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Direito Constitucional nas 5 Fontes

Aula 00 - Aula Demonstrativa


Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte

Aula 1
Direito Constitucional
Classificação, Estrutura e Normas Constitucionais
Professor: Vítor Cruz e Rodrigo Duarte

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Aula 1

Fala pessoal, tudo certo?


Vamos começar a segunda aula de nossa busca aos 100% de acertos!
Preparados? Então vamos nessa!

Classificação, Estrutura e Normas Constitucionais:

Classificação das Constituições.


Vamos ver agora como a doutrina classifica as Constituições.
Cada classificação refere-se a um foco específico de observação, logo, não são
classificações excludentes e sim "cumulativas", já que uma constituição
pode ter umas várias classificações diferentes, dependendo tão somente de
qual quesito está sendo observado, por exemplo a sua estrutura, extensão,
formação e até mesmo a forma como ela se relaciona com a realidade da
sociedade.
Vamos então analisar cada um desses quesitos:

1- Quanto à origem:
Significa a forma pela qual a Constituição se originou. Quanto à origem, a
Constituição pode ser:
 Promulgada (popular, ou democrática) – É aquela legitimada pelo
povo. É elaborada por uma assembléia constituinte formada por
representates eleitos pelo voto popular. (ex. Brasil de 1891, 1934, 1946 e
1988)
 Outorgada (imposta) - É aquela imposta unilateralmente pelos
governantes sem manifestação popular. Muitos autores chamam de
“Carta” e não de “Constituição”. (ex. Brasil de 1824, 1937, 1967 e a EC
1/69, que pode ser considerada como uma Constituição autônoma)
 Cesarista (ou bonapartista) -É uma carta considerada outorgada,
porém, é submetida a uma votação popular para que seja ratificada. Não
se pode dizer essa participação popular torna a constituição democrática,
já que se trata tão somente de uma ratificação para fins de
consentimento do povo com a vontade do governante.

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Pulo do Gato:
No Brasil tivemos 8 Constituições - 4 promulgadas e 4 Outorgadas. Foram
outorgadas as Constituições de 1824, 1937, 1967 e 1969 (dica: A primeira é
um número par, as demais são ímpares). Por outro lado, foram promulgadas as
de 1891, 1934, 1946 e 1988 (dica: A primeira é um número ímpar, as demais
são pares).

2- Quanto à forma:
 Escrita (ou instrumental) – É formalizada em um texto escrito. (ex.
Brasil de 1988)

Como já foi visto, a forma escrita é uma das


caracterísitcas do conceito ideal de Constituição do constitucionalismo moderno
e, para o Prof. Canotilho, a constituição escrita tem função de racionalizar,
estabilizar, dar segurança jurídica, além de ser instrumento de publicidade e
calculabilidade (calculabilidade significa que a Constituição escrita consegue
expor com maior clareza o que se pode e o que não se pode fazer).

 Não-escrita – Também chamada de Constumeira (Consuetudinária), não


se manifesta em estrutura solene. A matéria constitucional está
assentada e reconhecida pela sociedade em seus usos, costumes e etc.
(ex. Inglaterra).

a) Para Alexandre de Moraes, para ser escrita a constituição deve estar


codificada em um texto único. Se a constituição for baseada em leis esparsas
não pode ser considerada uma Constituição escrita.
b) Para o Prof. André Ramos Tavares, se a constituição estiver sistematizada
em um documento único será chamada de codificada, já se estiver em textos
esparsos, será chamada de legal.
c) O Prof. Pinto Ferreira utiliza a mesma lógica de André Ramos Tavares, mas
chama a primeira (texto único) de reduzida, enquanto a segunda (textos
esparsos) denomina de variada.

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d) É importante não confundir a nomenclatura "legal" da classificação do Prof.


Tavares com outra proposta por Alexandre de Moraes. Para este autor
(Alexandre de Moraes), constituição legal seria aquela que tem o poder de se
impor, tem força normativa tal qual as leis (essa classificação costuma ser
usada pela FCC).Assim, se utilizarmos o exemplo da CF/88, ela não seria legal,
mas sim codificada sob a ótica do Prof. Tavares (a qual relaciona estes termos
ao fato de os termos estarem ou não compilados), porém, seria uma
constituição legal se analisada sob este aspecto proposto por Alexandre de
Moraes (o qual utiliza o termo, não para distinguir a condensação ou não dos
textos, mas para demonstrar a sua força normativa).

3- Quanto à extensão:
 Sintéticas – São concisas, ou seja, aquelas que restringem-se a tratar
das matérias essenciais a uma Constituição - basicamente a organização
do Estado e direitos fundamentais. (Ex. EUA)
 Analíticas – São as extensas, prolixas, que tratam de várias matérias
que não são as fundamentais. Elas são a tendência das Constituições
atuais, já que se percebeu que o papel do Estado não pode se limitar a
garantir as liberdades do povo, mas deve agir ativamente para assegurar
os direitos. (Ex. Brasil 1988)

4- Quanto ao conteúdo:
 Material – Quando adotam-se como constitucionais apenas as normas
essenciais a uma Constituição.

A Constituição brasileira de 1824 era material, pois


possuia em seu art. 178 o seguinte texto: "É só Constitucional o que diz
respeito aos limites e atribuições respectivas dos poderes políticos, e aos
direitos políticos e individuais dos cidadãos". Ou seja, ela limitou o que seria ou
não Constitucional usando como critério o conteúdo, matéria tratada e não a
forma.

 Formal – Independe do conteúdo, basta que o assunto seja tratado em


um texto rígido supremo para ser tido como constitucional. (Ex. Brasil de
1988)

5- Quanto à elaboração:
 Dogmática – É aquela elaborada por um órgão Constituinte consolidando
o pensamento que uma sociedade possui naquele determinado momento,

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por isso é necessariamente escrita, pois precisa esclarecer estas situações


que ainda não estão “maduras”, solidificadas no pensamento da
sociedade.Diz-se que a Constituição dogmática sistematiza as idéias da
teoria política e do direito dominante naquele determinado momento da
história de um Estado.
 Histórica – Diferentemente da dogmática, a histórica não é elaborada em
um momento específico, ela surge ao longo do tempo. Desta forma, ela
não precisa ser escrita pois possui seus fundamentos já solidificados.

6- Quanto à alterabilidade (ou estabilidade):


 Rígida – Quando se sobrepõe a todas as demais normas. Assim, somente
um processo legislativo especial e complexo poderá alterar seu texto. É o
que ocorre na CF/1988, que prevê um processo muito mais rígido para se
elaborar uma Emenda Constitucional do que para elaborar uma simples
lei ordinária.
 Flexível – Quando está no mesmo patamar das demais lei, não
necessitando nenhum processo especial para alterá-la.
 Semi-rígidasou semi-flexível- Possuem uma parte rígida e outra
flexível. a Constituição Brasileira de 1824 era semi-rígida pois, como
vimos, trazia em seu art. 178 que: "É só Constitucional o que diz respeito
aos limites e atribuições respectivas dos poderes políticos, e aos direitos
políticos e individuais dos cidadãos. Tudo o que não é Constitucional pode
ser alterado sem as formalidades referidas, pelas legislaturas ordinárias”.
 Imutáveis – Não podem ser alteradas.
 Super-rígidas – É como o Prof. Alexandre de Moraes classifica a CF/88.
Isso ocorre pois na Constituição de 1988 temos as chamadas "cláusulas
pétreas", normas que não podem ser abolidas por emendas
constitucionais.

7- Quanto à finalidade:
 Garantia (ou negativa) – É aquela que se limita a trazer elementos
limitativos do poder do Estado.
 Dirigente – Possui normas programáticas traçando um plano para o
governo.
 Balanço - Utilizada para ser aplicada em um determinado estágio político
de um país. De tempos em tempos é revista para se adequar o texto à
realidade social, ou criar uma nova Constituição.

8- Quanto à relação com a realidade (classificação ontológica):

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Classificação desenvolvida por Karl Loewenstein. Classificam-se as Constituições


de acordo com o modo que os agente políticos aplicam a norma.
 Constituição normativa – É a Constituição que é efetivamente aplicada,
normatiza o exercício do poder e obriga realmente a todos.
 Constituição nominal, nominalista ou nominativa – É ignorada na
prática.
 Constituição semântica – É aquela que serve apenas para justificar a
dominação daqueles que exercem o poder político. Ela sequer tenta
regular o poder.

Essa classificação de Loewenstein possui


nomenclatura semelhante a uma outra classificação trazida pelo Prof. Alexandre
de Moraes. Segundo o Professor:

 Constituições nominalistas - Seriam aquelas que em seu texto já


possuem direcionamentos para resolver os casos concretos. Basta uma
aplicação pura e simples das normas através de uma interpretação
gramatical-literal.
 Constituições semânticas - Seriam aquelas constituições onde, para se
resolverem os problemas concretos, precisaria de uma análise de seu
conteúdo sociológico, ideológico e metodológico, o que propicia uma
maior aplicabilidade "político-normativa-social" de seu texto.
Assim, segundo a classificação de Loewenstein, entendemos que o Brasil teria
uma Constituição normativa, pois ela é uma norma a ser seguida e podemos
exigir o seu cumprimento (embora muitos doutrinadores adotem como sendo
nominalista, pois defendem que, na prática, muitos de seus preceitos são
ignorados, principalmente os programáticos). Segundo a classificação trazida
pelo Prof. Alexandre de Moraes, ela seria nominalista pois traz em seu texto os
meios para solucionar as controvérsias.

9- Quanto à dogmática (ou ideologia):


 Ortodoxas (ou simples) - influenciada por ideologia única.
 Ecléticas (ou complexas) - influenciada por várias ideologias.

10- Outras Classificações:


A doutrina ainda traz a classificação das Constituições denominadas Pactuadas
ou Dualistas que se referem a um compromisso firmado entre o rei e o Poder

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Legislativo, pelo qual a monarquia ficaria sujeitada aos esquemas


constitucionais. Assim a Constituição se sujeitaria a dois princípios: monárquico
e democrático. Um exemplo foi a Magna Carta inglesa de 1215, onde o rei João
Sem Terra, para não ser deposto de seu trono, teve de aceitar uma carta
imposta pelos barões, se submetendo a um rol de exigências destes.

Classificação da Constituição Brasileira de 1988:


Promulgada, escrita, analítica, rígida (ou super-rígida), formal, dogmática,
dirigente, eclética, normativa (ou nominalista - sem consenso, neste caso - na
classificação de Loewenstein), nominalista (na classificação de resolução dos
problemas de Alexandre de Moraes), codificada (para André Ramos Tavares) ou
reduzida (para Pinto Ferreira), legal (pelo fato de valer como lei, para Alexandre
de Moraes).

Quadro-resumo sobre a classificação das Constituições:


Classificaçã No Brasil
Critério Conceito
o (CF/88)
Outorgada Imposta pelo governante.
Legitimada pelo povo
Promulgada através de uma Assembleia
Constituinte.
Origem Promulgada
Imposta pelo governante,
mas posteriormente levada
Cesarista
à aprovação popular (não
deixa de ser outorgada).
Documento Escrito (se único
Escrita = codificada/se vários =
legal).
Escrita e
Forma Consuetudinária Codificada.
(costumeira). O que importa
Não-Escrita
é o conteúdo e não como ele
é tratado.
Dispõe apenas sobre
matérias essenciais
Sintética
(organização do Estado e
Extensão limitação do poder). Analítica
É extensa tratando de vários
Analítica assuntos, ainda que não
sejam essenciais.
Conteúdo Formal Independe do conteúdo Formal

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tratado. Se estiver no corpo


da Constituição será um
assunto constitucional, já
que o importante é tão
somente a forma.
O importante é apenas o
conteúdo. Não precisa estar
Material formalizado em uma
constituição para ser um
assunto constitucional.

Necessariamente escrita.
Reflete a realidade presente
Dogmática
Elaboraç na sociedade em um
determinado momento. Dogmática
ão

Consolidada ao longo do
Histórica
tempo.

Pode ser alterada por leis de


status ordinário. Prescinde
Flexível
de procedimento especial
Rígida (ou
para ser alterada.
super-rígida já
Alterabili que possui
dade ou Somente pode ser alterada
cláusulas
estabilida Rígida por um procedimento
pétreas).
de. especial.
Em 1824 era
Semirrígida
Possui uma parte rígida e semi-rígida.
ou semi-
outra flexível.
flexível
Imutável Não podem ser alteradas

Nominalista É ignorada.
Ontológic
a ou Normativa ou
Normativa Efetivamente aplicada.
conexão nominalista
com a Criada apenas para (sem consenso)
realidade Semântica justificar o poder de um
governante.
Possui normas
Dirigente programáticas traçando um
Finalidad plano para o governo.
Dirigente
e
Constituição negativa,
Garantia sintética. Não traça planos,
apenas limita o poder e

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organiza o Estado.
Utilizada para ser aplicada
Balanço em um determinado estágio
político de um país.
Ortodoxa Única ideologia
Ideologia Eclética
Eclética Várias ideologias

 Questões da FCC:

1. (FCC/ Juiz- AL/ 2015) As constituições dirigentes


(A) têm, entre seus objetivos, a transformação social a partir do direito,
tendo em vista que vinculam o estado com programas que devem ser seguidos
e objetivos que devem ser alcançados.
(B) são espécies criadas a partir do constitucionalismo liberal, típico do século
XIX, com o objetivo de reduzir o estado a um ente restrito e controlado pelo
direito.
(C) apresentam, entre as suas características, a necessidade de que os
estados que as adotam procedam a uma estatização dos meios de produção e
da propriedade privada por consequência.
(D) são resultado dos pactos neoliberais da década de 1990, quando estados
centrais adotaram novas vias para reduzir o impacto da intervenção estatal em
algumas áreas da economia.
(E) adotam, como pressuposto, textos constitucionais enxutos, que se
limitam a fixar princípios, deixando o restante da sua regulamentação ao
legislador ordinário, de modo a não vincular exageradamente futuras gerações.
Comentários:
No que se refere à classificação quanto à finalidade, a constituição dirigente é a
que possui normas programáticas traçando um plano para o governo.
Contrapõe-se à constituição dirigente a constituição balanço, e à
constituição garantia.
Gabarito: Letra A.

2. (FCC/ Juiz- AL/ 2015) Considere os seguintes elementos


característicos:
I. Formaliza a existente situação do poder político, atuando como instrumento
de estabilização voltado a perpetuar nele seus detentores de fato, que dominam
o aparato coercitivo do Estado.
II. Apresenta incompatibilidade com a ideia de bloco de constitucionalidade.
III. Não apresenta mecanismos efetivos de controle de constitucionalidade das
leis.

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Tais elementos característicos correspondem respectivamente às seguintes


modalidades ou categorias:
(A) Constituição outorgada, Constituição codificada, Constituição aberta
(B) Constituição semântica, Constituição legal, Constituição flexível
(C) Constituição heterônoma, Constituição legal, Constituição nominal
(D) Constituição semântica, Constituição codificada, Constituição flexível
(E) Constituição heterônoma, Constituição orgânica, Constituição aberta
Comentários:
Gabarito: Letra D.

3. (FCC/ Defensor- MA/ 2015) As Constituições que se apresentam em


textos esparsos, fragmentadas em vários instrumentos normativos, são:
(A) incompatíveis com o modelo de bloco de constitucionalidade.
(B) as Constituições heterônomas.
(C) as Constituições semirrígidas.
(D) as Constituições legais ou inorgânicas.
(E) as Constituições balanço.
Comentários:
Letra A. Errado, o conceito de bloco de constitucionalidade foi desenvolvido por
Louis Favoreu, em referência às normas com status constitucional que integram
o ordenamento jurídico francês, com o intuito de abranger a Constituição de
1958, o preâmbulo da Constituição de 1946, a Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão de 1789, além de outras normas de valor constitucional.
Logo, o bloco de constitucionalidade é sim compatível com documentos
esparsos.
Letra B. Errado, o item cobra a classificação quanto à origem da decretação,
que pode ser:
Constituição autônoma, autoconstituição ou homoconstituição– A
Constituição é elaborada por órgãos do próprio Estado que irá organizá-la.
Constituição heterônoma ou heteroconstituição (Miguel Galvão Teles) –
Quando decretada de fora do Estado, seja por uma organização internacional,
seja por outros Estados. Podemos citar como exemplos a Constituição do
Canadá, Jamaica, Nova Zelândia e Austrália, aprovadas pelo Parlamento
Britânico; Constituição da Namíbia de 1990 e do Camboja de 1993 elaboradas
pela ONU; a Constituição da Bósnia-Herzegovina após a celebração do Acordo
de Dayton ou Protocolo de Paris, que é o acordo a que se chegou na Base Aérea
Wright-Patterson, perto de Dayton, no estado norte-americano do Ohio, em
novembro de 1995, e formalmente assinado em Paris a 14 de dezembro desse
mesmo ano.
Letra C. As constituições semirrígidas ou semi-flexíveis são aquelas que
possuem uma parte rígida, que a alteração exige quórum qualificado, e outra
parte que o procedimento para modificações é o mesmo previsto para as leis

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ordinárias. Exemplo de constituição semirrígida foi a brasileira de 1824, que em


seu artigo 178 previa “É só Constitucional o que diz respeito aos limites, e
atribuições respectivas dos Poderes Políticos, e aos Direitos Políticos, e
individuais dos Cidadãos. Tudo, o que não é Constitucional, pode ser alterado
sem as formalidades referidas, pelas Legislaturas ordinárias”
Letra D. Correto, o item busca saber a classificação quanto à sistemática ou
quanto à unidade documental, que pode ser: Codificadas (orgânicas ou
unitextuais), Não codificadas (inorgânicas, pluritextuais ou legais) a constituição
que se apresenta em vários documentos esparsos é uma constituição legal,
inorgânica
Letra E. A constituição balanço é aquela que descreve e registra,
periodicamente, o grau de organização política e das relações reais de poder.
Contrapõe-se à Constituição programática (diretiva ou dirigente) que são as
que apresentam normas definidoras de tarefas e programas de ação a serem
concretizados pelos poderes públicos. Tal classificação leva em conta a função
ou estrutura da Constituição.
Gabarito: Letra D.

4. (FCC/ Juiz- PR/ 2015) Constituição rígida


(A) dispensa forma escrita.
(B) dispensa cláusulas pétreas.
(C) pode ser modificada por lei complementar.
(D) exclui quaisquer mecanismos de controle preventivo de
constitucionalidade.
(E) pressupõe mecanismo difuso de controle de constitucionalidade.
Comentários:
Letra A. Um dos requisitos para uma constituição rígida é que ela seja escrita.
Letra B. Correto, segundo a classificação de Alexandre de Morais, as cláusulas
pétreas(partes imutáveis) são características das constituições super-rígidas.
As rígidas somente exigem um processo de alteração (emendas) mais
dificultosos que o exigido para as leis em sentido amplo.
Gabarito: Letra C. A constituição rígida somente pode ser modificada por
emenda constitucional, daí vem a sua rigidez.
Letra D. Errado. A constituição rígida traz mecanismos de controle preventivo.
Letra E. Errado, também pode haver controle difuso nas constituições rígidas.
Gabarito: Letra B.

5. (FCC/ Técnico- TRT- 4ª Região/ 2015) Em relação à sua mutabilidade


ou alterabilidade, as Constituições podem ser classificadas em:
(A) flexíveis, rígidas, semirrígidas ou semiflexíveis, e superrígidas.
(B) delegadas, outorgadas ou consensuais.
(C) analíticas ou sintéticas.
(D) escritas, costumeiras ou mistas.

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(E) originárias ou derivadas.


Comentários:
No que se refere à alterabilidade, as constituições podem ser divididas em :
flexíveis, rígidas, semirrígidas ou semiflexíveis, e superrígidas.
Gabarito: Letra A.

6. (FCC/ Auditor- TCM-RJ/ 2015) Constituição flexível


(A) exclui a forma escrita.
(B) pode ser mais estável no tempo do que uma Constituição tecnicamente
rígida.
(C) requer base documental formal.
(D) exclui mecanismos parlamentares de controle de constitucionalidade.
(E) pressupõe mecanismo de controle preventivo de constitucionalidade.
Comentários:
A constituição flexível é aquela que não exige um processo especial para ser
alterada, de forma que, por ser mais facilmente alterável e não ter normas
imutáveis, tendem a permanecer por mais tempo no ordenamento jurídico.
Gabarito: Letra B.

7. (FCC/ Juiz Substituto/ TJ-GO/ 2012) A classificação "ontológica" das


Constituições (normativas, nominais e semânticas), radicada na relação das
normas constitucionais com a realidade do processo do poder, é da autoria de
(A) Hans Kelsen.
(B) Carl Schmitt.
(C) Karl Loewenstein.
(D) Pontes de Miranda.
(E) José Joaquim Gomes Canotilho.
Comentários:
Tal classificação foi criada por Karl Loewenstein
Gabarito: Letra C.

Questões do CESPE:
8. (CESPE/ AJAJ- Avaliador- TJDFT/ 2015) Quanto ao modo de
elaboração, as constituições podem ser promulgadas — aquelas que derivam do
trabalho de assembleia nacional constituinte — ou outorgadas — aquelas que
são estabelecidas sem a participação popular.
Comentários:

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Quanto ao modo de elaboração, a constituição pode ser dogmática ou


histórica, sendo a dogmática sempre escrita e reflete a realidade presente na
sociedade em um determinado momento. Por seu turno, a histórica é aquela
que vai se consolidando com o decorrer do tempo.
Quanto à origem é que as constituições podem ser promulgadas (com
participação popular), outorgadas (impostas unilateralmente) ou ainda
cesaristas (impostas pelo governante, mas posteriormente submetida à
votação popular, mas ainda assim são outorgadas).
Gabarito: Errado.

9. (CESPE/ AJAJ- Oficial Avaliador- TJDFT/ 2015)Quanto à extensão,


as constituições são classificadas como sintéticas — aquelas que preveem
apenas princípios e normas gerais do Estado — e analíticas — aquelas que
regulamentam todos os assuntos entendidos como relevantes à formação e ao
funcionamento do Estado.
Comentários:
Correto, as sintéticas são as constituições mais enxutas, enquanto a analítica,
também chamada de prolixas ou regulamentares, é a constituição que trata de
vários assuntos além dos temas essenciais em uma constituição.
Gabarito: Correto.

10. (CESPE/ Técnico- STJ/ 2015) As Constituições dirigentes privilegiam


as liberdades individuais, impondo ao Estado um dever de abstenção e um
papel secundário na concretização dos valores fundamentais.
Comentários:
Errado, no critério que leva em conta a finalidade, a constituição dirigente é a
que traz normas programáticas traçando um plano, uma direção para o
governo.
Gabarito: Errado.

11. (CESPE/ Jornalista- FUB/ 2015) A CF, elaborada por representantes


legítimos do povo, é exemplo de Constituição outorgada.
Comentários:
Errado, a constituição elaborada por representantes do povo é promulgada. A
outorgada é a imposta unilateralmente pelos governantes sem manifestação
popular.
Gabarito: Errado.

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12. (CESPE/ Jornalista- FUB/ 2015) Quanto à mutabilidade, a doutrina


majoritária classifica a CF como rígida, visto que, para a modificação do seu
texto, exige-se um processo legislativo especial.
Comentários:
Exato... para a maioria, a CF-88 é exemplo de constituição rígida.
Gabarito: Correto.

13. (CESPE/ Jornalista- FUB/ 2015) Quanto ao modo de elaboração, a CF


é dogmática, porque foi constituída ao longo do tempo mediante lento e
contínuo processo de formação, reunindo a história e as tradições de um povo.
Comentários:
Errado, a classificação apresentada é hipótese de constituição histórica, a
constituição dogmática é aquela elaborada por um órgão Constituinte
consolidando o pensamento que uma sociedade possui naquele determinado
momento.
Gabarito: Errado.

14. (CESPE/ Jornalista- FUB/ 2015) A CF, no tocante a sua extensão,


classifica-se como sintética, uma vez que versa somente sobre os princípios
gerais e as regras básicas de organização do Estado.
Comentários:
Errado, a CF- 88 é extensa... basta lembra que tem mais de 250 artigos e trata
de vários assuntos, até mesmo do Colégio D. Pedro II...rs (Art. 242, § 2º O
Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido na órbita
federal).
Gabarito: Errado.

15. (CESPE/ Out. e Del. de Notas- TJ-PI/ 2013) Assinale a opção correta
acerca de classificações de Constituição.
(a) A Constituição nominal é aquela cujas normas efetivamente dominam o
processo político.
(b) Denomina-se Constituição cesarista a Constituição outorgada submetida a
plebiscito ou referendo.
(c) As Constituições francesas da época de Napoleão I são classificadas como
Constituições imutáveis.
(d) A Constituição garantia caracteriza-se por conter normas definidoras de
tarefas e programas de ação a serem concretizados pelos poderes públicos.

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(e) Constituições ortodoxas são aquelas que procuram conciliar ideologias


opostas.
Comentários:
Letra A. Errado. O item se refere à classificação ontológica (relação com a
realidade). A constituição nominal é justamente o oposto do afirmado, pois não
é efetivada na prática.
Letra B. Correto. O item se refere à classificação quanto à origem, Imposta pelo
governante, mas posterior mente levada à aprovação popular(não deixa de ser
outorgada).
Gabarito: Letra B.

16. (CESPE/ FUB-DF/ 2013) A constituição é outorgada quando é


externada com a participação dos cidadãos, uma vez que as normas
constitucionais são estatuídas pela deliberação majoritária dos agentes do
poder constituinte.
Comentários:
A promulgada é a legitimada pelos cidadãos.
Gabarito: Errado.

17. (CESPE/ FUB-DF/ 2013) A CF, no que diz respeito à forma, é uma
constituição consuetudinária.
Comentários:
Correto. Quanto à forma, a constituição pode ser escrita ou não escrita, esta
também chamada de consuetudinária.
Gabarito: Correto.

18. (CESPE/ Procurador do Banco Central- Bacen/ 2013) No que se


refere ao modo de elaboração, a constituição dogmática espelha os dogmas e
princípios fundamentais adotados pelo estado e não será escrita.
Comentários:
As Constituições dogmáticas são sempre escritas, daí o erro, no mais,
consubstanciam os dogmas estruturais e fundamentais adotados pelo estado,
como afirma a assertiva.
Gabarito: Errado.

19. (CESPE/TJAA-CNJ/2013) Constituição não escrita é aquela que não é


reunida em um documento único e solene, sendo composta de costumes,
jurisprudência e instrumentos escritos e dispersos, inclusive no tempo.

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Comentários:
Exatamente, a Constituição não-escrita diferencia-se da escrita não por não ter
efetivamente documentos escritos, mas pelo fato das normas de conteúdo
constitucional não estarem sistematizadas em um documento único,
formalmente superior aos demais. A Constituição não-escrita reconhece a
constitucionalidade através do conteúdo e não da forma. Com efeito, esse
“conteúdo constitucional” pode estar presente nos costumes, jurisprudências e
até em diversos instrumentos escritos, dispersos.
Gabarito: Correto.

20. (CESPE/Analista - TJ-RR/2012) Na denominada constituição


semântica, a atividade do intérprete limita-se à averiguação de seu sentido
literal.
Comentários:
A constituição semântica é aquela que serve apenas para justificar a dominação
daqueles que exercem o poder político. Ela sequer tenta regular o poder, por
isso incorreto o item.
Gabarito: Errado.

21. (CESPE/MPE-PI/2012) A doutrina denomina constituição semântica as


cartas políticas que apenas refletem as subjacentes relações de poder,
correspondendo a meros simulacros de constituição.
Comentários:
Isso mesmo, veja o conceito que a própria banca deu sobre constituição
semântica.
Gabarito: Correto.

22. (CESPE/Técnico Judiciário - TJ-RR/2012) A CF pode ser classificada,


quanto à mutabilidade, como rígida, uma vez que não pode ser alterada com a
mesma simplicidade com a qual se modifica uma lei.
Comentários:
Dizemos que uma constituição é rígida quando processo legislativo especial e
complexo poderá alterar seu texto, como ocorre na Constituição de 1988, que
prevê um processo muito mais rígido para alteração do texto via emenda
constitucional, que é bem mais difícil que para elaborar uma simples lei
ordinária, daí acertada a afirmação.
Gabarito: Correto.

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23. (CESPE/ Técnico Judiciário - TJ-RR/ 2012) A CF, elaborada por


representantes legítimos do povo, é exemplo de constituição outorgada.
Comentários:
Quando a constituição for elaborada por representantes do Povo será
Promulgada, Pê de Povo, Pê de Promulgada. Veja que o item inverteu os
conceitos.
Gabarito: Errado.

24. (CESPE/AJ-Taquigrafia-TJES/2011) Outorgada por uma Assembleia


Constituinte, a Constituição Federal de 1988 (CF) é também classificada como
escrita, formal, analítica, dogmática e rígida.
Comentários:
Dizer que a Constituição de 1988 é classificada como escrita, formal, analítica,
dogmática e rígida, está tudo certo. O problema é que dizer que ela foi
outorgada por uma Assembleia Constituinte é uma contradição. As
constituições podem ser “outorgadas” quando forem impostas pelo governante,
ou então “promulgadas”, no caso de elaboradas por uma Assembleia
Constituinte.
Gabarito: Errado.

 Questões da ESAF:

25. (ESAF/Analista Administrativo-DNIT/2013) A Constituição Federal


de 1988 pode ser classificada como:
a) material, escrita, histórica, promulgada, flexível e analítica.
b) material, escrita, dogmática, outorgada, imutável e analítica.
c) formal, escrita, dogmática, promulgada, rígida e analítica.
d) formal, escrita, dogmática, promulgada, semirrígida e sintética.
e) material, escrita, histórica, promulgada, semirrígida e analítica.
Comentários:
A opção correta é a letra C, vamos relembrar os conceitos que classificam nossa
constituição:
Quanto ao conteúdo: Formal – Independe do conteúdo. Ainda que o assunto
tratado não seja essencial a uma Constituição, basta que esse assunto seja
incorporado a um texto rígido supremo que ele será tido como constitucional.
Quanto à forma: Escrita (ou instrumental) – É formalizada em um único
texto escrito.

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Quanto à elaboração: Dogmática – É aquela elaborada por um órgão


Constituinte, consolidando o pensamento que determinada sociedade possui
naquele momento, por isso é necessariamente escrita, pois precisa esclarecer
essas situações que ainda não estão “maduras”, solidificadas no pensamento da
sociedade. Diz-se que a Constituição dogmática sistematiza as ideias da teoria
política e do direito dominante naquele determinado momento da história de
um Estado.
Quanto à origem: Promulgada (popular ou democrática) – É aquela
legitimada pelo povo. É elaborada por uma assembleia constituinte formada por
representantes eleitos pelo voto popular.
Quanto à alterabilidade (ou estabilidade): Rígida – Quando se sobrepõe a
todas as demais normas. Assim, somente um processo legislativo especial e
complexo poderá alterar seu texto.
Quanto à extensão: Analíticas: São as extensas, prolixas, que tratam de
várias matérias que não são as fundamentais. Elas são a tendência das
Constituições atuais, já que se percebeu que o papel do Estado não pode se
limitar a garantir as liberdades do povo, mas deve agir ativamente para
assegurar os direitos.
Gabarito: Letra C.

26. (ESAF/MDIC/2012) Sabe-se que a doutrina constitucionalista classifica


as constituições. Quanto às classificações existentes, é correto afirmar que:
I. quanto ao modo de elaboração, pode ser escrita e não escrita.
II. quanto à forma, pode ser dogmática e histórica.
III. quanto à origem, pode ser promulgada e outorgada.
IV. quanto ao conteúdo, pode ser analítica e sintética.
Assinale a opção verdadeira.
a) II, III e IV estão corretas.
b) I, II e IV estão incorretas.
c) I, III e IV estão corretas.
d) I, II e III estão corretas.
e) II e III estão incorretas.
Comentários:
I – Errado. Quanto à elaboração as constituições podem ser dogmáticas
(elaboradas em um texto formal, em um determinado momento da história de
um Estado), ou então históricas (se consolidaram ao longo dos tempos) a
classificação que divide as Constituições em escritas ou não-escritas seria
quanto à “forma”, ou seja, a formalidade em que ela se encontra no mundo
jurídico.

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II- Errado. Motivo dito no item anterior: dogmática e histórica é modo de


elaboração. Forma = escrita ou não-escrita.
III- Correto.
IV- Errado. Quanto ao conteúdo, as Constituições se classificam em material ou
formal. A Classificação como sintética ou analítica se refere à “extensão”.
Gabarito: Letra B.

27. (ESAF/AFRFB/2012) O Estudo da Teoria Geral da Constituição revela


que a Constituição dos Estados Unidos se ocupa da definição da estrutura do
Estado, funcionamento e relação entre os Poderes, entre outros dispositivos.
Por sua vez, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é
detalhista e minuciosa. Ambas, entretanto, se submetem a processo mais
dificultoso de emenda constitucional. Considerando a classificação das
constituições e tomando-se como verdadeiras essas observações, sobre uma e
outra Constituição, é possível afirmar que
a) a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é escrita, analítica e
rígida, a dos Estados Unidos, rígida, sintética e negativa.
b) a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é do tipo histórica,
rígida, outorgada e a dos Estados Unidos rígida, sintética.
c) a Constituição dos Estados Unidos é do tipo consuetudinária, flexível e a da
República Federativa do Brasil de 1988 é escrita, rígida e detalhista.
d) a Constituição dos Estados Unidos é analítica, rígida e a da República
Federativa do Brasil de 1988 é histórica e consuetudinária.
e) a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é democrática,
promulgada e flexível, a dos Estados Unidos, rígida, sintética e democrática.
Comentários:
Letra A - Item correto, exigindo conhecimento da Constituição dos EUA do
candidato... a título de informação, a constituição negativa é sinônimo de
Garantia , que é aquela que se limita a trazer elementos limitativos do poder do
Estado.
Letra B - Errado. O erro está em afirmar que a CF-88 é histórica, na verdade
ela é dogmática, pois foi elaborada por um órgão Constituinte, consolidando o
pensamento que determinada sociedade possui naquele momento.
Letra C - Errado. A constituição dos Estados Unidos não é consuetudinária
(costumeira) ela é escrita, inclusive sabemos que foi a primeira constituição
escrita da história, diferentemente do que diz o item. A classificação da
Constituição de 88 está correta.
Letra D - Errado. O item inverteu características das constituições do Brasil e
dos EUA.

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Letra E - Errado. A do Brasil não é flexível, é rígida, pois somente pode ser
alterada por procedimento especial.
Gabarito: Letra A

28. (ESAF/AFRFB/2009) A constituição dogmática se apresenta como


produto escrito e sistematizado por um órgão constituinte, a partir de princípios
e ideias fundamentais da teoria política e do direito dominante.
Comentários:
A constituição dogmática é marcada justamente por expor em um papel aquela
ideia de um determinado momento da sociedade. Deve ser necessariamente
escrita, pois, diferentemente das constituições histórica, seus dogmas ainda não
estão solidamente arraigados na sociedade.
Gabarito: Correto.

29. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A constituição material é o peculiar modo


de existir do Estado, reduzido, sob a forma escrita, a um documento
solenemente estabelecido pelo poder constituinte e somente modificável por
processos e formalidades especiais nela própria estabelecidos.
Comentários:
Inverteu-se o conceito. Tal descrição é de uma constituição formal, aquela
preocupada apenas com o status formal da norma (forma escrita, procedimento
de alteração e etc.). A constituição material é aquela onde não importam as
formas e os procedimentos e sim o conteúdo que está sendo tratado.
Gabarito: Errado.

30. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A constituição formal designa as normas


escritas ou costumeiras, inseridas ou não num documento escrito, que regulam
a estrutura do Estado, a organização dos seus órgãos e os direitos
fundamentais.
Comentários:
Este é o conceito de constituição material. Para a constituição ser formal ela
precisa necessariamente estar escrita e prever um processo complexo de
alteração de seu texto.
Gabarito: Errado.

31. (ESAF/AFRFB/2009) A constituição escrita, também denominada de


constituição instrumental, aponta efeito racionalizador, estabilizante, de
segurança jurídica e de calculabilidade e publicidade.
Comentários:

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As constituições escritas podem realmente ser chamadas de instrumentais. E


nas palavras do mestre Canotilho, apresentam efeito racionalizador,
estabilizante, de segurança jurídica e de calculabilidade e publicidade. Já que é
o fato de estar escrita, facilita a sua permanência e a publicidade de seu
conteúdo.
Gabarito: Correto.

32. (ESAF/AFRFB/2009) A constituição sintética, que é constituição


negativa, caracteriza-se por ser construtora apenas de liberdade-negativa ou
liberdade-impedimento, oposta à autoridade.
Comentários:
A Constituição sintética se limita a organizar o poder e resguardar as
liberdades. Daí ser uma constituição negativa, pois não age positivamente como
instrumento direcionador do Estado.
Gabarito: Correto.

 Questões da FGV:

33. (FGV/Advogado-BADESC/2010) Considerando os critérios de


classificação das constituições quanto à sua origem, estabilidade e extensão, é
correto afirmar que a Constituição Federal de 1988 é:
a) promulgada, rígida e sintética.
b) outorgada, semirrígida e analítica.
c) promulgada, rígida e analítica.
d) outorgada, semirrígida e sintética.
e) promulgada, flexível e analítica.
Comentários:
Letra A – Errado. Embora rígida e promulgada, ela é analítica e não sintética.
Letra B – Errado. Embora analítica, ela é promulgada e não outorgada, além de
ser rígida e não semirrígida.
Letra C – Correto.
Letra D - Errado. Ela é promulgada e não outorgada, além de ser rígida e não
semirrígida, e ainda analítica e não sintética.
Letra E – Errado. Pois ela é rígida e não flexível, embora seja promulgada e
analítica.
Gabarito: Letra C.

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34. (FGV/Juiz Substituto - TJ PA/2008) A Constituição da República


Federativa do Brasil de 1988 deve ser classificada como:
a) material, quanto ao conteúdo; escrita, quanto à forma; histórica, quanto ao
modo de elaboração; promulgada, quanto à origem; flexível, quanto à
estabilidade.
b) formal, quanto ao conteúdo; escrita, quanto à forma; dogmática, quanto ao
modo de elaboração; promulgada, quanto à origem; semiflexível, quanto à
estabilidade.
c) formal, quanto ao conteúdo; escrita, quanto à forma; histórica, quanto ao
modo de elaboração; outorgada, quanto à origem; rígida, quanto à
estabilidade.
d) material, quanto ao conteúdo; escrita, quanto à forma; dogmática, quanto
ao modo de elaboração; outorgada, quanto à origem; semiflexível, quanto à
estabilidade, haja vista as inúmeras emendas constitucionais existentes.
e) formal, quanto ao conteúdo; escrita, quanto à forma; dogmática, quanto ao
modo de elaboração; promulgada, quanto à origem; rígida, quanto à
estabilidade.
Comentários:
A questão versa sobre o assunto "Classificação das Constituições" e exige que o
candidato saiba: quais as possíveis classificações doutrinárias das Constituições,
e em qual delas a nossa Constituição de 1988 se enquadra.
Vamos então analisar cada assertiva:
Letra A - Errada. Já que nossa Constituição não é material (aquela que se
preocupa com a matéria tratada) e sim formal (independe da matéria tratada).
Nossa Constituição também não é histórica (solidificada ao longo do tempo),
mas dogmática (estrutura as idéias presentes em um determinado momento da
sociedade). Além disso, a nossa Constituição é rígida, só podendo ser alterada
por um procedimento especial, dificultoso (emendas constitucionais) e não
flexível que é a Constituição alterável por simples leis ordinárias.
Letra B - Errada. O único erro é dizer que ela seria semiflexível, quanto à
estabilidade, quando na verdade seria rígida.
Letra C - Errada. Pois a nossa atual Constituição não é histórica e nem
outorgada (imposta), já que é dogmática e promulgada.
Letra D - Errada. Ela não é material, nem outorgada e nem semiflexível.
Letra E - Correta.
Gabarito: Letra E.

 Questões Funiversa:

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35. (FUNIVERSA/AFAU-SEPLAG-DF/2011) Uma constituição tem como


seus principais objetos a estruturação do Estado, a organização da
administração pública, o disciplinamento da forma de aquisição, do exercício e
da destituição do poder, bem como a catalogação dos direitos fundamentais dos
cidadãos. Várias são as suas classificações, que merecem estudo por parte dos
agentes públicos. Acerca desse tema, assinale a alternativa correta.
a) Uma constituição é classificada como normativa quando dirige o processo
político; todavia, para isso, ela deve respeitar a realidade social, sofrendo,
nesse caso, uma reforma do seu próprio texto com adequação à sociedade. Em
não ocorrendo tal processo, ela corre o risco de ficar antiquada e desprovida de
força normativa.
b) A Constituição Federal de 1988 é classificada como semirrígida, visto que
pode ser alterada por emenda constitucional, observados o rito próprio e as
limitações expressamente impostas pelo Texto Maior vigente.
c) Uma constituição, ainda que sob a forma de convenções e textos esparsos,
deve ser considerada constituição escrita.
d) Com a evolução do Constitucionalismo, os direitos fundamentais ganharam
um papel essencial na própria organização de um Estado. Justamente por isso,
as constituições que passaram a albergar expressamente em seu texto um rol
de direitos fundamentais podem ser classificadas, quanto à extensão, como
analíticas.
e) Quanto ao modo de sua elaboração, as constituições históricas são
idealizadas segundo determinadas crenças vigentes, desconsiderando uma
maior análise dogmática dos valores evolutivos em uma sociedade.
Comentários:
Letra A – Correto. A assertiva se baseia em Karl Loewenstein, que é
responsável pela classificação “ontológica” da Constituição. A classificação em
questão se refere ao modo de conexão da Constituição com a realidade, ou
seja, de que modo que os agente políticos aplicam a norma.Segundo os
ensinamentos do referido autor, teríamos 3 espécies de Constituição:
 Constituição normativa – É a Constituição que é efetivamente aplicada,
normatiza o exercício do poder e obriga realmente a todos.
 Constituição nominal, nominalista ou nominativa – É ignorada na
prática.
 Constituição semântica – É aquela que serve apenas para justificar a
dominação daqueles que exercem o poder político. Ela sequer tenta
regular o poder.
A Constituição normativa, para continuar como tal, não deve ser utópica, ela
deve se adequar à realidade social, pois senão estará fadada a se tornar uma
constituição nominalista.
Letra B – Errado. A Constituição de 1988 é uma Constituição rígida e não
semirrígida, justamente pelo fato de serem necessárias emendas

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constitucionais (de rito especial) para alterá-la. Se ela fosse semirrígida, ela
possuiria uma parte de seu texto que poderia ser livremente alterada por
simples leis ordinárias.
Letra C – Errado. Alexandre de Moraes afirma que para a Constituição ser
considerada escrita ela deve ter a característica da unicidade textual. Uma
constituição que seja formada por textos esparsos (ainda que sob a forma
escrita) não pode ser considerada uma constituição escrita.
Letra D – Errado. Desde as primeiras constituições formais (Constituição
Francesa e dos EUA, no final do séc. XVIII), para ser considerada uma
constituição, o documento deveria prever a organização política do Estado e os
direitos fundamentais de seus integrantes. Assim, direitos fundamentais
fazem parte do que é “essencial a uma Constituição”, seja ela sintética
ou analítica. O que irá diferenciar uma Constituição analítica da sintética não é
a previsão dos direitos fundamentais (isso as duas têm), mas sim os temas que
serão agregados ao documento, sem que tenham qualquer relevância material
para fins de Constituição.
Letra E – Errado. A Constituição que sistematiza o pensamento vigente naquele
momento é a Constituição dogmática. A Constituição histórica é a que se forma
ao longo do tempo, através da solidificação dos valores.
Gabarito: Letra A.

Estrutura e elementos da Constituição:


A CF/88 possui 2 partes:
1- Parte Permanente: Formada pelo Preâmbulo + Parte Dogmática (250
artigos) dividida em 9 títulos:
 Título I: Princípios Fundamentais
 Título II: Dos Direitos e Garantias Fundamentais
 Título III: Da Organização do Estado
 Título IV: Da Organização dos Poderes
 Título V: Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas
 Título V: Da Tributação e do Orçamento
 Título VII: Da Ordem Econômica e Financeira
 Título VIII: Da Ordem Social
 Título IX: Das Disposições Constitucionais Gerais;

2- Parte Transitória: ADCT (até a EC 71/12 possui 97 artigos)

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A Constituição pode segundo José Afonso da Silva ser dividida em elementos.


Baseado nas suas definições temos os seguintes elementos na Constituição:
1- Orgânicos: Normas que regulam a estrutura do Estado e do Poder.
Organizam a estruturação do Estado. Ex. Título III – Da Organização do Estado;
Título IV – Da organização do poderes e do Sistema de Governo; Forças
Armadas; Segurança pública; Tributação, Orçamento;
2- Limitativos: Limitam a atuação do poder do Estado, são os direitos e
gatantias fundamentais (exceto os direitos sociais = eles são sócio-ideológicos);
3- Sócio-ideológicos: Tratam do compromisso entre o Estado individualista,
que protege a autonomia das vontades, com o Estado Social, onde as pessoas
fazem parte de uma coletividade a ser respeitada como um todo. Ex. Direitos
Sociais, Título VII – Da ordem econômica e financeira; Título VIII – Da Ordem
Social;
4-De Estabilização Constitucional: São os elementos que tratam da solução
de conflitos constitucionais, defesa do Estado, Constituição e instituições
democrátitcas como o Controle de Constitucionalidade, os procedimentos de
reforma, o estado de sítio, estado de defesa e a intervenção federal;
5- Formais de aplicabilidade: Regras de aplicação da Constituição, como o
ADCT e normas como o art. 5º §1º - “As normas definidoras dos Direitos e
Garantias Fundamentais têm aplicação imediata”. Também podemos inserir
nesta classificação o "preâmbulo", que embora não tenha força de norma
jurídica, pode servir de base para interpretar e aplicar as normas
constitucionais.

36. (FCC/ Assessor Técnico- AL-PE/ 2013) Sobre os elementos das


Constituições, são considerados elementos orgânicos as normas
(A) que revelam o compromisso da Constituição entre o Estado individualista e
o Estado Social.
(B) que regulam a estrutura do Estado e do Poder.
(C) destinadas a assegurar a solução de conflitos constitucionais, a defesa da
Constituição, do Estado e das instituições democráticas.
(D) que estabelecem regras de aplicação de outras normas constitucionais.
(E) que compõem o elenco dos direitos e garantias fundamentais, limitando a
atuação dos Poderes estatais.
Comentários:
Letra A. Errado, os elementos que tratam dos compromissos entre o Estado e o
indivíduo são os sócios ideológicos.
Letra B. Correto. Os elementos orgânicos são os que regulam a estrutura do
Estado e do Poder e organizam a estruturação do Estado.

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Letra C. Errado. Os elementos que tratam da solução de conflitos


constitucionais, defesa do Estado e instituições democráticas são os elementos
de estabilização conctitucional.
Letra D. Os elementos que estabelecem regras de aplicação de outras normas
constitucionais são os formais de aplicabilidade.
Letra E- Errado. Os compõe o rol de direitos fundamentais são os limitadores do
poder do Estado, daí que são chamados de limitativos.
Gabarito: Letra B.

37. (CESPE/Analista-EBC/2011) As normas previstas no Ato das


Disposições Constitucionais Transitórias possuem natureza de norma
constitucional.
Comentários:
Toda a parte dogmática e o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
fazem parte da Constituição, com mesma hierarquia e valor normativo,
ressalva-se tão somente o preâmbulo. que segundo o Supremo, não possui
força normativa.
Gabarito: Correto.

38. (CESPE/Analista-EBC/2011) O preâmbulo da Constituição Federal não


faz parte do texto constitucional propriamente dito e não possui valor
normativo.
Comentários:
Este é o pensamento do STF, segundo o qual o preêmbulo não possui força
normativa e não deve ser obrigatoriamente reproduzido nas Constituições
Estaduais. Vale ressaltar que, embora não tenha força de norma jurídica, o
preâmbulo pode servir de base para interpretar e aplicar as normas
constitucionais.
Gabarito: Correto.

39. (CESPE/Polícia Civil–TO/2008) Os elementos orgânicos que compõem


a Constituição dizem respeito às normas que regulam a estrutura do Estado e
do poder, fixando o sistema de competência dos órgãos, instituições e
autoridades públicas.
Comentários:
Perfeita definição.
Gabarito: Correto.

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40. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) O preâmbulo, o dispositivo que


estabelece cláusulas de promulgação e as disposições transitórias são exemplos
de elementos de estabilização constitucional.
Comentários:
Seriam classificados como elementos formais de aplicabilidade, já que os
elementos de estabilização constitucional são os elementos que tratam da
solução de conflitos constitucionais, defesa do Estado, Constituição e
instituições democrátitcas como o Controle de Constitucionalidade, os
procedimentos de reforma, o estado de sítio, estado de defesa e a intervenção
federal.
Gabarito: Errado.

41. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Os denominados elementos


formais de aplicabilidade das constituições são consagrados nas normas
destinadas a garantir a solução de conflitos constitucionais, a defesa da
Constituição, do Estado e das instituições democráticas.
Comentários:
Estes seriam os elementos de estabilização constitucional. Os elementos
formais de aplicabilidade são as regras de aplicação da Constituição, como o
preâmbulo, ADCT e normas como o art. 5º §1º - “As normas dos Dir.
Fundamentais têm aplicação imediata.”
Gabarito: Errado.

42. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Segundo a doutrina,


os elementos orgânicos da constituição são aqueles que limitam a ação dos
poderes estatais, estabelecem as balizas do estado de direito e consubstanciam
o rol dos direitos fundamentais.
Comentários:
Esses são os limitativos e não os orgânicos.
Gabarito: Errado.

43. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Os elementos


limitativos da CF estão consubstanciados nas normas constitucionais destinadas
a assegurar a solução de conflitos constitucionais, a defesa da Constituição, do
Estado e das instituições democráticas.
Comentários:
Os elementos limitativos, servem para limitar a atuação do poder do Estado,
como os direitos e gatantias fundamentais. Quando falamos em solução de
conflitos, defesa da Constituição e etc. estamos falando em elementos de
estabilização constitucional.

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Gabarito: Errado.

44. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009)Os direitos individuais e suas


garantias, os direitos de nacionalidade e os direitos políticos são considerados
elementos limitativos das constituições.
Comentários:
A doutrina os classificam como elementos limitativos pois são responsáveis por
limitar a atuação do Estado face aos particulares.
Gabarito: Correto.

45. (FGV/Fiscal-SEFAZ-RJ/2008) São elementos orgânicos da


Constituição:
a) a estruturação do Estado e os direitos fundamentais.
b) a divisão dos poderes e o sistema de governo.
c) a tributação e o orçamento e os direitos sociais.
d) as forças armadas e a nacionalidade.
e) a segurança pública e a intervenção.
Comentários:
Analisemos cada assertiva:
a) a estruturação do Estado e os direitos fundamentais.
Errada. Embora a estruturação do Estado seja orgânico, os direitos
fundamentais são limitativos.
b) a divisão dos poderes e o sistema de governo.
Correta. Ambos são orgânicos, pois organizam o Poder e o Estado.
c) a tributação e o orçamento e os direitos sociais.
Errada. Embora tributação e o orçamento seja orgânico, os direitos sociais são
sócio-ideológicos.
d) as forças armadas e a nacionalidade.
Errada. Embora forças armadas seja orgânico, os direitos da nacionalidade são
limitativos.
e) a segurança pública e a intervenção.
Errada. Intervenção é elemento de estabilização constitucional, embora a
segurança pública seja orgânico.
Gabarito: Letra B.

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Normas, Regras e Princípios Constitucionais:


Primeiramente, lembramos que pelo fato de o Brasil adotar a conceito de
Constituição formal, todas as normas estão em um mesmo patamar jurídico,
não havendo supremacia entre normas constitucionais, sejam elas da parte
permanente, dos ADCT, originárias ou derivadas.
Todas as normas constitucionais (exceto o preâmbulo - segundo a
jurisprudência do STF) possuem eficácia jurídica, pois mesmo que não
consigam alcançar seu destinatário, conseguem, ao menos, impor a sua
observância às demais de hierarquia inferior, sendo capaz de as tornarem
inconstitucionais caso a contrariem, dizendo-se assim que possuem caráter
vinculante imediato.

Normas Regras X Normas Princípios:


Em um estudo doutrinário costuma-se dizer que entre as normas temos a
presença das regras e dos princípios. As regras são mais concretas, aquelas
normas que definem um procedimento, condutas. Regras, ou são totalmente
cumpridas, ou não são cumpridas, elas não admitem o cumprimento parcial.
vale a ideia do tudo ou nada!
Por outro lado, os princípios são mais abstratos, não são definidores de
condutas, são os chamados "mandados de otimização", ou seja, eles devem ser
utilizados para se alcançar o grau ótimo de concretização da norma. Devido a
esta abstração dos princípios, eles admitem um cumprimento parcial.
Diz-se que quando duas regras entram em conflito, o aplicador deve cumprir
uma ou outra, nunca as duas, pois uma regra exclui a outra. Já quando dois
princípios entram em conflito dizemos que houve uma "colisão" de princípios
(nunca uma contradição) e, desta forma, ambos poderão ser cumpridos,
embora em graus diferentes de cumprimento. Estuda-se então o caso concreto,
e descobre-se qual o princípio irá pervalecer sobre o outro, sem que um deles
seja totalmente excuído pelo outro.
Os princípios constitucionais podem estar expressos na Constituição (princípio
da igualdade, princípio da uniformidade georgráfica, princípio da anterioridade
tributária...) ou podem estar implícitos no texto constitucional, sendo
decorrentes das normas expressas do texto e dos regimes expressamente
adotados pela Constituição, ou então devido a direcionamentos do direito
constitucional geral, aplicável aos vários ordenamentos jurídicos (princípio da
razoabilidade, princípio da proporcionalidade...).
Em concursos, costuma-se cobrar, com bastante frequência, os princípios
constitucionais que se referem aos direcionamentos aplicáveis aos diversos
entes (Estados, Municípios e DF) que formam a nossa federação. São eles:
 Os princípios sensíveis - são aqueles presentes no art. 34, VII da
Constituição Federal, que se não respeitados poderão ensejar a
intervenção federal.

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 Os princípios federais extensíveis (ou comuns) - são aqueles


princípios federais que são aplicáveis pela simetria federativa aos demais
entes políticos, como por exemplo, as diretrizes do processo legislativo,
dos orçamentos e das investiduras nos cargos eletivos. São também
chamados de "princípios comuns" pois se aplicam a todos os entes da
federação, de forma comum.
OBS. - As normas que estão presentes na Constituição Federal podem
estar presentes na Constituição Estadual de duas formas:
 Normas de Reprodução Obrigatória - São aquelas normas da
Constituição da República que são de observância obrigatória pelas
Constituições Estaduais.
 Normas de Imitação - São as normas que podem, facultativamente,
estar presentes na Constituição Estadual.
 Os princípios estabelecidos - são aqueles que estão expressamente ou
implicitamente no texto da Constituição Federal limitando o poder
constituinte do Estado-membro.
Falaremos um pouco mais sobre princípios quando formos estudar os "princípios
fundamentais" e também na parte referente à interpretação constitucional.

Normas Materiais X Normas Formais:


O termo "materiais" vem de matéria, conteúdo. Formais vem de forma,
estrutura, roupagem.
Normas materiais são aquelas que tratam de assuntos, conteúdos, essenciais a
uma Constituição moderna: organização do Estado e limitação dos seus poderes
face ao povo (não é pacífico a exatidão do que é e o que não é materialmente
constitucional).
Normas fomais são todas aquelas que foram alçadas a um status constitucional,
independentemente do conteúdo tratado.
No Brasil, todas as normas da Constituição são formais, independente de seu
conteúdo. Porém, algumas, além de formais, também são materiais. Assim, é
importante destacar que a classificação entre normas materialmente
constitucionais e normas formalmente constitucionais não são excludentes, já
que uma norma pode ser ao mesmo tempo materialmente e formalmente
constitucional. Assim temos:
 Normas formalmente e materialmente constitucionais - São as
normas da Constituição que, além de formais, tratam de assuntos
essenciais a uma Constituição.
 Normas apenas formalmente constitucionais - São as normas da
Constituição que não tratam de assuntos essenciais a uma Constituição,
porém, não deixam de ser formais já que possuem a roupagem de
Constituição, apenas não são materiais.

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 Questões da FCC:
46. (FCC/EPP-SP/2009) É correto afirmar, em face da Constituição
brasileira de 1988, que são formalmente constitucionais todas as normas
contidas em seu corpo articulado, mesmo as destituídas de rigidez.
Comentários:
Dizer que são formalmente constitucionais todas as normas contidas em seu
corpo está correto. Porém, a questão está errada, pois não existem normas
destituídas de rigidez na CF/88. Todas as suas normas são rígidas, somente
podendo ser alteradas por um procedimento especial, mais dificultoso do que as
leis ordinárias.
Gabarito: Errado.

47. (FCC/EPP-SP/2009) É correto afirmar, em face da Constituição


brasileira de 1988, que nela existem algumas normas que são apenas
formalmente constitucionais.
Comentários:
Todas as normas da CF/88 são formalmente constitucionais. A doutrina, porém,
divide estas normas em dois grupos:
Normas formalmente e materialmente constitucionais - São as normas da
Constituição que, além de formais, tratam de assuntos essenciais a uma
Constituição.
Normas apenas formalmente constitucionais - São as normas da
Constituição que não tratam de assuntos essenciais a uma Constituição, porém,
não deixam de ser formais, apenas não são materiais.
Gabarito: Correto.

48. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) O conceito de normas


materialmente constitucionais é antagônico ao de normas formalmente
constitucionais.
Comentários:
Nada obsta que uma norma possa ser ao mesmo tempo formalmente e
materialmente constitucional. Já que o conceito de formal refere-se ao status
hierárquico que ela é tratada e o conceito de material refere-se ao conteúdo o
qual a norma veicula.
Gabarito: Errado.

49. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) O conceito de normas


materialmente constitucionais importa na atribuição de rigidez às normas que
versem sobre matéria tipicamente constitucional.

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Comentários:
A rigidez está atrelada tão somente ao aspecto formal. O aspecto material trata
tão somente do conteúdo das normas, independente de qualquer status
hierárquico.
Gabarito: Errado

50. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) O conceito de normas


materialmente constitucionais foi utilizado pela Constituição do Império (1824)
para flexibilizar parcialmente a Constituição.
Comentários:
A Constituição de 1824 possuia em seu art. 178 a seguinte disposição: "É só
Constitucional o que diz respeito aos limites e atribuições respectivas dos
Poderes Políticos e aos Direitos Políticos e individuais dos Cidadãos. Tudo o que
não é Constitucional pode ser alterado sem as formalidades referidas, pelas
Legislaturas ordinárias". Assim, ela estava dizendo que em seu corpo possuia
uma parte que era materialmente constitucional, distitnta das demais. Essa
parte seria rígida (parte constitucional) e outra parte da constituição seria
flexível (parte não materialmente constitucional), e desta forma, formou-se a
chamada constituição semi-rígida ou semiflexível.
Gabarito: Correto.

 Questões do CESPE:

51. (CESPE/AJAJ - TRE-MS/2013) Somente possuem supremacia formal


as normas constitucionais que se relacionam com os direitos fundamentais.
Comentários:
O Brasil adota o conceito formal de Constituição, isso significa que,
independente do conteúdo tratado, todas as normas constitucionais possuem
supremacia formal sobre o resto do ordenamento jurídico e não somente as
normas que se relacionam com os direitos fundamentais.
Gabarito: Errado.

52. (CESPE/Advogado - IBRAM-DF/2009) O preâmbulo, por estar na


parte introdutória do texto constitucional e, portanto, possuir relevância
jurídica, pode ser paradigma comparativo para a declaração de
inconstitucionalidade de determinada norma infraconstitucional.
Comentários:

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O STF já decidiu pela ausência de força jurídica do preâmbulo da Constituição.


Assim, ele não pode ser usado para tornar normas infraconstitucionais como
inconstitucionais.
Gabarito: Errado.

53. (CESPE/Advogado - IBRAM-DF/2009) O ADCT tem natureza jurídica


de norma constitucional, semelhante às normas inseridas no bojo da CF, não
havendo desníveis ou desigualdades entre as normas do ADCT e os preceitos
constitucionais quanto à intensidade de sua eficácia ou a prevalência de sua
autoridade.
Comentários:
Os ADCT fazem parte da Constituição, não há qualquer hierarquia da parte dita
por "dogmática" em relação a parte transitória.
Gabarito: Correto.

54. (CESPE/Procurador-BACEN/2009) O poder constituinte derivado


decorrente deve observar, entre outros, os princípios constitucionais
estabelecidos, que integram a estrutura da Federação brasileira, como, por
exemplo, a forma de investidura em cargos eletivos, o processo legislativo e os
orçamentos.
Comentários:
Neste caso, seriam princípios extensíveis e não princípios estabelecidos.
Gabarito: Errado.

 Questões da ESAF:

55. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) São constitucionais as normas que dizem


respeito aos limites, e atribuições respectivas dos poderes políticos, e aos
direitos fundamentais. As demais disposições que estejam na Constituição
podem ser alteradas pelo quórum exigido para a aprovação das leis ordinárias.
Comentários:
Se ocorresse o descrito no enunciado, teríamos uma constituição semirrígida. A
nossa constituição é totalmente rígida, não havendo qualquer distinção ou
hierarquia entre normas constitucionais, independente do conteúdo que elas
veiculam. Trata-se da visão jurídica que olha apenas para o aspecto formal da
Constituição, não se importando com o aspecto material.
Gabarito: Errado.

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56. (ESAF/ATA-MF/2009 - Adaptada) Ao exercitarem o seu poder


constituinte derivado-decorrente, os Estados-membros, a teor do disposto na
Constituição Federal, respeitam os princípios constitucionais sensíveis,
princípios federais extensíveis e princípios constitucionais estabelecidos
(Certo/Errado).
Comentários:
Exatamente os que vimos, está correta a questão.
Gabarito: Correto.

57. (ESAF/Analista-SUSEP/2010 - Adaptada) Os princípios regionais são


os que regem e modelam o sistema normativo das instituições constitucionais,
como os princípios regedores da Administração Pública.
Comentários:
A questão traz uma classificação pouco cobrada em concursos. Parece tratar da
classificação de princípios segundo a sua abrangência. Esta classificação não se
mostra apenas para o direito mas para diversas ciências. José Cretella Neto traz
uma classificação bem didática sobre tais princípios se separados segundo a
abrangência de cada um. São eles:
a) onivalentes - proposições gerais, de validade integral, aplicáveis a todas às
ciências. Orientam o pensamento, motivo pelo qual também são chamados de
princípios racionais do conhecimento ou primeiros princípios;
b) plurivalentes -são aqueles comuns a mais de uma ciência, ou a um grupo
de ciências, orientando-se apenas nos aspectos que se interpenetram;
c) monovalentes -são aqueles cuja validade é restrita a um único campo do
conhecimento; e
d) setoriais ou regionais - proposições básicas em que repousam os diversos
setores em que se baseia determinada ciência;
Desta forma, levando esta classificação ao direito constitucional, podemos
realmente dizer que cada instituição constitucional estaria alicerçada sobre seus
princípios setoriais ou regionais, ou seja, aqueles que definiriam as normas
basilares daquele "nicho", daquele setor específico.
Gabarito: Correto.

Eficácia e aplicabilidade das normas


Eficácia é a capacidade que uma norma tem para produzir efeitos, o grau de
eficácia das normas constitucionais é um dos temas mais controversos da
doutrina, mas para nosso objetivo, as considerações abaixo serão suficientes.

Doutrina clássica x Normas Programáticas:

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A doutrina clássica, de Rui Barbosa, baseada na doutrina norte-americana,


dividia as normas em auto-aplicáveis (auto-executáveis) e não auto-
aplicáveis(não auto-executáveis), estas, diferentemente das primeiras exigiam
a complementação do legislador para produzirem efeitos.
Essa classificação, atualmente, não costuma ser aceita no Brasil.
Em que pese tal fato, algumas bancas, costumam cobrar o conceito de não
auto-aplicáveis em associação às normas programáticas. As normas
programáticas são aquelas que definem planos de ação para o Estado, como
combater a pobreza, a marginalização e os direitos sociais do art. 6º. As
normas programáticas possuem o que se chama de eficácia diferida, ou seja,
sua aplicação se dará ao longo do tempo, na medida em que forem sendo
concretizadas.

Eficácia e aplicabilidade segundo a José Affonso da Silva:


Essa é a doutrina majoritária, a mais cobrada em concursos. Divide em 3 tipos
as normas:
1- Eficácia Plena – Não necessitam de nenhuma ação do legislador para
que possam alcançar o destinatário, e por isso são de aplicação direta e
imediata, pois independem de uma lei que venha mediar os seus efeitos.
As normas de eficácia plena também não admitem que uma lei posterior
venha a restringir o seu alcance.
Ex.: Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou permanecer associado
(CF, art. 5º, XX).
2- Eficácia Contida - É aquela norma que, embora não precise de qualquer
regulamentação para ser alcançada por seus receptores - também tem
aplicabilidade direta e imediata, não precisando de lei para mediar os
seus efeitos -, poderá ver o seu alcance restringido pela superveniência
de uma lei infraconstitucional. Enquanto não editada essa lei, a norma
permanece no mundo jurídico com sua eficácia de forma plena, porém no
futuro poderá ser restringida pelo legislador infraconstitucional.
Ex.: É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendida às
qualificações profissionais que a lei estabelecer (CF, art. 5º, XIII). Ou seja,
As pessoas podem exercer de forma plena qualquer trabalho, ofício ou
profissão, salvo se vier uma norma estabelecendo certos requisitos para
conter essa plena liberdade.
Observação: Em regra, as normas de eficácia contida são passíveis de
restrição por leis infraconstitucionais, porém, também se manifestam como
normas de eficácia contida as normas onde a própria constituição
estabelece casos de relativização. Exemplo disto é o direito de reunião que
pode ser restringido no caso de Estado de Sítio ou Defesa. Ou ainda, o direito
de propriedade, que é relativizado pela norma da desapropriação e pela
necessidade do cumprimento da função social.

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A doutrina ainda considera que certos preceitos ético-jurídicos como a


moral, os bons costumes e etc. também podem ser usados para conter as
normas.
3- Eficácia Limitada - É a norma que, caso não haja regulamentação por
meio de lei, não será capaz de gerar os efeitos para os quais foi criada,
assim dizemos que tem aplicação indireta ou mediata, pois há a
necessidade da existência de uma lei para “mediar” a sua aplicação. Como
vimos, é errado dizer que não possui eficácia jurídica, ou que é incapaz
de gerar efeitos concretos, pois desde logo manifesta a intenção dos
legisladores constituinte, fornecendo conteúdo para ser usado na
interpretação constitucional e é capaz de tornar inconstitucionais as normas
infraconstitucionais que sejam com ela incompatíveis (daí se falar em
eficácia negativa ou paralisante das normas de eficácia limitada). Desta
forma, sua aplicação é mediata, mas sua eficácia jurídica (ou seja, seu
caráter vinculante) é imediata.
Ex.: O estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor (art. 5º,
XXXII).Se a lei não estabelecesse o Código de Defesa do Consumidor, não
se poderia aplicar essa norma por si só, ou, acaso as normas criadas pelo
CDC não fossem favoráveis aos consumidores, seriam inconstitucionais por
contrariar as normas de eficácia limitada que trata da matéria.
Observação: O prof. José Afonso da Silva, ainda divide as normas de eficácia
limitada em dois grupos:
a) Normas de princípio programático - São as que direcionam a atuação
do Estado instituindo programas de governo. Terão eficácia diferida e
necessitam de atos normativos e administrativos para concretizarem os
objetivos para quais foram criadas.
b) Normas de princípio institutivo - São as normas que trazem apenas
um direcionamento geral, e ordenam o legislador a organizar ou instituir
órgãos, instituições ou regulamentos, observando os direcionamentos
trazidos. O professor ressalta as expressões "na forma da lei", "nos termos
da lei", "a lei estabelecerá" e etc. como meios de identificação destas
normas.

Baseado na doutrina do Professor Canotilho, ainda


podemos classificar as normas programáticas como normas-fim, pois traduz
uma finalidade a ser buscada pelo Poder Público.

Eficácia e aplicabilidade segundo a Maria Helena Diniz:


A classificação das normas, segundo esta autora, muda pouco comparado a
José Affonso da Silva. Maria Helena Diniz aborda mais um tipo em sua

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classificação: as normas de eficácia absoluta ou supereficazes. Assim, segundo


ela, teriamos a seguinte classificação:
1- Eficácia absoluta ou supereficazes: seriam as clásulas pétreas (CF,
art. 60 §4º), ou seja, as normas que não podem ser abolidas por emendas
constitucionais. Para esta doutrina, as normas de eficácia absoluta sequer são
suscetíveis de emendas constitucionais (este pensamento não é o seguido
pelo STF, que aceita o uso das emendas constitucionais desde que usadas
para fortalecer ou ampliar as cláusulas pétreas).
2- Eficácia plena = Eficácia plena de J.A. Silva
3- Eficácia relativa restringível = Eficácia contida de J.A. Silva
4- Eficácia relativa complementável = Eficácia limitada de J.A. Silva
Normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais:
Art. 5º § 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm
aplicação imediata.
Isso não quer dizer que sejam todas de eficácia plena, como já foi cobrado em
concurso. É apenas um apelo para que se busque efetivamente aplicá-las e
assim não sejam frustrados os anseios da sociedade.
Lembramos ainda que tanto as plenas como também as contidas possuem
aplicação imediata.
Vamos propor um fluxograma para facilitar nossa vida nas questões sobre
classificação das normas:

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Leia a norma com


calma!

Pergunta 1 -Você consegue, só


pelo que está ali escrito, aplicar o
preceito?

Sim Não

Então, estamos diante Então, a norma tem aplicação


de norma que tem mediata e será somente de
aplicação imediata! eficácia limitada. Mas poderá
Mas a eficácia poderá ser programática ou de
ser plena ou contida. princípio institutivo.

Pergunta 2a - Existe a Pergunta 2b - A


possibilidade de que, caso se norma busca traçar
edite uma lei, essa norma um plano de governo
fique restringida? para direcionar o
Estado, ou é uma
norma que está
Sim Não
ordenando a criação
de órgãos, institutos
ou regulamentos?

A norma é de A norma é de
eficácia contida eficácia plena Traça um Ordena a
plano de criação de
governo institutos,
órgãos ou
regulamentos

A norma é de
eficácia limitada
e programática A norma é de
eficácia limitada
e definidora de
princípio
institutivo

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Normas de eficácia exaurida:


É o comum o uso do termo "normas de eficácia exaurida" para denominar
aquelas normas presentes nos ADCT (atos transitórios) que já perderam o seu
poder de produzir novos efeitos jurídicos. Por exemplo:
ADCT, Art. 2º. No dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado definirá,
através de plebiscito, a forma (república ou monarquia constitucional)
e o sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) que
devem vigorar no País.
ADCT, Art. 3º. A revisão constitucional será realizada após cinco anos,
contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria
absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral.
Tais normas já produziram seus efeitos e, embora permaneçam no corpo da
Constituição, não têm papel prático na atualidade ou no futuro. Diz-se que
possuem "aplicabilidade esgotada".

 Questões da FCC:

58. (FCC/ Analista- TRT- 4ª Região/ 2015) O dispositivo da chamada


“PEC da Bengala” (Emenda Constitucional no 88/2015), que prevê que os
servidores públicos em geral, com exceção dos Ministros do Supremo Tribunal
Federal, dos Tribunais Superiores e Tribunal de Contas da União, serão
aposentados “compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de
contribuição, aos 70 (setenta ) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos
de idade, na forma de lei complementar”, é classificado pela doutrina como
norma constitucional de
(A) eficácia contida.
(B) eficácia plena.
(C) eficácia limitada.
(D) conteúdo programático.
(E) integração restringível.
Comentários:
Observe que o dispositivo indicado prevê que os servidores só poderão de
aposentar compulsoriamente aos 75 anos de idade se houver lei complementar
regulando, logo, se não houver a edição de tal lei, o servidor (exceto os
especificados na PEC) não poderão se aposentar aos 75, daí porque se trata de
norma de eficácia limitada.
Gabarito: Letra C.

59. (FCC/ Analista- TRT- 4ª Região/ 2015) O direito de greve no serviço


público, a inadmissibilidade de provas obtidas por meios ilícitos no processo e a

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liberdade de exercício de qualquer profissão constituem, respectivamente,


normas constitucionais de eficácia
(A) limitada, contida e plena.
(B) contida, plena e limitada.
(C) contida, limitada e plena.
(D) limitada, plena e contida.
(E) plena, limitada e contida.
Comentários:
O direito de greve dos servidores públicos está previsto no art. 37, VII, que diz:
“o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
específica”. Lendo de outra forma, está consignado que o direito de greve
somente poderia ser exercido se regulamentado, assim, trata-se de norma de
eficácia limitada;
As provas obtidas por meios ilícitas são vedadas de forma direta pela
Constituição, sendo regra de aplicação plena (Art. 5º, LVI - são inadmissíveis,
no processo, as provas obtidas por meios ilícitos);
Por fim, diz o art. 5º, XIII que é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; é
hipótese de norma de eficácia contida, pois o direito nela contido pode ser
exercido, mas o exercício deste direito pode ser restringido/ contido
posteriormente, daí que a resposta correta é a letra A, pois o cidadão pode
exercer qualquer profissão, mas a lei pode vir a exigir alguma qualificação.
Gabarito: Letra D.

60. (FCC/Defensor-DPE-SP/2010) Utilizando-se a classificação de José


Afonso da Silva no tocante a eficácia e aplicabilidade das normas
constitucionais, a norma constitucional inserida no artigo 5°, XII: "é inviolável o
sigilo de correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou
instrução processual penal", pode ser classificada como norma
a) de eficácia plena, isto é, de aplicabilidade direta, imediata e integral, não
havendo necessidade de lei infraconstitucional para resguardar o sigilo das
comunicações.
b) de eficácia limitada, isto é, de aplicabilidade indireta, mediata e não integral,
ou seja, o sigilo somente poderá ser garantido após a integração legislativa
infraconstitucional.
c) de eficácia contida, isto é, de aplicabilidade direta, imediata, porém não
integral, ou seja, a lei infraconstitucional poderá restringir sua eficácia em
determinadas hipóteses.
d) com eficácia relativa restringível, isto é, o sigilo pode ser limitado em
hipóteses previstas em regramento infraconstitucional.

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e) de eficácia relativa complementável ou dependente de complementação


legislativa, isto é, depende de lei complementar ou ordinária para se garantir o
sigilo das comunicações.
Comentários:
Vamos analisar a questão utilizando fluxograma:
Passo 1 - ler a norma calmamente:
"é inviolável o sigilo de correspondência e das comunicações telegráficas, de
dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem
judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de
investigação criminal ou instrução processual penal"
Passo 2 - responder à pergunta 1:
Eu consigo aplicar o preceito? Claro... ele garante a inviolabilidade das
comunicações. Pronto, as comunicações estão invioláveis! É garantido o sigilo.
Então, a norma tem aplicação imediata, está pronta para ser aplicável.
Passo 3 - responder à pergunta 2a:
Ahhh... mas tem um "porém". A norma traz uma possibilidade de restringir o
último caso (comunicações telefônicas), por ordem judicial, nas hipóteses e na
forma que a lei estabelecer.
Desta forma, pode vir uma lei trazendo hipóteses de restrição, contendo a plena
aplicação da norma.

Caramba... Já acabou! Estou diante de uma norma que tem aplicação imediata,
porém, de eficácia contida, já que ela é aplicável desde logo, mas pode sofrer
limitações posteriores em virtude de lei.
Fácil, fácil...
Gabarito: Letra C.

61. (FCC/APOFP-SP/2010) As normas constitucionais de eficácia contida


são dotadas de aplicabilidade direta e imediata, mas não integral, porque
sujeitas a restrições. Observa-se que tais restrições podem ser impostas:
a) pelo legislador constitucional, por outras normas constitucionais e como
decorrência do uso de conceitos ético-jurídicos consagrados.
b) pelo legislador comum, pelos Tribunais Superiores e pelos Chefes do Poder
Executivo.
c) pela União Federal, pelos Estados-membros, pelo Distrito Federal e pelos
Municípios com exclusão dos Territórios Federais.
d) por outras normas constitucionais, pelo Supremo Tribunal Federal e pelo
órgão superior do Ministério Público Federal.

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e) pelo Conselho da República, pela União Federal, pelos Estados-membros e


como decorrência de conceitos ético-jurídicos consagrados.
Comentários:
Mais uma ótima questão. Questão bem incomum, mas nada que assuste meus
alunos, que estão ou estarão, mais que preparados para o 100%.
Vamos relembrar o conceito de normas de eficácia contida:
"É aquela norma que, embora não precise de qualquer regulamentação para ser
alcançada por seus receptores - também tem aplicabilidade direta e imediata,
não precisando de lei para mediar os seus efeitos -, poderá ver o seu alcance
limitado pela superveniência de uma lei infraconstitucional. Enquanto não
editada essa lei, a norma permanece no mundo jurídico com sua eficácia de
forma plena, porém no futuro poderá ser restringida pelo legislador
infraconstitucional".
Acabou por aí??? Não, temos uma observação:
"Em regra, as normas de eficácia contida são passíveis de restrição por leis
infraconstitucionais, porém, também se manifestam como normas de
eficácia contida as normas onde a própria constituição estabelece casos
de relativização (...) A doutrina ainda considera que certos preceitos ético-
jurídicos como a moral, os bons costumes e etc. também podem ser
usados para conter as normas".
Pronto!!! Fecha a conta e passa a régua!
Gabarito: Letra A.

62. (FCC/AJAJ-TRT 3º/2009) Em conformidade com o art. 113 da


Constituição Federal: A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição,
competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do
Trabalho. A presente hipótese trata de uma norma constitucional de eficácia:
a) limitada, definidora de princípio institutivo ou organizativo.
b) limitada, definidora de princípios programáticos.
c) plena, mas de natureza facultativa ou permissiva.
d) contida, em razão de restrições impostas por outras normas constitucionais.
e) plena, mas de natureza obrigatória, de programas ou diretrizes.
Comentários.
Comentários:
Utilizando fluxograma:
Passo 1 - ler a norma calmamente:
A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência,
garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho.

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Passo 2 - responder à pergunta 1:


Eu não consigo aplicar o preceito, pois a norma diz que a lei é que vai dispor
sobre isso, e eu nem sei qual é a lei.
Então, eu sei que a norma não tem aplicação imediata, mas sim "mediata"
(precisa de uma lei para mediar os efeitos), sendo, assim, uma norma de
eficácia limitada.
Passo 3 - responder à pergunta 2b:
O objetivo dela é ordenar que uma lei crie regulamentos para o exercício dos
órgãos da Justiça do Trabalho.

Ihhh... Matei! Estou diante de uma norma de eficácia limitada, definidora de


princípio institutivo ou organizativo.
Gabarito: Letra A.

63. (FCC/AJAJ-TRT 1ª/2011) Analise:


I. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime
de colaboração seus sistemas de ensino.
II. É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer.
Em conformidade com o aspecto doutrinário, as referidas disposições
caracterizam-se, respectivamente, como normas constitucionais de
a) eficácia plena e de eficácia negativa.
b) princípio programático e de eficácia contida.
c) eficácia restringível e de eficácia absoluta.
d) princípio programático e de eficácia plena.
e) eficácia relativa e de princípio programático.
Comentários:
O item I traz uma norma que por si só não altera em nada o mundo prático,
traz um direcionamento para que se faça algo. Assim, trata-se de uma norma
de eficácia limitada de princípio programático.
O item II é um exemplo clássico de norma de eficácia contida, já que ela
confere a liberdade de profissão de forma ampla, mas se a lei estabelecer
qualificações profissionais, nós teremos que nos enquadrar no que a lei diz.
Assim, cria-se a possibilidade da lei restringir esta ampla liberdade, sendo,
desta forma, uma norma de eficácia contida.
Gabarito: Letra B.

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64. (FCC/AJ-Arquivologia-TRT 1ª/2011) Os remédios constitucionais são


tidos por normas constitucionais de eficácia:
a) plena.
b) limitada.
c) contida.
d) mediata.
e) indireta.
Comentários:
Os remédios constitucionais são ações constitucionais que funcionam como
verdadeiros "remédios" contra os abusos cometidos. Por exemplo, se alguém
sofrer abuso ao seu direito de locomoção, esse mal será remediado com um
habeas corpus, se o abuso for relativo ao direito de informação, será usado um
habeas data. Os principais remédios constitucionais são: habeas corpus, habeas
data, Mandado de Segurança, Mandado de Injunção e Ação Popular.
A jurisprudência do Supremo indica que estes remédios são dotados de
“autoaplicabilidade”, possuindo eficácia plena, pois senão ficariam impedidos de
alcançar a sua principal finalidade de proteção do bem jurídico sob ameaça.
Gabarito: Letra A.

65. (FCC/Procurador-TCE-RO/2010) Em fevereiro de 2010, o artigo 6º da


Constituição Federal foi alterado para que, ao rol dos direitos fundamentais que
prevê, fosse acrescentado o direito à alimentação. A eficácia desse direito é
classificada como:
a) plena.
b) contida de princípio programático.
c) limitada de princípio institutivo.
d) contida de princípio institutivo.
e) limitada de princípio programático.
Comentários:
A alimentação passou a integrar o rol de direitos sociais do art. 6º, direitos
estes pacificamente reconhecidos como programáticos, já que são dependentes
de ações governamentais, legislativas e administrativas, para serem
concretizados.
Gabarito: Letra E.

66. (FCC/Assessor - TCE-PI/2009) Dispõe o artigo 14, § 9º, da


Constituição Federal: "Lei complementar estabelecerá outros casos de
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade

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administrativa, a moralidade para exercício de mandato, considerada a vida


pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a
influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou
emprego na administração direta ou indireta." Quanto à capacidade de
produção de efeitos, a norma constitucional em questão
a) é autoexecutável.
b) possui aplicabilidade imediata e eficácia plena.
c) tem natureza de norma constitucional programática não vinculante.
d) é de eficácia limitada e, portanto, aplicabilidade mediata.
e) possui aplicabilidade imediata, mas eficácia contida.
Comentários:
Vamos ao passo a passo?
Passo 1 - ler a norma calmamente:
Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de
sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para
exercício de mandato, considerada a vida pregressa do candidato, e a
normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico
ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta
ou indireta.
Passo 2 - responder à pergunta 1:
Eu não consigo aplicar o preceito, pois para eu saber quais os casos de
inelegibilidade, precisarei de uma lei complementar.
Passo 3 - responder à pergunta 2b:
Ela não traça um programa de governo, mas sim, manifesta a necessidade da
criação de um regulamento para prever as inelegibilidades.
Nem precisávamos chegar ao passo 3. Fizemos isso só para fins didáticos.
Gabarito: Letra D.

 Questões do CESPE:

67. (CESPE/ Auditor – SEFAZ-ES/ 2013) As normas constitucionais


programáticas caracterizam-se por fixar políticas públicas ou programas
estatais destinados à concretização dos fins sociais do Estado, razão pela qual
são de aplicação ou execução imediata.
Comentários:
De fato as normas programáticas são aquelas que definem planos de ação para
o Estado, como o combate à pobreza, a marginalização e os direitos sociais
previstos no art. 6º da CF. Tais normas têm, no entanto, eficácia diferida, de

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forma que sua aplicação se dará ao longo do tempo, na medida em que forem
sendo concretizadas. Assim, são normas “não autoaplicáveis”.
Gabarito: Errado.

68. (CESPE/ Auditor – SEFAZ-ES/ 2013) Constitui exemplo de norma de


eficácia limitada o dispositivo constitucional segundo o qual os cargos,
empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencherem os
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.
Comentários:
Correto, acaso a matéria não seja regulamentada por meio de lei, não será
capaz de gerar os efeitos para os quais foi criada.
Gabarito: Correto.

69. (CESPE/ Auditor – SEFAZ-ES/ 2013) As normas constitucionais de


eficácia contida não podem ser aplicadas imediatamente, pois necessitam de
complementação legal para a produção de efeitos.
Comentários:
Errado, as normas de eficácia contida têm aplicação imediata, de forma que
podem ser aplicadas imediatamente, já que não necessitam de
complementação legal para produzir efeitos, em verdade, a complementação
legal pode vir restringir seus efeitos.
Gabarito: Errado.

70. (CESPE/Analista Processual- MPU/2010) As normas de eficácia


contida permanecem inaplicáveis enquanto não advier normatividade para
viabilizar o exercício do direito ou benefício que consagram; por isso, são
normas de aplicação indireta, mediata ou diferida.
Comentários:
As normas de eficácia contida possuem aplicação imediata, tais quais as normas
plenas. A única diferença é que poderão ser restringidas em seu alcance.
Gabarito: Errado.

71. (CESPE/Analista Processual- MPU/2010) As normas constitucionais


de eficácia limitada são desprovidas de normatividade, razão pela qual não
surtem efeitos nem podem servir de parâmetro para a declaração de
inconstitucionalidade.
Comentários:

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A norma de eficácia limitada desde logo manifesta a intenção dos legisladores


constituinte, fornecendo conteúdo para ser usado na interpretação
constitucional e é capaz de tornar inconstitucionais as normas
infraconstitucionais que sejam com ela incompatíveis. Desta forma, sua
aplicação é mediata, mas sua eficácia jurídica (ou seja, seu caráter vinculante)
é imediata.
Gabarito: Errado.

72. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) A revisão constitucional


realizada em 1993, prevista no ADCT, é considerada norma constitucional de
eficácia exaurida e de aplicabilidade esgotada, não estando sujeita à incidência
do poder reformador.
Comentários:
Segundo a doutrina e a jurisprudência do STF, a revisão constitucional
(procedimento simplificado de modificação do texto da Constituição) só pode
ocorrer uma única vez, já que seu objetivo era rapidamente reestabelecer uma
possível instabilidade institucional provocada pela mudança de regime no Brasil
(instabilidade esta que não ocorreu). Desta forma, não há mais motivos que
justifiquem a feitura de um novo procedimento simplificado para revisão da
Constituição, devendo-se seguir o procedimento especial de reforma, previsto
no art. 60 da Constituição Federal.
Gabarito: Correto.

73. (CESPE/Analista Adm.- MPU/2010) O livre exercício de qualquer


trabalho, ofício ou profissão, desde que atendidas as qualificações profissionais
que a lei estabelecer, é norma constitucional de eficácia contida; portanto, o
legislador ordinário atua para tornar exercitável o direito nela previsto.
Comentários:
A questão estava correta ao prever que é uma norma de eficácia contida,
porém, a atuação do legislador infraconstitucional nesta espécie de norma não é
para torná-la exercitável, mas sim para conter a plenitude de sua aplicação, já
que as normas de eficácia contida possuem aplicação imediata, não
necessitando de regulamentação infraconstitucional para produzir seus efeitos
finalísticos.
Gabarito: Errado.

74. (CESPE/Técnico - MPU/2010) As normas de eficácia plena não exigem


a elaboração de novas normas legislativas que lhes completem o alcance e o
sentido ou lhes fixem o conteúdo; por isso, sua aplicabilidade é direta, ainda
que não integral.
Comentários:

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Errada. A questão estava caminhando perfeita, até a última curva, quando disse
"ainda que não integral". Ora, a norma é de eficácia plena, justamente porque a
sua aplicação se dá com plenitude, ou seja, de forma integral. A questão então,
acabou por definir o que seria uma norma de eficácia contida.
Gabarito: Errado.

75. (CESPE/Advogado-BRB/2010) No tocante à aplicabilidade, de acordo


com a tradicional classificação das normas constitucionais, são de eficácia
limitada aquelas em que o legislador constituinte regula suficientemente os
interesses concernentes a determinada matéria, mas deixa margem à atuação
restritiva por parte da competência discricionária do poder público, nos termos
em que a lei estabelecer ou na forma dos conceitos gerais nela previstos.
Comentários:
Essa é a definição de eficácia contida. As normas de eficácia limitada sequer
conseguem ser aplicáveis caso não exista lei para mediar os seus efeitos. Já as
contidas possuem aplicabilidade imediata, porém podem futuramente serem
restringidas pelo legislador.
Gabarito: Errado.

 Questões do ESAF:

76. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) Quando a Constituição prevê que a


ordem econômica e social tem por fim realizar a justiça social, não estamos
diante de uma norma-fim, por não abranger todos os direitos econômicos e
sociais, nem a toda a ordenação constitucional.
Comentários:
Normas-fim são as normas que direcionam o poder público a alcançar um
objetivo, uma norma programática. Segundo Canotilho, a determinação
constitucional segundo a qual as ordens econômicas e social tem por fim
realizar a justiça social constitui uma norma-fim, que permeia todos os direitos
econômicos e sociais e os demais princípios informadores da ordem econômica
são da mesma natureza.
Gabarito: Errado.
77. (ESAF/AFRFB/2009) O disposto no artigo 5o, inciso XIII da
Constituição Federal – “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”, cuida-
se de uma norma de eficácia limitada.
Comentários:

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Este é o exemplo mais clássico que temos de uma norma de eficácia contida, já
que enquanto a lei não estabelecer as qualificações que devem ser atendidas,
será livre o exercício de qualquer profissão.
Gabarito: Errado.

 Questões da FGV:

78. (FGV/ Analista- DPE-MT/ 2015) Considerando a classificação das


normas constitucionais, assinale a opção que indica a norma de eficácia contida.
(A) É livre o exercício de qualquer profissão, atendidas as qualificações que a
lei venha a estabelecer.
(B) O Estado deve garantir o desenvolvimento nacional.
(C) O Presidente da República não está sujeito à prisão antes da sentença
penal condenatória.
(D) As atribuições do Conselho de Defesa das Minorias serão definidas em lei.
(E) É dever da sociedade proteger os idosos, na forma definida em lei.
Comentários:
A norma de eficácia contida é aquela que tem eficácia plena, ou seja, o direito
ali previsto pode ser usufruído de pronto, mas o exercício deste direito pode ser
restringido/ contido posteriormente, daí que a resposta correta é a letra A, pois
o cidadão pode exercer qualquer profissão, mas a lei pode vir a exigir alguma
qualificação.
Gabarito: Letra A.

79. (FGV/ Técnico Controle Externo- TCE-CE/ 2015) Consideram-se


normas constitucionais de eficácia contida aquelas em que o legislador
constituinte
(A) regulou suficientemente os interesses relativos a determinada matéria
produzindo a norma desde logo seus efeitos, mas deixou margem à atuação
restritiva por parte do Poder Público, nos termos que vierem a ser previstos em
lei.
(B) deixou ao legislador ordinário o poder pleno de disciplinar a matéria, sem
delinear os limites de tal atuação.
(C) regulamentou inteiramente a matéria, a qual não pode ser objeto de
nenhum juízo restritivo por parte do Poder Público.
(D) deixou ao legislador ordinário o poder de disciplinar a matéria,
dependendo a norma constitucional, para gerar efeitos, da existência de regras
restritivas por este traçadas.
(E) previu os princípios que devem ser observados pelo Poder Público, sem
fixar diretriz a ser seguida na elaboração das leis ordinárias posteriores.
Comentários:

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Letra A. A assertiva traz o conceito de norma de eficácia contida, que é aquela


que tem eficácia plena, ou seja, o direito ali previsto pode ser usufruído de
pronto, mas o exercício deste direito pode ser restringido/ contido
posteriormente
Gabarito: Letra A.

 VUNESP
80. (VUNESP/ Inspetor- PC-CE/ 2015) A Constituição Federal estabelece,
em seu artigo 5º, inc. LVIII, que “o civilmente identificado não será submetido
a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei”. Acerca dessa
norma, é correto afirmar que
(A) tem aplicação mediata e eficácia plena.
(B) tem aplicação mediata e eficácia limitada.
(C) tem aplicação imediata e eficácia limitada.
(D) tem aplicação imediata e eficácia plena.
(E) tem aplicação imediata e eficácia contida.
Comentários:
Perceba que a norma é categórica ao afirmar que o civilmente identificado não
será submetido à identificação criminal, mas poderá, nas condições previstas
em lei... Logo, tem aplicabilidade imediata, pois impede a identificação criminal
(aplicação imediata), mas poderá permitir quando a lei conter a proibição.
Gabarito: Letra E.

Pronto pessoal!!! Por hoje é só...


Excelente estudo a todos.
Grande abraço.
Vítor Cruz e Rodrigo Duarte

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Pontos importantes a serem fixados:

Classificação das Constituições:


Classificaçã No Brasil
Critério Conceito
o (CF/88)
Imposta pelo
Outorgada
governante.
Legitimada pelo povo
através de uma
Promulgada
Assembléia
Constituinte.
Origem Promulgada
Imposta pelo
governante, mas
posteriormente levada à
Cesarista
aprovação popular (não
deixa de ser
outorgada).
Documento Escrito (se
Escrita único = codificada/se
vários = legal).
Escrita e
Forma Consuetudinária Codificada.
(costumeira). O que
Não-Escrita
importa é o conteúdo e
não como ele é tratado.
Dispõe apenas sobre
matérias essenciais
Sintética
(organização do Estado
e limitação do poder).
Extensão Analítica
É extensa tratando de
vários assuntos, ainda
Analítica
que não sejam
essenciais.
Independe do conteúdo
tratado. Se estiver no
corpo da Constituição
Formal será um assunto
Conteúdo constitucional, já que o Formal
importante é tão
somente a forma.

Material O importante é apenas


o conteúdo. Não precisa

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estar formalizado em
uma constituição para
ser um assunto
constitucional.
Necessariamente
escrita. Reflete a
Dogmática realidade presente na
Elaboração sociedade em um Dogmática
determinado momento.
Consolidada ao longo do
Histórica
tempo.
Pode ser alterada por
leis de status ordinário.
Flexível Prescinde de
procedimento especial
Rígida (ou
para ser alterada.
super-rígida já
Alterabilida Somente pode ser que possui
de ou Rígida alterada por um cláusulas
estabilidad procedimento especial. pétreas).
e
Semi-rígida Em 1824 era
Possui uma parte rígida
ou semi- semi-rígida.
e outra flexível.
flexível
Não podem ser
Imutável
alteradas

Nominalista É ignorada.
Ontológica
Normativa ou
ou conexão Normativa Efetivamente aplicada.
nominalista
com a
Criada apenas para (sem consenso)
realidade
Semântica justificar o poder de um
governante.
Possui normas
programáticas traçando
Dirigente
um plano para o
governo.
Constituição negativa,
Finalidade sintética. Não traça Dirigente
Garantia planos, apenas limita o
poder e organiza o
Estado.

Balanço Utilizada para ser


aplicada em um

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determinado estágio
político de um país.
Ortodoxa Única ideologia
Ideologia Eclética
Eclética Várias ideologias

Elementos da Constituição:
1- Orgânicos: Regulam a estrutura do Estado e do Poder. Ex. Título III – Da
Organização do Estado; Título IV – Da organização do poderes e do Sistema de
Governo; Forças Armadas; Segurança pública; Tributação, Orçamento;
2- Limitativos: Limitam a atuação do poder do Estado. São os direitos e
gatantias fundamentais, exceto os direitos sociais, pois eles são sócio-
ideológicos;
3- Sócio-ideológicos: Tratam do compromisso entre o Estado individualista
com o Estado Social. Ex. Direitos Sociais, Título VII – Da ordem econômica e
financeira; Título VIII – Da Ordem Social;
4-De Estabilização Constitucional: Tratam da solução de conflitos
constitucionais, defesa do Estado, Constituição e instituições democrátitcas. Ex.
Controle de Constitucionalidade, os procedimentos de reforma, o estado de
sítio, estado de defesa e a intervenção federal;
5- Formais de aplicabilidade: Regras de aplicação da Constituição. Ex. ADCT,
Preâmbulo e norma do art. 5º §1º da Constituição.

Normas, Regras e Princípios Constitucionais:


 Todas as normas constitucionais (exceto o preâmbulo - segundo a
jurisprudência do STF) possuem eficácia jurídica, pois mesmo que não
consigam alcançar seu destinatário, conseguem, ao menos, impor a sua
observância às demais de hierarquia inferior.
 Regras são mais concretas, definidores de condutas.
 Princípios são mais abstratos, são "mandados de otimização".
 Regras não admitem o cumprimento parcial, já os princípios admitem.
 Se duas regras entram em conflito, o aplicador deve cumprir uma ou outra.
 Se dois princípios entram em conflito, eles devem ser harmonizados, podendo
ambos poderão ser cumpridos embora em graus diferentes de cumprimento.
 Os princípios sensíveis – (CF, art. 34, VII) - se não respeitados poderão
ensejar a intervenção federal.
 Os princípios federais extensíveis – São os princípios federais aplicáveis
pela simetria federativa aos demais entes políticos, como por exemplo, as

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diretrizes do processo legislativo, dos orçamentos e das investiduras nos cargos


eletivos.
 Os princípios estabelecidos - Estão dispostos expressamente ou
implicitamente no texto da Constituição Federal limitando o poder constituinte
do Estado-membro.
 Normas de Reprodução Obrigatória - São aquelas normas da Constituição
da República que são de observância obrigatória pelas Constituições Estaduais.
 Normas de Imitação - São as normas que podem, facultativamente, estar
presentes na Constituição Estadual.
 Normas formalmente e materialmente constitucionais - São as normas
da Constituição que, além de formais, tratam de assuntos essenciais a uma
Constituição.
 Normas apenas formalmente constitucionais - São as normas da
Constituição que não tratam de assuntos essenciais a uma Constituição, porém,
não deixam de ser formais já que possuem a roupagem de Constituição, apenas
não são materiais.

Eficácia e aplicabilidade das normas


Segundo a José Affonso da Silva:
Eficácia Plena – São de aplicação direta e imediata e independem de uma lei
que venha mediar os seus efeitos. As normas de eficácia plena também não
admitem que uma lei posterior venha a restringir o seu alcance.
Eficácia Contida – Assim como a plena é de aplicação direta e imediata não
precisando de lei para mediar os seus efeitos, porém, poderá ver o seu alcance
limitado pela superveniência de uma lei infraconstitucional, por outras normas
da própria constituição estabelece ou ainda por meio de preceitos ético-jurídicos
como a moral e os bons costumes.
Eficácia Limitada – São de aplicação indireta ou mediata, pois há a
necessidade da existência de uma lei para “mediar” a sua aplicação. Caso não
haja regulamentação por meio de lei, não são capazes de gerar os efeitos
finalísticos (apenas os efeitos jurídicos que toda norma constitucional possui).
Pode ser:
a) Normas de princípio programático (normas-fim)- Direcionam a
atuação do Estado instituindo programas de governo.
b) Normas de princípio institutivo - Ordenam ao legislador a
organização ou instituição de órgãos, instituições ou regulamentos.

LISTA DAS QUESTÕES DA AULA:


1. (FCC/ Juiz- AL/ 2015) As constituições dirigentes

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(A) têm, entre seus objetivos, a transformação social a partir do direito,


tendo em vista que vinculam o estado com programas que devem ser
seguidos e objetivos que devem ser alcançados.
(B) são espécies criadas a partir do constitucionalismo liberal, típico do século
XIX, com o objetivo de reduzir o estado a um ente restrito e controlado pelo
direito.
(C) apresentam, entre as suas características, a necessidade de que os
estados que as adotam procedam a uma estatização dos meios de produção e
da propriedade privada por consequência.
(D) são resultado dos pactos neoliberais da década de 1990, quando estados
centrais adotaram novas vias para reduzir o impacto da intervenção estatal em
algumas áreas da economia.
(E) adotam, como pressuposto, textos constitucionais enxutos, que se
limitam a fixar princípios, deixando o restante da sua regulamentação ao
legislador ordinário, de modo a não vincular exageradamente futuras gerações.
2. (FCC/ Juiz- AL/ 2015) Considere os seguintes elementos
característicos:
I. Formaliza a existente situação do poder político, atuando como instrumento
de estabilização voltado a perpetuar nele seus detentores de fato, que dominam
o aparato coercitivo do Estado.
II. Apresenta incompatibilidade com a ideia de bloco de constitucionalidade.
III. Não apresenta mecanismos efetivos de controle de constitucionalidade das
leis.
Tais elementos característicos correspondem respectivamente às seguintes
modalidades ou categorias:
(A) Constituição outorgada, Constituição codificada, Constituição aberta
(B) Constituição semântica, Constituição legal, Constituição flexível
(C) Constituição heterônoma, Constituição legal, Constituição nominal
(D) Constituição semântica, Constituição codificada, Constituição flexível
(E) Constituição heterônoma, Constituição orgânica, Constituição aberta
3. (FCC/ Defensor- MA/ 2015) As Constituições que se apresentam em
textos esparsos, fragmentadas em vários instrumentos normativos, são:
(A) incompatíveis com o modelo de bloco de constitucionalidade.
(B) as Constituições heterônomas.
(C) as Constituições semirrígidas.
(D) as Constituições legais ou inorgânicas.
(E) as Constituições balanço.
4. (FCC/ Juiz- PR/ 2015) Constituição rígida
(A) dispensa forma escrita.
(B) dispensa cláusulas pétreas.
(C) pode ser modificada por lei complementar.
(D) exclui quaisquer mecanismos de controle preventivo de
constitucionalidade.
(E) pressupõe mecanismo difuso de controle de constitucionalidade.

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5. (FCC/ Técnico- TRT- 4ª Região/ 2015) Em relação à sua mutabilidade


ou alterabilidade, as Constituições podem ser classificadas em:
(A) flexíveis, rígidas, semirrígidas ou semiflexíveis, e superrígidas.
(B) delegadas, outorgadas ou consensuais.
(C) analíticas ou sintéticas.
(D) escritas, costumeiras ou mistas.
(E) originárias ou derivadas.
6. (FCC/ Auditor- TCM-RJ/ 2015) Constituição flexível
(A) exclui a forma escrita.
(B) pode ser mais estável no tempo do que uma Constituição tecnicamente
rígida.
(C) requer base documental formal.
(D) exclui mecanismos parlamentares de controle de constitucionalidade.
(E) pressupõe mecanismo de controle preventivo de constitucionalidade.
7. (FCC/ Juiz Substituto/ TJ-GO/ 2012) A classificação "ontológica" das
Constituições (normativas, nominais e semânticas), radicada na relação das
normas constitucionais com a realidade do processo do poder, é da autoria de
(A) Hans Kelsen.
(B) Carl Schmitt.
(C) Karl Loewenstein.
(D) Pontes de Miranda.
(E) José Joaquim Gomes Canotilho.
8. (CESPE/ AJAJ- Avaliador- TJDFT/ 2015) Quanto ao modo de
elaboração, as constituições podem ser promulgadas — aquelas que derivam do
trabalho de assembleia nacional constituinte — ou outorgadas — aquelas que
são estabelecidas sem a participação popular.
9. (CESPE/ AJAJ- Oficial Avaliador- TJDFT/ 2015)Quanto à extensão,
as constituições são classificadas como sintéticas — aquelas que preveem
apenas princípios e normas gerais do Estado — e analíticas — aquelas que
regulamentam todos os assuntos entendidos como relevantes à formação e ao
funcionamento do Estado.
10. (CESPE/ Técnico- STJ/ 2015) As Constituições dirigentes privilegiam
as liberdades individuais, impondo ao Estado um dever de abstenção e um
papel secundário na concretização dos valores fundamentais.
11. (CESPE/ Jornalista- FUB/ 2015) A CF, elaborada por representantes
legítimos do povo, é exemplo de Constituição outorgada.
12. (CESPE/ Jornalista- FUB/ 2015) Quanto à mutabilidade, a doutrina
majoritária classifica a CF como rígida, visto que, para a modificação do seu
texto, exige-se um processo legislativo especial.
13. (CESPE/ Jornalista- FUB/ 2015) Quanto ao modo de elaboração, a CF
é dogmática, porque foi constituída ao longo do tempo mediante lento e
contínuo processo de formação, reunindo a história e as tradições de um povo.

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14. (CESPE/ Jornalista- FUB/ 2015) A CF, no tocante a sua extensão,


classifica-se como sintética, uma vez que versa somente sobre os princípios
gerais e as regras básicas de organização do Estado.
15. (CESPE/ Out. e Del. de Notas- TJ-PI/ 2013) Assinale a opção correta
acerca de classificações de Constituição.
(a) A Constituição nominal é aquela cujas normas efetivamente dominam o
processo político.
(b) Denomina-se Constituição cesarista a Constituição outorgada submetida a
plebiscito ou referendo.
(c) As Constituições francesas da época de Napoleão I são classificadas como
Constituições imutáveis.
(d) A Constituição garantia caracteriza-se por conter normas definidoras de
tarefas e programas de ação a serem concretizados pelos poderes públicos.
(e) Constituições ortodoxas são aquelas que procuram conciliar ideologias
opostas.
16. (CESPE/ FUB-DF/ 2013) A constituição é outorgada quando é
externada com a participação dos cidadãos, uma vez que as normas
constitucionais são estatuídas pela deliberação majoritária dos agentes do
poder constituinte.
17. (CESPE/ FUB-DF/ 2013) A CF, no que diz respeito à forma, é uma
constituição consuetudinária.
18. (CESPE/ Procurador do Banco Central- Bacen/ 2013) No que se
refere ao modo de elaboração, a constituição dogmática espelha os dogmas e
princípios fundamentais adotados pelo estado e não será escrita.
19. (CESPE/TJAA-CNJ/2013) Constituição não escrita é aquela que não é
reunida em um documento único e solene, sendo composta de costumes,
jurisprudência e instrumentos escritos e dispersos, inclusive no tempo.
20. (CESPE/Analista - TJ-RR/2012) Na denominada constituição
semântica, a atividade do intérprete limita-se à averiguação de seu sentido
literal.
21. (CESPE/MPE-PI/2012) A doutrina denomina constituição semântica as
cartas políticas que apenas refletem as subjacentes relações de poder,
correspondendo a meros simulacros de constituição.
22. (CESPE/Técnico Judiciário - TJ-RR/2012) A CF pode ser classificada,
quanto à mutabilidade, como rígida, uma vez que não pode ser alterada com a
mesma simplicidade com a qual se modifica uma lei.
23. (CESPE/ Técnico Judiciário - TJ-RR/ 2012) A CF, elaborada por
representantes legítimos do povo, é exemplo de constituição outorgada.
24. (CESPE/AJ-Taquigrafia-TJES/2011) Outorgada por uma Assembleia
Constituinte, a Constituição Federal de 1988 (CF) é também classificada como
escrita, formal, analítica, dogmática e rígida.

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25. (ESAF/Analista Administrativo-DNIT/2013) A Constituição Federal


de 1988 pode ser classificada como:
a) material, escrita, histórica, promulgada, flexível e analítica.
b) material, escrita, dogmática, outorgada, imutável e analítica.
c) formal, escrita, dogmática, promulgada, rígida e analítica.
d) formal, escrita, dogmática, promulgada, semirrígida e sintética.
e) material, escrita, histórica, promulgada, semirrígida e analítica.
26. (ESAF/MDIC/2012) Sabe-se que a doutrina constitucionalista classifica
as constituições. Quanto às classificações existentes, é correto afirmar que:
I. quanto ao modo de elaboração, pode ser escrita e não escrita.
II. quanto à forma, pode ser dogmática e histórica.
III. quanto à origem, pode ser promulgada e outorgada.
IV. quanto ao conteúdo, pode ser analítica e sintética.
Assinale a opção verdadeira.
a) II, III e IV estão corretas.
b) I, II e IV estão incorretas.
c) I, III e IV estão corretas.
d) I, II e III estão corretas.
e) II e III estão incorretas.
27. (ESAF/AFRFB/2012) O Estudo da Teoria Geral da Constituição revela
que a Constituição dos Estados Unidos se ocupa da definição da estrutura do
Estado, funcionamento e relação entre os Poderes, entre outros dispositivos.
Por sua vez, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é
detalhista e minuciosa. Ambas, entretanto, se submetem a processo mais
dificultoso de emenda constitucional. Considerando a classificação das
constituições e tomando-se como verdadeiras essas observações, sobre uma e
outra Constituição, é possível afirmar que
a) a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é escrita, analítica e
rígida, a dos Estados Unidos, rígida, sintética e negativa.
b) a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é do tipo histórica,
rígida, outorgada e a dos Estados Unidos rígida, sintética.
c) a Constituição dos Estados Unidos é do tipo consuetudinária, flexível e a da
República Federativa do Brasil de 1988 é escrita, rígida e detalhista.
d) a Constituição dos Estados Unidos é analítica, rígida e a da República
Federativa do Brasil de 1988 é histórica e consuetudinária.
e) a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é democrática,
promulgada e flexível, a dos Estados Unidos, rígida, sintética e democrática.

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28. (ESAF/AFRFB/2009) A constituição dogmática se apresenta como


produto escrito e sistematizado por um órgão constituinte, a partir de princípios
e ideias fundamentais da teoria política e do direito dominante.
29. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A constituição material é o peculiar modo
de existir do Estado, reduzido, sob a forma escrita, a um documento
solenemente estabelecido pelo poder constituinte e somente modificável por
processos e formalidades especiais nela própria estabelecidos.
30. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A constituição formal designa as normas
escritas ou costumeiras, inseridas ou não num documento escrito, que regulam
a estrutura do Estado, a organização dos seus órgãos e os direitos
fundamentais.
31. (ESAF/AFRFB/2009) A constituição escrita, também denominada de
constituição instrumental, aponta efeito racionalizador, estabilizante, de
segurança jurídica e de calculabilidade e publicidade.
32. (ESAF/AFRFB/2009) A constituição sintética, que é constituição
negativa, caracteriza-se por ser construtora apenas de liberdade-negativa ou
liberdade-impedimento, oposta à autoridade.
33. (FGV/Advogado-BADESC/2010) Considerando os critérios de
classificação das constituições quanto à sua origem, estabilidade e extensão, é
correto afirmar que a Constituição Federal de 1988 é:
a) promulgada, rígida e sintética.
b) outorgada, semirrígida e analítica.
c) promulgada, rígida e analítica.
d) outorgada, semirrígida e sintética.
e) promulgada, flexível e analítica.
34. (FGV/Juiz Substituto - TJ PA/2008) A Constituição da República
Federativa do Brasil de 1988 deve ser classificada como:
a) material, quanto ao conteúdo; escrita, quanto à forma; histórica, quanto ao
modo de elaboração; promulgada, quanto à origem; flexível, quanto à
estabilidade.
b) formal, quanto ao conteúdo; escrita, quanto à forma; dogmática, quanto ao
modo de elaboração; promulgada, quanto à origem; semiflexível, quanto à
estabilidade.
c) formal, quanto ao conteúdo; escrita, quanto à forma; histórica, quanto ao
modo de elaboração; outorgada, quanto à origem; rígida, quanto à
estabilidade.
d) material, quanto ao conteúdo; escrita, quanto à forma; dogmática, quanto
ao modo de elaboração; outorgada, quanto à origem; semiflexível, quanto à
estabilidade, haja vista as inúmeras emendas constitucionais existentes.

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e) formal, quanto ao conteúdo; escrita, quanto à forma; dogmática, quanto ao


modo de elaboração; promulgada, quanto à origem; rígida, quanto à
estabilidade.
35. (FUNIVERSA/AFAU-SEPLAG-DF/2011) Uma constituição tem como
seus principais objetos a estruturação do Estado, a organização da
administração pública, o disciplinamento da forma de aquisição, do exercício e
da destituição do poder, bem como a catalogação dos direitos fundamentais dos
cidadãos. Várias são as suas classificações, que merecem estudo por parte dos
agentes públicos. Acerca desse tema, assinale a alternativa correta.
a) Uma constituição é classificada como normativa quando dirige o processo
político; todavia, para isso, ela deve respeitar a realidade social, sofrendo,
nesse caso, uma reforma do seu próprio texto com adequação à sociedade. Em
não ocorrendo tal processo, ela corre o risco de ficar antiquada e desprovida de
força normativa.
b) A Constituição Federal de 1988 é classificada como semirrígida, visto que
pode ser alterada por emenda constitucional, observados o rito próprio e as
limitações expressamente impostas pelo Texto Maior vigente.
c) Uma constituição, ainda que sob a forma de convenções e textos esparsos,
deve ser considerada constituição escrita.
d) Com a evolução do Constitucionalismo, os direitos fundamentais ganharam
um papel essencial na própria organização de um Estado. Justamente por isso,
as constituições que passaram a albergar expressamente em seu texto um rol
de direitos fundamentais podem ser classificadas, quanto à extensão, como
analíticas.
e) Quanto ao modo de sua elaboração, as constituições históricas são
idealizadas segundo determinadas crenças vigentes, desconsiderando uma
maior análise dogmática dos valores evolutivos em uma sociedade.
36. (FCC/ Assessor Técnico- AL-PE/ 2013) Sobre os elementos das
Constituições, são considerados elementos orgânicos as normas
(A) que revelam o compromisso da Constituição entre o Estado individualista e
o Estado Social.
(B) que regulam a estrutura do Estado e do Poder.
(C) destinadas a assegurar a solução de conflitos constitucionais, a defesa da
Constituição, do Estado e das instituições democráticas.
(D) que estabelecem regras de aplicação de outras normas constitucionais.
(E) que compõem o elenco dos direitos e garantias fundamentais, limitando a
atuação dos Poderes estatais.
37. (CESPE/Analista-EBC/2011) As normas previstas no Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias possuem natureza de norma
constitucional.

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38. (CESPE/Analista-EBC/2011) O preâmbulo da Constituição Federal não


faz parte do texto constitucional propriamente dito e não possui valor
normativo.
39. (CESPE/Polícia Civil–TO/2008) Os elementos orgânicos que compõem
a Constituição dizem respeito às normas que regulam a estrutura do Estado e
do poder, fixando o sistema de competência dos órgãos, instituições e
autoridades públicas.
40. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) O preâmbulo, o dispositivo que
estabelece cláusulas de promulgação e as disposições transitórias são exemplos
de elementos de estabilização constitucional.
41. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Os denominados elementos
formais de aplicabilidade das constituições são consagrados nas normas
destinadas a garantir a solução de conflitos constitucionais, a defesa da
Constituição, do Estado e das instituições democráticas.
42. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Segundo a doutrina,
os elementos orgânicos da constituição são aqueles que limitam a ação dos
poderes estatais, estabelecem as balizas do estado de direito e consubstanciam
o rol dos direitos fundamentais.
43. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Os elementos
limitativos da CF estão consubstanciados nas normas constitucionais destinadas
a assegurar a solução de conflitos constitucionais, a defesa da Constituição, do
Estado e das instituições democráticas.
44. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009)Os direitos individuais e suas
garantias, os direitos de nacionalidade e os direitos políticos são considerados
elementos limitativos das constituições.
45. (FGV/Fiscal-SEFAZ-RJ/2008) São elementos orgânicos da
Constituição:
a) a estruturação do Estado e os direitos fundamentais.
b) a divisão dos poderes e o sistema de governo.
c) a tributação e o orçamento e os direitos sociais.
d) as forças armadas e a nacionalidade.
e) a segurança pública e a intervenção.
46. (FCC/EPP-SP/2009) É correto afirmar, em face da Constituição
brasileira de 1988, que são formalmente constitucionais todas as normas
contidas em seu corpo articulado, mesmo as destituídas de rigidez.
47. (FCC/EPP-SP/2009) É correto afirmar, em face da Constituição
brasileira de 1988, que nela existem algumas normas que são apenas
formalmente constitucionais.
48. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) O conceito de normas
materialmente constitucionais é antagônico ao de normas formalmente
constitucionais.

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49. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) O conceito de normas


materialmente constitucionais importa na atribuição de rigidez às normas que
versem sobre matéria tipicamente constitucional.
50. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) O conceito de normas
materialmente constitucionais foi utilizado pela Constituição do Império (1824)
para flexibilizar parcialmente a Constituição.
51. (CESPE/AJAJ - TRE-MS/2013) Somente possuem supremacia formal
as normas constitucionais que se relacionam com os direitos fundamentais.
52. (CESPE/Advogado - IBRAM-DF/2009) O preâmbulo, por estar na
parte introdutória do texto constitucional e, portanto, possuir relevância
jurídica, pode ser paradigma comparativo para a declaração de
inconstitucionalidade de determinada norma infraconstitucional.
53. (CESPE/Advogado - IBRAM-DF/2009) O ADCT tem natureza jurídica
de norma constitucional, semelhante às normas inseridas no bojo da CF, não
havendo desníveis ou desigualdades entre as normas do ADCT e os preceitos
constitucionais quanto à intensidade de sua eficácia ou a prevalência de sua
autoridade.
54. (CESPE/Procurador-BACEN/2009) O poder constituinte derivado
decorrente deve observar, entre outros, os princípios constitucionais
estabelecidos, que integram a estrutura da Federação brasileira, como, por
exemplo, a forma de investidura em cargos eletivos, o processo legislativo e os
orçamentos.
55. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) São constitucionais as normas que dizem
respeito aos limites, e atribuições respectivas dos poderes políticos, e aos
direitos fundamentais. As demais disposições que estejam na Constituição
podem ser alteradas pelo quórum exigido para a aprovação das leis ordinárias.
56. (ESAF/ATA-MF/2009 - Adaptada) Ao exercitarem o seu poder
constituinte derivado-decorrente, os Estados-membros, a teor do disposto na
Constituição Federal, respeitam os princípios constitucionais sensíveis,
princípios federais extensíveis e princípios constitucionais estabelecidos
(Certo/Errado).
57. (ESAF/Analista-SUSEP/2010 - Adaptada) Os princípios regionais são
os que regem e modelam o sistema normativo das instituições constitucionais,
como os princípios regedores da Administração Pública.
58. (FCC/ Analista- TRT- 4ª Região/ 2015) O dispositivo da chamada
“PEC da Bengala” (Emenda Constitucional no 88/2015), que prevê que os
servidores públicos em geral, com exceção dos Ministros do Supremo Tribunal
Federal, dos Tribunais Superiores e Tribunal de Contas da União, serão
aposentados “compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de
contribuição, aos 70 (setenta ) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos
de idade, na forma de lei complementar”, é classificado pela doutrina como
norma constitucional de
(A) eficácia contida.

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(B) eficácia plena.


(C) eficácia limitada.
(D) conteúdo programático.
(E) integração restringível.
59. (FCC/ Analista- TRT- 4ª Região/ 2015) O direito de greve no serviço
público, a inadmissibilidade de provas obtidas por meios ilícitos no processo e a
liberdade de exercício de qualquer profissão constituem, respectivamente,
normas constitucionais de eficácia
(A) limitada, contida e plena.
(B) contida, plena e limitada.
(C) contida, limitada e plena.
(D) limitada, plena e contida.
(E) plena, limitada e contida.
60. (FCC/Defensor-DPE-SP/2010) Utilizando-se a classificação de José
Afonso da Silva no tocante a eficácia e aplicabilidade das normas
constitucionais, a norma constitucional inserida no artigo 5°, XII: "é inviolável o
sigilo de correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou
instrução processual penal", pode ser classificada como norma
a) de eficácia plena, isto é, de aplicabilidade direta, imediata e integral, não
havendo necessidade de lei infraconstitucional para resguardar o sigilo das
comunicações.
b) de eficácia limitada, isto é, de aplicabilidade indireta, mediata e não integral,
ou seja, o sigilo somente poderá ser garantido após a integração legislativa
infraconstitucional.
c) de eficácia contida, isto é, de aplicabilidade direta, imediata, porém não
integral, ou seja, a lei infraconstitucional poderá restringir sua eficácia em
determinadas hipóteses.
d) com eficácia relativa restringível, isto é, o sigilo pode ser limitado em
hipóteses previstas em regramento infraconstitucional.
e) de eficácia relativa complementável ou dependente de complementação
legislativa, isto é, depende de lei complementar ou ordinária para se garantir o
sigilo das comunicações.
61. (FCC/APOFP-SP/2010) As normas constitucionais de eficácia contida
são dotadas de aplicabilidade direta e imediata, mas não integral, porque
sujeitas a restrições. Observa-se que tais restrições podem ser impostas:
a) pelo legislador constitucional, por outras normas constitucionais e como
decorrência do uso de conceitos ético-jurídicos consagrados.
b) pelo legislador comum, pelos Tribunais Superiores e pelos Chefes do Poder
Executivo.

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c) pela União Federal, pelos Estados-membros, pelo Distrito Federal e pelos


Municípios com exclusão dos Territórios Federais.
d) por outras normas constitucionais, pelo Supremo Tribunal Federal e pelo
órgão superior do Ministério Público Federal.
e) pelo Conselho da República, pela União Federal, pelos Estados-membros e
como decorrência de conceitos ético-jurídicos consagrados.
62. (FCC/AJAJ-TRT 3º/2009) Em conformidade com o art. 113 da
Constituição Federal: A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição,
competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do
Trabalho. A presente hipótese trata de uma norma constitucional de eficácia:
a) limitada, definidora de princípio institutivo ou organizativo.
b) limitada, definidora de princípios programáticos.
c) plena, mas de natureza facultativa ou permissiva.
d) contida, em razão de restrições impostas por outras normas constitucionais.
e) plena, mas de natureza obrigatória, de programas ou diretrizes.
Comentários.
63. (FCC/AJAJ-TRT 1ª/2011) Analise:
I. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime
de colaboração seus sistemas de ensino.
II. É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer.
Em conformidade com o aspecto doutrinário, as referidas disposições
caracterizam-se, respectivamente, como normas constitucionais de
a) eficácia plena e de eficácia negativa.
b) princípio programático e de eficácia contida.
c) eficácia restringível e de eficácia absoluta.
d) princípio programático e de eficácia plena.
e) eficácia relativa e de princípio programático.
64. (FCC/AJ-Arquivologia-TRT 1ª/2011) Os remédios constitucionais são
tidos por normas constitucionais de eficácia:
a) plena.
b) limitada.
c) contida.
d) mediata.
e) indireta.
65. (FCC/Procurador-TCE-RO/2010) Em fevereiro de 2010, o artigo 6º da
Constituição Federal foi alterado para que, ao rol dos direitos fundamentais que

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prevê, fosse acrescentado o direito à alimentação. A eficácia desse direito é


classificada como:
a) plena.
b) contida de princípio programático.
c) limitada de princípio institutivo.
d) contida de princípio institutivo.
e) limitada de princípio programático.
66. (FCC/Assessor - TCE-PI/2009) Dispõe o artigo 14, § 9º, da
Constituição Federal: "Lei complementar estabelecerá outros casos de
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade
administrativa, a moralidade para exercício de mandato, considerada a vida
pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a
influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou
emprego na administração direta ou indireta." Quanto à capacidade de
produção de efeitos, a norma constitucional em questão
a) é autoexecutável.
b) possui aplicabilidade imediata e eficácia plena.
c) tem natureza de norma constitucional programática não vinculante.
d) é de eficácia limitada e, portanto, aplicabilidade mediata.
e) possui aplicabilidade imediata, mas eficácia contida.
67. (CESPE/ Auditor – SEFAZ-ES/ 2013) As normas constitucionais
programáticas caracterizam-se por fixar políticas públicas ou programas
estatais destinados à concretização dos fins sociais do Estado, razão pela qual
são de aplicação ou execução imediata.
68. (CESPE/ Auditor – SEFAZ-ES/ 2013) Constitui exemplo de norma de
eficácia limitada o dispositivo constitucional segundo o qual os cargos,
empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencherem os
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.
69. (CESPE/ Auditor – SEFAZ-ES/ 2013) As normas constitucionais de
eficácia contida não podem ser aplicadas imediatamente, pois necessitam de
complementação legal para a produção de efeitos.
70. (CESPE/Analista Processual- MPU/2010) As normas de eficácia
contida permanecem inaplicáveis enquanto não advier normatividade para
viabilizar o exercício do direito ou benefício que consagram; por isso, são
normas de aplicação indireta, mediata ou diferida.
71. (CESPE/Analista Processual- MPU/2010) As normas constitucionais
de eficácia limitada são desprovidas de normatividade, razão pela qual não
surtem efeitos nem podem servir de parâmetro para a declaração de
inconstitucionalidade.

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72. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) A revisão constitucional


realizada em 1993, prevista no ADCT, é considerada norma constitucional de
eficácia exaurida e de aplicabilidade esgotada, não estando sujeita à incidência
do poder reformador.
73. (CESPE/Analista Adm.- MPU/2010) O livre exercício de qualquer
trabalho, ofício ou profissão, desde que atendidas as qualificações profissionais
que a lei estabelecer, é norma constitucional de eficácia contida; portanto, o
legislador ordinário atua para tornar exercitável o direito nela previsto.
74. (CESPE/Técnico - MPU/2010) As normas de eficácia plena não exigem
a elaboração de novas normas legislativas que lhes completem o alcance e o
sentido ou lhes fixem o conteúdo; por isso, sua aplicabilidade é direta, ainda
que não integral.
75. (CESPE/Advogado-BRB/2010) No tocante à aplicabilidade, de acordo
com a tradicional classificação das normas constitucionais, são de eficácia
limitada aquelas em que o legislador constituinte regula suficientemente os
interesses concernentes a determinada matéria, mas deixa margem à atuação
restritiva por parte da competência discricionária do poder público, nos termos
em que a lei estabelecer ou na forma dos conceitos gerais nela previstos.
76. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) Quando a Constituição prevê que a
ordem econômica e social tem por fim realizar a justiça social, não estamos
diante de uma norma-fim, por não abranger todos os direitos econômicos e
sociais, nem a toda a ordenação constitucional.
77. (ESAF/AFRFB/2009) O disposto no artigo 5o, inciso XIII da
Constituição Federal – “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”, cuida-
se de uma norma de eficácia limitada.
78. (FGV/ Analista- DPE-MT/ 2015) Considerando a classificação das
normas constitucionais, assinale a opção que indica a norma de eficácia contida.
(A) É livre o exercício de qualquer profissão, atendidas as qualificações que a
lei venha a estabelecer.
(B) O Estado deve garantir o desenvolvimento nacional.
(C) O Presidente da República não está sujeito à prisão antes da sentença
penal condenatória.
(D) As atribuições do Conselho de Defesa das Minorias serão definidas em lei.
(E) É dever da sociedade proteger os idosos, na forma definida em lei.
79. (FGV/ Técnico Controle Externo- TCE-CE/ 2015) Consideram-se
normas constitucionais de eficácia contida aquelas em que o legislador
constituinte
(A) regulou suficientemente os interesses relativos a determinada matéria
produzindo a norma desde logo seus efeitos, mas deixou margem à atuação
restritiva por parte do Poder Público, nos termos que vierem a ser previstos em
lei.

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(B) deixou ao legislador ordinário o poder pleno de disciplinar a matéria, sem


delinear os limites de tal atuação.
(C) regulamentou inteiramente a matéria, a qual não pode ser objeto de
nenhum juízo restritivo por parte do Poder Público.
(D) deixou ao legislador ordinário o poder de disciplinar a matéria,
dependendo a norma constitucional, para gerar efeitos, da existência de regras
restritivas por este traçadas.
(E) previu os princípios que devem ser observados pelo Poder Público, sem
fixar diretriz a ser seguida na elaboração das leis ordinárias posteriores.
80. (VUNESP/ Inspetor- PC-CE/ 2015) A Constituição Federal estabelece,
em seu artigo 5º, inc. LVIII, que “o civilmente identificado não será submetido
a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei”. Acerca dessa
norma, é correto afirmar que
(A) tem aplicação mediata e eficácia plena.
(B) tem aplicação mediata e eficácia limitada.
(C) tem aplicação imediata e eficácia limitada.
(D) tem aplicação imediata e eficácia plena.
(E) tem aplicação imediata e eficácia contida.

GABARITO:

1 A 17 Correto 33 C 49 Errado 65 E
2 D 18 Errado 34 E 50 Correto 66 D
3 D 19 Correto 35 A 51 Errado 67 Errado
4 B 20 Errado 36 B 52 Errado 68 Correto
5 A 21 Correto 37 Correto 53 Correto 69 Errado
6 B 22 Correto 38 Correto 54 Errado 70 Errado
7 C 23 Errado 39 Correto 55 Errado 71 Errado
8 Errado 24 Errado 40 Errado 56 Correto 72 Correto
9 Correto 25 C 41 Errado 57 Correto 73 Errado
10 Errado 26 B 42 Errado 58 C 74 Errado
11 Errado 27 A 43 Errado 59 D 75 Errado
12 Correto 28 Correto 44 Correto 60 C 76 Errado
13 Errado 29 Errado 45 B 61 A 77 Errado
14 Errado 30 Errado 46 Errado 62 A 78 A
15 B 31 Correto 47 Correto 63 B 79 A
16 Errado 32 Correto 48 Errado 64 A 80 E

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