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Dafne Moura – B19

→ Ele irá metabolizar esses substratos para


METABOLISMO DO formar ATP!
→ O músculo cardíaco converte energia química
CORAÇÃO em trabalho mecânico, porém, com baixa taxa
de conversão.
DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA: → Coração gasta 9,8 watts de energia química
para produzir 1,2 watts de trabalho mecânico
→ Principal causa: formação da placa de ateroma. com eficiência de apenas 12,4%.
→ Processo patológico que prejudica a fisiologia → Consequência da isquemia: hipóxia.
a partir de um processo bioquímico. • Adaptação estrutural do metabolismo
METABOLISMO: aeróbico: + mioglobina e +
mitocôndria.
→ Precisa de uma fonte grande de energia. → A energia do trabalho cardíaco, provém: 18%
→ A circulação coronariana leva os substratos da glicose, 67% de ácidos graxos e 17% do
energéticos e o oxigênio ao coração. lactato.
→ Ele não pode ficar sem seu suprimento. Precisa → Por exemplo, durante o exercício físico
de uma oferta contínua de oxigênio e produzimos muito ácido lático. Nessa situação,
substratos energéticos. o coração estará utilizando-o como fonte de
→ Requer energia diariamente para bombear o energia.
sangue. → O músculo esquelético usa basicamente
→ A utilização de cada substrato pelo coração é glicose.
definida tanto pela concentração arterial de → Pelo fato de os ác. Graxos serem a principal
cada um deles, quanto pela demanda fonte de energia do coração, ele ganha uma
energética do miocárdio em determinado espécie de proteção contra resposta sistêmica
momento (se tem mais carboidrato, usa de redução da massa muscular.
carboidrato. Se tem mais lipídio, usa lipídio). → Além disso, nos casos de bloqueio adrenérgico
→ Componentes importantes para manutenção da membrana celular (situações de luta e
da fisiologia cardíaca e necessitam de energia fuga), onde haveria uma inibição da ação
(ATP): insulínica nas células, o coração está protegido.
• Bomba Sódio e Potássio: regula a Assim, o seu fornecimento de energia não está
concentração de íons. prejudicado.
• Miosina ATPase (fibras que compõem
o sarcômero): realizam a contração SUSBTRATOS UTILIZADOS PELO CORAÇÃO:
muscular. → Oxigênio.
• Cálcio ATPase: bomba de Cálcio que → Ácidos graxos (principal).
retira o cálcio do processo de → Carboidratos.
contração. → A metabolização deles (beta-oxidação para os
→ Eu preciso estar produzindo ATP o tempo ác. Graxos e glicólise para os carboidratos) gera
inteiro, pois a quantidade reservada não é a Acetil Coenzima A, que entra no Ciclo de
suficiente. Krebs na mitocôndria e gera ATP.
TRABALHO MIORCÁRDICO PRODUZINDO E → A fosfocreatina mantém estável a
GASTANDO ENERGIA. concentração de ATP.

→ O metabolismo é aeróbico, ou seja, vai precisar PÓS-PRANDIAL:


de: Mioglobina trazendo O2, Oxigênio,
Mitocôndrias, Ácidos graxos livres e Glicose.
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→ A glicose é o substrato principal, ou seja, → Derivada da creatina, é um importante tampão


quando sua concentração plasmática está energético no músculo esquelético.
elevada. Creatina-Quinase:
→ Formas diferentes do dímero:
EM JEJUM:
• BB/CK-1: encontrada no cérebro.
→ A beta-oxidação dos ácidos graxos livres é a • MB/CK-2: encontrada somente no
preferencial. coração.
→ Pouca glicose no sangue. O metabolismo • MB/CK-3: encontrada apenas nos
cardíaco vai estar recrutando os lipídios. A músculos esquelético e cardíaco.
energia vai estar sendo adquirida por eles. → Glicogênio.
→ A oxidação dos ácidos graxos inibe a oxidação
TRIGLICERÍDEOS:
da glicose (citrato inibe a PFK), e ela é
altamente convertida em glicogênio. → Refeições ricas em gorduras levam a um
• O glicogênio nas células miocárdicas aumento acentuado de triglicerídeos no
dura muito pouco tempo para ser sangue durante a lipemia (presença de lipídeos
utilizado como fonte de energia (4 no sangue) pós-prandial.
min). → Um glicerol + três ácidos graxos.
JEJUM PROLONGADO, CETOACIDOSE DIABÉTICA
OU DIETA CETOGÊNICA:

→ Situações que você não consegue metabolizar


adequadamente os carboidratos.
• Devido à ausência de insulina
CONVERSÃO TRIGLICERÍDEOS EM ÁCIDOS
(diabetes).
GRAXOS:
• Devido à uma dieta rica em lipídios e
proteínas (cetogênica).
→ Aumento da produção de Copos Cetônicos. Ele
será o substrato.

DURANTE O EXERCÍCIO FÍSICO:

→ Principal fonte de energia: Lactato.


→ O Lactato é produzido no músculo esquelético
em anaerobiose.

FONTES RÁPIDAS DE ATP:

→ Fosfocreatina mantém estável a concentração


de ATP por poucos minutos.
• Ela regenera o ATP rapidamente a → Feita pela enzima Lipase Lipoprotéica.
partir de ADP pela reação da creatina- → A Lipase Lipoprotéica é sensível a situações
quinase. que eu preciso de um gasto maior calórico ou
Obs: Creatina uma concentração baixa de glicose:
→ É sintetizada a partir de três aminoácidos: • Glucagon.
glicina, arginina e metionina. • Cortisol.
Fosfocreatina: • Adrenalina.

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→ Esses três hormônios irão mobilizar os → Durante essa reação, a frutose-6-fosfato é


triglicerídeos do tecido adiposo, ativando a convertida em frutose 1,6-bisfosfato pela
Lipase Lipoprotéica. Ela libera os ácidos graxos Fosfofrutoquinase (PFK).
para o sangue. No sangue, eles serão ligados à → Em casos de hipóxia, eu favoreço a glicólise
albumina e transportados para todas as através do aumento da atividade da PFK.
células. Saldo: 2 ATP’s.
→ Não é muito. A oferta de energia será pouca.
COMO LIBERAR ESSES HORMÔNIOS:
→ Síntese de glicogênio para armazenamento ou
→ Glucagon: com baixa ingestão calórica ou direcionamento para a cadeia respiratória.
glicemia baixa. → O citrato diminui a glicólise, pois ele estimula
→ Adrenalina: durante a atividade física. o metabolismo lipídico e inibe a PFK.
→ Cortisol: estresse.
DESTINO DO PIRUVATO:
BETA-OXIDAÇÃO:
→ Ele é o produto da glicólise.
→ Metabolismo oxidativo, ou seja, precisa de → Em um processo aeróbico, ele sofre
oxigênio. descarboxilação e entra no ciclo de Krebs.
→ Metaboliza os ácidos graxos, produz ATP. → Em um anaeróbico, ele forma lactato por meio
→ Ocorre após os ácidos graxos terem sido da fermentação láctica.
transportados para as células. • Quando em contração vigorosa, o
→ Acontece em 5 etapas: uma parte músculo trabalha em condições de
citoplasmática e outra mitocondrial. hipóxia, sob essas condições, o
→ No final da oxidação será produzido Acetil- piruvato é reduzido à lactato (exercício
CoA. físico ou condição patológica).
→ Na mitocôndria, a Acetil-CoA penetra com o • O lactato abaixa o PH sanguíneo,
auxílio do transportador Carnitina. causando uma acidose no músculo.

GLICÓLISE:

→ Consegue suprir as demandas energéticas do


coração quando as quantidades de oxigênio
estão baixas. É um processo anaeróbico.
→ 10 reações, dividida em duas etapas: uma de → A liberação de energia a partir da glicólise
“investimento” (gasto ATP) e outra de anaeróbica é muito menor do que a liberada
“rendimento” (produção de ATP e NADH). pela oxidação aeróbica. Mesmo assim, ela é
• O NADH na cadeia respiratória produz importante para tecidos com baixo suprimento
3 ATP’s. de oxigênio em que está ocorrendo fluxo
→ Ao entrar na célula cardíaca, a glicose é sanguíneo diminuído (isquemia).
rapidamente convertida em glicose 6-fosfato → Sob condições patológicas que causam hipóxia,
pela enzima unidirecional hexoquinase. tecidos podem produzir ácido lático o
• Alterações genéticas da hexoquinase suficiente para causar acidemia láctica.
podem gerar diabetes → A absorção do lactato pelo coração depende
→ A Glicólise pode ser direcionada para síntese de um sistema de transporte específico, pois o
de glicogênio (armazenamento) ou para sarcolema não é livremente permeável ao
glicólise (cadeia respiratória). mesmo.

ACETIL-COENZIMA A:

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→ Produzida ao final da beta-oxidação e da • São substâncias que se acumulam em


glicólise. situações de hipóxia.
→ É direcionada para o ciclo de Krebs. Depois, → O AMPK - ao ver o aumento de AMP - aumenta
para a Fosforilação Oxidativa, onde será o transporte de glicose para dentro da célula,
produzido uma grande quantidade de ativa a via glicolítica e suprime processos que
oxigênio. consomem energia
• Ele é o guardião da reserva energética.
CONTROLE DO METABOLISMO DA GLICOSE E
→ A isoenzima cardíaca da PFK-2 é
DOS LIPÍDIOS:
fosforilada/ativada por uma cascata de
FATORES QUE LIMITAM A GLICÓLISE NA CÉLULA quinases. Essa cascata é iniciada pela insulina.
MIOCÁRDICA: O coração ativa a glicólise e utiliza a glicose
sanguínea quando os níveis dela estão
→ Quando a concentração da Coenzima A (CoA) é elevados.
limitada e usada na degradação dos ác. Graxos, → Em situações de fartura da glicose, a cartinina
a quantidade de CoA disponível é reduzida e a aciltransferase I é inibida, o que impede a
glicólise diminui de intensidade. entrada de e Acetil-CoA na matriz
→ O Citrato, produzido a partir da acetil-CoA mitocondrial.
produzida pela beta-oxidação dos ác. Graxos,
inibe a PFK. RESUMO:
→ O ATP oriundo da beta-oxidação dos ác. Graxos → A rede metabólica cardíaca é altamente
inibe a PFK e a fosforilase do glicogênio. flexível na utilização de outros substratos
→ O excesso de acetil-CoA e NADH, resultantes quando eles se tornam abundantemente
da beta-oxidação dos ác. Graxos, inibe, o disponíveis.
complexo Piruvato Desidrogenase (PDH).
• O PDH é responsável pela
transformação de Piruvato em Acetil-
CoA.
→ Jejum, baixo trabalho cardíaco ou diabetes
mellitus severa inibem a glicólise. Isso porque
os níveis de ácido graxo estarão elevados no
sangue. → A oxidação do lactato é predominante durante
o exercício físico à medida que aumenta a
FATORES QUE AUMENTAM A GLICÓLISE NA produção no músculo.
CÉLULA MIOCÁRDICA:

→ A captação de glicose pelas células cardíacas é


controlada pelos transportadores de glicose
GLUT-4 e GLUT-1. Quanto mais receptor,
maior o estímulo.
→ Como em qualquer outra célula, a absorção de
glicose pelos miócitos está aumentada ano
período pós-prandial. → O jejum prolongado ou a dieta cetogênica
→ Os miócitos também absorverão mais glicose aumenta o nível de corpos cetônicos no sangue
em uma situação isquêmica ou hipoxêmica, e e resulta em maior utilização pelo coração.
durante o trabalho cardíaco aumentado. → O aumento de lactato ou corpos cetônicos
→ No miocárdio, a glicólise é ativada pelo fosfato reduz significativamente a oxidação de glicose
inorgânico, AMP, ADP e frutose 1,6 bisfosfato. e ácidos graxos.
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ISQUEMIA: CONSEQUÊNCIAS DA QUEDA DE OXIGÊNIO:

→ O padrão de captação de substratos modifica- → Cessa a fosforilação oxidativa nas


se de uma predominância da utilização de mitocôndrias.
lipídeos para a de carboidratos. → Cai os níveis celulares de ATP.
→ Condições extremas que interferem com a → Desativação da ATPase dependente.
produção de ATP a partir da fosforilação • Aumento da concentração intracelular
oxidativa, como privação completa de oxigênio de sódio e influxo de água para o
(anoxia) ou envenenamento por cianeto, são interior da célula por osmose.
fatais. o Edema celular e mitocondrial.
→ Um infarto do miocárdio é causado por uma o Formação de bolhas nas
falta do fluxo sanguíneo adequado para as membranas.
regiões do coração (isquemia), privando os o Perda de micróvilos.
cardiomiócitos de oxigênio e de substratos o Degradação dos ribossomos
energéticos. do RER.
→ O processo aeróbico passa para anaeróbico. • Desativação do trocador Sódio/Cálcio
→ Aumenta glicólise e lactato. e aumento da concentração
→ Acúmulo de prótons, o que diminui o PH citoplasmática de Cálcio
(ácido). Essa acidez induz enzimas lisossomais o Ativação de enzimas
que causam alterações na membrana. lisossômicas autolíticas
→ Aumentam os ácidos graxos séricos, pois eles (proteases e fosfolipases).
não estão sendo utilizados. → Aumento da glicólise (anaeróbica)
• Excesso de ácido pirúvico e redução do
CONSEQUÊNCIAS:
Ph citoplasmático (ácido).
→ Hipóxia celular. o Desnaturação de proteínas.
• ↓ ATP ↓Fosfocreatina ↑Fósforo. o Aglomeração da cromatina.
• Degradação das membranas celulares. o Ativação de enzimas
• Ação inibidora sobre bombas iônicas. lisossômicas autolíticas
(Acúmulo de sódio e água dentro das (proteases e fosfolipases)
células)
• Edema. REPERFUSÃO:
→ Diminuição da drenagem de metabólitos com → É a terapia utilizada.
consequente acúmulo. Da mesma forma que → Quando se coloca oxigênio nas células com
eles não conseguem chegar, os que estão não substâncias acumuladas, gera uma reação
conseguem sair. tóxica.
→ Produção de radicais livres. → Radicais livres são ligados à membrana ou a
→ Alterações inflamatórias. proteínas, resultando em dano celular.
→ Liberação de catecolaminas na circulação e na → Mitocôndrias que antes não tinham oxigênio
área de isquemia. agora fazem intensa oxidação fosforilativa e
CONDIÇÕES DE ISQUEMIA: liberam radicais livres maciçamente.
→ Na isquemia há aumento da produção dos
→ Diminuição dos níveis de citrato, inibidor da radicais livres e diminuição dos mecanismos
PFK (enzima reguladora da glicólise). Ativação protetores, desempenhando um papel
da via glicolítica, que passa a ser o único importante na lesão celular.
processo de regenerar ATP.

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