiciona-se nas porções
posterior e lateral do pé, caracterizando um movimento de supinação. Em seguida, o peso corporal é
transferido para toda a região plantar e, na sequência, o peso corporal fica na porção anterior e medial
do pé, movimento de pronação. O movimento de transferência do peso corporal da borda lateral para a
borda medial do pé é outra estratégia do aparelho locomotor que favorece o controle de impacto sobre
o corpo, por isso a análise da componente horizontal médio-lateral é importante.
Apesar da importância da análise dessa força, ela varia muito entre os diferentes sujeitos. Existem os
pronadores típicos, que ficam na maior parte do tempo apoiados na borda medial do pé; os supinadores
típicos, que ficam na maior parte do tempo apoiados na borda lateral do pé; e os com pisada neutra, que
realizam os movimentos de forma combinada. Dada essa variação, apesar da relevância de tal força, ela
é difícil de ser caracterizada com um padrão.
149
Unidade III
Saiba mais
Assista aos vídeos que mostram a dinâmica do uso dos instrumentos da
dinamometria na análise da marcha no site a seguir:
NOVEL. Product applications. [s.d.]. Disponível em: <http://www.novel.
de/novelcontent/product-applications58>. Acesso em: 18 nov. 2016.
Os movimentos mais comuns do dia a dia dos sujeitos que vivem no meio terrestre são os da
locomoção, particularmente a marcha e a corrida (NORDIN; FRANKEL, 2014; WINTER, 1991). Por serem
tão comuns e por permitirem o deslocamento do homem em seu hábitat, o conhecimento sobre a forma
de execução para otimizar seu uso é de grande importância para a Biomecânica, a fim de torná-los cada
vez mais eficientes e econômicos, ou seja, tecnicamente perfeitos.
A descrição das fases dos movimentos da locomoção é o primeiro passo para conhecer sua forma de
execução, que se dá pelo uso da cinemetria.
Lembrete
A marcha humana é caracterizada por um ciclo determinado por três fases: apoio, balanço e
duplo apoio (NORDIN; FRANKEL, 2014; WINTER, 1991). Para cada fase, existem subfases, que serão
descritas a seguir.
A fase de apoio tem início quando o calcanhar toca o solo. Em seguida, toda a região do pé é apoiada no
solo, realizando o chamado aplainamento do pé. Com o apoio completo da região plantar, o peso corporal é
transferido para o antepé com a aceleração da perna para frente, caracterizando o apoio médio da fase de
apoio. Após a transferência de peso do calcanhar para o antepé, o calcanhar é retirado do solo. Então, sobre os
dedos dos pés, o sujeito faz uma força contra o solo para propulsionar o corpo para frente. Com isso, os dedos
perdem o contato com o solo e a fase de apoio do ciclo da marcha é finalizada (veja a figura a seguir).
A continuidade do ciclo da marcha ocorre com a fase de balanço da mesma perna que acaba de
finalizar a fase de apoio. Essa perna, que perdeu contato com o solo, é inicialmente acelerada para
cima e para frente para transpor a perna contralateral (perna oposta que está em fase de apoio),
realizando a fase de aceleração. Em seguida, ela desacelera e abaixa para se preparar para iniciar
150
BIOMECÂNICA
uma nova fase de apoio, em um novo ciclo da marcha, com o contato inicial do calcanhar no solo,
conforme a figura a seguir.
Normalmente, para completar um ciclo da marcha, um sujeito normal fica 60% do tempo em fase de
apoio e 40% do tempo em fase de balanço para cada pé. O conhecimento sobre esses valores normativos
é de fundamental importância para verificar assimetrias na marcha.
Por exemplo, ao comparar um sujeito com artrose no quadril esquerdo, verificam-se diferenças
entre os valores temporais do apoio da perna saudável em relação à perna lesionada. A perna lesionada
mantinha o padrão de apoio temporal igual ao do sujeito normal, 60% do ciclo em fase de apoio e 40%
do ciclo em fase de balanço. Já a perna saudável teve o seu padrão temporal alterado para 80% do ciclo
em fase de apoio e 20% do ciclo em fase de balanço. Percebe-se, com isso, que a perna saudável, por
ficar mais tempo apoiada no solo do que a perna lesionada, é mais sobrecarregada no movimento da
marcha. Em longo prazo, o risco de lesão na perna saudável será muito grande por conta do excesso de
peso suportado pela estrutura no movimento, que é executado diariamente.
Essas alterações de suporte de peso do corpo são inconscientes, determinadas pelo comando
e controle do sistema nervoso central, que tem como objetivo preservar o segmento lesionado.
Resta aos profissionais da saúde entenderem esse comportamento para fortalecer e estabilizar
as estruturas dos segmentos do corpo, a fim de postergar o aparecimento de novas lesões por
compensação de movimentos.
Desaceleração Toque do
calcanhar
Aplainamento
do pé
Fase de
balanço
40%
Fase de
apoio
60%
Retirada do calcanhar
Retirada dos dedos
Figura 72 – Ilustração dos aspectos temporais do ciclo da marcha, fases de apoio e balanço
Existe um momento na marcha em que um pé está finalizando a fase de apoio sobre os dedos no mesmo
instante em que o outro pé está iniciando a fase de apoio sobre o calcanhar (veja a figura a seguir), ou seja,
151
Unidade III
os dois pés estão em contato com o solo, característica de contato que determina a fase de duplo apoio da
marcha. Essa é realmente a fase que define o movimento da marcha, tanto que se os atletas de marcha atlética
não apresentarem a fase de duplo apoio em todo o percurso da competição, eles são desclassificados por
mudar o padrão da marcha humana (NORDIN; FRANKEL, 2014; WINTER, 1991).
Apoio duplo Apoio simples direito Apoio duplo Apoio simples esquerdo Apoio duplo
Figura 73 – Ilustração das fases de apoio, balanço e duplo apoio do ciclo da marcha
Além da caracterização das fases da marcha, é importante descrever e conhecer a importância dos
parâmetros espaciais do ciclo da marcha, do comprimento do passo e do comprimento da passada,
conforme a figura a seguir. O comprimento do passo é medido do apoio do calcanhar no solo até o
momento de retirada dos dedos do solo, portanto, determina a distância percorrida pelo sujeito na fase
de apoio do ciclo da marcha. Já o comprimento da passada é medido do apoio do calcanhar no solo
de um dos pés até um novo apoio do calcanhar no solo do mesmo pé, ou seja, compreende o valor de
deslocamento horizontal de um ciclo completo do movimento da marcha.
Passo esquerdo
Balanço esquerdo
Apoio simples (perna esquerda)
Apoio duplo
Balanço direito
Apoio simples (perna direita)
152
BIOMECÂNICA
Casos de ineficiência do movimento são verificados em sujeitos com patologias, como a paralisia
cerebral. Essa doença neurológica compromete os movimentos do corpo, podendo afetá-lo de diferentes
formas. A hemiplegia ocorre quando um dos lados do corpo, membros inferiores e superiores do lado
esquerdo ou membros inferiores e superiores do lado direito, tem sua movimentação comprometida. A
diplegia é caracterizada pela paralização ou dos dois braços ou das duas pernas. E a tetraplegia se dá
pela paralisia dos quatro segmentos corporais, braços e pernas.
A postura corporal na marcha de um sujeito com diplegia muda, os membros inferiores ficam com
as articulações do quadril e joelho mais flexionadas, enquanto o tornozelo permanece o tempo todo
estendido e em rotação. Esse posicionamento ocorre pelo fato de a doença afetar o tônus muscular,
deixando-o mais rígido. Tal rigidez altera o comprimento do passo e da passada desses sujeitos, deixando-
os mais curtos.
Vaughan et al. (1997) constataram diferenças nos valores do comprimento do passo entre 14 sujeitos
com diplegia nos membros inferiores, 0,74 m, e 25 sujeitos normais, 1,14 m, no ciclo da marcha.
Os movimentos das articulações do tornozelo, joelho e quadril no ciclo da marcha também são
passíveis de mensuração e caracterização após sua filmagem. A figura a seguir mostra as curvas dos
movimentos das articulações dos membros inferiores no ciclo da marcha (0 a 100%) no plano sagital. A
curva inferior do gráfico representa os movimentos de flexão e extensão do tornozelo; a curva do meio,
os movimentos de flexão e extensão do joelho; e a curva superior, os movimentos de flexão e extensão
do quadril.
Antes da interpretação do gráfico da figura a seguir, tenha em mente que os valores crescentes
no eixo y das curvas indicam os movimentos de flexão articular, e os decrescentes, os de extensão. Já
153
Unidade III
o eixo x descreve o tempo no qual o movimento articular ocorreu no ciclo da marcha, sendo que de
0 a 60% é a fase de apoio e de 60 a 100% é a fase de balanço.
30
20
10
0 Quadril
-10
-20
Retirada do calcanhar
70
Contato de calcanhar
Contato de calcanhar
Retirada dos dedos
Ângulo articular
60
Balanço médio
Pé aplainado
Apoio médio
50
40
30
20
10
0 Joelho
10
0 Tornozelo
-10
-20
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Porcentagem do ciclo
No início da fase de apoio, quando o calcanhar toca o solo, a articulação do tornozelo estende. Esse
movimento permitirá o aplainamento do pé no solo e ocorre em até aproximadamente 8% do ciclo
da marcha. Após esse período, o tornozelo flexiona e amplia o movimento até os 45% do ciclo, o que
permitirá a transposição da perna por cima do pé de apoio, garantindo a transferência do peso corporal
do calcanhar para o antepé. Com o peso corporal concentrado no antepé, aos 46% do ciclo, o calcanhar
é removido do solo com uma extensão de tornozelo, que fica cada vez mais ampla até a retirada dos
dedos do chão aos 60% do ciclo da marcha. Essa última ação articular finaliza a fase de apoio da marcha
(veja a figura anterior).
Na fase de balanço, o tornozelo flexiona e mantem-se assim para garantir a postura do pé. Se esse
movimento não ocorrer, o pé ficará solto e poderá bater no chão, comprometendo a ação motora com
um tropeço. Aos 90% do ciclo da marcha, o tornozelo volta a estender para preparar o pé para um
novo apoio. O movimento de extensão iniciado no final da fase de balanço continua no início da fase
de apoio, caracterizando a continuidade de um movimento cíclico como é o da marcha, o que pôde ser
visto na figura anterior.
Ao verificar o movimento do tornozelo no ciclo da marcha é possível perceber que essa articulação
tem duas funções importantes no movimento: a primeira, de aceleração, uma vez que na fase de apoio
os movimentos estão condicionados para propulsionar o corpo para frente; e a segunda, de estabilização
postural, já que na fase de balanço o tornozelo garante a postura correta do pé no ar para o sujeito não
tropeçar e, na sequência, ajusta o posicionamento do pé para um novo apoio.
154
BIOMECÂNICA
Para ajudar na transferência de peso do calcanhar para o antepé, entre 10% e 35% do ciclo da
marcha, o joelho estende. Em seguida, como o calcanhar é retirado do solo, o joelho volta a flexionar,
aumentando progressivamente a amplitude desse movimento até atingir o pico máximo de flexão aos
70% do ciclo da marcha na fase de balanço. Na sequência, a perna deve acelerar em direção ao solo
para preparar o corpo para um novo apoio, portanto, uma nova extensão de joelho será necessária até
os 95% do ciclo da marcha. Nos 5% restantes do ciclo, verifica-se a preparação do corpo para recepção
da próxima carga externa, que ocorrerá no contato do pé com o solo subsequente.
A articulação do quadril executa dois movimentos amplos, de extensão e de flexão, no ciclo na marcha.
Um pouco antes do início do apoio (aos 88% do ciclo da marcha), a perna que está em fase de balanço
deverá acelerar para baixo, dessa forma, o movimento de extensão de quadril será necessário. Após o
contato do pé com o solo, no início da fase de apoio, esse movimento de extensão de quadril continua e
tem sua amplitude aumentada até os 54% do ciclo da marcha, a fim de garantir a transferência de peso
do calcanhar para o antepé, auxiliando na propulsão do movimento.
Com a flexão da articulação do joelho e a retirada do calcanhar do solo, a coxa para de se deslocar
para trás e começa a se deslocar para frente, promovendo a flexão da articulação do quadril. Com a
flexão do quadril, a marcha transita da fase de apoio para a fase de balanço, e aos 88% do ciclo o quadril
volta a estender para um novo apoio.
Os movimentos padrão do tornozelo, joelho e quadril dos sujeitos saudáveis são comparados aos
de sujeitos com patologia. Tal comparação permite identificar diferenças que podem comprometer a
eficiência da marcha, mas, mais do que isso, possibilita desenvolver tratamentos que resultarão na
melhora da qualidade de vida de um sujeito com marcha patológica.
Para ilustrar como a análise cinemática dos ângulos articulares da marcha pode ser muito importante
para o professor de Educação Física, os resultados e discussão do estudo de Yim et al. (2015) serão
apresentados a seguir.
A figura a seguir mostra o gráfico da variação angular da fase de apoio do movimento da marcha
para ambas as pernas, com e sem lesão.
45
Sujeitos sem rompimento do LCA
40 Sujeitos com rompimento do LCA
Extensão (-)/Flexão (+)(º)
35
30
25
20
15
10
5
0
0 10 20 30 40 50 60
Ciclo da marcha (%)
A curva vermelha do gráfico representa o movimento do joelho com ligamento cruzado anterior
rompido e a curva azul do joelho sem lesão, ambas na fase de apoio da marcha. É possível verificar que
no início do apoio os dois joelhos apresentaram o movimento de flexão para controlar o impacto aplicado
ao aparelho locomotor, sem prejuízos ou diferenças na amplitude articular entre as pernas. Já no final
do apoio houve uma importante diferença no movimento de extensão do joelho para propulsionar o
corpo; o joelho com ligamento cruzado anterior rompido diminuiu sua amplitude de extensão quando
comparado ao movimento do joelho sem lesão (conforme a figura anterior).
Esse comportamento do joelho lesionado pode ser explicado ao pensarmos na característica da lesão
do ligamento cruzado anterior. Com o rompimento desse ligamento, a instabilidade do joelho aumenta
na direção anterior, isso porque a função do ligamento cruzado anterior, de evitar a anteriorização da
tíbia, está prejudicada. Para realizar a extensão do joelho, o músculo do quadríceps, que está conectado
na porção anterossuperior da tíbia, na tuberosidade tibial, encurta. Esse encurtamento provoca a tração
da tíbia para frente.
Sabendo que a estrutura passiva (ligamento cruzado anterior) que controla a anteriorização da tíbia
está rompida, o sistema nervoso central impede a ação vigorosa do músculo do quadríceps no joelho
que está com ligamento cruzado anterior rompido no final da fase de apoio da marcha. Com isso,
há a proteção da estrutura articular, pois com menor extensão da articulação do joelho lesionado, o
deslocamento anterior da tíbia será minimizado.
A garantia dos movimentos articulares da marcha ocorre devido à participação dos músculos para
controlar e produzir o movimento. Então, para melhor entendimento do movimento, discutiremos as
ações musculares na marcha a seguir.
Lembrete
Para a movimentação do tornozelo na marcha, os músculos tibial anterior e tríceps sural trabalham
no ciclo do movimento da forma representada nas duas próximas figuras. No início da fase de apoio, o
movimento de extensão de tornozelo, que ocorre após o contato do calcanhar com o solo, é executado
pela ação excêntrica do músculo tibial anterior. Com isso, toda região plantar pode ser aplainada sobre
o solo de forma controlada.
Do apoio médio da fase de apoio da marcha até a retirada do calcanhar do solo, o músculo tríceps
sural começa a agir. Inicialmente ele realiza uma contração excêntrica para controlar a aceleração da
perna para frente. Em seguida, o pé será removido do solo, e para isso, o músculo tríceps sural agirá em
contração concêntrica, para estender o tornozelo e empurrar o chão, no instante em que os dedos do pé
estão apoiados no solo. Com essa ação, o pé desprenderá do solo e a fase de apoio finalizará (NORDIN;
FRANKEL, 2014; WINTER, 1991).
157
Unidade III
apoio balanço
0 60 100
350
Intensidade do sinal EMG 300
250
200
150
100
50
0
0
20
40
60
80
100
Ciclo da marcha (%)
apoio balanço
0 60 100
400
Intensidade do sinal EMG
300
200
100
0
0
20
40
60
80
100
Na fase de balanço, o tornozelo é mantido em flexão. Esse movimento articular é feito pela ação
concêntrica do músculo tibial anterior para manter a postura do pé adequada nessa fase e evitar
tropeços. Somente no final da fase de balanço é que se verifica o início da extensão do tornozelo para
preparar o segmento para um novo apoio, mostrando a continuidade e repetição do movimento do
tornozelo no ciclo da marcha (NORDIN; FRANKEL, 2014; WINTER,1991).
158
BIOMECÂNICA
Para a movimentação do joelho na marcha, os músculos do quadríceps apresentam picos de ativação nos
seguintes instantes do ciclo do movimento (veja as duas próximas figuras). A articulação do joelho na marcha
inicia com certa flexão e aumenta a amplitude desse movimento articular nos primeiros instantes do apoio
do calcanhar com o solo. Tal ação é garantida pelo alongamento do complexo do quadríceps, que controla o
impacto no movimento, portanto, o músculo age em contração excêntrica. Em seguida, o joelho é estendido
para acelerar o corpo para cima e para frente e o complexo do quadríceps gera esse movimento por meio de
seu encurtamento, então em ação concêntrica (NORDIN; FRANKEL, 2014; WINTER, 1991).
apoio balanço
0 60 100
500
Intensidade do sinal EMG
400
300
200
100
0
0
20
40
60
80
100
apoio balanço
0 60 100
400
Intensidade do sinal EMG
300
200
100
0
0
20
40
60
80
100
159
Unidade III
Após essa ação inicial no músculo do quadríceps, principalmente para o controle do impacto no
movimento da marcha, os músculos vasto lateral, vasto medial e vasto intermédio não participam mais
do movimento até os 90% do ciclo da marcha. Entretanto, ao visualizar o gráfico da figura anterior, que
informa a ação do músculo reto femoral, verifica-se a participação desse músculo na transição da fase
de apoio para fase de balanço da marcha.
O músculo reto femoral é biarticular, faz a extensão do joelho e participa da flexão do quadril. Na
transição da fase de apoio para a fase de balanço, o quadril flexiona para remover a perna do solo; com
isso, o músculo reto femoral é acionado em contração concêntrica para realizar esse movimento em
conjunto com o complexo do iliopsoas. Quando o movimento do quadril na fase de balanço é alterado
para extensão aos 95% do ciclo da marcha, o músculo reto femoral, em contração excêntrica, controla a
aceleração para baixo do segmento coxa-perna-pé, minimizando o impacto entre corpo e solo no apoio
subsequente (NORDIN; FRANKEL, 2014; WINTER, 1991).
apoio balanço
0 60 100
400
Intensidade do sinal EMG
300
200
100
0
0
20
40
60
80
100
160
BIOMECÂNICA
apoio balanço
0 60 100
400
200
100
0
0
20
40
60
80
100
Ciclo da marcha (%)
Aos 79% do ciclo da marcha, o músculo bíceps femoral, que também atua na articulação do joelho,
é acionado em contração excêntrica para controlar a extensão do joelho na fase de balanço. A partir daí,
os músculos que trabalham no quadril estarão ativados para garantir a postura adequada da perna para
um novo apoio (NORDIN; FRANKEL, 2014; WINTER, 1991).
Os músculos que estabilizam o tronco, eretores da espinha e reto do abdome, também são muito
importantes para o controle do movimento da marcha (veja as duas próximas figuras).
161
Unidade III
apoio balanço
0 60 100
300
Intensidade do sinal EMG
200
100
0
0
20
40
60
80
100
Ciclo da marcha (%)
apoio balanço
0 60 100
180
Intensidade do sinal EMG
160
140
120
100
80
60 CV = 37.5%
40 Mean(µV) = 7.3
20
0
0
20
40
60
80
100
O músculo reto do abdome (veja a figura anterior) apresenta ativação, em contração isométrica,
em todo ciclo. Isso mostra a importância em selecionar exercícios com o objetivo de desenvolver força
muscular isométrica resistente com a coluna ereta. Em postura bípede, a ação do reto do abdome é
exigida constantemente, portanto, esse grupamento muscular deve ser muito bem treinado para evitar
lesões na coluna.
162
BIOMECÂNICA
O músculo vasto lateral também apresentou atraso e menor pico de ativação no início do apoio do
pé com o solo, conforme indicado por Sacco e Amadio (2000). Nesse instante é o calcanhar que entra
em contato com o solo, região do pé de diabéticos neuropatas também mais suscetível à incidência de
úlceras. Assim, novamente os autores discutem a possibilidade da falta de controle no amortecimento
do segmento coxa-perna-pé no início do apoio, que pode facilitar a ocorrência de úlceras na região do
calcanhar por falha de ativação do músculo vasto lateral.
Apesar de a eletromiografia trazer alguns indicadores da sobrecarga local na região plantar dos
diabéticos neuropatas, o instrumento que efetivamente mede a força local é a palmilha ou plataforma
de pressão plantar.
Nazário, Santos e Ávila (2011) verificaram o padrão da distribuição de pressão plantar, com a
plataforma Emed, de cinco sujeitos normais, e mostraram que as áreas com maior pico de pressão
foram o calcanhar e o antepé. O outro grupo analisado pelos mesmos autores, com seis sujeitos, tinha
o pé plano, e por conta dessa alteração estrutural no formato do pé, o grupo mostrou menores picos de
pressão no calcanhar e no antepé e maior pico de pressão no médio-pé quando comparado ao grupo
de sujeitos normais.
Percebe-se que a pressão plantar pode sofrer influência em função do tipo de pé, dependendo do
tamanho da área de contato que está no solo, e também em função de patologias. Nessa segunda
condição, além dos diabéticos neuropatas, sujeitos com a doença de Parkinson também podem modificar
o padrão de distribuição de pressão plantar devido aos distúrbios neurais.
163
Unidade III
Parkinsonianos
Controle
Figura 85 – Gráfico comparativo dos valores do pico de pressão plantar entre sujeitos com mal
de Parkinson e sujeitos sem patologia nas regiões do retropé, médio-pé, antepé e dedos
Na região plantar existem muitos mecanorreceptores que informam o sistema nervoso central
sobre a condição de distribuição de peso corporal sobre o pé quando são comprimidos (HENNIG;
STERZING, 2009). Essa informação tanto serve para permitir o controle de cargas externas e evitar
lesões tegumentares como para identificar se o apoio está seguro e equilibrado ou não. No caso
dos parkinsonianos, a doença compromete o controle de equilíbrio; dessa forma, o apoio mais
aplainado do pé no solo nos instantes iniciais comprime mais mecanorreceptores, que ajudam
esses sujeitos a controlarem melhor o equilíbrio por identificarem como o peso corporal está
distribuído na região plantar.
Kimmeskamp e Hennig (2001) evidenciaram que essa estratégia adotada pelos parkinsonianos
para controle de equilíbrio é cada vez mais explorada com o avanço da doença (veja a figura a
seguir). Ao correlacionarem o estágio de desenvolvimento da doença pela Escala de Webster com
o pico de pressão na região do calcanhar, os autores verificaram que os valores do pico de pressão
no calcanhar diminuem com o aumento da gravidade da doença (maiores valores da Escala de
Webster). Isso indica que os parkinsonianos ajustam as respostas mecânicas quanto à distribuição
de pressão plantar para conseguir informações mais eficientes para o controle do equilíbrio.
Quanto maior for o comprometimento do controle do equilíbrio por meio do sistema nervoso
central causado pelo agravamento da doença, maior será o uso do recurso de aumentar a área de
contato no apoio inicial.
164
BIOMECÂNICA
400
(p = 0.002)
350
250
200
150
100
Figura 86 – Gráfico que ilustra a correlação entre o pico de pressão plantar na região do calcanhar com os valores
da Escala de Webster, que indica o grau de comprometimento do corpo pelo mal de Parkinson
A componente vertical da força de reação do solo é conhecida por Fy e está ilustrada para o
movimento da marcha na figura a seguir. Ela apresenta um gráfico da componente vertical da força de
reação do solo no movimento da marcha, onde T1 é o contato do calcanhar direito com o solo (inicio do
apoio do pé direito), T2 é o contato do calcanhar esquerdo com o solo (inicio do apoio do pé esquerdo),
T3 é a retirada dos dedos do pé direito do solo (fim da fase de apoio do pé direito), T4 é a retirada dos
dedos do pé esquerdo do solo (fim da fase de apoio do pé esquerdo), PC é a linha que representa o valor
do peso corporal do sujeito analisado, Fy1 é o primeiro pico de força da componente vertical da força
de reação do solo, Fy2 é o segundo pico de força da componente vertical da força de reação do solo,
ΔtFy1 é o intervalo de tempo para alcançar Fy1 e Fymin é a depleção da componente vertical da força
de reação do solo.
165
Unidade III
Fy1 Fy2
t Fy1
T1 T2 T3 T4
Tempo (s)
É importante verificar que o gráfico da Fy da marcha apresenta dois picos bem característicos no
início e no final da curva e um vale no meio para cada pé que produz força sobre a plataforma de
força de reação do solo (conforme a figura anterior). O primeiro pico de força é conhecido por Fy1 e
representa o registro do impacto no instante de contato do pé com o solo. Esse é um parâmetro muito
importante para ser analisado na marcha, porque se o corpo não for eficiente para controlar a carga
mecânica pelos movimentos articulares e pelos músculos, as estruturas passivas serão mais solicitadas
nesse instante do movimento e podem ser lesionadas em longo prazo.
Existe um valor normativo para Fy1 no movimento da marcha, que varia de 1,2 a 1,5 vezes o peso
corporal (PC). Em caminhadas mais lentas, cada vez que o pé é apoiado sobre o solo, o corpo tende a
receber um impacto no valor de 1,2 PC; já em caminhadas mais rápidas, próximas a uma corrida, o
valor de Fy1 aumenta para aproximadamente 1,5 PC. Com isso, é possível ter um parâmetro bastante
interessante para o controle do impacto no movimento da marcha, que é a sua velocidade de execução.
Quanto mais rápida for a marcha, maior será o impacto.
Atentar para essa situação é particularmente relevante, quando se pensa na forma como a marcha é
usada por indivíduos sem o conhecimento adequado sobre o controle do impacto. Não é difícil encontrar
em parques públicos indivíduos com condicionamento físico aquém do esperado praticando caminhada
em alta velocidade para aumentar o gasto energético, no intuito de emagrecer mais rápido. Apesar
da intenção de melhorar a adaptação do corpo a um estímulo metabólico de maior intensidade, os
parâmetros mecânicos também devem ser considerados na prática desse exercício físico; assim, usar
o movimento mais veloz em uma condição física ruim facilitará a ocorrência de lesão por excesso de
estresse mecânico, o que torna o controle da velocidade da marcha fundamental no planejamento de
sua prática.
Além do controle sobre a magnitude do impacto, que é obtido com o valor de Fy1, o controle da
frequência do exercício físico também é de suma importância para evitar lesões por excesso de uso.
No caso da marcha, cada vez que o sujeito iniciar um passo, ele receberá uma carga de magnitude
equivalente à velocidade adotada no movimento. Portanto, quanto mais passos forem executados em
166
BIOMECÂNICA
uma sessão de treino, maior será o impacto. Com isso, além da velocidade de execução da marcha, a
distância percorrida ou o tempo de prática também são fatores a serem considerados e controlados para
determinar a intensidade do treino.
Amortecer de forma adequada o impacto recebido no início do apoio do pé com o solo na marcha
favorece a execução correta do movimento e cria nova estratégia de controle de carga. A qualidade
desse amortecimento é registrada pela plataforma de força de reação do solo pelo intervalo de tempo
entre o contato inicial do calcanhar com o solo e Fy1. Essa variável é conhecida com ΔtFy1. Quando as
articulações, em especial a do joelho, flexionam no início do apoio do calcanhar com o solo na marcha,
verifica-se a suavização do choque entre o aparelho locomotor e o solo. No gráfico da figura anterior
esse fenômeno pode ser observado com o aumento do valor de ΔtFy1, que indica um movimento com
maior amortecimento, maior tempo para alcançar Fy1.
As variáveis Fy1 e ΔtFy1 têm tanta importância para informar sobre o controle de choque mecânico
que a razão entre elas também é estudada por meio da taxa de crescimento de Fy1.
Observação
Fy1 N
Tx =
∆tFy1 s
Onde:
Uma marcha com impacto mais controlado é evidenciada quando a primeira parte do gráfico possui
uma inclinação da curva mais na diagonal do que na vertical. Neste caso, Fy1 será menor e o ΔtFy1 será
maior, definindo uma Tx de valor menor. Essa é uma condição de amortecimento ótima na realização da
marcha com grande controle de impacto.
Após Fy1, verifica-se um vale na componente vertical da força de reação do solo, que representa
um instante de queda da força na marcha, registrada pelo valor da variável Fymin. Essa queda da força
ocorre devido à aceleração da perna de balanço para cima, aliviando parcialmente o peso corporal sobre
a perna de apoio em cada passo do movimento.
167
Unidade III
Considerando que em uma sessão de prática de marcha um sujeito executa vários passos, ter, para
cada passo, um instante em que a força sobre o pé de apoio sofre uma queda é importante para o controle
de carga mecânica total da atividade. Sabendo disso, o desenvolvimento de exercícios de flexibilidade
e força, principalmente, para idosos é essencial, pois com essas capacidades físicas comprometidas, a
aceleração da perna para cima é menor e o valor de Fymin é maior. Dessa forma, a quantidade total de
carga mecânica sustentada pela perna de um idoso no dia a dia ou em uma sessão de treino será maior
do que a de um adulto (SERRÃO; AMADIO, 1994).
Resumo
Exercícios
Questão 1. (FUNRIO – MARICÁ-RJ) Com relação aos estresses mecânicos desenvolvidos nos corpos
submetidos às cargas externas, pode-se afirmar que:
A) Alternativa incorreta.
B) Alternativa correta.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: o estresse mecânico não depende exatamente da resistência interna do tecido. Isso
seria um fator se considerássemos que haverá lesão. Para haver o estresse mecânico, sem considerar se
houve ou não lesão, o principal fator é a carga externa.
169
Unidade III
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: é uma classificação que busca diferenciar se houve ou não movimento. Se pensarmos
no membro acometido, poderíamos até classificar como estático ou dinâmico, mas pensando no agente
externo, que é o que a questão aparentemente propõe, só pode ser dinâmico, já que sem movimento um
agente externo não pode causar estresse.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: o erro é que nem sempre um estresse externo vai causar respostas dolorosas ou
inflamatórias.
Questão 2. (ENADE 2010) A eletromiografia de superfície é uma técnica bastante utilizada na área de
ciências biomédicas para analisar o movimento humano e mostrar, por meio do eletromiograma (EMG),
a atividade elétrica do músculo, dada a somatória dos potenciais de ação na área abaixo do eletrodo.
Na realização da eletromiografia de superfície, além das configurações técnicas do equipamento e do
isolamento do sistema, a qualidade do sinal capturado depende:
III – Dos cuidados com a pele (tricotomia, abrasão e limpeza) para baixar a impedância tecidual.
A) I, II e III.
B) I, II e IV.
C) I, IV e V.
D) II, III e V.
E) III, IV e V.
170
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
FREITAS, A. et al. Análise da resistência mecânica de fixação de fratura do colo femoral em osso sintético
com DHS e parafuso antirrotatório. Revista Brasileira de Ortopedia, 49(6), p. 586-92, 2014. p. 589.
Figura 2
FREITAS, A. et al. Análise da resistência mecânica de fixação de fratura do colo femoral em osso sintético
com DHS e parafuso antirrotatório. Revista Brasileira de Ortopedia, 49(6), p. 586-92, 2014. p. 590.
Figura 3
HALL, S. Biomecânica básica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 28.
Figura 4
LIMA, C. S.; PINTO, R. S. Cinesiologia e musculação. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 152.
Figura 5
LIMA, C. S.; PINTO, R. S. Cinesiologia e musculação. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 152.
Figura 6
HALL, S. Biomecânica básica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 354.
Figura 7
A) FREITAS, A. et al. Análise da resistência mecânica de fixação de fratura do colo femoral em osso sintético
com DHS e parafuso antirrotatório. Revista Brasileira de Ortopedia, 49(6), p. 586-92, 2014. p. 590.
Figura 7
B) NORDIN, M.; FRANKEL, V. H. Biomecânica básica do sistema musculoesquelético. 4. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2014. p. 28.
Figura 8
NORDIN, M.; FRANKEL, V. H. Biomecânica básica do sistema musculoesquelético. 4. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2014. p. 30.
171
Figura 9
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Figura 10
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Figura 11
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Figura 16
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Figura 17
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Figura 18
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. Barueri: Manole, 2008. p. 137.
Figura 19
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Figura 20
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Figura 21
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Figura 22
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. Barueri: Manole, 2008. p. 161.
Figura 23
HALL, S. Biomecânica básica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 204.
Figura 24
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. Barueri: Manole, 2008. p. 167.
Figura 25
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. Barueri: Manole, 2008. p. 180.
Figura 26
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. Barueri: Manole, 2008. p. 182.
Figura 27
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. Barueri: Manole, 2008. p. 182.
Figura 28
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. Barueri: Manole, 2008. p. 183.
Figura 29
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. Barueri: Manole, 2008. p. 182.
Figura 30
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. Barueri: Manole, 2008. p. 201.
Figura 31
HALL, S. Biomecânica básica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 203.
173
Figura 32
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. Barueri: Manole, 2008. p. 201.
Figura 33
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. Barueri: Manole, 2008. p. 204.
Figura 34
A) HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. Barueri: Manole, 2008. p. 216.
Figura 34
B) HALL, S. Biomecânica básica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 242.
Figura 35
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. Barueri: Manole, 2008. p. 217.
Figura 36
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. Barueri: Manole, 2008. p. 219.
Figura 37
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. Barueri: Manole, 2008. p. 221.
Figura 38
HALL, S. Biomecânica básica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 264.
Figura 39
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. Barueri: Manole, 2008. p. 246.
Figura 40
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. Barueri: Manole, 2008. p. 246.
Figura 41
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. Barueri: Manole, 2008. p. 247.
174
Figura 42
HALL, S. Biomecânica básica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 267.
Figura 43
HALL, S. Biomecânica básica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 268.
Figura 44
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. Barueri: Manole, 2008. p. 250.
Figura 45
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. Barueri: Manole, 2008. p. 250.
Figura 46
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. Barueri: Manole, 2008. p. 249.
Figura 47
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. Barueri: Manole, 2008. p. 252.
Figura 48
HAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. Barueri: Manole, 2008. p. 254.
Figura 49
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Figura 50
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Figura 51
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www.qconcursos.com/arquivos/prova/arquivo_prova/21001/funrio-2008-sesdec-rj-fisioterapeuta-prova.pdf>.
Acesso em: 18 dez. 2016.
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Unidade III – Questão 1: FUNRIO – MARICÁ-RJ. Exame 2007: Fisioterapeuta. Questão 21. Disponível em:
<http://rotadosconcursos.com.br/questoes-de-concursos/fisioterapia/22537>. Acesso em: 18 dez. 2016.
184
185
186
187
188
Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000