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Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso do Sul


Comarca de Campo Grande

Este documento é copia do original assinado digitalmente por JOSE DE ANDRADE NETO. Liberado nos autos digitais por José de Andrade Neto, em 06/03/2018 às 15:09. Para acessar os
14ª Vara Cível

autos processuais, acesse o site https://www.tjms.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0802007-89.2018.8.12.0001 e o código 24D8037.
TERMO DE ASSENTADA

Processo nº 0802007-89.2018.8.12.0001
Classe: Reintegração / Manutenção de Posse - Esbulho / Turbação / Ameaça
Requerente: Viviane Aparecida Martins Guimarães
Requerido: Rafaela Carvalho de Morais

Aos 06/03/2018 às 14:00h, nesta cidade e Comarca de Campo


Grande, na sala de audiências do Fórum local, sito na Rua da Paz, nº 14, 3º andar -
Bloco I, Jardim dos Estados - CEP 79002-919, Fone: (67) 3317-3624, Campo Grande-
MS - E-mail: cgr-14vciv@tjms.jus.br, onde presente se achava o Dr. José de Andrade
Neto, foi realizada audiência nos autos acima referenciados.
Feito o pregão, certificou-se as seguintes presenças: da autora,
acompanhada da Dra. Solange Terra; o patrono da requerida, Dr. Marcos Antônio dos
Santos.
Aberta a audiência, pelo juiz foi dito o seguinte: "o pedido de
redesignação da audiência, apresentado pela parte requerida, não comporta acolhimento.
A presente audiência tem por objetivo oportunizar à autora produzir provas das
alegações feitas na inicial. Não é o momento adequado para a produção de provas por
parte da requerida. Então, a sua presença pessoal em audiência é absolutamente
dispensável, atpe mesmo porque a mesma se fez representar por advogado, que poderá
exercer plenamente o direito de defesa, formular perguntas às testemunhas e praticar
todos os atos necessário à representação da parte ré. Assim, indefiro o pedido de
redesignação.
Tentada a conciliação, não foi obtido acordo.
Foram ouvidas uma testemunha e uma informante do juízo.
Em alegações finais, a parte autora reiterou os termos e pedidos
da inicial, enquanto que a requerida, através do seu patrono, pugnou pela extinção do
processo.
Pelo juiz foi prolatada a seguinte decisão: "A liminar pleiteada
na inicial comporta colhimento.
Após a realização da presente audiência, a autora logrou provar
os requisitos necessário à proteção possessória por ela vindicada. Provou que tinha a
posse do imóvel descrito na inicial, que lhe foi passada pela antiga possuidora, a
testemunha ouvida nessa data; e provou que a aludida posse foi esbulhada pela
requerida, fato, inclusive, confessado na peça de f. 47-48, apresentada pela própria ré.
Outrossim, os documentos carreados ao feito amparam as
alegações da requerente. Há comprovante da relação negocial que ela teria travado com
a antiga possuidora do bem, assim como também há documento de ligação de água em
nome de Andressa Martisn, pessoa ouvida nessa data e que contou a esse juízo que
esteve morando no bem objeto do litígio por concessão da requerente.

Modelo 990008913 - Endereço: Rua da Paz, nº 14, 3º andar - Bloco I, Jardim dos Estados
- CEP 79002-919, Fone: (67) 3317-3624, Campo Grande-MS - E-mail:
cgr-14vciv@tjms.jus.br
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Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso do Sul


Comarca de Campo Grande

Este documento é copia do original assinado digitalmente por JOSE DE ANDRADE NETO. Liberado nos autos digitais por José de Andrade Neto, em 06/03/2018 às 15:09. Para acessar os
14ª Vara Cível

autos processuais, acesse o site https://www.tjms.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 0802007-89.2018.8.12.0001 e o código 24D8037.
Não obstante, na manifestação apresentada à f. 47-48, bem como
nessa data, de forma oral, a requerida não trouxe ao juízo razão jurídica alguma que
pudesse sustentar a posse por ela exercida. Aliás, disse a requerida que teria sido
"autortizada" a entrar na casa pela EMHA, mas não trouxe aos autos comprovante
algum da aludida autorização. E como é cediço, por se tratar a EMAH de um órgão
público, qualquer manifestação ou autorização de sua parte deve ser dada por escrito e
de forma fundamentada.
Assim, se por um lado a requerente conseguiu provar que tinha a
posse do imóvel em questão, mas que a aludida posse foi esbulhada pela ré, por outro
lado a requerida não alegou e tampouco provou qualquer circunstância que a autorizasse
ingressar e manter-se na posse do bem.
Por todo o exposto, tenho por bem em acolher a pretensão
inicial, para o fim de determinar que a requerente seja REITEGRADA na posse do
imóvel descrito na inicial. Todavia, como há notícia nos autos de que a requerida
encontra-se na última semana de gestação, por questões humanitárias e em prestígio ao
princípio da dignidade da pessoa humana, que também deve ser zelado pelo juízo,
determino que a aludida reitegração aconteça no prazo de 30 dias, que tenho como
suficiente para que a requerida possa providenciar outro local para moradia.
Dou a presente decisão por publicada em audiência e os
presentes por intimados".

José de Andrade Neto


Juiz de Direito
(assinado por certificação digital)

Modelo 990008913 - Endereço: Rua da Paz, nº 14, 3º andar - Bloco I, Jardim dos Estados
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