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ANTI-HIPERTENSIVOS:

INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

Antes de tratarmos propriamente dos fármacos anti-hipertensivos, vamos lembrar


a fisiologia da Pressão Arterial (P.A.).

A pressão arterial nada mais é do que a força exercida pelo sangue na parede
dos vasos sanguíneos. Depende de dois fatores: RESISTÊNCIA VASCULAR
PERIFÉRICA e DÉBITO CARDÍACO:
P.A. = Resistência Vascular Periférica (RVP) x Débito Cardíaco (DC)

Tendo em vista que os fatores são diretamente proporcionais, nesta expressão,


podemos notar que:
• a P.A. irá aumentar se a RVP ou o DC aumentarem ;
• a P.A. irá diminuir se a RVP ou o DC diminuírem;

Agora vamos entender cada um destes conceitos:


A RVP trata-se da resistência oferecida pelos vasos ao sangue. Assim, dentre
outras variáveis, têm-se que, quanto MENOR o calibre dos vasos MAIOR a RVP
e, portanto MAIOR a P.A.. Sendo assim, algumas classes de anti-hipertensivos
agem de forma a DIMINUIREM a RVP, ou seja, levam a VASODILATAÇÃO dos
vasos.

Lembre-se: Vasoconstrição = Aumento de P.A.

Já o Débito Cardíaco trata da quantidade de sangue ejetado pelo coração por


unidade de tempo e é determinado pela Frequência Cardíaca e Volume Sistólico.

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Sendo assim, note que a força e a frequência cardíacas e o volume plasmático
também são diretamente proporcionais à P.A. Portanto:
• a P.A. irá aumentar se a força de contração ou a frequência cardíaca ou o
volume plasmático aumentarem;
• a P.A. irá diminuir se força de contração ou a frequência cardíaca ou o volume
plasmático diminuírem;

Portanto, algumas classes de fármacos anti-hipertensivos agem diminuindo o


Débito Cardíaco, diminuindo o volume sanguíneo, a frequência cardíaca ou a força
de contração.

Dito isto, podemos dividir os fármacos anti-hipertensivos em 2 grandes grupos


quanto à ação:
• Os que diminuem a Resistencia Vascular Periférica – fazendo vasodilatação
por diversos mecanismos de ação;
• Os que diminuem o Débito Cardíaco – diminuindo o volume sanguíneo ou
diminuindo força e frequência cardíaca;

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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS)

Fatores de risco: Histórico Familiar; Idade avançada; Falta de atividade física; Má


alimentação, especialmente com muito sal; Sobrepeso e obesidade; Beber muito
álcool; Estresse; Tabagismo/fumante passivo; Apneia do Sono.

CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS ANTI-HIPERTENSIVAS

O quadro abaixo apresenta um grande resumo das subclasses farmacológicas


dos anti-hipertensivos e de seus representantes. Nesse momento, apenas faça
uma leitura rápida do fluxograma.

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Obs: além dos fármacos listados acima, recentemente foi lançado o alisquireno,
fármaco pouco utilizado no Brasil em decorrência de seu alto custo, e quem tem
como mecanismo de ação a inibição da RENINA.

É possível combinar anti-hipertensivos, veja no quadro abaixo as principais


combinações e classificações:

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Com relação a efeitos adversos, o quadro abaixo apresenta os efeitos mais comuns
das principais classes de fármacos anti-hipertensivos:

•Tosse seca, teratogenicidade;


Inibidores da ECA •Hipotensão de primeira dose;
•Hipercalemia;

Beta bloqueadores •Broncoconstrição;


•Hipoglicemia de jejum;
INESPECÍFICOS •Bradicardia;

Bloqueadores de •Edema periférico (principalmente maleolar);


•Rubor;
Canais de Cálcio •Incontinênia urinária;

Diuréticos Tiazícos •Aumento da resistência à insulina e piora do perfil lipídico

Bons estudos, Grande abraço,


Prof Rodrigo Taminato.

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