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Tribunal de Justiça
Regional de Jacarepaguá 232
Cartório da 7ª Vara Cível
Professora Francisca Piragibe, 80 FórumCEP: 22710-195 - Taquara - Jacarepaguá - Rio de Janeiro - RJ e-mail:
jpa07vciv@tjrj.jus.br
Fls.
Processo: 0010886-65.2019.8.19.0203
Processo Eletrônico
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Em 17/09/2020
Sentença
110 ANDREIAFB
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Contestação a fls. 139/146, acompanhada dos documentos de fls. 123/130, em que sustenta o
réu, em síntese, que o percentual de 10% de honorários contratuais (e não sucumbenciais) são
devidos em toda e qualquer hipótese em que a cobrança for feita pela via extrajudicial; que a
unidade ficou inadimplente por mais de 60 dias e, por isso, a cobrança passou para o escritório e
os honorários - que são legais e contratuais - foram cobrados; que a mora dos autores, ao não
providenciarem o pagamento das cotas condominiais vencidas, deu causa aos custos
preparatórios para a ação judicial. Pugna pela improcedência dos pedidos.
A fls. 218, certidão acerca da ausência de manifestação dos autores sobre a contestação.
É O RELATÓRIO. DECIDO.
O feito comporta julgamento antecipado, nos termos do art. 355, I do NCPC, eis que
desnecessária a produção da prova requerida pelo réu. Sendo o juiz o destinatário da prova, cabe
ao mesmo velar pela duração razoável do processo (art. 139, II do NCPC) e indeferir as diligências
inúteis e meramente protelatórias (art. 370, § único do NCPC).
De acordo com o documento de fls. 28, foi firmado acordo entre as partes para pagamento das
mensalidades de janeiro a março de 2018. Os honorários advocatícios foram incluídos no débito,
no valor de R$ 134,80.
É fato incontroverso que houve o pagamento das 2 primeiras parcelas do acordo, restando tão
somente a última parcela, no valor de R$ 429,26 e a mensalidade de janeiro de 2019, conforme
consta no e-mail de fls. 35.
De acordo com o cálculo de fls. 35, o réu incluiu no débito honorários de R$ 195,52 e custas no
valor de R$ 754,75, os quais não se justificam.
Os honorários já haviam sido incluídos no parcelamento feito em 2018 (fls. 28), resultando nas 03
prestações de R$ 429,26, não cabendo a incidência de novos honorários sobre a cobrança do
mesmo débito.
Não há, outrossim, justificativa para a incidência de honorários na mensalidade de janeiro de 2019,
já que não ultrapassado o prazo de 60 dias mencionado pelo réu, na data da planilha de fls. 211.
Também não encontrei nos autos o contrato de honorários fixado com o condomínio, que tenha
sido aprovado em assembleia.
E não há nos autos qualquer condenação dos autores ao pagamento de custas judiciais que
justifique a incidência de tal cobrança. Ao que tudo indica, o réu ajuizou ação de forma equivocada
(fls. 55) e, por seu equívoco, os autores não podem responder.
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Os autores depositaram o valor devido, conforme fls. 58, o qual não foi objeto de impugnação
específica por parte do réu, pelo que é de ser declarado quitado o débito.
Os danos morais não restaram configurados na hipótese, eis que não houve qualquer lesão à
honra, à dignidade ou à imagem dos autores.
Condeno o réu ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios, que ora fixo
em 10% sobre o valor atualizado da causa, com fundamento no art. 85, § 2º do NCPC,
observando-se eventual gratuidade de justiça deferida.
Transitada em julgado e nada requerendo as partes no prazo de 10 dias, dê-se baixa e arquive-se.
Publique-se e intimem-se.
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Em ____/____/_____
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