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Natanael de Lima Ramos

Sylvia M. Costa
Túlio Ribeiro Mira

METODOLOGIA DO TREINAMENTO DESPORTIVO


PRINCÍPIO CIENTÍFICO DA VARIABILIDADE

Trabalho apresentado à disciplina


metodologia do treinamento
desportivo, 7º Período como parte da
avaliação do 1º bimestre na Escola
Superior de Cruzeiro/SP.

ESC - Cruzeiro, 2021


JUSTIFICATIVA: baseado nos autores citados ao longo deste trabalho, será
avaliado e discutido a importância do principio cientifico da variabilidade.

PÚBLICO ALVO: Alunos do curso de bacharel em educação física da Escola


Superior de Cruzeiro.

OBJETIVOS: Apresentar e debater o princípio científico da variabilidade.

CONTEÚDO: Princípios científicos do treinamento, em específico o princípio da


variabilidade.

PRINCÍPIO DA VARIABILIDADE
Variabilidade é definida como, ‘’capacidade de submeter-se a variações ou
mudanças Característica, particularidade ou estado do que é variável; qualidade
daquilo que pode variar.‟‟
Este princípio é uma forma de não permitir que o hábito e a acomodação nos
tornem escravos da mesmice (PEREIRA E SOUZA JUNIOR, 2002). Portanto, se a
carga aplicada e/ou método de treino não sofrerem variação, poderá ocorrer
regressão nos níveis de aptidão física. Logo, se as cargas de treinamento não forem
modificadas, o organismo tende a assimilá-la, impondo regressão na capacidade
física. É ineficaz para o indivíduo praticar atividade física com as mesmas
intensidades (KAUFFMAN, 1991; DANTAS, 1994; ZATSIORSKY, 1995).
A variação de estímulo é eficiente para evitar o aparecimento de platôs (estagnação
do rendimento), que tende a ocorrer em indivíduos treinados (GUEDES JR., 2003).
A variabilidade dos exercícios, métodos ou de qualquer outra variável do
treinamento exige o conhecimento da metodologia e periodização do treinamento. É
necessário possuir amplo conhecimento nos variados tipos de exercícios para cada
grupamento muscular (BOMPA E CORNACCHIA, 2000). Os mesmos autores,
afirmam, que a variabilidade aumenta o bem-estar psicológico e a resposta ao
treinamento.
A variabilidade serve também, como um grande fator motivacional, uma vez que
com alguma frequência uma das variáveis do treinamento será modificada. Não
existe uma recomendação global de qual a periodicidade que deve-se utilizar a
variabilidade. Porém há autores que afirmam que a variabilidade dos exercícios,
pode ser realizada com uma periodicidade grande. Bompa (2002), afirma que “o
treinador precisa planejar o programa de treinamento, para que o atleta/cliente
empregue a variabilidade de exercícios tanto nas unidades de treinamento quanto
nos microciclos”.
Como afirmam os autores, não existe a necessidade de deixar o atleta/aluno,
executando o mesmo treinamento, com os mesmos exercícios, por longos períodos,
e sim fazer uso periódico do princípio da variabilidade para potencializar os
resultados.
Também denominado de Princípio da Generalidade, encontra-se fundamentado na
ideia do Treinamento Total, ou seja, no desenvolvimento global, o mais completo
possível, do indivíduo. Para isso devem-se utilizar as mais variadas formas de
treinamento.
Este princípio nos diz que quanto maior o tempo que você realiza o mesmo treino,
menos eficiente ele fica. Não importa o quão bom seja o treino, ele deve ser
executado por um curto período. Quando o indivíduo apresenta algum tipo de
melhora deve-se trocar o treino, caso contrário ele ficará estagnado e não alcançará
seus objetivos.
Outra vantagem deste princípio: evita a monotonia. Você não se sentirá tão
desmotivado por ter que, de novo, realizar aquele treino que já está na quarta
semana…
O Princípio da Variabilidade potencializa os resultados a curto, médio e longo prazo
e diminui o tédio, um dos grandes obstáculos para a motivação pessoal.
Também sobre a variabilidade „‟não se deve direcionar ninguém para nenhuma
modalidade específica sem que o próprio atleta defina sua preferência. Ainda que
demonstre habilidades, há um conjunto de diversos princípios já demonstrados
anteriormente, e outros a seguir. O atleta ainda pode, ao longo de sua vida, passear
por diversas modalidades de alto rendimento após concluir etapas. Um exemplo são
jogadores de futebol de campo que passam a jogar futebol de areia; atletas do vôlei
de quadra que vão para o vôlei de praia; nadadores que vão pro triathlon, dentre
outros.‟‟
„‟As crianças e adolescentes, ou até mesmo adultos nos primeiros anos de
atividade, devem ser preparados de maneira geral vivenciando todos e quaisquer
diferentes esportes, descobrindo assim a afinidade/predisposição para uma
determinada modalidade esportiva. Ao aperfeiçoar-se na modalidade escolhida,
toda aquela vivência no âmbito motor, psicológico e social vivido anteriormente –
nas diversas modalidades – contribui de forma positiva em seu futuro.‟‟
OBS: „‟Nenhum princípio é mais importante que outro e, portanto, executar
exatamente a mesma série, com os componentes extras sem sofrerem alteração,
não deixa de respeitar o princípio da especificidade, mas desrespeita princípios que
se complementam, como esta da variabilidade e o da sobrecarga e da
continuidade‟‟.
ESTRATÉGIAS: Na musculação, por exemplo, essa variação ocorre com a
mudança de exercícios a cada quatro a seis semanas. Na corrida, a variação
costuma ser semanal. O atleta faz no período de uma semana um treino longo, um
treino intervalado, um treino de ritmo etc.
Uma preparação multilateral em um atleta jovem tem grande importância para a
construção de um organismo mais estruturado. Já nos atletas de alto nível, é a
forma encontrada para reestruturar a base para a obtenção de um rendimento ainda
maior.
BIBLIOGRAFIA:
Treinamento & Princípio da Variabilidade | (wordpress.com)
Princípios do Treinamento - A Variabilidade - Treino Mestre
https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/05/12/os-7-principios-do-
treinamento-fisico-e-sua-importancia-para-os-resultados.htm?cmpid=copiaecola

PEREIRA, B.; SOUZA JUNIOR, T. P. Dimensões biológicas do treinamento físico.


São Paulo: Phorte, 2002.
BOMPA, Tudor O. periodização no Treinamento Esportivo. São Paulo: Ed. Manole,
2001.
DANTAS, E. H. M. A prática da preparação física. Rio de Janeiro: Shape, 1998.
KAUFFMAN, S. Antichaos and adaptation. Scientific American, v. 256, p. 64-70,
1991.
ZATSIORSKY. Vladimir M. Ciência e Prática do Treinamento de Força. Phorte
editora.Guarulhos, SP: 1999.
BOMPA, Tudor O.; CORNACCHIA, Lorenzo J. Treinamento de força consciente. Rio
de Janeiro: Ed. Phorte, 2000.

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