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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL
DO FÓRUM CENTRAL CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO-SP.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 8A6113F.
HUGO CÉSAR PHILIPP, brasileiro, solteiro, analista de
sistemas, portador da cédula de identidade RG nº 1017697614, inscrito no CPF/MF sob
o nº 495817160-68, residente e domiciliado à Rua Tomé de Souza 231,NS DAS GRACAS,
92110-060, CANOAS -RS;
JACQUELINE MARTINS ROCHA, brasileira, solteira,
psicóloga, portadora da cédula de identidade RG nº 6041181089, inscrita no CPF/MF sob
o nº 479023530-00, residente e domiciliada à Rua Tomé de Souza 231,NS DAS GRACAS,
92110-060, CANOAS -RS;
ISADORA ROCHA PHILIPP, brasileira, menor
impúbere, portadora da cédula de identidade RG nº 2111831984, inscrita no CPF/MF sob
o nº 050403890-78, representada por seu pai acima citado HUGO CÉSAR PHILIPP
residente e domiciliada à Rua Tomé de Souza 231,NS DAS GRACAS, 92110-060, CANOAS
-RS;, vem por intermédio dos seus procuradores com escritório profissional localizado na
Rua Vieira de Morais, nº 74, Conjunto 62-A, Campo Belo, São Paulo/SP – CEP: 04617-000,
cujo endereço eletrônico para recebimento de intimações segue:
acordo.alds@gmail.com, propor:
contra DEUTSCHE LUFTHANSA AG., pessoa jurídica de direito privado inscrita no CNPJ/MF
sob o nº 33.461.740/0001-84, com endereço à R GOMES DE CARVALHO, nº1108, 6º
andar, VILA OLIMPIA, CEP: 04.547-004, São Paulo - SP, pelos fatos e fundamentos a
seguir:
I. DAS PRELIMINARES
1
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JETER CANTUARIA CARNEIRO FILHO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 20/02/2020 às 19:43 , sob o número 10156619520208260100.
fls. 2
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Considerando que a relação desta demanda é de
consumo e com fulcro na Súmula nº 77 do TJSP c/c art. 101 CDC e art. 21 NCPC, a parte
autora faz jus de sua faculdade de escolha para propor a ação no domicílio do fornecedor.
2
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JETER CANTUARIA CARNEIRO FILHO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 20/02/2020 às 19:43 , sob o número 10156619520208260100.
fls. 3
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08/05/13, DJe 17/05/13).
3
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fls. 4
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repetitivo nº 210 e do RE nº 351.750 determinou que o valor das compensações por
danos morais ou materiais seguissem o disposto na Convenção de Montreal.
“Artigo 19 – Atraso
O transportador é responsável pelo dano ocasionado
por atrasos no transporte aéreo de passageiros,
bagagem ou carga. Não obstante, o transportador
não será responsável pelo dano ocasionado por
atraso se prova que ele e seus prepostos adotaram
todas as medidas que eram razoavelmente
necessárias para evitar o dano ou que lhes foi
impossível, a um e a outros, adotar tais medidas.”
4
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“ARTIGO 44
Objetivos
Os fins e objetivos da Organização serão desenvolver
os princípios e a técnica da navegação aérea
internacional e de favorecer o estabelecimento e
estimulante o desenvolvimento de transportes aéreos
internacionais a fim de poder:
a. Assegurar o desenvolvimento seguro o ordeiro da
aviação civil internacional no mundo;
b. Incentivar a técnica de desenhar aeronaves e sua
operação para fins pacíficos;
c. Estimular o desenvolvimento de aerovias,
aeroportos e facilidades à navegação aérea na
aviação civil internacional;
d. Satisfazer às necessidades dos povos do mundo no
tocante e transporte aéreo seguro, regular, eficiente
e econômico;
e. Evitar o desperdício de recursos econômicos
causados por competição desrazoável;
f. Assegurar que os direitos dos Estados contratantes
sejam plenamente respeitados, e que todo o Estado
contratante tenha uma oportunidade equitativa de
operar emprêsas aéreas internacionais;
g. Evitar a discriminação entre os Estados
contratantes;
h. Contribuir para a segurança dos vôos na navegação
aérea internacional;
i. Fomentar, de modo geral, o desenvolvimento de
todos os aspectos de todos os aspectos da
aeronáutica civil internacional.”
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III.2. DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA NA CONVENÇÃO DE MONTREAL, CÓDIGO
BRASILEIRO DE AERONÁUTICA, DO CÓDIGO CIVIL E DO CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR
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provimento ao recurso.
(TJ-DF 07000112620178070000 0700011-
26.2017.8.07.0000, Relator: JOSÉ DIVINO DE
OLIVEIRA, Publicado no PJe : 02/05/2017 )
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TABELA DO DANO
II) se a companhia aérea ofertou alternativas A companhia aérea não ofereceu nenhuma alternativa
para melhor atender aos passageiros. para melhor atender o passageiro.
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5º., V e X, pouco importando que a Convenção de
Varsórvia limite a verba indenizatória somente ao
dano material, pois a Carta Política da República se
sobrepõe a tratados e convenções ratificadas pelo
Brasil” (RT 755/177).”
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Justiça do RS, Relator: Maria Claudia Cachapuz,
Julgado em 08/04/2015)
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https://eur-lex.europa.eu/legal-content/pt/TXT/HTML/?uri=CELEX:62007CJ0402&from=EN
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direito a indemnização previsto no artigo 7.° desse
regulamento, quando o tempo que perderam por
causa de um voo atrasado seja igual ou superior a três
horas, isto é, quando cheguem ao seu destino final
três horas ou mais após a hora de chegada
inicialmente prevista pela transportadora aérea.
Todavia, tal atraso não confere aos passageiros o
direito a uma indemnização, se a transportadora
aérea puder provar que o atraso considerável se ficou
a dever a circunstâncias extraordinárias que não
poderiam ter sido evitadas mesmo que tivessem sido
tomadas todas as medidas razoáveis, mais
precisamente circunstâncias que escapam ao
controlo efectivo da transportadora.
3. O artigo 5.°, n.° 3, do Regulamento n.° 261/2004
deve ser interpretado no sentido de que um problema
técnico numa aeronave, que implica o cancelamento
ou o atraso de um voo, não se enquadra no conceito
de «circunstâncias extraordinárias», na acepção
desta disposição, salvo se esse problema decorrer de
eventos que, pela sua natureza ou a sua origem, não
sejam inerentes ao exercício normal da actividade da
transportadora aérea em causa e escapem ao seu
controlo efectivo.”
2
https://otc-cta.gc.ca/eng/air-passenger-protection-regulations
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de reformatio in pejus ao primeiro recorrente –
Cancelamento e atraso de voo – Dano material
caracterizado – Não comprovada a prestação de
assistência material à passageira – Dano moral
caracterizado – Sentença que condenou a companhia
aérea no pagamento de indenização por dano moral
no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) – Valor fixado
de forma adequada em vista das circunstâncias do
caso concreto – Sentença de procedência parcial –
Sentença mantida – Recursos não providos. (TJ-SP
1112021-63.2018.8.26.0100 - Relator(a): Daniela
Menegatti Milano -Comarca: São Paulo - 19ª Câmara
de Direito Privado - Data do julgamento: 28/04/2014)
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a) A citação da Ré, na pessoa de seu representante legal para, querendo, responder
nos termos da presente, sob pena de revelia e confissão;
f) Que as publicações sejam realizadas em nome dos Advogados: Dr. ANDRÉ LUÍS
DIAS SOUTELINO – OAB/SP 323.971, sob pena de nulidade.
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
ANEXOS:
1 – DOCUMENTOS PESSOAIS, PAGAMENTO DE CUSTAS E PROCURAÇÕES;
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2 – LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA;
3 – PRINCÍPIOS DOS USUÁRIOS DE TRANSPORTE AÉREO DA ORGANIZAÇÃO DE AVIAÇÃO
CIVIL;
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4 – GUIA DE ACOMODAÇÃO INVOLUNTÁRIA DA IATA
5 – NOTA TÉCNICA ANAC SOBRE OS DIREITOS DOS CONSUMIDORES;
6 - CONTRATO DE TRANSPORTE;
7 – DEMAIS PROVAS
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L
DOCUMENTAÇÃO PESSOAL
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COMPANHIA RIOGRANDENSE DE SANEAMENTO
COMPETÊNCIA: 12/2019
92.802.784/0001-90 http://www.corsan.com.br
U.S. 045 - CANOAS
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DATA EMISSÃO: 30/12/2019
CORSAN - CALL CENTER: 0800-6466444
Agência Reguladora: AGESAN - 51 98960 67 37 Nº FATURA: 100003047679201912
Fatura de Serviços - Água e/ou Esgoto
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CÓD. IMÓVEL: 0304767-9 CATEGORIA: RB
LOCALIZAÇÃO: 045.038.884.3580 ECON. ÁGUA: 1
CÓD.DÉB.CONTA: 00003047679 /CONVÊNIO CORSAN ECON. ESG.: 1
COMPOSIÇÃO DE SERVIÇOS
CATEGORIA ECO. ECO. CONSUMO VOLUME SERV. BÁSICO SERV. BÁSICO ÁGUA ESGOTO
ÁGUA ESGOTO ÁGUA ESGOTO ÁGUA ESGOTO
RB 1 1 13 13 26,81 0,00 73,45 51,42
Valor dos Impostos: PASEP R$ 2.50 (1,65%) - COFINS R$ 11.53 (7,60%). Base de Cálculo: R$ 151.68
REVISÃO SOBRE O APRESENTADO NESTA FATURA VENCIMENTO TOTAL A PAGAR
SOMENTE ATÉ A DATA DE VENCIMENTO 13/01/2020 151,68
12/2019
DEBITO EM CONTA
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JACQUELINE MARTINS ROCHA
Nota Fiscal / RE - Ato Declaratório nº 2019/040
R TOME DE SOUZA 231
Conta de Energia Elétrica
NS DAS GRACAS Nº. 055620978 série U Pág. 1 de 1
92110-060 CANOAS RS Data de Emissão 17/12/2019
Data de Apresentação 20/12/2019
Conta Contrato No 110013547678
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10 CNOBU080-00000350 1357331 0802491286 53FF.381F.F0FF.FEED.A68F.83CC.E74C.C9F6
PREZADO (A) CLIENTE
ATENÇÃO: Esta conta está classificada como RESIDENCIAL. Isso significa que suas tarifas e impostos serão aplicados de acordo com essa classe. Se o imóvel não é residencial, atualize seu cadastro em
nossos canais de atendimento.
HISTÓRICO DE CONSUMO kWh Dias TARIFA ANEEL EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO / DATAS DE LEITURA
2019 DEZ llllllllllllllllllllllllllllll
Consumo TUSD TE Leitura Leitura Fator Consumo Taxa de Perda Leitura
148 29
Consumo kWh 0,29026000 0,27001000 Nº Energia 17/12/2019 18/11/2019 Multipl. [kWh] [%] Próximo Mês
NOV llllllllllllllllllllll 110 33 1357331 ATIVA 11684 11536 1,00 148 17/01/2020
lllllllllllllllllllllllllllllll
OUT 153 33
SET lllllllllllllllllllllllllllllllll 167 29
AGO lllllllllllllllllllllll 114 30
lllllllllllllllllllllllllllll
JUL 143 32
llllllllllllllllllllllllllllllllll
JUN 170 29
MAI lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll 217 31
llllllllllllllllllllllllllllllllllllll
ABR 188 28
MAR llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll 269 32
FEV lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll 376 29 INDICADORES DE CONTINUIDADE DE FORNECIMENTO DE ENERGIA
llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll Para consulta dos indicadores acesse nosso site www.rge-rs.com.br
JAN 282 30
2018 DEZ lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll 227 31
INFORMAÇÕES SOBRE A FATURA
AVISO IMPORTANTE
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Nota Fiscal DÉBITO AUTOMÁTICO CódDébAut-Banco Total a Pagar (R$) Data de Vencimento
Conta de Energia Elétrica Banco 041 Agência 0100 110013547678 136,91 30/12/2019
055620978 Série U
Essa conta poderá ser paga no credenciado mais perto de você. Confira a lista completa no site www.rge-rs.com.br
PORTO AUTO PECAS AV GETULIO VARGAS, 2241 - LOJA 08 - HARMONIA
MAURI PAGLIARINI R SANTA CRUZ, 935 - NITEROI
MINIMERCADO DA BROI LTDA - ME R ERNESTO DA SILVA ROCHA, 814 - ESTANCIA VELHA
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1
162
Jeter C ar-rtuâna C arne iro Filho" OAB/SP 296.293.
SUBSTABELECIMENTO
São Paulo,30 de
janeiro de2020.
conferidos para autuar no presente processo, com exceção dos poderes
específicos de receber, dar quitação, substabelecer e transigir, ao advogado
SUBSTABELEÇO, COM RESERVAS, os poderes que me foram
fls. 25
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o
o
o
o
Convenção de Montreal
Resolução nº 400/2016 ANAC
Código Brasileiro de Aeronáutica
Código de defesa do consumidor
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
fls. 26
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ANEXO 2 – LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA SOBRE ATRASO E DANOS
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Artigo 19 – Atraso
Artigo 20 – Exoneração
1. O transportador não poderá excluir nem limitar sua responsabilidade, com relação aos
danos previstos no número 1 do Artigo 17, que não exceda de 100.000 Direitos Especiais de
Saque por passageiro.
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3. No transporte de carga, a responsabilidade do transportador em caso de destruição,
perda, avaria ou atraso se limita a uma quantia de 17 Direitos Especiais de Saque por
quilograma, a menos que o expedidor haja feito ao transportador, ao entregar-lhe o volume, uma
declaração especial de valor de sua entrega no lugar de destino, e tenha pago uma quantia
suplementar, se for cabível. Neste caso, o transportador estará obrigado a pagar uma quantia
que não excederá o valor declarado, a menos que prove que este valor é superior ao valor real
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 8A61142.
da entrega no lugar de destino.
5. As disposições dos números 1 e 2 deste Artigo não se aplicarão se for provado que o
dano é resultado de uma ação ou omissão do transportador ou de seus prepostos, com intenção
de causar dano, ou de forma temerária e sabendo que provavelmente causaria dano, sempre
que, no caso de uma ação ou omissão de um preposto, se prove também que este atuava no
exercício de suas funções.
6. Os limites prescritos no Artigo 21 e neste Artigo não constituem obstáculo para que o
tribunal conceda, de acordo com sua lei nacional, uma quantia que corresponda a todo ou parte
dos custos e outros gastos que o processo haja acarretado ao autor, inclusive juros. A disposição
anterior não vigorará, quando o valor da indenização acordada, excluídos os custos e outros
gastos do processo, não exceder a quantia que o transportador haja oferecido por escrito ao
autor, dentro de um período de seis meses contados a partir do fato que causou o dano, ou antes
de iniciar a ação, se a segunda data é posterior.
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hospedagem, correrão por conta do transportador contratual, sem prejuízo da
responsabilidade civil.
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cause incômodo ou prejuízo aos passageiros, danifique a aeronave, impeça ou
dificulte a execução normal do serviço.
SEÇÃO III
Da Responsabilidade por Dano a Passageiro
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RESOLUÇÃO Nº 400, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2016.
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Aéreo.
(Texto compilado)
A DIRETORIA DA AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL - ANAC, no exercício da
competência que lhe foi outorgada pelo art. 11, inciso V, da Lei nº 11.182, de 27 de setembro de 2005,
tendo em vista o disposto nos arts. 8º, incisos I e X, da mencionada Lei, 222 a 260 e 302 da Lei nº 7.565,
de 19 de dezembro de 1986, nas Leis nºs 10.406, de 10 de janeiro de 2002, 8.078, de 11 de setembro de
1990, e nos Decretos nºs 5.910, de 27 de setembro de 2006, e 6.780, de 18 de fevereiro de 2009, e
considerando o que consta do processo nº 00058.054992/2014-33, deliberado e aprovado na 26ª Reunião
Deliberativa da Diretoria, realizada em 13 de dezembro de 2016,
RESOLVE:
Parágrafo único. As condições gerais de transporte aéreo também se aplicam aos voos não
regulares em que houver assentos comercializados individualmente e oferecidos ao público.
CAPÍTULO I
DAS OBRIGAÇÕES PRÉVIAS À EXECUÇÃO DO CONTRATO DE TRANSPORTE AÉREO
Seção I
Da Oferta do Serviço
Art. 2º Na oferta dos serviços de transporte aéreo, o transportador poderá determinar o preço a ser
pago por seus serviços, bem como suas regras aplicáveis, nos termos da regulamentação expedida pela
ANAC.
Parágrafo único. O transportador deverá disponibilizar nos locais de vendas de passagens aéreas,
sejam eles físicos ou eletrônicos, informações claras sobre todos os seus serviços oferecidos e as
respectivas regras aplicáveis, de forma a permitir imediata e fácil compreensão.
Art. 3º O transportador deverá oferecer ao passageiro, pelo menos, uma opção de passagem aérea
em que a multa pelo reembolso ou remarcação não ultrapasse 5% (cinco por cento) do valor total dos
serviços de transporte aéreo, observado o disposto nos arts. 11 e 29, parágrafo único, desta Resolução.
__________________________________________________________________________________
Publicado no Diário Oficial da União de 14 de dezembro de 2016, Seção 1, página 104.
Retificada no Diário Oficial da União de 15 de dezembro de 2016, Seção 1, página 111.
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II - tarifas aeroportuárias; e
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III - valores devidos a entes governamentais a serem pagos pelo adquirente da passagem aérea e
arrecadados por intermédio do transportador.
§ 2º O valor final a ser pago será acrescido de eventuais serviços opcionais contratados ativamente
(regra opt-in) pelo consumidor no processo de comercialização da passagem aérea.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 8A61142.
Art. 5º No processo de comercialização da passagem aérea, a partir da escolha da origem, do
destino, da data da viagem e antes de ser efetuado o pagamento pelos seus serviços, o transportador
deverá prestar as seguintes informações ao usuário:
I - valor total da passagem aérea a ser pago em moeda nacional, com discriminação de todos os
itens previstos no art. 4º, § 1º, desta Resolução;
II - regras de não apresentação para o embarque (no-show), remarcação e reembolso, com suas
eventuais multas;
§ 2º É vedada qualquer cobrança por serviço ou produto opcional que não tenha sido solicitado
ativamente pelo usuário (regra opt-in).
Seção II
Do Comprovante de Passagem Aérea
Art. 7º Nos casos em que o transportador emitir comprovante de passagem aérea sem data pré-
definida para utilização, o prazo de validade será de 1 (um) ano, contado a partir da emissão.
__________________________________________________________________________________
Publicado no Diário Oficial da União de 14 de dezembro de 2016, Seção 1, página 104.
Retificada no Diário Oficial da União de 15 de dezembro de 2016, Seção 1, página 111.
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corrigido pelo transportador sem ônus ao passageiro.
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§ 3º Não se aplica o disposto no §2º deste artigo nos casos em que o erro decorrer de fato imputado
ao transportador.
Seção III
Da Alteração e Resilição do Contrato de Transporte Aéreo por Parte do Passageiro
Art. 9º As multas contratuais não poderão ultrapassar o valor dos serviços de transporte aéreo.
Parágrafo único. As tarifas aeroportuárias pagas pelo passageiro e os valores devidos a entes
governamentais não poderão integrar a base de cálculo de eventuais multas.
Art. 10. Em caso de remarcação da passagem aérea, o passageiro deverá pagar ou receber:
I - a variação da tarifa aeroportuária referente ao aeroporto em que ocorrerá o novo embarque, com
base no valor que constar na tabela vigente na data em que a passagem aérea for remarcada; e
II - a diferença entre o valor dos serviços de transporte aéreo originalmente pago pelo passageiro
e o valor ofertado no ato da remarcação.
Art. 11. O usuário poderá desistir da passagem aérea adquirida, sem qualquer ônus, desde que o
faça no prazo de até 24 (vinte e quatro) horas, a contar do recebimento do seu comprovante.
Parágrafo único. A regra descrita no caput deste artigo somente se aplica às compras feitas com
antecedência igual ou superior a 7 (sete) dias em relação à data de embarque.
Seção IV
Da Alteração do Contrato de Transporte Aéreo por Parte do Transportador
Art. 12. As alterações realizadas de forma programada pelo transportador, em especial quanto ao
horário e itinerário originalmente contratados, deverão ser informadas aos passageiros com antecedência
mínima de 72 (setenta e duas) horas.
II - alteração do horário de partida ou de chegada ser superior a 30 (trinta) minutos nos voos
domésticos e a 1 (uma) hora nos voos internacionais em relação ao horário originalmente contratado, se
o passageiro não concordar com o horário após a alteração.
__________________________________________________________________________________
Publicado no Diário Oficial da União de 14 de dezembro de 2016, Seção 1, página 104.
Retificada no Diário Oficial da União de 15 de dezembro de 2016, Seção 1, página 111.
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informação, o transportador deverá oferecer assistência material, bem como as seguintes alternativas à
escolha do passageiro:
I - reacomodação;
II - reembolso integral; e
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III - execução do serviço por outra modalidade de transporte.
Seção V
Das Informações sobre Bagagens
Art. 13. O transporte de bagagem despachada configurará contrato acessório oferecido pelo
transportador.
§ 1º A bagagem despachada poderá sofrer restrições, nos termos desta Resolução e de outras
normas atinentes à segurança da aviação civil.
§ 2º As regras referentes ao transporte de bagagem despachada, ainda que realizado por mais de
um transportador, deverão ser uniformes para cada trecho contratado.
Art. 14. O transportador deverá permitir uma franquia mínima de 10 (dez) quilos de bagagem de
mão por passageiro de acordo com as dimensões e a quantidade de peças definidas no contrato de
transporte.
Art. 15. O transportador deverá informar aos usuários quais bagagens serão submetidas a
procedimentos especiais de despacho, em razão de suas condições de manuseio ou de suas dimensões.
§ 1º As bagagens que não se enquadrarem nas regras estabelecidas pelo transportador, conforme
o caput deste artigo, poderão ser recusadas ou submetidas a contrato de transporte de carga.
CAPÍTULO II
DO DESPACHO DO PASSAGEIRO E EXECUÇÃO DO CONTRATO DE TRANSPORTE AÉREO
Seção I
Do Check-in e Apresentação para Embarque
Art. 16. O passageiro deverá apresentar para embarque em voo doméstico e internacional
documento de identificação civil, com fé pública e validade em todo o território brasileiro, observado o
disposto no Decreto nº 5.978, de 4 de dezembro de 2006.
__________________________________________________________________________________
Publicado no Diário Oficial da União de 14 de dezembro de 2016, Seção 1, página 104.
Retificada no Diário Oficial da União de 15 de dezembro de 2016, Seção 1, página 111.
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§ 1º Uma vez que assegure a identificação do passageiro e em se tratando de voo doméstico, deverá
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ser aceita a via original ou cópia autenticada do documento de identificação civil referido no caput deste
artigo.
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§ 3º O passageiro menor de 12 (doze) anos poderá ser admitido para o embarque em voo doméstico
mediante a apresentação de sua certidão de nascimento, observados os requisitos constantes da Lei nº
8.069, de 13 de julho de 1990.
Art. 17. No despacho da bagagem, caso o passageiro pretenda transportar bens cujo valor
ultrapasse o limite de indenização de 1.131 (mil e cento e trinta e um) Direitos Especiais de Saque -
DES, poderá fazer declaração especial de valor junto ao transportador.
§ 2º A declaração especial de valor terá como finalidades declarar o valor da bagagem despachada
e possibilitar o aumento do montante da indenização no caso de extravio ou violação.
Art. 18. Para a execução do contrato de transporte, o passageiro deverá atender aos seguintes
requisitos:
II - atender a todas as exigências relativas à execução do transporte, tais como a obtenção do visto
correto de entrada, permanência, trânsito e certificados de vacinação exigidos pela legislação dos países
de destino, escala e conexão;
Art. 19. Caso o passageiro não utilize o trecho inicial nas passagens do tipo ida e volta, o
transportador poderá cancelar o trecho de volta.
Parágrafo único. Não se aplica a regra do caput deste artigo caso o passageiro informe, até o
horário originalmente contratado para o trecho de ida do voo doméstico, que deseja utilizar o trecho de
volta, sendo vedada a cobrança de multa contratual para essa finalidade.
__________________________________________________________________________________
Publicado no Diário Oficial da União de 14 de dezembro de 2016, Seção 1, página 104.
Retificada no Diário Oficial da União de 15 de dezembro de 2016, Seção 1, página 111.
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Seção II
Do Atraso, Cancelamento, Interrupção do Serviço e Preterição
I - que o voo irá atrasar em relação ao horário originalmente contratado, indicando a nova previsão
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do horário de partida; e
I - atraso de voo por mais de quatro horas em relação ao horário originalmente contratado;
IV - perda de voo subsequente pelo passageiro, nos voos com conexão, inclusive nos casos de
troca de aeroportos, quando a causa da perda for do transportador.
Parágrafo único. As alternativas previstas no caput deste artigo deverão ser imediatamente
oferecidas aos passageiros quando o transportador dispuser antecipadamente da informação de que o
voo atrasará mais de 4 (quatro) horas em relação ao horário originalmente contratado.
Art. 22. A preterição será configurada quando o transportador deixar de transportar passageiro que
se apresentou para embarque no voo originalmente contratado, ressalvados os casos previstos na
Resolução nº 280, de 11 de julho de 2013.
Art. 23. Sempre que o número de passageiros para o voo exceder a disponibilidade de assentos na
aeronave, o transportador deverá procurar por voluntários para serem reacomodados em outro voo
mediante compensação negociada entre o passageiro voluntário e o transportador.
Art. 24. No caso de preterição, o transportador deverá, sem prejuízo do previsto no art. 21 desta
Resolução, efetuar, imediatamente, o pagamento de compensação financeira ao passageiro, podendo ser
por transferência bancária, voucher ou em espécie, no valor de:
__________________________________________________________________________________
Publicado no Diário Oficial da União de 14 de dezembro de 2016, Seção 1, página 104.
Retificada no Diário Oficial da União de 15 de dezembro de 2016, Seção 1, página 111.
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II - 500 (quinhentos) DES, no caso de voo internacional.
Art. 25. Os casos de atraso, cancelamento de voo e interrupção do serviço previstos nesta Seção
não se confundem com a alteração contratual programada realizada pelo transportador e representam
situações contingenciais que ocorrem na data do voo originalmente contratado.
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Seção III
Da Assistência Material
Art. 26. A assistência material ao passageiro deve ser oferecida nos seguintes casos:
I - atraso do voo;
II - cancelamento do voo;
IV - preterição de passageiro.
Art. 27. A assistência material consiste em satisfazer as necessidades do passageiro e deverá ser
oferecida gratuitamente pelo transportador, conforme o tempo de espera, ainda que os passageiros
estejam a bordo da aeronave com portas abertas, nos seguintes termos:
II - superior a 2 (duas) horas: alimentação, de acordo com o horário, por meio do fornecimento de
refeição ou de voucher individual; e
III - superior a 4 (quatro) horas: serviço de hospedagem, em caso de pernoite, e traslado de ida e
volta.
§ 1º O transportador poderá deixar de oferecer serviço de hospedagem para o passageiro que residir
na localidade do aeroporto de origem, garantido o traslado de ida e volta.
§ 3º O transportador poderá deixar de oferecer assistência material quando o passageiro optar pela
reacomodação em voo próprio do transportador a ser realizado em data e horário de conveniência do
passageiro ou pelo reembolso integral da passagem aérea.
Seção IV
Da Reacomodação
__________________________________________________________________________________
Publicado no Diário Oficial da União de 14 de dezembro de 2016, Seção 1, página 104.
Retificada no Diário Oficial da União de 15 de dezembro de 2016, Seção 1, página 111.
fls. 37
Art. 28. A reacomodação será gratuita, não se sobreporá aos contratos de transporte já firmados e
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terá precedência em relação à celebração de novos contratos de transporte, devendo ser feita, à escolha
do passageiro, nos seguintes termos:
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passageiro.
Parágrafo único. Os PNAEs, nos termos da Resolução nº 280, de 2013, terão prioridade na
reacomodação.
Seção V
Do Reembolso
Art. 29. O prazo para o reembolso será de 7 (sete) dias, a contar da data da solicitação feita pelo
passageiro, devendo ser observados os meios de pagamento utilizados na compra da passagem aérea.
Parágrafo único. Nos casos de reembolso, os valores previstos no art. 4º, § 1º, incisos II e III, desta
Resolução, deverão ser integralmente restituídos.
Art. 30. Nos casos de atraso de voo, cancelamento de voo, interrupção de serviço ou preterição de
passageiro, o reembolso deverá ser restituído nos seguintes termos:
Art. 31. O reembolso poderá ser feito em créditos para a aquisição de passagem aérea, mediante
concordância do passageiro.
§ 1º O crédito da passagem aérea e a sua validade deverão ser informados ao passageiro por escrito,
em meio físico ou eletrônico.
§ 2º Na hipótese do caput deste artigo, deverá ser assegurada a livre utilização do crédito, inclusive
para a aquisição de passagem aérea para terceiros.
CAPÍTULO III
DAS OBRIGAÇÕES POSTERIORES À EXECUÇÃO DO CONTRATO DE TRANSPORTE
AÉREO
Art. 32. O recebimento da bagagem despachada, sem protesto por parte do passageiro, constituirá
presunção de que foi entregue em bom estado.
__________________________________________________________________________________
Publicado no Diário Oficial da União de 14 de dezembro de 2016, Seção 1, página 104.
Retificada no Diário Oficial da União de 15 de dezembro de 2016, Seção 1, página 111.
fls. 38
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II - em até 21 (vinte e um) dias, no caso do voo internacional.
§ 3º Caso a bagagem não seja localizada nos prazos dispostos no § 2º deste artigo, o transportador
deverá indenizar o passageiro em até 7 (sete) dias.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 8A61142.
§ 4º Nos casos em que o passageiro constate a violação do conteúdo da bagagem ou sua avaria,
deverá realizar o protesto junto ao transportador em até 7 (sete) dias do seu recebimento.
§ 5º O transportador deverá, no prazo de 7 (sete) dias contados da data do protesto, adotar uma das
seguintes providências, conforme o caso:
Art. 33. No caso de extravio de bagagem, será devido o ressarcimento de eventuais despesas ao
passageiro que se encontrar fora do seu domicílio.
§ 1º O ressarcimento de despesas deverá ser realizado em até 7 (sete) dias contados da apresentação
dos comprovantes das despesas.
I - o ressarcimento de despesas poderá ser deduzido dos valores pagos a título de indenização final,
observados os limites previstos no art. 17 desta Resolução.
Art. 34. Eventuais danos causados a item frágil despachado poderão deixar de ser indenizados pelo
transportador, nos termos estipulados no contrato de transporte.
CAPÍTULO IV
DO ATENDIMENTO AOS USUÁRIOS DO TRANSPORTE AÉREO
Art. 35. O transportador deverá disponibilizar ao usuário pelo menos um canal de atendimento
eletrônico para o recebimento de reclamações, solicitação de informações, alteração contratual, resilição
e reembolso.
Art. 36. O transportador que registrar menos de 1.000.000 (um milhão) de passageiros
transportados no ano anterior poderá manter o funcionamento do Serviço de Atendimento ao
Consumidor - SAC para atendimento telefônico nos dias em que estiver operando voos no território
__________________________________________________________________________________
Publicado no Diário Oficial da União de 14 de dezembro de 2016, Seção 1, página 104.
Retificada no Diário Oficial da União de 15 de dezembro de 2016, Seção 1, página 111.
fls. 39
brasileiro e em horário comercial, nos termos da ressalva prevista no art. 5º do Decreto nº 6.523, de 31
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de julho de 2008.
Parágrafo único. Será permitido que os transportadores utilizem SAC para atendimento telefônico
de maneira compartilhada.
Art. 37. O transportador deverá prestar atendimento presencial no aeroporto para tratar de pedidos
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de informação, dúvida e reclamação do usuário, bem como dos seus deveres decorrentes de atraso de
voo, cancelamento de voo, interrupção de serviço e preterição de passageiro.
§ 2º O atendimento referido no caput deste artigo deverá funcionar por no mínimo 2 (duas) horas
antes de cada decolagem e 2 (duas) horas após cada pouso e permanecer enquanto houver operação e
necessidade nos casos de atraso de voo, cancelamento de voo, interrupção de serviço e preterição de
passageiro.
Art. 38. As informações solicitadas pelo usuário deverão ser prestadas imediatamente e suas
reclamações resolvidas no prazo máximo de 10 (dez) dias a contar do registro, ressalvados os prazos
específicos contidos nesta Resolução.
Art. 39. O transportador deverá responder, no prazo de 10 (dez) dias, as manifestações de usuários
encaminhadas pelo sistema eletrônico de atendimento adotado pela ANAC.
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 40. O transportador deverá assegurar o cumprimento desta norma por seus prepostos.
Art. 41. Nos processos administrativos para apuração de infrações aos requisitos estabelecidos
nesta Resolução, aplicar-se-á o procedimento geral previsto na Resolução nº 25, de 25 de abril de 2008,
e na Instrução Normativa nº 8, de 6 de junho de 2008. (Redação dada pela Resolução nº 434, de
27.06.2017)
Art. 43. O descumprimento dos requisitos estabelecidos nesta Resolução caracterizará infração
capitulada no art. 302, inciso III, alínea “u”, da Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986, sujeitando os
infratores aos valores de multas fixados na tabela de que trata o Anexo desta Resolução. (Redação dada
pela Resolução nº 434, de 27.06.2017)
Art. 44. Esta Resolução entra em vigor 90 (noventa) dias após a sua publicação.
__________________________________________________________________________________
Publicado no Diário Oficial da União de 14 de dezembro de 2016, Seção 1, página 104.
Retificada no Diário Oficial da União de 15 de dezembro de 2016, Seção 1, página 111.
fls. 40
I - a Instrução de Aviação Civil 2203-0399 (IAC 2203-0399), intitulada “Informações aos Usuários
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JETER CANTUARIA CARNEIRO FILHO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 20/02/2020 às 20:04 .
do Transporte Aéreo”;
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Seção 1, página 13;
__________________________________________________________________________________
Publicado no Diário Oficial da União de 14 de dezembro de 2016, Seção 1, página 104.
Retificada no Diário Oficial da União de 15 de dezembro de 2016, Seção 1, página 111.
fls. 41
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ANEXO À RESOLUÇÃO Nº 400, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2016.
(Incluído pela Resolução nº 434, de 27.06.2017)
VALORES DE MULTAS DECORRENTES DE INFRAÇÃO À RESOLUÇÃO
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20.000 35.000 50.000
__________________________________________________________________________________
Publicado no Diário Oficial da União de 14 de dezembro de 2016, Seção 1, página 104.
Retificada no Diário Oficial da União de 15 de dezembro de 2016, Seção 1, página 111.
Organização de Aviação Civil Internacional
Princípios básicos de proteção ao consumidor da
fls. 42
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ECONOMIC DEVELOPMENT
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ICAO CORE PRINCIPLES ON CONSUMER PROTECTION
Recognizing that passengers can benefit from a competitive air transport sector, which
offers more choice in fare-service trade-offs and which may encourage carriers to
improve their offerings, passengers, including those with disabilities, can also benefit
from consumer protection regimes.
Industry Consumer
Competitiveness Protection
BEFORE TRAVEL
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Passengers should have access to clear and transparent information on the air transport
product sought, including:
1. Total price, including the applicable air fare, taxes, charges, surcharges and fees;
2. General conditions applying to the fare; and
3. Identity of the airline actually operating the flight and advice on any change
occurring after the purchase as soon as possible.
DURING TRAVEL
AFTER TRAVEL
For the full text of the ICAO core principles on consumer protection please visit:
http://www.icao.int/sustainability/Documents/ConsumerProtection/CorePrinciples.pdf
Or contact us via:
ecd@icao.int
Guia de acomodação involuntária da IATA
IATA GUIDELINES TO INVOLUNTARY REROUTING
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CD-ROM Enclosed
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I n t e r n a t i o n a l A i r Tr a n s p o r t A s s o c i a t i o n
Airline Guide to
1st Edition
Effective 1 September 2002
Involuntary Rerouting
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Montreal – Geneva
International Air Transport Association
Airline Guide to
1st Edition
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SECTION 4 — KEY INVOLUNTARY REROUTE CONCEPT
Essential to a smooth handling of involuntary reroute situations is to understand the key concept:
To get the passengers to their destinations as quickly as possible with due regard for the passengers
needs in what are very difficult and stressful circumstances.
The biggest question that needs to be answered when determining how you are going to do this is:
Can I do a reissue?
or
Note: The issuance of the FIM should be the last thing to consider. Only if you cannot use the original flight
coupons, if they are not available, or if a reissue is not possible should a FIM be considered.
7
1
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2
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ANAC AGÊNCIA NACIONAL
DE AVIAÇÃO CIVI L
Protocolo -ANAC
00058.073790/2014-91
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Nota Técnica nº 14/2014/GNOP/SRE
1. Do Objeto
2. Da Justificativa
4 a
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ANAC AGÊNC IA NAC IONAL
DE AV IAÇÃO CIV I L
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Elabora-se a presente nota técnica com vistas a subsidiar a necessidad~ de
revogação dos artigos ainda em vigor da Portaria 676, de 13 de novembro de 2000, e
consequente elaboração de novo normativo que também consolidará as demais normas
pertinentes a relação contratual entre passageiros e empresas de transporte aéreo.
3. Da Análise
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AGÊNCIA NACIONAL
DE AV IAÇÃO CIVIL
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previstos no art. 175 da Constituição Federal; como também, em 07 de junho do mesmo
ano foi promulgada a Lei 9.074, que estabelece normas para outorga e prorrogações das
concessões e permissões de serviços públicos; sendo que tais dispositivos não fizeram
.
qualquer menção quantó ao serviço de transporte aéreo de passageiros .
Como bem se expõe no acórdão nº 346/2008, do Tribunal de Contas da
União - TCU, "o instituto da concessão foi idealizado para a prestação de serviços
públicos em situações de monopólio natural, em que não há condições de competição e
portanto aplica-se forte regulação econômica", o que não se vê na atual conjuntura do
tré:µtsporte aéreo de passageiros no Brasil. Nesse aspecto, dada a dinâmica operacional do
mercado de transporte aéreo de passageiros e na busca pelo menor preço pela of~rta do
serviço, não é desejável a outorga da exploração de determinada linha aérea a um único
operador posto que os operadores aéreos encontram-se _imersos em um mercado
competitivo.
O Brasil segue hoje o modelo dos mercados mais desenvolvidos, em que
não há barreiras à entrada de novos operadores nacionais (desde que observadas a
capacidade operacional, normas regulamentares de prestação de serviço adequado e a
regulação técnica de segurança), bem como vigora o regime de liberdade tarifária,
instituído pela Lei 11.182/05, que acirrou o 'nível de competição entre as empresas aéreas e
se mostrou benéfica ao propiciar o acesso de um número muitó maior da população ao
transporte aéreo de passageiros.
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à dinâmica própria de um mercado competitivo, entre os quais: demanda (determinada,
entre outros, pelas características do serviço, pela renda, pelo próprio preço do serviço, .
pela sazonalidade e pela disponibilidade de outros meios de transporte); grau de
concorrência na rota; grau de maturação do serviço e da empresa no mercado; capacidade
das aeronaves;, taxa de ocupação das aeronaves (densidade da rota); estrutura de custos da
empresa; distância da ligação; organização da malha aérea da empresa; horário e dia da
semana do voo; ações de marketing; antecedência de aquisição do bilhete de passagem; e
acordos operacionais normalmente firmados entre as empresas aéreas cujos serviços são
complementares, ou seja, entr~ aquelas que operam rotas internacionais, nacionais ou
regionais.
Assim, as empresas aéreas normalmente estabelecem preços diferenciados
para assentos em um mesmo voo, buscando atender às diversas características do maior
número possível de usuários, inclusive o valor que estão dispostos a pagar por um assento '
_e, assim, alcançar maiores níveis de ocupação de suas aeronaves, obtendo rentabilidade,
que é o fator que sustenta a oferta do serviço.
Entende-se que essa é mais uma ferramenta de competição entre as
companhias aéreas e de acesso da população aos serviços de transporte aéreo. Por
exemplo, uma empre~a pode oferecer vantagens diferenciadas de acordo com a classe da
tarifa adquirida. Para tarifas de maior valor, é comum não haver cobrança de multa de
reembolso ou remarcação (permite-se maior flexibilidade). Para tarifas promocionais, é
comum haver essa cobrança, cujo valor pode ser variável entre as empresas. Portanto, o
passageiro deve estar ciente de que as passagens mais baratas têm maiores restrições e o
passageiro assume os riscos de eventuais circunstâncias extraordinárias que o
impossibilitem de comparecer ao embarque. Por outro lado, quando o passageiro adquire
uma tarifa flexível ele transfere os riscos 'do não comparecimento ao transportador aéreo,
podendo remarcar ·a passagem ou solicitar o reembolso até mesmo livre do pagamento de
multas.
Assim, conclui-se que eventual regulação que imponha regras rígidas ou
limite a forma como as empresas aéreas ofereçam o serviço de transporte aéreo teria o
potencial de aumentar o valor das tarifas aéreas (inclusive as mais flexíveis), o que
ocasionaria uma diminuição das tarifas promocionais e do acesso da população aos
serviços de transporte aéreo.
Preceitua a CRFB, artigo 5º, inciso XX.XII, que o Estado, na forma da Lei,
promoverá a defesa do consumidor. Ainda, os artigos 170 e 174 consagram que:
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho
humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência
digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes
princípios:
( ... )
fV - livre concorrçncia;
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( ... )
V - defesa do consumidor;
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( ... )
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade
econômica, o E:stado exercerá, na forma da lei, as funções de
fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o
setor público e indicativo para o setor privado (grifos nosso).
Consoante se depreende dos dispositivos acima, dispôs o legislador
constituinte especificamente sobre a tutela constitucional tanto da defesa do consumidor
quanto a livre iniciativa çconômica e seu incentivo, ambos igualmente importantes para o
desenvolvimento do comércio no Brasil.
Do artigo 170, ordenador da ordem econômica, pode-se abstrair no sentido
de vislumbrar a inconstitucionalidade de mandamentos que não reflitam a mesma
valoração, estabelecida no texto fundamental, entre a livre iniciativa e a defesa do
consumidor3 • Mais, tais preceitos têm por objetivo fazer com que exista a compatibiliza.ção
entre a livre iniciativa e a defesa do consumidor de forma justa e para o bem estar da
sociedade.
Ainda, ressalta-se que a liberdade de iniciativa, disposto no art. 1º, IV da
Magna Carta, envolve não só a liberdade de empresa, mas também a liberdade de contrato;
é princípio básico do liberalismo econômico e tem por finalidade assegurar a todos
existência digna, conforme ditames da justiça social. 4
Já o artigo 174, fomenta o Estado como promotor da economia, recaindo os
deveres de proteger, estimular, promover, apoiar, favorecer e auxiliar, sem emprego de
meios coativos, as atividades particulares que satisfaçam necessidades e conveniências de
interesse geral. 5 -
3 Fábio Ulhoa Coelho, Curso de Direito Comercial, Vol. l, 10ª Ed., São Paulo, Editora Saraiva, 2006, p. 188
4 Marcelo Novelino, Direito Constitucional, 5" Ed., São Paulo, Editora Método, 20 l 1. p. 374-375
5 José Afonso da Silva, Curso de Direito Constitucional Positivo, 34ª Ed .• São Paulo, Editora Malheiros, p.
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serviço.
Definido que se trata de relação d~ consumo, passamos a debater os direitos
e deveres de cada agente da relação, expondo inicialmente o artigo 6º que diz:
Art. 6° São direitos básicos do con~umidor:
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e
serviços, com especificação correta de quantidade, características,
composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os
riscos que apresentem; (grifos nosso)
A exposição do artigo acima é fundamental para o debate em tela pois ele se
co·necta diretamente ao artigo 14 do código consumerista, que assim se expressa:
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores
por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos."
§ 1° O serviço é defeituoso ' quando não fornece a segurança que o
consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as
circunstâncias relevantes, entre as quais:
I - o modo de seu fornecimento;
li - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
O menéionado artigo 6° traz não apenas um direito do usuário de serviço,
mas ainda um dever do prestador que é o de informar ao usuário, de maneira clara e
adequada, todas as características e riscos sobre o seu produto ~/ou serviço; dever este
firmado de forma mais contundente no artigo 14 no qual, da ausência ou deficiência do
cumprimento do dever de informar, responderá de forma objetiva o fornecedor do serviço
de transporte aéreo pelo prejuízo que causar, ou seja, bastará a vítima comprovar o dano e
o riexo de causalidade entre este e o serviço defeituoso.
Então, podemos abstrair até aqui que, segundo o Código ·de Defesa do
Consumidor, a falta ou insuficiência do dever de informação acarretará o chamado defeito
de comercialização 6, em que o fornecedor do serviço responderá pelo dano que este defeito
causar independente de culpa.
Aind~, nesta esteira normativa acerca do dever de informaçãÓ trazida pelo
código consumerista, reza o artigo 31 que:
Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar
informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa
sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço,
garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como
sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores.
Como vi~to, no mercado de consumo o dever de informar é pré-contratual,
ou melhor, é ele oferecido em dois momentos distintos: um pré-contratual, que é o do
momento da oferta do produto, conforme artigo 31 já exposto, e outro o momento que
perdurará da aderência ao contrato até a sua conclusão, conforme artigo 46, a saber:
6Antônio Herman V. Benjamin, Manual de direito do Consumidor, 2ª Ed., São Paulo, Revista dos Tribunais,
2009,p. 128
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conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se os respectivos instrumentos
forem redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu sentido e
alcance.
Também, na interpretação do artigo 46, deve se abstrair além de sua
literalidade, pois não bastará a mera leitura do conteúdo do contrato para a sua completa
eficácia, e sim o efetivo entendimento ' do contrato, e, especialmente, das cláusulas
limitativas de direito, não deixando qualquer margem a dúvida quanto ao seu conteúdo e
do que dele irá emergir.
Continuando a análise previa do Código do Consumidor, assim dita o artigo
39: ' -
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras
práticas abusivas:
( ... )
V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;
Ao contrário do que se pode inferir da primeira leitura do artigo 39, inciso
V, não trata ele de uma prestação prevista em contrato, mas sim de uma prática de mer~ado
em que uma parte, o fornecedor ou prestador, obtém vantagem exagerada em detrimento a
outra, o consumidor, o que não se verifica no sistema de gerenciamento de receitas e
conseqüente oferta: de tarifas não flexíveis, onde o que se exige é apenas uma
contraprestação a um beneficio concedido.
Prosseguindo o debate acerca do código consumerista e seus reflexos no
serviço de transporte aéreo de passageiros, trazemos o mais controverso artigo, qual seja, o
artigo 49, in verbis:
Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a
contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço,
sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer
fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a
domicílio.
Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o d ireito de arrependimento
previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título,
durante. o prazo de reflexão, serão ' devolvido·s, de imediato,
monetariamente atualizados.
Conforme lição do Professor Fábio Ulhoa Coelho 7, tal artigo tem por escopo
coibir o chamado marketing agressivo, que consiste na oferta de produto ou serviço
utilizando-se de técnicas de venda que inibem a análise do consumidor acerca da real
conveniência e oportunidade de consumo. São artificias que buscam a precipitação da
decisão de consumo através da redução ou até supressão do tempo necessário a exata
reflexão do consumidor sobre a real necessidade daquele produto ou serviço. Outra
justificativa é o fato do consumidor não possuir o devido contato com o produto (só há
descrições, fotos e catálogos que podem deturpar a idéia que se faz dele) e desta forma
melhor dimensionar se aquele produto irá ou não atender suas necessidades de consumo.
7Fábio Ulhoa Coelho, Curso de Direito Comercial, Vol.3, 8ª Ed., São Paulo, Editora Saraiva, 2008, pp. 47 e
ss.
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marketing agressivo, onde ele coloca que "a identificação jurídica dessas técnicas, até a
difusão do comércio eletrônico, era feita pela noção de ato de consumo realizado fora do
estabeleçimento (porta a porta, telemarketing, marketing direto, etc.)". Assim, a venda
realizada fora do estabelecimento do fornecedor é feita sob condição resolutiva, ou seja,
recebido o produto ou adquirido determinado serviço, tem o consumidor direito a decidir,
de modo refletido e com o devido contato no caso de produto, se aquel_e ato de consumo é
de seu interesse e, caso não seja, pode rescindir o contrato. .
Contudo, essa relação foi estabelecida antes do desenvolvimento do
comercio eletrônico e do chamado estabelecimento virtua!8, ocasionando situações não
compreendidas expressamente pela lei e que demandam maior análise.
A condição resolutiva para produtos adquiridos em estabelecimentos
virtuais até faz sentido, pois pode o consumidor ter deturpada a realidade acerca do
produto a adquirir, seja por imagem em perspectiva que iluda a real dimensão do produto,
seja por descrições tendenciosas a mascarar uma determinada característica perceptível
apenas ao contato físico com o produto. O mesmo não se pode dizer dos serviços em que o
consumidor procura o estabelecimento virtual do fornecedor, pois estes, os serviços, são
intangíveis, ou seja, não são palpáveis, não se pode dimensioná-los até a sua execução e,
desta forma, não há qualquer diferença entre a idéia que irá conceber o consumidor acerca
do serviço a ser prestado, seja a oferta e contratação ef~tivada no estabelecimento físico ou
virtual.
, Esta problemática foi exposta de forma precisa em julgado do Tribunal de
Justiça do Rio de Janeiro, nos autos de Ação Civil Pública9, ao observar que: .
De fato, não há que se aplicar a toda e qualquer compra e venda realizada
fora do estabelecimento comercial o prazo de reflexão ou de
arrependimento previsto no artigo 49 do Código de Defesa do
Consumidor.
A intenção do legislador, ao criar tal dispositivo, foi proteger o
consumidor contra técnicas agressivas de marketing publicitário,
aquisição irrefletida, ou ainda, desconhecimento quanto ao produto ou
serviço a ser adquirido.
Na hipótese de venda de passagem aérea por meio de telefone ou internet,
entretanto, o consumidor tem acesso a toda·s as infonnações relativas ao
serviço a ser contratado, como valor da passagem, horário do vôo, data,
serviço de bordo, conexão, etc., da mesma forma que teria se o mesmo se
dirigisse pessoalmente ao estabelecimento comercial.
Assim, não há que se falar em situação de vulnerabilidade do consumidor
ou desequilíbrio na relação de consumo, a justificar a incidência do artigo
49 da Lei nº 8.078/90, já que em nada difere a aquisição da passagem
aérea no próprio estabelecimento comercial da aquisição fora dele.
Também, em Decisão da Justiça Federal em Goiás, em autos de Ação Civil
Pública 10 , foi exposto que:
8 FábioUlhoa Coelho, Curso de Direito Comercial, Vol.3, s~ Ed., São Paulo, Editora Saraiva, 2008, pp. 33 e
ss.
9 Ação Civil Pública, Apelação Cível 2008.001.33979. Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro
11
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~ S)
ANAC AGÊNC I A NACIONAL
DE AVIAÇÃO CIVIL ~=-L="""--- ~·
Rubrica -
GNol'
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faz qualquer diferença comprar uma passagem aérea na loja da empresa,
pela internet ou por telefone. É que não há surpresa a ser coibida, uma
passagem em det~rminada data e horário entre um ponto de partida
determinado e um destino fixo não revela discussão ou surpresa. Se fosse
a intenção do legislador que toda a compra fosse feita sob condição de
poder desistir em sete dias teria estendido a benesse sem limite. Entender
pela literalidade do artigo não é proteger a relação de consumo, é
conceder vantagem extremamente desproporcional a uma das partes
contratantes, é que, neste caso, a empresa não pode escolher em sete dias
se vai transportar o passageiro ou não. Os direitos fundamentais
encontram limites em outros direitos fundamentais, e a propriedade
também é direito fundamental, bem como a livre iniciativa. Não se pode
· conferir abuso à proteção dos direitos do consumidor.
Ainda, recente acórdão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, reformou
sentença de 1° grau, em ação ordinária, proferindo que:
Desses argumentos, afere-se, então, que a g;lrantia estratifi,cada no artigo
49 da Lei de Consumo, considerando-se sua finalidade, não deve ser
aplicada às compras de passagens aéreas pela internet. Isso porque, neste
· caso, as condições acerca do serviço contratado já estão todas
descriminadas na página eletrônica da companhia aérea, da mesma forma
ou, até mesmo, com informações mais completas do que se a compra for
efetivada no próprio estabelecimento comercial da empresa fornecedora
de forma presen'cial. Ademais, se trata de ser'Viço padronizado e
impassível de irradiar qualquer dúvida no momento da sua aquisição.
Ora, ou o consumidor necessita e está disposto a viajar por via aérea, ou
não, sendo-lhe facu•tada a aquisição do bilhete de passagem oferecidas
pelas companhias que atuam no mercado, observado, quando o caso,
simplesmente as opções de conforto oferecidas - classe econômica,
executiva, primeira classe etc.
Assim, entendemos que o ato de aquisição da passagem aérea o consúmidor '
tem acesso a todas as informações pertinentes ao serviço a ser contratado, tais como o
preço do bilhete, a data, local de embarque e horário do seu voo, as possíveis conexões, o
tempo de voo, de forma que não há distinção entre o consumidor que realiza a compra no
estabelecimento virtual, desfrutando dç conforto e comodidade de sua residência, e aquele
que adquire no estabelecimento fisico da empresa aérea.
No entanto, muito embora o art. 49 do CDC não abarque os bilhetes de
passagem aérea adquiridos pela internet, seria salutar a elaboração de normativo específico
ao setor que contemplasse a situação ou providencia similar, visando amenizar ou até
dirimir os problemas ocasion'a dos pelo -preenchimento incorreto do bilhe!e.
Outro artigo que pode implicar nas condições gerais de transporte,
precisamente quanto a aplicação e interpretação das normas sobre cancelamento e
remarcação de passagem aérea é o artigo 51, que assim diz:
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais
relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:
12
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A N AC AGÊNCIA !')ACIONAL
, DE AV I AÇAO C IVIL
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Como visto, o artigo 51 aniquila do contrato qualquer cláusula que subtraia
do consumidor a opção de reembolso de . quantia já paga, porém somente nos casos
previstos no CDC. Desta feita, o questionamento que poderá surgir irá recair exatamente
no já controverso artigo 49 e as passagens menos flexíveis que, em alguns casos, não
prevêem nos casos de cancelamento por parte do consumidor. Porém a aplicação do artigo
49 nas compras realizadas no estabelecimento virtual da empresa aérea já foi considerada,
conforme explanação nos parágrafos anteriores.
A exposição do artigo 51 neste estudo deve-se mais a necessidade de
embate entre "cláusula abusiva" e "cláusula limitativa de direito" preconizadas no Código
do Consumidor. Enquanto a primeira objetiva excluir ou restringir o dever de indenizar
decorrente do descumprimento de uma obrigação regularmente firmada pelo fornecedor, a
segunda tem por finalidade restringir a própria obrigação a ser assumida pelo fornecedor 11 ,
a exemplo do artigo 54, §4°, que desta maneira expressa:
Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido
aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente
pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa
discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo.
§ 4° As cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor
deverão ser redigidas com destaque, permitindo sua imediata e fácil
compreensão.
Segundo os ensinamentos o Professor Sergio Cavalieri Filho, nas cláusulas
abusivas (artigo 51 ), também chamadas de cláusulas de não indenizar, o fornecedor assume
a obrigação (dever originário) e, quando a descumpre (inadimplemento), não quer
responder pelas conseqüências (responsabilidade), o que, segundo ele, é abuso. Já nas
cláusulas limitativas de direito, o fornecedor não assume .a obrigação, o que se permite até .
pelo milenar princípio de que ninguém pode ser compelido a assumir maior encargo do que
possa ou quer 12 • ·
11 Sergio Cavalieri Filho, Programa de Direito do Consumidor, 2° Ed.,São Paulo, editora Atlas, 2010, p. 166
12IDEM
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bem como eventuais alterações contratuais ocorridas por iniciativa do passageiro. Tal se
deu para subsidiar este estudo sobre o impacto que uma eventual regulamentação sobre o
direito de desistência poderia ter no gerenciamento tarifário das empresas aéreas, sem se
ater aos motivos que acarretaram as alterações contratuais. Considerando que as empresas
aéreas solicitaram confidencialidade em relação aos dados enviados, pois os mesmos
subsidiam o modelo de negócio de cada uma delas, utilizaremos as designações "A", "B",
"C", e '. 'D" para identificá-las, citando somente números percentuais. Os dados referem-se
ao ano de 2012. ·
Tabelai: Antecedência de compra do bilhete aéreo em relação à data de voo no ano de 2012
Gráfico 1: Antecedência de compra do bilhete aéreo em relação à data de voo, no ano de 2012
- A
30.0<H, - B
- e
- o
14
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diferença entre os dados entregues por cada uma das empresas. Tais discrepâncias podem .
ser explicadas pelos modelos de negócios de cada uma. Por exemplo: se uma empresa
aérea adota como política privilegiar o transporte de passageiros que estejam viajando a
turismo, existe a tendência de um maior número de vendas ocorrer com bastante
antecedência em relação à viagem. Já se a empresa aérea possui foco no transporte de
viajantes a negócios, é possível presumir que aquela comercializará um volume grande de
bilhetes com pouca antecedência. Há que se fazer uma ressalva quanto ao exemplo
anterior, pois devido à liberdade tarifária e consequente flutuação de preços, uma empresa
que comercialize bilhetes com foco em viajantes a negócios pode em determinado
momento oferecer passagens com preços mais atrativos a passageiros com outro perfil,
como por exemplo, turistas.
Apesar da variação entre cada uma das empresas, a quantidade de bilhetes1
vendidos com uma semana ou menos de antecedência em relação ao voo é muito alta.
Dessa forma, uma. aplicação literal do Direito de Arrependimento causaria um impacto
significativo no planejamento das empresas aéreas. Com a possibilidade de o consumidor
desistir do contrato de transporte em um momento muito próximo do voo, tendo como
consequência pouco tempo para comercializar um assento anteriormente ocupado e
liberado em decorrência do cancelamento, as empresas aéreas seriam obrigadas a diminuir
o risco de prejuízo. É dificil imaginar uma compensação décorrente deste risco que não
implique em aumento de tarifa para os demais passageiros e consequente redução na
quantidade de promoções realizadas pelas empresas.
Gráfico 2: Distribuição percentual da forma de aquisição dos bilhetes aéreos na empresa A, no ano de 2012
Empresa A: Passagens
comercializa das diretamente
11a1cio/Loja
s"
15
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Gráfico 3: Distribuição percentual da forma de aquisição dos bilhetes aéreos na empresa 8, no ano de 2012
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Empresa B: Passagens
Telefone ~OmercializadaS diretamente
7" ----- Baldo/Loja
--- _11%
--~
Fonte: Elaboração própria a partir de dados encaminhados pelas empresas aéreas
Gráfico 4: Distribuição percentual da forma de aquisição dos bilhetes aéreos na empresa C, no ano de 2012
Empresa C: Passagens
comercializadas diretamente
Telefone - - - - - . Balc2o/Loja
9" . ---...:__ B"
Gráfico 5: Distribuição percentual da forma de aquisição dos bilhetes aéreos na empresa D, no ano de 2012
Empresa D: Passagens
comercializadas diretamente
16
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comercialização das tarifas - o que reflete a concorrência entre as empresas e suas
diferentes estratégias comerciais -, um ponto comum a todas é a pequena quantidade de
bilhetes adquiridos nas lojas de cada uma delas. Isto significa que a compra fora do
estabelecimento comercial é a regra do mercado de aviação civil no Brasil e não a exceção,
ao contrário da sistemática adotada pelo próprio setor aéreo no cenário econômico do
início do anos Noventa, quando o CDC foi publicado. Consequentemente, uma aplicação
literal do direito de arrependimento poderia acarretar um efeito considerável nos balanços
das empresas.
Ainda quanto à forma de aquisição, é importante destacar a grande
quantidade de bilhetes adquiridos por intenn_édio de prepostos das empresas aéreas, como
agências de .turismo. A questão da compra fora do estabelecimento comercial nesses casos
também é significativa, visto que muitas agências comercializam bilhetes, que podem ser
vinculados a pacotes turísticos ou não, exclusjvamente de forma online. Considerando que
a ANAC não regula as agências de turismo, e a partir do entendimento de que as empresas
aéreas credenciam seus prepostos de forma voluntária para comercializar bilhetes em seu
nome, qualquer conflito resultante da comercialização de serviços de transporte aéreo por
agentes de viagem terá como consequência a ação da ANAC sobre o efetivo prestador de
serviço, ou seja, a própria empresa aérea.
A 5,4% 94,6%
B 1,2% 98,8%
e 0,8% 99,2%
D 2,9% 97,1%
17
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AGÊNCI A NACIONAL
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preço, pois os bilhetes restritos, em regra, são associados a tarifas mais baixas. A aplicação
total e irrestrita do direito de arrependimento poderia inibir as empresas aéreas a ofertarem
bilhetes com condições mais restritas, e o consumidor seria obrigado a migrar para a tarifa
flexível, mais cata. Em um cenário mais negativo, potenciais passageiros com menor
condição financeira teriam menor acesso ao transporte aéreo. ·
Há de se repisar que o ordenamento jurídico brasileiro admite a existência
de direitos disponíveis nos contratos consumeristas, desde que a limitação de direito esteja
redigida no contrato de adesão de forma clara e destacada, nos termos do art. 54, §4° do
,, CDC, abaixo transcrito:
Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido
aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente
pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa
discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo.
( ...)
§ 4° As cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor
deverão ser redigidas com destaque, permitindo sua imediata e fácil
compreensão.
Com isso, admite-se que o legislador buscou preservar a lógica econômica
nas relações de consumo ao permitir que alguns direito_s sej{lill disponíveis, podendo o
consumidor se valer de uma vantagem econômica em troca de uma limitação de direito, tal .
como já exposto, ocorre na contratação de coberturas em apólices de seguro. Assim, caso
um passageiro opte por uma tarifa mais barata, lhe é assegurado ter as limitações de
direitos impostas pelo contrato grafadas de forma destacadas, para que, a seu critério, possa
avaliar o beneficio da adesão ao contrato.
3.3.2.t'.4. '
Quantidade e antecedência das alterações em relação ao
voo
Outra questão de jnteresse para o estudo é a quantidade de alterações
solicitadas pelos passageiros e o momento em que esses pedidos ocorrem. O segundo
ponto é especialmente crítico, pois alguns bilhetes cuja comercialização é vantajosa para _a
empresa, ainda .que não cobrindo o custo por assento na aeronave, deixariam de ser
lucrativos caso os mesmos pudessem ser alterados em uma data muito próxima ao voo sem
incidência de ônus. O estudo considerou somente as tarifas mais restritas, que como visto
no item anterior, respondem pela grande maioria dos contratos de tr~sporte aéreo.
As alterações foram divididas em 3 categorias: reembolsos, remarcações e
créditos. A diferenciação é importante, pois no caso do reemeolso, o passageiro
efetivamente deixa de viajar pela empresa, enquanto nos outros casos viaja em data
diferente da originalmente marcada. Os dados fornecidos pelas empresas aéreas geraram as
seguintes representações gráficas:
,,
18
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ANAC AGÊNC I A NACIONA L
DE AVIAÇÃO C I V I L
· G~áfico 6: Distribuição percentual de alterações contratuais por iniciativa do passageiro na empresa A, ano de
2012
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Tarifas mais restritas
5,29'6
Gráfico 7: Distribuição percentual das alterações por iniciativa do passageiro na empresa A conforme a
' antecedência em relação ao voo, no ano de 2012
ano de 2012
• sem
Alt-'6-•
• Com
Altan "5e•
NoSh-
19
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AN,A C AGÊNC IA NACIONAL
DE AV I AÇÃO CIV IL
Gráfico 9: Distribuição percentual das alterações por iniciativa do passageiro na empresa B conforme a
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antecedência em relação ao voo, no ano de 2012
2596
2096
159'
1006
5'6 - - - - -~=~:::::,::,,,-- ----==--
°" Oa 3dlas 4a 7 dias Ba 15 dias 16 a 30 dias Mais de 30 dias
- Reembolso34'6 - Remarcadas 6396 Cridlto 49'
Gráfico I O: Distribuição percentual de alterações contratuais por iniciativa do passageiro na empresa C, ano
de 2012
• Sam
A1t. . ç11e.
• Com
A1t. .ç11e.
NoSh-
Gráfico 11: Distribuição percentual das alterações por iniciativa do passageiro na empresa C conforme a
antecedência ~m relação ao voo, no ano de 2012
20
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DE AVIAÇÃO CIV I L
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Gráfico 12: Distribuição percentual de alterações contratuais por iniciativa do passageiro na empresa D, ano
de 2012
as.n
Altwache
• Com
Alt-~
No Show
'-
Gráfico 13 : Distribuição percentual das alterações por iniciativa do passageiro na empresa D conforme a
antecedência em relação ào voo, no ano de 2012
25'6
~
20'6
15'6
1096 _::.::==- -
5" ..
°" 0a3dlas 4 a 7 dias 8 a 15 dias 16 a 30 dias Mais de 30 dias
21
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D E AVIAÇÃO C IVIL
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De forma adicional, é provável que a aplicação literal do Direito do
Arrependimento poderia levar a uma mudança comportamental do çonsumidor, que
poderia passar a cancelar contratos de transporte aéreo com grande frequência, o que .
' virtude das restrições tarifárias.
atualmente ocorre de forma moderada em
Finalmente, constatou-se que grande parte das solicitações de alteração
contratual ocorre em datas muito próximas dos voos. Um mecanismo que restringisse as
empresas aéreas quanto ao estabelecimento de regras tarifárias poderia resultar em um
cenário pior para o consumidor, não refletindo em melhorias para a sociedade como um
todo. -
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Art. 740. O passageiro tem direito a rescindir o contrato de transporte
antes de iniciada a viagem, sendo-lhe devida a restituição do valor da
passagem, desde que feita a comunicação ao transportador em tempo de
ser renegociada.
Tal regra, apesar de dotada de. escopo louvável, é de dificil aplicabilidade,
porque o legislador não estabeleceu qual é o tempo razoável a renegociação,
impossibilitando ao passageiro a prova de que deu ao transportador tempo suficiente para
que ele renegociasse a passagem. Contudo essa lacuna reforça os ditos nos parágrafos
anteriores, de que o Código Civil mais do que impor regras de conduta, ele sim dita
parâmetros na elaboração e regulação de normas, permitindo tanto uma evolução
hermenêutica quanto elabórativa.
Além de conceder ao passageiro o direito de rescindir o contrato de
transporte antes de iniciada a viagem, o código civilista admite também a hipótese de
desistência do contrato durante ou após sua execução, conforme §§ 1° e 2º do artigo 740, I
que assim profere:
§ 1º. Ao passageiro é facultado desistir do transporte, mesmo depois de
iniciada a viagem, sendo-lhe devida a restituição do valor correspondente
ao trecho não utilizado, desde que provado que outra pessoa haja sido
transportada em seu lugar.
§ 2° Não terá direito. ao reembolso do valor da passagem o usuário que
deixar çie embarcar, salvo se provado que outra pessoa foi transportada
em seu lugar, caso em que lhe será restituído o valor do bilhete não
utilizado.
Lido os parágrafos, facilmente se pode depreender que são eles também de
difícil concreção, pois primeiro, no caso de transporte terrestre, típico caso de concessão,
não há a prática do chamado overbooking (situação em que o transportador vende mais
passagens do que o suportado pelo meio de transporte, esperando justamente que alguns
dos passageiros não compareçam para o embarque, essa denominada no-show), assim o
assento que se tornou vazio pela desistência não manifestada acaba por continuar vazio. Já
no que diz respeito às empresas aéreas, mesmo com a prática do overbookihg, muitos
assentos acabam não preenchidos, e, dado o fato que não há um assento predeterminado no
momento de aquisição do bilhete de passagem aérea, fica praticamente impossível
. determinar qual passageiro teve seu lugar ocupado dentre os desistentes, a menos claro que
o voo saia com todos os lugares ocupados.
Ademais, vê-se que ao afrontar o Código Civil com já a Portaria 676/00,
acaba por ser o código civilista até menos protetivo, pois determina ele que a comunicação
de desistência seja feita dentro de um lapso temporal, conquanto a portaria não exige lapso
de tempo para esta comunicação.
Por fim, em todas ás hipóteses de rescisão praticada pelo passageiro, poderá
o transportador reter 5% do valor da passagem, a tít.ulo de multa compensatória, conforme
§3° do artigo 740, in verbis:
§ 3° Nas hipóteses previstas neste artigo, o transportador terá direito de
reter até cinco por cento da importância a ser restituída ao passageiro, a
título de multa compensátória.
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g-~Fls. n•._.,____
,Q)
~ ~ ~·
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AGÊNCIA NACIONAL
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2 :1: Rubrica -
p
GNoP
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Da legislação da ANAC que trata do direito dos usuários de transporte aéreo
de passageiros, a Portaria 676/GC-5, de 13 de novembro de 2000, era a que de forma mais
ampla e diversa tratava sobre o assunto.
Com o advento da Lei 11.182/05, além de criar a Agência Nacional de
Aviação Civi~, dispôs em seu artigo 47, inciso I, a substituição gradual· dos regulamentos,
normas e demais regras em vigor até aquele momento. Desta forma, dada a diversidade de
assuntos de que tratava a Portaria 676/GC-5, sua substituição demandou estudos mais
amplos e profundos, culminando com uma atualização segmentada, o que resultou nas
Resoluções nºs 138, 140, 141, todas de 09 de março de 2010, como também a Resolução nº
218, de 28 de fevereiro de 2012.
A Resolução nº 138 disciplinou as condições gerais de transporte atinentes à
comercialização e às características do bilhete de passagem, para garantir, entre outras
prerrogativas, a certeza do preço de compra do serviço ao u~uário, conforme anunciado.
Este não estaria mais sujeito à cobrança de adicionais não mencionados inicialmente no
processo de compra, tais como taxa extra de combustível.
Quanto à Resolução nº 140, esta passou a exigir uma maior transparência na
relação transportador aéreo e usuário, vez que regulamenta o registro e publicidade das
tarifas referentes ao servjço de transporte aéreo regular de passageiros.
Por sua vez, a Resolução nº 141 tratou dos atrasos e cancelamentos de voos,
à preterição de passageiros e assistência material. Tal dispositivo, ao estabelecer a
prestação de assistência material, harmonizou a relação entre transportador e passageiro, na
medida em que minimizou o impacto prejudicial das circunstâncias que provocam atrasos e
cancelamentos. Assim, a Resolução nº 141 /10 foi concebida de modo a dispor acerca das
principais necessidades do passageiro diante dessas circunstâncias, tais como: acesso à
informação, alternativas ao serviço originalmente contratado e assistência material devida
em cada momento.
D.e seu lado, na Resolução nº 218 se perquiriu a transparência quanto. aos
percentuais de atrasos e cancelamentos de voos, para caracterizar o serviço ofertado e dotar
de mais informações a relação de consumo. A despeito desta configuração, a norma
exposta não se destina a normalizar procedimentos de transporte ou defesa de interesses de
usuários, mas exclusivamente garantir o acesso à informação específica. Insta salientar que
há que se fazer uma ponderação profunda sobre os motivos que levaram essa norma a ser
inserida no processo de revisão e consolidação das condições gerais de transporte aéreo,
avaliando a pertinência de sua manutenção nesse contexto.
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DE AV I AÇÃO CIV I L
I
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nacional e internacional, tanto de passageiros quanto de carga. Mencionada resolução
prevê aplic ção subsidiaria ao transporte aéreo não regular de empresas autorizadas e não
autorizadas, sendo que em caso de transporte gratuito e tarifa reduzida, estes seguiriam as
normas do transportador.
Ademais, ficou consignado na norma argentina que as Condições Gerais não
se aplicarão nas disposições que forem contrárias - no que couber - à Convenção 15 , leis,
decretos, regulamentos governamentais, disposições ou exigências de cumprimento
mandatório.
Na norma argentina fica estabelecido, em seu artigo 3°, alínea "d", que o
contrato pode ser pessoal e intransferível ou ao portador, de acordo com os regulamentos
da transportadora. Ou seja, na norma erri análise se faculta tal condição, diferentemente da
norma bm ileira, já que o art. 11 da Resolução nº l 38/20 l O da ANAC determina que no
Brasil o bilhete de passagem é pessoal e intransferível.
15 CONVENÇÃO: significa qualquer dos seguintes instrumentos que sejam aplicáveis ao contrato de
transporte aéreo internacional :
- Convenção para a Unificação de Certas Regras Relativas ao Transporte Aéreo Internacional firmado em
VARSÓVIA (POLONIA) em 12 de outubro de 1929;
- Convenção de VARSÓVIA emendada em HA YA (HOLANDA) em 28 de setembro de 1955; .
- Convenção de VARSÓVIA emendada pelo Protocolo Adicional Nº 1 de MONTREAL (CANADÁ) de
1975;
- Convenção de VARSÓVIA emendada em HA YA em 1955 e pelo Protocolo Adicidnal Nº 2 de
MONTREAL de 1975;
- Convenção de VARSÓVIA emendada em HA YA em 1955 e pelo Protocolo Adicional Nº 3 de
MONTREAL de 1975.
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AGÊNC IA NAC IONAL "'A- _ _ __
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DE AVIAÇÃO CIV I L Rubrica
GNO?
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hora e trinta minutos, seja informado ao passageiro, no momento da compra do bilhete, se
haverá serviço de alimentação à bordo.
3.4.1.6. Bagagem
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AGÉNC I A NACIONA L
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até 20% da tarifa paga se o cancelamento for solicitado com antecedência menor do .que 24
horas antes da partida ·programada, mesmo que o bilhete tenha sido comprado em tal
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período.
O prazo para o reembolso é estipulado em 30 dias após a expiração da
validade do contrato, sendo que a empresa poderá negar o reembolso caso o passageiro não
o solicite dentro deste prazo.
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A N AC ,AGÊ_NC I A !:'JACIONA L
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específica regulamentação governamental ou do que for previsto nos regulamentos da
transportadora. ·
O artigo 19 trata das responsabilidades por danos, sendo que para o
transporte no terrftório nacional, no que se refere ao transporte de pessoas, a
responsl!bilidade do transportador em relação a cada passageiro se limita a 1000 àrgentinos
oro 16 • No que tange ao transporte de bagagens, a· responsabilidade do transportador se
limita a 2 argentinos oro por quilograma de peso bruto, salvo declaração especial do
passageiro no momento da entrega e mediante o pagamento de uma taxa relativa ao valor
declarado. Em tal caso o transportador se obriga a ressàrcir o valor declarado, a menos que
prove que o valor da mercadoria é menor.
Em relação aos objetos de guarda pessoal do passageiro, a responsabilidade
do transportador se limita a soma de 40 argentinos oro.
Todo o passageiro cuja bagagem causar danos às bagagens de outros
passageiros ou aos bens do transportador, terá responsabilidade de indenizar os prejuizos
causados.
Já no transporte internacional, exceto nos casos abrangidos pela Convenção
de Varsóvia ou suas emendas, o transportador será responsável pelos danos causados por
sua negligência.
Se a conduta do passageiro a bordo da aeronave colocar em perigo pessoas
ou bens, causar perturbação à tripulação no desempenho de suas obrigações ou for contra
as instruções da tripulação, o transportador pode tomar as medidas que considere
necessárias, incluindo medidas coercitivas contra o passageiro que comprometa a ordem na
aeronave, podendo o comandante exigir o seu desemparque na próxima escala, sem
queisso acarrete qualquer responsabilidade para o transportador.
O transporte exercido por várias transportadoras aéreas serão caracterizados
/
como único quando este for considerado pelas partes através de um único contrato ou de
uma série deles.
Em caso de demora não imputável ao transportador por razões técnicas ou
meteorológicas, este não terá responsabilidade alguma, exceto em caso de· comprovada
negligência, sendo que em tal caso a responsabilidade se limÍtará aos valores estabelecidos
na Convenção.
A responsabilidade do transportador não deve exceder o montante dos danos
comprovados. O transportador não é, portanto, responsável por danos indiretos ou
conseq ilentes.
Qualquer passageiro cujos pertences causarem prejuízo a outrem ou dano à
pessoa ou propriedade do transportador, deverá indenizar esta última por todas as perdas
ou despesas incorridas que a este se imputar.
16Argentino Oro: moeda utilizada para o cálculo dos limites de indenização no Código Aeronáutico argentino
(Lei n ° 17.285). Seu equivalente em curso legal e atual será detenninado de acordo com o·valor fixado pela
autoridade monetária Argentina.
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DE AV I AÇÃO C I VIL
Nos casos em que o passageiro cuja idade, condição fisica ou mental possa
trazer algum risco si, a transportadora não será responsável por qualquer doença, lesão ou
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deficiência, incluindo a morte, atribuível a esse estado, ou pelo agravamento da situação do
passageiro em função de suas condições pessoais. Em tais casos, a transportadora poderá
exigir a correspondente-autorização médica para que se realize a viagem.
Qualquer exclusão ou limitação de responsabilidade do transportador é
aplicável e deve se estender a seus agentes, empregados e representantes.
EÍn caso de danos à bagagem em transporte nacional, o destinatário deve
requerer indenização à transportadora dentro de 3 (três) dias a contar da data de entrega
No transporte internacional, o destinatário deve enviar o seu pedido de ressarcimento para
a transportadora dentro do prazo de 7 (sete) dias a contar da data de entrega. Em caso de
perda, destruição ou atraso, a reclamação deve ser feita no prazo de 10 (dez) ou 21 (vinte e
um) dias após a data programada para a entrega da bagagem, respectivamente para o
transporte nacional e internacional. ·
A não reclamação nos prazos previstos torna inadmissível qualquer ação
contra o transportador, salvo em caso de fraude.
A norma Argentina define que qualquer direito a indenização se extinguirá
se não iniciada a ação, no prazo de 1 (um) ano pata o transporte nacional ou dois (2) anos
para o transporte internacional, considerados a partir da data de chegada ao destino, da data
em que a aeronave deveria ter chegado, ou a partir da data da interrupção do serviço de
transporte.
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D E AVIAÇÃO CIVI L
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Relevante notar também que a norma árgentina não obriga que o bilhete de .
passagem seja pessoal e intransferível, como ocorre no Brasil, mas permite que o contrato
possa ser pessoal e intransferível ou ao portador, de acordo com os regulamentos da
transportadora. Tal norma reforça o entendimento de que a possibilidade de tranferência de
um bilhete é algo mais ligado à estratégia comercial da empresa aérea do que a questões
afetas à segurança (security).
Por fim, observa-se que na norma analisada há a previsão de limites
máximos para cobrança de taxas (multas) de reembolso, já que em seu art. 13, "c",
explicita que a empresa aérea pode cobrar, em tais circunstâncias, taxas de até 10% da
tarifa paga se o cancelamento for feito com antecedência de mais de 24 horas antes da
partida do voo; ou a'té 20% da tarifa paga se o cancelamento for solicitado com
antecedência menor do que 24 horas antes da partida programada, mesmo que o bilhete
tenh~ sido comprado em tal período. O prazo para o reembolso é estipulado em 30 dias
após a expiração da validade do contrato, sendo que a ·empresa pode se eximir de tal
obrigação s~ o passageiro não a solicitar dentro deste período.
3.4.2.2. Reembolso
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semelhante à Portaria nº 676/2000 (editada pelo DAC), que assegura ampla liberdade para
as regras de reembolso das tarifas promocionais e limita em 10% a multa para as tarifas
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cheias.
O passageiro poderá exigir reembolso nas seguintes situações:
a) Desistência da viagem, recebendo o passageiro o valor pago
pela 'passagem com os descontos devidos pela empresa aérea, sempre
que a empresa aérea não der causa à desistência;
b) Perda do bilhete de passagem, recebendo o passageiro o
valor pago pela pâssagem, devendo apresentar a respectiva denúncia,
caso não queira receber um novo bilhete;
c) Por alguma violação por parte do passageiro, caso este não
cumpra alguma obrigação, tenha alguma conduta indevida ou atos de
perturbação, verificando o transportador a necessidade de não
transportá-lo ou interromper o voo. Neste caso, poderá a empresa aérea
reter os valores respectivos (10% da tarifa), além dos gastos com os
atrasos relativos a estas condutas.
Os reembolsos de pagamentos feitos em dinheiro deverão ser realizados em
até 06 horas após a solicitação, e os realizados por meio de cartão de crédito deverão ser
feitos em até 05 dias após a solicitação.
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DE AVIAÇÃO CIVIL
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Um ponto interessante diz que as mulheres grávidas com mais de 30 (trinta)
semanas de gestação não deverão viajar, exceto se a viagem for estritamente necessária,
devendo portar atestado médico que descreva as suas condições de saúde.
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DE AVIA.CÃO C IVIL
deverá arcar com os gastos necessários e alocar o passageiro o mais breve possível em voo
de outra empresa aérea, para o mesmo destino.
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3.4.2.10. Antecipação do voo
17Los Juzgados de Policia Local son Tribunales que pertenecen a(· Poder Judicial, están directamente sujetos
bajo la supervigilancia directiva, correccional y económica .de las Cortes de Apelaciones correspondientes a
su jurisdicción. A pesar de el\o EI funcionamiento de estos juzgados esta a cargo de las municipalidades de
cada comuna em la que se haya establecido um Juzgado de Policia Local, lãs cuales deberán proporcionar
todos los útiles, elementos de trabajo y medios de movilización para que Sean llevadas a cabo todas lãs
diligencias y actuacionesjudíciales que te sean requeridas. PREGUNTAS FRECUENTES DE JUZGADO
DE POLICIA LOCAL. Disponível em:
http://www.lascabrasmu nicipa lidad.cl/administrac ion/archivoTransparencia/ l 504 111302880032 Manual%2
0de%20Procedimientos%20JPL.pdf · /
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Ç)E AVIAÇÃO CIV I L:
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(multa) de alteração. Existe também a possibilidade de o passageiro adquirir tarifas não
reembolsáveis, todavia o passageiro tem o direito de receber a infonnação de forma clara e
oportuna acerca das características relevantes do serviço prestado. As alterações por
qualquer motivo devem ser solicitadas à empresa aérea que poderá cobrar algum encargo
para alteração. ·
3.4.3.2. Docume_ntação
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fls. 83
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DE AVIAÇÃO CIVIL
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A preterição de embarque por motivo de venda de passagens acima da
capacidade da aeronave é admissível no Chile. Porém, caso isso ocorra, a empresa aérea
deverá procurar por voluntários que estejam dispostos a não embarcar mediante
compensações oferecidas pela empresa. Caso não haja passageiros interessados em desistir
mediante compensação a empresa deve oferecer ao passageiro:
a) Oferecer facilidades de COfll:Unicação,
b) Oferecer alimentação e bebidas enquanto o passageiro aguarda pelo
novo embarque,
c) Acomodação quando o tempo para embarque em novo voo requeira,
d) Transporte desde e para o aeroporto,
e) A assistência adequada quando o passageiro estiver em voo com
conexão.
Caso uma viagem já iniciada venha a ser interrompida a empresa aérea
deverá proporcionar hospedagem aos passageiros além das seguintes opções:
a) Reembolso proporcionaJ ao trecho realizado,
b) Continuação da viagem com a previsão para conclusão,
c) Endosso para outra empresa aérea nas mesmas condições,
d) Retorno ao ponto de partida com reembolso do valor pago.
A empresa aérea pode ainda negar o embarque do passageiro no voo de
volta que não tenha embarcado no voo de ida, todavia para que tal negativa seja feita a
empresa deve informar tal regra antes da celebração do contrato.
3.4.3.5. Bagagem
Cada empresa pode ter sua própria política para transporte 'de bagagens. O
passageiro tem direito a levar bagagem de mão e bagagem despachada. A bagagem de mão
fica por responsabilidade do passageiro.
,_
Extravies ou danos na bagagem devem ser comunicados dentro de 7 dias da
qata do desembarque à empresa aérea.
· É facultado ao passageiro, fazer uma declaração especial de valor, sendo
que nesse caso a empresa poderá cobrar um valor adicional ou até mesmo decidir não
transportar.
As indenizações ao passageiro observam a Convenção de Montreal no caso
de transporte internacional e para voos domésticos o máximo de 40 UF, sem prejuízo do
passageiro buscar reparáção na justiça comum. ·
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DE AVIAÇÃO CIV IL
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efeito, o passageiro deve procurar · o Serviço Nacional do Consumidor que procurará
mediar o conflito entre passageiro e empresa aérea, em alguns casos o Serviço Nacional do
Consumidor recorre a JAC (órgão regulador da avíação civil no Chile) para solicitar
assessona.
A União Europeia tem logrado êxito na defesa e proteção dos direitos dos-
passageiros desde a edição do Regulamento (CE) n.º 261/2004 relativo aos direitos dos
passageiros de transportes aéreos da EU, em :vigor desde fevereiro de 2005. Esta norma
estabeleceu níveis mínimos para a indenização e assistência material aos p~ssageiros em
caso de recusa de embarque e de cancelamento ou atraso considerável dos voos.
Essas regras promoveram uma mudança significativa no comportamento do
setor dos transportes aéreos, em especial no que se refere à redução da prática de recusa de
embarque e aos cancelamentos de voos comerciais, além de garantir um tratamento mais
equitativo aos passageiros.
A Resólução ANAC nº 141/2010 é assemelhada ao Regulamento europeu
com algumas exceções, como a regulamentação de indenizações para os casos de
cancelamento e recusa de embarque (tratado no Brasil como preterição de embarque), além
.
de estabelecer urna regra clara de aplicação extraterritorial da norma .
Em suma, as regras vigentes na União Europeia são as seguintes:
/
Âmbito de aplicação
As regras para os casos de atraso, cancelamento ou overbooking
alcançam o passageiro que viaja a partir de qualquer aeroporto da l!ÍE ou
com destino a um aeroporto da UE com uma companhia aérea de um país
da JJE ou da Islândia, da Noruega ou da Suíça.
Reembolso e transporte alternativo
Se o seu voo tiver sido cancelado ou lhe for recusado o embarque,
nomeadamente por motivos de overbooking, tem direito:
• a transporte para o seu destino final utilizando meios alternativos
comparáveis, ou
• . ao reembolso do seu bilhete e, quando aplicável, a t~ansporte
gratuito para o seu ponto de partida inicial
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AGÊNCIA NACIONA L
DE AV I AÇÃO C I VI L
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companhia aérea deixa de ser responsável pelo seu transporte nem tem
que lhe disponibilizar mais assistência.
A companhia aérea deve infqrmá-lo sobre os seus direitos e o motivo
subjacente à recusa de embarque, bem como sobre quaisquer
cancelamentos ou atrasos longos (superiores a 2 horas ou a 4 horas no
. caso de voos com mais de 3500 km).
Alimentação e alojamento
Consoante o atraso do voo, os passageiros têm também direito a bebidas,
refeições e serviços de comunicação (chamadas telefónicas gratuitas, por
exemplo), bem como, se necessário, a alojamento.
Indenização
Além disso, -em caso de recusa de embarque, cancelamento ou de chegada
ao destino final especificado no seu bilhete com mais de 3 horas de
atraso, os passageiros po~em receber uma indenização, que varia entre
250 e 600 euros consoante a distância do voo.
Entre aeroportos no interior da UE
• até 1500 km: 250 euros
• mais de 1500 km: 400 euros
Entre um aerop<>rto no interior da UE e um aeroporto no exterior da
UE
• até 1500 km: 250 euros
• entre 1500 e 3500 km: 400 euros
• mais de 3500 km: 600 euros
Se a companhia aérea lhe propuser um voo alternativo equivalente, a
indenização pode ser reduzida em 50 %.
Em caso de cancelamento do voo, não tem direito a qualquer indenização
se:
• o cancelamento se dever a circunstâncias extraordinárias, por
exemplo ao mau tempo, ou
• tiver sido informado do mesmo, pelo menos, 2 semanas antes da
data prevista do voo, ou
• lhe for proposto um voo alternativo coru o mesmo trajeto num ' '-
horário semelhante ao do voo inicial
Em caso de cancelamento devido a circunstâncias extraordinárias, poderá
1 não ter direito a indenização, mas, mesmo assim, a transportadora aérea
poderá oferecer-se para:
• lhe reembolsar o bilhete (na totalidade ou só a parte correspondente
ao trajeto não efetuado)
• assegurar o transporte alternativo para o seu destino final o mais
brevemente possível ·
• fazer uma npva marcação numa data da sua escolha (em função
dos lugares disponíveis)
Mesmo em caso de circunstâncias excepcionais, sempre que necessário, a
companhia aérea tem a obrigação de prestar. assistência aos passageiros
enquanto esperam por um transporte alternativo..
A aplicação das regras relativas aos direitos dos passageiros da UE tem
melhorado continuamente desde a sua entrada em vigor há oito anos. Porém, os Estados
Membros perceberam que existem lacunas que se impõe a revisão da própria legislação, de
modo a garantir a aplicação adequada dos direitos dos passageiros.
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DE AVIAÇÃO CIV IL
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cinzentos do Regulamento nº 261/2004 e incluir .novas nonnas, tais como: limitação do
dever de assistência material em casos de força m·aior, providências cabíveis em atrasos
ocorridos com os passageiros já embarcados, reescalonamento da assistência material,
correção de erros _no bilhete de passagem, direitos nos casos de reprogramação de voos
entre outros.
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DE AVIAÇÃO C I V I L
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Em confonnidade com as regras vigentes, as transportadoras· aéreas devem
oferecer bebidas, refeições e alojamento por um lapso de tempo indetenninado, o que pode
ameaçar a sua sobrevivência financeira (por exemplo, crise das cinzas vulcânicas). Não
existem limites para a assistência, mesmo em caso de perturbação grave fora do controle
da transportadora. De acordo com a proposta, a oferta de alojamento ficará limitada a três
'noites em circunstâncias excepcionais. Esta Hmitação não se aplica a passageiros com
mobilidade reduzida, acompanhantes destes, crianças não acompanhadas, grávidas e
pessoas que necessitam de cuidados médicos específicos.
~
3.4.4.8. Conclusão
19 Capítulo· 14 do Código de Regulações Federais dos Estados Unidos, Partes 244,250, 253, 259 e 399.
.,
39
~
§ Fls. n°.90 V'i-~
:f ()
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3.4.5.1. Conclusão
io Tradução livre
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DE AV I AÇÃO C IVIL
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2.5 .1.5 WP/13, apresentado pelo observador da lntemational · Air
Transport Association (IATA), fizeram sugestões para consideração pelo
painel no desenvolvimento dos princípios fundamentais, com base no
trabalho da indústria e várias propostas feitas pela ICAO Estados-
Membros durante o 38ª Sessão da Assembleia da ICAO.
2.5.2 DISCUSSÃO
2.5.2.1 No que diz respeito ao mandato e os Tennos de Referência do
painel, há um amplo apoio para os projectos de princípios fundamentais
apresentadÓs pela Secretaria em WP/8.
2.5 .2.2 Diversas contribuições foram feitas por membros do painel e
observadores para o desenvolvimento dos princípios fundamentais.
Houve um forte apoio para a ideia de que a educação do· consumidor é
benéfica, em particular, para ajudar os consumidores a fazerem escolhas
infonnadas entre uma grande variedade de produtos. De infonnação de
passageiros foi considerado importante, particularmente em casos de
intenupções de serviço, como era de informações precisas de preço. O
painel apoiou a visão de que o planejamento avançado de mecanismos
das partes interessadas, para uso em situações de perturbações maciças,
seria benéfico; foi reconhecida a dificuldade que seria o desenvolvimento
de uma definição global para interrupções maciças. Houve um apoio para
a aplicação do princípio da proporcionalidade no que diz respeito aos
direitos dos passageiros.
2.5.2.3 O painel apoiou o princípio de facilitar o acesso aos serviços ,de
transporte aéreo de passageiros com deficiência observando a
necessidade de garantir que eles recebam assistência adequada, tendo em
mente o valor da pré-notificação. A importância da existência de
mecanismos eficientes para resposta a reclamações foi destacada por
vários membros. O painel apoiou a inclusão dos princípios fu_ndamentais
em matéria de proteção do consumidor no material de orientação da
OACI sobre a regulamentação do transporte aéreo internacional. Vários
membros enfatizaram a necessidade de flexibilidade · para os Estados-
Membros na aplicação de medidas de proteção do consumidor.
2.5.2.4 Por sugestão do presidente, um pequeno grupo representativo
dentre os participantes foi convidado a desenvolver uma versão
melhorada dos princípios, com base na proposta da Secretaria, levando
em conta as sugestões apresentadas. Como resultado, uma versão
revisada dos princípios foi produzida e aceita pelo painel como os
princípios fundamentais a serem recomendados.
2.5.3 RECOMENDAÇÕES
2.5.3.1 Com base na discussão,. o painel adotou a seguinte recomendação:
RECOMENDAÇÃO ATRP/12-2
O Painel recomenda que:
O texto abaixo será apresentado à consideração dos órgãos sociais da
ICAO e os Estados-Membros como a orientação política da ICAO sobre
os princípios fundamentais em matéria de proteção do consumidor.
OACl - PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE PROTEÇÃO DOS
CONSUMIDORES
1. Preâmbulo
1.1 Reconhecendo que os passage iros podem se beneficiar de um setor de
transporte aéreo · corppetitivo, que ofere.ce mais opções de tarifa e que
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regimes de proteção do consumidor.
1.2 As autoridades governamentais devem ter flexibilidade para
desenvolver regimes de proteção ao consumidor e encontrar o equilíbrio
ad~quado entre a proteção dos consumidores e a competitividade da
indústria, levando em conta diferentes características sociais, políticas e
econômicas dos Estados-Membros, sem prejuízo da segurança da
aviação. Legi.slações nacionais e ·regionais de defesa do consumidor
devem: i) refletir o princípio da proporcionalidade; ii) permitir a
consideração do impacto de perturbações maciças; iii) ser coerente com
os tratados internacionais sobre a responsabilidade das transportadoras
aéreas estabelecidas pela Convenção para a Unificação de Certas Regras
relativas ao Transporte aéreo Internacional (Varsóvia, .l 929) e os seus
· instrumentos de alteração, e da Convenção para a Unificação de Certas
Regras Relativas ao Transporte Aéreo Internacional (Montréal, 1999).
2. Antes da viagem
2.1 Reconhecendo a variedade de produtos de transporte aéreo no
mercado, os passageiros devem ter acesso à informação sobre seus
direitos e uma orientação clara sobre o que as proteções legais são
aplicáveis em sua situação específica, incluindo a assistência material,
por exemplo, em caso de interrupção do serviço. Para ajudar os
passageiros a fazerem escolhas entre passagens com diferentes preços e
serviços, deve-se envidar esforços para a educação do consumidor, de
modo a aumentar sua conscientização acerca dos produtos disponíveis no
mercado, podendo surgir disputas políticas envolvendo as companhias
aéreas que oferecem diferentes direitos contratuais aos passageiros, e os
caminhos disponíveis para recorrer. Esforços também devem ser feitos
para aumentar a consciência dos passageiros sobre seus direitos como
consumidor.
2 .2 Os passageiros devem ter acesso claro e transparente a todas as
informações pertinentes sobre as características do produto de transporte
aéreo que está sendo adquirido, inclusive:
a) preço total, incluindo a tarifa aérea aplicável, impostos, taxas, sobre
taxas e taxas, antes da compra de um bilhete;
b) as condições gerais aplicáveis à tarifa; e
c) a identificação da companhia aérea que efetuará o voo, tão, logo essa
informação esteja disponível, além de todas as alterações ocorridas no
, contrato de transporte com a possível brevidade. ·
,, 3. Durante a viagem
3.1 Os passageiros devem ser periodicamente informados durante toda a
viagem sobre quaisquer circunstâncias extraordinárias que afetam o seu
voo, em especial em caso de uma interrupção do serviço.
3.2 Os passageiros devem receber a devida atenção, em caso de uma
interrupção do serviço, se esta resultar em não embarque do passageiro
no voo ou em atraso significativo em relação ao horário previsto:- Isto
poderia incluir reacomodação em outro voo, reembolso, assistência e/ou
compensação, nos casos previstos pelos _regulamentos aplicáveis, caso
existentes.
3.3 Considerando que os passageiros podem se encontrarem uma situação
vulnerável em circunstâncias que geram interrupções maciças, os
mecanismos devem ser planejados com antecedência pelas companhias
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maciças são situações resultantes de circunstâncias fora do controle do
operador que são de uma magnitude tal que podem resultar em múltiplos
cancelamentos e/ou atrasos de voos, acarretando em um número
considerável de passageiros retidos no aerqporto. Tais circunstâncias
podem incluir, por exemplo, eventos como fenômenos meteorológicos ou
naturais de grande escala, furacões, erupções vulcânicas, terremotos,
inundações, instabilidade política ou eventos similares, resultando em um
grande número de passageiros retidos longe de sua casa.
3.4 As pessoas com deficiência devem, sem prejuízo da segurança da
aviação, ter acesso ao transporte aéreo de uma forma não discriminatória
e com a assistência adequada. Para este fim, eles devem ser encorajados a
fornecer informações prévias sobre suas necessidades especiais.
4. Depois da viagem
4.1 Os passageiros devem ter acesso a procedimentos eficientes de
tratamento de reclamações que devem ser claramente comunicados a eles.
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AGÊNC I A NACIONA L
DE AV I AÇÃO CIV I L
Desta feita, reforça o dever de informação, que deverá ser clara, objetiva e,
principalmente em relação às clausulas limitativas de direito, ostensiva.
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3.5.2. O direito de desistência
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AGÊNCIA NACIONAL
DE AV IAÇÃO C IVIL
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sopesamento da problemática em tela, é imprescindível a elaboração de dispositivos que
reforcem o dever das empresas aéreas em retificar o eventual erro material contido no
bilhete de transporte aéreo, sem que isso acarrete na necessidade de cancelamento do
· bilhete, bem como criar mecanismos que facilitem a identificação e não configuração de
transferência de titularidade, tais como tornar obrigatório número de documento de
identificação, nome da mãe, data de nascimento, entre outros.
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AGÊNCIA NACIONA L
DE AVIAÇÃO C IVIL
Rubrica
GNOP
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para viabilizar a maior taxa de ocupação possível - visto o grande potencial deste assento
também- ficar vazio - e até evitar-se o overbooking, as empresas aéreas acabam executando
o cancelamento automático do trecho subsequente. Outra informação, é que em alguns
casos há o incentivo à compra conjugada, através .de oferta de descontos.
Porém, tal restrição pode não ser intuitiva para alguns passageiros, o que
aduz a necessidade de maior atenção por parte dos passageiros no momento da aquisição
do bilhete, visto que as regras da fruição do serviço segundo a base tarifária devem estar de
forma expressa no contrato do serviço de transporte aéreo de passageiro.
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AGÊNCIA NACIONA L
DE AVIAÇÃO C I V IL
Ainda que se entenda que o transporte aéreo é uma atividade econômica que
envolve um risco e que este deve estar previsto nos custos da empresa aérea, existem
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situações de tamanha gravidade que extrapolam o limiar do risco da atividade econômica e
acabam por inviabilizàr a própria execução do transporte com segurança, sendo tais
eventos oponíveis a todos os transportadores aéreos indistintamente. A própria OACI
reconheceu a existência de tais circunstâncias na 6ª Conferência do Painel de Regulação do
Transporte Aéreo, classificando-as como interrupções maciças, como fenômenos
meteorológicos ou naturais de grande escala, furacões, erupções vulcânicas, terremotos,
inundações, insLabilidade política ou eventos similares.
Por essa razão, a revisão das condições gerais de transporte desenvolverá
um mecanismo que permita que a responsabilidade pelo fornecimento da assistência
materi~ possa ser mitigada em determinadas situações de severa gravidade que englobem
as seguintes características:
l) não imputável ao transportador aéreo;
2) oponível a todos os transportadores que operam determinada rot_a; e
3) perdurar por um período razoável de tempo.
Nesses casos haveria um compartilhamento de riscos entre passageiros e
empresas aéreas após determinado período, de modo que situações de gravidade el_evada -
que são residuais no transporte aéreo - não gerem um ônus excessivo ao transportador
aéreo, visto que não é razoável em nosso ordenamento jurídico que apenas uma das partes
contratantes assuma o risco integral da atividade econômica.
Além das situações que impactam diretamente- o transportador aéreo,
também é relevante verificar que existem situações que não são gerenciáveis pelo
passageiro e· que impedem o seu comparecimento para embarque, tais como motivos de
enfermidade. Rememorando o regime de liberdade tarifária, percebe-se que boa parte das
empresas aéreas no Brasil e na maior parte do mundo passou a oferecer classes de tarifas
que permitem maior flexibilidade para alterações contratuais por iniciativa do passageiro.
De forma análoga ao que ocorre no mercado de seguros privados, as
empresas aéreas oferecem tarifas que propiciam maior "cobertura" ao passageiro que
eventualmente tenha de alterar a data e horário de seu voo. Todavia, as empresas aéreas
não são obrigadas a trabalhar com esse tipo de segmentação tarifária, fazendo com que
passageiros que queiram adquirir uma tarifa com maior flexibilidade não possam fazê-lo.
4. Conclusão
Tendo em vista:
- o mandamento do art. 47, I, da Lei nº 11.182/05, para gradual substituição
dos regulamentos, normas e demais regras editadas pelo extinto DAC;
- o disposto na Portaria nº 2852, de 30 de outubro de 2013, que institui a
Agenda Regulatória desta Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC para o ano de
2014;
- as reuniões realizadas em 27 de agosto de 2013. 5 de fevereiro de 2014,
12 de fevereiro de 2014 e 25 de fevereiro de 2014 (anexos I, II, 111, IV e V);
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- a análise do direito comparado;
- as lacunas identificadas na legislação, bem como as necessidades de ajuste
identificadas.
Vislumbramos oportuna a realização da revisão e consolidação das
condições gerais de transporte aéreo, eivado das devidas precauções que devem ser
tomadas para a elaboração normativa. Para tanto, sugere-se, considerada a expertise
exposta sobre a matéria, a realização de reunião participativa, no intuito de aproximar e
conhecer as expectativas dos regulados e demais envolvidos com os direitos dos usuários
do transporte aéreo de passageiros quanto a atualização e consolidação das normas da
ANAC.
Acompanhamento de Mercado.
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SEI/ANAC - 2463305 - Parecer
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PARECER Nº 7/2018/GCON/SAS
PROCESSO Nº 00766.000561/2018-94
INTERESSADO: MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL - MPF, AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL - ANAC
ASSUNTO: Ação Civil Pública n.º 0010700-19.2014.4.01.3900 (5.ª Vara Federal da Seção Judiciária do Pará)
Tratam-se de subsídios para a defesa da ANAC, ré nos autos da ação civil pública em epígrafe, ajuizada
pelo MPF/PA, na qual pleiteia a condenação da agência a, no prazo de 90 dias, promulgar norma
administrativa disciplinando procedimentos e medidas a serem tomadas pelas companhias áreas em
situações de excepcional aumento de demanda de passageiros, bem como que realize a fiscalização do
seu cumprimento de modo que possa garantir a prestação de um serviço adequado aos usuários.
I. RELATÓRIO
1. Os presentes autos foram encaminhados à SAS por meio do Memorando nº 786/2018/PROT/PFEANAC/PGF/AGU (2448401), no qual solicitou à Superintendência expediente em que se abordem certos
pontos e quesitos para a defesa da ANAC.
2. Recebido o processo, a Superintendência o redistribuiu à GCON e GOPE a fim de obter subsídios técnicos para a resposta ao órgão judicial da Agência, em que, dos questionamentos levantados pela D.
Procuradoria à SAS, coube à GCON subsidiar tecnicamente resposta ao item "a", a seguir:
a) informações sobre o impacto da alteração normativa, com a resolução 400/2017, na pretensão do MPF.
III. ANÁLISE
DA COMPETÊNCIA DA AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL
5. Primeiramente, deve-se atentar para a competência legalmente atribuída à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para tratar de temas que versam sobre normas regulatórias para o setor de
transporte aéreo. Assim, é exatamente em virtude da complexidade que as matérias correlatas ao modal aéreo demandam que o legislador entendeu ser pertinente atribuir à uma Agência Reguladora especializada os
assuntos que requeiram uma atuação que seja caracterizada por autonomia política, administrativa, financeira e, sobretudo, normativa.
6. Nessa direção, insta salientar a competência atribuída à ANAC, prevista no artigo 2.° da sua Lei de criação, a Lei n.° 11.182/2005, segundo o qual “compete à União, por intermédio da ANAC e nos
termos das políticas estabelecidas pelos Poderes Executivo e Legislativo, regular e fiscalizar as atividades de aviação civil e de infraestrutura aeronáutica e aeroportuária”. Assim, resta inexorável que a autonomia e
independência concedidas às agências reguladoras são fundamentais para que a mesma possa exercer adequadamente suas funções, uma vez que o maior bem jurídico tutelado é o interesse da coletividade.
7. Cabe asseverar a relevância das prerrogativas que são atribuídas à ANAC como autoridade de aviação civil e a proteção legal que se lhe garante por essa primordial razão. Destaque-se nesse sentido o
que dispõe o artigo 5º da sua Lei de criação:
Art. 5º A ANAC atuará como autoridade de aviação civil, assegurando-se-lhe, nos termos desta Lei, as prerrogativas necessárias ao exercício adequado de sua competência.
8. Ademais, nos termos da referida Lei Federal, a ANAC pauta-se em atender ao interesse público por meio de sua atuação coletiva e sistêmica no sentido de atuar na regulação e fiscalização das atividades
de aviação civil e de infraestrutura aeronáutica e aeroportuária. A Lei de criação da Agência destaca, em seu artigo 8°, um dispositivo de fundamental importância, aduzindo que “cabe à ANAC adotar as medidas
necessárias para o atendimento do interesse público e para o desenvolvimento e fomento da aviação civil, da infraestrutura aeronáutica e aeroportuária do País, atuando com independência, legalidade,
impessoalidade e publicidade”.
9. Como se pode verificar, nos termos da sua Lei instituidora, compete à ANAC regular e fiscalizar as atividades de aviação civil e de infraestrutura aeronáutica e aeroportuária. Dessa forma, segundo os
51 princípios norteadores da Administração Pública, notadamente quanto à legalidade, à razoabilidade e à proporcionalidade de seus atos, o limite do poder regulamentar conferido a Autarquia se dá dentro da legislação
DA ASSISTÊNCIA MATERIAL E DA REACOMODAÇÃO DE PASSAGEIRO NA RESOLUÇÃO ANAC Nº 400/2016 QUE REVOGOU A RESOLUÇÃO ANAC Nº 141/2010
14. A Resolução ANAC nº 141/2010, ora revogada, tratava dos casos de atrasos, cancelamentos e interrupção de voos, preterição de passageiros e assistência material. Tal regulamento, ao estabelecer a
prestação de assistência material, harmonizou a relação entre transportador e consumidor, na medida em que minimizou o impacto prejudicial das circunstâncias que provocam falhas na execução do serviço. Assim, a
Resolução ANAC nº 141/2010 foi concebida de modo a dispor acerca das principais necessidades dos passageiros diante dessas circunstâncias, tais como acesso à informação, alternativas ao serviço originalmente
contratado e assistência material devida conforme cada caso e de acordo com o tempo de espera no aeroporto.
15. Neste sentido, vale registrar o conteúdo do artigo 14, inciso III, da Resolução:
Art. 14. Nos casos de atraso, cancelamento ou interrupção de voo, bem como de preterição de passageiro, o transportador deverá assegurar ao passageiro que comparecer para embarque o direito a receber assistência material.
§ 1º A assistência material consiste em satisfazer as necessidades imediatas do passageiro, gratuitamente e de modo compatível com a estimativa do tempo de espera, contados a partir do horário de partida originalmente previsto, nos
seguintes termos:
I - superior a 1 (uma) hora: facilidades de comunicação, tais como ligação telefônica, acesso a internet ou outros;
II - superior a 2 (duas) horas: alimentação adequada;
III - superior a 4 (quatro) horas: acomodação em local adequado, traslado e, quando necessário, serviço de hospedagem.
§ 2º O transportador poderá deixar de oferecer serviço de hospedagem para o passageiro que residir na localidade do aeroporto de origem.
16. Na mesma linha, a Resolução ANAC nº 400/2016 estabelece, em seu artigo 27, a prestação de assistência material. Segue teor do dispositivo:
Art. 27. A assistência material consiste em satisfazer as necessidades do passageiro e deverá ser oferecida gratuitamente pelo transportador, conforme o tempo de espera, ainda que os passageiros estejam a bordo da aeronave com portas
abertas, nos seguintes termos:
I - superior a 1 (uma) hora: facilidades de comunicação;
II - superior a 2 (duas) horas: alimentação, de acordo com o horário, por meio de fornecimento de refeição ou de voucher individual; e
III - superior a 4 (quatro) horas: serviço de hospedagem, em caso de pernoite, e traslado de ida e volta.
§ 1º O transportador poderá deixar de oferecer serviço de hospedagem para o passageiro que residir na localidade do aeroporto de origem, garantido o traslado de ida e volta.
17. Observe-se que no processo de revisão e consolidação das normas relativas às Condições Gerais de Transporte, foram feitas pequenas modificações em relação à Resolução ANAC nº 141/2010, de modo
a substituir termos imprecisos, tais como “alimentação adequada” e “quando necessário”. Desta forma, em relação a primeira a expressão, foi ela substituída por alimentação, de acordo com o horário, por meio do
fornecimento de refeição ou de voucher individual, isso para dar mais clareza ao comando e permitir que os passageiros sejam melhor assistidos, evitando, por exemplo, a oferta de pequeno lanche, quando o horário
requer almoço ou lanche. Em relação a segunda, ao referir-se ao serviço de hospedagem, a expressão "quando necessário" substituída por serviço de hospedagem em caso de pernoite, de modo a não deixar dúvidas e
quando será necessária a hospedagem. A Resolução nº 141/2010 não ditava quais seriam estas situações que exigiriam a prestação desta assistência. Assim, o processo de revisão e consolidação das Condições Gerais
de Transporte não se limitou a replicar ipsis litteris a redação da norma anterior, mas sim afastar eventuais equívocos na concretização do termo, de maneira a prescrever de modo mais preciso sobre a necessidade das
assistências de alimentação e hospedagem.
52 18. Um avanço que deve ser destacado em relação aos direitos dos passageiros foi a previsão de hospedagem, para o Passageiro com Necessidade de Assistência Especial (PNAE), em qualquer caso,
CONCLUSÃO
30. Estes são os subsídios que esta Gerência oferece à Procuradoria Federal Especializada junto à ANAC para atuação na ação civil pública em questão.
É o Parecer. Submeto à apreciação do Gerente de Regulação das Relações de Consumo.
Tony Roberto de Carvalho
53 Técnico em Regulação
Documento assinado eletronicamente por Tony Roberto de Carvalho, Técnico(a) em Regulação de Aviação Civil, em 30/11/2018, às 15:55, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do
Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.
Documento assinado eletronicamente por Cristian Vieira dos Reis, Gerente, em 30/11/2018, às 15:58, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de
2015.
A autenticidade deste documento pode ser conferida no site http://sistemas.anac.gov.br/sei/autenticidade, informando o código verificador 2463305 e o código CRC 19ED2464.
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SEI/ANAC - 2198748 - Nota Técnica
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NOTA TÉCNICA Nº 31/2018/GCON/SAS
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1. ASSUNTO
1.1. A presente Nota Técnica tem por escopo, fundamentalmente, apresentar os elementos técnicos-
jurídicos para subsidiar defesa da ANAC por meio da Procuradoria Federal Especializada junto à Agência, nos
autos da Ação Civil Pública em trâmite na Justiça Federal - Seção Judiciária da Paraíba. Ademais, pretende-se
apresentar os esclarecimentos necessários à apresentação de prévia manifestação em face da referida ação judicial
movida contra a ANAC.
2. REFERÊNCIAS
2.1. 1. Memorando n.º 00618/2018/PROT/PFE.ANAC/PGF/AGU (2197265);
2.2. 2. Ação Civil Pública n.º 0807610-18.2018.4.05.8200 (2196287).
3. SUMÁRIO EXECUTIVO
3.1. Trata-se da Ação Civil Pública referenciada, ajuizada pelo Ministério Público Federal da Paraíba
em face da ANAC, objetivando, liminarmente, a suspensão da eficácia do inteiro teor do artigo 27, inciso III, da
Resolução ANAC n.º 400/2016; e, no mérito, a declaração da nulidade da expressão "em caso de pernoite",
contida no referido inciso, determinando à ANAC a correção de sua redação.
4. JUSTIFICATIVA
4.1. Esta Nota Técnica justifica-se em razão da competência da Gerência de Regulação das Relações de
Consumo (GCON) para promover a proteção e defesa coletiva dos direitos dos usuários dos serviços de transporte
aéreo público, observadas as atribuições da Superintendência de Acompanhamento de Serviços Aéreos (SAS),
delegada pelo inciso II do artigo 5.º da Portaria SAS nº 2.155, de 24 de agosto de 2016.
5. ANÁLISE
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5.5. Como se pode verificar, nos termos da sua Lei instituidora, compete à ANAC regular e fiscalizar as
atividades de aviação civil e de infraestrutura aeronáutica e aeroportuária. Dessa forma, segundo os princípios
norteadores da Administração Pública, notadamente quanto à legalidade, à razoabilidade e à proporcionalidade de
seus atos, o limite do poder regulamentar conferido a Autarquia se dá dentro da legislação específica da aviação
civil, em especial o Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA), a Lei n.º 11.182/2005 (Lei da ANAC), o Decreto n.º
6.780/2009 que aprovou a Política Nacional de Aviação Civil (PNAC) e o Decreto n.º 7.168/2010, que dispõe
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sobre o Programa Nacional de Segurança da Aviação Civil Contra Atos de Interferência Ilícita (PNAVSEC).
5.6. Cabe, portanto, à Agência, enquanto figura de Direito Público, criada para servir de instrumento ao
Estado no cumprimento de suas prerrogativas constitucionais, nortear a sua atuação (regular e fiscalizar as
atividades de aviação civil e de infraestrutura aeronáutica e aeroportuária, nos termos do art. 2.º da Lei
11.182/2005) pelos princípios, regras e valores constitucionalmente insculpidos, de forma que as relações
inseridas em seu contexto regulatório alcancem a maior eficiência possível.
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modo compatível com a estimativa do tempo de espera, contados a partir do horário de partida originalmente
previsto, nos seguintes termos:
(...)
III - superior a 4 (quatro) horas: acomodação em local adequado, traslado e, quando necessário, serviço de
hospedagem.
§ 2º O transportador poderá deixar de oferecer serviço de hospedagem para o passageiro que residir na localidade
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do aeroporto de origem.
5.12. Na mesma linha, a Resolução ANAC nº 400/2016 estabelece, em seu artigo 27, a prestação
de assistência material. Segue teor do dispositivo:
Art. 27. A assistência material consiste em satisfazer as necessidades do passageiro e deverá ser oferecida
gratuitamente pelo transportador, conforme o tempo de espera, ainda que os passageiros estejam a bordo da
aeronave com portas abertas, nos seguintes termos:
(...)
III - superior a 4 (quatro) horas: serviço de hospedagem, em caso de pernoite, e traslado de ida e volta.
§ 1º O transportador poderá deixar de oferecer serviço de hospedagem para o passageiro que residir na localidade
do aeroporto de origem, garantido o traslado de ida e volta.
5.13. Observe-se que no processo de revisão e consolidação das normas relativas às Condições Gerais de
Transporte, foram feitas pequenas modificações em relação à Resolução ANAC nº 141/2010, de modo a substituir
termos imprecisos, tais como “alimentação adequada” e “quando necessário”. Desta forma, esta última expressão,
ao referir-se ao serviço de hospedagem, foi substituída por serviço de hospedagem em caso de pernoite, de modo
a não deixar dúvidas e quando será necessária a hospedagem. A Resolução nº 141/2010 não ditava quais seriam
estas situações que exigiriam a prestação desta assistência. Assim, o processo de revisão e consolidação das
Condições Gerais de Transporte não se limitou a replicar ipsis litteris a redação da norma anterior, mas sim afastar
eventuais equívocos na concretização do termo, de maneira a prescrever quando a hospedagem seria de fato
necessária. Desse modo, na redação atual, optou-se por deixar clara a necessidade de hospedagem nas hipóteses
em que o passageiro tiver que passar a noite na localidade.
5.14. Um avanço que deve ser destacado em relação aos direitos dos passageiros foi a previsão de
hospedagem, para o Passageiro com Necessidade de Assistência Especial (PNAE), em qualquer caso,
independentemente da exigência de pernoite no local, salvo se puder ser substituída por acomodação em local
adequado no aeroporto (por exemplo: sala vip). Desta forma, pessoa com deficiência, pessoa com idade igual ou
superior a 60 (sessenta) anos, gestante, lactante, pessoa acompanhada por criança de colo, pessoa com mobilidade
reduzida ou qualquer pessoa que por alguma condição específica tenha limitação na sua autonomia como
passageiro tem garantia de uma acomodação específica à sua necessidade.
5.15. Outro ponto que deve ser ressaltado, e o mais importante deles, é que o oferecimento
de hospedagem ao passageiro pela empresa aérea não representa o objetivo maior de contraprestação do
transportador via contrato de transporte aéreo. Neste sentido, a Resolução ANAC nº 400 visa garantir a
execução do serviço de transporte aéreo através de diversos dispositivos. Assim, seu artigo 28 traz a
exigência de reacomodação do passageiro em outro voo nos casos de alteração do contrato por parte da
empresa aérea (artigo 12) e também nos casos de falha na execução do voo (artigo 21). Esta reacomodação
pode ser em outro voo da própria empresa ou em voo de empresa congênere. Isto porque o intuito maior é
garantir ao passageiro seu direito de ser transportado o quanto antes, de modo que sua espera para o início
da prestação do serviço em hotel deve ser a última das hipóteses.
5.16. Na norma anterior, a obrigação das empresas aéreas quanto à reacomodação se dava apenas em voo
próprio. A reacomodação em voos de terceiros aparecia como uma opção ao transportador, o que na prática
representava discricionariedade raramente cumprida. A Resolução nº 400/2016, assim, amplia as obrigações da
empresa aérea, colocando como cogente a reacomodação em voos de terceiros.
5.17. Com isto, amplia-se sobremaneira as chances de que o passageiro possa realizar sua viagem no
horário mais próximo possível ao contratado. Neste ínterim, importante destacar que o intuito do regulador foi
prover mais meios para que a empresa possa reacomodar os passageiros, viabilizando sua viagem da forma mais
breve. Aliando este intuito, observou-se que a exigência de hospedagem é pontual.
5.18. Vale apontar que as regras sobre assistência material propagadas no Brasil desde 2010 encontram-
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fenômenos na natureza e outros casos que ensejariam exclusão da responsabilidade do transportador. Em
determinadas situações, por exemplo, sobretudo ligadas a causas naturais imprevisíveis, as empresas aéreas
podem se ver sendo obrigadas a prestar assistência por tempo indefinido, o que pode causar impacto financeiro
considerável.
5.19. Nessa linha, a discussão tem escore jurídico nas próprias isenções concedidas pela legislação geral
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ordinária. No caso da força maior, como elemento que desobriga o prestador do serviço de transporte, foi o
Código Civil Brasileiro (CCB) categórico:
Art. 734. O transportador responde pelos danos causados às pessoas transportadas e suas bagagens, salvo motivo
de força maior, sendo nula qualquer cláusula excludente da responsabilidade.
5.20. Não obstante, esta exceção encontra limites quando a interrupção do serviço se der depois de
iniciada a prestação do serviço. Veja-se:
Art. 741. Interrompendo-se a viagem por qualquer motivo alheio à vontade do transportador, ainda que em
consequência de evento imprevisível, fica ele obrigado a concluir o transporte contratado em outro veículo da
mesma categoria, ou, com a anuência do passageiro, por modalidade diferente, à sua custa, correndo também por
sua conta as despesas de estada e alimentação do usuário, durante a espera de novo transporte.
5.21. Logo, o CCB autoriza que o transportador seja exonerado de responsabilidade, em caso de força
maior, salvo se o transporte já houver sido iniciado (caso de interrupção do serviço). Se há uma exoneração da
responsabilidade civil, há de ser verificar, por analogia direta, que à assistência material seria aplicada o mesmo
conceito. Contudo, a Resolução ANAC nº 400 manteve a redação anterior para garantir ao passageiro a assistência
material em qualquer caso.
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5.27. Em relação a reclamações referentes a problemas de atrasos e cancelamentos nos aeroportos em
2017, somaram, no âmbito da plataforma alternativa de resolução de conflitos Consumidor.gov.br, 1.194 registros
analisados pela ANAC, o que significa 13,1 % do total de reclamações do ano citado. Destes registros, 323
casos fazem referência a manifestações relacionadas com assistência material, o que corresponde a 3,8 % do
número total de registros daquele ano. Em 2018, este total caiu para 2,8% no primeiro semestre. As reclamações
relacionadas com o tema assistência material podem abranger diversos assuntos, além da prestação de
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hospedagem, como prestação de translado, comunicação e alimentação, de maneira que não é possível definir
exatamente os casos que se referem a cada tipo de assistência, embora possa-se afirmar que a maioria dos casos
sejam referentes à assistência de alimentação.
5.28. Desta forma, comparando o número de passageiros pagos transportados em 2017, que foi de
112.386.316, com o número de reclamações registradas sobre o tema em pauta (323 ao todo), é possível se
concluir que não se trata de um problema de grande amplitude.
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5.36. Nessa esteira, a Resolução ANAC nº 400/2016 imputa o dever de reacomodar o passageiro, à sua
escolha, na primeira oportunidade (em voo próprio ou de terceiro) e para o mesmo destino, de forma a causar o
menor impacto possível no planejamento de sua viagem. De tal modo, o desígnio primeiro da norma é que o
transporte se realize e, em último caso e somente quando necessário, tenha o passageiro a assistência material
compatível com o tempo e momento de espera para a realização do serviço que contratou.
5.37. Demonstrado o avanço da norma quanto ao direito de assistência material, dissipa-se a suposta e
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alegada fumaça do bom direito necessária à concessão de medida liminar em relação ao CDC e ao CBA, pois,
conforme o avanço demonstrado, a Resolução em vigor traz a “compatibilização da proteção do consumidor com
a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda
a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações
entre consumidores e fornecedores” (art. 4º, inciso III, do CDC), bem como, em relação aos dispositivos do CBA,
personifica o “estudo constante das modificações do mercado de consumo” (art. 4º, inciso VIII, do CDC).
5.38. Ademais, em relação à eventual violação clara e frontal dos preceitos constitucionais, a fumaça do
bom direito novamente se dissipa pela demonstração da natureza jurídica do serviço de transporte aéreo, que em
nada se assemelha ao estabelecido no artigo 175 da Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela Lei n.º
8.987/1995, normativos que o autor se utiliza no intuito de tentar evidenciar o direito para a concessão da tutela de
urgência.
5.39. Contudo, nos termos de jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento do RE
636.331/RJ, em voto da Ministra Rosa Weber, “o transporte aéreo regular de passageiros constitui, na quadra
atual, atividade sujeita a verdadeira outorga de autorização da administração pública, não configurando serviço
público prestado sob o regime de concessão”.
5.40. Ademais, não se vislumbra perigo na demora para a concessão de medida liminar, isso devido ao
lapso temporal entre a edição da Resolução ANAC nº 400, que ocorreu em 13 de dezembro de 2016, e a
distribuição da presente ação, que se deu em 23 de agosto de 2018. Vale ressaltar não somente este mas, ainda
mais especificamente, o lapso temporal entre a autuação da representação formulada pelo Ministério Público do
Trabalho (ou pelo Sr. Paulo Germano Costa de Arruda, Procurador do Trabalho), em 28 de setembro de 2017, e a
distribuição da presente Ação, repisa-se, que se deu em 23 de agosto de 2018. Isso, sobretudo, porque não houve
contraditório à ANAC durante o trâmite do Procedimento Preparatório.
5.41. Outrossim, o perigo de dano ou o risco de resultado útil do processo podem ser afastados a partir da
verificação dos dados estatísticos apresentados acima, em que se demostra o baixo índice de reclamações sobre o
assunto.
6. CONCLUSÃO
6.1. Essencialmente, em decorrência de todo o arrazoado acima exposto, entende-se, quanto ao objeto
da Ação Civil Pública nº 0807610-18.2018.4.05.8200, que o direito de hospedagem previsto no inciso III do
artigo 27 da Resolução n.º 400/2016 não restringiu o teor da mesma assistência prevista na Resolução ANAC nº
141/2010, como também ampliou as hipóteses de aplicação em comparação com o CBA, em nada se opondo à
Lei.
6.2. Serviço de hospedagem deve ocorrer em último caso, por isso a norma reforça as opção de
reacomodação do passageiro em outro voo, mais breve possível, passando a exigir inclusive a utilização de voos
de terceiros. Assim, repise-se que mesmo aeroportos e empresas brasileiras estando entre os mais pontuais do
mundo, a regulação desta Agência exige o fornecimento de assistência material ao passageiro em casos de falha
na execução do serviço, independentemente do motivo que ensejar o evento, sendo portanto, estas regras uma
forma importante de proteção aos consumidores.
6.3. Reitere-se que a Agência mantém-se ainda atenta a um relevante aspecto que é inerente ao processo
regulatório de um modo geral, qual seja, o monitoramento quanto à efetiva implementação por parte dos regulados
das disposições da norma atinente às Condições Gerais de Transporte. Assim, pode-se afirmar que a Agência atua
em precisa harmonia com o que dispõe o Plano Nacional de Aviação Civil quando o mesmo assevera que no
âmbito de proteção do consumidor deve ser assegurada a adequada regulamentação dos direitos e obrigações dos
usuários e dos prestadores de serviços aéreos de forma a prover o equilíbrio no relacionamento entre as partes no
sentido de minimizar o contencioso administrativo e judicial.
61
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regulamentação. É por meio de observações e avaliação mais precisa dos resultados, que se pode evitar juízos
prematuros dos efeitos da Resolução.
6.5. Por esta razão, conforme já citado, o prazo formal para a review clause da norma é de 5 (cinco)
anos após a sua vigência. Nesse interregno, para conhecimento das novas condutas dos agentes, sua compreensão
e, sobretudo, seu balizamento ante as disposições da Resolução ANAC nº 400/2016 e os resultados esperados, a
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Agência continuará coletando dados do setor para alcançar a devida compreensão dos reais impactos.
6.6. Finalmente, em nome do princípio da separação dos poderes e da segurança jurídica que se espera
em um setor regulado por Agência criada para esse fim e que goza de independência, não pode uma mera
discordância impedir o regular curso de um processo regulatório realizado com ampla transparência e estudos
consistentes. Um dos propósitos de se delegar para uma Agência a regulação de determinado setor da economia é
justamente a celeridade de intervenção em relação ao processo legislativo primário.
6.7. É a Nota Técnica. Submeto à apreciação da Senhora Gerente de Regulação das Relações de
Consumo Substituta.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] ARAGÃO, Alexandre Santos. Direito dos serviços públicos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2013, pp. 183 e ss.
[2] NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. 5ª ed. São Paulo: Método, 2011, p. 374-375
[3] SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 34 ed. São Paulo: Malheiros, p. 810.
[4] COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial, Vol.1. 10 ed. São Paulo: Saraiva, 2006, p. 188.
[5] GRAU, Eros Roberto. In: Canotillho, J. J. Gomes; Mendes, Gilmar F.; Sarlet, Ingo W.; Streck, Lenio L.
(Coords.). Comentários à Constituição do Brasil. São Paulo: Saraiva/Almedina, 2013, pp. 1.050 e ss.
[6] SUNDFELD, Carlos Ari e VIEIRA, Oscar Vilhena (coords.). Direito Global. São Paulo: Max Limonad, 1999,
pp. 161-162, apud SUNDFELD, Carlos Ari (coord.). Direito Administrativo Econômico. 1. ed., 3ª tiragem. São
Paulo: Malheiros, 2006, p. 45.
[7] Madeira, José Maria Pinheiro. Administração pública, tomo II. 11. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010, p. 39.
[8] Marques Neto, Floriano de Azevedo. A Nova Regulação dos Serviços Públicos, revista de Direito
Administrativo – RDA, vol 228, pp. 28-29, 2002 apud ARAGÃO, Alexandre dos Santos. Direito dos serviços
públicos. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2013, pp. 496-497.
Documento assinado eletronicamente por Hildevana Meire da Silva Almeida, Gerente, Substituto (a),
em 10/09/2018, às 10:53, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto
nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.
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1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.
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A autenticidade deste documento pode ser conferida no site http://sistemas.anac.gov.br/sei/autenticidade,
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fls. 113
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De: RC TOUR [mailto:RCTOUR@RCTOUR.COM.BR]
Enviada em: terça-feira, 23 de abril de 2019 10:05
Para: Siomara Silva
Assunto: Recibo do bilhete eletrônico, 08 Julho, para MR HUGO CESAR PHILIPP
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RC TOUR
+55 51-3331-6764 eTicket
RCTOUR@RCTOUR.COM.BR
Calendário
Documentos
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Não É Válido Antes De: 08 jul
Não É válido após: 08 jul
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Partida: SAO PAULO GUARULH, BRAZIL Classe: Econômica
18:15 Status: Confirmado
TERMINAL 3 Base tarifária: TAXRCBR/AR4B
Assento: Check-in necessário
Malas: 2PC
Chegada: FRANKFURT, GERMANY
10:45
TERMINAL 1
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Tarifa: USD 1382,00
Quantia Equivalente Paga: BRL 5440,93
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Taxas/impostos/cobranças BRL 181,99 BR Tarifa de embarque
Taxas/impostos/cobranças BRL 68,89 YR Taxas de combustível/seguro
Taxas/impostos/cobranças BRL 511,44 XT Tarifas combinadas
TOTAL: BRL 6203,25
CONFIDENCIALIDADE:
AVISO SOBRE PROTEÇÃO DE DADOS: SEUS DADOS PESSOAIS SERÃO PROCESSADOS
DE ACORDO COM A POLÍTICA DE PRIVACIDADE APLICÁVEL DA COMPANHIA AÉREA E,
CASO SUA RESERVA SEJA FEITA COM UM PROVEDOR DE SISTEMA DE RESERVAS (UM
“GDS”), DE ACORDO COM A POLÍTICA DE PRIVACIDADE DO GDS. ESTAS POLÍTICAS
ESTÃO DISPONÍVEIS EM http://www.iatatravelcenter.com/privacy OU DIRETAMENTE COM A
COMPANHIA AÉREA OU GDS. É RECOMENDÁVEL A LEITURA DESTA DOCUMENTAÇÃO,
POIS ELA DIZ RESPEITO À SUA RESERVA E ESPECIFICA, POR EXEMPLO, COMO SEUS
DADOS PESSOAIS SÃO COLETADOS, ARMAZENADOS, UTILIZADOS, DIVULGADOS E
TRANSFERIDOS.
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De: RC TOUR [mailto:RCTOUR@RCTOUR.COM.BR]
Enviada em: terça-feira, 23 de abril de 2019 09:49
Para: Siomara Silva
Assunto: Recibo do bilhete eletrônico, 05 Julho, para MRS ISADORA ROCHA PHILIPP
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RC TOUR
+55 51-3331-6764 eTicket
RCTOUR@RCTOUR.COM.BR
Calendário
Documentos
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JETER CANTUARIA CARNEIRO FILHO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 20/02/2020 às 20:04 .
Não É Válido Antes De: 05 jul
Não É válido após: 05 jul
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 8A61147.
Partida: RIO JANEIRO GIG, BRAZIL Classe: Econômica
22:10 Status: Confirmado
TERMINAL 2 Base tarifária: SAXRCBR/AR4B
Assento: Check-in necessário
Malas: 2PC
Chegada: FRANKFURT, GERMANY
14:30
TERMINAL 1
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Quantia Equivalente Paga: BRL 0,00
Taxas/impostos/cobranças BRL 669,39 PD PD
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 8A61147.
Taxas/impostos/cobranças BRL 8,33 BR Tarifa de embarque
Taxas/impostos/cobranças BRL 83,58 XT Tarifas combinadas
TOTAL: BRL 269,07
CONFIDENCIALIDADE:
AVISO SOBRE PROTEÇÃO DE DADOS: SEUS DADOS PESSOAIS SERÃO PROCESSADOS
DE ACORDO COM A POLÍTICA DE PRIVACIDADE APLICÁVEL DA COMPANHIA AÉREA E,
CASO SUA RESERVA SEJA FEITA COM UM PROVEDOR DE SISTEMA DE RESERVAS (UM
“GDS”), DE ACORDO COM A POLÍTICA DE PRIVACIDADE DO GDS. ESTAS POLÍTICAS
ESTÃO DISPONÍVEIS EM http://www.iatatravelcenter.com/privacy OU DIRETAMENTE COM A
COMPANHIA AÉREA OU GDS. É RECOMENDÁVEL A LEITURA DESTA DOCUMENTAÇÃO,
POIS ELA DIZ RESPEITO À SUA RESERVA E ESPECIFICA, POR EXEMPLO, COMO SEUS
DADOS PESSOAIS SÃO COLETADOS, ARMAZENADOS, UTILIZADOS, DIVULGADOS E
TRANSFERIDOS.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JETER CANTUARIA CARNEIRO FILHO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 20/02/2020 às 20:04 .
De: RC TOUR [mailto:RCTOUR@RCTOUR.COM.BR]
Enviada em: terça-feira, 23 de abril de 2019 10:06
Para: Siomara Silva
Assunto: Recibo do bilhete eletrônico, 08 Julho, para JACQUELINEMRS MARTINS ROCHA
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RC TOUR
+55 51-3331-6764 eTicket
RCTOUR@RCTOUR.COM.BR
Calendário
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Não É Válido Antes De: 08 jul
Não É válido após: 08 jul
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Partida: SAO PAULO GUARULH, BRAZIL Classe: Econômica
18:15 Status: Confirmado
TERMINAL 3 Base tarifária: TAXRCBR/AR4B
Assento: Check-in necessário
Malas: 2PC
Chegada: FRANKFURT, GERMANY
10:45
TERMINAL 1
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JETER CANTUARIA CARNEIRO FILHO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 20/02/2020 às 20:04 .
Tarifa: USD 1382,00
Quantia Equivalente Paga: BRL 5440,93
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 8A61147.
Taxas/impostos/cobranças BRL 181,99 BR Tarifa de embarque
Taxas/impostos/cobranças BRL 68,89 YR Taxas de combustível/seguro
Taxas/impostos/cobranças BRL 511,44 XT Tarifas combinadas
TOTAL: BRL 6203,25
CONFIDENCIALIDADE:
AVISO SOBRE PROTEÇÃO DE DADOS: SEUS DADOS PESSOAIS SERÃO PROCESSADOS
DE ACORDO COM A POLÍTICA DE PRIVACIDADE APLICÁVEL DA COMPANHIA AÉREA E,
CASO SUA RESERVA SEJA FEITA COM UM PROVEDOR DE SISTEMA DE RESERVAS (UM
“GDS”), DE ACORDO COM A POLÍTICA DE PRIVACIDADE DO GDS. ESTAS POLÍTICAS
ESTÃO DISPONÍVEIS EM http://www.iatatravelcenter.com/privacy OU DIRETAMENTE COM A
COMPANHIA AÉREA OU GDS. É RECOMENDÁVEL A LEITURA DESTA DOCUMENTAÇÃO,
POIS ELA DIZ RESPEITO À SUA RESERVA E ESPECIFICA, POR EXEMPLO, COMO SEUS
DADOS PESSOAIS SÃO COLETADOS, ARMAZENADOS, UTILIZADOS, DIVULGADOS E
TRANSFERIDOS.
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 8A61148.
fls. 123
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JETER CANTUARIA CARNEIRO FILHO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 20/02/2020 às 20:04 .
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fls. 124
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JETER CANTUARIA CARNEIRO FILHO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 20/02/2020 às 20:04 .
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fls. 125
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JETER CANTUARIA CARNEIRO FILHO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 20/02/2020 às 20:04 .
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21/01/2020 Historical (FRA) Frankfurt Airport Departures
fls. 126
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30 de julho de 2019
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NH 6047 22:00 DRS Atrasado
ANA / Operado pela Lufthansa 216 Dresden
https://www.flightstats.com/v2/historical-flight/departing/FRA/2019/07/30 1/2
21/01/2020 Historical (FRA) Frankfurt Airport Departures
fls. 127
ET 707 22:05 ADICIONAR Atrasado
Linhas aéreas etíopes Adis Abeba
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LH 572 22:05 JNB Na hora
Lufthansa Joanesburgo
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ANA / Operado pela Lufthansa 572 Joanesburgo
« ← 95 96 97 → »
https://www.flightstats.com/v2/historical-flight/departing/FRA/2019/07/30 2/2
21/01/2020 Historical (FRA) Frankfurt Airport Departures
fls. 128
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30 de julho de 2019
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SQ 2144 22:05 BHX Na hora
Singapore Airlines / Operado por Lufthansa 958 Birmingham
https://www.flightstats.com/v2/historical-flight/departing/FRA/2019/07/30 1/2
21/01/2020 Historical (FRA) Frankfurt Airport Departures
fls. 129
LH 150 22:05 NUE Na hora
Lufthansa / Operado por Lufthansa CityLine Nuremberg
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LH 1318 22:10 ALG Na hora
Lufthansa Argel
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Air Canada / Operado por Lufthansa 1318 Argel
« ← 96 97 98 → »
https://www.flightstats.com/v2/historical-flight/departing/FRA/2019/07/30 2/2
21/01/2020 Historical (FRA) Frankfurt Airport Departures
fls. 130
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JETER CANTUARIA CARNEIRO FILHO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 20/02/2020 às 20:04 .
30 de julho de 2019
« ← 97 98 99 → »
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 8A61148.
NH 6199 22:15 PRG Na hora
ANA / Operado pela Lufthansa 1402 Praga
https://www.flightstats.com/v2/historical-flight/departing/FRA/2019/07/30 1/2
21/01/2020 Historical (FRA) Frankfurt Airport Departures
fls. 131
NH 5865 22:15 HOMEM Na hora
ANA / Operado pela Lufthansa 948 Manchester
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JETER CANTUARIA CARNEIRO FILHO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 20/02/2020 às 20:04 .
LH 948 22:15 HOMEM Na hora
Lufthansa Manchester
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 8A61148.
Air Canada / Operado por Lufthansa 1330 Casablanca
« ← 97 98 99 → »
https://www.flightstats.com/v2/historical-flight/departing/FRA/2019/07/30 2/2
21/01/2020 Historical (FRA) Frankfurt Airport Departures
fls. 132
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JETER CANTUARIA CARNEIRO FILHO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 20/02/2020 às 20:04 .
(FRA) Partidas do aeroporto de Frankfurt
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30 de julho de 2019
« ← 97 98 99 → »
« ← 97 98 99 → »
https://www.flightstats.com/v2/historical-flight/departing/FRA/2019/07/30 1/1
21/01/2020 Historical (FRA) Frankfurt Airport Departures
fls. 133
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JETER CANTUARIA CARNEIRO FILHO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 20/02/2020 às 20:04 .
30 de julho de 2019
« ← 94 95 96 → »
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 8A61148.
SK 3729 21:50 VIE Na hora
SAS / Operated by Lufthansa 1246 Viena
https://www.flightstats.com/v2/historical-flight/departing/FRA/2019/07/30 1/2
21/01/2020 Historical (FRA) Frankfurt Airport Departures
fls. 134
LO 5506 22:00 KRK Na hora
LOT - Polish Airlines / Operated by Lufthansa 1370 Cracóvia
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JETER CANTUARIA CARNEIRO FILHO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 20/02/2020 às 20:04 .
NH 5891 22:00 KRK Na hora
ANA / Operated by Lufthansa 1370 Cracóvia
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 8A61148.
Lufthansa Luanda
« ← 94 95 96 → »
https://www.flightstats.com/v2/historical-flight/departing/FRA/2019/07/30 2/2
21/01/2020 (LH) Lufthansa 500 Historical Flight Status
fls. 135
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JETER CANTUARIA CARNEIRO FILHO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 20/02/2020 às 20:04 .
Adiado 12h 19m | Chegou
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 8A61148.
Saída
FRA
Aeroporto de Frankfurt, DE
- 11:04 CEST
Atraso na pista: -
terminal Portão
1 B28
Tipo de Artesanato
744
Hora do voo
Programado
11h 35m
Chegada
https://www.flightstats.com/v2/historical-flight/LH/500/2019/7/30/1008824536 1/4
21/01/2020 (LH) Lufthansa 500 Historical Flight Status
fls. 136
GIG
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JETER CANTUARIA CARNEIRO FILHO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 20/02/2020 às 20:04 .
Aeroporto Internacional Galeão Antonio Carlos Jobim, RJ, BR
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Programado Real
- 17:03 UTC-03: 00
Atraso na pista: -
2 C55 02
Número da cauda
D-ABTK
Hora do voo
Real
11h 20m
Notas de voo
Também comercializado como (EY) Etihad Airways 4160, (LX) SWISS 4044, (NH) ANA 5898, (SQ)
Singapore Airlines 2194
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JETER CANTUARIA CARNEIRO FILHO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 20/02/2020 às 20:04 .
às 17:09
Estimated Gate Arrival changed from 31-Jul-2019
17:03 to 31-Jul-2019 17:09
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 8A61148.
31 Jul 20:08 Status de Actual Gate Arrival changed to 31-Jul-2019 17:03
destino
Status changed from Active to Landed
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por JETER CANTUARIA CARNEIRO FILHO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 20/02/2020 às 20:04 .
2019 10:30 to 31-Jul-2019 10:40
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 8A61148.
tempo 17:00 to 31-Jul-2019 17:05
30 Jul 21:36 Gate Adjust Departure Gate changed from C14 to B28
30 Jul 17:51 Gate Adjust Departure Gate changed from B28 to C14
30 Jul 16:28 Gate Adjust Departure Gate changed from C14 to B28
30 Jul 16:13 Equipar Ajustar Tail Number changed from D-ABVW to D-ABTK
https://www.flightstats.com/v2/historical-flight/LH/500/2019/7/30/1008824536 4/4
fls. 139
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 8A76598.
DECISÃO
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GABRIELA FRAGOSO CALASSO COSTA, liberado nos autos em 22/02/2020 às 16:03 .
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Gabriela Fragoso Calasso Costa
Vistos.
Int.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 8AC090E.
Certifico e dou fé que o ato abaixo, constante da relação nº 0092/2020, foi disponibilizado na página
688/703 do Diário da Justiça Eletrônico em 27/02/2020. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil
subseqüente à data acima mencionada.
Advogado
Jeter Cantuária Carneiro Filho (OAB 296293/SP)
Teor do ato: "Vistos. I - Providencie o autor o recolhimento das custas iniciais, as de mandato e de
citação, no prazo de 15 (dias) sob pena de indeferimento da inicial e extinção do feito. II - Emende a inicial
justificando o valor da causa. Int."
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RICK SHODI SHIKAI, liberado nos autos em 27/02/2020 às 12:25 .
SÃO PAULO, 27 de fevereiro de 2020.
ID: 5523992
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CÍVEL DO
FÓRUM Central
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 8FBC32C.
Processo: 1015661-95.2020.8.26.0100
Nestes termos.
Pede-se deferimento.
André Soutelino
OAB/SP 323.971
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANDRE LUIS DIAS SOUTELINO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 08/05/2020 às 00:12 , sob o número WJMJ20405866844 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 8FBC332.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANDRE LUIS DIAS SOUTELINO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 08/05/2020 às 00:12 , sob o número WJMJ20405866844
fls. 143
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 8FBC332.
01 - Nome / Razão Social 07 - Data de Vencimento
Andre Luis Dias Soutelino Sociedade Individual De 24/05/2020
02 - Endereço 08 - Valor Total
AV. PEDRO SEVERINO JR. 366 S46 Sao Paulo SP
R$ 138,05
03 - CNPJ Base / CPF 04 - Telefone 05 - Quantidade de Documentos Detalhe 09 - Número do DARE
33.977.252 (11)98762-0313 1
06 - Observações 200590023991031
Comarca/Foro: SÃO PAULO, Cód. Foro: 100, Natureza da Ação: Procedimento Comum, Autor: HUGO CESAR
PHILIPP, Réu: LUFTHANSA
Emissão: 24/04/2020
10 - Autenticação Mecânica Via do Banco
Planejamento Documento
Detalhe 230-6 referentes a atos judiciais
R$ 0,00 R$ 0,00
18 - Nº do Documento 17 - Observações 08 - 11 - Multa de Mora ou 14 - Valor Total
Detalhe Comarca/Foro: SÃO PAULO, Cód. Foro: 100, Natureza da Ação: Procedimento Multa Por Infração
Comum, Autor: HUGO CESAR PHILIPP, Réu: LUFTHANSA
200590023991031-0001
Emissão: 24/04/2020 R$ 0,00 R$ 138,05
Emissão: 24/04/2020
10 - Autenticação Mecânica Via do Contribuinte
.
26/04/2020 https://aapj.bb.com.br/apf-apj-web/index.html?v=2.16.3
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANDRE LUIS DIAS SOUTELINO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 08/05/2020 às 00:12 , sob o número WJMJ20405866844
fls. 144
G337260747073961030
Outros convênios 26/04/2020 11:37:03
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 8FBC332.
COMPROVANTE DE PAGAMENTO
https://aapj.bb.com.br/apf-apj-web/index.html?v=2.16.3 1/2
.
26/04/2020 https://aapj.bb.com.br/apf-apj-web/index.html?v=2.16.3
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANDRE LUIS DIAS SOUTELINO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 08/05/2020 às 00:12 , sob o número WJMJ20405866844
fls. 145
SISBB - SISTEMA DE INFORMACOES BANCO DO BRASIL
/0 / 0 0 - AUTO-ATENDIMENTO - . .0
0
COMPROVANTE DE PAGAMENTO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 8FBC332.
Codigo de Barras 000000 - 0 0 -
00 00 - 0 0 00 -0
Banco 00
Data do pagamento /0 / 0 0
Nr de controle- Dare-SP 00 00 0
Valor Total ,0
------------------------------------------------
COMPROVANTE DE PAGAMENTO EMITIDO DE ACORDO COM A
PORTARIA CAT DE /0 / 0 E AUTORIZADO PELO
PROCESSO SF - 0 / 00 .
================================================
DOCUMENTO: 0 0
AUTENTICACAO SISBB:
E. A .EFD. .F .CC
================================================
Via do Contribuinte
================================================
Transação efetuada com sucesso por: JD203587 ANDRE LUIS DIAS SOUTELINO.
https://aapj.bb.com.br/apf-apj-web/index.html?v=2.16.3 2/2
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANDRE LUIS DIAS SOUTELINO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 08/05/2020 às 00:12 , sob o número WJMJ20405866844
fls. 146
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 8FBC332.
01 - Nome / Razão Social 07 - Data de Vencimento
Andre Luis Dias Soutelino Sociedade Individual De 24/05/2020
02 - Endereço 08 - Valor Total
AV. PEDRO SEVERINO JR. 366 S46 Sao Paulo SP
R$ 23,66
03 - CNPJ Base / CPF 04 - Telefone 05 - Quantidade de Documentos Detalhe 09 - Número do DARE
33.977.252 (11)98762-0313 1
06 - Observações 200590023991044
Comarca/Foro: SÃO PAULO, Cód. Foro: 100, Natureza da Ação: Procedimento Comum, Autor: HUGO CESAR
PHILIPP, Réu: LUFTHANSA
Emissão: 24/04/2020
10 - Autenticação Mecânica Via do Banco
R$ 0,00 R$ 0,00
18 - Nº do Documento 17 - Observações 08 - 11 - Multa de Mora ou 14 - Valor Total
Detalhe Comarca/Foro: SÃO PAULO, Cód. Foro: 100, Natureza da Ação: Procedimento Multa Por Infração
Comum, Autor: HUGO CESAR PHILIPP, Réu: LUFTHANSA
200590023991044-0001
Emissão: 24/04/2020 R$ 0,00 R$ 23,66
Emissão: 24/04/2020
10 - Autenticação Mecânica Via do Contribuinte
.
26/04/2020 https://aapj.bb.com.br/apf-apj-web/index.html?v=2.16.3
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANDRE LUIS DIAS SOUTELINO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 08/05/2020 às 00:12 , sob o número WJMJ20405866844
fls. 147
G337260747073961032
Outros convênios 26/04/2020 11:38:02
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 8FBC332.
COMPROVANTE DE PAGAMENTO
https://aapj.bb.com.br/apf-apj-web/index.html?v=2.16.3 1/2
.
26/04/2020 https://aapj.bb.com.br/apf-apj-web/index.html?v=2.16.3
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANDRE LUIS DIAS SOUTELINO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 08/05/2020 às 00:12 , sob o número WJMJ20405866844
fls. 148
SISBB - SISTEMA DE INFORMACOES BANCO DO BRASIL
/0 / 0 0 - AUTO-ATENDIMENTO - . .0
0
COMPROVANTE DE PAGAMENTO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 8FBC332.
Codigo de Barras 0000000-0 0 -
00 00 - 0 0 00 -
Banco 00
Data do pagamento /0 / 0 0
Nr de controle- Dare-SP 00 00 0
Valor Total ,
------------------------------------------------
COMPROVANTE DE PAGAMENTO EMITIDO DE ACORDO COM A
PORTARIA CAT DE /0 / 0 E AUTORIZADO PELO
PROCESSO SF - 0 / 00 .
================================================
DOCUMENTO: 0
AUTENTICACAO SISBB:
.E . F .DAF.ACB. E
================================================
Via do Contribuinte
================================================
Transação efetuada com sucesso por: JD203587 ANDRE LUIS DIAS SOUTELINO.
https://aapj.bb.com.br/apf-apj-web/index.html?v=2.16.3 2/2
.
25/04/2020 Guia de Recolhimento
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANDRE LUIS DIAS SOUTELINO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 08/05/2020 às 00:12 , sob o número WJMJ20405866844
fls. 149
Guia de Recolhimento Nº Pedido 2020042517522504
Poder Judiciário – Tribunal de Justiça
Fundo Especial de Despesa - FEDTJ
Nome RG CPF CNPJ
A.L.D.S SOCiEDADE IND ADVOCACIA 33.977.252/0001-24
Nº do processo Unidade CEP
1015661-95.2020.8.26 0100 04310-060
Endereço Código
AV. PEDRO SEVERINO JR. 366 S46 120-1
Histórico Valor
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 8FBC332.
5523992 2084462 HUGO CESAR PHILIPP X LUFTHANSA 1015661-95.2020.8.26.0100
23,55
Total
23,55
O Tribunal de justiça não se responsabiliza pela qualidade da cópia extraída de peça pouco legível.
Importante: evitem amassar, dobrar ou perfurar as contas, para não danificar o código de barras.
Mod. 0.70.731-4 - Fev/19 - SISBB 19042 - lfs
1ª Via – Unidade geradora do serviço, 2ª via – Contribuinte e 3ª via – Banco
Corte aqui.
Guia de Recolhimento Nº Pedido 2020042517522504
Poder Judiciário – Tribunal de Justiça
Fundo Especial de Despesa - FEDTJ
Nome RG CPF CNPJ
A.L.D.S SOCiEDADE IND ADVOCACIA 33.977.252/0001-24
Nº do processo Unidade CEP
1015661-95.2020.8.26 0100 04310-060
Endereço Código
AV. PEDRO SEVERINO JR. 366 S46 120-1
Histórico Valor
5523992 2084462 HUGO CESAR PHILIPP X LUFTHANSA 1015661-95.2020.8.26.0100
23,55
Total
23,55
O Tribunal de justiça não se responsabiliza pela qualidade da cópia extraída de peça pouco legível.
Importante: evitem amassar, dobrar ou perfurar as contas, para não danificar o código de barras.
Mod. 0.70.731-4 - Fev/19 - SISBB 19042 - lfs
1ª Via – Unidade geradora do serviço, 2ª via – Contribuinte e 3ª via – Banco
Corte aqui.
Guia de Recolhimento Nº Pedido 2020042517522504
Poder Judiciário – Tribunal de Justiça
Fundo Especial de Despesa - FEDTJ
Nome RG CPF CNPJ
A.L.D.S SOCiEDADE IND ADVOCACIA 33.977.252/0001-24
Nº do processo Unidade CEP
1015661-95.2020.8.26 0100 04310-060
Endereço Código
AV. PEDRO SEVERINO JR. 366 S46 120-1
Histórico Valor
5523992 2084462 HUGO CESAR PHILIPP X LUFTHANSA 1015661-95.2020.8.26.0100
23,55
Total
23,55
O Tribunal de justiça não se responsabiliza pela qualidade da cópia extraída de peça pouco legível.
Importante: evitem amassar, dobrar ou perfurar as contas, para não danificar o código de barras.
Mod. 0.70.731-4 - Fev/19 - SISBB 19042 - lfs
1ª Via – Unidade geradora do serviço, 2ª via – Contribuinte e 3ª via – Banco
https://www45.bb.com.br/fmc/frm/fw0707314_2.jsp 1/2
.
25/04/2020 https://aapj.bb.com.br/apf-apj-web/index.html?v=2.16.3
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANDRE LUIS DIAS SOUTELINO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 08/05/2020 às 00:12 , sob o número WJMJ20405866844
fls. 150
G335251429057933038
Outros convênios 25/04/2020 17:52:40
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 8FBC332.
COMPROVANTE DE PAGAMENTO
Transação efetuada com sucesso por: JD203587 ANDRE LUIS DIAS SOUTELINO.
https://aapj.bb.com.br/apf-apj-web/index.html?v=2.16.3 1/1
fls. 151
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 8FC1BD1.
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min
DECISÃO
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GABRIELA FRAGOSO CALASSO COSTA, liberado nos autos em 08/05/2020 às 19:41 .
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Gabriela Fragoso Calasso Costa
Vistos.
Por não vislumbrar na espécie, diante da natureza da controvérsia posta em debate,
a possibilidade de composição consensual, deixo de designar audiência a que alude o disposto no
artigo 334 do Código de Processo Civil.
Outrossim, cumpre destacar entendimento de José Miguel Garcia Medina ao
concluir que " o CPC/2015 é parte de um esforço, no sentido de substituir, ainda que
gradativamente, a cultura da sentença pela cultura da pacificação, mas a nova lei processual não
adotou essa postura de modo absoluto" in Direito processual Civil Moderno, RT 534 (grifos
nossos).
Ademais, diante das especificidades da causa e de modo a adequar o rito
processual às necessidade s do conflito, deixo para momento oportuno a análise da conveniência da
audiência de conciliação. (CPC, artigo 139 inciso VI e Enunciado nº 35 da ENFAM).
Cite-se o réu por carta para contestar o feito no prazo de quinze dias uteis, (CPC,
artigos 219 e 335), sob pena de revelia e presunção de veracidade das alegações de fato aduzidas
pelo autor (CPC, artigo 344), cujo termo inicial será a data prevista no artigo 231 do CPC, de
acordo com o modo como foi feita a citação (CPC, artigo 335 III).
Int.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 8FD3A8F.
Processo Digital nº: 1015661-95.2020.8.26.0100
Classe – Assunto: Procedimento Comum Cível - Transporte Aéreo
Requerente: Isadora Rocha Philipp e outros
Requerido: Deutsche Lufthansa AG
Destinatário:
Deutsche Lufthansa AG
Rua Gomes de Carvalho, 1356, 12 ANDAR, Vila Olimpia
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GABRIELA FRAGOSO CALASSO COSTA, liberado nos autos em 08/05/2020 às 19:42 .
São Paulo-SP
CEP 04547-005
Pela presente, comunico que perante este Juízo tramita a ação em epígrafe, da qual fica Vossa Senhoria CITADO(A) de todo
o conteúdo da petição inicial e da decisão, disponibilizadas na internet.
ADVERTÊNCIA / PRAZO PARA DEFESA: Nos termos do artigo 344 do Código de Processo Civil, se o réu não contestar
a ação, no prazo de 15 dias úteis, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo
autor, ficando, ainda, ciente de que o recibo que acompanha esta carta valerá como comprovante que esta citação se efetivou.
OBSERVAÇÃO: 1- Este processo tramita eletronicamente. A visualização da petição inicial, dos documentos e da decisão
que determina a citação (art. 250, II e V, do CPC) poderá ocorrer mediante acesso ao sítio do Tribunal de Justiça de São
Paulo, na internet, no endereço abaixo indicado, sendo considerado vista pessoal (art. 9º, § 1º, da Lei Federal nº 11.419/2006)
que desobriga a anexação. Petições, procurações, contestação etc, devem ser trazidos ao Juízo por peticionamento eletrônico.
2- Tratando-se de processo eletrônico, em prestígio às regras fundamentais dos artigos 4º e 6º do CPC, fica vedado o exercício
da faculdade prevista no artigo 340 do CPC. São Paulo, 08 de maio de 2020. Gabriela Fragoso Calasso Costa - Juiz de
Direito.
fls. 153
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9007F8E.
Certifico e dou fé que o ato abaixo, constante da relação nº 0166/2020, foi disponibilizado na página
604/617 do Diário da Justiça Eletrônico em 12/05/2020. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil
subseqüente à data acima mencionada.
Advogado
Jeter Cantuária Carneiro Filho (OAB 296293/SP)
Teor do ato: "Vistos. Por não vislumbrar na espécie, diante da natureza da controvérsia posta em
debate, a possibilidade de composição consensual, deixo de designar audiência a que alude o disposto no
artigo 334 do Código de Processo Civil. Outrossim, cumpre destacar entendimento de José Miguel Garcia
Medina ao concluir que " o CPC/2015 é parte de um esforço, no sentido de substituir, ainda que
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RICK SHODI SHIKAI, liberado nos autos em 12/05/2020 às 15:50 .
gradativamente, a cultura da sentença pela cultura da pacificação, mas a nova lei processual não adotou essa
postura de modo absoluto" in Direito processual Civil Moderno, RT 534 (grifos nossos). Ademais, diante das
especificidades da causa e de modo a adequar o rito processual às necessidade s do conflito, deixo para
momento oportuno a análise da conveniência da audiência de conciliação. (CPC, artigo 139 inciso VI e
Enunciado nº 35 da ENFAM). Cite-se o réu por carta para contestar o feito no prazo de quinze dias uteis,
(CPC, artigos 219 e 335), sob pena de revelia e presunção de veracidade das alegações de fato aduzidas pelo
autor (CPC, artigo 344), cujo termo inicial será a data prevista no artigo 231 do CPC, de acordo com o modo
como foi feita a citação (CPC, artigo 335 III). Int."
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por v-post.correios.com.br, liberado nos autos em 19/05/2020 às 06:55 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9088C51.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANDRE LUIS DIAS SOUTELINO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 31/05/2020 às 12:58 , sob o número WJMJ20407229558
fls. 155
ANDRÉ SOUTELINO - ADVOGADO – OAB/SP 323.971
PROCESSO: 1015661-95.2020.8.26.0100
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 91601A9.
ISADORA ROCHA PHILIPP E OUTROS, já devidamente
qualificados, vem, respeitosamente, através do seu procurador, manifestar-se no sentido
de que a citação não foi procedida para o endereço indicado na inicial, conforme
pode-se comprovar pelo “print” de tela abaixo extraído dos autos. Diante disso, se requer
seja determinada a citação para o endereço informado na exordial.
Nestes termos,
Pede-se deferimento.
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA 3ª VARA
CÍVEL DO FORO CENTRAL DE SÃO PAULO – SP.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 91602E7.
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA
32ª VARA CÍVEL DO FORUM CENTRAL– SP.
PROCESSO: 1015661-95.2020.8.26.0100
Nestes termos.
Pede-se deferimento.
São Paulo, 31 de maio de 2020.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 916E57D.
DESPACHO
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GABRIELA FRAGOSO CALASSO COSTA, liberado nos autos em 01/06/2020 às 13:56 .
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Gabriela Fragoso Calasso Costa
Vistos.
Fls. 155: expeça-se nova carta, observando-se o endereço informado pelos
requerentes.
Fls. 156: anote-se.
Int.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 91ADD80.
Certifico e dou fé que o ato abaixo, constante da relação nº 0180/2020, foi disponibilizado na página
577/587 do Diário da Justiça Eletrônico em 03/06/2020. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil
subseqüente à data acima mencionada.
Advogado
Andre Luis Dias Soutelino (OAB 323971/SP)
Rafael Rodrigues Rezende Leite (OAB 445473/SP)
Teor do ato: "Vistos. Fls. 155: expeça-se nova carta, observando-se o endereço informado pelos
requerentes. Fls. 156: anote-se. Int."
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RICK SHODI SHIKAI, liberado nos autos em 03/06/2020 às 14:23 .
SÃO PAULO, 3 de junho de 2020.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 91A2669.
Processo Digital nº: 1015661-95.2020.8.26.0100
Classe – Assunto: Procedimento Comum Cível - Transporte Aéreo
Requerente: Hugo César Philipp e outros
Requerido: Deutsche Lufthansa AG
Destinatário:
Deutsche Lufthansa AG
Rua Gomes de Carvalho, 1108, 6º andar, Vila Olimpia
São Paulo-SP
CEP 04547-004
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ROBERTO CASSIO DE ALMEIDA, liberado nos autos em 03/06/2020 às 14:24 .
Pela presente, comunico que perante este Juízo tramita a ação em epígrafe, da qual fica Vossa Senhoria CITADO(A) de todo
o conteúdo da petição inicial e da decisão, disponibilizadas na internet.
ADVERTÊNCIA / PRAZO PARA DEFESA: Nos termos do artigo 344 do Código de Processo Civil, se o réu não contestar
a ação, no prazo de 15 dias úteis, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo
autor, ficando, ainda, ciente de que o recibo que acompanha esta carta valerá como comprovante que esta citação se efetivou.
OBSERVAÇÃO: 1- Este processo tramita eletronicamente. A visualização da petição inicial, dos documentos e da decisão
que determina a citação (art. 250, II e V, do CPC) poderá ocorrer mediante acesso ao sítio do Tribunal de Justiça de São
Paulo, na internet, no endereço abaixo indicado, sendo considerado vista pessoal (art. 9º, § 1º, da Lei Federal nº 11.419/2006)
que desobriga a anexação. Petições, procurações, contestação etc, devem ser trazidos ao Juízo por peticionamento eletrônico.
2- Tratando-se de processo eletrônico, em prestígio às regras fundamentais dos artigos 4º e 6º do CPC, fica vedado o exercício
da faculdade prevista no artigo 340 do CPC. São Paulo, 03 de junho de 2020. Rosemeire Rodrigues Junior - Escrevente
Técnico Judiciário.
fls. 160
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por v-post.correios.com.br, liberado nos autos em 13/06/2020 às 04:15 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9296574.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CID PEREIRA STARLING e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 26/06/2020 às 18:18 , sob o número WJMJ20409029920
fls. 161
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 93E4CBA.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 32ª VARA CÍVEL CENTRAL DA
COMARCA DA CAPITAL – SÃO PAULO
Processo nº1015661-95.2020.8.26.0100
CONTESTAÇÃO
1
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CID PEREIRA STARLING e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 26/06/2020 às 18:18 , sob o número WJMJ20409029920
fls. 162
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 93E4CBA.
I – DA PRETENSÃO DOS AUTORES E SEUS FUNDAMENTOS
2
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CID PEREIRA STARLING e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 26/06/2020 às 18:18 , sob o número WJMJ20409029920
fls. 163
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 93E4CBA.
intérprete fazê-lo. Tampouco a legislação do transporte aéreo internacional faz tal
distinção, entre danos morais e materiais, inexistindo fundamento para fazê-lo, valendo
transcrever o disposto no artigo 1º da Convenção de Montreal, que assim estabelece:
3
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CID PEREIRA STARLING e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 26/06/2020 às 18:18 , sob o número WJMJ20409029920
fls. 164
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 93E4CBA.
A SITUAÇÃO ADOTADAS PELA LUFTHANSA – REACOMODAÇÃO ACEITA PARA VOO0 NO
DIA SEGUINTE E ASSISTÊNCIA MATERIAL - EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE (art. 19 da
Convenção de Montreal c/c art. 14, §3º, II Código de Defesa do Consumidor)
4
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CID PEREIRA STARLING e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 26/06/2020 às 18:18 , sob o número WJMJ20409029920
fls. 165
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 93E4CBA.
passageiro e deverá ser oferecida gratuitamente pelo transportador, conforme o
tempo de espera, ainda que os passageiros estejam a bordo da aeronave com
portas abertas, nos seguintes termos:
I - superior a 1 (uma) hora: facilidades de comunicação;
II - superior a 2 (duas) horas: alimentação, de acordo com o horário, por meio do
fornecimento de refeição ou de voucher individual; e
III - superior a 4 (quatro) horas: serviço de hospedagem, em caso de pernoite,
e traslado de ida e volta.
§ 1º O transportador poderá deixar de oferecer serviço de hospedagem para o
passageiro que residir na localidade do aeroporto de origem, garantido o
traslado de ida e volta.
§ 2º No caso de Passageiro com Necessidade de Assistência Especial - PNAE e de
seus acompanhantes, nos termos da Resolução nº 280, de 2013, a assistência
prevista no inciso III do caput deste artigo deverá ser fornecida
independentemente da exigência de pernoite, salvo se puder ser substituída por
acomodação em local que atenda suas necessidades e com concordância do
passagei o ou a o pa ha te.
§ 3º O transportador poderá deixar de oferecer assistência material quando o
passageiro optar pela reacomodação em voo próprio do transportador a ser
realizado em data e horário de conveniência do passageiro ou pelo reembolso
integral da passagem aérea. (grifou-se)
5
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CID PEREIRA STARLING e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 26/06/2020 às 18:18 , sob o número WJMJ20409029920
fls. 166
17 - Nesse passo, o atraso de voo, por si só, não são causas para gerar dano
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 93E4CBA.
moral, porque estes são consequências extraordinárias e que devem ser demonstradas e
não simplesmente presumidas, sob pena de seu desvirtuamento. Não se pode ignorar as
peculiaridades do transporte aéreo, fato que justificou uma legislação especial e com
vigência internacional. A autora NÃO COMPROVA QUALQUER LESÃO A DIREITO DA
PERSONALIDADE OU CONSEQUÊNCIA GRAVE RESULTANTE DO ATRASO (PERDA DE
COMPROMISSO PROFISSIONAL, FRUSTRAÇÃO DOS OBJETIVOS DA VIAGEM ETC), buscando
tão somente o reconhecimento de danos morais presumidos, como efeito automático do
atraso.
6
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CID PEREIRA STARLING e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 26/06/2020 às 18:18 , sob o número WJMJ20409029920
fls. 167
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 93E4CBA.
Min. Aldir Passarinho Junior, unânime, DJU de 11.12.2000) g ifou-se
7
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fls. 168
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da viagem ou teria perdido significativo compromisso pessoal ou profissional apto a causar
efetivo e grave sentimento negativo, não há que se falar em danos morais. Em
complemento, os parâmetros previstos na Convenção de Montreal não admitem a
presunção de danos, exigindo a sua prova.
8
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CID PEREIRA STARLING e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 26/06/2020 às 18:18 , sob o número WJMJ20409029920
fls. 169
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28 - Nesse sentido, inclusive, nota-se que o Poder Judiciário tem coibido às
exageradas, artificiais e tendenciosas alegações de dor e sofrimento em razão de
determinados aborrecimentos cotidianos, a exemplo do brilhante decisum proferido pelo
MM. Juízo do Juizado Especial Cível da Comarca de Pedregulho/SP, nos autos do processo
nº 434.01.2011.000327-2/000000-000, em que figuraram como partes Roberto Pereira da
Silva X Banco do Brasil, transcrito a seguir, in verbis:
Vistos. Roberto Pereira da Silva propôs ação de indenização por danos morais
em face de Banco do Brasil S/A. O relatório é dispensado por lei. Decido. O
pedido é improcedente. O autor quer dinheiro fácil. Foi impedido de entrar na
agência bancária do requerido por conta do travamento da porta giratória que
conta com detector de metais. Apenas por isto se disse lesado em sua moral,
posto que colocado em situação "de vexame e constrangimento" (vide fls. 02).
Em nenhum momento disse que foi ofendido, chamado de ladrão ou qualquer
coisa que o valha. O que o ofendeu foi o simples fato de ter sido barrado - ainda
que por quatro vezes - na porta giratória que visa dar segurança a todos os
consumidores da agência bancária. Ora, o autor não tem condição de viver em
sociedade. Está com a sensibilidade exagerada. Deveria se enclausurar em
casa ou em uma redoma de vidro, posto que viver sem alguns aborrecimentos
é algo impossível. Em um momento em que vemos que um jovem enlouquecido
atira contra adolescentes em uma escola do Rio de Janeiro, matando mais de
uma dezena deles no momento que freqüentavam as aulas (fato notório e
ocorrido no dia 07/04/2011) é até constrangedor que o autor se sinta em
situação de vexame por não ter conseguido entrar na agência bancária. Ao
autor caberá olhar para o lado e aprender o que é um verdadeiro sofrimento,
uma dor de verdade. E quanto ao dinheiro, que siga a velha e tradicional
fórmula do trabalho para consegui-lo. Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE
o pedido. Sem custas e honorários advocatícios nesta fase. PRIC . – grifou-se
9
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fls. 170
enseja indenização por dano moral. O importante é que o ato ilícito seja capaz
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 93E4CBA.
de irradiar-se para a esfera da dignidade da pessoa, ofendendo-a de maneira
relevante. Daí porque doutrina e jurisprudência têm afirmado, de forma
uníssona, que o mero inadimplemento contratual – que é um ato ilícito – não se
revela, por si só, bastante para gerar dano moral.
(...)
4. No caso em exame, tanto o Juízo de piso quanto o Tribunal de origem
afirmaram que, em virtude do atraso do voo – que, segundo o autor, foi de
aproximadamente oito horas –, não ficou demonstrado qualquer prejuízo daí
decorrente, sendo que a empresa não deixou os passageiros à própria sorte e
ofereceu duas alternativas para o problema, quais sejam, a estadia em hotel
custeado pela companhia aérea, com a ida em outro voo para a capital gaúcha
no início da tarde do dia seguinte, ou a realização de parte do trajeto de ônibus
até Florianópolis, de onde partiria um voo para Porto Alegre pela manhã. Não
há, pois, nenhuma prova efetiva, como consignado pelo acórdão, de ofensa à
dig idade da pessoa hu a a do auto . (grifou-se)
10
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por conseguinte, a prova, por parte do passageiro, da lesão extrapatrimonial
sofrida.
33 – Assim, resta claro que inexiste lesão moral a ser indenizada. Por
conseguinte, improcedente o pedido de indenização.
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as ações e quais são seus respectivos direitos. Em nenhuma das referidas ações
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se outorgará uma indenização punitiva, exemplar ou de qualquer natureza
que não seja compensatória. (grifamos)
12
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fls. 173
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40 – Como se sabe, a inversão do ônus da prova exige decisão
fundamentada, não resultando automática da simples condição ou situação jurídica de
consumidor, conforme o excelente trecho do Ministro HERMAN BENJAMIN, do Superior
Tribunal de Justiça:
13
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fls. 174
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 93E4CBA.
(acórdão).
V. Previsão nesse sentido do art. 262, §1º, do Projeto de Código de Processo
Civil.
VI. A inversão 'ope judicis' do ônus probatório deve ocorrer preferencialmente
na fase de saneamento do processo ou, pelo menos, assegurando-se à parte a
quem não incumbia inicialmente o encargo, a reabertura de oportunidade
para apresentação de provas. (grifou-se)
42 - Outrossim, à toda evidência que a parte autora não pode ser considerada
hiossuficiente para a produção da prova que a ela incumbe, posto que destituida de
complexidade e ao seu exclusivo alcance (danos morais).
14
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fls. 175
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 93E4CBA.
VI - CONCLUSÃO
49 - Por fim, requer seja anotado o nome da Dra. Valéria Curi de Aguiar e Silva
Starling (OAB/SP 154.675), para fins de recebimento de intimações, indicando para tanto o
endereço da Alameda Santos, 2224, 2º andar, Cerqueira Cesar – SP, telefone (11) 3061-
1620, e-mail valeria@diciero.adv.br, nos termos do artigo 77, V, do Código de Processo
Civil, sob pena de invalidade das intimações realizadas em desconformidade com tal
pedido.
Estando em termos,
Pede deferimento.
São Paulo, 26 de junho de 2020.
15
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CID PEREIRA STARLING e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 26/06/2020 às 18:18 , sob o número WJMJ20409029920
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PROCURAÇÃO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 93E4CBD.
São Paulo, 24 de janeiro de 2020.
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Fiscalização e outros centros ou órgãos judiciários administrativos de todas as
jurisdições e instâncias e em todos os seus graus, podendo exercer os direitos e
interesses correspondentes, apresentar petições, instar os expedientes oportunos,
solicitando dados, cópias ou documentos de interesse, formulando reclamações,
inclusive as prévias e interpondo recursos de qualquer tipo em via administrativa,
exercer todo tipo de apresentações e ações e opor todo tipo de exceções em qualquer
um dos procedimentos, trâmites ou recursos, quer como demandado, quer defendendo
ou por qualquer outro título, interpor todo tipo de reclamações, recursos judiciários,
ordinários ou extraordinários, inclusive os de cassação e revisão, transigir, receber e dar
quitação, desistir das ações, reclamações, pleitos, recursos judiciários em qualquer
estado do processo, enfim, praticar todos os atos inerentes ao fiel cumprimento do
presente mandato, sendo vedado o substabelecimento.
Esta procuração é válida até 01 de janeiro de 2021.
____________________________
DEUTSCHE LUFTHANSA A.G
Tom Francois Annetta Maes
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01 - Nome / Razão Social 07 - Data de Vencimento
Deutsche Lufthansa Ag 15/07/2020
02 - Endereço 08 - Valor Total
R GOMES DE CARVALHO, nº 0 , º andar, VILA OLIMPIA, CEP: 0 . -00 , Sao Paulo SP
R$ 24,00
03 - CNPJ Base / CPF 04 - Telefone 05 - Quantidade de Documentos Detalhe 09 - Número do DARE
33.461.740 (11)3061-1620 1
06 - Observações 200590031561179
Proc. Origem 0 - . 0 0. . .0 00 - Foro Central Cível
Emissão: 15/06/2020
10 - Autenticação Mecânica Via do Banco
R$ 0,00 R$ 0,00
18 - Nº do Documento 17 - Observações 08 - 11 - Multa de Mora ou 14 - Valor Total
Detalhe Proc. Origem 0 - . 0 0. . .0 00 - Foro Central Cível Multa Por Infração
200590031561179-0001
Emissão: 15/06/2020 R$ 0,00 R$ 24,00
Emissão: 15/06/2020
10 - Autenticação Mecânica Via do Contribuinte
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Dados da conta debitada:
Agência/conta: 3240/11221-3 Nome da empresa: DI CIERO ADVOGADOS
Dados do pagamento:
Código de barras: 858800000008 240001851120 005900315564 097202007157
Controle: 200590031556097
Valor do documento: R$ 24,00
Operação efetuada em 16/06/2020 às 11:19:53h via EMPRESA PLUS, CTRL 202006168695485.
- Pagamento efetuado em sábado, domingo ou feriado, será quitado no próximo dia útil.
- O cliente assume total responsabilidade por eventuais danos decorrentes de inexatidão ou insuficiência nas informações
por ele inseridas.
Autenticação:
C0C886B8EFA5D3A6FBC202B606CF47E7938EF998
Dúvidas, sugestões e reclamações: na sua agência. Se preferir, ligue para o SAC Itaú: 0800 728 0728 (todos os dias, 24h) ou acesse o Fale Conosco no www.itau.com.br.
Se não ficar satisfeito com a solução apresentada, ligue para a Ouvidoria Corporativa Itaú: 0800 570 0011 (em dias úteis, das 9h às 18h) ou Caixa Postal 67.600, CEP
03162-971. Deficientes auditivos ou de fala: 0800 722 1722 (todos os dias, 24h). 1
fls. 217
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DESPACHO
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GABRIELA FRAGOSO CALASSO COSTA, liberado nos autos em 29/06/2020 às 09:49 .
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Gabriela Fragoso Calasso Costa
Vistos.
I - Cadastre-se o patrono da parte ré no sistema SAJ.
II - Manifeste-se o autor em réplica, no prazo de 15 dias.
Int.
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Certifico e dou fé que o ato abaixo, constante da relação nº 0204/2020, foi disponibilizado na página
669/679 do Diário da Justiça Eletrônico em 01/07/2020. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil
subseqüente à data acima mencionada.
Advogado
Andre Luis Dias Soutelino (OAB 323971/SP)
Rafael Rodrigues Rezende Leite (OAB 445473/SP)
Valéria Curi de Aguiar E Silva Starling (OAB 154675/SP)
Cid Pereira Starling (OAB 119477/SP)
Teor do ato: "Vistos. I - Cadastre-se o patrono da parte ré no sistema SAJ. II - Manifeste-se o autor em
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RICK SHODI SHIKAI, liberado nos autos em 01/07/2020 às 13:27 .
réplica, no prazo de 15 dias. Int."
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9660D56.
Autos n° 1015661-95.2020.8.26.0100
Já é hora de o Judiciário brasileiro ter em conta que
as pífias indenizações muitas vezes fixadas em casos
tais, a se considerar que são poucos os que ingressam
em juízo, acabam integrando o custo operacional dos
grandes fornecedores de produtos e de serviços,
mostrando-se tal custo bem menos expressivo do que
seria o necessário para a implantação e manutenção
de uma estrutura de atendimento ao consumidor
realmente eficiente e respeitosa. (TJSP - Apelação nº
1111766-71.2019.8.26.0100 – Relator Ricardo Pessoa de
Mello Belli)
A - NO MÉRITO
A parte Ré alega que O voo LH500 Frankfurt-Rio de Janeiro, previsto para o dia
30/07/2019, atrasou por 12h34minutos (cf. fls. 135) em razão de problemas na aeronave e que
exigiram manutenção não programada.., (Fls.164), SEM, NO ENTANTO, COMPROVAR TAL
ALEGAÇÃO, e que por conta disso não caberia a sua responsabilização, escusa que não
cabe aqui, pelos seguintes motivos:
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL RODRIGUES REZENDE LEITE e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 22/07/2020 às 22:36 , sob o número WJMJ20410756539
fls. 220
2) Em sua contestação, a parte ré simplesmente alegou que o tarso se deu por conta de
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9660D56.
problemas técnicos na aeronave, logo, confessa que atrasou o voo, que não acomodou a
parte autora na primeira oportunidade e não comprovou que lhe deu assistência material,
de modo que mais uma vez a ré assume o risco pelos defeitos cometidos na prestação
da sua atividade, sendo um claro risco do negócio.
3) A ré alega que prestou assistência material a parte autora, mas tal informação não
procede e nem tampouco foi comprovada, tanto que a parte autora teve abalos morais.
Por ter assumido o risco ao atrasar o voo e gerar danos aos consumidores do seu
serviço, a parte ré ao menos teria que ter cumprido in totum o art. 28 da Resolução nº
400 da ANAC, o que não o fez, já que não deu escolha de outros voos, apenas
realocando naquele que a ré julgava mais conveniente para ela.
Descumprindo a Lei, a parte ré não trouxe aos autos as provas de que tentou
acomodar a parte autora na primeira oportunidade, seja em voo próprio ou de terceiros,
como deveria ter feito, e em não fazendo, mais uma vez assumiu o risco de que sua
conduta pudesse gerar danos, prejuízos e transtorno aos seus consumidores, assim como
ocorreu no presente caso.
No mais, é dever da empresa cumprir com os prazos por ela informados para a
prestação do serviço e atuar com qualidade e presteza, e se a mesma não o fez, esta
gerou um dano ao seu consumidor, o qual deve ser indenizado.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL RODRIGUES REZENDE LEITE e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 22/07/2020 às 22:36 , sob o número WJMJ20410756539
fls. 221
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9660D56.
Durante o tempo de todo atraso a ré não ofereceu à parte autora alimentação e
as demais assistências materiais que trata a Lei. A parte Autora teve que suportar o longo
atraso sem nenhuma amenidade, sem alimentação, ou hotel para que pudesse repousar.
No momento em que a empresa ré alega que sua conduta não gerou abalos e
sofrimentos aos autores é demonstrar que não possui um mínimo de respeito com seus
passageiros e que pouco se importa com o bem estar dos mesmos, fato este que deve
ser duramente rechaçado.
Ora Excelência, por força das regras do CDC e da doutrina e jurisprudência pátria, a
ré assume a possibilidade de ocorrer defeitos e atrasos em seus produtos e serviços, bem
como a sua responsabilidade, o que claramente demonstra que os argumentos expedidos
em sua contestação não são válidos, mas sim meramente protelatórios, numa tentativa de
se eximir, de qualquer forma, de sua responsabilidade.
Desta forma, surge o CDC para coibir os abusos nas relações de consumo, para
impedir a impunidade, estabelecendo a responsabilidade civil de forma mais abrangente
fazendo com que a reparação do dano causado ao consumidor seja dotada de indiscutível
eficácia.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9660D56.
posição de inferioridade do consumidor em face do poder econômico do fornecedor,
bem como a insuficiência dos esquemas tradicionais do direito substancial e processual,
que já não mais tutelavam novos interesses identificados como coletivos e difusos ..." .
Ainda no que tange a responsabilidade das empresas, vale dizer mais suma vez
que a lei é clara no sentido de que o dever de reparar os danos independe da existência de
culpa, consagrando-se, à evidência, hipótese de responsabilidade objetiva.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9660D56.
serem aplicadas no presente caso em respeito aos tratados internacionais. E de forma
supletiva, a Resolução nº 400/2016 da ANAC, o Código Brasileiro de Aeronáutica, o Código
Civil brasileiro e o Código de Defesa do Consumidor.
Por se tratar de uma Convenção com normas gerais para padronizar o transporte
aéreo internacional, a Convenção de Montreal não trata especificamente da proteção aos
direitos do consumidor. Logo, os princípios de proteção ao consumidor estabelecidos
pela Organização Internacional de Aviação Civil (OACI) foram recepcionados ao
ordenamento jurídico brasileiro por força da art. 44, letra d da Convenção de Chicago
(recepcionada pelo Decreto nº 21.713/46).
No caso em tela, o longo atraso, com a falta de opção imediata de novos voos
para a parte autora são fatores que ensejam à aplicação supletiva das normas citadas no
parágrafo anterior, em especial o Código de Defesa do Consumidor.
Por todo o exposto, claro está a responsabilidade da empresa Ré, bem como a
necessidade da aplicação do instituto da Inversão do Ônus da Prova, não tendo, por
tanto, validade nas alegações da parte ré que tenta, a todo custo, se eximir de sua
responsabilidade perante seus consumidores.
A parte ré alega que não houve comprovação da parte Autora dos danos por ela
sofridos. Ora esta alegação é descabida, não encontra fundamento nenhum, pois é fato
que a parte autora teve seu tempo e suas expectativas subtraídos pelo erro na
prestação de um serviço, fazendo que mergulhasse por horas em angústia e decepção,
se sentindo impotente, sem saber o que viria pela frente, quando teria solução para o
seu problema.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9660D56.
escolha com as companhias aéreas onde impera a famosa expressão: é pegar ou largar .
Desta forma, pela teoria do desestímulo, cada ofensor deve ser condenado a
pagar indenização que represente medida eficaz para que não volte a praticar o ato ilícito,
observando-se, para tanto, sua capacidade econômica e a consequente razoabilidade do
valor que deve ser arbitrado sem que lhe abale demasiadamente, mas que torne
necessária a imediata correção da prática de posturas reprováveis como a que ocorreu no
caso em questão.
APELAÇÃO CÍVEL 10499/92 – Reg. 1022 Juiz: MAURO FONSECA PINTO NOGUEIRA –
05/03/92)
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9660D56.
FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO CONFIGURADA – Demandante que faz
jus à indenização por danos morais postulada, os quais independem de
comprovação, por decorrerem do próprio ato violador – Montante arbitrado
pelo douto Magistrado que merece ser mantido - Recurso da ré improvido.
(TJ-SP - AC: 10213543420188260002 SP 1021354-34.2018.8.26.0002, Relator:
Thiago de Siqueira, Data de Julgamento: 15/03/2019, 14ª Câmara de Direito
Privado, Data de Publicação: 15/03/2019)
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9660D56.
ESPERA PARA A DECOLAGEM. AUSÊNCIA DE ASSISTÊNCIA AOS
PASSAGEIROS, INCLUSIVE PARA A ALIMENTAÇÃO ADEQUADA. Desídia da
empresa aérea caracterizada. Fato suscetível de caracterizar-se como dano
moral. Indenização devida. Valor fixado com observância ao princípio da
razoabilidade. Sentença modificada. Procedência do pedido. Apelação
provida. (TJ-SP 11012128220168260100 SP 1101212-82.2016.8.26.0100,
Relator: Sebastião Flávio, Data de Julgamento: 30/08/2017, 23ª Câmara de
Direito Privado, Data de Publicação: 30/08/2017)
Conforme disposto nos fatos iniciais, a parte Autora teve que desperdiçar seu
tempo para solucionar problemas que foram causados por terceiros, devendo ser
indenizado.
Vitor Guglinski ao dissertar sobre o tema em sua obra, destaca:
"A ocorrência sucessiva e acintosa de mau atendimento ao consumidor,
gerando a perda de tempo útil, tem levado a jurisprudência a dar seus
primeiros passos para solucionar os dissabores experimentados por
milhares de consumidores, passando a admitir a reparação civil pela
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RAFAEL RODRIGUES REZENDE LEITE e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 22/07/2020 às 22:36 , sob o número WJMJ20410756539
fls. 227
perda do tempo livre. (…). (in Danos morais pela perda do tempo
útil": uma nova modalidade. Jus Navigandi, Teresina, ano 17, n. 3237, 12
maio 2012)
Nesse sentido:
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9660D56.
"Por outro lado, vem se admitindo crescentemente, a partir de
provocação doutrinária, a concessão de indenização pelo dano decorrente
do sacrifício do tempo do consumidor em razão de determinado
descumprimento contratual,como ocorre em relação à necessidade de
sucessivos e infrutíferos contatos com o serviço de atendimento do
fornecedor, e outras providências necessárias à reclamação de vícios no
produto ou na prestação de serviços."(MIRAGEM, Bruno. Curso de
Direito do Consumidor - Editora RT, 2016. versão e-book, 3.2.3.4.1)
A jurisprudência, no mesmo sentido, ancora o posicionamento de que o desvio
produtivo ocasionado pela desídia de uma empresa deve ser indenizado, conforme
predomina a jurisprudência:
APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AGRAVO RETIDO. O erro
na informação do sistema informatizado não pode prejudicar a parte.
Acolhimento da contestação como tempestiva. PACOTE TURÍSTICO.
CVC. ATRASO NO VOO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. CABIMENTO.
Trabalhando a demandada em parceria com a companhia aérea e
funcionando como intermediadora da venda dos serviços de
prestação de transporte aéreo aos consumidores, tem-se que é
também responsável pela eventual falha no serviço, conforme
estabelece o art. 14 do CDC. Reconhece-se o dano moral na espécie,
uma vez que os demandantes tiveram frustrado seu direito de
transporte nos moldes e horários eleitos, com atraso que gerou perda
de tempo útil, que ultrapassou o mero incômodo. Demonstração, de
forma suficiente, de ocorrência de um ilícito - e não mero dissabor -
pela demandada, capaz de tornar evidente o prejuízo causado à parte
autora, sendo necessária a reparação do dano, nos termos do art. 927
do Código Civil. Tem-se como suficiente, portanto, o arbitramento de
danos morais, na hipótese, em montante equivalente a R$ 1.500,00,
para cada um dos autores, analisadas as condições fáticas e jurídicas
da lide em discussão. AGRAVO RETIDO DESPROVIDO E RECURSO DE
APELAÇÃO PROVIDO. VENCIDO O DES. JORGE LUIZ LOPES DO CANTO NO
TOCANTE AO QUANTUM INDENIZATÓRIO. (Apelação Cível Nº
70059514406, Quinta Câmara Cível - Serviço de Apoio Jurisdição,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Maria Claudia Cachapuz, Julgado em
08/04/2015)
Trata-se de notório desvio produtivo caracterizado pela perda do tempo que lhe
seria útil ao descanso, lazer ou de forma produtiva, acaba sendo destinado na solução
de problemas de causas alheias à sua responsabilidade e vontade.
A perda de tempo de vida útil do consumidor, em razão da falha da prestação do
serviço não constitui mero aborrecimento do cotidiano, mas verdadeiro impacto negativo
.
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fls. 228
em sua vida, sendo este mais um motivo pelo qual a empresa Ré deve ser condenada a
indenizar a parte Autora pelos danos suportados com o longo atraso.
G - DAS CONCLUSÕES
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9660D56.
Face o exposto requer a procedência do feito haja vista que a Ré não cumpriu in
totum a Resolução nº 400 da ANAC ao não acomodar a parte autora na primeira opção
para seu destino final, mesmo que em voos de terceiros, e por ter submetido a parte
Autora a um ATRASO de mais de 24 HORAS. A ré não esgotou as opções de acomodação
em voos próprios ou de terceiros (vide nota técnica em anexo na inicial), é incontestável
isso.
Ao gerar tal atraso, fez com que a parte Autora passasse por um longo período
de incertezas, aflição, desconforto, descontentamento, frustração, perda do seu tempo
e compromissos que possuía. É merecedora, portanto, de ser indenizada.
Frisamos mais uma vez que a Ré não ofereceu outras opções imediatas de voo
para solucionar o caso, e não prestou assistência material cabível ao caso, conforme
positiva a Lei. Em sua contestação nada trouxe de novo, tentou apenas se escusar, o
que não afasta sua responsabilidade em indenizar a parte autora, conforme
entendimento jurisprudencial majoritário.
Nestes termos,
Pede-se deferimento.
São Paulo, 22 de junho de 2020.
Rafael Leite
OAB/SP 445.473
André Soutelino
OAB/SP 323.971
Marcelo Maturana
OAB/SP 445.470
OAB/SP 445.470
fls. 229
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9683B0F.
DESPACHO
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GABRIELA FRAGOSO CALASSO COSTA, liberado nos autos em 24/07/2020 às 09:22 .
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Gabriela Fragoso Calasso Costa
Vistos.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 96CF56C.
Certifico e dou fé que o ato abaixo, constante da relação nº 0236/2020, foi disponibilizado na página
573/592 do Diário da Justiça Eletrônico em 28/07/2020. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil
subseqüente à data acima mencionada.
Advogado
Andre Luis Dias Soutelino (OAB 323971/SP)
Rafael Rodrigues Rezende Leite (OAB 445473/SP)
Valéria Curi de Aguiar E Silva Starling (OAB 154675/SP)
Cid Pereira Starling (OAB 119477/SP)
Teor do ato: "Vistos. Informem as partes se concordam com o julgamento antecipado ou especifiquem
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RICK SHODI SHIKAI, liberado nos autos em 28/07/2020 às 00:41 .
as provas que pretendem produzir, justificando o cabimento e pertinência, no prazo de 5 dias. Int."
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9719713.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 32ª VARA CÍVEL CENTRAL DA
COMARCA DE SÃO PAULO – SP.
Processo nº 1015661-95.2020.8.26.0100
Estando em termos,
Pede deferimento
São Paulo, 30 de julho de 2020.
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA 32ª VARA CÍVEL
DO FORO CENTRAL CÍVEL– SP.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 97A15FE.
Autos n° 1015661-95.2020.8.26.0100
Que no que tange as provas, informa a parte autora que não há mais provas a
serem apresentadas, além daquelas que já se encontram nos autos e que são aptas a
demonstrar o direito autoral e as falhas na prestação do serviço cometidas pela Ré.
Termos em que,
Pedem Deferimento.
São Paulo, 4 de agosto de 2020
Rafael Leite
OAB/SP 445.473
André Soutelino
OAB/SP 323.971
Marcelo Maturana
OAB/SP 445.470
fls. 233
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 97DA261.
DESPACHO
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GABRIELA FRAGOSO CALASSO COSTA, liberado nos autos em 06/08/2020 às 14:16 .
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Gabriela Fragoso Calasso Costa
Vistos.
Ao MP, em razão da menoridade de Isabela.
Int.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9824CB6.
Certifico e dou fé que o ato abaixo, constante da relação nº 0259/2020, foi disponibilizado na página
466/480 do Diário da Justiça Eletrônico em 10/08/2020. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil
subseqüente à data acima mencionada.
Advogado
Andre Luis Dias Soutelino (OAB 323971/SP)
Rafael Rodrigues Rezende Leite (OAB 445473/SP)
Valéria Curi de Aguiar E Silva Starling (OAB 154675/SP)
Cid Pereira Starling (OAB 119477/SP)
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RICK SHODI SHIKAI, liberado nos autos em 10/08/2020 às 01:51 .
SÃO PAULO, 10 de agosto de 2020.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9845F05.
ATO ORDINATÓRIO
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por BRUNO BRANDAO DIAS, liberado nos autos em 10/08/2020 às 23:38 .
Ato Ordinatório
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9845F18.
CERTIDÃO DE REMESSA PARA O PORTAL ELETRÔNICO
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 10/08/2020 às 23:38 .
[]
[]
Justiça PúblicaJustiça Pública[][]
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 985F3CA.
Requerente: Hugo César Philipp e outros
Requerido: Deutsche Lufthansa AG
1
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por STELA TINONE KUBA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 11/08/2020 às 16:48 , sob o número WJMJ20412071282
fls. 238
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 985F3CA.
Inicialmente, requer-se que se juntem os documentos pessoais dos
autores.
Não obstante, considerando já a apresentação do documento
pessoal da autora Isadora, a Promotoria desde já se manifesta no mérito da demanda
e, nessa seara, o feito comporta julgamento antecipado, nos termos do artigo 355, I
do CPC, ante a desnecessidade de produção de outras provas.
2
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por STELA TINONE KUBA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 11/08/2020 às 16:48 , sob o número WJMJ20412071282
fls. 239
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 985F3CA.
Devido ao atraso no embarque em Frankfurt, a autora e sua família
suportaram um atraso de mais de 24 horas na chegada do voo originalmente contratado.
Oportuno seja ressaltado que o mero o descumprimento contratual ou
legal, por si só, não tem o condão de caracterizar dano de natureza extrapatrimonial.
Aliás, o Superior Tribunal de Justiça já fixou o entendimento de que para restar
configurado o dano moral, faz-se necessário que o descumprimento contratual, atraso
no voo, ultrapasse o mero dissabor, abalando a dignidade da pessoa, ofendendo-a de
maneira relevante. (STJ - REsp: 1386794 RJ 2013/0179134-0, Relator: Ministro RAUL
ARAÚJO, Data de Publicação: DJ 30/04/2015).
Consigne-se que a terceira turma do STJ, em julgamento recente do
Recurso Especial Nº 1.584.465 - MG (2015/0006691-6), ratificou o entendimento da
corte, afastando o argumento de que o dano moral decorrente de atraso no voo seria
presumido (in re ipsa).
O STJ decidiu que, para configuração do dever de indenizar, devem ser
observadas as circunstâncias que envolvem o caso concreto, tais como “i) a averiguação
acerca do tempo que se levou para a solução do problema, isto é, a real duração do atraso; ii) se a
companhia aérea ofertou alternativas para melhor atender aos passageiros; iii) se foram prestadas
a tempo e modo informações claras e precisas por parte da companhia aérea a
fim de amenizar os desconfortos inerentes à ocasião; iv) se foi oferecido suporte
material (alimentação, hospedagem, etc.) quando o atraso for considerável; v) se
o passageiro, devido ao atraso da aeronave, acabou por perder compromisso inadiável no destino, dentre
outros” (RECURSO ESPECIAL Nº 1.584.465 - MG (2015/0006691-6), 13 de
novembro de 2018 (Data do Julgamento) MINISTRA NANCY ANDRIGHI Relatora)
– GRIFAMOS.
3
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por STELA TINONE KUBA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 11/08/2020 às 16:48 , sob o número WJMJ20412071282
fls. 240
facilidade em obter essas informações em seu sistema, não juntou aos autos qualquer
documento comprovando o alegado em contestação.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 985F3CA.
satisfatoriamente assistência material aos autores, conforme artigo 26 e artigo 27,
inciso II e III da Resolução da ANAC, de rigor o acolhimento da pretensão
indenizatória.
4
a menor.
Natália Calciolari
STELA TINONE KUBA
Promotora de Justiça Cível
5
fls. 241
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por STELA TINONE KUBA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 11/08/2020 às 16:48 , sob o número WJMJ20412071282
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 985F3CA.
fls. 242
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 99B6415.
SENTENÇA
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GABRIELA FRAGOSO CALASSO COSTA, liberado nos autos em 24/08/2020 às 19:24 .
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Gabriela Fragoso Calasso Costa
Vistos.
1015661-95.2020.8.26.0100 - lauda 1
fls. 243
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 99B6415.
É o relatório. Decido.
Trata-se de ação indenizatória por danos morais decorrentes de falha na
prestação de serviço de transporte aéreo internacional de pessoas, que acarretou atraso de
12 horas na chegada dos autores ao Rio de Janeiro e 23h de atraso para a chegada ao
destino final, Porto Alegre.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GABRIELA FRAGOSO CALASSO COSTA, liberado nos autos em 24/08/2020 às 19:24 .
Conheço diretamente do pedido, nos termos do artigo 355, inciso I, do
Código de Processo Civil, uma vez que desnecessária a dilação probatória, em razão da
suficiência da prova documental coligida aos autos.
De início, destaco que, em recente julgamento do Recurso Representativo de
Controvérsia nº 636.331, o Supremo Tribunal Federal consolidou jurisprudência no sentido
de que a Convenção de Montreal, internalizada como lei federal no direito nacional pelo
Decreto nº 5.910/2006, tem prevalência sobre o Código de Defesa do Consumidor, já que
corresponde a lei especial, e deve constituir a fonte normativa para os litígios sobre o
transporte aéreo internacional (tema 210).
No entanto, o presente caso não envolve extravio de bagagem e o referido
precedente repetitivo não se estende aos danos morais sofridos pelos passageiros,
limitando-se aos danos materiais.
Neste sentido, o TJSP já decidiu: AÇÃO CONDENATÓRIA transporte aéreo
internacional condenação da ré ao pagamento de indenização por dano moral e por dano
material não aplicação da Convenção de Montreal para o dano moral condenação mantida,
ausente qualquer justificativa para a redução do valor dano material apenas um dos pontos
suscitados pelos autores foi provado e, assim, somente este merece ressarcimento sentença
parcialmente reformada em parte mínima sucumbência mantida recurso parcialmente
provido (TJSP; Apelação Cível 1056606-61.2019.8.26.0100; Relator (a): Achile Alesina; Órgão
Julgador: 14ª Câmara de Direito Privado; Foro Central Cível - 22ª Vara Cível; Data do
Julgamento: 23/01/2020; Data de Registro: 23/01/2020).
E: APELAÇÃO - Transporte aéreo internacional - Ação de indenização por danos
morais e materiais Cancelamento de voo Autores que, além de perderem um dia de férias dos
três programados, foram obrigados a procurar estada e alimentação por conta própria durante
dezesseis horas Indenização por danos morais arbitrada no valor de R$ 10.000,00 - Apelo da ré
somente no tocante ao dano extrapatrimonial Manutenção da sentença Responsabilidade civil
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da transportadora confirmada Ré que não logrou comprovar causa excludente de
responsabilidade, deixando de trazer quaisquer documentos aptos a demonstrar suas alegações
Ausência, ademais, de verossimilhança quanto ao argumento de que o aeroporto estaria
inoperante no dia dos fatos, uma vez que os autores, ao que consta, partiram do mesmo local -
Danos morais configurados Atraso de mais de 16 horas de voo internacional sem assistência da
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GABRIELA FRAGOSO CALASSO COSTA, liberado nos autos em 24/08/2020 às 19:24 .
companhia aérea para pernoite ou alimentação, bem como perda de um dos três dias de passeios
programados, é fato que transcende o mero aborrecimento - Dano moral in re ipsa Quantum
indenizatório adequado às peculiaridades do caso - Valor de R$ 10.000,00, arbitrado a título de
danos morais para cada autor, que não comporta redução Limitação tarifária devida apenas em
casos de danos materiais Ainda assim, o montante fixado guarda consonância com o limite
indenizatório disposto no art. 22(1) da Convenção de Montreal: 4.150 "DES" (Direito Especial de
Saque) - Sentença mantida - Recurso desprovido. (TJSP; Apelação Cível
1037124-30.2019.8.26.0100; Relator (a): Jonize Sacchi de Oliveira; Órgão Julgador: 24ª
Câmara de Direito Privado; Foro Central Cível - 41ª Vara Cível; Data do Julgamento:
10/01/2020; Data de Registro: 10/01/2020).
Ora, é incontroverso nos autos que houve atraso de doze horas no voo
Frankfurt - RJ, sem qualquer justificativa plausível da ré, que apenas sustentou que o atraso
teria decorrido de fato imprevisível e inevitável, decorrente de problemas operacionais.
No entanto, revisões de rotina e manutenções de aeronaves tipificam
fortuitos internos, que não se prestam a isentar o fornecedor de suas responsabilidades.
Neste sentido, o TJSP decidiu: "Ação de indenização por danos morais. Má prestação de serviço de
transporte aéreo internacional. Responsabilidade objetiva da companhia aérea. Cancelamento e
remarcação do voo de retorno dos autores para o dia seguinte ao previsto, sob a justificativa de "motivos
técnicos operacionais/defeitos na aeronave". Atraso de cerca de 10 horas. Má prestação do serviço. Fortuito
interno que não exclui a responsabilidade da ré. Dano moral configurado. Pretensão restrita à
compensação pelos danos morais. Aplicação do CDC. Inaplicabilidade do entendimento consolidado pelo
E. STF, no julgamento do RE 636.331, com repercussão geral, já que se refere somente aos danos materiais,
do que não se trata a hipótese sub judice. Quantificação da verba indenizatória. Consideradas as
peculiaridades do caso concreto e os critérios de razoabilidade e proporcionalidade, o valor da condenação
cumpre ser reduzido. Recurso provido em parte, nesses termos" (TJSP; Apelação Cível
1042850-85.2019.8.26.0002; Relator (a): Cauduro Padin; Órgão Julgador: 13ª Câmara de
Direito Privado; Foro Regional II - Santo Amaro - 11ª Vara Cível; Data do Julgamento:
13/02/2020; Data de Registro: 13/02/2020).
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Ademais, ainda que alegue que toda a assistência foi prestada aos autores, a
verdade é que Isadora é criança, ansiava por voltar para casa e, devido ao atraso da ré,
perdeu a conexão para Porto Alegre, chegando à sua cidade com 23h de atraso.
O egrégio Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do REsp
1.584.465/MG, alterando o entendimento de que o dano moral é presumido (in re ipsa)
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GABRIELA FRAGOSO CALASSO COSTA, liberado nos autos em 24/08/2020 às 19:24 .
quando há atraso em voo, passou a entender que, nesses casos, é necessário que o
consumidor demonstre ter sofrido lesão extrapatrimonial, fixando as balizas para a possível
comprovação e a consequente constatação da ocorrência do dano moral. Confira-se o REsp
1584465/MG, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 13/11/2018,
DJe 21/11/2018).
Os transtornos sofridos pelos autores transbordaram o mero aborrecimento,
mormente porque Isadora é criança e sofreu transtornos em seu estado psicológico devido
ao longo período que demorou a voltar à sua terra ntal, como ocorreria com qualquer
pessoa em situação semelhante.
A reparação do dano moral, segundo AGUIAR DIAS, deve seguir um
processo idôneo, que busque para o ofendido um equivalente adequado: “A reparação será
sempre, sem nenhuma dúvida, inferior ao prejuízo experimentado, mas, de outra parte, quem
atribuísse demasiada importância a esta reparação de ordem inferior se mostraria mais preocupado
com a ideia de lucro do que mesmo com a injúria às suas afeições; pareceria especular sobre sua
dor e seria evidentemente chocante a condenação cuja cifra favorecesse tal coisa” (AGUIAR
DIAS, Da Responsabilidade Civil, 9ª ed., Rio, Forense, 1994, vol. II, pág. 740, nota 63).
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como contrapartida pelo mal sofrido.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GABRIELA FRAGOSO CALASSO COSTA, liberado nos autos em 24/08/2020 às 19:24 .
São Paulo a partir de hoje (Súmula 462 do STJ) e juros de mora de 1% ao mês a contar da
citação.
P.R.I.C.
São Paulo, 06 de agosto de 2020.
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Certifico e dou fé que o ato abaixo, constante da relação nº 0275/2020, foi disponibilizado na página
480/494 do Diário da Justiça Eletrônico em 26/08/2020. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil
subseqüente à data acima mencionada.
Advogado
Andre Luis Dias Soutelino (OAB 323971/SP)
Rafael Rodrigues Rezende Leite (OAB 445473/SP)
Valéria Curi de Aguiar E Silva Starling (OAB 154675/SP)
Cid Pereira Starling (OAB 119477/SP)
Teor do ato: "4. Diante do quanto exposto, JULGO PROCEDENTES os pedidos, a fim de condenar a
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RICK SHODI SHIKAI, liberado nos autos em 26/08/2020 às 02:52 .
Deutsche Lufthansa AG ao pagamento da quantia de R$3.500,00 pelos danos morais a cada um dos autores,
com correção pela Tabela Prática do Tribunal de Justiça de São Paulo a partir de hoje (Súmula 462 do STJ) e
juros de mora de 1% ao mês a contar da citação. Por fim, a requerida arcará com as despesas processuais e
honorários de 10% do valor corrigido da condenação. P.R.I.C."
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por STELA TINONE KUBA e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 03/09/2020 às 16:43 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9AA21CE.
CIÊNCIA DA INTIMAÇÃO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9B7BD57.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 32ª VARA CÍVEL CENTRAL DA
COMARCA DA CAPITAL – SÃO PAULO
Processo nº1015661-95.2020.8.26.0100
RECURSO DE APELAÇÃO
nos termos das inclusas razões e com preparo devidamente comprovado, cuja juntada da
guia inclusa ora se requer, requerendo, outrossim, o seu recebimento e regular
processamento e remessa para julgamento perante E. Tribunal de Justiça.
Estando em termos,
Pede deferimento.
São Paulo, 14 de setembro de 2020.
1
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CID PEREIRA STARLING e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 14/09/2020 às 15:57 , sob o número WJMJ20414254481
fls. 250
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9B7BD57.
RAZÕES DO RECURSO DE APELAÇÃO
Egrégio Tribunal,
Colenda Câmara,
Eminente Relator,
Excelentíssimos Senhores Desembargadores:
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9B7BD57.
magistrado da 32ª Vara Cível Central da Comarca da Capital foi proferida sentença julgando
parcialmente procedente a ação, com a condenação da apelante ao pagamento da
compensação financeira por danos morais no valor de R$3.500,00 para cada apelado,
totalizando R$10.500,00, além de custas e honorários advocatícios de 10% da condenação.
3
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CID PEREIRA STARLING e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 14/09/2020 às 15:57 , sob o número WJMJ20414254481
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Nos termos do art. 178 da Constituição da República, as normas e os tratados
internacionais limitadores da responsabilidade das transportadoras aéreas de
passageiros, especialmente as Convenções de Varsóvia e Montreal, têm
prevalência ao Código de Defesa do Consumidor. – grifou-se
14 – Vale dizer, o sentido e alcance da Tese 210 de Repercussão Geral diz com a
aplicação do regime jurídico especial constituído pela Convenção de Montreal e legislação
correlata. Nesse passo, ainda que não se aplique a regra de tarifação da indenização
prevista no seu artigo 22 aos casos de danos morais, não há sentido em afastar a
incidências dos demais artigos que tratam, por exemplo, de excludentes de
responsabilidade (art. 19), do transporte sucessivo (art. 36), da proibição de indenização
com caráter punitivo ou pedagógico (art. 29) etc., normas que não se harmonizam com as
regras do Código de Defesa do Consumidor, além das normas regulamentares editadas pela
ANAC (p. ex. Resolução nº400/2016).
4
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CID PEREIRA STARLING e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 14/09/2020 às 15:57 , sob o número WJMJ20414254481
fls. 253
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RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DANOS MORAIS DECORRENTES DE ATRASO
OCORRIDO EM VOO INTERNACIONAL. APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. NÃO CONHECIMENTO. (...)
10.
Os embargos de divergência devem ser providos, uma vez que o acórdão
Embargado está em dissonância com a atual jurisprudência desta Corte. O
Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao analisar em 25.05.2017 o mérito do RE
636.331, Rel. Min. Gilmar Mendes, e do ARE 766.618, da minha relatoria, sob a
sistemática da repercussão geral, decidiu: (i) reduzir o valor da indenização de
danos morais aos patamares estabelecidos na Convenção de Varsóvia e/ou
Pacto de Montreal; e ii fixa a segui te tese: Nos te os do a t. da
Constituição da República, as normas e os tratados internacionais limitadores da
responsabilidade das transportadoras aéreas de passageiros, especialmente as
Convenções de Varsóvia e Montreal, têm prevalência em relação ao Código de
Defesa do Co su ido . E a gos de Dive g ia o Re u so Ext ao di á io
351.750, Rio de Janeiro, Relator: Min. Roberto Barroso, DJE nº 75, divulgado em
/ / . Grifou-se
(...)
5
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CONSUMIDOR PARA EVENTUAL CONDENAÇÃO DE EMPRESA AÉREA
INTERNACIONAL POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. Grifou-se e destacou
19 - Com efeito, o dano moral não pode ser presumido ou simples decorrência
automática da previsão abstrata de responsabilidade sem culpa (resp. objetiva) e nem a
obrigação de resultado veiculada pelo contrato de transporte. Há que se comprovar o
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contratual.
Ademais, ainda que alegue que TODA A ASSISTÊNCIA FOI PRESTADA AOS
AUTORES, a verdade é que Isadora é criança, ansiava por voltar para casa e,
devido ao atraso da ré, perdeu a conexão para Porto Alegre, chegando à sua
cidade com 23h de atraso. Fls. – grifou-se e destacou
22 – E ainda:
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cronograma original.
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independentemente da exigência de pernoite, salvo se puder ser substituída por
acomodação em local que atenda suas necessidades e com concordância do
passagei o ou a o pa ha te.
§ 3º O transportador poderá deixar de oferecer assistência material quando o
passageiro optar pela reacomodação em voo próprio do transportador a ser
realizado em data e horário de conveniência do passageiro ou pelo reembolso
integral da passagem aérea. (grifou-se)
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dispensado aos passageiros, no geral.
A própria substituição de aeronave, em caso de defeito, não é simples nem
imediata, pela inexistência de equipamento reserva, já que a imobilidade de um
avião, dado o seu alto custo, não comporta tal procedimento.
De outra parte, quando se verifica o atraso, o passageiro dispõe de instalações
cômodas para aguardar o voo, tanto no aeroporto, como em hotéis próximos,
disponibilizados pelas empresas aéreas, se assim o desejar o cliente, e transporte
por taxi.
Assim, tenho que um atraso, ainda que por algumas horas, não gera direito a
indenização por dano moral, sob pena de sua banalização, já que impossível
considerar-se como dor, sofrimento, desespero ou grave angústia o sentimento por
que passa o passageiro em tal situação, minimizada pelas atenuantes acima
descritas e em favor da segurança, inclusive da população em terra.
No caso dos autos, essa é exatamente a situação, porquanto a espera se deu no
Aeroporto Internacional de Salvador, inquestionavelmente um dos mais
confortáveis do país, dotado de todo um sistema de segurança, razoável
entretenimento, opções de alimentação e conforto, a afastar, data maxima vênia,
a possibilidade de lesão moral pela espera, ainda que incômoda.
Não há que se confundir, absolutamente, percalços, dissabores e contratempos,
com dor, sofrimento ou angústia a abalar, seriamente, a pessoa, a ponto de
justificar indenização específica a respeito. (4ª Turma, REsp n. 217.916/RJ, Rel.
Min. Aldir Passarinho Junior, unânime, DJU de 11.12.2000) g ifou-se
10
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IV - DA INEXISTÊNCIA DOS DANOS MORAIS ALEGADOS – INADMISSIBILIDADE DE DANOS
MORAIS PRESUMIDOS (art. 373, I, CPC)
36 – Com o devido respeito, a situação vivenciada pelos apelados pode ter lhes
causado dissabores, aborrecimentos e alguns transtornos, mas que, à toda evidência, não
podem ser qualificados juridicamente como danos morais. E sobre a apelada Isadora,
menor de idade, importa considerar que viajava com os pais, de modo que não há
qualquer evidência dos alegados transtornos psicológicos causados por simples atraso
de voo. Sobre os principais atributos do conceito jurídico de dano moral, a doutrina
autorizada de SERGIO CAVALIERI FILHO ensina que:
11
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irritação ou sensibilidade exacerbada estão fora da órbita do dano moral,
porquanto além de fazer parte do nosso dia-a-dia, no trabalho, no trânsito,
entre os amigos e até no ambiente familiar, tais situações não são intensas e
duradouras, ao ponto de romper o equilíbrio psicológico do indivíduo. Se
assim não se entender acabaremos por banalizar o dano moral, ensejando
ações judiciais em busca de indenizações pelos mais triviais aborrecimentos
(CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Responsabilidade Civil. Malheiros,
2004, pág. 98 – grifou-se).
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há que se falar em danos morais presumidos (in re ipsa) impondo-se o dever de
demonstrar a ocorrência de consequências extraordinárias, bem como eventual desídia da
companhia aérea, conforme ementa de acórdão do E. Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo:
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. A verificação do dano moral não reside exatamente na simples ocorrência
do ilícito, de sorte que nem todo ato desconforme o ordenamento jurídico
enseja indenização por dano moral. O importante é que o ato ilícito seja capaz
de irradiar-se para a esfera da dignidade da pessoa, ofendendo-a de maneira
relevante. Daí porque doutrina e jurisprudência têm afirmado, de forma
uníssona, que o mero inadimplemento contratual – que é um ato ilícito – não se
revela, por si só, bastante para gerar dano moral.
(...)
4. No caso em exame, tanto o Juízo de piso quanto o Tribunal de origem
afirmaram que, em virtude do atraso do voo – que, segundo o autor, foi de
aproximadamente oito horas –, não ficou demonstrado qualquer prejuízo daí
decorrente, sendo que a empresa não deixou os passageiros à própria sorte e
ofereceu duas alternativas para o problema, quais sejam, a estadia em hotel
custeado pela companhia aérea, com a ida em outro voo para a capital gaúcha
no início da tarde do dia seguinte, ou a realização de parte do trajeto de ônibus
até Florianópolis, de onde partiria um voo para Porto Alegre pela manhã. Não
há, pois, nenhuma prova efetiva, como consignado pelo acórdão, de ofensa à
dig idade da pessoa hu a a do auto . (grifou-se)
14
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SÚMULA 7/STJ.
(...)
5. Na específica hipótese de atraso de voo operado por companhia aérea, não
se vislumbra que o dano moral possa ser presumido em decorrência da mera
demora e eventual desconforto, aflição e transtornos suportados pelo
passageiro. Isso porque vários outros fatores devem ser considerados a fim de
que se possa investigar acerca da real ocorrência do dano moral, exigindo-se,
por conseguinte, a prova, por parte do passageiro, da lesão extrapatrimonial
sofrida.
42 – Assim, resta claro que inexiste lesão moral a ser indenizada, justificando a
reforma da r. sentença e a improcedência da ação.
V - CONCLUSÃO
15
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sucumbência.
44 - Por fim, reitera seja anotado unicamente o nome da Dra. Valéria Curi de
Aguiar e Silva Starling (OAB/SP 154.675), para fins de recebimento de intimações, indicando
para tanto o endereço da Alameda Santos, 2224, 2º andar, Cerqueira Cesar – SP, telefone
(11) 3061-1620, e-mail valeria@diciero.adv.br, nos termos do artigo 77, V, do Código de
Processo Civil, sob pena de invalidade das intimações realizadas em desconformidade com
tal pedido.
Estando em termos,
Pede deferimento.
São Paulo, 14 de setembro de 2020.
16
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CID PEREIRA STARLING e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 14/09/2020 às 15:57 , sob o número WJMJ20414254481
fls. 265
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9B7BD5B.
01 - Nome / Razão Social 07 - Data de Vencimento
Deutsche Lufthansa Ag 30/09/2020
02 - Endereço 08 - Valor Total
Rua Gomes de Carvalho, 0 - º andar Sao Paulo SP
R$ 425,00
03 - CNPJ Base / CPF 04 - Telefone 05 - Quantidade de Documentos Detalhe 09 - Número do DARE
33.461.740 (11)3048-5897 1
06 - Observações 200590046724725
Proc. Origem 0 - . 0 0. . .0 00 - Foro Central Cível
Emissão: 31/08/2020
10 - Autenticação Mecânica Via do Banco
Planejamento Documento
Detalhe 230-6 referentes a atos judiciais
R$ 0,00 R$ 0,00
18 - Nº do Documento 17 - Observações 08 - 11 - Multa de Mora ou 14 - Valor Total
Detalhe Proc. Origem 0 - . 0 0. . .0 00 - Foro Central Cível Multa Por Infração
200590046724725-0001
Emissão: 31/08/2020 R$ 0,00 R$ 425,00
Emissão: 31/08/2020
10 - Autenticação Mecânica Via do Contribuinte
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CID PEREIRA STARLING e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 14/09/2020 às 15:57 , sob o número WJMJ20414254481
fls. 266
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9B7BD5D.
Dados da conta debitada:
Agência/conta: 3240/11221-3 Nome da empresa: DI CIERO ADVOGADOS
Dados do pagamento:
Código de barras: 858000000046 250001851127 005900467240 725202009300
Controle: 200590046724725
Valor do documento: R$ 425,00
Operação efetuada em 08/09/2020 às 12:08:38h via EMPRESA PLUS, CTRL 202009087917480.
- Pagamento efetuado em sábado, domingo ou feriado, será quitado no próximo dia útil.
- O cliente assume total responsabilidade por eventuais danos decorrentes de inexatidão ou insuficiência nas informações
por ele inseridas.
Autenticação:
6C030FEB5648807B150B4784F0BB97CE59FA28D9
Dúvidas, sugestões e reclamações: na sua agência. Se preferir, ligue para o SAC Itaú: 0800 728 0728 (todos os dias, 24h) ou acesse o Fale Conosco no www.itau.com.br.
Se não ficar satisfeito com a solução apresentada, ligue para a Ouvidoria Corporativa Itaú: 0800 570 0011 (em dias úteis, das 9h às 18h) ou Caixa Postal 67.600, CEP
03162-971. Deficientes auditivos ou de fala: 0800 722 1722 (todos os dias, 24h). 1
fls. 267
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9B82AF7.
DESPACHO
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GABRIELA FRAGOSO CALASSO COSTA, liberado nos autos em 14/09/2020 às 20:01 .
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Gabriela Fragoso Calasso Costa
Vistos.
Fls. 249/264: Às contrarrazões, em 15 dias.
Após o decurso do prazo, com ou sem manifestação, remetam-se os autos ao
Egrégio Tribunal de Justiça com as nossas homenagens e as cautelas de praxe.
Int.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9B98CEB.
Processo nº 1015661-95.2020.8.26.0100
Dessa forma, requer a remessa dos autos à Superior Instância, para que seja
processado com as cautelas legais.
Termos em que,
Pede-se Deferimento.
RAZÕES DA APELAÇÃO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9B98CEB.
32ª VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL – SP
Egrégio Tribunal,
Colenda Câmara,
Eméritos Julgadores,
Trata-se de ação ajuizada pela parte apelante, por meio da qual pleiteia
indenização por danos morais em virtude do descumprimento do contrato de transporte
aéreo por falha na prestação do serviço, consubstanciado no atraso de 24 horas para
chegada ao destino final contratado.
Com efeito, o que se verifica da peça de defesa apresentada pela Apelada é que
a mesma deixou de cumprir as determinações da Resolução nº 400 da ANAC, haja vista que
não prestou informações claras ao passageiro quanto ao motivo do cancelamento do voo,
bem como não ofereceu nenhuma alternativa de escolha para o Apelante para
reacomodação, limitando-se a reacomodá-lo em voo que lhe convinha economicamente,
além de não ter oferecido qualquer assistência material, o que demonstra que a conduta da
empresa aérea desrespeitou completamente os artigos 12 c/c art. 27 e 28, I da Resolução nº
400 da Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC.
danos sofridos pela Apelante, razão pela qual vem propor a presente peça recursal, tendo
em vista todo o arcabouço legal e jurisprudencial que trata sobre o tema.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9B98CEB.
ASSISTÊNCIA PRESTADA
Ora, Excelência, é sabido que tais medidas adotadas pelas companhias aéreas
são completamente abusivas, ocorrendo de forma completamente unilateral, incumbindo ao
consumidor que arque com todos os erros e prejuízos advindos desta lamentável postura da
companhia aérea.
Ora, diante do atraso de 24 horas em sua viagem não resta dúvida que o
Apelante foi gravemente lesado no tangente ao tempo perdido para resolução de todos os
problemas que envolveram o evento danoso, sendo claramente alvo de danos morais, como
cansadamente explanada na presente peça e na peça exordial. Demais disso, não foram
fornecidas informações consistentes ao Apelante e demais passageiros, que ficaram o
tempo todo apreensivos e angustiados com a situação.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9B98CEB.
i) a averiguação acerca do tempo que se levou para a solução do problema,
isto é, a real duração do atraso;
ii) se a companhia aérea ofertou alternativas para melhor atender aos
passageiros;
iii) se foram prestadas a tempo e modo informações claras e precisas por
parte da companhia aérea a fim de amenizar os desconfortos inerentes à
ocasião;
iv) se foi oferecido suporte material (alimentação, hospedagem etc.) quando
o atraso for considerável;
v) se o passageiro, devido ao atraso da aeronave, acabou por perder
compromisso inadiável no destino, dentre outros.
Nos itens a seguir, a parte Apelante demonstrará que a r. sentença não foi
razoável, pois não pesou com justa medida as razões apontadas na ação quanto ao dano
extrapatrimonial experimentado. Vejamos:
O fato é que a parte apelante teve um atraso total em sua viagem de 24 horas. A
Apelada demandou tempo demasiado para prover ao passageiro uma nova acomodação em
voos próprios ou de terceiros. A apelada, experiente empresa do ramo de transporte aéreo,
sabia desde o primeiro instante qual a solução deveria dar ao caso, descumprindo o
determinado no art. 28, I da Resolução ANAC nº 400/2016. Assim, ao não acomodar a parte
apelante em outros voos, visando com isso manter o horário combinado, a apelada ganha
tempo e economiza recursos financeiros.
A apelada não ofertou nenhuma alternativa para a parte apelante, que acatou
as imposições da empresa e permaneceu aguardando o horário do novo voo para o seu
destino.
5.15. Outro ponto que deve ser ressaltado, e o mais importante deles, é que
o oferecimento de hospedagem ao passageiro pela empresa aérea não
representa o objetivo maior de contraprestação do transportador via
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANDRE LUIS DIAS SOUTELINO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 15/09/2020 às 14:42 , sob o número WJMJ20414335295
fls. 272
Avenida Pedro Severino Jr. 366, sala 46 – Vila Guarani – São Paulo CEP: 04310-060
TEL: (11) 5581-9922
E-mail: contato@aldsadvogados.com.br
www.aldsadvogados.com.br
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(artigo 21). Esta reacomodação pode ser em outro voo da própria empresa
ou em voo de empresa congênere. Isto porque o intuito maior é garantir ao
passageiro seu direito de ser transportado o quanto antes, de modo que sua
espera para o início da prestação do serviço em hotel deve ser a última das
hipóteses.
A companhia aérea falha mais uma vez, nesse quesito, pois as informações que
prestou durante o período de espera não foram claras sobre o real motivo do
atraso/cancelamento do voo e o tempo que levaria para solucionar o problema a ser
superado, deixando o passageiro às cegas, o abandonando à própria sorte. A apelada não
comunicou previamente a parte autora sobre a alteração no contrato de transporte. É
notório o fato de que as empresas detêm consigo informações precisas e que não repassam
ao consumidor por mera questão de conveniência. Neste caso, a parte apelante não recebeu
as devidas informações sobre o atraso.
5) DO SUPORTE MATERIAL
Aqui é importante reiterar que não houve assistência material prestada pela
apelada. Deveria tê-lo assistido materialmente de acordo com o que mandam os artigos 26 e
27 da Resolução nº 400 da ANAC, o que deve ser considerado como mais uma agravante no
presente caso.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9B98CEB.
Quanto à Convenção de Montreal, o artigo 19 dispõe que o transportador é
responsável por qualquer dano ocasionado por atrasos no transporte aéreo de passageiros,
bagagem ou carga:
Por fim, a Organização de Aviação Civil Internacional – OACI (anexo 3 – fls. 35-41)
estabelece uma série de princípios de proteção ao consumidor que tiveram direitos violados
durante à execução do contrato, tais como: informação regular, devida atenção e o dever de
reparar. E estes princípios não foram seguidos por completo pela parte ré. Ademais, a IATA
(associação que autorregula as companhias aéreas a nível mundial) também informa em seu
manual de acomodação involuntária que o passageiro deverá chegar ao seu destino com a
maior brevidade (anexo 4 – fls 43-50).
Nosso código civil também trata da matéria no art. 927, o qual dispõe sobre a
responsabilidade objetiva. Outrossim, os artigos 186 e 247 do Código Civil, determinam que
aquele que praticou qualquer ato lesivo a outrem, deve suportar as consequências do seu
procedimento:
Da mesma forma dispõe o art. 6º, III, VI e o art. 14 caput do Código de Proteção
e Defesa do Consumidor disciplinam que:
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9B98CEB.
Art.14: O fornecedor de serviços responde, independentemente da
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores
por defeitos relativos à prestação de seus serviços, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e risco.
Data vênia, o(a) magistrado (a) não pesou com justa medida, tendo em vista a
realidade dos fatos ocorridos, o atraso do voo, além do atraso de 24 horas para chegada ao
destino final, a falta de assistência material, a falta de alternativas ofertadas a fim de que o
passageiro não esperasse tanto pra realizar sua viagem, bem como a falta de informações
claras e inequívocas, conforme já fora provado. Assim, estes são os motivos pelos quais é
merecedora a parte apelante de receber mais justa reparação pela falha da empresa ré.
Ademais, a legislação da ANAC não trata como tolerável o atraso, mas sim
estabelece a conduta da empresa e assistência material que deve ser dada aos passageiros
em caso de falhas na prestação do serviço de transporte aéreo. E neste caso a empresa não
apresentou as condutas que a legislação manda. Vale relembrar que na Europa a reparação
se dá já a partir da terceira hora de atraso.
É fato que a apelada ao disponibilizar um serviço, deve zelar pela sua eficiência e
qualidade, utilizando-se de todos os meios necessários e existentes, para que seus clientes
não sejam prejudicados por falhas na sua prestação, o que efetivamente não ocorreu no
caso em questão.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9B98CEB.
O dano moral tem ainda um caráter preventivo/repressivo, cujo fim é evitar
condutas lesivas se repitam facilmente, tendo assim, o intuito de desestimular o agente
causador do dano a praticar atos semelhantes.
Trata-se de dano que independe de provas, uma vez que caberia à companhia
aérea dar total assistência, o que não ocorreu no presente caso, conforme entendimento
jurisprudencial:
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9B98CEB.
Min. Humberto Gomes de Barros - J. 17.06.2004 - DJ 01.07.2004) (grifos
nossos)
DOS PEDIDOS
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9B98CEB.
pelas fundamentações acima e nos seguintes pontos específicos:
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9B98CEF.
01 - Nome / Razão Social 07 - Data de Vencimento
Andre Luis Dias Soutelino Sociedade Individual De 10/10/2020
02 - Endereço 08 - Valor Total
AVENIDA AVENIDA PEDRO SEVERINO JUNIOR Sao Paulo SP
R$ 800,00
03 - CNPJ Base / CPF 04 - Telefone 05 - Quantidade de Documentos Detalhe 09 - Número do DARE
33.977.252 (11)98762-0113 1
06 - Observações 200590049471910
Proc. Origem 0 - . 0 0. . .0 00 - Foro Central Cível
Emissão: 10/09/2020
10 - Autenticação Mecânica Via do Banco
Planejamento Documento
Detalhe 230-6 referentes a atos judiciais
R$ 0,00 R$ 0,00
18 - Nº do Documento 17 - Observações 08 - 11 - Multa de Mora ou 14 - Valor Total
Detalhe Proc. Origem 0 - . 0 0. . .0 00 - Foro Central Cível Multa Por Infração
200590049471910-0001
Emissão: 10/09/2020 R$ 0,00 R$ 800,00
Emissão: 10/09/2020
10 - Autenticação Mecânica Via do Contribuinte
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANDRE LUIS DIAS SOUTELINO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 15/09/2020 às 14:42 , sob o número WJMJ20414335295
fls. 279
SISBB - SISTEMA DE INFORMACOES BANCO DO BRASIL
11/09/2020 - AUTO-ATENDIMENTO - 12.23.53
3572603572
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9B98CEF.
COMPROVANTE DE PAGAMENTO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9BA2E95.
DESPACHO
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por GABRIELA FRAGOSO CALASSO COSTA, liberado nos autos em 15/09/2020 às 20:34 .
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Gabriela Fragoso Calasso Costa
Vistos.
Fls. 268/279: Às contrarrazões, em 15 dias.
Int.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9BA90D7.
Certifico e dou fé que o ato abaixo, constante da relação nº 0302/2020, foi disponibilizado na página
513/530 do Diário da Justiça Eletrônico em 16/09/2020. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil
subseqüente à data acima mencionada.
Advogado
Andre Luis Dias Soutelino (OAB 323971/SP)
Rafael Rodrigues Rezende Leite (OAB 445473/SP)
Valéria Curi de Aguiar E Silva Starling (OAB 154675/SP)
Cid Pereira Starling (OAB 119477/SP)
Teor do ato: "Vistos. Fls. 249/264: Às contrarrazões, em 15 dias. Após o decurso do prazo, com ou sem
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RICK SHODI SHIKAI, liberado nos autos em 16/09/2020 às 03:14 .
manifestação, remetam-se os autos ao Egrégio Tribunal de Justiça com as nossas homenagens e as cautelas
de praxe. Int."
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9BDCA5A.
CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE RELAÇÃO
Certifico e dou fé que o ato abaixo, constante da relação nº 0303/2020, foi disponibilizado na página
530/542 do Diário da Justiça Eletrônico em 17/09/2020. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil
subseqüente à data acima mencionada.
Advogado
Andre Luis Dias Soutelino (OAB 323971/SP)
Rafael Rodrigues Rezende Leite (OAB 445473/SP)
Valéria Curi de Aguiar E Silva Starling (OAB 154675/SP)
Cid Pereira Starling (OAB 119477/SP)
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RICK SHODI SHIKAI, liberado nos autos em 17/09/2020 às 16:54 .
SÃO PAULO, 17 de setembro de 2020.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9CCF6D6.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 32ª VARA CÍVEL CENTRAL DA
COMARCA DE SÃO PAULO – SP.
Processo nº 1015661-95.2020.8.26.0100
CONTRARRAZÕES
ao Recurso de apelação interposto de fls. 268/277, na forma das razões anexas, para regular
recebimento e encaminhamento à instância superior.
Estando em termos,
Pede deferimento
São Paulo, 28 de setembro de 2020.
1
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por VALERIA CURI DE AGUIAR E SILVA STARLING e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 28/09/2020 às 13:53 , sob o número WJMJ20415132584
fls. 284
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9CCF6D6.
CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO
I – DO RESUMO DO PROCESSO
2
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por VALERIA CURI DE AGUIAR E SILVA STARLING e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 28/09/2020 às 13:53 , sob o número WJMJ20415132584
fls. 285
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9CCF6D6.
II – DA INEXISTENCIA DE DANOS MORAIS E DO DESCABIMENTO DE SUA MAJORAÇÃO
3
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por VALERIA CURI DE AGUIAR E SILVA STARLING e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 28/09/2020 às 13:53 , sob o número WJMJ20415132584
fls. 286
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9CCF6D6.
“O inadimplemento do contrato, por si só, pode acarretar danos materiais e
indenização por perdas e danos, mas, em regra, não dá margem ao dano moral,
que pressupõe ofensa anormal à personalidade. Embora a inobservância das
cláusulas contratuais por uma das partes possa trazer desconforto ao outro
contratante e normalmente o traz trata-se, em princípio, do desconforto a que
todos podem estar sujeitos, pela própria vida em sociedade. Com efeito, a
dificuldade financeira, ou a quebra da expectativa de receber valores contratados,
não tomam a dimensão de constranger a honra ou a intimidade, ressalvadas
situações excepcionais” (STJ 4.ª T. REsp 202.564 Rel. Sálvio de Figueiredo Teixeira j.
02.08.2001 DJU 01.10.01 e RSTJ 152/392).
(...)
4
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por VALERIA CURI DE AGUIAR E SILVA STARLING e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 28/09/2020 às 13:53 , sob o número WJMJ20415132584
fls. 287
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9CCF6D6.
4. No caso em exame, tanto o Juízo de piso quanto o Tribunal de origem afirmaram
que, em virtude do atraso do voo – que, segundo o autor, foi de aproximadamente
oito horas –, não ficou demonstrado qualquer prejuízo daí decorrente, sendo que
a empresa não deixou os passageiros à própria sorte e ofereceu duas alternativas
para o problema, quais sejam, a estadia em hotel custeado pela companhia aérea,
com a ida em outro voo para a capital gaúcha no início da tarde do dia seguinte, ou
a realização de parte do trajeto de ônibus até Florianópolis, de onde partiria um voo
para Porto Alegre pela manhã. Não há, pois, nenhuma prova efetiva, como
consignado pelo acórdão, de ofensa à dignidade da pessoa humana do autor.”
(grifou-se)
11 - Nesse sentido, não há o que se falar em majoração, uma vez que assim como
o valor arbitrado de R$ 10.500,00 (dez mil e quinhentos reais), a majoração para R$ 20.000,00
(vinte mil reais), seria ao equivalente a, atualmente, a mais de 20 salários mínimos, isto é,
quase DOIS ANOS de salários de um trabalhador comum, fato que demonstra sua
desproporcionalidade e excesso, além de superar, em muito, o valor de possíveis passagens
aéreas.
5
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por VALERIA CURI DE AGUIAR E SILVA STARLING e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 28/09/2020 às 13:53 , sob o número WJMJ20415132584
fls. 288
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9CCF6D6.
III – CONCLUSÃO
Estando em termos,
Pede Deferimento.
São Paulo, 28 de setembro de 2020.
6
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANDRE LUIS DIAS SOUTELINO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 07/10/2020 às 21:41 , sob o número WJMJ20415813794
fls. 289
Avenida Pedro Severino Jr., sala 46 – Vila Guarani – São Paulo CEP: 04310-060
TEL: (11) 5581-9922
E-mail: contato@aldsadvogados.com.br
www.aldsadvogados.com.br
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA 32ª VARA CÍVEL
DO FORO CENTRAL CÍVEL - SP.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9DB315C.
Autos n° 1015661-95.2020.8.26.0100
André Soutelino
OAB/SP 323.971
Marcelo Maturana
OAB/SP 445.470
Rafael Leite
OAB/SP 445.473
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANDRE LUIS DIAS SOUTELINO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 07/10/2020 às 21:41 , sob o número WJMJ20415813794
fls. 290
2
EXCELENTÍSSIMOS SENHORES DESEMBARGADORES DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9DB315C.
CONTRARRAZÕES DO RECURSO DE APELAÇÃO
Autos n° 1015661-95.2020.8.26.0100
EGRÉGIO TRIBUNAL
COLENDA CÂMARA
EMÉRITOS DESEMBARGADORES,
PELOS APELADOS
DAS CONTRARRAZÕES
A respeitável sentença recorrida deve ser alterada tão e somente na parte que
foi objeto de recurso pelos ora apelados, confirmando-a no mais, e negando-se
provimento ao recurso oferecido pela Apelante, eis que o juiz a quo nada mais fez do que
aplicar o Direito, em consonância com as provas e as alegações contidas nos autos do
processo, inexistindo, pois, reparos à mesma.
B) DA MANUTENÇÃO DA SENTENÇA
3
A sentença merece ser mantida, merecendo um pequeno retoque em relação
ao valor arbitrado a título de dano moral.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9DB315C.
É notório o desrespeito da companhia aérea com o consumidor. Restruturação
ou readequações da malha, manutenção, greves internas, tráfego aéreo e fenômenos
meteorológicos (quando não há o fechamento por completo do aeroporto) são causas
de fortuito interno. Ou seja, atividades que inerentes ao negócio.
4
Já é hora de o Judiciário brasileiro ter em conta que as pífias indenizações
muitas vezes fixadas em casos tais, a se considerar que são poucos os que
ingressam em juízo, acabam integrando o custo operacional dos grandes
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9DB315C.
fornecedores de produtos e de serviços, mostrando-se tal custo bem menos
expressivo do que seria o necessário para a implantação e manutenção de
uma estrutura de atendimento ao consumidor realmente eficiente e
respeitosa. (TJSP - Apelação nº 1111766-71.2019.8.26.0100 – Relator Ricardo
Pessoa de Mello Belli).
Quanto aos danos morais, ele se configura pelo fato da parte apelada ter ficado
à disposição da companhia aérea até o embarque do voo de reacomodação. Ou seja, a
companhia aérea suprimiu um bem do autor: o tempo.
5
como o uso de normas subsidiárias no presente caso. Assim sendo, tanto a sentença
quanto a exordial estão em consonância com a determinação da Suprema Corte.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9DB315C.
C) DAS CONCLUSÕES
André Soutelino
OAB/SP 323.971
Marcelo Maturana
OAB/SP 445.470
Rafael Leite
OAB/SP 445.473
fls. 294
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 9FF36D2.
CERTIDÃO
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUCIA HELENA DOS SANTOS, liberado nos autos em 04/11/2020 às 16:11 .
CERTIDÃO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 13297DB0.
TERMO DE DISTRIBUIÇÃO COM VISTA AO MP
*+1015661952020826010000000*
Processo nº: 1015661-95.2020.8.26.0100
Classe Assunto: Apelação Cível - Transporte Aéreo Com Revisão
Apelante/Apelado: Deutsche Lufthansa AG
Apelado/Apelante: Hugo César Philipp e outros
Relator(a): ANA DE LOURDES COUTINHO SILVA DA FONSECA
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FELIPE GIMENES SILVA, liberado nos autos em 10/11/2020 às 14:15 .
Órgão Julgador: 13ª Câmara de Direito Privado
O presente processo foi distribuído nesta data, por processamento eletrônico, conforme
descrito abaixo:
VISTA
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
SJ 2.1.7 - Serviço de Distribuição de Direito Privado 2
Praça Nami Jafet, 235 - Ipiranga - Sala 36 - CEP: 04205-050
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 132CAA43.
*+1015661952020826010000000*
Processo nº: 1015661-95.2020.8.26.0100
Classe: Apelação Cível
Ação Procedimento Comum Cível
Assunto: Transporte Aéreo
Órgão Julgador 13ª Câmara de Direito Privado
Relator ANA DE LOURDES COUTINHO SILVA DA FONSECA
Partes: é apelante/apelada DEUTSCHE LUFTHANSA AG, é
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por FELIPE GIMENES SILVA, liberado nos autos em 11/11/2020 às 11:15 .
apelados/apelantes HUGO CÉSAR PHILIPP E OUTROS
Foro/Vara de origem: Foro Central Cível - 32ª Vara Cível
Nº do processo na origem: 1015661-95.2020.8.26.0100
Exmo(a) Senhor(a),
Fica aberta vista à Douta Procuradoria Geral de Justiça para parecer bem como
para manifestar-se acerca de eventual oposição ao julgamento virtual, ficando ciente
de que a íntegra dos autos do processo eletrônico encontra-se disponível no endereço
http://esaj.tjsp.jus.br.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 132D057F.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 11/11/2020 às 12:31 .
Processo nº 1015661-95.2020.8.26.0100
Partes:
Apelante/Apelado: Deutsche Lufthansa AG
Apdos/Aptes: Hugo César Philipp, Isadora Rocha Philipp e Jacqueline Martins Rocha
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 132E83D3.
TERMO DE JUNTADA AUTOMÁTICA
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 11/11/2020 às 16:32 .
Processo nº: 1015661-95.2020.8.26.0100
Classe Assunto: Apelação Cível - Transporte Aéreo
Apelante/Apelado: Deutsche Lufthansa AG
Apelado/Apelante: Hugo César Philipp e outros
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 132E844F.
TERMO DE JUNTADA AUTOMÁTICA
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 11/11/2020 às 16:33 .
Processo nº: 1015661-95.2020.8.26.0100
Classe Assunto: Apelação Cível - Transporte Aéreo
Apelante/Apelado: Deutsche Lufthansa AG
Apelado/Apelante: Hugo César Philipp e outros
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 132E835C.
EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA DESEMBARGADORA DA 13ª CÂMARA DE DIREITO
PRIVADO DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO – ANA DE LOURDES
COUTINHO SILVA DA FONSECA
Processo nº 1015661-95.2020.8.26.0100
Estando em termos,
Pede deferimento
São Paulo, 11 de novembro de 2020.
1
fls. 301
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 133A19AD.
TERMO DE JUNTADA AUTOMÁTICA
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 16/11/2020 às 12:16 .
Processo nº: 1015661-95.2020.8.26.0100
Classe Assunto: Apelação Cível - Transporte Aéreo
Apelante/Apelado: Deutsche Lufthansa AG
Apelado/Apelante: Hugo César Philipp e outros
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 133A19C2.
TERMO DE JUNTADA AUTOMÁTICA
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 16/11/2020 às 12:16 .
Processo nº: 1015661-95.2020.8.26.0100
Classe Assunto: Apelação Cível - Transporte Aéreo
Apelante/Apelado: Deutsche Lufthansa AG
Apelado/Apelante: Hugo César Philipp e outros
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 133A1983.
EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA DESEMBARGADORA DA 13ª CÂMARA DE DIREITO
PRIVADO DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO – ANA DE LOURDES
COUTINHO SILVA DA FONSECA.
Processo nº 1015661-95.2020.8.26.0100
Estando em termos,
Pede deferimento
São Paulo, 16 de novembro de 2020.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 133C7686.
CIÊNCIA DA INTIMAÇÃO
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 134DEC85.
TERMO DE JUNTADA AUTOMÁTICA
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 22/11/2020 às 11:00 .
Processo nº: 1015661-95.2020.8.26.0100
Classe Assunto: Apelação Cível - Transporte Aéreo
Apelante/Apelado: Deutsche Lufthansa AG
Apelado/Apelante: Hugo César Philipp e outros
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 134DEC8D.
TERMO DE JUNTADA AUTOMÁTICA
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, liberado nos autos em 22/11/2020 às 11:00 .
Processo nº: 1015661-95.2020.8.26.0100
Classe Assunto: Apelação Cível - Transporte Aéreo
Apelante/Apelado: Deutsche Lufthansa AG
Apelado/Apelante: Hugo César Philipp e outros
PROCURADORIA CÍVEL
Processo n° 1015661-95.2020.8.26.0100
Apelante/apelado: Deutsche Lufthansa A.G
Apelado/apelante: Hugo César Philipp, Jacqueline Martins Rocha e Isadora
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 134DEC81.
Rocha Philipp, (menor representada) 1
Câmara Julgadora: 13ª Câmara de Direito Privado
Relatora: Desembargadora Ana de Lourdes Coutinho da Silva da Fonseca
Nº do processo na origem: 1015661-95.2020.8.26.0100
Processo nº 1015661-95.2020.8.26.0100
Rua: Riachuelo, 115, 4º andar – Centro / São Paulo/SP
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por EDUARDO ROBERTO ALCANTARA DEL CAMPO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 22/11/2020 às 10:56 , sob o número WPRO20013683845.
fls. 308
PROCURADORIA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 134DEC81.
Já Hugo César Philipp, Jacqueline Martins Rocha e Isadora 2
Rocha Philipp, apelam em busca de incremento no valor da indenização sob o
argumento da gravidade do transtorno vivenciado (fls. 268/277).
Contrarrazões de apelação (fls. 283/288 e (289/293).
É o relatório.
Processo nº 1015661-95.2020.8.26.0100
Rua: Riachuelo, 115, 4º andar – Centro / São Paulo/SP
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por EDUARDO ROBERTO ALCANTARA DEL CAMPO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 22/11/2020 às 10:56 , sob o número WPRO20013683845.
fls. 309
PROCURADORIA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 134DEC81.
tais normas apenas no que dizem respeito aos limites das indenizações quando, como 3
no caso, o dano é patente e de natureza moral:
Processo nº 1015661-95.2020.8.26.0100
Rua: Riachuelo, 115, 4º andar – Centro / São Paulo/SP
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por EDUARDO ROBERTO ALCANTARA DEL CAMPO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 22/11/2020 às 10:56 , sob o número WPRO20013683845.
fls. 310
PROCURADORIA CÍVEL
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 134DEC81.
Não é preciso mais. 4
Comprovado o dano e o dever de indenizar, de se verificar, apenas,
qual valor seria aceitável.
Um atraso de 23 (vinte e três) horas para chegada ao destino final não
é aceitável, não se podendo falar em mero dissabor ou aborrecimento cotidiano.
Por outro lado, o valor de R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais) per
capta, é proporcional e suficiente para estabelecer o efeito didático na companhia
aérea.
No mais, peço vênia para reiterar as ponderações da Promotora de
Justiça oficiante, Dra. Stela Tinone Kuba, lançadas a fls. 237/241).
Ante o exposto o parecer é no sentido de que os Apelos sejam
conhecidos improvidos para manter a R. Sentença guerreada pelos seus próprios
fundamentos.
Processo nº 1015661-95.2020.8.26.0100
Rua: Riachuelo, 115, 4º andar – Centro / São Paulo/SP
fls. 311
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 134E62BD.
TERMO DE CONCLUSÃO
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por CARLOS KIYOSHI SATO, liberado nos autos em 23/11/2020 às 01:11 .
Nº do processo na origem: 1015661-95.2020.8.26.0100
CONCLUSÃO
__________________________________________________
Eu, Carlos Kiyoshi Sato, Matr. M110309, Escrevente Técnico
Judiciário, subscrevi.
Apelação Cível
RELATORA
Despacho
Assinatura Eletrônica
PODER JUDICIÁRIO
nº 1015661-95.2020.8.26.0100
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANA DE LOURDES COUTINHO SILVA DA FONSECA, liberado nos autos em 12/04/2021 às 17:07 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 14D93883.
fls. 313
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 14FEF8AB.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANA DE LOURDES COUTINHO SILVA DA FONSECA, liberado nos autos em 22/04/2021 às 18:43 .
Registro: 2021.0000299851
ACÓRDÃO
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 14FEF8AB.
COMARCA: SÃO PAULO
APTE. : DEUTSCHE LUFTHANSA AG
APTE. : HUGO CÉSAR PHILIPP; JACQUELINE MARTINS ROCHA;
ISADORA ROCHA PHILIPP (MENOR REPRESENTADO POR SEUS
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANA DE LOURDES COUTINHO SILVA DA FONSECA, liberado nos autos em 22/04/2021 às 18:43 .
GENITORES)
APDO. : OS MESMOS
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 14FEF8AB.
de Deutsche Lufthansa AG, apelam ambas as partes.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANA DE LOURDES COUTINHO SILVA DA FONSECA, liberado nos autos em 22/04/2021 às 18:43 .
sustenta, em apertada síntese, que, embora não se
aplique a Convenção de Montreal quanto ao dano moral,
tal regramento regula os demais institutos atinentes à
responsabilidade das companhias aéreas, como as
excludentes de responsabilidade (art. 19), o transporte
sucessivo (art. 36) e a proibição de indenização com
caráter punitivo ou pedagógico (art. 29), dentre outras
normas, as quais não se harmonizam com as regras do CDC,
além das normas regulamentares editadas pela ANAC.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 14FEF8AB.
o contrato de transporte aéreo tinha como destino final
o Rio de Janeiro, e não Porto Alegre, e que, tendo os
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANA DE LOURDES COUTINHO SILVA DA FONSECA, liberado nos autos em 22/04/2021 às 18:43 .
autores aceitado a reacomodação para o dia seguinte,
caberia a eles a remarcação de voo doméstico para Porto
Alegre, sendo descabida a transferência dessa
responsabilidade para a companhia aérea ré; alega que,
no momento da aquisição das passagens aéreas junto à
agência de viagens, a companhia aérea ré ficou incumbida
do transporte aéreo para o trecho Frankfurt, Alemanha, e
Rio de Janeiro, Brasil, de maneira que caberia à agência
de viagens a remarcação do trecho entre Rio de Janeiro e
Porto Alegre.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 14FEF8AB.
houve assistência material e informacional.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANA DE LOURDES COUTINHO SILVA DA FONSECA, liberado nos autos em 22/04/2021 às 18:43 .
da Convenção de Montreal, a companhia aérea ré não se
desincumbiu do ônus de provar que teria adotado todas as
providências possíveis para evitar o dano.
É o relatório.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
aeronave.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 14FEF8AB.
A ocorrência de defeito mecânico ou
problemas técnicos na aeronave caracteriza fortuito
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANA DE LOURDES COUTINHO SILVA DA FONSECA, liberado nos autos em 22/04/2021 às 18:43 .
interno (STJ. AgRg no AREsp 747355/RJ, Rel. Min. MARCO
AURÉLIO BELLIZZE, 3ª Turma, j. 15/12/2015; AgRg no Ag
1310356/RJ, Rel. Min. JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, 4ª Turma,
j. 14/04/2011).
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 14FEF8AB.
Nesse âmbito, ao contrário do alegado
pela companhia aérea, tal entendimento foi reafirmado
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANA DE LOURDES COUTINHO SILVA DA FONSECA, liberado nos autos em 22/04/2021 às 18:43 .
pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no julgamento
do RE 1221934 AgR-ED-EDv-AgR, Relª. Minª. CÁRMEN LÚCIA,
j. 18/08/2020, por acórdão assim ementado:
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 14FEF8AB.
voo de escala com origem no Rio de Janeiro-RJ e destino
em Porto Alegre-RS, marcado originalmente para as 09h35
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANA DE LOURDES COUTINHO SILVA DA FONSECA, liberado nos autos em 22/04/2021 às 18:43 .
do dia 31/07/2019; gerando um atraso total de vinte e
quatro horas até a chegada dos autores ao destino final
(Porto Alegre-RS), o que ficou incontroverso.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/sg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1015661-95.2020.8.26.0100 e código 14FEF8AB.
fim de que se possa investigar acerca da real ocorrência
do dano moral, exigindo-se, por conseguinte, a prova,
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por ANA DE LOURDES COUTINHO SILVA DA FONSECA, liberado nos autos em 22/04/2021 às 18:43 .
por parte do passageiro, da lesão extrapatrimonial
sofrida”.
PODER JUDICIÁRIO
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De fato, tais ocorrências são aptas a
causar um transtorno exacerbado, que não pode ser
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razoavelmente imponível aos passageiros, não se tratando
de mero aborrecimento ou dissabor.
PODER JUDICIÁRIO
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majoração.
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que possam ser utilizados no arbitramento do valor da
indenização por dano moral, esta deve ser fixada em
termos razoáveis, para que não se constitua em
enriquecimento indevido da parte indenizada, nem avilte
o sofrimento por ela suportado.
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dos patronos dos autores, majorados para o equivalente a
ré, ficam os honorários advocatícios, fixados em favor
fls. 324
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