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Sumário
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO: PORQUE SUPLEMENTAR?...............................................................5

1.1 – O QUE É METABOLISMO?.................................................................................................6

1.2 – O QUE É NUTRIENTE?.....................................................................................................10

1.3 – PROTEÍNAS......................................................................................................................12

1.4 – LIPÍDEOS.........................................................................................................................14

1.5 – O METABOLISMO DOS TRIGLICERÍDEOS........................................................................16

1.6 – CARBOIDRATOS (AÇÚCARES).........................................................................................17

1.7 – O DOCE CAMINHO DA GLICOSE.....................................................................................18

1.8 – OS MICRONUTRIENTES...................................................................................................21

CAPÍTULO 2 – AS VITAMINAS E SEUS BENEFÍCIOS PARA A SAÚDE..............................................26

2.1 – A COZINHA: FABRICA DE TOXINAS PERIGOSAS..............................................................34

2.2 – A IMPORTÂNCIA DAS VITAMINAS E A NEGLIGÊNCIA DA MEDICINA TRADICIONAL......36

2.3 – VITAMINA C....................................................................................................................38

2.4 – A VERDADEIRA VITAMINA C...........................................................................................44

2.5 – FORMA DE USO E CONTRAINDICAÇÕES DA VITAMINA C..............................................45

2.6 – MITOS ACERCA DA VITAMINA C.....................................................................................46

2.7 – VITAMINAS DO COMPLEXO B E B12...............................................................................47

2.7.1 • Vitamina B1 (Tiamina)............................................................................................50

2.7.2 • Vitamina B2 (Riboflavina).......................................................................................50

2.7.3 • Vitamina B3 (Niacina).............................................................................................51

2.7.4 • Vitamina B5 (Ácido Pantotênico)...........................................................................52

2.7.5 • Vitamina B6 (Piridoxina).........................................................................................52

2.7.6 • Vitamina B7 (Bio na).............................................................................................53

2.7.7 • Vitamina B9 (Ácido Fólico).....................................................................................54

2.7.8 • Vitamina PQQ (Pirroloquinolina quinona). A úl ma vitamina descoberta pela


ciência.................................................................................................................................55

2.7.9 • A estrela principal do complexo B: a Vitamina B12...............................................56

2.7.10 – Forma de uso e contraindicações para a suplementação da B12.......................63

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2.7.11 – MIOINOSITOL.......................................................................................................64

2.7.12 – COLINA.................................................................................................................67

CAPÍTULO 3 – VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS E SEU PAPEL NO CORPO HUMANO..........................71

3.1 – AS VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS E O METABOLISMO DO CÁLCIO...................................73

3.2 – A IMPORTÂNCIA DO BOM FUNCIONAMENTO DA VESÍCULA E DO CONSUMO DE BONS


ÓLEOS PARA FICAR EM DIA COM AS VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS.........................................76

3.3 – VITAMINA A (RETINOL)...................................................................................................77

3.4 – VITAMINA D....................................................................................................................82

3.5 – AÇÃO DO CALCITRIOL NO ORGANISMO.........................................................................87

3.6 – AÇÕES NO SISTEMA IMUNE...........................................................................................88

3.7 – AÇÕES NO SISTEMA CARDIOVASCULAR.........................................................................89

3.8 – AÇÕES NEUROLÓGICAS..................................................................................................91

3.11 – VITAMINA E.................................................................................................................96

3.12 – VITAMINA K1 E K2......................................................................................................102

CAPÍTULO 4 – MINERAIS E OUTROS NÉCTARES DA NATUREZA CONTRIBUINDO PARA O BOM


FUNCIONAMENTO DA FISIOLOGIA HUMANA............................................................................106

4.1 – OS MINERAIS................................................................................................................106

4.2 – MAGNÉSIO....................................................................................................................110

4.3 – MAGNÉSIO E A SAÚDE CARDIOVASCULAR...................................................................111

4.4 – CROMO.........................................................................................................................115

4.5 – SILÍCIO...........................................................................................................................117

4.6 – BORO............................................................................................................................120

4.7 – SELÊNIO........................................................................................................................123

4.8 – COBRE E ZINCO.............................................................................................................125

4.9 – COENZIMA Q10............................................................................................................130

4.10 – COENZIMA Q10 E SAÚDE CARDIOVASCULAR.............................................................131

4.11 – ESTUDO SOBRE OS ÓLEOS DA NATUREZA (AS GORDURAS SAUDÁVEIS)...................133

4.12 – OS ÓLEOS ESSENCIAIS................................................................................................136

4.13 – UM ESTUDO SOBRE OS DIVERSOS TIPOS DE GORDURA............................................137

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4.14 – OS VÁRIOS TIPOS DE ÁCIDOS GRAXOS.......................................................................138

4.15 – OS DIVERSOS ÔMEGA.................................................................................................140

4.16 – ÔMEGA 3....................................................................................................................141

4.17 – OS RISCOS DO CONSUMO EXCESSIVO DE ÔMEGA 3..................................................144

4.18 – OS CUIDADOS AO COMPRAR ÔMEGA 3.....................................................................144

4.19 – ÔMEGA 6....................................................................................................................145

4.20 – ÔMEGA 5....................................................................................................................146

4.21 – ÔMEGA 7....................................................................................................................148

4.22 – ÔMEGA 9....................................................................................................................149

4.23 – RESVERATROL.............................................................................................................150

4.24 – ÓLEO DE CÁRTAMO....................................................................................................153

4.25 – LICOPENO...................................................................................................................154

4.26 – ÁCIDO ALFA LIPÓICO..................................................................................................155

4.27 – QUERCETINA..............................................................................................................158

4.28 – CÁPSULA DE ÓLEO DE ALHO......................................................................................159

4.29 – SULFORAFANO............................................................................................................159

4.30 – RUTINA.......................................................................................................................160

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SUPLEMENTAÇÃO INTELIGENTE

CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO: PORQUE SUPLEMENTAR?

A vida nas grandes cidades está caó ca. A correria, o stress, a vida agitada, a falta de sono, o barulho, o
excesso de luzes e informações, deixam as pessoas esgotadas, num estado de profunda exaustão. O
planeta Terra sofre com a poluição, os solos estão esgotados, sem os minerais que fortalecem as
plantas. Temos frutas e verduras que não carregam os mesmos nutrientes, que antes exis am. As frutas
de hoje, não possuem a mesma qualidade nutricional, das frutas que eram colhidas 100 anos atrás.
A maioria das pessoas consome alimentos industrializados, desvitalizados, repletos de calorias vazias,
com pouca nutrição e muitas toxinas. O organismo humano não foi feito pela Natureza, para consumir
tanta caloria, num ritmo de fast food, que privilegia os sen dos, o paladar, a gula, em detrimento da
saúde. O resultado não podia ser outro, porque a combinação de stress e má alimentação, é bomba
relógio, que implode por dentro, nas doenças da modernidade, como a diabetes, o câncer, as doenças
cardíacas.
As pessoas estão comendo demais, e encontram-se profundamente desnutridas. Faltam vitaminas,
minerais, fitonutrientes. O corpo humano não vive só de calorias. Para funcionar bem, o organismo
precisa de vitaminas, e a alimentação de hoje não fornece a quan dade necessária destas moléculas.
Por este mo vo, precisamos suplementar. Precisamos nos voltar para o natural, consumindo alimentos
da terra, e ao mesmo tempo, complementamos a alimentação, com vitaminas, minerais e fitonutrientes,
que completam a necessidade nutricional. Quando suplementamos, de forma inteligente, nutrimos cada
célula exatamente do que ela precisa, para que a saúde volte a brilhar.
Estamos iniciando uma jornada de conhecimento que pode impactar de forma surpreendente em sua
saúde. Com as informações deste livro, você pode criar hábitos saudáveis, que darão ao seu organismo,
as condições para se auto curar. Além disso, se você já es ver com saúde plena, vai ajudar a que você
tenha uma chance menor de ficar doente, contribuindo significa vamente para prevenir doenças.
O organismo humano é uma máquina incrível, e muito mais do que uma máquina, ele trabalha 24 horas
por dia para lhe dar o maior presente que você tem: a vida. Para realizar este intento, o corpo não cobra
nada, mas ele pede, ele solicita que você cuide dele, com carinho, com amor, com respeito pela sua
própria natureza. Muitas doenças possuem como causa um desrespeito ao organismo, quando a pessoa
despreza as necessidades dos órgãos, das células e come tudo que encontra pela frente, como se fosse
possível viver indefinidamente sem problemas, se empanturrando de alimentos ar ficiais e nocivos.
O corpo precisa que cuidemos dele, que façamos nossa parte. E isto implica em manter uma a vidade
sica de pelo menos 3 vezes por semana, dormir bem, manter um equilíbrio entre trabalho e descanso e

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acima de tudo, cuidar da alimentação, porque o alimento é algo que colocamos em nosso corpo todos
os dias, e se este alimento for veneno, estaremos nos envenenando aos poucos. Além de todos estes
cuidados, precisamos dar a cada célula do corpo, a nutrição que ela precisa!
O organismo humano é composto de mais de 50 trilhões de células. A célula é uma unidade viva
composta de várias partes e que existe no corpo para realizar uma função. A célula do rim filtra o
sangue, a célula do coração se contrai, para que ele possa impulsionar o sangue pelas artérias, as células
do pâncreas produzem insulina, as células do estômago produzem a pepsina, uma enzima diges va,
todas as células enfim, realizam uma função específica, que vai contribuir para o bem-estar do todo
orgânico.
As células se unem formando tecidos e órgãos, que trabalham ininterruptamente para que possamos ter
o grande presente da vida. E para que isso possa acontecer, é preciso que elas sejam bem nutridas,
recebam o alimento que precisam. O tubo diges vo vai ser responsável pela absorção destes nutrientes,
que precisam chegar a cada célula, para que ela possa se manter viva. O sangue transporta estes
nutrientes.
A par r de moléculas básicas, como proteínas, carboidratos e gorduras, as células fabricam várias outras
substâncias, no processo que denominamos de metabolismo.

1.1 – O QUE É METABOLISMO?


Metabolismo é o conjunto de ações e reações, que o corpo promove, visando a manutenção da vida.
Lembremos que cada célula precisa estar viva, cumprindo sua função. Para que isso aconteça,
precisamos nutrir o organismo de várias moléculas que existem na Natureza. As moléculas são en dades
químicas, compostas de pelo menos dois átomos. Elas existem no mundo natural, e algumas delas,
cons tuem o que chamamos de alimento ou nutriente. O corpo humano precisa de várias moléculas
todos os dias, que precisam entrar no corpo, levando para ele energia, algo básico, para que todo ser
vivo se mantenha vivo. Cada célula precisa de energia e ela é dada por algumas moléculas especiais,
dentre elas a glicose, que é um carboidrato, conhecida vulgarmente como “açúcar”. A glicose é uma
molécula que carrega energia química, que vai ser necessária para a célula funcionar. A glicose precisa
entrar no corpo e chegar a todas as células, para dentro delas, ser queimada como um “combus vel”,
para gerar energia. Com essa energia, a célula se mantém viva e funcionando. Os ácidos graxos, que são
um po de gordura, também são combus veis, possuindo muita energia, alimentando células que
gastam muita energia, como os músculos e o gado. Estes ácidos graxos também são queimados como
combus vel.

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Além disso, o corpo precisa dos aminoácidos, dos lipídeos (gorduras) e dos carboidratos para compor a
estrutura das células e tecidos. Portanto, estes nutrientes que chamamos de macronutrientes, atuam
como matéria prima para a síntese de vários outros compostos.

O metabolismo é o conjunto de reações que ocorrem, para que estes nutrientes que fornecem energia,
sejam absorvidos, transportados, transformados e eliminados. Além disso, os nutrientes que vão servir
de matéria prima para a confecção de outros nutrientes, como neurotransmissores, hormônios,
sinalizadores, também precisam ser absorvidos, transportados e eliminados.

Metabolismo é composto da tríade: absorção, transformação e eliminação. Neste sen do, ele afeta o
trabalho do sistema diges vo, o trabalho do sistema re culo endotelial e o trabalho da pele. Na
transformação, substâncias são modificadas e moléculas simples são usadas como matéria prima para a
síntese de moléculas compostas. A isto se dá o nome de anabolismo. Dos aminoácidos o corpo sinte za
proteínas, que são moléculas compostas. Estas proteínas vão ter uma função dentro do organismo.

Por outro lado, o catabolismo é a destruição de moléculas compostas, para que seus cons tuintes mais
simples sejam lançados no meio interno, para que sejam u lizados para a síntese de novos compostos.

O corpo atua no sen do de cumprir uma programação, na qual o organismo é constantemente


energizado e também usa as moléculas de nutrientes para se regenerar constantemente. Além disso, o
metabolismo atua para que cada molécula que existe dentro do corpo, esteja numa concentração ideal.

É um processo con nuo de troca com o meio ambiente. Um movimento eterno de transformações.
Metabolismo é uma palavra que tem origem no grego (metaballei), significando mudança, “fazer
alterações”. A palavra foi um neologismo criado pelo professor alemão Theodor Schwann (1810-1882),
que uniu o termo grego metabole que significa “mudança”, com o sufixo ismo, que é rela vo à
“qualidade”, ou “sistema”. Podemos dizer que o corpo é um sistema fechado, individualizado, mas não
está co. Algo que muda o tempo inteiro, algo dinâmico, em constante transformismo.

Afinal, vivemos num universo dualista no qual tudo se transforma sempre, no jogo da dialé ca, das
contradições que se fundem na síntese, que vai gerar uma nova contradição para gerar uma nova
síntese, e assim por diante. O corpo é um eterno mutante, transformando-se a cada instante em algo
novo. Nossas células morrem todo dia e nascem novas células diariamente. O corpo precisa morrer e
renascer, para que a vida possa ser man da. A morte é e sempre foi nossa velha conhecida!

O metabolismo é o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos


organismos vivos. Modificações que visam a manutenção da estrutura dos tecidos e órgãos e o
constante suprimento de energia e matéria para que as células consigam sobreviver e realizar suas
funções. O metabolismo é vida! O metabolismo é morte. Ele é a construção e a destruição. O

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metabolismo representa o conjunto de reações químicas, que ocorrem sob o comando inteligente do
corpo humano, visando sa sfazer as necessidades estruturais, energé cas e funcionais do organismo
vivo.

Através destes processos, o corpo consegue se manter íntegro e cheio de energia para viver. Mas, para
que isso aconteça, as células precisam estar bem nutridas, de todos os nutrientes que veremos adiante.

Comer não é sinônimo de se nutrir. Podemos comer alimentos que são calorias vazias, tendo apenas
energia, mas muito pouco nutriente.

Todo o processo do metabolismo é controlado pelo ser consciente chamado de corpo humano. Ele é
uma obra-prima da Natureza, sendo inteligente, vivo, consciente. Ele age e reage para se manter vivo, e
lhe dar o presente da vida. A homeostase é o estado interno de equilíbrio e harmonia, que é o obje vo
final de todo o metabolismo. O corpo humano tem o conhecimento para manter o corpo vivo,
harmônico, regenerado e na mais perfeita homeostase, mas para que isso aconteça, precisamos nutri-lo
de tudo que ele precisa. Precisamos dar ao corpo a matéria prima para que ele possa se auto manter e
se auto curar.

A CÉLULA PRECISA DE PROTEÍNAS, GORDURAS, CARBOIDRATOS, VITAMINAS E MINERAIS PARA


SOBREVIVER E REALIZAR SUA FUNÇÃO NORMAL
Quando falamos a palavra desnutrição, não estamos nos referindo à falta de alimentos, à fome, com a
imagem de pessoas caqué cas e deprimidas. Estamos nos reportando ao paciente gordo, cheio de
calorias e gorduras, porém profundamente malnutrido.

Comer muito não é sinônimo de se nutrir bem! A qualidade do alimento é fator primordial para que a
célula seja bem nutrida, de todos os nutrientes essenciais como minerais, vitaminas, enzimas, cofatores,
ácidos graxos, fito nutrientes e aminoácidos. Existem alimentos ricos em calorias, ou seja, ricos em
energia e outros alimentos com pouca energia. Existem alimentos com muitos nutrientes e outros com
poucos nutrientes. Hoje em dia, a maioria da população consome alimentos com muita caloria, ou seja,
com muita energia e com pouquíssimos nutrientes. São os famosos alimentos de caloria vazia. Enchem a
pessoa de energia, engordam e não nutrem. Têm muita caloria, mas nutrição quase zero. Quando uma
pessoa consome a maior parte de sua alimentação de calorias vazias ela fica gorda, porém
profundamente desnutrida, principalmente dos chamados micronutrientes e dos fitos nutrientes. Ela se
torna um gordo desnutrido, profundamente carente de vitaminas, minerais, e fito nutrientes, que são as
moléculas de alimentos presentes nos vegetais, como nas verduras e frutas.

Encontramos o problema da desnutrição com pessoas magras e esquálidas. Hoje temos muito mais
desnutrição vazia, mas que con nua sendo desnutrição. O gordo come demais, mas não come nem de

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longe o mínimo de nutrientes que precisa. Ele tem excesso de calorias e gorduras, mas tem a falta de
algumas substâncias, que sem elas, teremos a disfunção celular, que abre as portas para várias doenças.

As células de nosso corpo realizam, cada uma delas uma função. Os hepatócitos metabolizam, os
miócitos cardíacos se contraem, as células beta do pâncreas produzem insulina, as células da glândula
pineal produzem melatonina, as células da mucosa gástrica produzem o ácido clorídrico. A saúde só
pode exis r em plenitude, se todas as células es verem realizando esta função em enteléquia
(perfeição).

E para que possam cumprir esta determinação biológica, precisam de nutrientes essenciais, dentre eles
minerais, vitaminas, aminoácidos, lipídeos, carboidratos e vários fito nutrientes, que agem promovendo
este bom funcionamento celular. Dentre eles, temos o nutriente mais importante de todos, a base da
vida: a água.

A medicina alopata com sua tese monocausal, foca sua atenção sobre os micróbios, e na forma como
destruí-los, mesmo que os an bió cos deixem de funcionar pela resistência microbiana. Ela esquece os
nutrientes. Ignora sua importância na geração das doenças. A verdade é que, se falta algum nutriente
essencial para algum po de célula, ela funcionará mal. E com os outros fatores agindo, teremos a
eclosão de doenças.

Eu advogo que existem sempre 5 causas fundamentais para que uma doença aconteça. É o chamado
sistema penta causal. Para uma doença exis r, antes de tudo é preciso que exista uma base psíquica, um
conflito inconsciente, que soma za no corpo, gerando uma fragilidade em um órgão ou tecido. É o que
chamamos de predisposição somá ca, ou causa psíquica da doença. Existe um conflito inconsciente, um
complexo que se manifesta no corpo. Ao mesmo tempo, outras 4 causas se somam a esta causa inicial.

Em toda doença temos toxinas presentes, que contribuem para que a patologia aconteça. Temos
também a ação de micróbios, que podem ser bactérias, fungos ou vírus. Temos uma falha na força vital,
que é o campo de energia su l que faz nosso corpo funcionar. A força vital é um conceito que foi citado
pelos estudiosos da homeopa a. Quando existe uma doença, temos falha na força vital, que precisa ser
restaurada pela ação de medicamentos energé cos, como os homeopá cos e as Essências Florais do
Nordeste. E por fim, temos o assunto principal deste livro: a falta de nutrientes. Por trás de toda doença,
sempre existe um determinado déficit nutricional. Está faltando algum nutriente!

Portanto, quando fazemos uma suplementação inteligente, re ramos uma das causas básicas das
doenças, fortalecendo o organismo e criando condições mais propícias à saúde plena.

A falta de nutrientes essenciais é uma realidade trágica, ignorada pela maioria dos cien stas e
médicos. A ciência ortomolecular é uma das poucas abordagens que se preocupa com os alimentos,
advogando a importância das vitaminas e minerais para a boa saúde. Portanto, se alimentar não é

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apenas se “empanturrar” de tudo que se encontra pela frente, mas buscar compreender o que nosso
corpo precisa, e dar a ele os nutrientes que permi rão que suas células funcionem em perfeição.

Os médicos não se preocupam com nutrição! Este é um erro gravíssimo! Temos uma deficiência de
micronutrientes gritante. E esta é sem dúvida a pior falta. A que afeta o funcionamento das células.
Por este mo vo, precisamos suplementar.

Cerca de 2 bilhões de pessoas sofrem por falta de micronutrientes e por falta de fito nutrientes que são
os nutrientes de origem vegetal, moléculas fantás cas que atuam melhorando a saúde do corpo.

As dietas pobres em alimentos crus, ricas em carboidratos vazios e repletas de carnes putrefatas e
frituras venenosas é responsável por esta deficiência. São as dietas de caloria vazia.

Estamos vivenciando o esgotamento dos solos. A terra está cansada, porque é u lizada para o plan o de
determinadas culturas, por um tempo muito longo, e entre as safras, não há tempo para sua
recuperação.

Os agricultores tradicionais usam fer lizantes viciados, que possuem poucos minerais, os mesmos,
insuficientes para melhorar a qualidade da cultura plantada.

Os alimentos que eram produzidos há 100 anos, con nham muito mais nutrientes do que os que são
gerados hoje. Nos dias atuais, há falta de micronutrientes, e de fitonutrientes, dentre eles alguns
minerais fundamentais para a saúde. Também existem deficiências que são próprias de uma
determinada região. O solo brasileiro por exemplo, é pobre em magnésio, porque nosso país não possui
vulcões. Além disso, os adubos não contêm magnésio. Por conta disso, as hortaliças e frutas são pobres
neste nutriente. O resultado é a insuficiência nutricional deste elemento fundamental para a saúde. O
efeito principal é o aparecimento de algumas doenças picas da falta de magnésio, como morte súbita,
arritmias cardíacas, hipertensão arterial, insônia e ansiedade.

1.2 – O QUE É NUTRIENTE?


Antes de tudo, precisamos entender o que é nutriente.

As frutas e verduras, têm pouca energia, mas são riquíssimas em nutrientes, que dão ás células o
material para que possam sinte zar enzimas, proteínas, hormônios, e funcionar com 100% de sua
eficácia!

Um nutriente é qualquer elemento da natureza ou molécula, o qual a célula necessita para realizar suas
funções. O corpo precisa de várias, milhares de substâncias para que possa funcionar e dar conta de

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todo trabalho da fisiologia. Os nutrientes estão presentes nos alimentos. São fundamentais para a vida,
e os processos metabólicos do corpo humano.

Eles são moléculas que se encontram organizadas na forma de alimentos. Esta ordem é man da pela
sabedoria da Natureza, produto de Deus, que contém uma ciência muito avançada.

O alimento contém uma ordem interna, um elevado grau de organização em suas moléculas. A vida do
corpo humano se mantém às custas de uma constante entrada desta ordem presente nos alimentos, que
será usada pela maquinaria bioquímica do corpo, para que o organismo consiga conquistar a
homeostase.

Para isso o corpo humano absorve ordem e elimina desordem. A ordem que entra, auxilia o corpo a
manter a homeostase, que significa o “caminho do meio” do organismo, o equilíbrio. É o equilíbrio
perfeito alcançado, para que as concentrações das diversas moléculas estejam ideais, o que as torna
néctares. O corpo precisa de várias moléculas circulando por ele, dentro do que chamamos de meio
interno. O meio interno é o meio ambiente de dentro do corpo, porém fora das células.

Os alimentos são fundamentais para que o corpo consiga o caminho do meio, ele precisa de uma
determinada quan dade deles, uma concentração ideal. Para estar em equilíbrio perfeito e manter a
balança do ponto de ajuste fisiológico, o organismo precisa absorver determinadas moléculas e mantê-
las numa concentração determinada. O corpo humano “sabe” qual é a concentração, para que o corpo
não resvale para o desequilíbrio, que denominamos de distase.

A distase é o contrário da homeostase, quando o organismo resvala para a falta ou o excesso de algum
composto. Fato que provoca sofrimento orgânico. Quando faltam nutrientes, o corpo entra em distase.

Sabemos que o corpo funciona para manter-se como um todo único, como um ego biológico destacado
do meio. O ambiente agride o organismo e a chamada inércia das coisas, tenta levar o corpo para a
distase. Se alguns órgãos como o gado e os rins pararem de funcionar, rapidamente teremos o acúmulo
ou a falta de alguns compostos. Tanto a falta como o excesso levam o corpo à distase. A doença é a
realização da distase, a perda da homeostase, e a incapacidade do organismo, naquele momento
específico, de retornar para o equilíbrio.

Portanto, para que possamos manter o meio interno em equilíbrio de moléculas, o corpo precisa
eliminar moléculas para mantê-las em concentrações homeostá cas e absorver nutrientes especiais,
que também precisam exis r em concentrações exatas, para que o corpo a nja a homeostase, com as
células realizando suas funções em enteléquia.

O metabolismo se fundamenta na construção e desconstrução, conforme já afirmamos. O organismo se


mantém desmontando estruturas moleculares e construindo outras, num constante embate contra as
forças da inércia. O metabolismo necessita de moléculas que venham de fora, ingeridas na alimentação,

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para que o corpo consiga se renovar perfeitamente, u lizando-as como matéria prima para sínteses
diversas. Por este mo vo, quando faltam moléculas, teremos graves problemas. Se alguns nutrientes
essenciais faltarem, abrem-se as portas para várias doenças!

Podemos dividir os nutrientes em dois grandes grupos:

- Macronutrientes: proteínas, carboidratos e gorduras

- Micronutrientes: vitaminas, minerais, água e fibras

OS MACRONUTRIENTES: PROTEÍNAS, CARBOIDRATOS E GORDURAS, O QUE SÃO, QUAIS


AS SUAS FUNÇÕES

Para que o organismo possa realizar o metabolismo com perfeição e ganhar o presente da homeostase,
ele precisa estar bem nutrido de macronutrientes e micronutrientes. Quando nossa alimentação é
composta primordialmente dos alimentos de caloria vazia, estamos muito bem nutridos dos
macronutrientes, mas profundamente desnutridos do ponto de vista dos micronutrientes. Quando nos
alimentamos de frutas e verduras, estamos inserindo um alto percentual de nutrientes em nosso corpo.
Os chamados micronutrientes, que são as vitaminas, minerais e os fitoquímicos dos vegetais. Com isso, as
chances de uma pessoa adoecer são muito menores.

Vamos estudar os macronutrientes agora:

Vamos começar nosso estudo pelas proteínas, que fazem parte dos macronutrientes. Vamos estudar os
macronutrientes neste capítulo, e estudaremos os micronutrientes no capítulo 2.

1.3 – PROTEÍNAS
As proteínas são as macromoléculas onipresentes em todo o organismo, fundamentais para a vida.

Temos o ovo, as nozes, o peixe, os queijos, o grão-de-bico, os diversos grãos em geral. Todos ricos em
proteína. Não é necessário comer carne de boi ou de porco para termos proteínas. Na verdade, as pessoas
estão com macromoléculas suficientes, a maioria tem até proteína demais, e isso gera problemas. A falta
mesmo é de micronutrientes.

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As proteínas são cons tuídas de uma ou várias cadeias de aminoácidos, seus cons tuintes básicos. Os
aminoácidos são os “ jolinhos” que formam o “muro” proteico.

As proteínas par cipam de todos os processos celulares, desempenhando muitas funções no organismo,
sendo absolutamente indispensáveis para a vida.

São as proteínas que determinam funções das células. Ou seja, para que você possa respirar, falar, pensar,
em suma, viver, você precisa de proteínas, milhares delas.

Grande parte das proteínas são enzimas, que catalisam reações das vias metabólicas e da digestão. A
função enzimá ca é tão importante, que sem ela a vida não exis ria. Nós precisamos de enzimas, que são
proteínas, para fazer tudo, pensar, andar, comer, falar.

As proteínas também possuem funções estruturais ou mecânicas, como acontece com a miosina e
ac na nas células musculares, que deslizam entre si para gerar a contração muscular, que faz com que
possamos nos movimentar.

Também formam o citoesqueleto das células, dando forma e estrutura a cada célula.

As proteínas também par cipam da sinalização celular, contribuindo para a troca de informações entre
as células, porque é a par r de determinadas proteínas que as células mandam mensagens para as
outras. Vários hormônios são proteínas. A insulina por exemplo, tão conhecida, o hormônio fabricado
pelo pâncreas é uma proteína.

Os an corpos também são proteínas, atuando na imunidade. Quando você é infectado por um vírus, o
corpo aprende a criar uma proteína que é um an corpo, que inu lizará o vírus, impedindo sua ação
nefasta. Além de tudo isso, as proteínas plasmá cas atuam sobre a osmolaridade do sangue, sendo
fundamentais para a manutenção da vida. São muitas funções atribuídas às proteínas. Elas são
imprescindíveis para que o corpo humano consiga se manter vivo. Sem elas não haveria a unidade
orgânica, porque elas codificam a individualidade biológica, fazendo você ser um indivíduo único.
Afinal, se pegarmos um órgão seu e colocarmos em outra pessoa, o sistema imune reconhece como
não sendo do próprio indivíduo. As únicas proteínas que podem circular em nosso organismo são as
fabricadas pelo próprio organismo.

As proteínas que possuímos em nosso corpo são sinte zadas por ele mesmo, a par r de aminoácidos.
Quando ingerimos proteínas na alimentação, principalmente as de origem animal que são moléculas
muito grandes, precisamos antes de tudo degradar a molécula, fracioná-la no processo de digestão, até

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que sobrem os aminoácidos livres, que serão absorvidos para serem usados pelo corpo, na síntese de suas
próprias proteínas.

Na realidade, as proteínas são sinte zadas a par r de aminoácidos, que se dispõem numa sequência
específica, que forma um código. O po de proteína sinte zado e sua função, vão depender desta
sequência, que provoca o seu enovelamento, numa estrutura tridimensional específica. Esta estrutura vai
determinar sua a vidade.

A combinação dos aminoácidos faz a diferença. Ao todo são vinte aminoácidos, sendo 9 deles essenciais,
ou seja, aqueles que o corpo não consegue sinte zar. Por este mo vo, os aminoácidos essenciais
precisam ser ingeridos na alimentação.

1.4 – LIPÍDEOS

Os lipídeos são um grupo de moléculas orgânicas, que cons tuem um dos principais componentes dos
seres vivos, e são formados por carbono, hidrogênio e oxigênio. As gorduras são o po de lipídeo mais
conhecido.

Porém nem todo lipídeo é gordura. Existem lipídeos que são hormônios ou outros compostos químicos
que atuam de forma específica e não se parecem em nada com o que conhecemos como gordura. O
colesterol por exemplo, é um lipídeo, mas não é uma gordura, ele é um álcool policíclico. Você sabia que o
colesterol é um po de álcool? Certamente você pensou que colesterol era gordura, não é mesmo? Eis um
engano que a maioria das pessoas comete e inclusive muitos profissionais de saúde também.

Os esteróis são outro po de lipídeo que não é gordura, eles formam hormônios muito importantes para
nosso corpo, como a testosterona, os estrogênios e o cor sol. As vitaminas A, D, E, K também são
compostos lipídicos, mas não são gordura! Elas são vitaminas que se dissolvem em gordura, as chamadas
vitaminas lipossolúveis.

As gorduras são biomoléculas das mais importantes em nosso organismo. São solúveis em solventes
orgânicos e insolúveis em água. Por este mo vo, quando derramamos óleo em um copo d’água este irá
flutuar, porque não vai conseguir se misturar à água. Gordura e água não se misturam, exatamente
porque as gorduras são insolúveis em água.

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As gorduras são tanto produzidas dentro do organismo, quanto absorvidas na alimentação. Quando
ingerimos alimentos ricos em gordura, elas são quebradas pela ação da lipase pancreá ca e da bile, que
emulsifica as gorduras, facilitando sua absorção. A bile funciona como um detergente, que vai dissolver a
gordura, assim como um sabão faz. Sem bile, fica mais di cil digerirmos as gorduras que absorvemos nos
alimentos.

As gorduras são reconhecidas como uma molécula grande, formada por três moléculas de ácidos graxos e
uma molécula de glicerol, que se unem para formar o triacilglicerol, mais conhecido como triglicerídeo.
Podemos dizer que os ácidos graxos são moléculas básicas de gordura.

As gorduras podem exis r no estado sólido ou líquido, a depender de sua estrutura química. Usamos o
termo “gordura”, para designar o triglicerídeo em sua forma sólida (pastosa), mas o óleo também é
gordura. Quando observamos um óleo vegetal, ele é uma gordura em sua forma líquida. Quando
observamos a manteiga, temos gordura em uma forma sólida, pastosa.

As funções dos triglicerídeos podem ser resumidas em três principais:

- Servir como reserva de energia para as células, assim como a glicose, só que os ácidos graxos geram
muito mais energia, sendo os preferidos de tecidos como o muscular. A forma mais eficaz do corpo
estocar energia é através do acúmulo de gordura no tecido adiposo. Os triglicerídeos são armazenados
nos adipócitos e podem ser solicitados a qualquer momento, para servirem de combus vel para as células
musculares ou para darem lugar à síntese de glicose, através da gliconeogênese. Isso mesmo. Quando
ficamos muito tempo em jejum, as gorduras que temos estocadas no tecido adiposo, são disponibilizadas
para o sangue, e são transformadas em glicose lá no gado. Esta glicose vai para a corrente sanguínea,
para manter os níveis normais desta molécula.

- Os triglicerídeos também são fundamentais para formar as membranas celulares, compondo a chamada
bicamada lipídica. Graças a sua caracterís ca de ser apolar e repelir a água, os lipídeos deram condições
para que exis sse a vida. A célula não conseguiria se diferenciar do meio extracelular sem esta proteção
dada pela insolubilidade em água. A membrana da célula é cons tuída de lipídeos.

- As gorduras funcionam como sinalizadores celulares, agindo como mensageiros da complexa rede de
comunicação entre as células. Isto é de fundamental importância para a administração do metabolismo.
Vários pos de gorduras funcionam com este obje vo, sendo produzidas pelo SRE.

O corpo humano precisa de gorduras, porque são fundamentais para a saúde. E como todos os outros
compostos do organismo, precisa estar em quan dades ideais, nem mais, nem menos, no equilíbrio da

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medida. O metabolismo das gorduras é um dos mais delicados, pois encontramos grande parte da
população com obesidade, uma doença metabólica, oriunda de um desequilíbrio na forma como o corpo
lida com os lipídeos.

1.5 – O METABOLISMO DOS TRIGLICERÍDEOS

Vamos agora falar de um assunto controverso, que gera polêmicas. Estamos nos referindo às gorduras.
Elas são boas e fazem bem a saúde, ao contrário do que você pode pensar. Infelizmente, a maioria das
pessoas tem gordurofobia, ou seja, medo de gordura, como se toda gordura fosse ruim para a saúde.
Precisamos ingerir gorduras todos os dias, nosso corpo precisa delas. Ao contrário do que a mídia divulga
e a maioria pensa, gordura é boa e faz bem! Agora, não toda gordura. Existem boas gorduras e gorduras
venenosas, produzidas pela indústria. Também devemos evitar o excesso, porque conforme diziam os
an gos, o segredo da saúde está na moderação, na parcimônia.

As gorduras entram pelo tubo diges vo, são digeridas devidamente pela lipase pancreá ca, uma enzima,
para no final, na forma de triglicerídeos, serem transportadas no sangue, para o estoque no tecido
adiposo. Toda gordura em excesso termina sendo estocada nas células gordurosas.

Como é insolúvel em água, o triglicerídeo não pode circular livre pela corrente sanguínea. Ele é
transportado por determinadas proteínas, “empacotado” dentro delas, para que sua caracterís ca apolar
não prejudique a circulação. Sabemos que a gordura não se mistura com a água. Por este mo vo, elas
precisam ser transportadas por estas proteínas. Estas proteínas são muito conhecidas porque
transportam também o colesterol, um dos lipídeos mais incompreendidos da ciência, do como um
“vilão”, quando na verdade é um “mocinho”.

Como exemplo de proteínas que transportam o triglicerídeo temos o quilo mícron, o LDL, O VLDL.

O triglicerídeo é então transportado e levado para o tecido adiposo, onde será estocado. As células
gordurosas são especializadas em acumular estas moléculas de triglicérides, sem que sua integridade
funcional seja prejudicada. Esta é uma de suas funções. Elas têm todo um arcabouço de enzimas e
proteínas que regulam o metabolismo das triglicérides. Elas produzem gordura a par r de glicose, quando
a oferta desta molécula é abundante e liberam os ácidos graxos para o sangue, quando isto for
necessário. Este é um dos mais graves problemas do consumo exagerado de carboidratos que são os
açúcares. Eles são transformados em gordura e guardados no tecido adiposo, fazendo você engordar.

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O triglicerídeo é composto dos ácidos graxos que são néctares maravilhosos, u lizados pelas células
musculares para a obtenção de energia química. Por este mo vo, são essenciais, necessitando exis r
numa concentração ideal no sangue.

1.6 – CARBOIDRATOS (AÇÚCARES)


Os carboidratos, popularmente conhecidos como açúcares, são as biomoléculas mais abundantes na
Natureza, cons tuídas primordialmente de carbono, oxigênio e nitrogênio. Eles se agrupam formando
moléculas grandes, complexas ou simples, se apresentando em todos os seres vivos. As moléculas de
carboidratos simples têm um gosto doce, ao contato com as papilas gusta vas de nossa língua.

A glicose é o principal carboidrato para o corpo humano, porque é o combus vel principal de alguns
grupos celulares, em especial os neurônios.

Estas células u lizam a glicose para obter energia química, para se manterem vivas. O cérebro só
consegue funcionar e se manter “ligado” como um computador quân co sofis cado, se receber
con nuamente um aporte de glicose que chega a ele através da corrente sanguínea.

O neurônio realiza com maestria a quebra da glicose dentro de suas mitocôndrias, de uma forma
intempes va, caso contrário não funciona. O consumo de glicose é tão intenso, que o cérebro de uma
pessoa normal consome cerca de 120 gramas de glicose por dia.

O metabolismo da glicose é sem dúvida, um dos mais importantes do corpo, em conjunto com o
metabolismo das gorduras, que representam outra fonte fundamental de energia química. Por este
mo vo, a glicose precisa estar numa concentração normal no sangue, entre 80 e 120 mg/dl. Caso os níveis
de glicose caiam demais, o cérebro entra em parafuso, ou seja, ele para de funcionar. A pessoa desmaia,
ou fica com tontura, porque as células do labirinto percebem a falta de glicose. Pessoas com glicose de 30
ou 40 já começam a desmaiar e passam muito mal.

Resumindo, os carboidratos possuem duas funções básicas:

- Função energé ca: é a principal fonte de energia primária para as células. Uma molécula de glicose
fornece 32 moléculas de ATP. Os vegetais armazenam energia, acumulando a glicose formando grandes
moléculas, como o amido. O amido, que está presente em vários alimentos que você conhece, como
inhame, macaxeira, batata, pão, macarrão, e qualquer outro derivado do trigo, é ingerido pelos seres
humanos e degradado na digestão, liberando várias moléculas de glicose. Para você ter uma ideia, uma

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molécula de amido tem milhares de moléculas de glicose nela, que são liberadas no sangue, no momento
em que o amido é digerido no intes no. Por este mo vo, o consumo do amido prejudica os regimes de
emagrecimento. O amido engorda, porque é muita glicose que está nele. A glicose entra nas células, pela
ação da insulina e vai ser queimada no processo de respiração celular, na via metabólica normal de
obtenção de energia. A queima de glicose acontece nas mitocôndrias.

- Função estrutural: o glicocálix é composto de carboidrato. Alguns carboidratos conferem rigidez,


consistência e flexibilidade às células. Os ácidos nuclêicos, que compõem o DNA, possuem carboidratos
em sua composição.

Agora, precisamos antes de con nuarmos a entender o metabolismo dos carboidratos, fazer uma
dis nção muito importante. O que convencionamos chamar de açúcar é um pó branco, refinado, ar ficial,
criado em uma indústria, que pouco ou nada tem em comum com a glicose original. O açúcar tem sua
molécula distorcida, deformada, sendo um veneno químico perigoso. Glicose é totalmente diferente de
açúcar, não podemos deixar de fazer esta dis nção. O carboidrato presente numa fruta é completamente
diverso de um açúcar dentro de um biscoito recheado. Um é néctar, o outro é veneno!

Então, se formos falar de carboidratos, devemos nos lembrar de definirmos a que po de carboidrato
estamos nos referindo. Temos carboidratos complexos, presentes nos vegetais, como no inhame, na
macaxeira, na batata doce, no arroz e no feijão, este carboidrato é o amido. Eles são carboidratos
compostos, moléculas grandes, que precisam antes de entrar na corrente sanguínea, serem devidamente
digeridas, para se decomporem em carboidratos simples, como a glicose e a frutose, aqueles que serão
efe vamente usados no metabolismo. E temos nas frutas, os carboidratos simples, na forma de glicose e
frutose, que são moléculas pequenas.

1.7 – O DOCE CAMINHO DA GLICOSE


Precisamos de carboidratos todos os dias. Eles precisam entrar pelo tubo diges vo, serem digeridos
devidamente, e a glicose formada é absorvida pelo TGI, para todo o corpo. A glicose no sangue é um
néctar maravilhoso, mas apenas se es ver na concentração certa, entre 80 e 120 mg/dl. Uma quan dade
maior de glicose é veneno. Uma quan dade menor também deixa a pessoa em apuros. O maior néctar, se
transforma no pior veneno, no momento em que se concentra e permanece em grande quan dade. O
ponto de ajuste da glicose é em torno de 90. Neste patamar, ela está no “equilíbrio da medida”.

Quando os níveis de glicose sobem no sangue, todo um alarme é disparado e o pâncreas inicia a
fabricação de quan dades maiores de insulina, um hormônio proteico muito conhecido, que você já deve
ter ouvido falar muito. A insulina age para que grande parte da glicose agora absorvida pelo intes no, e

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que circula pelo sangue, entre dentro das células, no interior do citoplasma, saindo da corrente
sanguínea.

Por este mo vo, logo após comer um almoço, temos a elevação normal da glicose, que rapidamente cede,
voltando aos patamares corretos, pela ação da insulina. Portanto, a insulina é o hormônio mais
importante no metabolismo da glicose. Ela regula a concentração de glicose presente no sangue, para que
não fique em excesso, prejudicando as células. Glicose normal é uma benção, enquanto que a glicose em
excesso é um veneno mortal. Em níveis muito altos, em torno de 500 ou mais, o paciente entra em coma!
Ao contrário, uma glicose baixa demais torna-se insuficiente para nutrir o cérebro da energia que ele
precisa, ocorrendo a perda da consciência e a coma pela falta de glicose.

Todo um aparato de células de vários órgãos se esforçam para manter a glicose no “caminho do meio”,
entre 80 e 120. Em suma, a glicose precisa estar presente no sangue, ser estocada no gado e nos
músculos na forma de glicogênio e ser transformada em ácidos graxos e triglicerídeos que é outra forma
da energia ser estocada. Todos estes processos fazem parte do metabolismo da glicose.

Antes de tudo, existe um fato que precisa ser lembrado. A glicose precisa entrar em alguns grupos de
células, e para isso acontecer é preciso que a insulina atue sobre um receptor da membrana, abrindo a
passagem para ela.

Existem outras células que têm “porta aberta” para a glicose. Dentre elas podemos citar os neurônios, as
hemácias, as células dos tes culos e a medula renal. Elas não precisam da insulina para que a glicose
entre dentro delas. Sua única fonte de energia vem da glicose.

Mas outros pos celulares, como as células do gado, as células musculares, as células da pele, os
adipócitos, todas elas têm as portas fechadas em sua membrana, para que a glicose não entre facilmente.
Para abrir esta porta, precisamos de insulina.

A insulina se encaixa no receptor e a glicose entra na célula, saindo da corrente sanguínea. Assim os níveis
da glicose no sangue caem e se normalizam, em torno de 90.

Hormônios envolvidos na regulação da glicose:

- Insulina

A insulina atua facilitando a entrada da glicose dentro das células, agindo sobre um receptor de
membrana presente nelas. Este receptor necessita estar sensível a esta ação da insulina, para que tudo

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funcione bem. A insulina aumenta quando temos uma elevação da glicose no sangue, logo após uma
refeição. Este aumento é normal e necessário.

O des no da glicose:

A glicose vai ser armazenada dentro do gado, na forma de glicogênio que é um carboidrato complexo,
formado de muitas moléculas de glicose unidas. O glicogênio é formado nos músculos, e no gado, a
par r da entrada da glicose nas células musculares e nos hepatócitos respec vamente. A insulina
promove, portanto, a síntese de glicogênio, sendo um hormônio anabólico.

Dentro do hepatócito, grande parte da glicose recebida vai sofrer outra via metabólica, a da formação de
gordura, a par r de glicose. A glicose é transformada em gordura, na chamada lipogênese. A insulina
promove a lipogênese, tanto nos hepatócitos, quanto e principalmente, nas células gordurosas, os
adipócitos. A glicose é, pois, transformada em ácidos graxos e triglicerídeos, que são armazenados no
gado e no tecido adiposo. Este processo é o que faz uma pessoa engordar, acumular adipócitos em
várias regiões do corpo. Na verdade, este estoque de gordura representa uma importante reserva de
energia. Conforme já estudamos, a gordura tem muito mais saldo energé co do que a glicose.

A insulina é, portanto, um hormônio que engorda, “mandando” o hepatócito e o adipócito sinte zarem
gordura, a par r da glicose, e estocar esta gordura! Quanto mais insulina temos no sangue, mais iremos
engordar. A glicose também vai entrar nas células adiposas, pela mesma ação insulínica que a faz entrar
nos hepatócitos. Dentro da célula gordurosa, ocorrerá a via metabólica da lipogênese. A insulina é mesmo
um hormônio anabólico.

- Glucagon

O glucagon exerce o efeito contrário ao da insulina, agindo no momento em que tem pouca glicose
circulando, quando sua concentração está baixa. Isto acontece em momentos de jejum. O glucagon
promove a síntese de glicose a par r de proteína ou gordura, dentro do gado ou do tecido adiposo, mas
principalmente no gado. Quando o jejum se inicia, o organismo primeiro começa a fazer a glicogenólise,

Glicogenólise: significa a quebra da molécula de glicogênio para a liberação de glicose. Quando os níveis
de glicose começam a baixar no sangue, um aviso chega ao pâncreas que começa a produzir o glucagon,
hormônio eminentemente catabólico, es mulando os hepatócitos e as células musculares, a quebrar as
moléculas de glicogênios, que se encontram estocadas em seu interior. O glicogênio é degradado em vias
metabólicas próprias, que envolvem também várias enzimas. Liberam-se grandes quan dades de glicose
no sangue, para que o nível se mantenha entre 80 e 120. Com o tempo, o estoque de glicogênio se acaba,
e começa a chamada gliconeogênese.

Gliconeogênese: bem, gastamos todo o estoque de glicogênio. Agora algo não pode acontecer! A glicose
não pode baixar demais. Ela é muito importante para isso! O organismo sabe deste fato e emite todo um

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alerta para que outro processo tenha início. A gliconeogênese que significa literalmente, a síntese de
novas moléculas de glicose, a par r de proteína e gordura. O glucagon é peça chave deste processo. Ele
dá o comando para o gado começar a sinte zar glicose, literalmente “queimando” gordura. Os ácidos
graxos são disponibilizados na via metabólica da gliconeogênese, com o produto final sendo a glicose.
Assim, os níveis de glicemia tendem a se manter normais, mesmo que o jejum con nue por muitas horas.

Os hormônios chave destes dois processos são a insulina e o glucagon, que precisam funcionar em
harmonia. Não pode haver a prevalência de nenhum dos dois. Ambos precisam exis r na mesma medida,
para o metabolismo da glicose acontecer de forma equilibrada. Infelizmente, as pessoas comem em
excesso e não se submetem a períodos ideais de jejum. O pâncreas fabrica insulina demais e glucagon de
menos. Com isso, a pessoa não consegue suportar quase nenhum tempo sem comida, permanecendo
literalmente viciado em alimentos, principalmente alimentos doces, que provocam picos de insulina.

O ideal é que façamos o jejum intermitente, com 8 horas nos alimentando e 16 horas em jejum todos os
dias. Para que o pâncreas comece a aprender a sinte zar bem o glucagon. Quando isso acontece, a pessoa
jamais apresentará episódios de hipoglicemia, porque os mecanismos de gliconeogênese estão afiados!

Muitos estudiosos estão advogando a realização do jejum intermitente, como forma de manutenção de
um excelente metabolismo da glicose. Alguns trabalhos cien ficos evidenciam a cura da diabetes do po
2 com esta prá ca e também a cura da resistência à insulina.

1.8 – OS MICRONUTRIENTES
Os micronutrientes fundamentais são as vitaminas e minerais. São assim chamados de “micro”, porque
são moléculas pequenas, ao contrário dos macros nutrientes que possuem moléculas grandes. Além das
vitaminas e minerais que são muito importantes para que o corpo possa funcionar bem, com saúde;
temos os cofatores, coenzimas, enzimas, fitonutrientes, como os compostos fenólicos, também chamados
de polifenóis, que ajudam o corpo a funcionar melhor. Temos várias outras substâncias que são os
fitonutrientes, que incluem ácidos graxos especiais, como o ômega 3, ômega 6, e várias outras moléculas
derivadas das plantas, que ajudam muito a que nosso corpo esteja bem.
Estes micronutrientes estão presentes em abundância nos vegetais crus, nas verduras e frutas. O corpo
necessita de pequenas quan dades destas moléculas, mas sua falta pode acarretar sérios problemas.
Infelizmente, são estes nutrientes que faltam na maioria das pessoas.
Indivíduos que comem todos os dias, 4 refeições, muito bem servidas, ainda assim apresentam deficiência
em vários micronutrientes, porque estão comendo muita caloria vazia, muito carboidrato, muita gordura

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ruim e pouco fito nutriente, pouca vitamina e poucos minerais. Por este mo vo, há uma necessidade
gritante de suplementar.
A dieta das calorias vazias acontece porque a grande maioria da população come alimentos cozidos e
industrializados, e muito pouco ou nenhum alimento cru. A maioria dos micronutrientes está disponível
apenas na comida crua, sem passar pelo fogo.
A alimentação fast food não possui pra camente nenhum micronutriente, é caloria vazia, que cria
obesidade e várias doenças graves. Quem come apenas estes venenos, além de estar se empanturrando
de toxinas, se mantém cronicamente desnutrido.

E mesmo que você coma alimentos com frutas e verduras, mesmo assim, é preciso suplementar,
principalmente após os 40 anos de idade, porque a taxa de absorção dos nutrientes cai muito. Além disso,
os solos estão esgotados, e não fornecem mais os mesmos nutrientes que an gamente.

A falta de micronutrientes é sem dúvida, um dos principais problemas que geram doenças. A depressão
que assola grande parte da população nos dias atuais, se deve em grande parte a falta dos minerais e
vitaminas. Quem se alimenta somente de comida cozida ou frita, e se locupleta de refrigerantes e comidas
industrializadas, apresenta um déficit importante de micronutrientes necessários para a produção de
serotonina e dopamina, dois neurotransmissores fundamentais para que a pessoa esteja feliz e de bem
com a vida. A depressão é consequência de desnutrição e além disso, as toxinas dos alimentos fast food
inflamam o cérebro, ajudando a criar esta patologia terrível.

No corpo da maioria das pessoas, faltam vitaminas, minerais, coenzimas e fibras. Dos micronutrientes,
precisamos de 60 minerais para que nosso corpo funcione em harmonia.

Vamos fazer uma lista dos micronutrientes que precisamos:

Vitaminas: São dos mais famosos compostos orgânicos, responsáveis por vários processos metabólicos
das células, par cipando de reações químicas para a fabricação de diversas outras moléculas
fundamentais para o corpo. São moléculas essenciais, ou seja, precisam ser ingeridas nos alimentos, pois
o corpo não as fabrica. As células precisam das vitaminas para funcionar em enteléquia! Sua ausência ou
insuficiência na dieta provoca síndromes específicas. Atualmente são reconhecidas treze vitaminas
essenciais. Elas se classificam de acordo com sua solubilidade, se são solúveis na água ou em gorduras.

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Minerais: Os minerais são substâncias de origem inorgânica, que estruturam o organismo humano,
compondo tecidos duros como ossos e dentes, bem também fazem parte dos músculos, células
sanguíneas e sistema nervoso e também são fundamentais para que o organismo possa sinte zar
hormônios e outras substâncias importantes para que tenha saúde.

Os minerais realizam funções importan ssimas dentro do organismo, como a função osmó ca, o
equilíbrio ácido básico e o desencadeamento do impulso nervoso. Os minerais também regulam o ritmo
cardíaco e funcionam como cofatores em várias reações enzimá cas, das vias metabólicas. Os minerais
são, portanto, fundamentais para o bom funcionamento do corpo e muito mais, são vitais. Sem eles a vida
não exis ria!

O nome “mineral” é genérico e não descreve exatamente o que são estes elementos químicos. A
denominação vem do fato de vários destes compostos se unirem para formar corpos sólidos e cristalinos,
como o diamante, o ferro, o topázio e a apa ta. Podemos considerar como um mineral, desde elementos
químicos simples, em seu estado puro, ou sais simples. O cloreto de sódio, o famoso sal de cozinha é um
sal mineral. Ele é composto do sódio, um metal alcalino, e do cloro, um halógeno.

Os minerais compõem o planeta Terra, e da mesma forma, compõem o nosso corpo. Eles formam a base
material de todas as células do corpo humano, de todos os tecidos e órgãos. Eles são a nossa estrutura.
Por este mo vo, é de suma importância que o ser humano consuma alimentos ricos em minerais, e de
fácil absorção. Estamos falando de frutas e verduras, cruas e orgânicas. Infelizmente, nos dias atuais,
mesmo você consumindo muita verdura e frutas todos os dias, vai precisar suplementar alguns minerais,
principalmente se ver mais de 45 anos de idade.

Infelizmente, a deficiência de minerais é gritante. Isto se deve a vários fatores. Um deles é que o alimento
cozido, frito, assado ou que passe por qualquer po de exposição demorada ao calor, altera a composição
química natural dele. O enxofre por exemplo, um mineral fundamental para formar cabelos e unhas e
para dar saúde às ar culações, é perdido quase totalmente quando cozinhamos a comida.

Os minerais se encontram em uma forma facilmente assimilável nas frutas e verduras cruas. Quando as
submetemos ao fogo, alteramos a conformação química natural, e o mineral não consegue mais ser
assimilado como antes.

Outro fato é o empobrecimento paula no dos solos, que são subme dos a uma agricultura de exploração
cruel, sem uma reposição posterior. Os solos estão depauperados, e os adubos u lizados encharcam a

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terra de apenas alguns minerais em detrimento de outros. Para que um ser vivo possa ter um organismo
forte e capaz de se defender da invasão de micróbios ele necessita estar bem nutrido de todos os
minerais. Com as plantas temos o mesmo problema.

Um dos mo vos de termos tantas pragas que terminam por forçar o uso de agrotóxicos é a deficiência de
minerais. As plantas necessitam de nutrição adequada, e quando isto não acontece elas ficam doentes,
assim como os humanos.

Linus Pauling afirmou certa vez que “na origem de toda doença, todo distúrbio e todo mal, há uma
deficiência de minerais”.

Há uma solução para a melhoria do solo, a água do mar. Segundo pesquisadores: “água do mar é a mais
an ga solução de água da Terra, e talvez a ideal fisiologicamente para remineralizar o solo. Ele cita
pesquisas realizadas com água do mar para enriquecer o solo, revelando que as plantas crescem mais
viçosas e com mais resistência às pragas. As frutas plantadas em solos fer lizados com sólidos marinhos
eram mais saborosas. Os animais que comiam plantas cul vadas em solos enriquecidos com água do mar,
cresciam mais fortes e nham menos doenças. É verdade que um corpo altamente mineralizado é mais
resistente a doenças e ao envelhecimento.

Na verdade, a maioria das plantas requer de 35 a 40 minerais. Os fer lizantes fornecem no máximo 6
minerais. A deficiência é gritante. Isto faz com que a grande maioria da população se alimente de comida
pobre em minerais, gerando uma deficiência crônica, que enfraquece o chamado terreno biológico. Com
isso, mais sensibilidade às infecções. Por este mo vo, é primordial uma suplementação, para que
estejamos em dia com os minerais que necessitamos. Se você es ver em dia com os minerais, as chances
de você ficar doente diminuem muito.

Infelizmente, os minerais que existem nos suplementos vitamínicos não são eficazes, porque não são
absorvidos pelo organismo. Além de estarem num formato não natural, isolados de outras moléculas
essenciais, são muito grandes, na dimensão do mícron. Neste tamanho, não são absorvidos pela
membrana celular, para atuarem no citoplasma e no núcleo. Isto se forem absorvidas, porque nos
suplementos, os minerais não são sequer absorvidos pelo intes no.

Quando uma pessoa ingere suplementos, do po “de A a Z”, suas fezes ficam vitaminadas! Ela está
literalmente “jogando dinheiro fora”. E caso absorvam os minerais do tamanho grande, mícron ou
maiores ainda, eles não entram na célula, se acumulando no sangue e nos tecidos, gerando vários
problemas.

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Por este mo vo, os minerais precisam estar no tamanho “angstrom”, ou seja, muito pequenos, menores
que o mícron, para que possam ser convenientemente metabolizados. As células precisam absorvê-los,
usá-los e eliminá-los.

Os minerais presentes nas frutas e verduras, cruas e orgânicas, estão ligados a outras moléculas, como
aminoácidos, para que sejam mais facilmente absorvidas no intes no delgado, é a chamada quelação
natural. Além disso, estão no tamanho angstrom, o ideal para que possam ser convenientemente
metabolizados. As enzimas metabólicas, para serem sinte zadas, necessitam de minerais no tamanho
angstrom, de cerca de 80 deles.

São mais de 6 mil enzimas, responsáveis pelos milhares de vias metabólicas que temos em nosso
organismo, nosso corpo não consegue funcionar sem enzimas e para fabricá-las precisamos de minerais.
O corpo humano só funciona pela ação das enzimas. Observem a importância dos minerais para a saúde!
Uma das causas reais de várias doenças que acometem milhões de pessoas nos dias atuais é a deficiência
crônica de enzimas, derivada da deficiência crônica de minerais no tamanho angstrom. Isso tudo pelas
refeições de caloria vazia.

Existe uma solução extraordinária para este problema: o sal marinho de melhor qualidade. Todos os
minerais estão disponíveis em boa quan dade no sal marinho, puro, sem qualquer po de refino. O
melhor deles é a “Flor de Sal”, produzida no Rio Grande do Norte e encontrada em qualquer casa de
produtos naturais. A Flor de Sal é a fina camada de cristais de sal marinho, que se forma na cobertura das
salinas, na super cie da água do mar. Para que seja formada, a Flor de Sal necessita de condições
atmosféricas ideais, temperatura e radiação solar elevada e um vento suave. Quando surgem estas
condições, teremos os minúsculos cristais de sal, que são colhidos artesanalmente. A colheita deste
produto ímpar, cobiçado pelos chefs do mundo inteiro pelo seu sabor espetacular, acontece por um
processo artesanal, originalmente desenvolvido no sudoeste da França, em Guérande.

A Flor de Sal é um néctar fabuloso, extraída da parte mais nobre da salina, que agrega 80% dos minerais,
na forma de oligoelementos, dentre eles o magnésio, o cálcio, zinco, iodo, potássio, cobre, dentre outros.
A diferença é brutal em relação ao sal refinado, que tem apenas cloreto de sódio. O sal refinado é um
veneno! A Flor de Sal é um néctar. Ao contrário do sal refinado que é adicionado à comida e vai à panela
ou forno, a Flor de Sal não deve ser subme da a altas temperaturas. Ela deve ser usada como tempero
final, para uma comida feita sem sal algum, dando um sabor fantás co ao alimento. Por ser muito
concentrada, deve-se colocar apenas uma pequena porção no alimento a ser ingerido. O consumo diário
de Flor de Sal provê o organismo dos minerais que ele precisa, combatendo de forma muito eficaz a
deficiência nutricional. Perceba a importância da suplementação. Do quanto nossas células precisam estar
com todos os nutrientes em dia, para que o corpo possa ter uma saúde incrível.

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CAPÍTULO 2 – AS VITAMINAS E SEUS BENEFÍCIOS PARA A
SAÚDE

VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS
Agora, vamos estudar quais as caracterís cas principais das vitaminas e como elas impactam o
funcionamento das células. Vamos fazer uma viagem pelo mundo da bioquímica, entendendo cada uma
delas, e o quanto são importantes para que possamos ter uma saúde fantás ca.
Você também vai compreender, que só com a alimentação, não conseguimos a quan dade de vitaminas
que precisamos. Nosso corpo é muito carente em vitaminas, principalmente as hidrossolúveis, que são
as que mais são perdidas, pelo suor, e pela urina.
As vitaminas são micronutrientes, abundantes na Natureza e no interior dos seres vivos. Elas foram
descobertas pela ciência há muitos anos. Podemos falar que há milênios, os seres humanos buscam
alimentos que ajudam a melhorar a saúde. Os egípcios an gos, nham o conhecimento que consumir
gado ajudava pessoas com cegueira noturna. Hoje sabe-se que o gado é rico em vitamina A que é o
re nol, excelente para melhorar os quadros de cegueira noturna.
A par r do ano 1500, com as grandes navegações, nas quais os marinheiros ficavam dias e mais dias sem
qualquer alimento fresco, surgiram doenças carenciais, dentre elas o escorbuto, provocada pela falta de
vitamina C. O escorbuto era um terror para as tripulações que navegavam para o novo mundo,
significando uma sentença de morte.
Os sintomas iniciais do escorbuto incluíam cansaço, pernas e braços doloridos, que evoluíam para
inflamação nas gengivas, alterações no cabelo, hemorragias na pele e perda dos dentes. Com o avanço
da doença, surgem problemas de cicatrização e no final a pessoa morre por infecções e hemorragias.
Naquela época, não se sabia que o escorbuto ocorria por falta de vitamina C, sendo uma doença
atribuída à maldição, inclusive sendo chamada de “mal de angola”.
Afinal, quando navegavam, os portugueses percebiam que a doença começava a aparecer entre os
marinheiros, no entorno de angola.
Nada mais fantasioso. Apenas nhamos um tempo de viagem decorrido para que a deficiência surgisse.
No ano de 1747, um cirurgião escocês James Lind, descobriu que os frutos cítricos ajudavam a prevenir
o escorbuto, que era mortal até então. No ano de 1753, Dr. Lind publicou o “Tratado sobre o
Escorbuto”, recomendando o consumo de limões e limas pelos marinheiros em viagem, para prevenir a
doença. Este procedimento foi adotado pela Marinha Real Britânica.
Quando chegou o final do século 19 e o começo do famoso século 20, cien stas estudaram e
iden ficaram várias vitaminas. Eles descobriram um nutriente que deram o nome de “an rraquí co A”,
que foi usado para curar o raqui smo em ratos. Era a vitamina D!

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Frederick Hopkins, um cien sta britânico, ganhador do prêmio Nobel, descobriu que exis am nutrientes
acessórios, além de proteínas, carboidratos e lipídeos, que eram fundamentais para o bom
funcionamento do corpo: as vitaminas.
Este cien sta fez a descoberta de várias vitaminas, mesmo que não as denominasse como tal. Um
japonês, chamado Umetaro Suzuki, conseguiu extrair um complexo de nutrientes, solúveis em água, a
par r do farelo de arroz. Ele denominou este complexo de ácido abérico.
Em 1912, Casimir Funk, um bioquímico polonês, isolou o mesmo complexo de nutrientes do japonês, e
no nomeou de “vitamina”, uma mistura do nome “vital”, com “amina”.
O complexo possuía aminas e por este mo vo veio o nome. A palavra vitamina se popularizou entre os
cien stas, que já chamavam os “fatores acessórios” de Hopkins também de vitaminas. Nem todas as
vitaminas eram aminas, mas o termo ganhou força e permaneceu.
Um bioquímico suíço Paul Karrer, determinou a estrutura do betacaroteno, descobrindo que era o
precursor da vitamina A. Também descobriu a estrutura bioquímica de outros carotenoides.
No ano de 1931 o cien sta húngaro, Albert Szent-Györgyi naturalizado norte americano, revelou
propriedades das vitaminas, comprovando sua ação an escorbuto. Ganhou o prêmio Nobel de 1937.
Durante todo o século 20 várias outras vitaminas foram descobertas, catalogadas, veram sua estrutura
química desvendada e deram aos seus descobridores vários prêmios Nobel.
Na década de 80, foi descoberta a úl ma vitamina que conhecemos a PQQ, a pirroloquinolinaquinona,
com ação fantás ca sobre as mitocôndrias, presente em alimentos como o kiwi.
As vitaminas são dos mais famosos compostos orgânicos, responsáveis por vários processos metabólicos
das células, par cipando de reações químicas para a fabricação de diversas outras moléculas
fundamentais para o corpo.
São moléculas essenciais, ou seja, precisam ser ingeridas nos alimentos, pois o corpo a princípio não as
fabrica, embora existam vitaminas como a D, que são sim sinte zadas no corpo.
Na verdade, as células precisam das vitaminas para funcionar em 100% da sua eficácia, para cumprirem
sua função dentro do organismo!
Sua ausência ou insuficiência na dieta provoca síndromes específicas, que os médicos conhecem.
Infelizmente, a medicina tradicional só reconhece uma deficiência quando ela chega ao ponto de provocar
uma doença grave.
Quando uma pessoa está com uma leve deficiência, isso é pra camente ignorado, não se faz nada, nem
sequer se es mula uma suplementação.
A maioria dos médicos da medicina tradicional subes mam o poder preven vo e cura vo da
suplementação. Quando são ques onados pelos seus pacientes quanto ao uso das vitaminas, emitem um
sonoro “não” e muitas vezes falam com desdém e descrença, sobre o poder das vitaminas.

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A medicina funcional já consegue detectar e atuar sobre uma leve deficiência, que já é importante para
determinar a saúde de uma pessoa. Se houver qualquer grau de deficiência de uma vitamina qualquer,
este fato já é por si um fator para minar a saúde.
Devemos combater a deficiência, suplementando a vitamina, antes que a deficiência piore e abra as
portas para várias doenças. Isso é prevenção!
Se eu submeto um organismo a viver anos deficiente de uma determinada vitamina, estou permi ndo que
a saúde seja minada, e com o tempo, a deficiência aumenta e gera vários problemas. A abordagem
nutricional das doenças é algo muito importante, e precisa ser levada muito a sério. Por trás de vários
problemas e condições de saúde, por trás de pra camente todas as doenças, existe uma deficiência de
vitaminas.
E o pior, os exames de laboratório possuem faixas de normalidade irreais.
Vamos dar um exemplo, a vitamina B12, uma vitamina hidrossolúvel, fundamental para o bom
funcionamento do sistema nervoso, da memória, do raciocínio e crucial para que você tenha bom humor,
tem como faixa de normalidade, impressa no papel do exame laboratorial, um valor entre 190 e 900
pg/ml.
Temos aqui um absurdo total. Um valor de 200 pg/ml de vitamina B12 não é capaz de dar às células, a
capacidade de funcionarem bem. Uma pessoa com 250 de vitamina B12 não está com o valor normal
desta vitamina. Vai ficar com déficits de memória, com raciocínio prejudicado, com o número de hemácias
menor do que deveria e com mais chances de infartos. Tudo isso pela deficiência!
Mas ela é negligenciada pela medicina, afinal qualquer médico que ler o exame vai dizer que 250 é
normal.
Na verdade, o valor normal de B12 é 900! Menos que isso já é deficiência, de um grau menor ao maior.
Eu advogo que não devemos esperar o paciente ficar doente para agir! A verdadeira medicina preven va,
atua antes, prevenindo que a doença apareça, colocando a pessoa em dia com a B12, para que o corpo
funcione com 100% de sua capacidade.
Muitas pessoas estão com depressão por conta de falta de B12. Muitas pessoas estão com problema de
memória, por falta de B12.
E isso é negligenciado.
A medicina de qualidade precisa ser antes de tudo preven va! Este é o obje vo deste livro, conscien zar
as pessoas da importância e do poder da suplementação, para colocar o corpo em dia com as vitaminas e
minerais e com isso, fortalecer o organismo, diminuindo as chances do adoecimento.
Se o organismo es ver com todas as vitaminas em dia, com valores normais, sem deficiências, ele vai ter
suas células funcionando com 100% de sua capacidade, algo que vai deixar o corpo com uma capacidade
fantás ca de regeneração, imunidade nas alturas, energia disponível, alegria, disposição, saúde em
plenitude.

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O ideal é dosarmos as vitaminas no sangue, detectarmos as falhas, e agirmos com uma suplementação
inteligente, aliada ao consumo de alimentos funcionais, que possuem vitaminas, minerais e outros
cofatores, para que o corpo que habitamos possa ser nutrido de forma plena.
Atualmente são reconhecidas treze vitaminas essenciais. Elas se classificam de acordo com sua
solubilidade, se são solúveis na água ou em gorduras. Temos as vitaminas hidrossolúveis, que se
solubilizam em água e as lipossolúveis, que são solúveis em gordura.

Vamos citá-las:
Vitaminas hidrossolúveis, que são aquelas que facilmente se dissolvem em água:
São as vitaminas C, do complexo B, mioinositol, colina e PQQ (pirroloquinolinaquinona)
Vitamina C (ácido ascórbico)
Vitamina B1 ( amina)
Vitamina B2 (riboflavina)
Vitamina B3 (niacina)
Vitamina B5 (ácido pantotênico)
Vitamina B6 (piridoxina)
Vitamina B7 (bio na)
Vitamina B9 (ácido fólico)
Vitamina B12 (cobalamina)
Mioinositol
Colina

E mais recentemente, a vitamina PQQ, a úl ma do complexo B.

Como são hidrossolúveis, não se acumulam no organismo, ou seja, o corpo não consegue guardá-las, e
por este mo vo, precisam ser ingeridas todos os dias. Sua solubilidade em água, faz com que facilmente
sejam eliminadas na urina, no suor ou nas fezes. Por este mo vo, a deficiência é gritante nestas
vitaminas. Além disso, a maioria das pessoas é deficiente nas vitaminas hidrossolúveis, porque não
comem alimentos crus, o quanto deveriam.

A população come majoritariamente alimentos cozidos, fritos, assados, que passam pelo fogo, onde há a
destruição da maior parte destas vitaminas. Um alimento cozinhado por 1 hora, ou menos, tem
pra camente todas as vitaminas do complexo B e a vitamina C destruídas. Na fritura, esta destruição é
bem mais rápida. Com alguns minutos não existe mais nenhuma vitamina hidrossolúvel na comida.

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Se refle rmos sobre o fato de que existem muitas pessoas que vivem vários anos comendo só alimentos
cozidos, fritos e torrados, compreendemos a grave deficiência nutricional nelas. Pessoas que ingerem
alimentos industrializados e do po fast food, terminam ficando desnutridas, o que facilita a formação de
doenças graves.
Quando observamos a população mundial de hoje, podemos constatar uma deficiência gritante na
vitamina C, nas vitaminas do complexo B e na vitamina B12.

Há falta também de PQQ e de mioinositol e colina.


Todas estas vitaminas se destroem pela ação do fogo.
Além disso, vivemos num mundo tecnológico, com um turbilhão de informações que chegam todos os
dias ao cérebro, muito mais do que no passado, algo que não estamos preparados biologicamente para
lidar.
O uso de celulares, computadores, a protuberância de luzes ar ficiais durante a noite, a falta de repouso
suficiente, o stress das grandes cidades, todos estes fatores juntos contribuem para o consumo exagerado
pelo sistema nervoso do pouco complexo B que possuem! E sabemos que sem o complexo B, teremos
ansiedade, depressão, angús a e fadiga crônica!
A grande maioria dos pacientes que sofrem com ansiedade e depressão, podem estar apenas com
deficiência de vitamina C, complexo B e de B12. Quando esta deficiência for corrigida, o corpo reencontra
a homeostase e os sintomas amenizam rapidamente.
A deficiência de vitaminas é um monstro silencioso, que destrói a vida de milhões de pessoas. Sem as
vitaminas na quan dade certa, o corpo não funciona como deveria e nem pode! Teremos as portas
abertas para diversas doenças, e para alimentar a indústria da doença, que lucra bilhões de dólares com
isso.
Além das vitaminas hidrossolúveis, temos as vitaminas lipossolúveis, que se dissolvem facilmente em
gorduras.
Elas sempre acompanham a gordura, seja ela uma gordura animal ou vegetal. Quando ingerimos
alimentos gordurosos, e eles são absorvidos no intes no, junto com a gordura, o corpo absorve
importan ssimas vitaminas. Por este mo vo, precisamos comer gorduras saudáveis, ricas nestes
nutrientes essenciais.
Infelizmente, desde a década de 50 do século passado, popularizou-se a ideia equivocada de que gordura
faz mal à saúde. Que comer gordura causa infarto do miocárdio, nada mais falso! Esta é a chamada
“gordurofobia”, presente como uma “lavagem cerebral”, na mente da maioria das pessoas.

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Se alguém ra a gordura da alimentação, pode ter vários problemas, devido à deficiência das vitaminas
lipossolúveis.
Gordura é bom para a saúde!
Você pode agora estar com sua mente confusa, porque desde pequeno você ouviu o contrário! Foi feita
uma lavagem cerebral em você e hoje, tento desfazer este condicionamento errado. As vitaminas
lipossolúveis são importan ssimas para o bom funcionamento do corpo e para que você possa se livrar de
várias doenças.
Muito se falou da vitamina D. Ela é realmente incrível, sendo uma das vitaminas mais importantes para o
nosso corpo, fundamental para que as células funcionem bem, para que você tenha uma saúde incrível.
Uma pessoa com vitamina D baixa, jamais vai conseguir uma saúde plena. A vitamina A age sobre todas as
células, promovendo seu bom funcionamento, sendo uma espécie de hormônio poderoso, porque sem
ele, tudo vai funcionar mal.

Hoje em dia, vários médicos prescrevem a vitamina D, porém esquecem que para que a D funcione bem,
as outras vitaminas hidrossolúveis também precisam estar em dia. A vitamina D só funciona
corretamente, quando a vitamina A, E e K estão em dia! Elas funcionam em conjunto.
Vitaminas lipossolúveis que precisamos para viver bem.
Vitamina A
Vitamina D
Vitamina E
Vitamina K1 e K2
Como são lipossolúveis, estas vitaminas podem ser guardadas no tecido adiposo, portanto o corpo
consegue fazer um estoque delas. Além disso, elas resistem mais ao fogo, havendo uma perda menor
quando o alimento é cozinhado.
Porém, mesmo assim, temos populações gigantescas com deficiência nestas vitaminas. E isso por vários
mo vos, dentre eles a “gordurofobia” e os problemas de absorção prejudicada no intes no.
A deficiência de vitamina D por exemplo é gritante. Quando analisamos uma população qualquer, de 10
pessoas temos 9 com deficiência de vitamina D.

As vitaminas fazem parte de diversas reações importantes no corpo, na síntese de proteínas, na reparação
de tecidos, no funcionamento de muitos grupos de células diferentes. A vitamina B12 par cipa da
formação dos glóbulos vermelhos e da reparação de estruturas do sistema nervoso. A vitamina PQQ
promove a formação de novas mitocôndrias retardando o envelhecimento. A vitamina C é fundamental na
síntese do colágeno, sendo importan ssima para a cicatrização das feridas e para a manutenção da

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integridade dos vasos sanguíneos. A vitamina K par cipa da cascata da coagulação, fazendo você parar de
sangrar, quando se machuca!
São inúmeros os bene cios destes verdadeiros néctares presentes nas frutas e verduras e em outros
compostos da Natureza.
Sem a ingestão de vitaminas nas quan dades adequadas, alguns grupos de células apresentarão
disfunções. Lembremos que o funcionamento de um órgão é determinado pelo funcionamento de cada
célula que o compõe! Infelizmente, quando surge um sintoma é porque a deficiência já está muito grave.
Tanto de vitaminas, quanto de minerais.
O metabolismo só acontece com precisão se houver quan dades normais das vitaminas. Tanto o
anabolismo quanto o catabolismo, necessitam de diversas vitaminas específicas. Na sua falta, teremos
doenças metabólicas.
Infelizmente, as quan dades recomendadas pelos cien stas, constantes nas tabelas nutricionais, estão
bem aquém do que é realmente necessário. A falta de algumas vitaminas é causa e complicador de muitas
doenças.
Os órgãos governamentais estabeleceram valores irrisórios para o consumo de diversas vitaminas. Estes
estudos que geraram os valores são altamente ques onáveis, porque as sugestões estão muito aquém
das necessidades reais do corpo.
A vitamina C por exemplo. As doses recomendadas são ridículas, em torno de 75 mg por dia. Quando na
verdade o corpo precisa de muito mais, na faixa de 4 a 5 gramas.
Temos uma batalha grande. A medicina tradicional despreza e subes ma o poder das vitaminas,
principalmente para a prevenção de doenças. Quem faz uma suplementação inteligente, esta que agora
estou ensinando a vocês, percebe o quanto elas possuem poder.
Quem suplementa, percebe rapidamente o quanto o organismo começa a funcionar melhor. Mesmo
aqueles que se tratam de doenças crônicas, com medicamentos alopá cos, con nuam a tomar seus
medicamentos, e após meses de suplementação, sentem-se bem melhores, e o próprio médico reduz as
doses dos alopá cos, porque o corpo está reagindo melhor.
A boa no cia em relação a esta abordagem nutricional e suplementar com vitaminas e minerais, é que ela
pode ser aplicada a qualquer um, tanto uma pessoa doente quanto saudável, porque ela vai contribuir
para o corpo funcionar melhor em qualquer situação.
Quando damos às células, os nutrientes que elas precisam, elas agradecem e começam a se autocurar. O
corpo humano é dotado de um poder de autocura incrível, verdadeiramente divino.
O que são micronutrientes? A palavra micro vem de pequeno. Na verdade, são moléculas pequenas, que
são as vitaminas, cofatores, coenzimas, minerais, água e fibras. Eles estão presentes em abundância nos
vegetais crus, nas verduras e frutas.

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As vitaminas lipossolúveis estão presente em alimentos de origem animal, como o ovo, os la cínios e o
peixe. O corpo necessita de pequenas quan dades destas moléculas, mas sua falta pode acarretar sérios
problemas. Infelizmente, são estes nutrientes que faltam na maioria das pessoas.
Indivíduos que comem todos os dias, 4 refeições, muito bem servidas, ainda assim apresentam deficiência
em vários micronutrientes. Isto acontece porque a grande maioria da população come alimentos cozidos
e industrializados, e muito pouco ou nenhum alimento cru. A maioria dos micronutrientes está disponível
apenas na comida crua, sem passar pelo fogo.
A alimentação fast food não possui pra camente nenhum micronutriente. Quem come apenas estes
venenos, além de estar se empanturrando de toxinas, se mantém cronicamente desnutrido.
A falta de micronutrientes é sem dúvida, um dos principais problemas que geram doenças.

A depressão que assola grande parte da população nos dias atuais, se deve em grande parte a falta dos
minerais e vitaminas. Quem se alimenta somente de comida cozida ou frita, e se locupleta de
refrigerantes e comidas industrializadas, apresenta um déficit importante de micronutrientes. Faltam
vitaminas, minerais, coenzimas e fibras.

Quando observamos qualquer doença, há sempre um déficit nutricional. Por este mo vo, cri camos a
abordagem exclusivamente sintomá ca da alopa a, que atua com remédios químicos para re rar
sintomas, e não atua sobre uma das causas mais importantes por detrás de qualquer doença: a falta de
nutrientes específicos.
Quando observamos a diabetes mellitus por exemplo, constatamos que o paciente tem falta de cromo,
que é um mineral essencial para o bom funcionamento da insulina e também de zinco, que exerce um
papel gritante na produção, armazenamento e transporte da insulina.
De que adiante darmos ao paciente uma me ormina e outros hipoglicemiantes orais, com o obje vo de
baixar os níveis de glicose no sangue, e não agirmos no sen do de dar ao corpo o zinco e o cromo que ele
precisa?
Estaremos apenas combatendo o sintoma que é a glicose alta no sangue, mas a causa fica intacta e o
problema se perpetua, sem cura, sem solução.
Precisamos mudar esta mentalidade, usando a suplementação para prevenir e para tratar doenças,
atuando sobre a causa e não sobre a consequência.
As vitaminas são micronutrientes, porque suas moléculas são pequenas, daí a nomenclatura. Existem
outros micronutrientes que também são fundamentais para nosso corpo funcionar bem. Estamos falando
dos minerais.

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O corpo humano precisa de 60 minerais essenciais para que ele funcione em 100% de sua eficácia. Para
sinte zar proteínas, enzimas, hormônios e para que as células realizem suas funções, o corpo precisa
estar em dia com os minerais.
Eles estão presentes em toda a Natureza, e são ob dos em boa quan dade pela alimentação viva.
Podemos citar o magnésio, o cálcio, o cromo, o ferro, o selênio, o cobre, o zinco, dentre outros. Cada um
deles realiza uma função importante dentro do corpo, par cipando de reações-chave no metabolismo.
Sem estes minerais em quan dade suficiente, alguns grupos de células podem apresentar disfunção, que
terminam por gerar doenças.
Os minerais mais facilmente absorvíveis e biodisponíveis são aqueles que estão nas verduras e nas frutas.
O sal marinho integral ou a flor de sal, possuem vários minerais e são uma fonte espetacular destes
compostos. Os suplementos minerais são interessantes, mas apenas se forem quelados, para facilitar a
absorção pelo intes no.
Além de todos estes micronutrientes, temos também cofatores, coenzimas, e os chamados fito
nutrientes, que são moléculas presentes nos vegetais, nas suas folhas e frutos, que nos servem de
alimentos.
O corpo humano precisa destes fito nutrientes.
Quando comemos alimentos crus, orgânicos, com todo o vigor e vitalidade, estamos consumindo
alimentos com baixa caloria e com alto poder nutricional, porque eles estão repletos dos fitos nutrientes.
Eles são fitos químicos que ajudam as células a funcionarem melhor, dando uma forcinha para o
metabolismo e prevenindo e curando várias doenças.

2.1 – A COZINHA: FABRICA DE TOXINAS PERIGOSAS


Antes de estudarmos as vitaminas hidrossolúveis, vamos atentar para um fato que não podemos
negligenciar: cozinhar destrói as vitaminas.

Cozinhar os alimentos potencializa as toxinas existentes e cria novas toxinas, quando a temperatura
destrói os nutrientes, transformando-os em venenos! O fogo destrói a vitalidade da comida. Quando
submetemos a comida ao cozimento, ao micro-ondas ou a qualquer outro po de radiação ou à
engenharia gené ca, perdemos a qualidade e os componentes nutri vos dos alimentos.

Os fitos nutrientes são o que chamamos de néctares presentes nas frutas e verduras cruas. Eles a vam
genes promovendo saúde e bem-estar O cozimento também diminui significa vamente a quan dade de
nutrientes, como as vitaminas, minerais, proteínas, gorduras e os fitos nutrientes.
Os fitos nutrientes, em conjunto com os micronutrientes diversos atuam auxiliando o organismo na sua
busca constante pela homeostase interna. Como o organismo é um ego biológico em constante
relacionamento com o meio, ele precisa captar o que não tem e excretar o que tem em excesso. Este é o

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processo con nuo de busca pelo caminho do meio, onde cada molécula está em sua proporção ideal, em
sua concentração correta.
Existem dois pos de moléculas que podemos absorver: as toxinas e os néctares.
As toxinas atrapalham o corpo no seu movimento em busca da homeostase, promovendo a distase. A
distase é o estado de desequilíbrio, de doença, de desarmonia, onde impera o mal-estar, a dor e o
sofrimento.
Os néctares auxiliam o corpo, fomentando a homeostase. A homeostase é o contrário da distase. É o
estado de equilíbrio, de saúde total, de harmonia, onde impera um sen mento de profundo bem-estar,
de alegria e felicidade.
Você não vai conseguir viver comendo este po de alimento e manter a homeostase!
Quando cozinhamos a comida, as enzimas presentes nela são destruídas, a forma a va das vitaminas e
dos minerais é parcialmente destruída, pes cidas e fungicidas se decompõem e formam compostos
tóxicos e há um aumento de radicais livres.
Na verdade, o alimento cozido é uma bomba de radicais livres, os quais iremos nos livrar a muito custo e
pagando o preço do envelhecimento precoce. O cozimento promove a perda de quase toda a vitamina B
nos alimentos. Cerca de 90% da amina se destrói quando cozinhamos por tempo prolongado. A perda da
bio na chega a 72% e do ácido fólico 97%. A vitamina C é destruída em 80%.
Em suma, o ato de cozinhar alimentos faz com que percam cerca de 85% de seus nutrientes.
Portanto, uma pessoa que come somente alimentos cozidos, além de estar se alimentando de uma bomba
de radicais livres e uma “sopa” de toxinas terríveis, não está conseguindo obter os nutrientes que precisa.
Come, mas con nua desnutrido, principalmente de minerais e vitaminas. Por este mo vo, ins n vamente
come muito! O corpo percebe que não está entrando o que deveria, que está faltando algo. Induz a
pessoa a comer mais, porém quanto mais come, mais desnutrido está! É a comida repleta de calorias
vazias.
A cozinha é uma fábrica de venenos perigosos, e além disso, uma destruidora de alimentos. Tudo bem! Os
pratos ficam deliciosos… Mas, de que adiante ter o prazer de comer, ficar deliciado com as guloseimas
torradas e fritas, e perder a própria vida!? Perder a saúde que é nosso bem principal.
Eu prefiro abdicar das delícias, mas con nuar saudável e vivo!
Não há prazer que compense a perda da saúde. É fato que temos uma humanidade doente, que agoniza
nos hospitais e morre muito cedo. Diante do conhecimento da falta de nutrientes, podemos nos libertar
do sofrimento, mas precisamos fazer uma escolha.
Abandonar as delícias e comer alimentos crus, mais simples, em menor quan dade, e por outro lado,
conquistarmos a paz, a saúde, uma melhor conexão com nossa alma, porque quando estamos com o
corpo saudável, podemos dar saltos espirituais! De que adianta o prazer na mesa que me custa a saúde?
De que vale se deliciar com pizzas, bolos, chocolates, pudins, sorvetes, e morrer de infarto aos 50 anos? É
uma questão de livre arbítrio.

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Quando gastamos pouca energia para a desintoxicação e para a digestão de alimentos mortos, sobra
energia para a conexão com nossa alma. Quando conquistamos um corpo biológico limpo, livre de toxinas
e repleto de néctares, conseguimos atrair as forças da alma, e as potências de nossa parte divina, para
que eles se manifestem no corpo, trazendo saúde e vitalidade.
Este é o obje vo deste livro de suplementação inteligente: Conscien zar você, de que a alimentação é
algo fundamental para a conquista da saúde e de uma vida incrível, com muita qualidade!
A solução está no caminho do meio, uma filosofia tão citada pelos budistas, que advoga que a felicidade
está no equilíbrio. A saída para nossos problemas está na busca pelo equilíbrio em tudo, inclusive nos
nutrientes que precisamos. Eles não podem estar em excesso, nem em falta em nosso corpo. Se está
faltando vitaminas e minerais, não estaremos no caminho do meio.
O caminho do meio se dá através do suprimento das nossas necessidades, de ingerirmos aquilo que
precisamos e eliminarmos aquilo que não serve. Este é o segredo: a moderação, a consciência de que
precisamos evitar os excessos de qualquer po, selecionando muito bem o que comemos. E além disso,
buscarmos dar ao corpo o que ele precisa, na medida certa, na quan dade certa. Buscamos despertar
esta consciência, para encontrarmos o equilíbrio da mente, das emoções e do organismo como um todo.

2.2 – A IMPORTÂNCIA DAS VITAMINAS E A NEGLIGÊNCIA DA


MEDICINA TRADICIONAL

Não podemos fugir de um fato: o corpo humano é o resultado do conjunto de suas células, as unidades
básicas da vida! Cada órgão do corpo, para funcionar bem, para realizar sua função com maestria, precisa
que cada célula sua, esteja realizando sua função em maestria. O órgão funciona a par r do conjunto das
funções de cada célula individual que o compõe.
Para que a célula funcione bem, ou seja, para que o miócito cardíaco, que a pequenina célula muscular do
coração, se contraia; para que as células do pâncreas produzam insulina; para que os glóbulos brancos
sejam fortes e a vos para atacar micróbios; para que o neurônio possa pensar, sen r e estar em
equilíbrio; para que as glândulas salivares produzam saliva; para que as células musculares se contraiam,
para que todos os pos de células do corpo funcionem, é preciso que estejam em primeiro lugar, bem
nutridas.

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As células precisam de nutrientes básicos, como proteínas, carboidratos, gorduras e de minerais,
cofatores e vitaminas. Quando faltam vitaminas, temos sérios problemas. A célula começa a sofrer, as
vezes silenciosamente, dando um “duro danado” para manter sua função normal.
Este fato é absolutamente negligenciado pelos médicos e pela medicina tradicional. Há um verdadeiro
complô contra as vitaminas, um desdém, um desprezo. Quando um paciente procura um médico e pede
uma receita de vitaminas, muitas vezes recebe um sonoro não, com a célebre frase: não há comprovação
cien fica de sua eficácia.
Mas é claro que as vitaminas são eficazes! O uso de vitaminas tem um forte impacto sobre a saúde de
qualquer pessoa. A vida de alguém muda substancialmente depois da suplementação inteligente. As
células precisam de vitaminas e infelizmente, na maioria das pessoas, elas estão escassas. Há deficiência
de pra camente todas elas. Com raras exceções.
Infelizmente, a medicina tradicional só reconhece um problema com as vitaminas, quando a deficiência é
total, e gera um problema gravíssimo. Vamos dar um exemplo. Se uma pessoa está com deficiência de
B12, com um resultado de exame de 250 pg/ml, vai ao médico e ele diz que está normal. Afinal, a faixa de
normalidade que existe na folha do laboratório é entre 190 e 900. Isso é um completo absurdo. Uma
quan dade de 250 não supre o que o organismo precisa. Não vai haver anemia perniciosa, mas haverá
sofrimento e as portas abertas para várias doenças.
Porque a medicina só considera um problema quando a doença é grave e aguda? Porque não cuidar da
pessoa quando está com 250 de B12, antes da doença aparecer?
O valor normal de B12 é 900 pg/ml.
Menos que isso é deficiência. Sim, podemos ter uma pequena deficiência, que não provoca anemia
perniciosa, mas provoca danos à saúde e à qualidade de vida da pessoa.
Porém, a medicina tradicional não faz nada e quando faz, atua prescrevendo a vitamina B12 sinté ca que
não funciona bem e faz mal ao paciente. A boa no cia é que existe a Vitamina B12 natural, bioidên ca, a
me lcobalamina que pode ser consumida com segurança todos os dias, para manter a vitamina B12 em
torno de 900 no sangue e assim ajudar o paciente a conquistar uma super saúde.
Porque tratar o paciente só quando ele está com uma deficiência grave, absurda? Porque não cuidar
antes, fazendo uma medicina preven va? Este é o ponto mais importante.
A medicina tradicional não faz nada para prevenir, atuando apenas com remédios para rar sintomas. Por
este mo vo despreza as vitaminas. Relegando-as a um segundo plano, sem compreender sua real
importância para a saúde. Este é o mais grave problema da medicina tradicional com as vitaminas, ela só
age quando o paciente está com escorbuto, xero almia, anemia perniciosa ou beribéri. Ela só atua
quando a deficiência é grave, gritante.
Na verdade, precisamos prevenir, muito mais do que remediar. Esta é a importância da suplementação
inteligente: dar ao corpo, dar às células, os nutrientes que elas precisam para funcionarem com 100% de

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sua eficácia. E célula funcionando bem, é órgão funcionando bem. E órgãos funcionando bem, é
organismo na mais perfeita saúde.
O corpo é dotado de um poder tremendo de autocura! Ele é uma obra-prima da Natureza, criado por
Deus, para nos servir de morada nesta Terra. Só precisamos dar a ele o nutriente que precisa, para que
demonstre todo seu poder de se auto ajustar e se autocurar.
A medicina tradicional negligencia a importância das vitaminas. Agindo apenas quando a deficiência é
grave, não fazendo nada para prevenir. Nós da medicina funcional integra va, agimos bem antes da
doença surgir, suplementando o paciente, para que ele possa estar em dia com todas as vitaminas e
minerais e assim, fechar as portas para várias doenças.
É fato que o corpo humano não pode ter saúde, se es ver mal-nutrido! A maior tarefa de médicos como
eu, é detectar precocemente qualquer deficiência, mesmo que pequena, e revertê-la, para assim, prevenir
o surgimento das doenças. Corpo bem nutrido é corpo saudável.

ESTUDO DAS VITAMINAS – VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS


2.3 – VITAMINA C
Ela é a principal vitamina hidrossolúvel do organismo.

Uma vitamina hidrossolúvel se dissolve em água.

É um dos mais potentes an oxidantes. Esta vitamina é a mais importante de todas, sendo uma verdadeira
supervitamina, responsável por várias reações químicas, sínteses de substâncias e funções do
metabolismo. O corpo humano precisa muito de vitamina C.

E o mais absurdo é que a quan dade de vitamina C recomendada pelas tabelas dieté cas representa
apenas a quan dade suficiente, para que o indivíduo não desenvolva o escorbuto, a doença dos
marinheiros.

Em verdade, uma alimentação do melhor po, repleta de frutas e verduras cruas, suprirá uma boa
quan dade de vitamina C, mas ainda não suficiente para todas as necessidades do organismo, ainda vai
ficar faltando. Infelizmente, a maioria das pessoas não come comidas cruas, e fica gravemente deficiente
em vitamina C.

Dentre as funções primordiais da vitamina C, temos a manutenção da integridade estrutural dos vasos
sanguíneos, o funcionamento do sistema imunológico e a regeneração dos tecidos conjun vos. Mas
existem outras funções, muito importantes. Para que o cérebro possa fabricar os neurotransmissores, ele
precisa de vitamina C. A serotonina, o mais importante neurotransmissor cerebral que te dá alegria e

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felicidade, só é fabricada com boas quan dades de vitamina C. A dopamina, outro neurotransmissor, que
traz bem-estar e alegria, também precisa de vitamina C para ser fabricada! O GABA, o principal
neurotransmissor calmante do cérebro, também precisa de vitamina C para ser sinte zado.

A vitamina C é necessária para que você possa ter alegria, bem-estar e ficar calmo e tranquilo. Ela é
fundamental para o equilíbrio mental e emocional. Sem ela, a ansiedade e a depressão batem à sua porta!

Se você quer ter alegria, felicidade, bem-estar mental e emocional e acalmar, você precisa de vitamina c.
Muitas pessoas estão com ansiedade e depressão, uma das causas é falta de vitamina C, por este mo vo,
inserimos um protocolo com suplementação de vitamina C para todas as pessoas que sofrem com
transtornos de ansiedade e depressão. Mas, fazemos as doses corretas. Não adianta tomar somente 500
mg de vitamina c por dia! Esta dose é insuficiente!

Uma das grandes vitaminas que melhoram os quadros de nervosismo e ansiedade é a vitamina C. Isto se
deve ao GABA, que é um neurotransmissor inibitório do sistema nervoso central, ou seja, é o
neurotransmissor que acalma você. Em outras palavras, para que você fique calmo, é preciso que você
tenha GABA suficiente em seu cérebro e isso só acontece com boas quan dades de vitamina C. Ela é,
portanto, uma vitamina calmante! Poucas pessoas sabem disso! Trata-se a ansiedade com remédios
químicos perigosos, quando temos uma solução bem mais simples, que vai ajudar muito.
A vitamina C é fundamental para a síntese do colágeno, molécula muito importante para dar firmeza e
sustentação aos tecidos, às mucosas e às car lagens e ossos.
Sem vitamina C suficiente, é pra camente impossível uma boa regeneração tecidual. Quando uma pessoa
está morrendo de escorbuto, ela para de produzir colágeno, e seu corpo desfalece: as ar culações não
funcionam, porque a pessoa não mantém mais as car lagens e os tendões fortes; os vasos começam a se
romper, porque sem colágeno a parede do vaso perde sua firmeza; as gengivas inflamam, os dentes caem,
o sistema imunológico se deteriora e a pessoa morre.
O colágeno é uma proteína estrutural, a mais importante do corpo. Certamente você já ouviu falar de
colágeno! Pensando logo em ar culações e na beleza da pele. O colágeno realmente é importante para
estas duas coisas. Mas ele faz muito mais. Ele é a tua estrutura! O cimento que mantém o seu corpo
inteiro e bem sustentado.

Composto de aminoácidos, o colágeno cons tui-se de uma fibra mais forte que um fio de aço do mesmo
peso. Ela é confeccionada a par r de dois aminoácidos a lisina e a prolina. Os seus átomos são
organizados em três cadeias polipep dicas, que se torcem e se unem uma sobre a outra, como os cordões
de uma corda. Esta configuração confere força e elas cidade, duas caracterís cas fundamentais dos
tecidos vivos. O colágeno é então, ao mesmo tempo forte e flexível.
Para que o corpo produza colágeno, é preciso que tenhamos vitamina C suficiente! E a maioria das
pessoas é deficiente nesta vitamina, mesmo comendo frutas todos os dias!

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Quando falta vitamina C, ficamos deficientes em colágeno. Assim, a pele perde o brilho, a beleza e a
elas cidade. O corpo não consegue produzir neurotransmissores, como a serotonina, a dopamina e o
GABA. As ar culações se deterioram. A imunidade baixa e fica lerda em combater infecções.
Não é preciso que tenhamos o escorbuto, para sofrermos com deficiência de vitamina C. Qualquer grau de
deficiência já vai ser ruim e vai deteriorar a saúde! O sistema imunológico é composto de glóbulos
brancos, as células brancas do sangue, os leucócitos. São eles que combatem os vírus, bactérias e fungos,
que insistem em infectar o corpo. Para que os leucócitos fiquem a vados para realizar esta função de
destruir micróbios, é preciso que a vitamina C entre em suas células, através da ação da insulina. Isso
mesmo! A Insulina! O hormônio que você sempre ouviu falar, que se relaciona com a diabetes.
Você já sabe que a insulina é o hormônio que coloca a glicose para dentro da célula, re rando-a da
circulação sanguínea. Mas ela faz muito mais do que isso, ela age promovendo a entrada da vitamina C
dentro dos leucócitos também, para que eles sejam a vados e combatam os micróbios. Sem vitamina C
suficiente, os leucócitos ficam lerdos, fracos, e teremos baixa imunidade.
O renomado prêmio Nobel Linus Pauling, em seu livro in tulado “Como viver mais e melhor, o que os
médicos não dizem sobre sua saúde”, revela o quanto a vitamina C é importante para a manutenção da
saúde de uma pessoa como um todo. Dr. Pauling alertou sobre o papel que a vitamina C exerce na
regeneração da parede vascular, através da síntese de colágeno. Com isso, quando estamos em dia com a
vitamina C, teremos vasos mais firmes, resistentes, imunes aos ataques de alimentos tóxicos.
A vitamina C é a vitamina mais importante para a prevenção de doenças cardiovasculares como o infarto
e o AVC, que na verdade, têm na deficiência desta vitamina sua principal causa.
A necessidade de colágeno do organismo é gritante. Ele precisa desta molécula para regenerar os tecidos,
subs tuir as matrizes celulares, formar novos órgãos. Segundo o eminente Linus Pauling: “Ocorrem-nos
dois grandes mo vos por que necessitamos, para uma boa saúde, de quan dades muito maiores de
vitamina C do que a quan dade presente nos vegetais que u lizamos como alimento. Em primeiro lugar,
existe a necessidade con nua do corpo de sinte zar grandes quan dades de colágeno para o crescimento
e subs tuição do próprio colágeno, degenerado pelo desgaste do uso diário… Em segundo lugar, a
vitamina C, nas reações cítricas que acumulam colágeno nos tecidos, não atua somente como um
catalizador, mas é destruída”. Segundo Dr. Paulling, gastamos muita vitamina C, apenas para que
possamos ter nossa estrutura corporal man da. E nós não fabricamos esta preciosa vitamina! Quando
deveríamos fazê-lo.

Todo problema começou milhares de anos atrás, quando a espécie humana deixou de fabricar esta
molécula preciosa. Ela é tão importante, que o corpo precisa sinte zá-la, porque além da questão do
colágeno, é muito necessária para tudo que acontece no metabolismo. Em tempos ancestrais, o gado
humano sinte zava esta vitamina, a par r da glicose.
A síntese era feita em 4 etapas simples, que conver am a molécula de glicose em vitamina C.

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Mas, uma mutação gené ca, determinou a falha na síntese de uma enzima, chamada de L-gulonolactone
oxidase, responsável por esta reação. Assim, grande parte da população mundial pereceu devido ao
escorbuto. Isto ocorreu milhares de anos atrás. Para se proteger desta morte em grande escala, o
organismo humano reagiu produzindo uma lipoproteína, a lipoproteína a (lip a), uma pequena molécula
que age como uma espécie de “adesivo”, fechando os buracos formados nos vasos arteriais, devido à falta
de vitamina C. Este adesivo bioquímico, salvou a espécie humana de uma iminente ex nção devido a não
fabricação de vitamina C. A capacidade de produzir lip a, foi transmi da para as gerações posteriores, que
sobreviveram graças a este ar cio da Natureza. A lip a é, pois, um marcador importante, que nos indica
como está a situação da vitamina C no organismo da pessoa e ao mesmo tempo, nos diz se existe algum
vaso arterial com placas de ateroma formadas.
O ideal da lipoproteína a é que esteja em zero ou perto de zero. Níveis altos de lipoproteína a, indicam
alto risco de infarto e AVC, revelando uma baixa quan dade de vitamina C no organismo.
Níveis acima de 70 ou 80 acendem o alarme e níveis acima de 150 a 200 necessitam de uma intervenção
com mudanças de alimentação e suplementação de vitamina C, para que possamos reverter as placas.
Níveis abaixo de 20, revelam baixo risco de ateromatose e bons níveis de vitamina C, ob das através da
alimentação e suplementação.
A vitamina C melhora o funcionamento das células endoteliais, que são as células que envolvem a parede
interna dos vasos sanguíneos.
A função destas células é primordial para a regulação da tensão arterial e para o bom funcionamento da
circulação como um todo.
Segundo o Dr. Linus Pauling, o ser humano não produz vitamina C, ao contrário de outros animais que o
fazem sem problemas. Isso explica o porquê de nenhum animal morrer de doença ateromatosa, nenhum
animal tem infarto do miocárdio!
A cabra, o carneiro, a vaca, o camundongo, o coelho, o gato e o cachorro sinte zam seu próprio ácido
ascórbico em índices altos, numa média de 10 gramas para 70Kg de peso corporal por dia (Cha erjee et
al, 1975).
É evidente que se a vitamina C fosse ruim ou fizesse mal aos animais, nesta quan dade de 10 gramas,
seus organismos não fabricariam.
Infelizmente, existe uma grande fobia da vitamina C, a “vitamina Cfobia”, provavelmente alimentada por
mitos criados por interesses escusos, que desejam que seus bene cios não a njam a maioria das pessoas.
Se uma cabra produz 10 gramas de vitamina C, porque um ser humano não pode consumir de 4 a 5
gramas como suplemento? Já que a raça humana perdeu a capacidade de sinte zar em seu gado, esta
vitamina?
A realidade é que a grande maioria da população vive em deficiência de vitamina C, e nos alimentos que
ingere não consegue repor o que precisa. A suplementação é imprescindível para que tenhamos níveis

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ó mos desta vitamina! Ela deve variar entre 3 a 5 gramas no mínimo, por dia a depender do peso
corporal.

Segundo Linus Pauling por suas próprias palavras em seu livro “Como viver mais e melhor”:
“... a quan dade diária adequada de ácido ascórbico, para a maioria dos seres humanos adultos, está na
faixa de 2,3 a 10 gramas”.
Com deficiência desta vitamina, teremos a parede das artérias fracas, com fraturas, como um pano
rasgado! Ela fica repleta de ori cios microscópicos, que são urgentemente fechados pela lipoproteína (a)
e pelo fibrinogênio. Estes dois são “mocinhos” que evitam o rompimento das artérias e impedem a morte
iminente. Afinal, se um vaso está com rachaduras, o sangue que circula a uma alta velocidade e pressão
pode vazar e o vaso mais fino e delicado, pode romper. A par r da lesão da parede arterial, o corpo
fabrica uma placa salvadora, que vai fechar a rachadura, como se fosse um “esparadrapo” biológico, uma
atadura muito bem engendrada pela inteligência do corpo humano. A formação da placa de ateroma é um
fenômeno posi vo, que visa fechar o iminente rompimento da artéria que seria catastrófico. Mas tudo
começa na proteção da delicada camada endotelial, que é algo fundamental para que não surjam doenças
relacionadas à placa de ateroma como o AVC e o infarto do miocárdio. A vitamina C promove esta
proteção, além de garan r uma parede firme, sem nenhuma rachadura ou fissura.
Quando há deterioração da parede da artéria, a placa é formada para proteger você do rompimento do
vaso, que se chama aneurisma, e que geralmente é fatal. A placa salvadora, que se chama placa de
ateroma, ou placa de gordura, é uma benção que evita a morte. Porém, se nada for feito, e a pessoa
con nua sem qualquer tratamento para curar o problema, a placa vai crescendo, ao longo de vários anos,
ou até décadas. Ela cresce pela deposição de gordura oxidada, estragada, que vai se acumulando e
aumentando o tamanho da placa. Com o tempo, ela fica tão grande que obstrui a circulação naquele
ponto. Se a artéria for a coronária por exemplo, que irriga o coração, as células que deveriam receber o
aporte de sangue, rico em oxigênio ficam sem recebê-lo. Temos então a morte celular por falta de
oxigênio. É o que comumente chama-se de infarto.
Um estudo denominado de Nurses Health Study realizado com o seguimento de 120 mil pessoas, revelou
uma redução de 12% no risco de infarto do miocárdio com o consumo acentuado de frutas cítricas.
A vitamina C é um dos mais importantes alimentos na prevenção e cura dos problemas cardiovasculares. A
simples suplementação desse poderoso an oxidante, numa dose de 5 gramas ao dia, é capaz de promover
uma ampla prevenção das doenças cardíacas, principalmente as ateromatosas. Com vitamina C suficiente,
você terá a parede das artérias mais firme e resistentes, e daí não vai haver formação de placa alguma.
A boa no cia é que a vitamina C sinté ca é boa, é bioidên ca, servindo muito bem. O ideal é que a cápsula
de vitamina C, seja ingerida em conjunto com alguma fruta cítrica, como laranja, tangerina ou kiwi. Estas
frutas contêm substâncias fantás cas que compõem o complexo C, como o fator P, o fato J e os
bioflavonóides como a ru na. Elas irão se unir ao ácido ascórbico da pílula, melhorando sua ação benéfica.

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A vitamina C é um néctar sem igual. Ela tem múl plas funções dentro do organismo, sendo um dos mais
importantes nutrientes que existem. Infelizmente, é facilmente destruída pelo fogo, fato que aumenta
ainda mais a deficiência da população. A maioria come somente comidas cozidas, fritas, torradas e
industrializadas, que no final do preparo, não possuem qualquer molécula a va de vitamina C. Tudo que
sobra é toxina. Estudamos a função da vitamina C na prevenção das doenças cardíacas. Mas sua ação
benéfica vai muito além do coração. A vitamina C atua sobre o sistema imunológico, a vando as células
brancas do sangue, em especial os macrófagos, que são o po de glóbulo branco, capaz de remover os
micro-organismos dos tecidos. Por este mo vo, ela é tão importante para a imunidade. Sem vitamina C
em boa quan dade, os glóbulos brancos não funcionam bem.
Os macrófagos são elementos chave para uma boa imunidade, porque fagocitam bactérias, fungos, vírus,
agindo com um verdadeiro “gari” celular. O grupo de macrófagos é a “companhia do lixo”, que faxina o
organismo de modo con nuo. Porém, a ação do macrófago só acontece quando ele é devidamente
a vado.
Quem realiza esta a vação é a vitamina C, que penetra dentro do macrófago e faz esta célula funcionar.
Com pouca vitamina C, teremos uma má atuação imunitária diante de micróbios. Além disso, é preciso
insulina, para que esta vitamina C entre dentro do macrófago! Este é outro detalhe fundamental, que a
maioria dos médicos não conhecem. O diabé co tem baixa imunidade porque a ação insulínica é
deficiente, e ele não consegue colocar a pouca vitamina C que tem, pra dentro do macrófago, para que
possa a vá-lo.
Infelizmente, a imensa maioria dos médicos desconhece esta realidade, não prescrevendo uma vitamina
tão importante. A vitamina C é uma vitamina subes mada, desvalorizada. Poucos sabem seu poder. São
poucos os que receitam a vitamina C, principalmente quando o paciente apresenta infecção por micróbios.
É fundamental que se use a vitamina C em conjunto com o an bió co, para que a doença seja debelada a
contento, com muito mais rapidez e segurança para o paciente.
Conforme já dissemos, a vitamina C também é primordial para a fabricação correta dos
neurotransmissores no cérebro. Sem vitamina C suficiente, poderemos ter déficit de GABA, serotonina,
dopamina e outras moléculas fundamentais. Isto é muito grave, porque vários casos de doenças nervosas,
como a ansiedade e a depressão, podem ter como causa a deficiência de vitamina C e muitos médicos não
sabem disso. A suplementação desta vitamina ajuda muito a pacientes com neuroses e com quadros de
ansiedade e depressão.
A vitamina C também é crucial para o bom funcionamento da glândula adrenal. Para que ocorra a síntese
dos hormônios desta glândula, precisamos de doses ó mas da vitamina. Sem cor sol e sem os outros
hormônios da adrenal, poderemos ter hipotensão arterial, desmaios e outros problemas decorrentes da
chamada fadiga adrenal. Muitas pessoas estão cansadas, sem energia, devido à falta de vitamina C.
Já observou aquelas pessoas que desmaiam após se levantarem bruscamente? Isto é um caso evidente de
falta de vitamina C. A adrenal está lenta, em mandar uma resposta para o corpo, no momento em que ele
se levanta, para aumentar a pressão arterial. Com isso vem a tontura e o desmaio.

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A vitamina C também é um dos mais potentes an oxidantes que existem, protegendo o corpo do
envelhecimento precoce e da ação dos radicais livres. Isso protege as mitocôndrias, fazendo com que elas
possam funcionar melhor. Por este mo vo, você tem mais energia quando consome vitamina C.
Ela aumenta a queima da glicose dentro da mitocôndria e também do ácido graxo dentro do músculo.
Para que você tenha energia, ela precisa ser produzida dentro da mitocôndria e para isso acontecer, a
glicose e a gordura precisam entrar na mitocôndria. Quem facilita esta entrada é a vitamina C. Quem está
com deficiência de vitamina C terá menos energia por este mo vo.
Como é poderoso an oxidante, a vitamina C é um dos mais potentes an tóxicos que existem. Ela é um
remédio natural para qualquer intoxicação, porque inu liza os venenos, protegendo os tecidos da sua
atuação nefasta. A vitamina C desintoxica o corpo.
Outra função da vitamina C é combater o câncer. Na verdade, todos nós temos algumas células
cancerosas em nosso corpo, mesmo que não tenhamos a doença. Estas células são debeladas pelo nosso
sistema imunológico, antes de se tornarem um tumor canceroso. A vitamina C tem o poder de entrar na
célula cancerosa e impedir que ela possa ter energia, fazendo com que ela morra. A vitamina C mata
células de câncer, tendo sido um tratamento para esta doença, amplamente u lizado por médicos nos
EUA, no início do século 20. Eles usavam a vitamina C por via endovenosa, em altas doses e ob nham
excelentes resultados. Estamos falando de doses de 100 gramas, 200 gramas ao dia, que atuam sobre o
câncer, destruindo o tumor.
Quando você está em dia com a vitamina C, a chance de você contrair um câncer é muito menor. Ela é
uma vitamina que previne o câncer. O próprio Linus Pauling, conseguiu sobreviver por uma década a um
câncer incurável, devido às altas doses de vitamina C que tomava. Morreu com 93 anos.
A vitamina C também combate infecções de todos os pos, porque ela fortalece o sistema imune e destrói
os micro-organismos, bloqueando sua ação nefasta sobre os tecidos. São vários os casos de pacientes que
saíram da UTI, onde estavam sendo tratados com an bió cos de úl ma geração, sem sucesso, e que
melhoraram muito após iniciarem o tratamento com altas doses de vitamina c.

2.4 – A VERDADEIRA VITAMINA C


A vitamina C é na verdade um complexo de moléculas, e não apenas ácido ascórbico, como a maioria
pensa. O ácido ascórbico é a “capa” externa que reveste o complexo, formado de várias substâncias, que
recentemente foram descobertas pelos cien stas. Quando observamos a vitamina C presente numa fruta,
encontramos este complexo completo, com a presença dos bioflavonóides, a enzima rosinase, que
contém cobre e os chamados fator P, K e J. O ácido ascórbico, corresponde apenas a 5% do complexo, e
funciona como o reves mento protetor, an oxidante, que protegerá as delicadas moléculas internas,
para que cheguem intactas até os tecidos alvo. Mas já sabemos que ele faz muito mais, sendo um grande
maestro do metabolismo celular.

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A rosinase é uma enzima que contém cobre em sua composição, e tem uma ação importante na síntese
dos hormônios da glândula adrenal. Por este mo vo, os pacientes que apresentam a chamada fadiga
adrenal, necessitam da vitamina C presente nos vegetais e frutas, porque contêm esta substância.
A rosinase também arma os linfócitos, preparando-os para a luta contra a invasão de bactérias e vírus.
Portanto, a rosinase é fundamental para a ação imunológica da vitamina C.
O fator P é a ru na, um flavonóide que atua promovendo o fortalecimento da parede celular dos vasos
sanguíneos, prevenindo as doenças ateromatosas e os problemas venosos. O complexo C possui também
o fator K, que é a conhecida vitamina K, que atua promovendo a coagulação sanguínea normal. Dentre os
bioflavonóides presentes na vitamina C temos a hesperidina e a querce na, dois néctares fantás cos, que
auxiliam na ação da própria vitamina C e em várias outras funções do metabolismo. A hesperidina vai
fortalecer a parede dos vasos e a querce na atua como an alérgico, an espasmódico, an inflamatório,
an viral e fortalece o sistema imune, além de ser um potente an oxidante.
O autor acredita que é fundamental a suplementação com vitamina C, mas é preciso que cada pessoa
encontre sua dose ideal, que deve estar na faixa entre 3 e 5 gramas. A dica está no exame de sangue, que
deve ser feito para sabermos os níveis da vitamina e na análise da lipoproteína (a), que indica o grau de
deficiência da vitamina no organismo. Quando temos altos níveis de lip (a), estamos com certeza, com
grave deficiência de vitamina C.

2.5 – FORMA DE USO E CONTRAINDICAÇÕES DA VITAMINA C


As vitaminas hidrossolúveis não são armazenadas pelo corpo humano, e, portanto, tornam-se muito
seguras para serem ingeridas. Qualquer excesso que porventura aconteça, será eliminado prontamente
pelos rins. A única ressalva se dá com os pacientes com problemas renais, porque terão a filtração do
sangue prejudicada e por isso, podem acumular a vitamina C. Nestes casos é preciso que haja uma
avaliação médica para ocorrer um ajuste da dose. Sendo ela individualizada para cada paciente.

A melhor vitamina C com certeza é a natural, presente nas frutas e verduras cruas, que precisam ser
consumidas em grandes quan dades, todos os dias. Uma dica para os brasileiros é o consumo da acerola.
Esta fruta fantás ca, contém muita vitamina C. Para que o leitor tenha uma ideia, em apenas 20 fru nhas
de acerola, teremos uma quan dade de 2 a 3 gramas de vitamina C. O preparo é muito simples. Selecione
20 fru nhas, lave bem, coloque no liquidificador com um copo grande de água. Bata tudo e tome após
coar. Este suco fornece até 3 gramas de vitamina C da melhor qualidade. Faça isso todos os dias e
complemente a dose com mais 2 a 3 gramas da vitamina C sinté ca. Lembremos que o corpo não
armazena as vitaminas hidrossolúveis, então com alguns dias sem comer comidas cruas, o organismo já
entra em deficiência de vitamina C, mesmo que seja uma deficiência leve. Porém, mesmo as pessoas que
comem alimentos crus em abundância, precisam suplementar, alguma vitamina C sinté ca. A dose ideal é
de 3 a 5 gramas ao dia, podendo chegar até 10 gramas em alguns casos. A vitamina C sinté ca é
bioidên ca, funcionando muito bem, porém ela não tem os compostos que existem junto com a vitamina

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C, que são os bioflavonóides e outros fatores. Infelizmente, as versões de vitamina C sinté ca que existem
no mercado, “com bioflavonóides”, não são interessantes, porque não são iguais à versão da natureza.
Esta vitamina C com bioflavonóides é de péssima absorção. Os bioflavonóides da versão sinté ca na
verdade atrapalham a absorção de vitamina C. A vitamina C sinté ca boa é sem bioflavonoides e com o
comprimido duro.

Mas, para que possamos potencializar ainda mais seus efeitos, sugiro ao leitor, ingerir o comprimido de
vitamina C junto com alguma fruta rica nesta vitamina, como a laranja, a tangerina, o kiwi ou a goiaba.
A única contraindicação para o consumo de vitamina C é para os pacientes que possuem a ferri na muito
alta no sangue, devido à doença chamada hemocromatose. Isto surge com valores acima de 1000 de
ferri na sérica. Porém, a maioria dos casos de ferri na alta, não são devidos a hemocromatose, e não tem
qualquer relação com o excesso de ferro. Nestes casos, pode-se consumir vitamina C sem problemas.

2.6 – MITOS ACERCA DA VITAMINA C

Como toda boa árvore, que dá frutos, recebe pedradas, com a vitamina C não poderia ser diferente. Ela é
boa demais, barata demais, traz bene cios demais, para que possa ser valorizada pelos cien stas e
médicos, atrelados aos interesses do lucro, que envolvem a medicina. Por este mo vo, logo que foi
descoberta, por perceberem que ela cura as pessoas e previne várias doenças, foram criados boatos e
mitos sobre esta preciosa vitamina. Além disso, como ela é muito popular e não é possível destruir
totalmente sua reputação, criaram a falsa ideia de que a dose necessária é muito pequena. Esta é uma
forma muito su l de fazer as pessoas não consumirem esta vitamina.
Os inimigos da vitamina C usam várias estratégias que veram sucesso, para impedir que as pessoas se
beneficiem desta vitamina:
- Sugerir uma dose ínfima, de apenas 75mg, que apenas impede que a pessoa tenha escorbuto, mas
mantém o corpo em deficiência crônica, que abre as portas para várias doenças.
- Divulgam a falsa ideia de que a vitamina C causa pedra nos rins, algo totalmente infundado, a não ser
por pesquisas do po “chapa branca”, encomendadas criminosamente a cien stas inescrupulosos. Sabe-
se há muito tempo que é exatamente o contrário. A vitamina C evita que o oxalato se una ao cálcio,
presente na urina, impedindo a formação da pedra.
- Outra ideia falsa, que provavelmente está em sua mente, é que a vitamina C não adianta tomar 5
gramas, porque tudo vai se perder na urina. Nada mais falso que isso! Na verdade, todo suplemento que
consumimos, nosso corpo não absorve 100% dele. Se ingerirmos uma pílula de resveratrol, na dose de 300
mg, não absorveremos todas as 300 mg, uma parte se perderá na urina! Isso se chama taxa de
biodisponibilidade. Isso acontece inclusive com a comida que ingerimos. Parte dela é absorvida e outra é

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eliminada nas fezes. Portanto, é óbvio que tomando 5 gramas de vitamina C não absorveremos 5 gramas,
mas mesmo assim teremos mais vitamina C do que se consumirmos 2 gramas.
Esta falsa ideia desencoraja as pessoas a consumirem doses maiores, fazendo com que con nuem com
deficiência desta preciosa vitamina.
Na verdade, a vitamina C é boa demais e barata demais. Ela tem um poder muito grande, para melhorar
nossa saúde e prevenir uma série de doenças. Por este mo vo, ela é tão atacada.
Se os governos e ministérios da saúde fizessem campanhas em massa para suplementar vitamina C em
toda a população e deixar as pessoas em dia com esta vitamina, os lucros da indústria cairiam
demasiadamente. Teríamos menos farmácias e menos pessoas doentes! Esta é a razão para que a
vitamina C seja tão atacada.
A dose da vitamina C é de 3 a 5 gramas ao dia. Você pode fazer o suco de acerola, com 20 acerolas, após o
café da manhã e ingerir mais 2 capsulas de 1 grama cada, ao longo do dia, sempre depois de comer,
porque a absorção é maior. Desta forma, com a vitamina C em dia, você terá muito mais saúde, muito
mais disposição e bem-estar. Estará prevenindo o câncer, doenças cardiovasculares, doenças infecciosas,
diabetes, doenças ar culares dentre outras.

2.7 – VITAMINAS DO COMPLEXO B E B12

Vamos agora estudar um grupo de vitaminas pra lá de especial. São as vitaminas do complexo B, em
número de 10 vitaminas, que atuam com impacto sobre o corpo humano, sendo absolutamente
necessárias para que uma pessoa tenha saúde plena.

Infelizmente, a importância das vitaminas B é subes mada pela maioria dos médicos e cien stas que
abordam a saúde humana. Não se dá o devido valor, a quem tem muito valor. Uma pessoa com
deficiência nas vitaminas B, é um forte candidato às doenças nervosas, aos quadros de ansiedade e
depressão, aos problemas neurológicos, à insônia, à anemia e outros problemas sérios. Doenças de
vários pos surgem quando não há vitaminas B suficientes.

As vitaminas do complexo B são hidrossolúveis, ou seja, são solúveis em água, o que faz com que sejam
facilmente perdidas na urina, no suor e nas fezes. O corpo pra camente não armazena estas vitaminas.
Por este mo vo, precisam ser ingeridas todos os dias e muito boa quan dade. Pelo fato de serem
eliminadas facilmente, não há riscos de intoxicação por estas vitaminas, a não ser que as dosagens
sejam absurdas.

As vitaminas do chamado “complexo B” são fundamentais para a saúde humana. Sua deficiência
provoca diversas doenças carenciais, que podem deixar sequelas di ceis de serem rever das, porque

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acometem estruturas muito delicadas, principalmente do sistema nervoso central. Por este mo vo, é
imprescindível que todo ser humano tenha um aporte suficiente de vitaminas do complexo B.

A vida moderna das grandes cidades, repletas de es mulos visuais e cogni vos, dos celulares,
informações digitais, computadores, exigem um trabalho dobrado do cérebro. Sabemos que este órgão
precisa de vitamina B para funcionar. O cérebro precisa de vitaminas B para sinte zar os
neurotransmissores e também para regenerar uma estrutura muito importante para todo o sistema
nervoso, desde o cérebro até os nervos periféricos: a bainha de mielina.

A bainha de mielina é uma estrutura gordurosa, que serve como uma capa protetora, que reveste os
neurônios e os nervos periféricos, ajudando a que os impulsos nervosos sejam corretamente
direcionados, ajudando a que não ocorram vazamentos. Vamos comparar a bainha de mielina com a
capa de plás co que reveste os fios condutores de eletricidade. Se o fio es ver descascado, a corrente
elétrica escapa, haverá um vazamento de corrente. Com isso, o funcionamento fica prejudicado. Com a
bainha de mielina ocorre o mesmo.

Ela reveste os neurônios protegendo o impulso nervoso para que ele seja bem direcionado e não se
perca no fluxo normal. Quando a bainha de mielina esta estragada, teremos falhas de memória, de
movimento dos músculos, de cognição, de raciocínio e problemas nos nervos periféricos.

Infelizmente, a maioria quase total das pessoas, principalmente as que vivem nas grandes cidades está
deficiência em vitaminas do complexo B, principalmente pelo consumo que é exagerado, devido à
sobrecarga do cérebro e do sistema nervoso. Temos celulares, computadores, muita informação a ser
processada, por um cérebro que não aguenta tanta informação.

Uma dieta balanceada, com muitas frutas e verduras cruas, e a suplementação com levedura de
cerveja, não consegue dar conta da quan dade destas vitaminas, porque a necessidade hoje é maior,
principalmente para as pessoas que vivem nas grandes cidades. O stress esgota os estoques de
vitaminas do complexo B. Quem vive estressado fica ainda mais deficiente! O resultado é a ansiedade
galopante e os quadros de depressão.

Existe ainda outro dado gritante: a maioria das pessoas não come verduras e frutas, que é onde as
vitaminas do complexo B estão! Eis o problema! Se já há uma necessidade maior, devido ao consumo
excessivo pelo cérebro sobrecarregado e a pessoa ainda não come alimentos que tem complexo B, o
problema fica ainda maior. O resultado: ansiedade e depressão! Eis a causa destes males que assolam
a população como uma epidemia!

E o pior, a pessoa é acome da por crises de ansiedade, depressão e outros problemas emocionais e vai
ao médico psiquiatra, que receita remédios químicos, e não age de forma alguma sobre a raiz do
problema! Os remédios pouco ajudam e a pessoa cronifica sua ansiedade. A solução é bem simples,
dar ao cérebro o nutriente que ele precisa e daí, ele vai se auto curar. Isto não é feito!

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Na verdade, para que as vitaminas do complexo B sejam ob das, é preciso que a pessoa coma muitos
alimentos da terra, como frutas, inhame, cará, macaxeira e verduras. Além disso, podemos fazer uso
de bactérias pró bió cas que produzem B12 no intes no. A B12 só existe em abundância, em fontes
alimentares de origem animal.
As vitaminas do complexo B, agem em sinergia com a vitamina B12, facilitando seu metabolismo. Muitas
pessoas têm a B12 normal, mas por deficiência do complexo B, sua B12 não age como deveria, não
realizando suas funções biológicas. Por este mo vo, não podemos apenas ficar em dia com a B12, mas sim
com todas as vitaminas do complexo B. Elas atuam em conjunto.
Na verdade, nos dias atuais, em que a vida das pessoas é muito ar ficial e estressante, a maioria delas é
deficiente nas vitaminas do complexo B, devido a vários fatores. Em primeiro lugar, quando uma pessoa
está estressada, ela depleta seus estoques do complexo B, muito rapidamente. O corpo não armazena
esta vitamina, porque ela é hidrossolúvel. Portanto, ela rapidamente se acaba, ou é eliminada na urina e
no suor. Precisa ser ingerida todos os dias, em boas quan dades.
Infelizmente, em segundo lugar, a imensa maioria come nenhuma ou pouquíssima comida crua, que é
onde se encontra todo o complexo B: nas frutas e verduras. Estas vitaminas não suportam o cozimento e a
fritura. Quem come só alimentos cozidos, fritos e assados, fica deficiente no complexo B, e esta
deficiência somada ao stress da vida moderna que consome muito estas vitaminas, gera um grave
problema de falta. A ansiedade é um dos sintomas mais evidentes da carência em vitaminas do complexo
B. Mas, diversos outros problemas também podem surgir, grande parte deles relacionados ao sistema
nervoso. As vitaminas do complexo B são as mais importantes para a manutenção da saúde mental e
emocional do ser humano.
Além disso, são de imensa importância para todo o metabolismo, e elas atuam em conjunto, coordenando
a fisiologia dos aminoácidos, dos carboidratos e dos ácidos graxos. Elas fazem estes compostos
funcionarem, permi ndo seu catabolismo e anabolismo, na sua u lização como fonte de energia e na
síntese de moléculas maiores.
As vitaminas do complexo B também são fundamentais para que as mitocôndrias funcionem bem,
gerando energia para as células. Para que a glicose entre na mitocôndria e possa gerar energia, é preciso
que as vitaminas do complexo B estejam em níveis normais. Com deficiência de complexo B, você terá
deficiência de energia. Não é à toa esta epidemia de desanimo e falta de energia nos dias atuais.

Vamos estudar cada uma das vitaminas do complexo B, compreendendo que se relacionam entre si,
realizando funções em conjunto. A B12 é muito importante, mas se houver falta das outras, não vai
funcionar como deveria. Por este mo vo, estamos esclarecendo sobre o complexo B como um todo.

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2.7.1 • Vitamina B1 (Tiamina)
É um cofator no catabolismo da glicose e dos ácidos graxos. Para que a célula consiga queimar
adequadamente a glicose e liberar energia química, e também oxidar o ácido graxo, com a mesma
finalidade, necessita de boa quan dade de B1. Isto é fundamental para produção de ATP, que é a moeda
básica de energia do corpo humano. Para que você possa ter energia, você precisa de ATP. Quem ajuda a
produzir ATP são as vitaminas do complexo B, dentre elas a Tiamina. Por este mo vo, quando falta esta
vitamina, podemos ter fraqueza e desânimo. A Tiamina é portanto, vital para os órgãos que necessitam de
muita energia como o cérebro e os músculos, incluindo o coração. A Tiamina também é necessária para a
síntese do ácido clorídrico, fundamental para o bom funcionamento diges vo. Ela também age na
formação das hemácias, em conjunto com a B12, prevenindo a anemia. A deficiência de B1 causa
fraqueza, fadiga crônica, complicações cardíacas, distúrbios nervosos, psicose, anemia e lesão nos nervos.
Um dos problemas da deficiência de B1 é o crescimento anormal do coração, que desenvolve uma
insuficiência cardíaca. O processo crônico de falta de energia química para o miócito se contrair, é um dos
responsáveis por esta hipertrofia da fibra muscular do coração. Vamos analisar o seguinte: o coração é um
músculo que se contrai a todo momento. Para isso acontecer, as fibras do músculo cardíaco precisam de
energia, muita energia. Se faltar vitamina B1, teremos falta de energia e com isso, uma necessidade de as
células crescerem para compensar a falta. Daí surge o crescimento anormal do coração.
Da mesma forma, se não houver B1 em boa quan dade no cérebro, este fica sem energia química
suficiente, o que leva a danos nos neurônios, provocando problemas no funcionamento cerebral, na área
da memória e da cognição. A B1 também é responsável pela regeneração constante da bainha de mielina,
tanto no cérebro quanto nos nervos periféricos, em conjunto com a B12 e outras vitaminas do complexo
B.
FONTES DE TIAMINA:
A principal fonte de vitaminas do complexo B é a levedura de cerveja, que contém todas elas, numa
proporção equilibrada. Estas vitaminas são produzidas pelos fungos da cerveja, ou seja, totalmente
naturais e bioidên cas. Eu não aconselho o uso de complexo B sinté co, produzido em laboratórios,
porque não funcionam bem, não são totalmente bioidên cas e o corpo não os reconhece.
As fontes de B1 são o feijão-preto e branco, principalmente na forma de brotos crus, nozes, len lhas,
ervilhas e couve de bruxelas. Os cereais cozidos vão ter a B1 destruída pelo fogo. O espinafre e o tomate
também são boas fontes.
As fontes de origem animal não são interessantes, principalmente porque são cozidas e fritas, quando
ocorre a perda da vitamina. Não adianta buscar vitaminas B em alimentos cozidos e fritos, porque são
pra camente todos destruídos pelo fogo.

2.7.2 • Vitamina B2 (Riboflavina)


Também atua como um cofator no catabolismo da glicose e dos ácidos graxos. Para que o ácido graxo
entre na mitocôndria é necessário a presença de B2 e B1. Também age na formação das hemácias, em

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conjunto com a B1 e a B12. A sua deficiência pode provocar anemia. Atua na síntese dos an corpos,
sendo importante para a imunidade.
Outra função da Riboflavina diferente das outras vitaminas B é agir como um an oxidante. Ela incrementa
a produção de gluta ona, o principal an oxidante produzido pelo corpo, agindo na destruição dos radicais
livres, que agridem as células. Temos também outra ação da Riboflavina ainda em estudos. Ele ajuda na
prevenção de certos pos de câncer, incluindo o câncer cólon retal, esofágico e do colo de útero, além do
câncer de próstata (de Vogel S, 2008).
A B2 melhora os quadros de cefaléias e enxaquecas, segundo pesquisa cien fica (Boehnke C., 2004).
FONTES DE RIBOFLAVINA:
A principal fonte de vitaminas do complexo B é a levedura de cerveja, que contém todas elas. As melhores
fontes de B2 são as algas marinhas, que possuem grande quan dade desta vitamina.
Outras fontes de B2 são as amêndoas, o tahini, feito a par r de semente de gergelim. Também temos B2
nos vegetais diversos, e nos grãos, principalmente germinados.

2.7.3 • Vitamina B3 (Niacina)


É também um cofator no catabolismo da glicose e dos ácidos graxos, junto com a B1 e B2. Por este
mo vo, auxilia o funcionamento do coração, dos músculos esquelé cos, do gado e do cérebro, todos,
tecidos que exigem grande quan dade de energia química na forma de ATP. Sem B1, B2 e B3 suficientes,
os ácidos graxos e a glicose não entram dentro das mitocôndrias, e assim não são queimados
devidamente para produção de energia. O triglicerídeo então, permanece em maior quan dade no
sangue. Os níveis sanguíneos altos de triglicerídeos na maioria das vezes, está relacionado com deficiência
do complexo B.
Se es ver alto é sinal que existe pouco complexo B no organismo. Um dos testes que podemos fazer para
descobrir a deficiência de complexo B num paciente, é dosando os triglicérides. Também age na síntese
do ácido clorídrico pelo estômago, melhorando a digestão, principalmente das proteínas.
A B3 também melhora a pele, melhorando os casos de acne, inflamação e vermelhidão da pele. A niacina
também auxilia no funcionamento normal do cérebro e sistema nervoso, aliás, uma marca registrada de
todas as vitaminas B. Estudos demonstraram que a B3 protege contra o Alzheimer e outras doenças do
cérebro relacionadas com a idade, que sempre resultam em declínio cogni vo (Morris M.C., 2004). A
Niacina também atua em casos de esquizofrenia e em outros distúrbios com perda de atenção como o
TDAH (transtorno do déficit de atenção e hipera vidade). A B3 é uma vitamina amiga do cérebro,
melhorando a cognição, a memória, a atenção, o sono e acalmando o sistema nervoso. Ela também é
indicada para a cefaleia e a enxaqueca.
FONTES DE NIACINA:
A principal fonte de vitaminas do complexo B é a levedura de cerveja, que contém todas elas. As melhores
fontes de B3 são o amendoim, vegetais verdes, o tomate e o extrato de tomate. O amendoim tem grande

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quan dade da vitamina, cerca de 11 mg para cada 100g de amendoim. As fontes de origem animal, como
carnes, ovos e peixe são inadequadas, porque o autor advoga que o fogo destrói pra camente toda a B3
presentes nestes alimentos. A B3 também está presente nos legumes, verduras e frutas. Os brócolis e a
castanha do Pará também possuem B3. A ervilha também contém boa quan dade de B3, principalmente
se for germinada, crua, um alimento vivo!

2.7.4 • Vitamina B5 (Ácido Pantotênico)


Também atua em conjunto com a B1, B2 e B3 como cofator para o catabolismo da glicose e dos ácidos
graxos, auxiliando na produção de ATP. Outra vitamina que a va a produção de an corpos, melhorando a
imunidade, em conjunto com a B2. A suplementação com B5 está relacionada com a diminuição de
proliferação bacteriana e o crescimento de parasitas. Em estudo realizado na Austrália foi comprovado
que a B5 atua contra a malária (Saliba K J, 2005). A B5 é imprescindível para a síntese dos hormônios da
glândula adrenal. Sem B5 suficiente, o indivíduo é sério candidato a uma fadiga adrenal. Para que o
organismo possa sinte zar cor sol e todos os outros hormônios da adrenal, o corpo precisa de B5
(Jaroenporn S, 2008). O cor sol tem uma má reputação, no entendimento do autor, indevida. Estamos no
volume do “caminho do meio” e compreendemos que nenhum hormônio é ruim, apenas torna-se ruim
quando existe em excesso. Nós precisamos do cor sol e níveis ó mos, para termos energia para
trabalhar, para realizar as tarefas do dia a dia. O cor sol é o hormônio da a vidade, e não apenas do
stress, como a maioria pensa. Sem ele o corpo simplesmente não levanta da cama! Pessoas com fadiga
adrenal se beneficiam com suplementação de B5. O ácido pantotênico também acalma o sistema nervoso,
sendo fundamental para o seu bom funcionamento. É importante para a pele, retardando o
envelhecimento.
FONTES DE ÁCIDO PANTOTÊNICO:
A principal fonte de vitaminas do complexo B é a levedura de cerveja, que contém todos eles. Mas, a B5
encontra-se em vários alimentos como a len lha, de preferência germinada, na forma de brotos, o
abacate, o tomate, batata inglesa, batata doce, brócolis e verduras em geral. Um alimento rico em B5 é a
geleia real, um produto da abelha, que é considerado um superalimento.

2.7.5 • Vitamina B6 (Piridoxina)


É um cofator no catabolismo da glicose e dos ácidos graxos, da mesma forma que as outras vitaminas B. A
piridoxina possui uma ação catabólica muito importante, que é na regulagem de uma molécula chamada
homocisteína, um aminoácido tóxico, resultado do metabolismo das proteínas. Ele é produzido em grande
quan dade quando a pessoa consome proteína de origem animal, como carnes, leite e ovos. A
homocisteína é um veneno, atuando como agressor do delicado tecido endotelial, abrindo as portas para
as doenças cardiovasculares. A B6 atua em conjunto com a B9 e a B12, convertendo a homocisteína em
me onina, eliminando assim este tóxico do sangue. Infelizmente, a ação deletéria da homocisteína não se
resume ao sistema cardiovascular. A homocisteína é tóxica para o cérebro, danificando os neurônios.

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A Piridoxina também é crucial para a formação e manutenção do sistema nervoso. Ela é fundamental
para a memória e para prevenir doenças demenciais, pois atua melhorando a cognição. A B6 também é
requerida para a síntese de neurotransmissores como a serotonina e o GABA, no cérebro. Muitos casos
de depressão podem ser o resultado de deficiências no complexo B. Atua também na produção dos
glóbulos vermelhos, em conjunto com a B12, B1 e B2. A B6 também atua es mulando a síntese da
melatonina, facilitando o sono normal e reparador. Por este mo vo, é de fundamental importância
para quem tem insônia.
FONTES DE PIRIDOXINA:
A principal fonte de vitaminas do complexo B é a levedura de cerveja, que contém todas elas, de origem
absolutamente natural. As moléculas de complexo B oriundas da levedura são absolutamente
bioidên cas. Também temos B6 em vários alimentos, como o grão-de-bico, o abacate, a banana.

2.7.6 • Vitamina B7 (Biotina)


É um cofator no catabolismo da glicose e dos ácidos graxos, assim como todas as outras vitaminas B,
permi ndo a obtenção de energia química na forma de ATP, a par r de gordura e glicose. Mas a B7 vai
muito além. Ela é fundamental para a boa saúde dos cabelos e da pele, daí seu outro nome ser
vitamina H, porque na língua alemã, o H é a letra inicial das palavras “haar” e “haut” que significam
cabelo e pele.
A bio na é sem dúvida grande companheira da pele, dos cabelos e das unhas. A carência desta vitamina
provoca rachaduras na pele, pele seca, e o cabelo desvitalizado e fraco. Por este mo vo, muitas fábricas
de cosmé cos adicionam a B7 em cremes para a pele e o cabelo. Mas, esta forma de u lização não é tão
eficaz. A bio na funciona melhor se tomada por via oral.
A B7 é a grande amiga dos diabé cos. Esta vitamina atua sobre a ação da insulina, diminuindo a
resistência periférica a este hormônio (Fernandez CM, 2005). Esta ação é mais evidente, quando fazemos
a B7 em conjunto com o cromo, que é um mineral fundamental para melhorar a diabetes mellitus.
Assim como as outras vitaminas B, a B7 atua sobre o sistema nervoso, incrementando seu funcionamento,
prevenindo problemas de cognição e demência. Além disso, também é importante para a síntese dos
neurotransmissores, como o GABA e a serotonina, fundamentais para o bem-estar psíquico. Atuando em
conjunto com as outras vitaminas B, a B7 age sobre o sistema cardiovascular e sobre a adrenal.
FONTES DE BIOTINA:
A melhor fonte de vitaminas do complexo B é a levedura de cerveja, que contém as moléculas
bioidên cas. Também temos B7 em vários alimentos como o amendoim, as nozes, o tomate, a cebola,
pepino, repolho, a cenoura, a alface, a acelga, a couve flor, as amêndoas. O abacate contém muita
bio na. Castanha de caju, o morango e a framboesa possuem B7.

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2.7.7 • Vitamina B9 (Ácido Fólico)
É um cofator no catabolismo da glicose e dos ácidos graxos, como todas as outras vitaminas B. Por este
mo vo, é de suma importância que a pessoa esteja em dia com o complexo B inteiro, para que possa ter
plena energia química em suas células do corpo. Para que possamos queimar as triglicérides e a glicose e
formar ATP, precisamos de todo o complexo B em boa quan dade, diariamente em nossa alimentação.
Uma das causas de excesso de triglicerídeos no sangue, é a deficiência de vitaminas B. Inclusive este é um
dos testes para sabermos como andam os níveis de vitaminas B do corpo, dosando os triglicerídeos. Se
es verem altos, há deficiência de complexo B.
O ácido fólico é outra vitamina B de grande importância para o nosso corpo. Sem dúvida uma das mais
importantes. Vamos começar pela homocisteína. Em conjunto com a B6 e com a B12, o ácido fólico atua
para a destruição das moléculas de homocisteína, um tóxico terrível, presente em nosso sangue. Ela
promove a conversão da homocisteína em me onina. Com menos homocisteína, teremos prevenção de
doenças cardíacas e vasculares como o infarto e o AVC, e também prevenimos a destruição dos neurônios,
salvaguardando o cérebro e os nervos. Além disso, a B9 é fundamental para a regeneração celular, porque
age sobre a síntese e cópia do DNA, que é o passo inicial para a mul plicação das células do corpo. A B9 é
imprescindível para a renovação dos tecidos, algo que acontece a todo o momento. Por este mo vo, é
crucial para a cicatrização de feridas. É uma das vitaminas mais importantes do anabolismo, da constante
formação de novas células e tecidos. Por este mo vo, muitas grávidas suplementam o ácido fólico,
porque o feto é uma fábrica de mul plicação celular, e se não houver B9 suficiente, podemos ter sérios
problemas de malformação congênita. Uma delas é o déficit no fechamento do tubo neural, acarretando
vários problemas.
Estudos comprovam que quando ingerimos alimentos ricos em B9, fazemos a prevenção do câncer, das
doenças cardíacas, da anemia e do declínio cogni vo, porque a B9 age também em sinergia com as outras
vitaminas B, incrementando a formação de hemácias, melhorando o sistema nervoso, fortalecendo a
imunidade e facilitando a produção de ATP em todas as células. Sintomas de deficiência de B9 incluem a
fadiga crônica, cabelos brancos precoces, sistema imune fraco e ineficaz (a pessoa vive constantemente
doente), anemia e a as recorrentes.
Pacientes que fazem uso diário de diuré cos, algo que o autor considera um absurdo, perdem muitas
vitaminas importantes através da urina, e mesmo que se alimentem muito bem, vão ter deficiência em
todas as vitaminas B, inclusive a B9. A prescrição destas drogas sem uma suplementação é um crime,
abalizado pela desinformação do profissional de saúde e pela falta de estudo e análise criteriosa.
Admi mos que podemos fazer um diuré co na emergência, mas usá-lo diariamente não é interessante.
Imaginem um paciente perdendo todas as vitaminas do complexo B, diariamente e ficando deficiente
nelas!? Quantas doenças vão surgir. Obviamente, a indústria farmacêu ca vai vender mais remédios para
as próximas doenças que vão aparecer.
O paciente que faz uso de metotrexate, uma droga prescrita para doenças autoimunes, precisa
necessariamente suplementar com ácido fólico, porque esta substância diminui os níveis de B9 no corpo.

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Felizmente, os médicos fazem isso. Ao contrário do que acontece com os diuré cos. A B9 também
es mula e melhora a ação da vitamina B12, em todas as suas funções, que incluem a formação de
hemácias, a regeneração da bainha de mielina, a destruição da homocisteína, a síntese de melatonina, a
síntese de neurotransmissores e a constante regeneração e replicação do DNA nas células. Observemos o
quanto estas vitaminas B funcionam em conjunto, para realizarem a mesma função. A B9 é fundamental
para a anemia, porque melhora a u lização do ferro, para a síntese de hemoglobina. Por este mo vo, é
crucial para a recuperação de pacientes acidentados, que perderam muito sangue.
FONTES DE ÁCIDO FÓLICO:
A melhor fonte de vitaminas do complexo B é a levedura de cerveja, que contém as moléculas
bioidên cas, contendo boas quan dade de B9. Também temos B9 em vários alimentos como a couve de
bruxelas, o feijão macassa, principalmente se for o broto, germinado e cru; o espinafre, o brócolis, o
alface e as verduras de todos os pos, orgânicas e cruas; o abacate, a laranja, o germe de trigo, ervilhas
de preferência o broto cru.

2.7.8 • Vitamina PQQ (Pirroloquinolina quinona). A última


vitamina descoberta pela ciência

O complexo B não encerra nas vitaminas que conhecemos. Tem mais uma vitamina hidrossolúvel, que faz
parte deste complexo, que não recebeu a nomenclatura com a letra “B”. É a vitamina PQQ, também
chamada de cofator PQQ ou coenzima PQQ. Seu nome é Pirroloquinolina Quinona, um nome um tanto
diferente para uma substância um tanto especial. Ela está presente em grandes quan dades na pessoa
jovem, sendo produzida pelo organismo. Porém, como acontece sempre, com o passar do tempo, e da
idade, o organismo diminui sua produção. Com menos PQQ teremos menos mitocôndrias e com isso o
envelhecimento celular e uma maior dificuldade na síntese de ATP!
Esta supervitamina é responsável por várias reações fisiológicas e bioquímicas, e está in mamente
relacionada com as mitocôndrias, as “baterias” minúsculas, em forma de bastão que habitam o interior
das células eucarió cas.
As mitocôndrias são as organelas que realizam a queima dos dois principais combus veis a glicose e os
ácidos graxos. Acabamos de estudar o quanto todas as vitaminas B par cipam deste processo de queima,
facilitando a entrada da glicose e do ácido graxo na mitocôndria. A PQQ também é fundamental para essa
entrada da glicose na mitocôndria, facilitando o processo. Mas, a PQQ faz mais. Ela promove a
regeneração da mitocôndria, aumentando o número delas, algo que é muito importante para a saúde
como um todo, trazendo rejuvenescimento e energia. E tudo depende das mitocôndrias.

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Quanto mais precisa de energia, mais a célula contém mitocôndrias. E quanto mais jovem o indivíduo,
mais mitocôndrias irá possuir. O organismo de pessoas com pouca idade contém em cada célula cerca de
2000 a 2500 mitocôndrias. Com o avançar da idade, este número vai caindo, e este fato provoca o
envelhecimento e suas consequências.
A saúde mitocondrial é algo muito importante para todos, pois ela é a fonte de energia das células. Para
que funcionem bem, o organismo precisa estar bem nutrido de vitaminas B e de PQQ.
Existem vários nutrientes que o mizam o funcionamento das mitocôndrias e melhoram a obtenção de
energia, dentre elas temos as vitaminas B como um todo. Mas a vitamina PQQ vai além. Além de o mizar
e muito as reações que ocorrem dentro da mitocôndria, facilitando a troca de elétrons no ciclo de Krebs,
ela promove a criação de novas mitocôndrias, aumentando o número delas nos tecidos! Com isso, temos
um aumento geral de energia em todo o corpo, e a proteção do coração e do cérebro que são os tecidos
mais sensíveis à falta de ATP. A vitamina PQQ é a única que comprovadamente exerce um efeito
an envelhecimento, revertendo inclusive a formação de novos cabelos brancos. Este efeito pode ser
ob do em conjunto com o ácido fólico. Em 2012, os cien stas comprovaram que a pirroloquinolina
quinona a va genes que induzem à biogênese mitocondrial, ou seja, à formação de novas mitocôndrias
(Misra HS, 2012).
A vitamina PQQ é um dos mais potentes an oxidantes conhecidos. Apresentando uma potência
an oxidante centenas de vezes maior que a vitamina C. Desta forma, protege de forma impressionante as
delicadas células endoteliais e também o miócito cardíaco. Já conhecemos a importância dos
an oxidantes, para prevenir várias doenças. Quem quiser fazer uma medicina realmente preven va,
precisa estar em dia com a PQQ.
Por outro lado, a deficiência desta vitamina perturba a expressão de 438 genes, abrindo caminho para a
eclosão de várias doenças, principalmente cardiovasculares. A suplementação de PQQ evita que isso
aconteça. A PQQ está presente em poucos alimentos. Ela pode ser encontrada no leite materno, na gema
do ovo, no KIWI, no mamão e no chá verde. O kiwi é uma excelente fonte de PQQ, podendo ser
consumido várias vezes ao dia. A suplementação também pode ser feita na dose de 10mg de 12 em 12
horas, perfazendo o total de 20mg diários.

2.7.9 • A estrela principal do complexo B: a Vitamina B12


A vitamina B12 também chamada de cobalamina, é uma das mais importantes para o corpo, pois realiza
funções primordiais, relacionadas ao sangue, ao sistema nervoso e ao metabolismo. É responsável pela
síntese da mielina, algo crucial para o bom funcionamento do sistema nervoso. Ela é tão importante, que
embora seja hidrossolúvel, o organismo armazena uma grande quan dade desta vitamina, para usá-la por
muitos anos, mesmo que cesse a ingestão. Na verdade, a B12 é a única vitamina hidrossolúvel que o corpo
estoca com vontade.

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Normalmente, uma pessoa adulta possui estoque de vitamina B12 para muitos anos, cerca de 6, 7 ou até
15 anos. Por este mo vo, muitos veganos se vangloriam de não fazerem uso de suplementos de B12,
ostentando um exame de sangue, com níveis normais desta vitamina. Este pode ser um sério engano! Se a
pessoa persis r sem consumir B12 e ver uma séria deficiência do chamado fator intrínseco, vai chegar
um dia em que os estoques irão se esgotar, e ela vai sucumbir aos problemas gerados pela deficiência. É
conhecido o caso de um famoso vegano, que ficou muitos anos sem consumir B12, e um belo dia, não
conseguiu nem se levantar da cama pela manhã, sendo socorrido às pressas e ao receber a injeção no
hospital da B12, ficou rapidamente bem.
O fato é que se um vegano ficar sem ingeri-la, e possuir pouco fator intrínseco, pode se tornar deficiente
em alguns anos, e os prejuízos em geral são defini vos, porque podem surgir lesões no sistema nervoso
central que não se revertem. A falta desta vitamina prejudica de forma, as vezes irreversível, o cérebro e
o sistema nervoso, provocando problemas de cognição, demência e sintomas como falta de força e
distúrbios da marcha. O problema fica ainda pior, quando a mulher vegana fica grávida. Na gravidez, as
necessidades de vitaminas em geral aumentam muito, devido ao feto precisar delas para seu crescimento.
Isto é especialmente válido, quando lidamos com as vitaminas B, em especial a B12. Sem B12 suficiente
durante a gravidez, o feto pode desenvolver problemas de desenvolvimento, muitas vezes irreversíveis,
algo que é muito grave! Uma simples suplementação pode resolver facilmente a deficiência. A boa no cia
é que existe no mercado a vitamina B12 bioidên ca, exatamente igual à que existe na natureza, idên ca à
que é produzida pelas bactérias. Estamos falando da me l cobalamina.
A vitamina B12 não é formada nos seres vivos, dentro de suas células. Nenhuma planta ou animal fabrica
esta vitamina. Ela é sinte zada por bactérias que vivem no solo, e que transformam o cobalto, um mineral
muito raro e especial, em cobalamina, um composto orgânico. Isto acontece no intes no dos animais que
ingerem alimentos diretamente da terra, como a vaca por exemplo! A B12 que existe na carne da vaca
não é sinte zada por suas células, mas foi absorvida do intes no dela.
Na verdade, a vitamina B12 é um conjunto de vitâmeros, que são moléculas com estruturas bem
similares, que exercem funções semelhantes. Não existe uma única B12, mas moléculas com pequenas
diferenças, mas que exercem a mesma função biológica. Todos os vitâmeros da B12 contêm o cobalto, um
metal de transição, segundo a tabela periódica dos elementos, sim, aquela tabela que você aprendeu no
1º ano do ensino médio.
As bactérias do solo realizam uma reação para a formação do vitâmero, com o cobalto no centro. As
bactérias terminam por produzir a hidroxicobalamina, a versão natural, que ao ser ingerida pelo animal,
se converte em outras formas, como a adenosilcobalamina e a me l cobalamina.
A versão sinté ca da B12, a cianocobalamina é uma molécula anormal, que não existe na Natureza e que
o organismo não u liza bem para suas funções. Serve de alguma forma, mas não é boa para um uso
constante e prolongado. Portanto, Eu não recomendo a suplementação com a versão sinté ca desta
vitamina, salvo em alguns casos agudos na emergência, e por apenas alguns dias. A suplementação
con nua deve ser feita com a versão natural, conforme veremos adiante, que é totalmente bioidên ca.

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Uma das funções mais importantes da B12 é atuar destruindo uma toxina que existe em nosso corpo, a
homocisteína. Além de todas as funções especiais que possui, a vitamina B12 age destruindo a
homocisteína, tarefa que realiza em conjunto com a B6 e a B9. A B12 é na verdade a peça chave neste
processo. Não vamos aqui tecer os detalhes sobre o veneno terrível que é a homocisteína, mas posso lhes
dizer que ela atua danificando a parede ín ma das artérias, o chamado endotélio vascular, facilitando a
formação de placas de gordura nas artérias, algo que vai provocar infartos e avcs. A homocisteína é um
aminoácido anormal, resultado do metabolismo das proteínas. Quando você come proteína em excesso,
aumentam seus níveis de homocisteína. O problema da homocisteína é agravado pela alimentação
carnívora e repleta de proteína animal. Este po de dieta, destrói paula namente os estoques de B12,
que são consumidos para dar conta da destruição da homocisteína. Uma pessoa vegetariana não consome
carne e com isso tem menos homocisteína, mas é fato que ela consome outras fontes proteicas, que
também geram homocisteína. E se seus estoques de B12 es verem baixos, poderemos ter problemas.
Uma pessoa que pra ca o veganismo e o vegetarianismo, se não fizer a suplementação de B12, corre risco
mais alto de desenvolver um infarto do miocárdio, apenas porque teima em não admi r o fato de que
precisa suplementar a vitamina. E qual o mal em suplementar? Se existem vitaminas B12 veganas,
confeccionadas por bactérias, sem nenhum sofrimento animal?
A vitamina B12 é uma coenzima, cujas funções listamos a seguir:
• Necessária para a síntese da mielina, que vai formar a bainha de mielina no SNC, o reves mento que
recobre os nervos e os axônios dos neurônios, isolando-os, para que o fluxo de impulsos aconteça de
forma ordenada e em homeostase. Se faltar B12 teremos falha no pensamento, na cognição, no
raciocínio, na memória e danos no sistema nervoso central. Muitos idosos estão com falhas de memória
por falta de B12. O pior: vão ao médico, eles pedem exame de B12, quando pedem, porque normalmente
não pedem! E quando chega o resultado, com o valor em 280, dizem logo que está normal, porque
seguem a faixa de normalidade que está impressa na folha do laboratório, que diz ser normal entre 190 e
900. Na verdade, quando temos um valor de 280 da B12, estamos diante de uma deficiência gritante! Que
não provoca anemia perniciosa, mas promove um mal funcionamento do cérebro, que fica com falhas de
cognição e memória, diminuindo a qualidade de vida da pessoa e abrindo as portas para várias outras
doenças. A boa no cia é que quando agimos no consultório fazendo a me l cobalamina sublingual, e os
níveis de B12 chegam ao valor normal que é 900, a pessoa melhora muito, ganhando saúde e qualidade
de vida.
• Par cipa na síntese da melatonina, hormônio do sono, fundamental para o corpo se regenerar a
contento enquanto repousa. Este pode ser um dos mo vos, pelo qual os idosos produzem menos
melatonina, algo que não deveria acontecer! Eu nunca me conformei com esta ideia tão difundida, de que
os idosos precisam dormir menos. Isto não é verdade. Eles começam a dormir menos porque estão
deficientes em B12 e fabricam menos melatonina. Isto não é bom, porque com menos sono, teremos uma
aceleração do envelhecimento, uma deterioração do corpo e as portas abertas para várias doenças. Vocês
não imaginam a quan dade de pessoas que estão com insônia devido à falta de B12! E a boa no cia é que

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basta suplementar, com me l cobalamina. Lembrem bem, a B12 sinté ca, a que existe na farmácia, não
serve para uma suplementação a longo prazo. Ela é ar ficial. Temos que suplementar com B12,
encontrando a dose ideal da pessoa, individualizada, para que ela fique com os níveis no sangue em torno
de 900.
• É importante para a síntese de diversos neurotransmissores cerebrais, que contribuem para o bem estar
mental e emocional, como o GABA, a serotonina, a ace lcolina, entre outros. Pessoal, estamos aqui
diante de algo muito sério. A B12 é fundamental para que você não desenvolva ansiedade e depressão,
dois males da nossa era. Tem muita gente ansiosa, com síndrome do pânico, quadros de ansiedade
generalizada, porque estão deficientes em vitamina B12. Infelizmente, o paciente vai ao médico e ele
confere nos exames, que o paciente está com 340 de vitamina B12 e certamente ele está com B12 normal.
Este é o engano básico! 340 não é normal! Daí o paciente vai ao psiquiatra, que pode não saber disso,
possuindo também os mesmos preconceitos em relação às vitaminas. O psiquiatra prescreve drogas
psicotrópicas para suprimir o sintoma da depressão ou da ansiedade, quando a causa con nua lá, intacta:
a falta crônica de B12. Uma falta que é omi da por uma faixa de normalidade errada, que não condiz com
a realidade do organismo.
Na verdade, são poucas as pessoas que têm a B12 normal! Podemos dizer que apenas 10% da população.
Eu como médico recebi poucas pessoas com B12 normal em meu consultório. Certa vez, atendi um
homem da roça, que se alimentava de muita comida da terra, comendo pouca carne, com uma B12 de
1200. Sem qualquer suplementação. Este indivíduo tem uma B12 normal. Posso dizer que são inúmeros
pacientes checados para eu ver um que tenha B12 realmente normal, com os valores acima de 900. Isto
se deve a deficiência do fator intrínseco, muito mais do que a alimentação. O que determina se uma
pessoa tem B12 baixa ou não é o fator intrínseco, uma proteína que o corpo fabrica, no estômago e na
saliva, que adere à molécula de B12, promovendo sua absorção. O fator intrínseco é uma proteína, que
está em deficiência em quem tem deficiência de B12.
Isto ainda não é comprovado, mas eu acredito que a B12 produzida no intes no, pelas bactérias, vai ser
absorvida se houver fator intrínseco suficiente. Infelizmente são poucas as pessoas que produzem fator
intrínseco suficiente. Por este mo vo, a questão dos veganos fica bem di cil sem suplementação.
• Fundamental para a síntese con nua de DNA e RNA, algo de crucial importância na reprodução celular.
O processo de renovação con nuo dos tecidos depende disso. Além do que, com B12 normal teremos a
prevenção ao câncer. O DNA é o que tem de mais importante para uma célula ser saudável. E mais, para
que ela possa se reproduzir de forma correta, e aconteça a regeneração dos tecidos. Portanto, a B12 é
uma vitamina an envelhecimento, promovendo a saúde total. Quando uma célula se reproduz, ela
precisa duplicar o DNA. Para que esta duplicação ocorra de forma perfeita, temos que ter B12 suficiente.
Quando falta B12 teremos tecidos mal regenerados, e uma deterioração maior da saúde como um todo.
• Finalmente, temos uma das mais importantes missões da B12, a geração de novos glóbulos
vermelhos do sangue, algo de fundamental importância, porque con nuamente, as hemácias velhas
são destruídas, e precisam ser repostas. Muitos quadros de anemia leve, não perniciosa, são o

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resultado da falta de B12 suficiente. Observo em meu consultório, pessoas com hemoglobina de 12,
11,5, que estão com B12 de 340. Quando a B12 é resposta da forma correta, com me l cobalamina, e
a nge os 900, temos uma cura total desta anemia.
Na verdade, o impacto da falta de B12 é sobre todo o organismo. Ninguém consegue ter saúde com B12
baixa. Este é um dos focos quando atendo meus pacientes: checar sua B12.
Sem vitamina B12, o sistema nervoso simplesmente não funciona! A pessoa não consegue nem levantar
da cama! Sem B12 teremos anemia, que vem junto com fadiga e indisposição. Sem B12 a pessoa
simplesmente não consegue andar, pensar, realizar qualquer a vidade do dia a dia. A memória é um dos
atributos mentais que mais dependem de uma boa reposição da bainha de mielina. Por conta disso, os
níveis de B12 precisam estar em dia, para que a pessoa tenha uma boa memória, raciocínio e cognição.
Quem estuda muito e usa muito o cérebro, consome muita B12 e precisa estar bem nutrido desta
vitamina.
A vida moderna, força demais todo o aparato do sistema nervoso, em especial pelo excesso de es mulos
diversos, como barulho, luzes de celulares e computadores, informações em profusão, muito rápidas e
intensas. Todo este contexto moderno, desgasta o delicado sistema nervoso humano, promovendo um
consumo muito maior de B12, muito mais do que nossos antepassados remotos consumiam.
Este fato, aliado a uma alimentação industrializada, repleta de alimentos cozidos, fritos, assados, que já
não possuem quase nenhuma B12, porque foi quase totalmente destruída, somados à dificuldade na sua
absorção, pela falta do fator intrínseco, piora ainda mais o quadro de deficiência. Temos hoje em dia,
grande parte da população mundial deficiente em vitamina B12. Segundo pesquisa realizada na
Universidade do Colorado, por Sally Stabler, publicada no annual review of nutri on, a deficiência de B12
é um problema mundial, acometendo vários países em pra camente todo o mundo (Stable S, 2004). E
este problema é mais grave, quando a idade avança, após os 55 anos.
Há uma relação entre B12 e ácido clorídrico no estômago. Quando nos alimentamos e o estômago secreta
o suco gástrico para iniciar a digestão, ele facilita a absorção da B12. A B12 só é melhor absorvida em
meio ácido, para que o fator intrínseco seja produzido e se ligue a molécula de B12.
Infelizmente, a medicina só valoriza a deficiência de vitamina B12, quando ela é extrema, nos casos de
anemia perniciosa, quando a B12 tá perto de 0. Mas, grande parte da população, não tem anemia
perniciosa, mas se encontra seriamente deficiente em B12, desgastando sua saúde aos poucos, sem que
nada seja feito para melhorar isso. Níveis baixos de B12 no sangue, não provocam anemia perniciosa, mas
afetam seriamente a qualidade de vida, e abrem as portas para doenças cardiovasculares, o câncer e
outras doenças degenera vas.
Na verdade, 180, 190 ou até 350 de vitamina B12 são resultados muito baixos e estão muito distantes da
normalidade, embora no papel dado pelo laboratório possa ser interpretado como normal. O valor de 400
pg/ml é ainda baixo e não é suficiente para que o organismo trabalhe bem! O nível ideal de B12 no sangue
é 900. Nesta faixa, teremos a memória op mizada, a atenção tranquila, os neurotransmissores bem
sinte zados, o paciente mais calmo, um sangue com hemácias em boa quan dade, nervos reparados e

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regenerados, uma capacidade cogni va normal, e níveis de homocisteína bem baixos, havendo a real
prevenção de infartos e avcs. Por este mo vo, advogamos a suplementação de B12, para todos que
estejam com menos de 800, com doses individualizadas, para manter a B12 em torno de 900. Uma pessoa
com 800 de B12, precisa de bem pouquinho, uma com 180 precisa de mais. A dose é absolutamente
individualizada, porque depende da quan dade de fator intrínseco que a pessoa tem. Existem pacientes
que têm tão pouco fator intrínseco, que só absorvem por via oral, 0,5% da dose ingerida. Para eles,
podemos fazer até 4000 microgramas, sem problemas.
Pela minha experiência clínica, posso inferir que a maior parte da população do Brasil e também mundial
sofre com deficiência de vitamina B12. O autor acredita que em torno de 90% das pessoas possuem B12
abaixo do normal, em diversos graus de deficiência. A maioria com os exames entre 350 e 480.
E a deficiência de B12 ocorre tanto em indivíduos que comem carne e produtos de origem animal, quanto
em pessoas que fazem uso da alimentação vegana. Isto se deve ao fato, de que para que o organismo
absorva a vitamina B12, é necessário que as células do estômago produzam o chamado fator intrínseco,
esta proteína que se liga à vitamina, e permite sua melhor absorção no intes no delgado. Muitas pessoas
possuem an corpos contra as células parietais, produtoras deste fator intrínseco e o produzem bem
menos do que deveriam, tendo uma absorção de B12 muito baixa. Além disso, é necessário que exista um
ph ácido no estômago, para que o fator intrínseco se ligue à vitamina. Hoje em dia, temos uma verdadeira
epidemia de acloridria, ou seja, de baixo teor de ácido clorídrico no estômago, fato agravado pelo
consumo de an ácidos do po omeprazol. Estes medicamentos atrapalham ainda mais a absorção da B12,
contribuindo para piorar o panorama de deficiência. Se você consome omeprazol, cheque imediatamente
seus níveis de B12. O omeprazol é um dos piores remédios da medicina, em primeiro lugar porque diminui
a absorção de B12. Se a B12 é tão importante para o bom funcionamento do corpo, consumir omeprazol
deteriora grada vamente o que temos de mais precioso: a saúde.
Por conta da deficiência de fator intrínseco, a B12 é muito pouco absorvida. A maioria das pessoas
absorve apenas 1% da B12 que entra em seu tubo diges vo. A sorte é que estocamos muito rapidamente
e de forma muito eficaz esta vitamina.
Existe um outro detalhe que vamos discu r agora. Muitos falam que a vitamina B12 só existe em produtos
de origem animal, como ovos, queijo, leite e carnes. Porém, se a pessoa tem dificuldade em produzir o
fator intrínseco, mesmo com esta alimentação de origem animal, pouco absorverá da vitamina e será
deficiente. O mais importante para determinar a deficiência da B12 é o fator intrínseco, muito mais do
que a alimentação. Porém, se a pessoa não consome produtos de origem animal, adotando a alimentação
vegana, e ela tem deficiência do fator intrínseco, temos uma combinação terrível. É preciso que ela
suplemente a B12, na forma de me l cobalamina.
Além disso, as fontes normais de B12 são altamente ques onáveis. A alimentação de origem animal, que
tem B12 só são comidas cozidas, assadas ou fritas, sendo subme dos há vários minutos ou horas de fogo,
terão quase toda sua vitamina B12 destruída. Apenas uma pequena parte da B12 con da em alimentos de
origem animal, sobra intacta para ser absorvida pelo corpo, que já não tem fator intrínseco suficiente. Eu

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acredito que boa parte da B12 que temos em nosso organismo, é ob da através da fabricação por
bactérias probió cas dentro do intes no, bactérias que são ingeridas nos alimentos que vêm da terra,
como verduras, frutas e raízes. Existe muita controvérsia nesta questão. Alguns autores acreditam que a
B12 produzida pelas bactérias só são sinte zadas no cólon, onde não podem ser mais absorvidas. Outros
acreditam que uma pequena parte ainda é absorvida. Mas para mim, tudo depende do fator intrínseco. Se
a pessoa tem fator intrínseco normal, ela vai absorver parte da B12 fabricada pelas bactérias intes nais.
Eu acredito que no âmbito do íleo terminal, as bactérias já fabricam a B12, e que a absorção vai depender
bem mais do fator intrínseco, do que de outra razão qualquer. Acredito que o organismo absorve
sim a B12 produzida pelas bactérias. Porém tudo depende do fator intrínseco. Se ele for pouco, o risco de
deficiência é muito grande.
Quem determina mesmo a deficiência de B12 é a presença do fator intrínseco em pequena quan dade. As
pessoas que comem carne e la cínios e outros produtos de origem animal terão mais chance de absorver
a B12, e os veganos ficam com mais probabilidade de terem deficiência. Agora, isso não exclui a
deficiência também em quem come carne.
Na verdade, para se ter B12 é preciso que a pessoa coma alimentos que vêm da terra, como inhame,
batata, batata doce, macaxeira, verduras e legumes, cenoura, beterraba, porque estão impregnados de
esporos de bactérias produtoras de B12. São as bactérias que agregam o cobalto transformando-o em
cobalamina, e produzindo a B12. Estes alimentos entram no intes no e num ambiente favorável, com boa
microbiota, produzem B12 em pequenas quan dades, mas suficientes para o corpo armazenar e manter
bons níveis no sangue.
Eu atendi uma paciente bem humilde, trabalhadora do campo, que tem sua dieta bem baseada em
alimentos da terra, que mal come carne e outros produtos animais, e nha a B12 sanguínea em 1100 pg/
ml. Um índice al ssimo! Este paciente com certeza, tem excelente produção de fator intrínseco!
Lembremos que a B12 produzida no íleo só é absorvida se houver fator intrínseco circulando no lúmen
intes nal.
Agora existe um detalhe. Quando uma pessoa adota uma dieta vegetariana e vegana, e possui pouco fator
intrínseco, temos um problema muito sério. Nas cidades, os alimentos que vêm da terra são muito
lavados, pelo medo dos parasitas, e re ram-se quase todas as bactérias produtoras de B12. E com pouco
fator intrínseco, teremos quase nenhuma B12 sendo absorvida. O resultado é que o vegano estrito, que
não come nenhum produto animal, deixa de ter a chance de absorver alguma B12 pelos alimentos de
origem animal e termina por comprometer cada vez mais seu estoque de B12. Com algum tempo ficarão
em grave deficiência!
Existem relatos de veganos an gos que passaram muitos anos, até ficarem totalmente depletados de B12.
Existem outros que passaram 5 anos, e depois apresentaram problemas. Outros com apenas 1 ano, já
estavam seriamente doentes.
A solução está na suplementação. Todo vegano precisa checar constantemente sua vitamina B12 no
sangue e fazer a suplementação diária da vitamina.

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2.7.10 – Forma de uso e contraindicações para a
suplementação da B12
Pra camente não existem contraindicações para a suplementação com vitamina B12. Porém, ela não
pode ser feita de forma indiscriminada e a dose precisa ser ajustada para cada pessoa, ao longo do
tratamento. Os níveis de B12 sanguíneos precisam ser checados con nuamente, para que permaneçam
entre 900 e 1000. Não podendo subir mais do que isso. Para que este valor seja alcançado e man do, a
dose começa maior, e depois baixa até chegar a uma dose pequena, que mantém o valor em 900.
É preciso que cada um encontre sua dose ideal de suplementação e não importa se a pessoa coma
produtos de origem animal ou seja vegano, tudo depende do fator intrínseco. Portanto, a dose vai variar
de pessoa, para pessoa, a depender da quan dade de fator intrínseco que ela produz. Para que você
tenha uma ideia, quem tem pouquíssimo fator intrínseco, absorve apenas 0,5% ou menos da B12
suplementada. Por exemplo, se a pessoa consome me l cobalamina, um comprimido de 1000
microgramas, ele vai absorver apenas 5 microgramas, uma dose diminuta. Nestes casos, a dose inicial
pode ser de 4000 microgramas por dia, e esta dose vai baixando na medida em que o corpo estoca a B12.
A suplementação não deve ser feita com a vitamina sinté ca, a B12 fabricada em laboratório, que é
barata, mas de péssima qualidade biológica. Ela é sinte zada na forma de cianocobalamina, que é
diferente das formas presentes na Natureza, que são a adenosilcobalamina, a hidroxicobalamina e a me l
cobalamina. Quando uma pessoa suplementa com B12 sinté ca, ela vai criar problemas com o tempo,
quando esta suplementação for con nua. Para usar a B12 o organismo pega a molécula de
cianocobalamina, ra o radical ciano, gerando cianeto e agrega um radical me l à cobalamina, criando
uma me l cobalamina, está agora que realmente funciona. Neste processo, ele perde os radicais me l,
que são importantes para o corpo. O organismo se desme la, usando cianocobalamina todos os dias.
Além disso, o cianeto gerado é um veneno, uma toxina. Por este mo vo, a suplementação de B12 deve
ser feita com me l cobalamina, na forma de comprimidos sublinguais, após o almoço.
A me l cobalamina pode ser manipulada em farmácias de manipulação, na forma de comprimidos
sublinguais. A dose inicial mais geral é de 1000 microgramas, (não é miligramas), logo após o almoço, uma
vez ao dia. Na verdade, a média de absorção é de 1 a 2% apenas. Se a pessoa consumir 1000 microgramas,
só vai conseguir absorver 10 ou 20 mcg. Após um mês de tomada diária, dosa-se a vitamina B12 no
sangue, que deve estar maior, chegando ao obje vo que é 900 pg/ml. O leitor deve ir ajustando sua dose
individual, que deve estar nesta faixa entre 200 a 1000 microgramas por dose. Geralmente, quando as
900pg/ml são a ngidas, a dose basal fica em 200 ou 300 microgramas. Mas isso depende de cada pessoa,
do quanto ela fabrica o fator intrínseco.
Em alguns casos, de pessoas que possuem muito fator intrínseco, a dose inicial pode ser menor, ou pode
não ser necessária a suplementação. Os veganos devem suplementar, mesmo que tenham bom fator
intrínseco, caso contrário podem correr o risco de sofrer as consequências da deficiência.
Na internet, já existe disponível no site do mercado livre, a me l cobalamina importada, na forma de
comprimidos sublinguais, na dose de 500 e 1000 microgramas por comprimido.

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2.7.11 – MIOINOSITOL
É a vitamina B8, que inicialmente pertencia ao complexo B, e foi esquecida pelos cien stas, tendo sido
negligenciada, apenas pelo fato do organismo sinte zá-la. Porém, em grande parte dos indivíduos, temos
deficiência desta molécula, muito importante para todo o metabolismo. Até hoje não entendo porque o
mioinositol foi re rado do rol das vitaminas do complexo B.

O inositol é um composto de fórmula idên ca à glicose (C6H12O6), porém tem uma conformação espacial
totalmente diversa, sendo um poliálcool (possui vários núcleos hidroxila) cíclico, com funções
extremamente importantes no corpo humano. É um isômero da glicose! Embora tenha um gosto doce e a
mesma fórmula molecular da glicose, é uma molécula completamente diferente. É uma das substâncias
mais importantes para o metabolismo intermediário, auxiliando na melhora da sinalização celular,
mediada pelas membranas plasmá cas.

O inositol é fundamental para a saúde das membranas. Sabemos que a membrana celular é o “cérebro”
da célula, sendo sensível aos es mulos do meio ambiente extracelular, e respondendo a eles, com ações
que promoverão a função celular.

Muitas doenças são o resultado de alterações nas membranas das células, muito mais do que no DNA.
Vamos dar um exemplo. A diabetes mellitus do po 2 é caracterizada pela resistência à insulina, que é a
desregulação dos receptores insulínicos de membrana celular, que ficam menos sensíveis à presença do
hormônio. Há um defeito na membrana, que pode evoluir para quadros tão graves que níveis muito
concentrados de insulina não exercem mais seu efeito de facilitar a entrada de glicose na célula.

O inositol atua melhorando esta sensibilidade, consertando os defeitos de membrana. Ele é um dos
grandes sinalizadores celulares, sendo responsáveis pela perfeita comunicação que acontece no
metabolismo. Sem quan dades ó mas de inositol, a comunicação do metabolismo intermediário fica
truncada, e teremos déficits do metabolismo.

O inositol es mula o funcionamento de todo o metabolismo, literalmente fazendo o organismo se


comunicar melhor, cada célula uma com a outra. Vai agir aumentando a comunicação entre os his ócitos
e a resposta deles ao processo do metabolismo intermediário. Por este mo vo, é o “remédio de ouro”
para a obesidade, porque nela existe sempre uma morosidade do metabolismo.

O inositol facilita a ação da insulina sobre estas células do metabolismo, aumentando o aporte de
vitamina C, e por conseguinte, melhorando seu funcionamento. Inositol e vitamina C juntos, são uma
dobradinha fantás ca para o metabolismo.

A ação sinalizadora do inositol, melhora todo o sistema hormonal do corpo! Afinal, o hormônio age à
distância e precisa que as membranas estejam funcionando bem, para que estejam sensíveis a ele! Por

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este mo vo, o inositol é usado para tratar doenças como a síndrome dos ovários policís cos,
dismenorréia, distúrbios hormonais femininos e masculinos.

Ele melhora a qualidade do esperma e aumenta a fer lidade. Devemos pensar o mioinositol como uma
vitamina fantás ca para todo o sistema hormonal, para todo o sistema endócrino. Se alguém es ver
sofrendo de qualquer doença endócrina, precisa suplementar com o mioinositol.

O inositol é um néctar espetacular, subes mado pela medicina. Como age sobre as membranas,
mantendo-as mais saudáveis, é uma das grandes estrelas do metabolismo, melhorando os processos
de assimilação, transporte, endereçamento e u lização de todos os nutrientes do corpo. Você elimina
melhor as toxinas com mioinositol; você emagrece com mioinositol; seus hormônios reoidianos,
sexuais e todos os outros hormônios melhoram com o mioinositol.

Em outras palavras, conserta o metabolismo! Além disso, age de forma contundente sobre o catabolismo
das gorduras, melhorando a queima das gorduras. É um agente lipotrófico, ou seja, queimador de
gordura. Por este mo vo, é fundamental para o tratamento da obesidade e da síndrome metabólica, que
promovem o acúmulo de gordura no gado, a esteatose hepá ca. O inositol faz o corpo queimar melhor
as gorduras.

A sua ação catabólica, tanto da glicose, quanto dos ácidos graxos, se deve a sua presença no ciclo de
Krebs, o conjunto de reações que transformam glicose e ácido graxo em ATP, ou seja, em energia química.
Em conjunto com a carni na, as vitaminas do complexo B, a vitamina C, a coenzima Q10 e outras
moléculas, promove a boa queima de ácidos graxos pela célula. Com isso, teremos energia química
suficiente para que as células exerçam bem suas funções. Você pode estar cansado, fa gado, sem energia
por falta de mioinositol.

Além de sua atuação na queima de gordura, age sobre a síntese das proteínas, atuando sobre o
transporte, estoque e u lização dos aminoácidos para a devida confecção de proteínas. Atua portanto, no
metabolismo das proteínas de maneira contundente. Por este mo vo, muitas pessoas usam os
suplementos de inositol para um melhor crescimento capilar. Se você sofre de queda de cabelo é
importante suplementar com mioinositol.

O mioinositol age em sinergia com todas as outras vitaminas B, promovendo a regeneração da bainha de
mielina, o “fio” protetor dos nervos e dos axônios neuronais, fundamental para a boa saúde nervosa. O
mioinositol também está implicado na síntese de vários neurotransmissores e em seu equilíbrio no
cérebro humano, por este mo vo é de fundamental importância para a depressão e a ansiedade.

Ele é fundamental para o metabolismo cerebral, já sendo u lizado hoje em dia para o tratamento de
várias doenças psiquiátricas, como o TDAH (transtorno do déficit de atenção), a depressão, a ansiedade e
os transtornos obsessivos compulsivos, com excelentes resultados (Benjamin, Jonathan, et al., 1995).

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Em pesquisa realizada em Israel, pesquisadores concluíram que o mioinositol é efe vo no tratamento da
depressão, da síndrome do pânico e nos quadros de transtorno obsessivo compulsivo. Todas doenças que
têm como fisiopatologia a perturbação no metabolismo da serotonina (Fux, M., Levine, J., Aviv, A., &
Belmaker, R. H.,1996).

Em outro trabalho realizado também em Israel, foi comprovado cien ficamente, que 12 gramas ao dia de
mioinositol em pacientes com depressão e com outros distúrbios psiquiátricos, melhorou
significa vamente os sintomas (Levine, Joseph,1997).

Em outra pesquisa, foi comprovado que o inositol tem ação terapêu ca sobre doenças como a bulimia e a
compulsão alimentar, melhorando os quadros de “fissura” por doces e os “assaltos” à geladeira (Gelber,
Diana, Joseph Levine, and R. H. Belmaker, 2001).

O mioinosito é, portanto, uma potente arma no tratamento da obesidade e da síndrome metabólica, por
ser um calmante natural fantás co e um agente promotor do equilíbrio dos neurotransmissores cerebrais.

Desta forma, reduz a fome provocada pela ansiedade, um dos principais entraves no emagrecimento.

O mioinositol é realmente um grande néctar do metabolismo. Os níveis desta molécula estão baixos em
pacientes com problemas metabólicos. E isto se deve, principalmente à diminuição em sua síntese, ou à
síntese de mioinositol anormal, defeituoso que termina por truncar ainda mais o metabolismo. O
mioinositol é um poliálcool, sinte zado a par r da glicose-6-fosfato, que é uma molécula de glicose
fosforilada no carbono 6. Ser fosforilada, significa estar ligada a uma molécula de fósforo. Podemos ver
o grupo fosfato ligado ao carbono 6 na parte de cima da molécula de glicose. Grande parte da glicose
que entra nas células, está sob esta forma. A glicose-6-fosfato ou forma o glicogênio e é armazenada
no gado e nos músculos, ou será usada para a síntese de mioinositol.

O myo-inositol, o isômero mais abundante e mais bioa vo do inositol, é sinte zado em duas etapas.
Primeiro, a glicose-6-fosfato é isomerizada pela enzima inositol-3-fosfato sintetase, formando o myo-
inositol 1-fosfato que depois é desfosforilado pela enzima inositol monofosfatase, para gerar o myo-
inositol. Este processo acontece em sua maior parte nos rins, com a síntese de algumas gramas de myo-
inositol por dia (Parthasarathy LK, Seelan RS, Tobias C, Casanova MF, Parthasarathy RN, 2006).

A glicose natural, pura, oriunda de frutas e verduras cruas e orgânicas, promove a síntese de boas
quan dade de mioinositol. E um mioinositol da melhor qualidade, que age em prol do metabolismo,
promovendo a queima de gordura, o bom funcionamento cerebral e todas as outras benesses que ele
promove no corpo humano. Por outro lado, isto não acontece com a glicose oriunda do açúcar refinado,
ou dos amigos que são cozidos, fritos, assados e torrados. A glicose presente no açúcar branco é
totalmente diferente da glicose natural das frutas. O mesmo é válido para a frutose. A glicose do açúcar
refinado, teve sua molécula danificada pelo processo de refino e não é mais bioidên ca. Portanto, ela
entra em nosso corpo como uma toxina, e não como um nutriente. A glicose refinada, vai dar lugar à
síntese de um inositol deformado, danificado, que vai exercer um efeito contrário ao original. É o que

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acontece quando uma pessoa ingere açúcar branco, amido cozinhado em derivados do trigo, e outros
carboidratos que passam pelo fogo. Em todos eles, teremos uma glicose danificada que vai dar lugar à
síntese de inositol danificado, que vai truncar o metabolismo, promover a obesidade, atrapalhar a função
da serotonina. Assim, observamos que o inositol, sinte zado a par r de glicose refinada, ou de comida
rica em carboidratos fritos e cozidos, vai ter um efeito contrário ao mioinositol original, sinte zado a
par r de frutas. Isto explica porque as pessoas engordam tanto quando comem pão e derivados do trigo,
e quando se empanturram de açúcar refinado. Há muito tempo que relacionam o consumo de açúcar com
a depressão. Isto não é por acaso! Agora compreendemos o porquê!

A frutose é também matéria prima para a síntese do mioinositol, pela semelhança entre as moléculas. A
frutose das frutas promove a síntese de moléculas bioidên cas de mioinositol, melhorando o
metabolismo. Por outro lado, a frutose refinada, presente no açúcar branco, é puro veneno, dando lugar a
formação de mioinositol danificado, que trunca o metabolismo. Por este mo vo, a ingestão de xarope de
frutose e de açúcar refinado, contendo frutos danificada pelo refino, promove a síntese de inositol
danificado, que vai atuar como um grande disruptor do metabolismo. Agora, compreendemos porque o
consumo de açúcar faz tanto mal, engorda, provoca a síndrome metabólica, promove a depressão e o
desabrochar de distúrbios psiquiátricos! A sorbose é um carboidrato com a mesma fórmula da glicose, um
outro isômero desta. Lembremos que quando estamos com os carboidratos naturais, oriundos das frutas
e verduras cruas, promoveremos a síntese do myo-inositol de excelente qualidade, que age como um
remédio salutar para o metabolismo. Portanto, a fruta é um grande alimento funcional para melhorar
todo o metabolismo, em grande parte porque aumenta os níveis de mioinositol no corpo.

Resumindo, o mioinositol é uma das moléculas mais fantás cas do corpo humano, um “rei do
metabolismo”, desempenhando um papel muito importante como precursor de mensageiros secundários
do processo de sinalização celular, que é a comunicação entre as células. Ele faz com que as células se
comuniquem melhor entre si, algo que favorece todos os processos do metabolismo. Por este mo vo, faz
o corpo funcionar melhor, o cérebro funcionar melhor, as enzimas e hormônios funcionarem melhor! O
mioinositol pode e deve ser suplementado, para quem tem problemas de obesidade, diabetes mellitus e
síndrome metabólica, bem como para todas as doenças do sistema endócrino que envolvem hormônios. A
dose é de 200mg de 2 a 3 vezes ao dia. A melhor forma é de myo-inositol. Deve-se tomar de preferência à
noite, antes de deitar. O leitor encontra no site IHERB.com e no mercado livre e nas boas farmácias de
manipulação.

2.7.12 – COLINA
Colina: outro nutriente fantás co, que trabalha em conjunto com o inositol. A colina é um sal de amônio
quaternário, de fórmula química (CH3)3N+(CH2)2OHX-, onde o X- é um íon como o cloro ou a hidroxila. A
colina e seus metabólitos atuam no corpo humano, realizando funções muito importantes no

67
metabolismo, por ser responsável pela integridade estrutural das membranas celulares. Também age
exercendo o papel de sinalizador na membrana.

Podemos afirmar que é uma vitamina hidrossolúvel, que perdeu este status porque é sinte zada pelo
corpo humano. Os cien stas então, subes maram a importância desta vitamina, acreditando que não era
essencial. Na verdade, ela pode ser considerada parte da família das vitaminas B, a “banida” vitamina B4.
A colina também é importante no metabolismo cerebral, porque é necessária para a síntese da
ace lcolina, um dos mais importantes neurotransmissores.

Além de tudo isso, a colina é fonte de grupos “me l”, através do seu metabólito, a betaína
(trime lglicina), dissolvendo as moléculas de homocisteína, uma toxina terrível. A me lação também é
importante para outras funções. No metabolismo da colina, ocorre a doação dos radicais me l (CH3),
necessário para o funcionamento do metabolismo do DNA e RNA, promovendo o bloqueio de genes
anormais; o bom metabolismo das proteínas e lipídeos.

A colina é fundamental para a saúde das membranas da célula, que é o “cérebro” da célula, o seu
comando central, ao contrário do que a maioria pensa. O comando celular não está no núcleo, mas sim na
membrana. Se você pensava que o cérebro de uma célula é seu núcleo, você está equivocado! Quem
comanda as funções celulares é a membrana. Grande parte das doenças surgem a par r de danos na
membrana celular, seja nos receptores de membrana, na camada de fosfolipídios, ou nas bombas de íons.

A colina em conjunto com o inositol, atuam promovendo o correto anabolismo destas estruturas, para
que funcionem bem. A membrana é o elemento mais importante do metabolismo, porque é através dela
que a tríade funcional opera: na absorção de nutrientes; no transporte para o local onde o nutriente é
necessário, que ocorre através da correta sinalização; a a vação do anabolismo e do catabolismo; e a
correta eliminação de toxinas. Para que a tríade funcional aconteça de forma perfeita, a membrana
precisa estar intacta, bem formada, para reconhecer um nutriente, direcioná-lo para o local certo, e
selecioná-lo para entrar na célula e realizar sua função. Uma toxina por exemplo, é detectada,
reconhecida como tal e enviada para os locais de eliminação. Quem faz isso é o chamado metabolismo
intermediário. Uma membrana reconhece facilmente uma toxina, para que ela prontamente seja
eliminada pelos canais adequados: linfa, suor, intes no grosso. A colina promove a perfeita construção
destas estruturas da membrana. Uma deficiência em colina, faz com que o corpo não consiga criar
membranas saudáveis, abrindo as portas para várias doenças.

Com isso, alguma função fica truncada, e começa o processo patológico. A falta de colina é sem dúvida
alguma, um grande desastre para o metabolismo como um todo. E, infelizmente, estudos apontam que
cerca de 90% da população está deficiente em colina!

Podemos dizer que todo obeso e portador de síndrome metabólica tem deficiência em colina. Todo
paciente com diabetes mellitus do po 2 também. Os portadores de esteatose hepá ca são claramente

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deficientes em colina, porque esta molécula é lipotrófica, ou seja, queimadora de gordura. A colina é um
dos remédios naturais para esta doença tão comum nos dias de hoje.

Um dos mais graves problemas do consumo da chamada gordura vegetal hidrogenada, a gordura trans, é
que se for predominante na dieta, vai ser u lizada na confecção das membranas celulares, formando
membranas danificadas. A gordura trans é um veneno terrível. Agora, compreendemos mais um dos seus
male cios. Quando predomina na dieta, a gordura trans dá lugar à formação de membranas deterioradas,
que não funcionam bem para captar a sinalização. Teremos todo o metabolismo deteriorado. Células
confeccionadas com estas gorduras terríveis, vão funcionar mal, e temos as portas abertas para o
surgimento de várias doenças. Quando uma pessoa consome gordura trans todos os dias, mesmo com
toda a colina do mundo, jamais conseguirá formar membranas saudáveis. O resultado é catastrófico!

A colina é antes de tudo uma molécula fundamental para o correto metabolismo das gorduras. Ela é uma
grande “queimadora de gordura”, agindo como elemento fundamental no processo de oxidação dos
ácidos graxos, dentro da mitocôndria. Esta ação acontece em conjunto com várias outras moléculas, como
todas as vitaminas B, a B12, a carni na, o ômega 3, a vitamina C e a coenzima Q10.

Por este mo vo, é fundamental para o tratamento da obesidade. E também da esteatose hepá ca. A
colina dissolve a gordura presente no gado, acumulada no citoplasma dos hepatócitos. E, além de
queimar, promove o transporte da gordura para fora do gado, para ser distribuída onde for necessário.
Colina é tudo de bom para quem tem gordura no gado. Ela é a grande limpadora do gado, sendo um dos
remédios fundamentais para a esteatose hepá ca, uma “praga” dos dias atuais, fomentada pelo consumo
desenfreado de gordura trans e açúcar! A colina é crucial para o metabolismo cerebral, tanto por ser
responsável pela integridade das membranas dos neurônios, quanto por ser matéria prima para a síntese de
ace lcolina, um neurotransmissor primordial. A ace lcolina desempenha um papel fundamental na
memória e no aprendizado, e sua deficiência resulta em baixa concentração, memória fraca e distúrbios
cogni vos. A ace lcolina é sinte zada quando uma molécula de acetato se une à colina, portanto sem colina
suficiente, esta molécula não é formada em quan dades normais, causando sofrimento cerebral (Zeisel,
Steven H., and Jan K. Blusztajn, 1994). Desta forma, a colina é importante para que a mente esteja alerta,
forte e concentrada.

Outra função da colina é ser parte do metabolismo da homocisteína, ajudando a vitamina B6, B9 e B12 a
realizarem a quebra deste veneno perigoso. A colina faz isso, através de seu metabólito, a betaína.
Lembremos que a homocisteína deve exis r numa concentração menor possível, porque é um tóxico
terrível, que agride as células, especialmente as delicadas células do endotélio vascular, facilitando a
eclosão de doenças cardíacas. Baixar a homocisteína deve ser a meta de todos os médicos que trabalham
com a medicina funcional, para evitar infartos e avcs.

Existem várias opções de colina no mercado de suplementos. Muitos já possuem a versão em conjunto
com o mioinositol, uma combinação interessante, porque as duas moléculas funcionam em sinergia. A
melhor forma é ob da a par r da fosfa dilcolina, a leci na de soja. A dose é de 250mg a 600mg ao dia.

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Pelo que estudamos, será que é possível negligenciarmos estas vitaminas? Por tudo que vimos, é
possível esquecer o quanto elas são importantes? Para que nosso corpo tenha saúde?
São muitos bene cios e constatamos que não podemos ficar esperando a doença surgir, deixando nosso
organismo ao léu, sem uma devida assistência nutricional. Prevenir é sempre mais inteligente e mais
fácil do que remediar!

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CAPÍTULO 3 – VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS E SEU PAPEL NO
CORPO HUMANO

A medicina tradicional alopá ca é fundamentalmente sintomá ca. Os remédios foram feitos para rar
sintoma e não para tratar as doenças. As causas das doenças ficam intocadas, como um inimigo que não é
atacado, como um inimigo que nem sequer é reconhecido! Observamos hospitais abarrotados de
pacientes, com doenças crônicas, ditas incuráveis. Doenças que só aumentam sua incidência, ano após
ano. A diabetes mellitus do po 2 é uma epidemia de proporções planetárias. Temos o avanço cada vez
maior de patologias como o câncer, as doenças cardiovasculares que se manifestam na forma do infarto
do miocárdio e do avc, as doenças autoimunes e o mal de Alzheimer.
Infelizmente, quase nada é feito para prevenir estas doenças! A abordagem da medicina é apenas
palia va, ou seja, busca somente atuar com remédios químicos, para combater os sintomas do mal. Nada
é feito com a intenção de prevenir.

Os remédios químicos são como corpos estranhos, que agridem o organismo humano, que não foi
preparado pela natureza, para lidar com eles. Com isso, temos os chamados efeitos colaterais, que criam
as doenças colaterais. De um remédio que é tomado diariamente, surge a necessidade de outro, e depois
outro, até que a pessoa fica totalmente dependente de vários remédios, que destroem sua saúde cada vez
mais.

E o pior de tudo, é que o inimigo con nua lá, intacto, desconhecido, jogando bombas contra o pobre e
combalido organismo humano. Um destes inimigos é a falta de nutrientes. Se o corpo não receber o
aporte das vitaminas que ele precisa, as células entram em disfunção.

Um destes nutrientes que faltam são as chamadas vitaminas lipossolúveis. Elas são importantes demais
para que você tenha saúde plena. A falta delas, gera vários problemas, e abre as portas para várias
doenças!

VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS

Vamos agora dar con nuidade ao estudo das vitaminas. No capítulo 1 estudamos um pouco sobre
nutrição e você pôde perceber a importância dela para que nosso organismo funcione bem. Você tomou
consciência do fato de que precisamos suplementar, para completar a quan dade de nutrientes que
nossas células necessitam.
Você também estudou que as vitaminas se dividem em dois pos principais, as vitaminas hidrossolúveis
e as vitaminas lipossolúveis. As primeiras são solúveis em água e o segundo grupo é solúvel em
gorduras. As vitaminas hidrossolúveis são fantás cas, e nutrem nosso corpo de vitalidade e energia.

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Agora vamos entrar no mundo das vitaminas lipossolúveis, que também são fundamentais para que
nosso organismo possa conquistar uma super saúde.
A vitamina A, E, D, K1 e K2.
Elas estão presentes nos alimentos gordurosos, que você aprendeu desde pequeno que são “ruins para
a saúde”. Você e a grande maioria da população, recebeu uma “lavagem cerebral” para acreditar que
gordura faz mal a saúde, e que gordura causa infarto. Nada mais falso. Pensem numa fake News
gigantesca!
A consequência desta lavagem cerebral é nefasta. As pessoas diminuíram a quan dade de gordura na
alimentação e aumentaram a quan dade de carboidratos. Com isso, temos uma mul dão de obesos e
portadores de diabetes mellitus do po 2.
O problema é que as vitaminas lipossolúveis estão presentes em alimentos gordurosos. Sem eles, você
vai ficar deficiente nestas vitaminas.
O nosso corpo precisa de gordura. As gorduras são nutrientes essenciais. Em primeiro lugar, elas
compõem a membrana das células. Esta parte aqui da membrana, a bicamada lipídica é formada por
gordura.
Ao mesmo tempo, as gorduras são fonte de energia para as células. Elas geram energia, pela queima dos
ácidos graxos.
Os ácidos graxos são as menores unidades das gorduras. Eles têm muita energia química. Quando
entram na mitocôndria, são oxidados por uma reação química, na presença de oxigênio, na chamada
respiração celular. Esta reação gera muita energia, mais energia do que quando a célula usa glicose
como combus vel.
Determinadas células que precisam de muita energia, como as células musculares que movimentam o
corpo, as células do gado, as células do coração, precisam usar o ácido graxo como combus vel. O
coração precisa de gordura! Ele usa gordura para ter energia, porque ele trabalha sem parar. O coração
demanda muita energia química. Quando uma pessoa come pouca gordura, está impedindo que o
coração receba sua principal fonte de energia.
Além de tudo isso, as gorduras exercem funções importantes no processo da inflamação e atuam na
sinalização celular, que é a comunicação entre as células do corpo inteiro. Sem gordura nosso corpo não
funcionaria!
Agora, você precisa saber que existem gorduras saudáveis e gorduras ruins, venenosas, que você
realmente deve evitar. As gorduras ruins são as chamadas gorduras trans. Elas são ar ficiais, não
exis ndo na natureza.
Como exemplo deste po de gordura, temos a margarina e os óleos refinados, que estão na prateleira
do supermercado. Além de não possuírem qualquer vitamina nelas, estas gorduras são hidrogenadas, ou
seja, receberam hidrogênio num processo realizado na indústria. A hidrogenação, transformou este
óleos antes saudáveis, em verdadeiros venenos. Eles usam um óleo vegetal, extraído das plantas e

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submete estes óleos a um processo químico de refino e hidrogenação. Eis o problema! Eles deixam de
ser naturais.
A gordura trans é tóxica e não possui qualquer vitamina. Elas devem ser evitadas. Troque o óleo da sua
casa, comece a consumir gorduras saudáveis.
Dentre as gorduras saudáveis, temos o óleo de coco, a manteiga, principalmente a manteiga ghee, que é
a chamada manteiga clarificada. Temos também o azeite de oliva extravirgem e outros óleos vegetais
puros, que existem no mercado de produtos naturais. Todos estes óleos são muito bons para a saúde,
sendo fonte de todas as vitaminas lipossolúveis.
Coloque estes óleos na sua vida.

3.1 – AS VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS E O METABOLISMO DO


CÁLCIO
As vitaminas lipossolúveis são fundamentais para que o cálcio fique organizado dentro de nosso corpo.
Este mineral é de suma importância, para uma boa saúde. Infelizmente, na grande maioria das pessoas,
o cálcio encontra-se totalmente “bagunçado”, com locais do organismo em que ele está bem
concentrado e faltando em outros.
Quando observamos uma pessoa com osteoporose, que é a perda do cálcio nos ossos, pensamos logo
que a pessoa está deficiência em cálcio. Nada mais falso! Este é o erro come do por muitos profissionais
de saúde. Alguns médicos recomendam a suplementação com cálcio, como se o problema fosse a falta
de cálcio, quando na verdade é apenas uma desorganização deste mineral, que está nos lugares errados.
O cálcio sai dos ossos, e impregna nos tecidos moles, como cérebro, coração, vasos sanguíneos, pele,
rins, e outros tecidos. Ele se concentra e envelhece o corpo. O excesso de cálcio nestas partes, termina
por gerar vários problemas, inclusive doenças. Quando o cálcio impregna no cérebro, ele promove
falhas de memória e cognição. Quando está concentrado no coração favorece as arritmias cardíacas,
quando se concentra nos vasos, facilita o aumento da pressão arterial.
Imaginem, o cálcio está desorganizado, em excesso e o médico ainda prescreve cálcio, para ver se ele vai
para os ossos? E óbvio que não! Ele vai impregnar os tecidos ainda mais, piorando o estado de saúde da
pessoa. A suplementação com cálcio aumenta a incidência de infartos e piora os quadros de
hipertensão.
O cálcio é um elemento químico de número atômico 20, sendo um metal da família dos alcalino terrosos,
a mesma do magnésio. O nome deriva do la m “calx”,por ter sido extraído do calcário. É o quinto
elemento mais abundante no corpo humano. Os íons de cálcio desempenham um papel fundamental na
fisiologia e na bioquímica corporal, realizando várias funções importantes.
A maioria das pessoas pensa no cálcio, apenas como o mineral que endurece os ossos. E isto é verdade!

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É o cálcio que dá a dureza e a firmeza do osso, formando o esqueleto que sustenta o corpo humano.
Porém, não só para o osso serve o cálcio! Ele é indispensável para realizar várias funções na fisiologia
humana.
O esqueleto ósseo possui cerca de 99% do cálcio do organismo, sendo uma grande reserva deste íon. Isto
acontece porque o sangue precisa ter uma concentração ideal de cálcio, a chamada calcemia. O cálcio
precisa exis r no sangue para atuar em vários papéis fundamentais do funcionamento orgânico.
O cálcio desempenha um papel na transdução de sinais entre as células, como um segundo mensageiro;
também age na liberação de neurotransmissores, sendo fundamental para o funcionamento do cérebro;
também são cruciais para a contração muscular, algo decisivo para a con nuidade da vida, porque o
coração bate ininterruptamente e precisa de níveis normais de cálcio para fazê-lo.
Caso o cálcio baixe no sangue, o coração é o primeiro órgão que sofre.
O cálcio é um mineral de tensão, de contração, de energia, de excitação. Ele é próprio da a vidade, do
movimento, da ação. É o oposto do magnésio, que é o mineral do relaxamento, da calma, do descanso.
Ambos precisam estar em equilíbrio, para que a tensão do cálcio não seja excessiva, ou sua contração não
seja vigorosa demais. O magnésio regula o cálcio, impedindo que ele se expresse em excesso.
O cálcio em excesso pode provocar hipertensão, pela contração excessiva do músculo liso dos vasos
arteriais; arritmias cardíacas pela excessiva excitabilidade das células do coração; irritação, nervosismo e
ansiedade, pelo mesmo mo vo, só que numa hiper-excitação do cérebro. Por este mo vo, o magnésio é
um mineral calmante, sendo usado para tratar hipertensão e arritmias cardíacas.
Os íons de cálcio Ca++ desempenham um papel fundamental na biologia celular do organismo humano.
Sem cálcio não exis ria a vida.
Vamos elencar algumas funções fundamentais do cálcio:
• funciona como um transdutor de sinal químico das células, agindo nas sinapses neuronais em conjunto
com os neurotransmissores. Sem o cálcico não há a passagem do sinal para que as células realizem
funções.
• atua na contração de todos os pos de músculo do corpo. Tanto o músculo esquelé co, quanto o
cardíaco. Por este mo vo, os níveis de cálcio no sangue são minuciosamente ajustados, sendo o osso a
reserva estratégica, para que este mineral nunca falte.
• muitas enzimas necessitam o cálcio como cofator para funcionarem, podemos dar o exemplo das
enzimas relacionadas com a coagulação sanguínea. Sem cálcio não há coagulação do sangue.
• sem o cálcio o osso não se torna duro como precisa ser. É o CÁLCIO que dá dureza e firmeza ao osso.

Por todas estas razões, o organismo possui alguns hormônios especiais para regular os níveis de cálcio no
sangue, para que se mantenham numa faixa bem estreita.
Os hormônios são o paratormônio (PTH), secretado pelas glândulas para reóides; a calcitonina, secretada
pela reóide e o calcitriol, a vitamina D a vada.

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A vitamina D é fundamental no metabolismo do cálcio, aumentando sua absorção pelo intes no delgado,
sua reabsorção pelos rins e sua disponibilização re rando-o dos ossos.
O calcitriol é hipercalcemiante. A calcitonina faz o contrário, fixando o cálcio do sangue nos ossos,
es mulando a a vidade osteoblás ca que é a formação óssea. A calcitonina é hipocalcemiante, ela
es mula a re rada do cálcio do sangue e sua deposição no osso.

A homeostase do cálcio se faz com o perfeito equilíbrio entre todos estes hormônios, em conjunto com o
magnésio, que também regula o cálcio, além da vitamina K2, que é responsável pelo direcionamento do
cálcio, que sai dos tecidos onde pode impregnar, para ser depositado no osso.
Os íons cálcio são estocados no re culo endoplasmá co e nas mitocôndrias para serem usados quando
necessário. Eles agem sempre no es mulo, aumentando, incrementando, contraindo. Seu excesso cria
vários problemas, como a formação de pedras nos rins; a hipertensão arterial, arritmias cardíacas,
deposição no cérebro facilitando a demência e a perda da memória; além disso, também podemos ter o
acúmulo do cálcio nas ar culações, com o enrijecimento delas, algo que gera inflamação ar cular. Tem
muita gente com dor nas ar culações que é causada pelo excesso de cálcio nelas! O cálcio em excesso no
tecido cardíaco, pode facilitar a formação da placa de ateroma, além de coagular demais, fato que pode
criar mais facilmente trombos arteriais.
O cálcio é um mineral muito importante para a saúde. Ele precisa estar em níveis ó mos no sangue e sem
acumular nos tecidos. Além disso, precisa estar em quan dade compa vel com o magnésio, que
geralmente é deficiente na maioria das pessoas. A deficiência crônica de magnésio potencializa os
problemas gerados pelo excesso de cálcio no lugar errado, ou seja, fora do osso!
A deficiência de cálcio acontece por uma dieta muito pobre neste mineral. Porém, o que mais
encontramos não é a carência, mas uma má distribuição, ou seja, o cálcio concentrado nos lugares
errados, impregnado nos tecidos.
O cálcio precisa entrar junto com o magnésio, em proporções rela vamente iguais. Caso contrário
teremos desequilíbrio. Infelizmente, a maioria das pessoas não sofre de deficiência de cálcio, mas de uma
má distribuição orgânica deste íon, que se acumula nos tecidos e fica faltando no osso. Esta é a grande
pulha! Uma pessoa vai ao médico e descobre que está com os ossos fracos, com osteoporose, por falta de
cálcio nos ossos! Ela pensa que seu organismo está sem cálcio, o que é um grave erro. Ao contrário, o
corpo está com cálcio demais, porém todo concentrado nos tecidos moles e não no osso.
Aí eu te pergunto. Raciocine comigo: se eu der mais cálcio, vai adiantar? Ou vai apenas aumentar ainda
mais a bagunça? É isso que a medicina faz, suplementando cálcio para pacientes que estão com
osteoporose. O problema só piora!
Este cálcio em excesso vai concentrar ainda mais no coração, gerando arritmias e infartos e na pele, e
ar culações, envelhecendo a pessoa e piorando sua artrite.

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A solução está em deixarmos o paciente em dia com as vitaminas lipossolúveis, todas elas. A vitamina A,
D, E e K2 agem em conjunto re rando o cálcio dos tecidos moles, e recolocando-o no lugar certo que é o
osso. Esta é uma das funções mais importantes das vitaminas lipossolúveis: arrumar o cálcio dentro do
corpo, organizar este mineral, para que ele permaneça na concentração correta, tanto no osso, quanto
nos tecidos moles.
Este trabalho é feito junto com o magnésio e o silício, minerais que estudaremos no capítulo 4.
Sabemos que um dos fatores que também promove o desequilíbrio do cálcio é a deficiência de magnésio.
A desarmonia no metabolismo do cálcio, devido ao consumo de leite e derivados que provocam dois
problemas: o excesso de cálcio e sua desorganização interna. Temos cálcio fora do osso, e cálcio
impregnado nos tecidos. E para piorar o problema, o consumo de refrigerantes induz à perda do cálcio
ósseo, porque o organismo re ra este mineral do osso, para alcalinizar o sangue, devido à acidez do
refrigerante. Além disso, as bebidas de cola, ricas em ácido fosfórico, também induzem à perda de cálcio
nos rins.
Por este mo vo, um dos mais graves problemas gerados pela gordurofobia é um desequilíbrio ainda
maior no metabolismo do cálcio, porque sem as vitaminas lipossolúveis em quan dades ó mas, teremos
graves problemas do cálcio impregnado nos tecidos moles.

3.2 – A IMPORTÂNCIA DO BOM FUNCIONAMENTO DA


VESÍCULA E DO CONSUMO DE BONS ÓLEOS PARA FICAR EM
DIA COM AS VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS.
Conforme já dissemos, as vitaminas lipossolúveis estão nos alimentos gordurosos e só são devidamente
absorvidas para o sangue, através da boa digestão das gorduras.
O organismo obtém gordura pela ação das enzimas diges vas, que quebram as moléculas gordurosas
dos alimentos no intes no delgado. Em outras palavras, para que um alimento gorduroso seja
absorvido, ele precisa ser digerido antes, pela ação da lipase. Este processo se dá, em conjunto com a
ação da bile, que é a secreção da vesícula biliar, agregada ao gado. A bile é produzida pelo gado e
armazenada na vesícula biliar. Este fluido atua como se fosse um detergente, dissolvendo as gorduras,
para facilitar a ação da lipase pancreá ca. A bile emulsifica as gorduras, tornando-as mais facilmente
digeríveis pela lipase. Ocorre um aumento da super cie de contato gordura-enzima. Sem a bile, a
digestão das gorduras fica prejudicada.
Você precisa imaginar a bile como um sabão, que ao entrar em contato com a gordura, termina
desfazendo ela.
A vesícula armazena bile e no momento em que qualquer alimento gorduroso chega ao intes no, vindo
do estômago, ocorre sua liberação. A bile chega ao intes no e encontra o alimento já misturado. Daí, as
gorduras vão ser digeridas e absorvidas e junto com elas, as vitaminas lipossolúveis.

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Portanto, para que você esteja em dia com as vitaminas lipossolúveis é preciso que você COMA
GORDURAS SAUDÁVEIS E tenha bile suficiente, em boa quan dade e uma vesícula funcionando bem.
Uma forma fantás ca de suplementar vitaminas lipossolúveis é tomar azeite de oliva durante a refeição,
ou logo depois. Isso é válido para outros óleos, como óleo de coco e manteiga ghee, que também são
riquíssimos em vitaminas. Você pode almoçar e no meio do almoço tomar uma colher de sopa de azeite
de oliva e con nuar almoçando. No jantar come uma colher de sobremesa de manteiga ghee, durante a
refeição e óleo de coco no café da manhã.
Vamos agora estudar as vitaminas lipossolúveis, começando com a vitamina A.

3.3 – VITAMINA A (RETINOL)

Vamos estudar a primeira vitamina lipossolúvel, a vitamina A, uma grande vitamina, que é fundamental
para a saúde dos olhos, prevenindo doenças da re na e melhorando o funcionamento de todo globo
ocular. Ela é também chamada de re nol, pela sua ação fantás ca sobre a re na.
A vitamina A é um grupo de álcools monohídricos insaturados, que contêm um anel alicíclico,
lipossolúvel, encontrada em três formas moleculares principais:
- Vitamina A a va (também chamada re nol);
- O betacaroteno;
- Vitamina A como palmitato (em cápsulas).
O re nol é proveniente de alimentos de origem animal e é um po de vitamina A "pré-formada" que
pode ser usada diretamente pelo organismo. O outro po, ob do a par r de frutas e vegetais coloridos,
está na forma de carotenoides. O betacaroteno e outros pos de carotenoides encontrados em
produtos à base de plantas precisam primeiro ser conver dos em re nol, a forma a va da vitamina A,
essa conversão ocorre no intes no delgado. Só o re nol é a forma a va, u lizada pelo organismo.
A deficiência grave de vitamina A, se for extrema, pode causar uma séria doença chamada xero almia, o
olho seco e inflamado. Que pode culminar com a perda da visão. Mas, isso acontece nos casos
extremos, em que a carência é muito grande.
Infelizmente, como já disse no capítulo 1 e 2, a medicina só considera uma deficiência vitamínica
quando ela é muito grave, desprezando e subes mando as deficiências menores, que embora menos
graves, terminam por gerar problemas de saúde e abrir as portas para várias doenças. Isso acontece
com todas as vitaminas, incluindo-se a vitamina C, a vitamina D, a vitamina B12 e a vitamina A.
A falta de vitamina A é um sério problema de saúde pública, em países do terceiro mundo, inclusive no
Brasil. Es ma-se que temos cerca de 43 milhões de crianças com déficit de vitamina A nestes países

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periféricos. A falta de vitamina é uma doença carencial, que surge principalmente em pessoas de baixo
nível socioeconômico, que se alimentam mal e vivem em condições sanitárias ruins.
Na verdade, precisamos ter uma quan dade ideal de vitamina A para que possamos ter uma boa saúde.
Ela é boa para a pele, para que fique bela e saudável, mas também é crucial para uma boa imunidade,
trabalhando em conjunto com a vitamina D. Na verdade, todas as vitaminas lipossolúveis trabalham em
conjunto, em funções comuns. Por este mo vo, não adianta suplementar somente uma delas, mas
trabalhar o conjunto, para que todas estejam em dia. Somente suplementar vitamina D não adianta! É
isso aliás que muitos pacientes fazem. É preciso que tenhamos vitamina E, vitamina K2 e vitamina A.
Os carotenoides são substâncias presentes nos vegetais, nas frutas e verduras. Eles são a vitamina A
ina va, que existe como uma pré vitamina. Eles são pigmentos, responsáveis pela cor da maioria dos
frutos e vegetais que você come, ou melhor, deve comer todos os dias. A cor dos carotenoides varia do
amarelo até o vermelho vivo. São conhecidos mais de 600 carotenoides, porém apenas 50 deles são
precursores da vitamina A.
Dentre os carotenoides, o mais conhecido, o que provavelmente você já ouviu falar é o betacaroteno.
Ele é o mais abundante nos alimentos vegetais e é o principal precursor da vitamina A. Quando é
absorvido pelo corpo, o betacaroteno precisa sofrer a ação de enzimas, que irão transformá-lo na forma
a va, o re nol, a que realmente funciona!
A vitamina A atua sobre as membranas mucosas, promovendo seu crescimento, manutenção e
desenvolvimento. Lembremos que as mucosas são muito importantes para a saúde como um todo,
principalmente quando estamos falando da mucosa gástrica e intes nal. Sabemos os problemas gerados
pela síndrome do intes no permeável, a leaky gut, na qual temos vazamentos na mucosa, que permitem
a entrada indiscriminada de tudo que não presta para dentro do sangue! A vitamina A vai contribuir
para a reversão desta síndrome.
Como conserta as mucosas, vai ser crucial para uma pele saudável, macia, elás ca, jovem. A vitamina A
é sem dúvida uma vitamina que ajuda a pele a se manter mais bonita e saudável, realizando este
trabalho em conjunto com a vitamina E e a vitamina D. As unhas e cabelos também dependem de boas
quan dades de vitamina A. Já falamos muito sobre o colágeno, esta proteína fundamental para nosso
corpo, que dá sustentação a ele e mantém a pele suave, macia e jovem. Para que possamos sinte zar
colágeno, precisamos de boas quan dades de vitamina A.
Vamos estudar agora em detalhes, os bene cios da vitamina A:
- Crucial para o bom funcionamento do olho, sendo imprescindível para a saúde de todo globo ocular.
Este bene cio é bem conhecido, você já sabia disso. O re nol vai ser parte fundamental do
funcionamento da re na, porque é um componente da molécula de rodopsina, uma das proteínas
presentes nos bastonetes, células muito delicadas da re na, que detectam a luz, responsáveis pela
visão.
A rodopsina é composta de uma parte proteica, a opsina e uma não proteica, que é um derivado da
vitamina A, o 11-cis re nal.

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Em outras palavras, a vitamina A é molécula fundamental para que você possa enxergar! Além disso, os
carotenoides agem como an oxidantes, protegendo a re na da ação de toxinas diversas, promovendo a
prevenção de uma doença grave, que acomete pessoas mais velhas, como a degeneração macular. Se
você não conhece a degeneração macular, saiba que ela é uma doença séria, que provoca a perda da
visão no centro do campo visual, a mácula, devido a danos provocados pela ação de toxinas que
circulam no sangue.
Um estudo publicado no Archives o ophthalmology evidenciou que pessoas com alto risco para a
degeneração macular, que tomavam vitamina A como suplemento, veram um risco 25% menor de
desenvolver a doença, durante um período de seis anos.
Age-Related Eye Disease Study Research Group. "A randomized, placebo-controlled, clinical trial of high-
dose supplementa on with vitamins C and E, beta carotene, and zinc for age-related macular
degenera on and vision loss: AREDS report no. 8." Archives of ophthalmology 119.10 (2001): 1417.

- Fundamental para a imunidade, atuando em conjunto com a vitamina D.


Uma pessoa em dia com a vitamina A vai ter muito menos doenças infecciosas. Em suma, para que as
células imunológicas funcionem bem, elas precisam de vitamina A. Outro fator importante, refere-se às
membranas das mucosas diversas, que estão em contato constante com bactérias e fungos. A vitamina
A é fundamental para que estas mucosas estejam firmes e protegidas da ação dos micróbios. É preciso
vitamina A para que a barreira da mucosa esteja intacta, como um muro de proteção, que inibe a
invasão dos micróbios. Ela é uma barreira de proteção contra os invasores. Quando existe falta de
vitamina A, esta barreira enfraquece e os micróbios invadem com mais facilidade. A vitamina A é
fundamental para a formação desta mucosa, sua maturação e sua integridade. Além disso, a vitamina A
es mula a secreção dos mucos protetores, tanto na mucosa respiratória, quanto na mucosa diges va.
Sabemos que este muco contém an corpos e promove a proteção imunológica contra micróbios. Isto é
válido também para a mucosa do trato urinário. Portanto gente, muitas pessoas estão com infecção
respiratório crônica por deficiência de vitamina A, muitas pessoas estão com infecção urinária crônica e
gastrite, por conta da falta desta vitamina. Então, se você quer ter mucosas saudáveis, com um intes no
funcionando bem, um estômago sem gastrite e uma saúde perfeita, tem que estar em dia com a
vitamina A. Para isso, nada melhor do que consumir as gorduras saudáveis, o óleo de coco, a manteiga
ghee e o azeite de oliva, em boas quan dades, todos os dias!
A vitamina A também é importante para os tecidos que fabricam os glóbulos brancos, como a medula
óssea.
Quan dades adequadas de re nol são necessárias para que a medula óssea produza boas quan dades
de células de defesa.
A vitamina A também desempenha um papel fundamental na a vação das células de defesa,
principalmente os macrófagos. Sem vitamina A suficiente, os macrófagos não crescem nem se
diferenciam adequadamente, e nem funcionam bem. Sabemos que os macrófagos são glóbulos brancos
de defesa, fundamentais para que o sistema imunológico funcione bem.

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A vitamina A es mula a função das células do sistema imunológico inato, em conjunto com a vitamina D.
Estas células são os macrófagos e os neutrófilos que respondem imediatamente à invasão de micróbios
realizando a fagocitose, (engolem o micróbio, destruindo-o); e também a vam as células T killers
naturais, que também destroem os invasores.
A verdade é que sem vitamina A suficiente, sua imunidade vai bem mal.
- Atua como um potente an -inflamatório natural. A vitamina A é um poderoso an -inflamatório, uma
função que a vitamina D também exerce. Isto acontece pelo seu poder an oxidante, ajudando a criar
um muro de proteção contra a atuação dos radicais livres. Quanto menos danos dos radicais livres,
menos inflamação.
Esta ação é bem interessante quando lidamos com inflamação crônica, presente em pessoas obesas e
com síndrome metabólica. A ação an -inflamatória da vitamina A, vai ter efeitos fantás cos sobre a
saúde, porque já sabemos que a inflamação crônica é a porta aberta para doenças como o câncer, a
diabetes, as doenças cardiovasculares e outras doenças degenera vas.

- Mantém a pele linda e brilhante: todas as vitaminas lipossolúveis são fundamentais para que sua pele
fique com saúde e seja muito bela. A vitamina A é tudo de bom para a saúde da pele, atuando em
conjunto com a vitamina E e a vitamina D.
Vai retardar a formação das rugas e previne as acnes. Um estudo feito no departamento de
dermatologia da faculdade de medicina da universidade de Michigan, descobriu que uma aplicação
tópica de re nol na pele, melhorou as linhas finas e as rugas, além de aumentar a capacidade da pele de
resis r as lesões.
Kafi, Reza, et al. "Improvement of naturally aged skin with vitamin a (re nol)." Archives of
dermatology 143.5 (2007): 606-612.
Pra camente todos os pacientes com problemas de pele vão se beneficiar com o uso de vitamina A.
A vitamina A atenua o envelhecimento da pele, ajudando você a ter uma pele mais jovem e bonita.
Segundo trabalho de revisão, a vitamina A age retardando envelhecimento e melhorando a saúde da
pele.
Hubbard, Bradley A., Jacob G. Unger, and Rod J. Rohrich. "Reversal of skin aging with topical
re noids." Plas c and reconstruc ve surgery 133.4 (2014): 481e-490e.

- Vitamina an câncer, em conjunto com a vitamina D.


De acordo com pesquisas cien ficas, o re nol tem propriedades de inibir o crescimento de tumores de
mama, próstata, pulmão e pele.
Em pesquisa de 2015 foi constatado que o câncer previne e trata o câncer, havendo uma relação inversa
entre desenvolvimento do câncer e o consumo de vitamina A. Em outras palavras, pacientes que
consomem pouca vitamina A, possuem maior risco de desenvolver câncer.

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Doldo, Elena, et al. "Vitamin A, cancer treatment and preven on: the new role of cellular re nol binding
proteins." BioMed research interna onal 2015 (2015).
Lembremos que a ação das vitaminas lipossolúveis é comum. Todas elas agem no que todas elas fazem.
Portanto atuam em conjunto. A vitamina A, a vitamina D, a vitamina E e a K2, agem sobre as células,
diminuindo o risco do desenvolvimento de câncer.
O ideal é consumirmos as boas gorduras, ricas nestas vitaminas, geralmente em todas elas em conjunto.
Esta é a melhor forma de suplementar vitaminas lipossolúveis, com exceção da K2 e da D, que
realmente precisamos suplementar na forma de cápsulas.
- Melhoram a saúde do osso, fortalecendo os ossos.
Quando pensamos em osso, logo vem na mente a vitamina D e o cálcio.
Mas saiba que a vitamina A também desempenha um papel crucial na saúde óssea, no crescimento
ósseo e na manutenção de um osso forte e resistente.
Baixos níveis de re nol no sangue estão associados com uma densidade óssea reduzida no fêmur,
segundo pesquisa cien fica. Nesta mesma pesquisa, foi constatado que um grupo de mulheres com
osteoporose possuíam níveis de re nol bem mais baixos.
Maggio, Dario, et al. "Low levels of carotenoids and re nol in involu onal osteoporosis." Bone 38.2
(2006): 244-248.

Vamos agora observar um resumo dos problemas que podem surgir pela deficiência em vitamina A:
- Xero almia (olho seco);
- Cegueira noturna;
- Baixa imunidade;
- pele sem brilho e envelhecida;
- mucosas frágeis;
- intes no permeável;
- maior chance de desenvolver degeneração macular;

SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA A
A vitamina A é uma vitamina lipossolúvel e como tal, não deve ser consumida em excesso. Ao contrário
das vitaminas hidrossolúveis, não podemos ingerir vitamina A demais, senão pode ocorrer intoxicação.
Isto é válido para todas as vitaminas lipossolúveis.

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Eu recomendo que a vitamina A seja ob da através da alimentação funcional, a par r de gorduras
saudáveis, como a manteiga ghee, o óleo de coco, o azeite de oliva extravirgem. Estes alimentos
possuem uma excelente quan dade de carotenoides. Além disso, temos outras fontes fantás cas, na
cenoura, no mir lo e nas verduras em geral.
Vamos observar as fontes:
1 batata-doce fornece mais de 20000 unidades da vitamina A.
1 cenoura fornece em torno de 20000 unidades desta preciosa vitamina.
A couve folha também tem muita vitamina A, em torno de 10000 unidades por porção.
Eu considero, a manteiga ghee, o óleo de coco e o azeite a melhor fonte de todas as vitaminas
lipossolúveis, inclusive a vitamina A. Consuma estas gorduras todos os dias, na dose de 2 a 3 colheres de
sopa do azeite de oliva, extravirgem; 2 colheres de sopa do óleo de coco e uma boa porção de manteiga
ghee.
Podemos também fazer a vitamina A na forma de palmitato, a pomada, para passar na pele, com
excelentes resultados. Não recomendo altas doses da vitamina A, porque é tóxica.

3.4 – VITAMINA D
Calcitriol (Vitamina D a vada)
Vamos agora começar o estudo de uma vitamina muito especial, que recentemente ganhou
popularidade, sendo a queridinha da mídia, a vitamina D.
Ela é um potente hormônio esteroide, que atuará no corpo de uma maneira fantás ca, op mizando a
função de todas as células.
As células renais produzem o calcitriol, a 1,25 hidroxivitamina D3 (1,25OHD), que é um hormônio,
responsável pela a vação de mais de 3000 genes, que regulam o organismo inteiro, além de atuarem
no metabolismo do cálcio, aumentando sua absorção e fixação nos ossos.
An gamente e ainda hoje, muitos médicos só conheciam a relação entre a vitamina D e o metabolismo
do cálcio.
Ainda hoje, muitos médicos desconhecem as diversas outras funções de um hormônio fantás co,
responsável pela manutenção do funcionamento orgânico em um nível ó mo.
O calcitriol é um hormônio importan ssimo para nosso organismo e sua falta, abre as portas para
várias doenças. Na verdade, a vitamina D exerce um papel crucial na prevenção de diversas patologias.
Tudo começa na exposição da pele ao sol. Os raios ultra-violeta, convertem o colesterol presente no
tecido subcutâneo em uma pré-vitamina, uma molécula que cai na corrente sanguínea de nome
colecalciferol, a vitamina D3.

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O 7-dehidrocolesterol está presente na pele, e recebe as irradiações dos raios ultra-violeta UB, que
promovem esta conversão. Quanto mais colesterol exis r, mais vitamina D produzida!
Na verdade, sem colesterol, não teremos colecalciferol. Em outras palavras, sem colesterol em boa
quan dade, o corpo não fabrica vitamina D. E ainda falam mal do colesterol!
Sem vitamina D suficiente, problemas a frente! Mais uma vez, constatamos o quanto o colesterol é
bom para a saúde, e, o quanto é mal compreendido pela medicina que insiste em rotulá-lo de vilão,
quando na verdade é um grande aliado da saúde!
Chegando ao gado, o colecalciferol sofre uma reação de hidroxilação, sendo conver do em
25,hidroxivitamina D (25OHD), chamado de calcidiol um pouco mais a vo.
Lembremos que o gado precisa estar limpo e com funcionamento ó mo para realizar esta conversão.
A diferença é de um radical hidroxila, em relação a outra molécula, o colecalciferol.
O calcidiol, este aqui, que também tem o nome de 25 hidroxivitamina D, é aquele que você dosa,
quando faz o exame de sangue! Esta molécula segue pela corrente sanguínea e vai ser absorvido pelo
tecido renal e por diversos outros tecidos, sendo conver do num dos mais poderosos hormônios, o
calcitriol. Observamos esta transformação ocorrendo no rim e em várias outras células do corpo.
Observem que a diferença entre uma e a outra molécula, está na incorporação de mais um radical
hidroxila. Temos um detalhe curioso: mesmo com esta pequena diferença, o calcitriol é cerca de 1000
vezes mais potente do que o calcidiol (25OHD)!

Vamos fazer uma metáfora! O calcidiol (25OHD) é o cartucho de munição, que fica em stand-by,
circulando pelo sangue, presente em todos os tecidos, esperando para entrar em ação. Quando a célula
converte o calcidiol em calcitriol, teremos a formação do hormônio a vo que age instantaneamente,
realizando diversas funções biológicas. O calcitriol é a “bala” certeira que a nge o alvo de forma rápida e
eficiente! Por este mo vo, o calcitriol existe em uma quan dade bem menor no sangue, sendo sinte zado
de forma precisa para ser usado no momento certo, em cada tecido. Mas, para que o calcitriol seja
produzido no momento certo e quando for necessário, é imprescindível que os níveis de calcidiol
(25OHD), estejam em ó mas concentrações. O calcitriol só é produzido a contento, se a matéria prima
exis r em boa quan dade!

O calcitriol é um dos maiores néctares que existem no corpo humano, fundamental para o equilíbrio e a
homeostase orgânica, a vando vários processos de síntese de várias moléculas, promovendo a harmonia
e a ordem dos processos fisiológicos. Ele age em pra camente todas as células do corpo, possuindo um
efeito muito mais amplo do que simplesmente absorver o cálcio e aumentar a sua fixação nos ossos. Ela
pode ser considerada um super-hormônio! Na realidade, esta vitamina foi classificada erroneamente
como vitamina! Ela é um hormônio, pela sua atuação como transmissora de informações bioquímicas,
para a realização de diversos processos fisiológicos no corpo.

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A atuação da Vitamina D3 é muito mais ampla do que simplesmente evitar o raqui smo ou prevenir a
osteoporose. No século passado os médicos não sabiam disso! Eles acreditavam que o calcitriol agia
apenas no metabolismo do cálcio, promovendo sua homeostase.

Hoje, a ciência comprova que não somente as células renais, são capazes de converter calcidiol em
calcitriol, mas todas as células do corpo. Quando necessitam do calcitriol, a célula capta o 25OHD
circulante, e o transforma na “bala” certeira, que promoverá uma ação biológica vital. Se não houver
25OHD suficiente, as células não conseguirão produzir calcitriol e surge uma disfunção celular. Daí, se o
problema não for resolvido e sem 25OHD suficiente, abrimos as portas para várias doenças, dentre elas os
distúrbios autoimunes, como o lúpus, a artrite reumatoide e a esclerose múl pla; diversos pos de
câncer, doenças cardiovasculares como hipertensão e infecções diversas.

Vários processos de síntese de moléculas importan ssimas para o corpo são realizados na presença de
calcitriol. O déficit neste hormônio acarreta vários problemas de saúde.

A indústria farmacêu ca sabe disso, e, evita de todas as formas que os médicos aprendam sobre a
vitamina D. Isso porque, se for feita uma suplementação na população em geral, teremos uma redução
significa va nos lucros da indústria!

Infelizmente, quando fazemos um teste aleatório e dosamos os níveis de 25OHD no sangue de um grupo
populacional qualquer, constatamos que 9 entre 10 pessoas possuem deficiência deste hormônio. A
vitamina D3 sérica está muito baixa. Isto se deve a vários mo vos, e, o principal deles, é a baixa exposição
aos raios de sol. A mídia, em conjunto com a indústria farmacêu ca, criaram uma falsa ideia de que o sol
faz mal à saúde, de que se expor ao sol predispõe ao câncer de pele! Isto criou uma “fobia solar”, que faz
as pessoas usarem roupas absurdas, que cobrem toda a extensão da pele, evitando a fabricação deste
hormônio tão importante para a saúde! No afã de evitar o câncer, este ato estúpido provoca mais câncer!
Inclusive de pele!

Já está comprovado, que a vitamina D3 evita vários pos de câncer, porque inibe a a vação dos chamados
oncogenes. Mas, a mídia insiste em fazer os falsos apelos de segurança, atrelados aos interesses sombrios
da indústria farmacêu ca, que sabe o quanto a vitamina D3 é importante para a saúde, e, o quanto sua
deficiência abre as portas para várias doenças, aumentando seus lucros. Os protetores solares absorvem
os raios UVB, bloqueando a síntese de colecalciferol na pele, em até 98%. É um absurdo! Com a
proliferação do uso dos protetores solares, temos uma mul dão de pessoas deficientes na vitamina D3, o
que é algo muito grave, um verdadeiro crime social.

Por este mo vo, es ma-se que, nos dias atuais, bilhões de pessoas estejam com deficiência de vitamina
D3. Por conta desta propaganda enganosa sobre o sol, a vitamina está em níveis baixos na maioria das
pessoas.

E existe outro agravante: a propaganda de difamação do colesterol, sobre a qual já falamos em vários
volumes de Psicomedicina, em especial no volume 4. O colesterol é a molécula mais incompreendida da

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medicina, um “mocinho”, erroneamente difamado como um vilão! Para que possamos produzir o
colecalciferol na pele, precisamos de colesterol em abundância. O colesterol é a matéria prima para a
fabricação de vários hormônios, inclusive a vitamina D. Com pouco colesterol, teremos pouca vitamina D
e com isso, a predisposição para várias doenças, que darão muito lucro para a indústria farmacêu ca. Por
este mo vo, ela jamais vai incen var que a vitamina D seja tomada como suplemento!

O leitor não se assuste, caso surjam “pesquisas” suspeitas minimizando a força de cura da suplementação
com vitamina D. É de se esperar, que com a popularidade desta vitamina, a indústria aja para denegri-la,
evitando que a maioria das pessoas façam uso do suplemento ou voltem a tomar sol sem protetor solar!
O autor não vai ficar surpreso quando surgirem pesquisas compradas, destruindo a boa reputação da
vitamina D. Precisamos tomar muito cuidado com isso!

E tem mais! Além de toda a propaganda do medo do sol, estamos diante do consumo das drogas que
abaixam o colesterol, como as esta nas, que prejudicam o organismo de várias formas e uma delas é pela
redução dos níveis de vitamina D3 no sangue. Temos então, mais um dado grave. Os cardiologistas
prescrevem estas drogas como quem medica um paciente com um an térmico! Eles estão “fazendo a
festa” da indústria farmacêu ca e prejudicando e muito a saúde das pessoas. Sabemos que a vitamina D é
importan ssima para a saúde cardiovascular, prevenindo o infarto e regulando a pressão arterial, através
da expressão ó ma do oxido nítrico. A vitamina D regula o sistema renina angiotensina aldosterona,
fazendo com que a pressão arterial seja automa camente regulada. Reduzir a vitamina D no sangue é a
pior a tude que podemos fazer e é isso que as esta nas fazem. O uso das esta nas, na intenção de
prevenir o infarto, criam condições para mais infartos. Com menos colesterol, teremos menos vitamina D
e com isso, menos proteção cardiovascular! Um absurdo!

Outro problema que faz com que a população tenha baixos níveis de vitamina D3, é a intoxicação crônica
do gado. Mesmo que a pele produza quan dades ideais de colecalciferol, lembremos que para se tornar
a vitamina 25OHD, o calcidiol, esta molécula precisa ser transformada no gado, receber um radical
hidroxila. Esta reação, muitas vezes não acontece como deveria!

O problema é que o gado da imensa maioria das pessoas está intoxicado. O acúmulo de toxinas impede
que o gado produza quan dades ó mas de 25OHD. Trabalhando com um potencial muito menor do que
o normal. O excesso de toxinas absorvidos pela alimentação moderna, aliados a um meio ambiente
poluído, exigem do gado um trabalho dobrado. O órgão fica sobrecarregado e não consegue produzir a
calcidiol suficiente, mesmo que a pele produza o colecalciferol em quan dades ó mas. Um dos fatores
para essa deficiência de síntese é falta da enzima necessária para a reação acontecer na proporção que
deveria! O problema das enzimas é outro agravante! A alimentação quase total de alimentos cozidos,
fritos, torrados e assados, destrói todas as enzimas con das nos alimentos. A falta quase completa de
alimentos crus na dieta, faz com que o organismo use muito as enzimas endógenas, convertendo as
enzimas metabólicas em enzimas diges vas, para dar conta do imenso trabalho de digestão de comida
cozinhada.

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Com isso, temos uma depleção das enzimas responsáveis pela conversão do colecalciferol produzido na
pele em 25OHD. Este conjunto de fatores explica o porquê de tanta gente estar com níveis baixos de D3.

Além disso, os traumas psíquicos, que geram a baixa autoes ma, e, que promovem um sen mento de
menos valia, também bloqueiam a síntese de 25OHD pelo gado. Sen mentos de auto depreciação e
culpa, criam qualia nega vo que age sobre o gado, bloqueando a síntese da vitamina, pela depleção
ainda maior da enzima envolvida com esta síntese.

Resumindo:

- Uso de protetor solar;

- Fobia do sol;

- Uso de esta nas;

- Alimentação tóxica e cozida;

- Fígado intoxicado;

- Psiquismo repleto de baixa autoes ma e fraqueza de personalidade;

Observem que temos um conjunto de fatores, que somados promovem uma concentração muito baixa de
vitamina D3, na maioria das pessoas. Este fato abre as portas para a eclosão de várias doenças, que
poderiam facilmente ser evitadas com a suplementação e com a desintoxicação do gado!

Podemos dosar tanto o calcidiol, que é a forma pouco a va, quanto o calcitriol, que é a forma mais a va.
Porém, o calcidiol, o 25OHD é o mais comumente medido em exames de ro na. Isto se deve ao fato de
que o calcitriol tem uma meia vida muito rápida, e sua presença ocorre apenas quando vai ser usado pelas
células. E com certeza, é mais importante medirmos a “munição” que temos, do que as “balas” que estão
sendo usadas! A dose de 25OHD, é medido em ng por ml. A faixa ideal deve estar entre 50 e 70 ng/dl.
Abaixo deste valor, podemos considerar que a pessoa está com deficiência da vitamina. Dentre as
doenças que podem surgir quando os níveis de D3 estão baixos, podemos citar:

- Osteopenia;

- Osteoporose;

- Enfraquecimento dos músculos;

- Câncer de colon e outros 17 pos de câncer;

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- Doenças autoimunes;

- Asma;

- Obesidade;

- Infecções em geral;

- Problemas cardiovasculares em geral;

- Esclerose múl pla;

- Hipertensão arterial;

- Diabetes po 1 e po 2.

3.5 – AÇÃO DO CALCITRIOL NO ORGANISMO


Após haver a conversão do calcidiol em calcitriol, este úl mo segue pela corrente sanguínea e vai realizar
seus efeitos fisiológicos em vários tecidos alvo. Hoje sabe-se que pra camente todas as células do corpo
também fazem esta conversão. Mas, os rins permanecem como um órgão produtor de boas quan dades de
calcitriol. O calcitriol chega aos tecidos e se liga a receptores de proteína específicos, em vários pos de
células. São os chamados receptores de vitamina D (RVD), que se localizam no núcleo das células-alvo. Quando
o calcitriol se liga ao RVD, ele promove a expressão gênica de transporte de proteínas, que aumentarão a
absorção de cálcio pelo intes no. A ação do RVD sobre o intes no, os ossos e a para reóide permitem que
níveis ó mos de cálcio sejam man dos no sangue, bem como nos ossos, mantendo-os fortes e endurecidos.
Pouca vitamina D pode resultar em osteopenia e osteoporose, bem como na possibilidade de fraturas ósseas
mais frequentes.

Com o avanço das pesquisas foi descoberto que a ação biológica da vitamina D vai muito além de regular o
cálcio no sangue e nos ossos! Os receptores da vitamina D estão presentes nos neurônios, nos miócitos
cardíacos, na pele, no ovário e no tes culo, na próstata, nas mamas, em suma, temos receptores para
vitamina D em todas as células do corpo humano! Este é um fato que era ignorado no século passado, pela
imensa maioria dos cien stas!

Hoje sabemos que o calcitriol é o grande organizador do funcionamento de todas as células do corpo. Para
funcionar bem, o organismo precisa de vitamina D em uma concentração ideal. Com pouca vitamina D,
teremos disfunções celulares, que podem gerar problemas muito graves.

Todas as células precisam de calcitriol para sinte zarem enzimas, proteínas, hormônios e realizar suas
funções a contento, na luta para a manutenção da individualidade biológica que se expressa na homeostase.
Por este mo vo, o calcitriol é um super hormônio, de importância ímpar dentro da medicina! Infelizmente, a
imensa maioria dos médicos ignora este fato!

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Em ar go de revisão recente, Pawel Pludowski e colaboradores, evidenciaram esta importância. No
estudo, foram avaliados os efeitos da vitamina D na saúde dos músculos e ossos, imunidade, coração,
câncer, fer lidade, gravidez e mortalidade geral. Neste estudo foi constatado que níveis adequados de
25OHD no sangue protegem o organismo de problemas como fraqueza muscular, quedas e fraturas;
doenças imunes, doenças cardíacas, diabetes mellitus dos dois pos; diversos pos de câncer; disfunções
cogni vas e doenças mentais, infer lidade e problemas na gravidez. Além disso, a deficiência e insuficiência
de vitamina D estão associadas a todas as causas de mortalidade (Pludowski P, et al. 2013).

Afinal, a vitamina D é o super hormônio da vida, que promove a função celular que visa a manutenção da
individualidade biológica, sobre a qual repousa a vitalidade. Um corpo só se mantém vivo se conseguir
manter a todo o momento, sua individualidade diante do meio ambiente, afirmando que é um eu
biológico, através da expressão da fisiologia. Mais adiante, entenderemos isso em detalhes, no estudo da
simbologia da vitamina D.

3.6 – AÇÕES NO SISTEMA IMUNE


A vitamina D atua com impacto sobre o funcionamento do sistema imune. A conversão do calcidiol em
calciferol é feita pelos macrófagos no momento em que surge a necessidade de reação, diante de uma
agressão microbiana. O calcitriol atua aqui como uma citocina, atacando os micróbios invasores,
desempenhando um papel fundamental na boa imunidade diante de bactérias e vírus. Com pouca
“munição” de 25OHD circulante, teremos uma baixa imunidade tecidual. Lembremos que o 25OHD
circulante é como uma “munição”, pronta para ser usada quando for necessário. Sem munição suficiente,
teremos disfunção celular, e, disfunção dos macrófagos significa imunidade deficiente. Portanto, pouca
vitamina D traz baixa imunidade. Lembremos que na verdade, a vitamina D é fundamental para o
funcionamento de qualquer célula do corpo, para que ela possa funcionar na sua máxima performance!

Ao contrário do que se pensava anteriormente, sabe-se hoje, que todas as células do corpo convertem
calcidiol em calcitriol. Mas, para isso acontecer, é necessário que exista “munição”, com estoques
adequados de calcidiol (25OHD) circulantes. Quando temos uma pessoa, com concentrações séricas de
25OHD menores que 20, estamos diante de alguém com sério risco de desenvolver várias doenças graves.
Em primeiro lugar, sua imunidade vai para o espaço! A pessoa facilmente fica doente, infectada por vírus
diversos, pega uma gripe em cada esquina! Fica vulnerável à dengue, à febre chikungunya e a outras
viroses. Com isso, temos o lucro da indústria, vendendo an térmicos e analgésicos aos milhões! Com
menos vitamina D, teremos uma maior necessidade do uso de an bió cos! Bingo! Mais dinheiro para a
indústria!

Por outro lado, o calcitriol regula o sistema imune, modulando sua a vidade, impedindo que aconteça
uma autoagressão sobre os tecidos do próprio corpo. Estudos demonstram que a deficiência de vitamina
D, abre as portas para doenças autoimunes, como a artrite reumatoide, o lúpus eritematoso, a diabetes

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mellitus po 1, a reoidite de Hashimoto, a psoríase e outras patologias (marques et al, 2010). Isto
acontece porque a Vitamina D organiza o sistema imunológico, tornando-o mais eficaz em sua ação de
gerar imunidade. Muitas pessoas acreditam erroneamente, que as doenças autoimunes representam uma
exacerbação do sistema imunológico. Como se ele es vesse a vo demais, ou agindo em excesso. Este
raciocínio é errado!

A doença autoimune acontece porque as células do sistema imunológico atacam e destroem os tecidos do
próprio corpo. Este fato não se deve ao fato do sistema imune estar forte demais, ou exagerado, mas sim,
desorganizado, incapaz de realizar a dis nção entre o que é, do que não é do self orgânico. Temos aqui uma
disfunção, uma desorganização e não um excesso ou um grau de “forte demais”.

A autoimunidade acontece apenas pela incapacidade de dis nção, quando as células reagem contra o
próprio corpo, destruindo as células de determinado órgão. A diabete po 1 é um exemplo disso. A
vitamina D atua promovendo a função normal das células do sistema imune, regulando a diferenciação e
a vação dos linfócitos CD4, o aumento do número e da função das células T reguladoras, promovendo a
diminuição da produção de citocinas, dentre outras ações que favorecem a função imune harmônica e
eficaz (marques et al, 2010). Com pouca 25OHD, teremos uma desorganização do sistema imune que
pode evoluir para um distúrbio autoimune! Vários autores demonstraram que a deficiência de vitamina D
aumenta a prevalência de doenças autoimunes como diabetes mellitus po 1, esclerose múl pla, artrite,
lúpus dentre outras (Cantorna MT et al, 2004).

A vitamina D era u lizada no passado, para tratar pacientes com tuberculose. Não foi à toa que os
médicos recomendavam aos pacientes com esta doença, que tomassem sol todos os dias! O sol agia
beneficamente, fazendo com que os pacientes melhorassem do quadro de magreza patológica e da tosse
com hemop se. Em estudo publicado no ano de 2007, por Adrian Mar neau e colaboradores, publicado
no American Journal of Respiratory and Cri cal Care Medicine, foi comprovado que uma única dose de
vitamina D aumenta a imunidade contra a bactéria da tuberculose (Mar neau AR, et al. 2007). Imaginem
o paciente tomando sol todos os dias numa casa de campo, locais em que os médicos do século passado
faziam casas de recuperação para essa doença!

3.7 – AÇÕES NO SISTEMA CARDIOVASCULAR


A vitamina do sol também age com força total sobre o tecido cardíaco e as células do sistema
cardiovascular. Elas possuem os receptores RVD em grande quan dade. A deficiência de vitamina D pode
ser um fator de risco a mais para o desenvolvimento das patologias cardíacas. Uma meta-análise que
incluiu 65994 par cipantes, dos quais mais de 6000 com doenças cardíacas, evidenciou que o risco
cardiovascular aumentou significa vamente nas pessoas com baixa concentração sérica de 25OHD, no
patamar menor que 24ng/ml. Este resultado revela o papel protetor da vitamina D sobre o sistema

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cardiovascular (Wang L et al, 2012). Isso acontece porque os receptores da vitamina D (RVD) se
distribuem nas células musculares lisas dos vasos sanguíneos, as células endoteliais e os miócitos
cardíacos. Para que estas células funcionem bem, com o máximo de sua performance, é necessário que
existam níveis ó mos de 25OHD circulando, para que estas células produzam o calcitriol que de forma
autócrina vai agir o mizando suas próprias funções. Quando há deficiência dos níveis de 25OHD no
sangue, teremos problemas. Começa a ocorrer disfunção nas células mais importantes do sistema
cardiovascular. Em outro trabalho publicado por Thomas Wang e colaboradores, os cien stas
evidenciaram que uma deficiência em vitamina D circulante, na forma de 25OHD é um fator de risco para
o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (Wang T et al. 2008).

Estudos comprovaram relações inversas entre os níveis de 25OHD no sangue e a pressão arterial. A vitamina
D age inibindo o sistema renina-angiotensina-aldosterona, uma cascata de efeitos bioquímicos que
aumentam a pressão arterial. Ela regula este sistema para que não atue em excesso. Níveis ó mos de
vitamina D auxiliam na manutenção da pressão arterial normal. Pessoas normotensas que possuem baixos
níveis de vitamina D apresentam níveis sanguíneos aumentados de angiotensina II, um potente
vasoconstrictor, que aumenta a pressão arterial (Forman PJ et al. 2010). Sabemos que quanto mais
angiotensina, mais hipertensão.

Um estudo feito na população negra dos Estados Unidos, comprovou que a vitamina D tem eficácia para
baixar a pressão arterial sistólica de forma significa va. Sabe-se que a raça negra é mais propícia a
desenvolver hipertensão arterial e tem níveis menores de 25OHD do que as pessoas de raça branca (Forman
PJ, et al.2013).

O papel da vitamina D é crucial para o bom funcionamento do sistema cardiovascular, porque ela atua
sobre as células endoteliais, para que realizem bem a chamada função endotelial. É o endotélio que
regula a pressão arterial, a coagulação e a vasodilatação e constrição. Um endotélio saudável é condição
básica para uma boa saúde cardiovascular e para que isso aconteça, é necessário que as células
endoteliais estejam no máximo de sua performance. A vitamina D é fundamental neste processo.

O endotélio vascular é responsável pela regeneração do vaso e a manutenção de sua integridade. Um


endotélio deteriorado abre as portas para a formação de placas de ateroma, que irão ocluir a passagem do
sangue e provocar infartos e AVC’s. Infelizmente a alimentação moderna, rica em conservantes e outros
produtos químicos, além do consumo dos óleos refinados repletos de gordura vegetal hidrogenada, agridem
as delicadas células endoteliais. Com o tempo, elas são danificadas o que provoca inflamação neste tecido. A
agressão crônica ao endotélio termina por destruir a parede do vaso que sofre rachaduras, que precisam ser
restauradas, caso contrário teremos vazamento de sangue. Forma-se então uma placa para evitar que isso
aconteça! É a placa de ateroma. Se nada for feito, a placa cresce e termina por ocluir o vaso!

A vitamina D em níveis ó mos, protege desta deterioração. Com mais vitamina D temos uma melhor
função endotelial e com isso, menos doenças cardíacas.

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3.8 – AÇÕES NEUROLÓGICAS
A vitamina solar é fundamental para o correto funcionamento do cérebro e de todo o sistema nervoso.
Apenas na úl ma década, os cien stas descobriram que a vitamina D é um neuroesteroide. Pesquisas
recentes evidenciaram que ela exerce um papel muito importante no cérebro, cujas células possuem
receptores do po RVD. A falta de vitamina D na forma de 25OHD, abre as portas para o surgimento de
doenças neurológicas e psiquiátricas. Foi descoberto que o cérebro é um grande conversor de 25OHD em
calcitriol, possuindo a enzima responsável para este processo, a 1alfahidroxilase.

E mais além! A vitamina D é fundamental para o crescimento e desenvolvimento do cérebro, e sua falta nos
primeiros meses de vida, pode gerar problemas graves como esquizofrenia e au smo.

A vitamina D também age como um potente neuroprotetor, amenizando os efeitos nega vos gerados
pelo estresse crônico. Uma boa quan dade de 25OHD promove um aumento da quan dade de
an oxidantes no cérebro.

A vitamina D também é fundamental para a prevenção de uma doença grave, a esclerose múl pla. A
deficiência de vitamina D abre as portas para o surgimento desta doença, que se manifesta com a
desmielinização do sistema nervoso. A esclerose múl pla é uma doença autoimune, na qual o sistema
imunológico destrói paula namente a bainha de mielina, a “capa” protetora dos nervos que conduzem os
impulsos nervosos. Esta destruição da bainha de mielina faz com que o sistema nervoso perca a
capacidade de comunicação, ou seja, os neurônios não conseguem mais trocar informações através dos
impulsos nervosos. Com isso, teremos sintomas sicos, mentais e até desordens psiquiátricas. Podemos
citar dentre eles, a visão dupla, cegueira de um único olho, fraqueza muscular severa, parestesias,
coordenação motora prejudicada, dificuldades com a fala e com a deglu ção, incon nência urinária,
dentre outros. A esclerose múl pla segue seu curso em crises de piora e períodos de melhora. Mas é
patologia terrível que piora com o tempo, promovendo uma incapacitação progressiva para o trabalho e
destruindo qualquer qualidade de vida.

A vitamina D exerce um papel fundamental nesta patologia, porque é um super hormônio primordial para
o bom funcionamento do sistema imunológico. A esclerose múl pla é uma doença degenera va que tem
sua origem numa perturbação profunda do sistema imunológico, que agride a bainha de mielina,
destruindo-a. Como qualquer patologia autoimune, resulta de uma desorganização severa das células
imunológicas que perdem a capacidade de discernir entre o que é do self orgânico e o que não é.

A Vitamina D é fundamental neste processo de dis nção, atuando para que o sistema imune possa ser
competente em atuar na defesa da integridade dos tecidos, sendo forte e ágil no combate às bactérias e
outros micróbios; e eficaz em dis nguir as proteínas que são do próprio corpo, para que não sejam
atacadas pelos glóbulos brancos. Quando há falta de 25OHD, teremos menos calcitriol e com isso, uma
maior facilidade para que aconteçam as doenças autoimunes, inclusive a esclerose múl pla.

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Um pesquisador brasileiro, o Dr. Cícero Gali, neurologista professor da Unifesp, u liza altas doses de
vitamina D para o tratamento da esclerose múl pla. Dr. Cícero tem conseguido resultados fantás cos,
com uma melhora significa va dos sintomas desta doença terrível, que pelo tratamento tradicional
alopata, condena os pacientes a um sofrimento atroz, sem esperança. O Dr. Cícero possui diversos casos
de melhora significa va da doença, através da suplementação com vitamina D em altas doses, seguida por
um protocolo alimentar, para evitar os efeitos colaterais das doses elevadas. Segundo o médico, o
tratamento se baseia num tripé: doses elevadas de vitamina D, dieta protocolar pobre em cálcio e 2 litros
e meio de água por dia.

Os resultados posi vos são incontáveis e podem ser vistos nas entrevistas de televisão de diversos
programas brasileiros, que estão acessíveis na internet. Como todo pioneiro, Dr. Cícero foi alvo de crí cas
dos alopatas, que reprovaram seu trabalho, com o argumento que era um “experimento não
comprovado”, ou ainda, “tratamento experimental”. O fato é que as pessoas melhoram muito dos
sintomas e até ficam livres deles totalmente, voltando a experimentar a felicidade de uma vida normal!
Dr. Cícero garante que com o tratamento bem realizado, com a dose de vitamina D adaptada para cada
paciente, a doença não é curada, mas o paciente fica livre dos sintomas em 95% dos casos. (Fonte
entrevista com Dr. Cícero Gali, no veja.com, 25 de junho de 2014).

Dr. Cícero Gali é um dos pioneiros da medicina que tem a coragem de mudar. Como todos os outros
pioneiros ao longo da história, sofrem crí cas e são renegados pelos colegas. O eminente médico brasileiro,
realizou uma grande descoberta, que re rou várias pessoas de um sofrimento atroz! Os médicos deveriam
abraçá-lo, homenageá-lo, mas ao contrário, o agridem com desconfiança. É sempre assim, principalmente
quando a medicina e os médicos são manipulados pela indústria da doença que enxerga nas descobertas
sobre a vitamina D, uma grave ameaça aos seus lucros sujos.

Indo mais além, a vitamina D atua melhorando o funcionamento cerebral. Modelos de experimento em
animais, confirmaram que o calcitriol atua aumentando o limiar para convulsão. Desta forma evita novos
episódios e diminui a severidade das convulsões, além de melhorar a ação dos agentes
an convulsionantes como o valproato e a fenitoína (Siegel A, 1984), (Borowicz KK, et al. 2007).

Pesquisas apontam que a vitamina D exerce um papel neuroprotetor sobre o sistema dopaminérgico. Ela
protege os neurônios produtores de dopamina na substância negra. Sabemos que o mal de Parkinson é
uma desordem motora, causada pela perda dos neurônios dopaminérgicos desta região do cérebro.
Várias inves gações cien ficas deram conta de que a deficiência de vitamina D aumenta o risco do
desenvolvimento do mal de Parkinson (Newmark HL, et al. 2007), (Knekt P, et al. 2010). Com estes dados,
observamos que uma doença tão séria como o Parkinson, pode ser evitada com a suplementação desta
vitamina. Infelizmente, os avanços e descobertas médicas que contrariam os interesses da indústria,
demoram muito para serem aceitos e colocados em prá ca de forma ostensiva. Os médicos são
subservientes à ciência comprome da com o capital financeiro e demoram a aceitar que métodos simples

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possam ter efeitos tão significa vos na saúde das pessoas. Vamos torcer para que no futuro próximo esta
realidade possa se modificar.

3.9 – VITAMINA D E O CÂNCER


A poderosa vitamina do sol é uma espécie de “vacina an câncer”. Quando uma pessoa consegue obter
um nível de 25OHD no sangue, entre 50 e 70ng/dl, estará plenamente “vacinado” contra esta doença
terrível e a possibilidade de vir a desenvolvê-la será significa vamente menor. A vitamina D atua sobre
todas as células do corpo ina vando os chamados oncogenes. Por este mo vo, a suplementação é tão
importante, principalmente nos países com pouca exposição ao sol.

Um estudo americano evidenciou o papel da vitamina D na prevenção do câncer. O estudo foi conduzido
por Cedric Garland e colaboradores e publicado no American Journal of Public Health em fevereiro de
2006. Eles observaram dados de outros 63 estudos, relacionando os níveis de vitamina D e o risco de
câncer, e constataram que existe uma relação entre níveis ó mos de vitamina D no sangue e um baixo
risco para o desenvolvimento do câncer. Além disso, o estudo demonstrou que a suplementação com
vitamina D pode reduzir a incidência desta doença a um baixo custo e sem qualquer efeito colateral
(Garland CF, et al. 2006).

Em outro trabalho cien fico publicado por Cedric Garland e colaboradores, foi evidenciado que níveis
altos de vitamina D no sangue circulante, na forma de 25OHD, são associados a uma substancial redução
nos casos de câncer de cólon, mama, ovário, rins, pâncreas, próstata e diversos outros casos de câncer
(Garland CF, et al. 2009). Segundo esta pesquisa, se a população man ver os níveis de 25OHD entre 40 e
60, cerca de 58mil novos casos de câncer de mama e cerca de 49mil novos casos de câncer colo-retal
serão evitados e isso somente nos EUA!

Em outro estudo conduzido por David Feldman e colaboradores, foi evidenciado o papel crucial da vitamina
D na prevenção de diversos pos de câncer (Feldman D, et al. 2014). Pacientes com deficiência de vitamina
D correm grave risco de contrair o câncer, um risco muito maior do que aqueles que possuem níveis altos de
25OHD.

O calcitriol é um potente inibidor do crescimento de tumores de mama, sendo fundamental para evitar a
eclosão da doença e de melhorar o prognós co das mulheres já diagnos cadas (Swami S, et al. 2003). É
absolutamente criminosa a negligência da classe médica neste sen do. Diante de tantas evidências, é muito
importante que os médicos estudem e se atualizem, para usar a suplementação e evitar que muitas mulheres
sofram desta doença terrível.

Outro trabalho cien fico realizado em 2011, por Aruna Krishnan e David Feldman, na Universidade de
Stanford, publicada no Annual Review of Pharmacology and Toxicology, esclarece os mecanismos de ação
da vitamina D, como agente an -inflamatório e como potente an neoplásico (Krishnan VA, 2011).

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Segundo esta pesquisa, o calcitriol está sendo validado em vários testes clínicos, como um potente agente
an -câncer! O calcitriol exerce múl plos efeitos an prolifera vos, pró-apoptó cos e pró-diferencia vos
em várias células malignas, retardando o crescimento tumoral em modelos de animais com câncer
(Krishnan VA, 2011). Além disso, suprime a angiogênese tumoral, a invasão tumoral e a metástase! Estas
ações do calcitriol são fundamentais para reverter um prognós co ruim de um paciente com câncer. E o
melhor, de forma barata, sem efeitos colaterais!

Já existem evidências mais do que suficientes, para que os médicos usem a suplementação de vitamina D em
larga escala, tanto para prevenir potenciais pacientes com câncer, quanto para auxiliar no tratamento desta
doença terrível, melhorando as chances de cura.

Na verdade, existem milhares de trabalhos cien ficos, realizados por pesquisadores sérios que atestam o
poder cura vo deste maravilhoso néctar que é o hormônio calcitriol. Mas, embora existam cada vez mais
evidências, os médicos insistem em negligenciar seu potencial. Todos os anos, milhões de pacientes
deixam de receber os bene cios de uma suplementação, apenas pela arrogância e ignorância dos
cien stas cé cos e radicais. A indústria está por trás deste boicote, tentando difamar o uso da vitamina D
e insinuar que as descobertas relacionadas com este super hormônio são “modismo”!

Pelo contrário! Precisamos suplementar cada vez mais a maioria das pessoas, porque a deficiência de
25OHD é gritante. De cada 10 pessoas, 9 estão com deficiência de vitamina D. Este fato é muito grave,
abrindo as portas para inúmeras doenças e aumentando os lucros da indústria! É por este mo vo que ela
não deseja que as pesquisas con nuem e que os médicos tomem consciência deste poderoso remédio
preven vo e cura vo. Afinal, a vitamina D é bioidên ca e não pode ser patenteada, não gerando lucros
para a indústria. Uma suplementação com vitamina D, da melhor qualidade, custa menos que 20 reais por
mês.

O caro leitor não se espante, se em breve, pesquisas compradas e manipuladas pela indústria, venham a
denegrir a vitamina D, subes mando seu potencial cura vo e preven vo e amedrontando as pessoas com
falsos efeitos colaterais da suplementação!

Reiteramos que a conscien zação dos bene cios fantás cos da suplementação da vitamina D, e as
descobertas do papel desta vitamina no funcionamento da fisiologia, são de longe, uma das maiores
descobertas da medicina. A molécula de colecalciferol, bem como seus derivados, o calcidiol e o calcitriol,
são uma condensação química das forças mais poderosas da Alma, potências luminares que se
materializam numa forma química. Vitamina D é presença da Alma no corpo. É luz espiritual condensada
na bioquímica, a contagiar todas as células de vitalidade e saúde!

A boa no cia é que a vitamina D sinté ca é bioidên ca, e, ela é apenas um precursor da molécula
realmente a va, o calcitriol. Ela é produzida pela irradiação com raios UV, do colesterol, existente em pele
de animais. O processo é idên co ao que acontece no organismo. Quando a vitamina D sinté ca é
absorvida pelo intes no, o organismo a reconhece como idên ca a original, e a converte em 25OHD, a

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poderosa munição que é usada quando necessário, por todas as células do corpo, para gerar ordem,
harmonia, homeostase e vitalidade celular!

3.10 – OS CUIDADOS NA SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D


A vitamina D é um hormônio fantás co, mas precisamos tomar cuidado na suplementação, para que não
seja feita em excesso, podendo haver um aumento na absorção do cálcio e sua deposição em lugares
errados. Como já sabemos, o cálcio é melhor absorvido sob a ação da vitamina D. Mas existe um detalhe
muito importante, que não pode ser negligenciado pelos médicos e precisa ser mais divulgado.

A vitamina D sozinha, não consegue realizar o metabolismo do cálcio a contento. Quando suplementamos
vitamina D, precisamos medir os níveis de 25OHD no sangue, para que não ultrapassem 70 ng/dl. A faixa
ideal deve estar entre 50 e 70. E a quan dade de vitamina D a ser suplementada, vai depender de cada
paciente. A prescrição necessita ser individualizada! Para uma pessoa, a dose de 5000 unidades por dia
pode ser pouco, para outros pode ser muito. A dose deve ser estritamente individualizada! O autor
advoga que de início, seja medida a 25OHD no sangue, e de acordo com o valor, se es ver baixo, deve-se
iniciar a suplementação de 5000 unidades por dia. Depois de um mês, faz-se a medida de 25OHD. Ela deve
estar nesta faixa, entre 50 e 70. Se es ver acima de 70, baixa-se a dose para 5000 unidades de 2 em 2
dias. Depois de 2 meses, observa-se onde se encontra o patamar de 25OHD.

A dose ideal deve ser ajustada para cada paciente. Em alguns casos pode-se tomar até 10.000 unidades
dia. Mas, o médico deve ficar observando o quanto o nível de 25OHD aumenta, e mantê-lo entre 50 e 70.

Sabemos que a vitamina D incrementa a quan dade de cálcio a ser absorvida, o que aumenta a quan dade
de cálcio no sangue. Porém, é necessário mais duas moléculas, para que o cálcio seja direcionado para o
lugar certo, ou seja, o osso! Quando fazemos a suplementação com vitamina D precisamos tomar ao mesmo
tempo a vitamina K2 e o magnésio. O magnésio é de extrema importância para o organismo humano.
Infelizmente, grande parte da população brasileira é deficiente neste mineral. Ele é fundamental para
contrabalançar o cálcio. É preciso que exista um equilíbrio entre o cálcio e o magnésio. Quando
suplementamos a vitamina D e não fazemos magnésio, teremos um aumento dos níveis do cálcio no sangue,
e podemos ter efeitos nega vos como arritmias cardíacas e espasmos musculares. Além disso, o cálcio pode
ser depositado em lugares errados, como as artérias e veias, enrijecendo-as. O cálcio também pode formar
pedras nos rins e se acumular nas ar culações promovendo o surgimento de artrite e artrose.

A vitamina K2 também é de suma importância. An gamente, os cien stas acreditavam que a vitamina K
era somente de um po, e, que estava relacionada apenas com a coagulação. Em 2007, descobriram que
existe um outro po de vitamina K, a K2, que age em outros processos metabólicos. A vitamina K2 é
fundamental para o metabolismo do cálcio, re rando-o dos locais inapropriados e direcionando-o para os
ossos. A vitamina k2 coloca o cálcio no lugar certo: no osso! Agora, neste momento, não desejamos
desencorajar o leitor a suplementar a vitamina D, muito pelo contrário!

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A suplementação com vitamina D é algo fundamental, principalmente para as pessoas com mais de 50
anos de idade. Mas, para ingerir vitamina D, é necessário fazer a suplementação com vitamina K2 e com
magnésio. A vitamina D não deve ser tomada sozinha! Quando fazemos a vitamina D, a vitamina K2 e o
magnésio, absorvemos três moléculas fantás cas para o bom funcionamento do corpo e evitamos
qualquer efeito colateral!

3.11 – VITAMINA E
Vamos estudar agora uma vitamina de suma importância para a saúde, principalmente para a pele e
o sistema nervoso, a vitamina E.
Agora, devemos lembrar algo muito importante, as vitaminas lipossolúveis, todas elas, agem em
conjunto, com várias funções em comum. Em outras palavras, elas atuam juntas, uma precisando
da outra. Por este mo vo, não adianta você ficar em dia apenas com uma delas. Não adianta você
tomar vitamina D, ficar em dia com ela, e acreditar que não precisa mais nada! O ideal é fazer uso
de todas, ficar em dia com todas as vitaminas lipossolúveis.
Uma delas é a vitamina E. Um poderoso an oxidante, especial, porque ele atravessa as barreiras
lipídicas e age em locais nos quais a vitamina C não consegue alcançar. Ela impede os danos gerados
pelos radicais livres, as chamadas espécies rea vas de oxigênio. A vitamina E age protegendo a
estrutura delicada da membrana celular, presente em todas as células que é o cérebro da célula.
Muitas doenças ocorrem por danos a membrana, a vitamina E protege disso.
Mas, os bene cios da vitamina E não param por aí. Ela é fundamental para que os órgãos todos
funcionem bem, é crucial para a a vidade de várias enzimas e determinante para o bom
funcionamento do sistema nervoso como um todo.
Antes de tudo ela é um poderoso an oxidante, tão importante quanto a vitamina C. Ela auxilia a
vitamina C em seu trabalho maravilhoso de desa var os radicais livres, e proteger as células de danos
oxida vos. Deve ser ingerida em conjunto com a vitamina C, porque ambas agem em sinergia, uma
potencializando o poder an oxidante da outra!
Talvez você não saiba, mas a vitamina E não é uma vitamina apenas! Mas sim um conjunto de 8
vitâmeros ou isômeros moleculares, parecidos entre si. Temos então 4 tocoferóis:
- Alfa tocoferol;
- Beta tocoferol;
- Gama tocoferol;
- Delta tocoferol.
e 4 tocotrienóis:
- Alfa tocotrienol;

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- Beta tocotrienol;
- Gama tocotrienol;
- Delta tocotrienol.
As moléculas são parecidas, mas possuem pequenas diferenças na posição de ligações específicas. Na
natureza, estas formas ocorrem em conjunto.
A vitamina E sinté ca é apenas alfa tocoferol, não possuindo qualquer tocotrienol. Por este mo vo é
muito fraca, não tendo o mesmo efeito da natural. Felizmente, temos suplementos que podem nos
dar muita vitamina E, como o óleo de abacate e o azeite de oliva.
Outra ação fantás ca da vitamina E é sobre a parede dos vasos sanguíneos. Ela atua promovendo a
regeneração desta parede, prevenindo infartos e avcs. Reverte assim, todo o processo de destruição
do vaso, algo que já comentamos sobre a doença cardiovascular, tanto no capítulo 1 quanto em todo
este livro.
Essa ação de regeneração celular é fundamental para a prevenção dos danos gerados por toxinas à
parede do endotélio vascular. E quanto mais protegido o endotélio, menos teremos probabilidade do
desenvolvimento de placas de ateroma que geram infartos e avcs.

Em pesquisa an ga, de cerca de 60 anos atrás, temos dados que sugerem a vitamina E como
preven vo de doença cardíaca.
Shute WE, Shute EV. Alpha Tocopherol (Vitamin E) in Cardiovascular Disease. Toronto, Ontario,
Canada: Ryerson Press, 1954.

A vitamina E é lipossolúvel, ou seja, é solúvel em gorduras. É um grupo de oito substâncias, sendo a


mais importante o alfa-tocoferol. Temos então vários vitâmeros da vitamina E. Infelizmente, quando
estamos diante da vitamina E sinté ca, temos apenas um deles, e não todos. Por este mo vo, ela não
funciona muito bem. Não adiante você ingerir a vitamina E sinté ca. É preciso suplementar com a
natural, presente em vários óleos especiais, como o azeite de oliva e o óleo de abacate.
A vitamina E com todos os seus vitâmeros, é par cularmente abundante no óleo de abacate e no óleo
de cártamo. Também encontramos a vitamina E no azeite de oliva, na manteiga ghee, no óleo de
coco, e sempre em todos os óleos do bem! Ela vai ser encontrada também nas verduras, cruas e
orgânicas. Tem vitamina E no alface, no espinafre, no couve, nos ovos, na manteiga, nas nozes e no
amendoim.

Você vai agora estudar os maravilhosos bene cios desta vitamina. Vamos começar pelo número 1.

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- Combate os chamados radicais livres, as espécies rea vas de oxigênio, ina vando as toxinas
diversas. Sabemos que toda toxina é um radical livre, atuando na destruição de tecidos e das
estruturas delicadas das células. A mitocôndria é uma das organelas que mais sofre com o ataque das
toxinas, que sempre atuam de forma quimicamente a va, como um oxidante. A vitamina E é
portanto, um poderoso agente an tóxico. Os danos causados pelos radicais livres, terminam por abrir
as portas para doenças degenera vas, como o câncer e as doenças cardíacas. A má no cia, é que
mesmo que você se alimente de tudo que é natural, seu corpo vai fabricar radicais livres, este é um
processo natural. Para combatê-los e inibir sua ação nefasta, devemos estar em dia com a vitamina E.
Esta poderosa vitamina ina va estes compostos do mal, retardando assim o envelhecimento e
prevenindo doenças sérias como o infarto e o câncer.
Singh, U., S. Devaraj, and I. Jialal. "Vitamin E, oxida ve stress, and inflamma on." Annu. Rev.
Nutr. 25 (2005): 151-174.

Vários vitâmeros desta preciosa vitamina, em especial o alfa-tocotrienol, o gama-tocotrienol e o


delta-tocotrienol, são muito eficazes no aumento da imunidade, agindo em sinergia com a vitamina A
e a vitamina D.
Esta pesquisa comprova que a vitamina E é um importante nutriente para a manutenção de um
sistema imunológico saudável, especialmente nas pessoas mais idosas. Moriguchi, Satoru, and
Mikako Muraga. "Vitamin E and immunity." (2000): 305-336.

- Melhora a saúde da pele, deixando-a mais jovem e bonita.


Ela fortalece a parede dos capilares sanguíneos, melhorando a microcirculação, promovendo mais
nutrição para a pele. Assim, melhora a elas cidade, a hidratação e a beleza da pele, agindo como
uma vitamina an -envelhecimento.
A vitamina E reduz a inflamação na pele, ajudando a mantê-la jovem e saudável.
Nachbar, F., and H. C. Kor ng. "The role of vitamin E in normal and damaged skin." Journal of
Molecular Medicine 73.1 (1995): 7-17.
Ela vai tratar a cicatriz, melhorando os quadros de acne e eczema, sendo uma das vitaminas mais
importantes para a conquista de uma pele saudável.

- Torna o cabelo mais espesso e cheio.

Como é um poderoso an oxidante, a vitamina E ajuda a diminuir o dano ambiental ao cabelo, que é
promovido pelas toxinas ingeridas e pela ação da poluição do ar. Ajuda também aumentando a
circulação para o couro cabeludo, aumentando assim a nutrição do cabelo, fato que vai fazer com que
cresça mais e fique mais brilhante e forte. A vitamina E vai melhorar a hidratação do cabelo e do

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couro cabeludo, podendo ser aplicado diretamente sobre o cabelo. A forma sinté ca pode ser usada
para este fim.

- Remédio natural para a pressão alta.


A vitamina E atua sobre uma das causas mais básicas da hipertensão, que é a obstrução da
microcirculação e a perda dos capilares. Quando temos um quadro de hipertensão, a microcirculação
está bloqueada, seja por estar fechada indevidamente, devido a uma vasoconstricção anormal, ou
por uma perda paula na dos capilares, que são aqueles vasos bem fininhos. A perda dos capilares é
chamada de rarefação capilar. Com ela, o tecido fica menos irrigado, ficando seco e pouco nutrido. A
par r desta falta de irrigação normal, o corpo reage, inteligentemente, promovendo o aumento da
pressão arterial, para forçar uma melhor circulação. O organismo age de forma inteligente,
aumentando a pressão para conseguir irrigar bem os tecidos que estão com a microcirculação
entupida e deficiente. A vitamina E vai agir promovendo um fortalecimento dos capilares
remanescentes e melhorando toda a irrigação do órgão.
- Remédio natural para problemas de circulação periférica.
Os pacientes que têm problemas de circulação vão se beneficiar com a suplementação de vitamina E,
porque esta vitamina atua melhorando a circulação venosa, através do fortalecimento da parede
venosa, a parede que reveste as veias. Com veias mais fortes, teremos uma melhor função venosa e
melhora destes quadros. Pacientes que estão em dia com vitamina E têm menos problemas de
circulação periférica. A vitamina E também inibe a agregação plaquetária e a formação de trombos
venosos.
A vitamina E também é efe va para tratar problemas de gangrena em membros inferiores,
principalmente em diabé cos. Este ar go bem an go de 1957, fala a este respeito. Tolgyes, Stephen,
and Evan Shute. "Alpha tocopherol in the management of small areas of gangrene." Canadian
Medical Associa on Journal 76.9 (1957): 730.
Em outra pesquisa an ga, de 1959, foi constatado que a vitamina E melhora os quadros de flebite
prevenindo a formação de trombos venosos:
Shute, Evan V. "Alpha Tocopherol in the Management of Chronic Phlebi s and the Post-Phlebi c
Syndrome." Canadian Medical Associa on Journal 80.3 (1959): 189.

- A vitamina E equilibra os hormônios no corpo. Ela desempenha um papel fundamental na


manutenção dos níveis perfeitos dos hormônios endócrinos e nos neurotransmissores cerebrais.
Com um equilíbrio melhor dos hormônios como um todo, vai ser mais fácil para você manter o peso
ideal, dormir bem, ter mais energia e melhorar a ansiedade e a fadiga.

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- Melhora os quadros de tensão pré menstrual.
Quando você toma um suplemento de vitamina E, dois ou três dias antes do período da menstruação,
as dores, cólicas e a ansiedade que surgem podem ser diminuídas. Se a mulher es ver em dia com a
vitamina E, asa dores, a severidade e a duração das cólicas menstruais vão ser reduzidas. Inclusive o
sangramento menstrual vai ser menor. A vitamina E a a grande harmonizadora dos hormônios,
fundamental para quem tem este problema de ciclo irregular e menstruação dolorosa. Ela vai ajudar
a regular o ciclo.

- Fundamental para a saúde dos olhos. Em conjunto com a vitamina A, a vitamina E é crucial para que
os olhos funcionem bem, e que você previna doenças como a degeneração macular, muito comum
com a idade. Se você es ver em dia com a vitamina E, vai ser mais di cil que você tenha uma doença
como a degeneração macular. Agora, para que ela seja eficiente neste sen do, precisa atuar em
conjunto com a vitamina A, os carotenoides, como a luteína e zeaxan na e a vitamina C. O zinco
também precisa estar em dia.
- Diminui a incidência de vários pos de demência, inclusive Alzheimer.
Pesquisas evidenciaram que a a vidade an -inflamatória dos tocotrienóis contribuem para proteger
o cérebro do Alzheimer. Nas pessoas que estão com Alzheimer moderado ou leve, a vitamina E atua
diminuindo a progressão da doença e evitam a perda da memória.
Tomada em conjunto com a vitamina C, a vitamina E ajuda a prevenir vários outros pos de
demência, segundo pesquisa. Dysken, Maurice W., et al. "Effect of vitamin E and meman ne on
func onal decline in Alzheimer disease: the TEAM-AD VA coopera ve randomized trial." Jama 311.1
(2014): 33-44.
A pesquisa estudou 613 pacientes com moderado ou severo quadro de Alzheimer, durante um
período de 5 anos. Eles tomaram 2000 unidades de alfa tocoferol por dia, e em comparação com o
placebo, veram uma melhora no declínio da evolução da doença.
Os achados deste trabalho, concluíram que o alfa tocoferol traz bene cios evidentes para pacientes
com leve a moderado quadro de doença de Alzheimer. A vitamina E retardou o declínio funcional
do paciente, diminuindo a necessidade de um maior trabalho dos cuidadores. Dysken, Maurice W.,
et al. "Effect of vitamin E and meman ne on func onal decline in Alzheimer disease: the TEAM-AD
VA coopera ve randomized trial." Jama 311.1 (2014): 33-44.

- Previne o câncer, com ação semelhante a vitamina D e a vitamina A.


Alguns isômeros da vitamina E, como os tocotrienóis, promovem uma proteção contra o câncer.
Estudos sugerem que eles atuam suprimindo o crescimento do tumor, da mesma forma que a
vitamina D e a vitamina A também fazem. Pesquisadores acreditam que esta ação se dá através do

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es mulo à morte da célula cancerosa, o desligamento de genes ligados ao câncer e a inibição da
angiogênesis, que é a formação de novos vasos ao redor dos tumores. Estudos em animais
demonstraram a proteção que a vitamina E dá, para tumores de mama, próstata, do gado e da
pele.

A melhor forma de ingerirmos a vitamina E é através da alimentação. A vitamina E sinté ca não é


boa. Por vários mo vos. Em primeiro lugar ela é fabricada a par r de soja transgênica e compostos
derivados do petróleo e não é exatamente igual à vitamina natural. A sinté ca é diferente, tendo
efeitos tóxicos já conhecidos. Não recomendo a suplementação com vitamina E sinté ca.
O ideal é uma alimentação com comida saudável, frutas e verduras ricas em vitamina E. temos uma
fruta que tem excelentes quan dades de vitamina E, com todos os 8 vitâmeros e não apenas um, o
alfa tocoferol. A vitamina E sinté ca é uma forma diferente de alfa tocoferol, e nada mais. E quando
você suplementa com esta forma sinté ca, ela inibe a absorção das outras.
Vou agora falar sobre uma fruta fantás ca, o abacate.
Ela é super low carb, pobre em carboidratos e rica em gorduras saudáveis. Estas gorduras carregam
vitamina E da melhor qualidade, rica em todos os tocotrienóis e tocoferóis. Você pode fazer receitas
deliciosas com o abacate, como o guacamole, muito fácil de fazer e muito nutri vo, lhe dando
vitamina E em abundância.
Vou falar sobre alguns alimentos ricos em vitamina E.
Em primeiro lugar os óleos saudáveis, vamos citar:
- O azeite de oliva extravirgem, consuma 2 a 3 colheres de sopa por dia ;
- O óleo de abacate;
- O óleo de coco;
- A manteiga ghee.

Todos estes óleos possuem uma porção generosa de vitamina E, fornecendo o complexo E
completo, com todos os vitâmeros.
- Semente de girassol, a campeã;
- Amêndoas;
- Avelãs;
- A manga, o abacate e o brócolis, o kiwi e o tomate.
Coloque estes alimentos em sua vida, toda semana, sem falta!

101
Devemos fazer uma combinação entre suplementos e óleos para conseguir ficar em dia com esta
preciosa vitamina!

As versões sinté cas não são boas, sendo melhor o uso dos óleos naturais e das comidas ricas na
vitamina, de preferência toda semana.
A dose de óleo de abacate é de 1 cápsula de 12 em 12 horas após o almoço e o jantar. O azeite de
oliva 2 a 3 colheres de sopa após comer. Divididas durante as refeições, podendo ser misturado na
comida. O óleo de coco, pode ser consumido 2 colheres de sopa por dia e a manteiga ghee, a
vontade.

Também podemos fazer o uso de tocotrienóis misturados, o nome é tocotrienol, um mix deles. Este
produto já existe no mercado, nas farmácias de manipulação. A dose é de 70 mg por capsula, duas
vezes ao dia após comer.
Podemos fazer também o uso tópico do tocotrienol.
A dose é de 0,5 a 2% em gel ou pomada, e pode chegar até 10%.
Existe também outro produto no mercado, o Tocotrimax, feito a par r do óleo de arroz, rico em
todos os tocotrienóis e tocoferóis, possuindo o complexo E completo. A dose de tocotrimax é de 150
mg, uma a duas vezes ao dia após o almoço. Se você já consome os óleos e os alimentos ricos em
vitamina E, consuma apenas uma cápsula.
Importante! Faça a dosagem da vitamina E no sangue para saber se não está tomando uma dose
excessiva ao começar o Tocotrimax!

3.12 – VITAMINA K1 E K2
Vitamina K2, a pedra preciosa entre as vitaminas

A K2 é uma vitamina especial, descoberta recentemente, que tem grande importância no metabolismo
do cálcio e é fundamental para a saúde do coração. Poucos conhecem o poder preven vo e cura vo
deste verdadeiro néctar da Natureza.
An gamente, os cien stas iden ficaram a vitamina K, e acreditavam que ela era uma só. Depois de
muitos anos, foi descoberto que existem vários pos de K, uma delas é a K2, que possui ação dis nta da
K original.
Após este esclarecimento, a vitamina K passou a ser chamada de K1. A vitamina K2 por sua vez, é, na
verdade, um conjunto de compostos que diferem entre si por detalhes de sua estrutura atômica, mas
possuem a mesma ação biológica.

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Dentre estes pos de K2, podemos citar o MK4 e o MK7, como principais. Eles possuem uma
estrutura semelhante à da vitamina K, porém apresentam uma cadeia carbônica mais longa.
Elas possuem um mesmo anel quinona, que pode ser observado do lado esquerdo de cada molécula,
mas diferem no tamanho e no grau de saturação da cauda de carbono. A MK7 tem a cauda mais longa
do que a MK4 e a K1. Tanto a MK4, quanto a MK7 possuem os mesmos efeitos, mas enquanto
suplementos, temos doses diferentes.
Atualmente, encontramos a vitamina K2 no mercado de suplementos, na forma de MK4 e MK7.
Ambas agem da mesma forma, só diferenciando as doses de cada uma delas.
An gamente, os cien stas pensavam que só exis a a vitamina K, que atua sobre a coagulação do
sangue, sendo um dos fatores de coagulação. Depois de vários estudos, foi descoberto que existem
várias moléculas semelhantes que realizavam outras funções, bem diversas e muito importantes.
A vitamina K2 atua for ficando os ossos, re rando o cálcio de locais inapropriados e reconduzindo-o
para o osso, para que ele deixe o osso mais duro e resistente.
Nesta tarefa de relocação do cálcio, re ra este mineral das artérias, válvulas cardíacas, ar culações e
de outros locais inapropriados como nos rins, para depositá-lo no osso e nos dentes.
O resultado é ossos mais fortes e firmes. E uma melhor saúde cardiovascular! Também teremos
dentes mais fortes e resistentes, menos propensos às cáries.
Não é por acaso a relação entre dentes mais facilmente cariados e doenças cardíacas. Pessoas que
têm pouca cárie, certamente possuem um bom metabolismo da K2.
O po de K2 que funciona melhor para realizar esta proeza com o cálcio é uma molécula de cadeia
carbônica longa, a MK7.
Ela pode ser encontrada numa soja fermentada muito apreciada no japão, o na o.
O na o é uma comida tradicional da culinária japonesa feita com uma espécie de soja fermentada
pela bactéria bacillus sub lis. Ela é muito apreciada pelos japoneses. Muitos japoneses comem na o
no café da manhã. Em alguns queijos, encontramos a MK8 e MK9, porém o processo de pasteurização
prejudica a molécula de K2. A melhor forma de suplementarmos é, sem dúvida, através do consumo
de na o ou de um suplemento de K2 feito a par r do na o.
A forma mais simples de suplementarmos a K2 é a MK7, que já pode ser encontrada na forma de
cápsulas. O suplemento que deve ser adquirido, precisa conter no rótulo, que a fonte é natural, e
“derivada de na o”. Em inglês deve ter escrito: “MK7 from na o”.
A vitamina K2 trabalha em conjunto com a vitamina D. Esta úl ma aumenta a absorção do cálcio no
intes no. A K2 vai conduzir este cálcio para o local certo, que é dentro dos ossos e dentes.
A K2 é a úl ma peça que faltava para que possamos resolver vários problemas de saúde, como a
osteoporose, de forma simples e segura.
A combinação de vitamina D, magnésio e K2, é eficaz na melhora do metabolismo do cálcio,
promovendo uma for ficação do osso acome do pela osteoporose.

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A K2 também é muito importante para a saúde cardiovascular, em conjunto com o magnésio, porque
ela re ra o cálcio em excesso, do sistema cardiovascular.
O cálcio é o elemento que promove a contração do músculo liso, da parede das artérias, regulando o
tônus do vaso. Se houver cálcio demais, podemos ter mais facilmente a hipertensão arterial, porque
haverá uma maior contração do músculo liso, com aumento da resistência vascular periférica. Muitos
quadros de hipertensão acontecem por este mo vo, pela falta de K2 e também Do magnésio, porque
ele diminui a ação contratora do cálcio.
Ao mesmo tempo, o cálcio em excesso, acumulado nos tecidos do coração, favorece a ocorrência de
arritmias cardíacas, de vários pos, tanto as mais leves, até as mais graves que produzem morte
súbita. Com a ação da K2, este cálcio excessivo vai ser re rado dos tecidos, e colocado nos ossos e
dentes.
Esta ação, faz da vitamina K2, um grande néctar para o sistema cardiovascular, e o grande regulador
do metabolismo do cálcio. O protocolo de tratamento para hipertensão precisa ter a K2, como
elemento fundamental para a sua cura.
O trio vitamina D3, magnésio e a K2 é capaz de fazer milagres, sendo um potente remédio preven vo
contra doenças do coração, e um medicamento cura vo para a hipertensão, as arritmias e a
osteoporose. É preciso que lembremos a importância de fazermos a suplementação de vitamina D3
em conjunto com o magnésio e a K2, para que a maior quan dade de cálcio assimilada, possa ser
depositada no local certo!
Na minha opinião, a suplementação de vitamina D pura, sem estes dois outros compostos, é
perigosa, podendo provocar hipertensão, arritmias cardíacas e outros problemas como pedra
nos rins e até dores ar culares por deposição do cálcio nas ar culações.

A melhor forma de termos K2 em boa quan dade é com o consumo de alimentos gordurosos. A
gordurofobia é um dos grandes empecilhos para que isso aconteça. A K2 está presente na manteiga
de boa qualidade, principalmente na ghee. Ela é abundante na manteiga feita com leite de vacas que
comem capim, em pastos livres. As manteigas industrializadas não contêm K2, porque as vacas são
alimentadas com ração.
Mas, além de comer K2 na ghee, você pode suplementar, a K2, na forma de MK7. A MK7 é a melhor,
porque sua vida média é longa, ficando mais tempo em ação no sangue, ao contrário da versão MK4.
Por este mo vo, quando você solicitar a K2 na farmácia de manipulação, confira se é MK7.
A dose é de 50 microgramas em cada cápsula, tomadas 2 vezes ao dia. Agora preste bem atenção.
Não é miligramas, é microgramas. Há uma grande diferença entre as duas dosagens.
A dose é de 50 MICROGRAMAS, após o almoço e após o jantar.

104
Chegamos ao fim do terceiro capítulo e terminamos o estudo das vitaminas. Compreendemos o quanto
é importante estar em dia com todas elas, para conquistar uma saúde incrível, reverter doenças e
prevenir várias outras.
Mas, as vitaminas não são tudo. Precisamos também dos minerais, estas moléculas fundamentais que
ajudam nosso corpo a funcionar melhor. Este é o assunto do próximo capítulo.

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CAPÍTULO 4 – MINERAIS E OUTROS NÉCTARES DA
NATUREZA CONTRIBUINDO PARA O BOM FUNCIONAMENTO
DA FISIOLOGIA HUMANA

A Natureza é a fonte da Vida. Como força inteligente e onipresente, doa amorosamente a força vital para
todos os seus filhos. É a Mãe Terra, também chamada de Gaia. Ela é um ser vivo e nós todos os seus
filhos. Quando falamos nós, estamos nos referindo a todos os seres vivos que habitam este planeta lindo.
A Terra é nossa mãe. Precisamos cuidar dela, como alguém cuida de uma mãe querida. Precisamos
respeitá-la, reverenciá-la, tratá-la com respeito, com carinho, com amor. Se fazemos isso, a Terra
responde, nutrindo nosso corpo com vitalidade e saúde. O amor da Mãe Terra é uma expressão do amor
de Deus, que cuida de cada criatura, dando todas as condições para que ela possa viver com saúde.

O mais grave problema do ser humano é a desconexão com a Mãe Terra. A total inconsciência do quanto
é importante nos integrarmos a ela. O ser humano destrói a natureza, matando os animais, devastando as
florestas, contaminando os ecossistemas com o lixo de sua ganância, alterando a gené ca dos vegetais e
criando um futuro sombrio. As doenças modernas são o fruto dessa forma doen a de relação com nossa
querida Mãe.

O ser humano se sente superior e com isso domina em vez de conviver. Destrói, quando deveria
preservar! Usa, quando deveria respeitar. Abusa de tudo quanto é recurso natural, levando o planeta
Terra à exaustão.

O segredo da saúde está em nos conectarmos com nosso querido planeta! Em primeiro lugar usando os
alimentos puros, sem alterações, integrais, que vêm do solo, como um presente de nossa Mãe. Estes
alimentos são ricos em minerais, em fito nutrientes, em compostos incríveis, que foram criados pela
Natureza para nutrir e curar o corpo humano. Neste capítulo da Suplementação Inteligente, vamos
estudar estas moléculas sagradas, que ao serem ingeridas, promovem saúde e bem-estar.

4.1 – OS MINERAIS
No capítulo 1 estudamos um pouco sobre nutrição e você pode perceber a importância dela para que
nosso organismo funcione bem. Você tomou consciência do fato de que precisamos suplementar, para
completar a quan dade de nutrientes que nossas células necessitam.
Você também estudou que as vitaminas se dividem em dois pos principais, as vitaminas hidrossolúveis
e as vitaminas lipossolúveis. As primeiras são solúveis em água e o segundo grupo é solúvel em
gorduras. Você entendeu um pouco da função das vitaminas e o quanto elas são importantes para que
os órgãos do corpo funcionem bem.
Agora vamos estudar os minerais, que são suplementos importan ssimos, que são fundamentais para
que o organismo funcione com toda a sua potencialidade. O corpo humano precisa de minerais na

106
quan dade certa, para fabricar enzimas, proteínas, moléculas diversas que são imprescindíveis para que
a fisiologia conquiste o que chamamos de homeostase.
A SUPLEMENTAÇÃO DOS MINERAIS PRECISA SER NA VERSÃO QUELADA
Antes de iniciarmos nosso estudo, precisamos falar sobre um detalhe. Quando fazemos a
suplementação com minerais, eles precisam ser quelados. O que significa isso?
Um mineral existe livre na forma de íons. Estes íons são instáveis, ou seja, precisam se ligar a outros
átomos ou compostos. Uma das formas dos íons estarem ligados a outras moléculas é através da
formação de quelatos.
O quelato é um composto químico, formado por um íon que se liga por várias ligações covalentes a um
agente quelante, que pode ser um aminoácido, um pep deo ou um polissacarídeo.
Este nome “quelante, vem da palavra grega “chele” que significa “garra” ou “pinça”.
Na verdade, os íons são aprisionados por estes compostos quelantes, e ficam como que sequestrados
por eles.
Na Natureza, temos várias funções importantes que são realizadas através da quelação. Uma delas é a
hemoglobina, uma proteína que “pinça” o ferro, mantendo-o preso à sua estrutura proteica, para que
ele transporte o oxigênio para os tecidos. A clorofila que é uma proteína vegetal, quela o magnésio, que
vai ser responsável pela absorção dos fótons de luz solar, nas plantas, através da fotossíntese.
A quelação é muito ú l também quando vamos desintoxicar o corpo. Metais pesados como o chumbo, o
mercúrio, o alumínio, podem ser quelados por compostos especiais, para assim serem eliminados do
corpo. Quando um composto é quelado, ele tanto é mais facilmente absorvido, quanto eliminado pelo
organismo.
Por este mo vo, quando nos alimentamos de frutas e verduras, temos os minerais já quelados, em sua
composição natural, porque afinal, a Natureza é sábia, ela já sabe que um mineral vai ser mais
facilmente absorvido se for quelado.
Quando você compra um mineral de A a Z numa farmácia, ele não é quelado e por este mo vo, não vai
ser absorvido no intes no, sendo eliminado nas fezes. É dinheiro jogado fora! Para que um mineral
entre realmente em sua corrente sanguínea, ele precisa ser quelado. Então, quando fazemos a
suplementação com magnésio, cromo, silício, zinco e outros minerais, precisamos solicitar que sejam
quelados. Um mineral quelado, vai ser mais facilmente absorvido no tubo intes nal, e ajudar o
organismo a funcionar melhor!

O que são minerais?


Os minerais são substâncias de origem inorgânica, que estruturam o organismo humano, compondo
tecidos duros como ossos e dentes, bem também fazem parte dos músculos, células sanguíneas e sistema

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nervoso. Realizam funções importan ssimas dentro do organismo, como a função osmó ca, o equilíbrio
ácido básico e o desencadeamento do impulso nervoso.

A vida humana não exis ria se não véssemos os minerais exatos, nas quan dades ideias em diversos
espaços do corpo humano.

Os minerais são necessários para a síntese de hormônios, proteínas complexas, enzimas fundamentais e
todo um arcabouço de moléculas que fazem o corpo funcionar.

Os minerais também regulam o ritmo cardíaco e funcionam como cofatores em várias reações
enzimá cas, das vias metabólicas. Os minerais são, portanto, fundamentais para o bom funcionamento do
corpo e muito mais, são vitais. Sem eles a vida simplesmente não exis ria!

O nome “mineral” é genérico e não descreve exatamente o que são estes elementos químicos. A
denominação vem do fato de vários destes compostos se unirem para formar corpos sólidos e cristalinos,
como o diamante, o ferro, o topázio e a apa ta. Podemos considerar como um mineral, desde elementos
químicos simples, em seu estado puro, ou sais simples. O cloreto de sódio é um sal mineral. Ele é
composto do sódio, um metal alcalino, e do cloro, um halógeno.

Os minerais compõem o planeta Terra, e da mesma forma, compõem o nosso corpo. Eles formam a base
material de todas as células do corpo humano, de todos os tecidos e órgãos. Eles são a nossa estrutura.
Por este mo vo, é de suma importância que o ser humano consuma alimentos ricos em minerais, e de
fácil absorção. Estamos falando de frutas e verduras, cruas e orgânicas.

Infelizmente, a deficiência de minerais é gritante. Isto se deve a vários fatores. Um deles é que o alimento
cozido, frito, assado ou que passe por qualquer po de exposição demorada ao calor, altera a composição
química natural dele. Os minerais se encontram em uma forma facilmente assimilável nas frutas e
verduras cruas. Nestes alimentos temos minerais quelados, naturalmente quelados. Quando as
submetemos ao fogo, alteramos a conformação química natural, e o mineral não consegue mais ser tão
facilmente assimilado.

Outro fato é o empobrecimento paula no dos solos, que são subme dos a uma agricultura de exploração
cruel, sem uma reposição posterior. Os solos estão depauperados, e os adubos u lizados encharcam a
terra de apenas alguns poucos minerais em detrimento de outros. Para que um ser vivo possa ter um
organismo forte e capaz de se defender da invasão de micróbios, ele necessita estar bem nutrido de todos
os minerais. Com as plantas temos o mesmo problema.

Um dos mo vos de termos tantas pragas que terminam por forçar o uso de agrotóxicos é a deficiência de
minerais. As plantas necessitam de nutrição adequada, e quando isto não acontece elas ficam doentes,
assim como os humanos.

Linus Pauling afirmou certa vez que “na origem de toda doença, todo distúrbio e todo mal, há uma
deficiência de minerais”.

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Dr. Gabriel Cousen, um médico norte americano, em seu livro in tulado “Nutrição Evolu va”, nos revela
uma solução para a melhoria do solo, a água do mar. Segundo Dr. Cousens, a “água do mar é a mais an ga
solução de água da Terra, e talvez a ideal fisiologicamente para remineralizar o solo.” Ele cita pesquisas
realizadas com água do mar para enriquecer o solo, revelando que as plantas crescem mais viçosas e com
mais resistência às pragas. As frutas plantadas em solos fer lizados com sólidos marinhos eram mais
saborosas. Os animais que comiam plantas cul vadas em solos enriquecidos com água do mar, cresciam
mais fortes e nham menos doenças. Segundo Dr. Cousens “um corpo altamente mineralizado é mais
resistente a doenças e ao envelhecimento”.

Na verdade, a maioria das plantas requer de 35 a 40 minerais. Os fer lizantes fornecem no máximo 6
minerais. A deficiência é gritante. Isto faz com que a grande maioria da população se alimente de comida
pobre em minerais, gerando uma deficiência crônica, que enfraquece o chamado terreno biológico. Com
isso, mais sensibilidade às infecções, mais doenças crônico-degenera vas, mais superlotação dos
hospitais. Por este mo vo, é primordial uma suplementação, para que estejamos em dia com os minerais
que necessitamos. Na suplementação resolvemos a equação, dando ao corpo o que não consegue ser
assimilado na alimentação normal.

Infelizmente, os minerais que existem nos suplementos vitamínicos de farmácia não são eficazes, porque
não são absorvidos pelo organismo. Além de estarem num formato não natural, isolados de outras
moléculas essenciais, são muito grandes, na dimensão do mícron. Neste tamanho, não são absorvidos
pela membrana celular, para atuarem no citoplasma e no núcleo. Isto se forem absorvidas, porque nestes
suplementos de farmácia comum, os minerais não são sequer absorvidos pelo intes no.

Quando uma pessoa ingere suplementos, do po “de A a Z”, suas fezes ficam vitaminadas!

Ela está literalmente “jogando dinheiro fora”. E caso absorvam os minerais do tamanho grande, mícron ou
maiores ainda, eles não entram na célula, se acumulando no sangue e nos tecidos, gerando vários
problemas.

Por este mo vo, os minerais precisam estar no tamanho angstron, ou seja, muito pequenos, menores que
o mícron, para que possam ser convenientemente metabolizados. As células precisam absorvê-los, usá-los
e eliminá-los.

Os minerais presentes nas frutas e verduras, cruas e orgânicas, estão ligados a outras moléculas, como
aminoácidos, para que sejam mais facilmente absorvidas no intes no delgado, eles estão quelados e são
muito mais absorvidos no intes no. Além disso, estão no tamanho angstron, o ideal para que possam ser
convenientemente metabolizados.

As enzimas metabólicas, para serem sinte zadas, necessitam de minerais no tamanho angstron, de cerca
de 80 deles. São mais de 6 mil enzimas, responsáveis pelos milhares de vias metabólicas que temos em
nosso organismo. O corpo humano só funciona pela ação das enzimas e para tê-las em boa quan dade,
precisamos estar em dia com os minerais. Observem a importância dos minerais para a saúde! Uma das

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causas reais de várias doenças que acometem milhões de pessoas nos dias atuais é a deficiência crônica
de enzimas, derivada da deficiência crônica de minerais no tamanho angstron. Por este mo vo, é de suma
importâncias inserirmos frutas e verduras em grande quan dade na nossa alimentação diária. As verduras
são ricas em minerais no tamanho angstron, mais facilmente absorvíveis pelo intes no.

Além de comer muitas frutas e verduras, eu vou revelar para você agora, uma solução extraordinária para
resolver o problema dos minerais: o sal marinho de melhor qualidade.

Todos os minerais estão disponíveis em boa quan dade no sal marinho, puro, sem qualquer po de
refino. O melhor deles é a “Flor de Sal”, produzida no Rio Grande do Norte e encontrada nas casas de
produtos naturais. A Flor de Sal é a fina camada de cristais de sal marinho, que se forma na cobertura das
salinas, na super cie da água do mar.

Para que seja formada, a Flor de Sal necessita de condições atmosféricas ideais, temperatura e radiação
solar elevada e um vento suave. Quando surgem estas condições, teremos os minúsculos cristais de sal,
que são colhidos artesanalmente. A colheita deste produto ímpar, cobiçado pelos chefs do mundo inteiro
pelo seu sabor espetacular, acontece por um processo artesanal, originalmente desenvolvido no sudoeste
da França, em Guérande.

A Flor de Sal é um néctar fabuloso, extraída da parte mais nobre da salina, que agrega 80% dos minerais,
na forma de oligoelementos, dentre eles o magnésio, o cálcio, zinco, iodo, potássio, cobre, dentre outros.

A diferença é brutal em relação ao sal refinado, que tem apenas cloreto de sódio. O sal refinado é um
veneno! A Flor de Sal é um néctar. Ao contrário do sal refinado que é adicionado à comida e vai à panela
ou forno, a Flor de Sal não deve ser subme da a altas temperaturas. Ela deve ser usada como tempero
final, para uma comida feita sem sal algum, dando um sabor fantás co ao alimento. Por ser muito
concentrada, deve-se colocar apenas uma pequena porção no alimento a ser ingerido. O consumo diário
de Flor de Sal provê o organismo dos minerais que ele precisa, combatendo de forma muito eficaz a
deficiência nutricional e dando ao corpo as condições para que ele possa fabricar todas as enzimas que
precisa.

Vamos agora estudar os minerais, começando com o magnésio.

4.2 – MAGNÉSIO
O magnésio é um metal alcalino terroso, de número atômico 12, de fundamental importância para a
saúde.

Ele é cofator para o funcionamento de centenas de enzimas, algo imprescindível para o bom
funcionamento de toda a fisiologia.

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O magnésio controla a excitabilidade das membranas plasmá cas, diminuindo a excitação, fazendo com
que se estabilizem. Quando temos pouco magnésio no corpo, as membranas se tornam hipersensíveis,
ocorrendo a eclosão mais fácil de arritmias cardíacas, convulsões e tetania muscular. Também teremos
hipertensão arterial pelo aumento da contração do músculo liso das artérias.

O corpo humano retém nos ossos o depósito de magnésio corporal, para disponibilizá-lo quando
necessário, e existe um detalhe que eu preciso contar a você. O magnésio funciona em conjunto com o
cálcio, equilibrando este úl mo, para harmonizar as funções vitais de vários órgãos. Caso falte magnésio,
teremos sérios problemas, inclusive a morte súbita por arritmias cardíacas. Como trabalham juntos, o
cálcio e o magnésio precisam ser consumidos em proporções iguais, caso contrário teremos desequilíbrio.

O nosso organismo é muito sábio, e compreende isto! Quando consumimos produtos que possuem mais
cálcio do que magnésio, as células rejeitam o cálcio, absorvendo menos. É o que acontece com o leite de
vaca. O corpo sabe que ao absorver cálcio sem magnésio, estará criando sérios problemas para seu
metabolismo. Este é aliás, um dos mais sérios problemas do consumo de leite. Temos cálcio sem
magnésio correspondente. A única forma de termos cálcio com magnésio junto é quando comemos
verduras, que são ricas em ambos.

Por este mo vo, os melhores alimentos que são fonte de cálcio, são aqueles que contêm quan dades
compa veis dos dois minerais. Com isso, estamos equilibrando o metabolismo como um todo.

Lembremos que temos deficiência de magnésio na maioria das pessoas, mas não temos deficiência de
cálcio, e sim desorganização deste mineral, que se concentra nos tecidos e fica faltando no osso. O
magnésio contribui para curar este desarranjo metabólico, em conjunto com a vitamina K2, o silício, as
vitaminas lipossolúveis e outros compostos.

A deficiência de magnésio provoca sintomas decorrentes da exacerbação do cálcio, como irritabilidade,


nervosismo, insônia, arritmias cardíacas, hipertensão arterial, taquicardia, tremores musculares, agitação,
tensão, convulsões, osteoporose e cálculos renais. Observemos que são todos sintomas relacionados ao
excesso de cálcio nos tecidos, sem o freio dado pelo magnésio.

Infelizmente, a maioria dos médicos não sabe disso. Quando observam o paciente com osteoporose,
imaginam que existe falta de cálcio no corpo, quando é o contrário! Temos sim excesso de cálcio, pela
deficiência de magnésio na alimentação. E o pior, o cálcio concentrado no lugar errado! Isto se deve ao
consumo exagerado de derivados do leite.

4.3 – MAGNÉSIO E A SAÚDE CARDIOVASCULAR


A necessidade de suplementos alimentares é gritante. Hoje, muito mais do que no passado, temos solos
empobrecidos, que geram frutas e verduras com muito menos nutrientes do que nos tempos de nossa
avó. No final do século 19, as lavouras produziam alimentos ricos em diversos minerais, vitaminas, e

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outras moléculas, nutrindo bem quem os consumia. Nos dias atuais, a terra está cansada, com lavouras de
monocultura, a terra é preparada apenas com fer lizantes, que não garantem a presença de minerais
importan ssimos que faltam na mesa, mesmo que ela esteja farta de alimentos. Os adubos químicos
repõem apenas o nitrogênio, o fósforo e o potássio (o famoso NPK). Nossos bisavôs se nutriam bem
melhor, com as frutas e verduras produzidas no passado. Além disso, existem minerais que sempre
exis ram em pouca quan dade em determinadas regiões do planeta. Estamos falando do magnésio.

Alguns países como o Brasil são pobres em magnésio e em águas magnesianas. Portanto, a grande maioria
do povo brasileiro é deficiente em magnésio, fato que causa muitos problemas de saúde. E para piorar o
quadro de carência magnesiana, não há reposição nos solos usados para a agricultura. O magnésio
eliminado pela urina vai para os mares e não retorna a terra.

O magnésio é um elemento importan ssimo para a saúde vascular. Estudos indicam que países como o
Japão, que são ricos em magnésio, tem índices irrisórios de infarto e problemas cardíacos. Por outro lado,
países pobres em magnésio como a Finlândia, apresentam altos índices de problemas cardiovasculares.

Diversos estudos cien ficos já comprovaram, que pessoas com baixo magnésio estão mais propensas a
desenvolver doenças cardíacas. Uma das causas básicas das arritmias cardíacas, em especial as extra-
sístoles benignas, é a carência de magnésio.

O magnésio é fundamental para que a fibra muscular cardíaca se contraia em harmonia. Muitos pacientes
se curam destas arritmias com a suplementação de magnésio. Ele também atua nos tônus vasculares,
relaxando os vasos, promovendo queda da pressão arterial.

Quando o magnésio está baixo, temos um aumento do estresse oxida vo, da inflamação endotelial, uma
perturbação da disfunção endotelial e um aumento na agregação plaquetária, fatores que são fomentadores
da ateromatose. Existe uma significa va correlação inversa entre os níveis de magnésio e doenças cardíacas.
Quanto menos magnésio dentro das células, mais infartos, AVC´s e hipertensão arterial.

O magnésio é o segundo mais abundante cá on intracelular. É fundamental para o bom funcionamento


do coração. Ele atua sobre o óxido nítrico, maximizando sua liberação, o que contribui para a regulação
do tônus vascular. Ele é bloqueador dos canais de cálcio, contribuindo para a vasodilatação, diminuindo a
resistência vascular. Seu efeito é hipotensor. O magnésio sozinho pode ser usado para a normalização da
hipertensão arterial.

Uma das causas do aumento significa vo do número de hipertensos é a deficiência de magnésio.

Com certeza, grande parte dos hipertensos podem reverter sua condição, apenas suplementando
magnésio e vitamina C. Infelizmente, a medicina ignora esta realidade, submetendo estas pessoas ao
consumo ininterrupto de drogas químicas para baixar ar ficialmente a pressão.

112
O magnésio é o grande “maestro” da orquestra bioquímica, controlando o metabolismo do cálcio, do
sódio e do potássio.

Ele re ra o cálcio de locais onde não deveria estar, como nos vasos, nos cálculos renais, nas ar culações,
e nas osteofitoses e o põe no local certo, o osso.

Para esta finalidade, trabalha em conjunto com a vitamina K2, o silício e as vitaminas lipossolúveis, para
que o cálcio possa se organizar, e ser direcionado para o osso.

O magnésio atua sobre o óxido nítrico, que já estudamos ser cardioprotetor, e também o grande agente
an aterogênico e inibidor da hipertensão arterial. Quanto mais óxido nítrico, mais saúde cardiovascular.

Haenni e colaboradores relataram os efeitos posi vos na suplementação de magnésio, com a


vasodilatação dependente do endotélio, após o uso deste mineral. (Haenni, A. 2002).

Outro estudo comprovou que a suplementação com magnésio conseguiu melhorar a função endotelial em
pacientes com doença coronariana. (Shechter M, 2000).

O magnésio promove a regulação da função do cálcio, impedindo que o cálcio possa excitar demais as
células e suas membranas. Sabemos que o cálcio é responsável pela contração muscular, inclusive a
contração do coração.

O magnésio faz oposição ao cálcio dentro do miócito cardíaco, reduzindo o limiar para a arritmia,
regulando a frequência cardíaca. Também é antagonista do cálcio nos músculos lisos dos vasos arteriais,
fazendo que possam relaxar mais facilmente, o que predispõe a pressão normal. Quando falta magnésio,
facilmente o organismo pode desenvolver arritmias e hipertensão.

E o pior: falta magnésio mesmo, na grande maioria das pessoas, e os médicos não reconhecem isso. O
lobby da indústria é muito grande, para impedir que uma molécula tão simples, barata e eficaz, possa ser
usada em larga escala, para prevenir e curar doenças tão graves.

O problema na detecção da deficiência de magnésio, é que o simples teste no sangue não diz nada sobre a
quan dade deste mineral no corpo. Porque o magnésio é uma molécula intracelular.

Na maioria das vezes, temos níveis normais no sangue e o paciente está depauperado de magnésio dentro
das células! Es ma-se que cerca de 99% de todo magnésio que existe no corpo, está dentro das células,
ocupando o interior do citoplasma. Os compar mentos do organismo possuem apenas 1% do magnésio
total. A quan dade de magnésio no sangue sempre se mantém constante, mesmo que exista uma
deficiência grave deste mineral.

COMO SUPLEMENTAR O MAGNÉSIO

A suplementação de magnésio é fundamental para que possamos ter saúde cardiovascular. Conforme já
explicamos, só com alimentos não conseguimos o magnésio necessário para que o corpo realize

113
plenamente suas funções. Lembremos que o magnésio é responsável por mais de 300 reações
metabólicas vitais!

Existem vários pos no mercado, e alguns já bastante conhecidos como o cloreto de magnésio. Esta
versão é pura, simples, não é quelada. Por este mo vo, sua absorção é muito pouca, mas mesmo assim,
ele ajuda bastante. É melhor suplementar com o cloreto de magnésio do que não tomar magnésio
nenhum.

Mas, antes de tudo, você precisa comer mais frutas e verduras, e todo os dias. É nelas que vamos
encontrar o magnésio mais bem estruturado, quelado e muito facilmente absorvível pelo intes no. Coma
um prato de salada grande, bem servido, com várias verduras variadas. Coma também frutas ricas em
magnésio.

Temos também as versões do magnésio quelado, ou seja, ligado a uma outra molécula que o sequestra,
para que possa ser mais facilmente absorvido pelo corpo. Uma delas, que eu mais gosto é o magnésio
dimalato, que é muito bom, já vem em cápsulas, o que facilita sua ingestão diária. A dose é de 1 cápsula
com 80 mg de magnésio, três vezes ao dia, após as refeições.

Existem outras versões que são igualmente eficazes, desde que sejam queladas, como por exemplo o
magnésio glicina, o magnésio treonato.

A suplementação com magnésio deve ser feita para sempre, todos os dias. Ele é um alimento fundamental
para que você conquiste uma super saúde. Com magnésio suficiente, você vai ter um sono mais
reparador, vai ter menos ansiedade, menos irritação, um melhor humor, um cérebro mais forte e
saudável, um coração mais forte e robusto, pressão melhor controlada e as arritmias amenizadas ou
superadas.

Agora, a eficácia da suplementação só vai ser sen da em toda a sua plenitude, a par r do 2º. Mês de
suplementação.

A suplementação de magnésio só se torna eficaz a par r do segundo ou terceiro mês, porque o corpo vai
paula namente repondo este precioso mineral dentro das células, de onde es ver mais precisando, até
que todo o organismo tenha seu estoque reposto. Isso leva tempo, não é do dia para a noite! O paciente
começa a ingerir o magnésio, mas só vai conseguir estar com seu nível ó mo, a par r do 3o. mês de
suplementação. Para o hipertenso o magnésio é fundamental, fazendo parte do nosso protocolo de
reversão da hipertensão.

O segundo mineral que vamos estudar é o cromo, que tem um foco especial sobre o metabolismo dos
carboidratos, sendo fundamental para os diabé cos.

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4.4 – CROMO
O cromo é um elemento químico de número atômico 24, sendo um metal, encontrado no grupo 6B da
tabela periódica. É um metal de transição extremamente resistente à corrosão.

É também um oligoelemento! Esta palavra oligo significa pequeno, pouco. Um oligoelemento é necessário
para o organismo em concentrações diminutas, porém imprescindíveis.

O cromo é fundamental para o metabolismo da glicose e dos carboidratos, sendo primordial para o
controle da diabetes mellitus.

Ele trabalha em conjunto com o zinco, melhorando e muito o metabolismo da glicose. O zinco coordena a
produção e expressão da insulina e o cromo melhora a sensibilidade periférica a este hormônio. O cromo
atua a vando moléculas que facilitam a ação da insulina nas células. Este é o possível mecanismo de ação
do cromo sobre o metabolismo da glicose.

O cromo Cr3+ é um cofator de uma substância chamada cromodulina, que es mula a cascata de
sinalização, induzida pela chegada da insulina e seu acoplamento ao receptor de membrana. Em palavras
mais simples. Você já sabe que a insulina é o hormônio que atua sobre as membranas das células,
promovendo a abertura do canal proteico que permite a glicose entrar no citoplasma.

Assim, a glicose sai da corrente sanguínea e seus níveis diminuem no sangue. O diabé co do po 2 tem
resistência à insulina. O que é isso? É uma dificuldade de a insulina agir, de abrir esta porta para que a
glicose entre.

O cromo é um mineral essencial para esse funcionamento da insulina, diminuindo a resistência à insulina.

A cromodulina aumenta a sensibilidade do receptor de insulina, fazendo com que ela atue mais
facilmente e a glicose entre mais rapidamente nas células (Hua, Y.,2012).

Este trabalho cien fico demonstra que o cromo atua em várias etapas das reações em cascata, que
ocorrem após o acoplamento da insulina ao receptor de membrana, facilitando e muito a entrada da
glicose na célula (Hua, Y.,2012).

Além de es mular a cascata de reações, a cromodulina se liga ao receptor de insulina, aumentando sua
sensibilidade ao hormônio!

Portanto, todos os pré-diabé cos e diabé cos do po 2 precisam suplementar o cromo.

Esta ação é a chave para a melhora e a possível cura da diabetes mellitus do po 2, aquela que acontece
devido à resistência maior à insulina.

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Uma fonte muito rica em cromo é a levedura de cerveja, possuindo grande quan dade deste mineral.
Outros alimentos ricos em cromo são os vegetais e frutas como a uva e a laranja. O cravo da índia, a aveia,
a linhaça e a chia são boas fontes. O espinafre, o brócolis, o alho e o tomate também são excelentes
fontes de cromo. A batata-doce possui excelente quan dade de cromo, uma unidade já possui 36 mcg do
precioso mineral. Uma maçã possui cerca de 35 mcg de cromo.

A vitamina C melhora a absorção do cromo, devendo ser tomada quando comemos alimentos ricos neste
mineral. Observem o quanto comer alimentos naturais é imprescindível para uma boa saúde.

O cromo melhora e muito o metabolismo da glicose, cortando o círculo vicioso do aumento de insulina,
provocado pela resistência periférica à insulina. Quando a insulina age com mais facilidade, o pâncreas
produz menos insulina, e com menos insulina temos emagrecimento. Por este mo vo, temos no cromo
uma das chaves para o emagrecimento saudável e para a melhora do diabetes do po 2.

Estamos falando e vamos comprovar.

A suplementação de cromo melhorou os níveis de glicose e insulina, evidenciados por trabalho cien fico
realizado nos Estados Unidos (Anderson R. A, 1997).

O cromo também atua sobre a obesidade, diminuindo a fome e promovendo a perda de peso.

Um estudo cien fico, realizado pelo The Biomedical Research Center, da Universidade da Louisiana,
comprovaram que a suplementação com cromo, melhorou a fissura por carboidratos e diminuiu o
consumo de alimentos em geral. Na experiência, 42 mulheres obesas foram acompanhadas por 8
semanas, suplementadas com cromo e veram uma pequena perda de peso e uma diminuição da fome
em geral (Anton, Stephen D. et al., 2008).

O cromo é o mineral da diabetes. Quando ele falta, temos as portas abertas para essa doença. Afinal ele é
um mineral chave para o funcionamento perfeito da insulina. Quando a pessoa come açúcar demais,
carboidratos em excesso, algo que é comum para a maioria das pessoas, há uma perda excessiva do
cromo, e surge a deficiência. A deficiência faz a pessoa ter mais fome e ajuda a criar a resistência à
insulina, abrindo as portas para a obesidade, a síndrome metabólica e a diabetes do po 2.

COMO SUPLEMENTAR O CROMO

Você pode comer os alimentos ricos em cromo, nas saladas, frutas e a levedura de cerveja. Tudo isso vai
lhe ajudar bastante. Mas é fundamental fazermos a suplementação para garan r que você esteja em dia
com este mineral. A dose do cromo é diminuta, registrada em microgramas. Uma micrograma é 1000
vezes menor que uma grama. O bom cromo é o cromo quelato, na forma do picolinato de cromo. Na
internet já existe para vender, na dose correta. Mas, você pode mandar manipular nas farmácias de
manipulação, do cromo quelato na dose de 200 microgramas de picolinato de cromo ao dia.

116
4.5 – SILÍCIO
O silício é o elemento químico de número atômico 14, cujo nome vem do la m “silex” e significa “pedra
dura”.

Aparece no granito, no quartzo, na areia, sendo o segundo mineral mais abundante da crosta terrestre. É
um semicondutor, parte fundamental dos componentes eletrônicos, como transistores e chips. Por este
mo vo, existe uma região da Califórnia que é denominada de “vale do silício”, por abrigar várias empresas
produtoras de circuitos eletrônicos.

O silício é um oligoelemento, necessário em pequenas quan dades em nosso corpo. Vários alimentos
contêm silício, como a beterraba, a maçã, o feijão, as sementes de linhaça e gergelim, o espinafre, a
cebola, a romã, dentre outros.

Não é di cil obtermos silício em boa quan dade para o mizar a saúde do corpo, mas lembremos que os
minerais quando são subme dos ao fogo, perdem sua bioiden dade, e perdem sua configuração
molecular original e já não são mais facilmente absorvidos no trato intes nal. Como já dissemos
anteriormente, o segredo para que possamos ter todos os minerais em níveis ó mos para nossa saúde, é
ingerindo comida crua, viva, orgânica, sem qualquer po de cozimento ou processo industrial. Desta
forma, teremos todos os minerais compostos em formas totalmente absorvíveis, no tamanho angstron, e
totalmente bioidên cos. Isto é válido para o silício.

O silício é o mineral da beleza, trazendo brilho, maciez e resistência à pele, aos cabelos e às unhas.

Isto porque ele é fundamental para uma boa formação de tecido conjun vo, com a síntese de colágeno
flexível, com uma suavidade ideal. Contribui também para a síntese da elas na, outra proteína
importante do tecido conjun vo. A presença do silício no tecido conjun vo permite que ele possa fixar a
umidade, fazendo com que as juntas e tendões sejam bem flexíveis e elás cos. A elas cidade, maciez,
brilho e beleza da pele se devem ao silício.

Muitas pessoas fazem uso de suplementos de colágeno, que não funcionam. Mas, o silício realmente
aumenta o colágeno, rejuvenescendo de verdade.

Por conta de sua contribuição na síntese do colágeno e da elas na, o silício é fundamental para melhorar
a cicatrização das feridas. Seu uso ajuda numa mais rápida reparação tecidual.

O silício é mais um mineral que controla e organiza o metabolismo do cálcio.

Ele atua em conjunto com a vitamina K2, o magnésio e as vitaminas lipossolúveis. Quanto mais silício
temos, menos vamos ter uma impregnação de cálcio no lugar errado.

O silício atua nas ar culações, regulando a fixação do cálcio, para que não seja excessiva, trazendo
flexibilidade e elas cidade ao corpo. Quanto mais silício temos, mais flexíveis somos. O silício se

117
contrapõe ao cálcio, regulando a dureza e rigidez que este úl mo traz. Ele precisa estar em equilíbrio com
o cálcio.

O cálcio é o mineral da firmeza, da força, da solidez, que dá sustentação e estrutura ao corpo. O silício é o
mineral da flexibilidade, da suavidade, da elas cidade que equilibra o cálcio. Por este mo vo, precisamos
de silício para que o cálcio não se exacerbe nos tecidos, formando calcificações indesejáveis. Quanto mais
silício nos tecidos, mais estaremos protegidos da rigidez excessiva. O silício e o cálcio precisam estar
equilibrados numa balança perfeita. Porém, na juventude o silício ainda é mais concentrado que o cálcio.

O silício precisa estar numa proporção maior do que o cálcio.

Quanto maior esta proporção, mais jovem seremos. Uma criança possui grande quan dade de silício que
vai se perdendo com o passar dos anos. O silício é o mineral da jovialidade, diminuindo com a chegada da
idade, algo que faz com que os mais velhos tenham ar culações rígidas, que cursam com dores; e artérias
endurecidas e enrijecidas, e uma maior facilidade de quebrar os ossos.

É incrível que o silício flexibilize os tecidos moles, e ajude o osso a ser mais duro. O silício contribui para a
manutenção de ossos mais saudáveis, aumentando a a vidade osteoblás ca. Estudos comprovaram que a
suplementação com silício, diminuiu o número de osteoclastos (células que destroem o osso), prevenindo
a reabsorção óssea, com o consequente enfraquecimento do osso. Daí sua importância para quem tem
osteopenia e osteoporose.

O silício também é fundamental para a saúde das artérias.

Sua presença em boa quan dade no tecido da parede arterial, promove a síntese de colágeno do po 1,
elás co, que dá a artéria a flexibilidade que precisa. Quanto mais flexíveis as artérias, mais saúde
cardiovascular. Além disso, sabemos a importância do colágeno para a firmeza da parede arterial, sua
integridade. O silício atua prevenindo a ruptura desta parede, mantendo sempre o colágeno firme e
resistente, porém flexível.

Junto com a vitamina C, protege o vaso arterial de se fragilizar, evitando a formação da placa de ateroma.
Nos casos em que já existe doença ateromatosa, com placas de gordura obstruindo a artéria, ele atua
junto com a vitamina C para reverter o processo.

A presença do silício impede que o cálcio se deposite na parede arterial, formando cristalizações que
terminam por enrijecê-la ainda mais. Por este mo vo, as pessoas mais velhas que pioram a relação silício-
cálcio, com predominância deste úl mo, terminam por ter mais facilmente hipertensão arterial e doença
ateromatosa.

O silício, o magnésio e a vitamina K2 são elementos primordiais para que o cálcio seja direcionado para o
osso e saia dos tecidos moles, onde pode provocar vários problemas.

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Sabemos que a supremacia do cálcio nos tecidos e seu depósito indevido é próprio da idade avançada.
Quanto mais silício, mais jovialidade teremos, com menos cálcio, mais flexibilidade e elas cidade do
corpo. O silício é sem dúvida um potente mineral an aging.

O silício também contribui para a saúde do cérebro. Ele se liga ao alumínio, eliminando este metal do
tecido cerebral, contribuindo para melhorar quadros demenciais provocados por ele. A suplementação
com silício tem demonstrado ser eficaz para reduzir em até 70% o acúmulo de alumínio no tecido
cerebral.

O silício também é fundamental para a a vidade neuronal. Ele a va as conexões sináp cas, permi ndo
uma melhor descarga da a vidade elétrica no cérebro, incrementando a comunicação entre os neurônios.
Com isso, teremos sinapses mais a vas, com um aumento da memória, da cognição e do pensamento. O
funcionamento do cérebro depende muito das ligações sináp cas. Quanto mais elas es verem a vas e
competentes, melhor será a a vidade cerebral. Por este mo vo, quanto mais silício vermos no tecido
cerebral, melhor será o funcionamento geral do cérebro, com um avanço da neuroplas cidade, algo
fundamental para uma mente aberta, leve e flexível. O aprendizado tem relação com a neuroplas cidade.
Quanto mais neuroplas cidade, mais teremos capacidade de aprender coisas novas, e teremos o cérebro
sempre rejuvenescido.

Os pacientes com depressão e ansiedade também vão se beneficiar com a neuroplas cidade. Por este
mo vo, o silício faz parte do protocolo que criei para a depressão.

Além de todos estes bene cios, o silício também atua no sistema imunológico, sendo crucial para a
síntese de an corpos, as proteínas que combaterão micróbios e moléculas estranhas. Não é por acaso,
que o sistema linfá co contém 45% de todo o silício do corpo. A deficiência de silício provoca uma baixa
de imunidade.

O silício é muito importante para a correta regeneração dos tecidos no processo de anabolismo do tecido
conjun vo. É uma das moléculas fundamentais para a formação do colágeno, uma das proteínas mais
importantes de todo o corpo, que compõe o SRE e os tecidos conjun vos, dando firmeza e estrutura aos
órgãos. A boa formação do colágeno é um dos anabolismos mais importantes do corpo humano, algo que
precisa sempre estar acontecendo com eficácia.

Com pouco colágeno, teremos vasos arteriais fracos mais suscep veis à formação das placas de ateroma
que geram infartos do miocárdio. O bom colágeno é um dos segredos para a prevenção das doenças
cardíacas. O colágeno também é fundamental para a boa elas cidade da pele, promovendo beleza e
brilho para os cabelos e unhas. O silício entra neste me de “construtores do colágeno”, compostos pela
vitamina C, o cobre e o zinco.

Sabemos que o corpo precisa se regenerar constantemente. Boas quan dades de silício são a garan a de
saúde e longevidade. Infelizmente, muitas pessoas fazem a suplementação com colágeno, algo totalmente
ineficaz. O colágeno é uma proteína, e ao ser ingerida será totalmente destruída pela ação da pepsina do

119
estômago. A biodisponibilidade de um colágeno comprado em farmácia é zero! Portanto, devemos sim,
es mular a síntese do colágeno, através da suplementação com silício.

O silício também atua sobre o metabolismo do cálcio, equilibrando este úl mo nos tecidos. Compõe o
“ me” de moléculas que equilibra o metabolismo do cálcio, composta pela vitamina K2, o magnésio, o
boro e a vitamina D.

O silício melhora o metabolismo do cérebro, es mulando as novas ligações sináp cas, aumentando a
neuroplas cidade. Promove a limpeza do cérebro, ajudando a re rar os acúmulos de alumínio do tecido
neuronal.

COMO SUPLEMENTAR O SILÍCIO

O Melhor silício para ser suplementado é o silício orgânico. Esta é a forma natural do silício, ligado a um
complexo de moléculas, mais facilmente absorvível e mais biologicamente a vo. Ou seja, ele vai funcionar
melhor no seu corpo.

Uma das formas de suplementar o silício é tomar o chá de cavalinha. Este chá tem boas quan dades do
silício natural, orgânico. O nome cien fico da cavalinha é equisetum arvensi, e pode ser encontrado
facilmente em lojas que vendem ervas medicinais ou em raizeiros. Já existem suplementos nos EUA, que
usam esta planta como fonte de silício.

Eu recomendo o consumo do silício orgânico que pode ser facilmente conseguido nas farmácias de
manipulação brasileiras. A dose é de 100 a 150 mg por dia, após o almoço. Agora, você pode conseguir o
silício orgânico pelo Site IHERB.com ou pelo site do mercado livre.

O nome do suplemento é “silica complex”, ou simplesmente “silica”. A dose de silício é em torno de 150
mg ao dia. Uma boa fonte de silício é a alga vermelha. No site IHERB existe um suplemento de silica, de
origem a par r de algas vermelhas (red algae).

4.6 – BORO

Boro é um elemento químico de número atômico 5, sendo um mineral escasso na crosta terrestre.

Porém, ele é fundamental para diversos processos enzimá cos no corpo humano, sendo um néctar
especial, relacionado com o metabolismo do cálcio e da vitamina D.

Quando a palavra boro for evocada, você deve lembrar de vitamina d e do cálcio. O boro é peça chave nas
reações que transformam a vitamina D produzida na pele, o colecalciferol, em suas formas mais a vas, a
25 hidroxivitamina D e o calcitriol.

120
Você já assis u o capítulo sobre vitamina D e aprendeu que temos 3 pos de vitamina D circulando em
nosso corpo, a primeira que é produzida na pele, o colecalciferol, também chamada de vitamina D3. A
segunda o calcidiol, com d, também chamada de 25-hidroxivitamina D e por úl mo, a forma a va, que
realmente funciona, a 1.25 hidroxivitamina d.

A sequência é a seguinte. O colecalciferol, a vitamina d produzida na pele, é ina va, mas é a precursora da
forma 25 hidroxi. Para que ocorra essa conversão, que acontece no gado, temos que ter boro em boa
quan dade. O boro é necessário nesta reação de conversão do colecalciferol em 25 hidroxivitamina d.

Muitas pessoas fazem suplementação com vitamina D3 e reclamam que os níveis de 25 hidroxivitamina D
não aumentam como deveriam. Isto pode estar acontecendo por deficiência de boro.

Além disso, alguns quadros de osteoporose podem estar acontecendo por deficiência deste mineral,
porque ele também é fundamental para organizar o cálcio no corpo.

Ele atua de forma contundente sobre o metabolismo do cálcio e do magnésio, auxiliando na manutenção
de ossos fortes e resistentes. Uma das ações fantás cas do boro, é impedir as perdas de cálcio e magnésio
pela urina. Uma suplementação com 3 miligramas de boro diários, protegem a pessoa da depleção destes
minerais tão importantes.

Sabemos o quanto o magnésio é escasso, principalmente no Brasil. Por este mo vo a suplementação com
boro é imprescindível.

O boro melhora muito o funcionamento do cérebro, incrementando a cognição, a concentração e também


as a vidades psicomotoras. Pode-se dizer que é um nutriente cerebral. A suplementação com boro faz o
cérebro funcionar melhor.

O boro atua diminuindo os estados de exacerbação das inflamações, principalmente nas ar culações.

Evidenciou-se que em locais com baixa concentração de boro no solo, as pessoas apresentam mais
quadros de artrite, do que as que vivem em regiões com grandes concentrações deste mineral.

Pesquisa cien fica evidenciou que o uso de boro na concentração de 6 mg ao dia melhorou a dor e os
movimentos em pacientes com artrite (Travers RL, 1990).

Já comentamos e estudamos sobre o metabolismo do cálcio, que não funciona sozinho, mas necessita de
várias moléculas especiais. Para que tenhamos ossos duros e o cálcio bem fixado nele, precisamos de
vitamina K2, magnésio, silício e a vitamina D, além das outras vitaminas lipossolúveis como a vitamina A e
a vitamina E. Estes compostos promovem a boa absorção de cálcio, uma concentração ideal no sangue e a
fixação ideal nos ossos, para que fiquem duros e resistentes.

Na osteoporose não temos deficiência de cálcio, como muitos médicos pensam, e como grande parte da
população ainda acredita, mas sim, um desequilíbrio grande no metabolismo deste mineral.

121
O cálcio existe em quan dades elevadas, mas em sua grande parte, concentrado nos lugares errados, ou
seja, nas partes moles do corpo, como vasos, ureter, coração, cérebro e outros tecidos. Falta cálcio no
lugar certo, que é no osso, mas temos cálcio em excesso no organismo. Por este mo vo, a suplementação
com cálcio para o tratamento da osteoporose é de uma ingenuidade tremenda, porque só piora a
situação, havendo o aumento do cálcio nas artérias e em outros tecidos. Não recomendo a
suplementação de cálcio, para pacientes com osteoporose, mas sim uma boa suplementação com estes
outros elementos: o magnésio, a vitamina K2, o silício, o boro e a vitamina D, A e E. Agora, temos outra
peça deste quebra cabeça: o boro. Este mineral é o “número” perfeito da equação, que deixa ela
“redonda”.

O boro é fundamental para a reversão e cura da osteoporose, juntamente com as outras moléculas que
citamos acima. Quando usamos o boro, ajudamos a re rar o cálcio do lugar errado e fixá-lo no osso, um
trabalho que já é feito pela K2 e pelo magnésio.

Infelizmente, o metabolismo do cálcio na maioria das pessoas está desequilibrado, algo que termina por
gerar várias doenças, inclusive as cardiovasculares. O solo está deficiente em vários minerais, inclusive em
boro. Por este mo vo, temos níveis tão baixos de 25 hidroxivitamina D nas pessoas em geral. Lembre-se
que para termos a 25 hidroxivitamina D no sangue, precisamos de Boro!

E tem algo sério! Além das pessoas não tomarem mais sol, por conta do medo infundado do câncer, a
heliofobia, elas também estão deficientes em boro, e a pouca vitamina D3 não é conver da em 25 hidroxi.

A relação entre a vitamina D e o boro é tão estreita, que não podemos abordar um paciente e cuidar de
sua vitamina D sem checar o boro e atuar para que os níveis deste nutriente fiquem normais.

Quando uma pessoa ingere boas quan dades de frutas e verduras todos os dias, ela só consegue no
máximo 1,5 mg de boro, o que é insuficiente para que o corpo possa funcionar bem e o metabolismo do
cálcio fique perfeito. O ideal é 3mg por dia.

Outro efeito maravilhoso do boro é o aumento da testosterona livre no sangue, algo muito importante,
porque vai aumentar a atuação deste hormônio, fundamental para a saúde cardiovascular masculina, o
foco, a concentração mental e a vida sexual. Pesquisas foram realizadas com a suplementação de boro, e
foi constatado que com apenas uma semana, os indivíduos testados aumentaram a 25 hidroxivitamina D,
o DHEA, e a testosterona livre.

Além disso, a globulina ligadora de hormônio sexual (SHBG) diminuiu. Esta globulina não pode exis r em
grande quan dade, porque ela se liga à testosterona, e impede sua ação. A testosterona a va é a
chamada testosterona livre. O boro a aumenta, fazendo com que ocorra uma melhora na saúde do
homem.

122
COMO SUPLEMENTAR O BORO

Uma boa fonte de boro são as frutas como maçã, abacate, pera, ameixa, uva e as castanhas. Leguminosas
também contêm boro. Todo po de feijão possui boro. A batata doce é boa fonte de boro. A noz pecan
também possui boro. A suplementação com boro pode ser feita, mas deve-se optar pelas fórmulas
contendo aminoácidos, o boro quelato, para que haja uma maior absorção deste precioso nutriente. A
dose é de 3mg ao dia.

4.7 – SELÊNIO
O selênio é um elemento químico de número atômico 34, sendo um não metal, do grupo dos calcogênios.
É um mineral essencial para a maioria dos seres vivos.

O selênio é um oligoelemento, um néctar em pequenas quan dades, mas tóxico em altas doses. O corpo
humano precisa de selênio para o funcionamento de várias enzimas metabólicas, conhecidas como
selenoproteínas. Além disso, o selênio é um mineral an câncer, protegendo as células de se tornarem
cancerosas.

O selênio é fundamental para a síntese da gluta ona peroxidase (GPX), um dos mais poderosos
an oxidantes do corpo humano, que protege os lipídeos das membranas celulares da ação dos radicais,
livres.

Ele protege contra a degradação oxida va das células, protegendo o DNA contra danos gerados pelos
radicais livres. Desta forma, o selênio vai proteger você do envelhecimento precoce.

O selênio faz “dobradinha” com o manganês, sendo o par de “minerais an oxidantes” mais importantes.
Lembremos que o manganês é parte do outro potente an oxidante endógeno, a superóxido dismutase
(MnSOD).

Esta úl ma age protegendo as mitocôndrias e a gluta ona oxidase age protegendo toda a célula a par r
da membrana.

Pela sua ação an oxidante, o manganês é um mineral rejuvenescedor, prevenindo o envelhecimento das
células, via preservação das mitocôndrias. Sabemos que o envelhecimento precoce passa pela diminuição
do número de mitocôndrias no corpo. O selênio também é rejuvenescedor, porque protege a membrana,
a parte mais delicada e importante da célula! A membrana é o cérebro da célula, que comanda toda a sua
função.

O selênio também tem o poder de penetrar no interior das células e agir no núcleo celular, a vando as
enzimas an oxidantes, e prevenindo danos ao DNA. Sabemos o quanto o DNA intacto impede a
formação de células cancerosas. Pela sua ação de proteção ao DNA, o selênio evita o câncer e outras
doenças degenera vas.

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Pesquisas cien ficas demonstraram que a suplementação com selênio diminui a incidência do câncer
de próstata em até 63% (Clark LC, 1998).

Pacientes que fazem uso de selênio conquistam bene cios na redução do risco de câncer e da
mortalidade em todos os cânceres combinados, especificamente, câncer de gado, próstata, colo-retal
e de pulmão (Rayman M, 2005).

Outra função ímpar do selênio é organizar o funcionamento da reóide. O selênio é de extrema


importância para a glândula reóide. Ele regula o seu funcionamento e previne o surgimento de
doenças autoimunes que afetam esta glândula. Estudos comprovaram que a falta de selênio é um dos
ga lhos para o processo autoimune mais comum da reóide: a reoidite de Hashimoto.

Quando falta selênio, a reação de síntese da roxina, produz peróxido de hidrogênio, que é
terrivelmente tóxico ao tecido reoidiano. Para conter a reação, o corpo produz an corpos contra a
reoglobulina e contra a reoperoxidase, TPO. Quando estas duas úl mas moléculas são bloqueadas,
as sínteses dos hormônios reoidianos diminuem, assim, temos menos lesão à glândula. É um
mecanismo de defesa.

Na realidade, os an corpos an TPO e an reoglobulina não destroem a glândula, mas sim evitam sua
destruição. Porém, bloqueiam sua função. Eis o início da patologia de Hashimoto, a falta de selênio.
Para podermos melhorar esta doença, em primeiro lugar, precisamos suprir o corpo de níveis
adequados de selênio.

O selênio também é importante para a conversão periférica do T4 em T3, através da enzima chamada de
deiodinase. Muitas vezes, o paciente possui T4 em níveis normais, ou seja, a glândula está produzindo T4
a contento, porém não há uma conversão periférica normal. Sabemos que o T4 é ina vo. Para que o
hormônio se a ve precisa ser transformado em T3. Isso acontece pela ação da deiodinase. O selênio é
componente desta enzima, sendo necessário para sua síntese, através do acoplamento da selenocisteína.

A falta de selênio, compromete a conversão de T4 em T3, podendo gerar um hipo reoidismo do po 2.

Além disso, muitas pessoas têm hipo reoidismo, tomam o hormônio sinté co que é só T4, e não
conseguem fazer bem a conversão. Com isso, permanecem com os sintomas de hipo reoidismo. Para
eles, é fundamental a suplementação com selênio.

Resumindo, o selênio atua aumentando a defesa an oxidante, por fazer parte da poderosa gluta ona
oxidase. Defende o corpo contra o câncer. Aumenta as defesas imunes. Pelo seu efeito an oxidante,
protege o endotélio vascular, prevenindo doenças cardíacas. Regula a reóide, diminuindo a reação
autoimune contra esta glândula.

124
COMO SUPLEMENTAR O SELÊNIO

A maior fonte de selênio do planeta é sem dúvida a castanha do pará, que contém quan dades absurdas
deste mineral. Apenas a quan dade de 2 unidades da castanha, suprem a necessidade diária de selênio.
Por este mo vo, não devemos comer mais do que esta quan dade de castanha do pará por dia, porque o
selênio facilmente a nge a dose tóxica. A semente de chia e cogumelos também possuem bom montante
de selênio. O pólen de abelha também contém boa quan dade de selênio. O tomate e o brócolis são
excelentes fontes.

Porém, eu recomendo a suplementação, porque hoje em dia, a castanha do pará está com as quan dades
de selênio diminuídas. O selênio pode ser suplementado, na dose máxima de 200 microgramas ao dia.
Vejam bem pessoal, é microgramas e não miligramas. A dose ideal é 150 microgramas ao dia, após o
almoço.

O manganês não precisa ser suplementado. Quando você come frutas e verduras em abundância, todos os
dias, estará em dia com este precioso mineral.

4.8 – COBRE E ZINCO


Estes dois minerais precisam ser estudados em conjunto e suplementados em conjunto. Vamos começar
pelo cobre.

COBRE

O cobre é um elemento químico de número atômico 29, classificado como um metal de transição. Tem
uma coloração avermelhada, com alta condu bilidade elétrica e térmica, só superada pela prata.

Este mineral é importante para vida, sendo essencial para o bom funcionamento da fisiologia, afinal ele é
o terceiro mineral mais abundante no corpo humano. Atua como cofator em vários processos
enzimá cos, e também desempenha um papel essencial na saúde do cérebro.

O cobre é fundamental para a correta u lização do ferro dentro do organismo. Ele trabalha em sinergia
com este mineral. Ele atua na produção da hemoglobina e das hemácias. Muitas anemias não são por falta
de ferro, mas por falta de cobre! Elas são o resultado da desnutrição, por uma alimentação pobre neste
elemento.

O cobre é o grande organizador do metabolismo do ferro. Ele é necessário para a correta absorção do
ferro no trato intes nal, bem como para a correta distribuição do ferro nos tecidos. Sem cobre, teremos
menos ferro absorvido e além disso, ocorrerá o acúmulo de ferro em locais inapropriados. Por este
mo vo, é quase inú l a prescrição de sulfato ferroso para crianças com anemia ferropriva, temos que

125
promover o consumo de alimentos ricos em cobre, bem como também vitamina C, porque esta úl ma é
necessária para que o ferro seja absorvido a contento.

Em muitos casos de anemia, não há falta de ferro, mas sim uma desorganização do mesmo. O cobre
corrige este problema, colocando o ferro no lugar certo, facilitando a produção de hemoglobina e de
hemácias.

Mas, vários casos de deficiência de cobre são o resultado de um excesso de zinco. O zinco precisa exis r
em equilíbrio com o cobre. Por este mo vo, quando ingerimos zinco em excesso, o corpo diminui a
absorção do cobre.

O cobre também atua na síntese da melanina, o pigmento que dá cor escura à pele e aos cabelos.

O cobre precisa estar presente, para ocorrer a síntese da enzima rosinase, que es mula a síntese de
melanina. Pessoas com deficiência em cobre podem apresentar cabelos brancos precoces.

O cobre é fundamental para o metabolismo. Ele par cipa a vamente de mais de 50 reações enzimá cas
que acontecem diariamente no corpo humano. As enzimas que contêm cobre são bastante a vas em
vários tecidos do corpo, como o coração, o cérebro e o gado.

Assim como vários outros minerais, o cobre é primordial para a síntese do ATP, a fonte de energia química
do corpo. Por este mo vo, a deficiência de cobre provoca um metabolismo lento, baixa energia e
indisposição. O cobre atua como catalizador na reação de redução do oxigênio em água, fundamental
para a síntese do ATP dentro da mitocôndria. Portanto, o cobre é fundamental para lhe dar energia e
vitalidade.

Também não é por acaso que o cobre se encontra em grande quan dade no cérebro!

Ele ajuda a proteger a bainha de mielina, que é a “capa” protetora dos axônios neuronais e dos nervos.
Com uma bainha de mielina mais forte e íntegra, teremos uma melhor memória e cognição, e nervos
periféricos mais saudáveis. O cobre es mula o pensamento e a função cogni va, e juntamente com o
fósforo, é néctar para os neurônios. Ele atua como um es mulante da função neuronal, pela ação sobre
certas proteínas específicas. O cobre fortalece as sinapses neuronais, aumentando a cria vidade, a
capacidade de decisão, a memória, a comunicação, potencializando a sinalização dos neurotransmissores
cerebrais.

Também é fundamental para a síntese de serotonina, o neurotransmissor do bom humor e do bem-estar.

Muitos casos de depressão podem ter como causa a deficiência em cobre.

Em conjunto com a vitamina C, o cobre atua sobre a produção do colágeno, a molécula mais estrutural do
tecido conjun vo. O colágeno é de fundamental importância para dar firmeza e beleza aos tecidos.

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Sua falta, pode provocar a formação de paredes vasculares fracas e suscep veis de ruptura. Por este
mo vo, o cobre é importante para prevenir doença ateromatosa, aquela doença que já falei tanto, que
promove a formação de placas de gordura que obstruem as artérias, provocando infartos.

Também atua na formação de elas na, outra proteína estrutural que forma fibras elás cas, dando
flexibilidade à pele. O cobre deixa a pele mais bonita e flexível.

Em vários tecidos, o cobre é responsável pela manutenção da jovialidade e firmeza, sua elas cidade,
textura e coloração ideal. Ele evita que o cabelo se torne branco. O cobre também é um potente
an parasitário. Tendo a potência de aniquilar pra camente todos os parasitas que prejudicam a saúde.

COMO SUPLEMENTAR O COBRE

Para suplementar o cobre devemos ingerir alimentos ricos neste mineral, como as verduras de folhas
verdes, amêndoas, avelãs e grãos integrais, e podemos suplementar junto com o zinco. O cacau em pó é
excelente fonte de cobre, tendo cerca de 4,4 mg por cada 100 gramas. O amendoim também contém boa
quan dade de cobre.

A deficiência de cobre provoca anemia, manchas brancas na pele, memória fraca, depressão, ansiedade,
falta de energia, dentre outros problemas de saúde. A dose é de no máximo 2 mg ao dia. Lembrando que
o cobre tem que ser suplementado junto com o zinco.

ZINCO

O zinco é um elemento químico de número atômico 30, classificado como um metal. É um elemento
escasso na crosta terrestre, porém é facilmente encontrado em diversos alimentos.

O zinco é um mineral essencial para o bom funcionamento do corpo humano. É matéria prima para a
confecção de mais de 300 proteínas no corpo humano, além de es mular a a vidade de mais de 100
enzimas metabólicas.

O zinco é especialmente importante para o pâncreas. Ele tem uma relação muito próxima com a insulina,
sendo responsável pela sua síntese, estoque e liberação. Juntamente com o cromo, auxilia na manutenção
dos níveis normais de glicose no sangue. Estes dois minerais, o zinco e o cobre, são fundamentais para a
terapia de reversão da diabetes e da síndrome metabólica.

O zinco liga-se à insulina, para que ela seja estocada dentro do pâncreas e liberada quando necessário.

Além disso, este mineral age de forma contundente sobre a produção de células do sangue. O zinco é
elemento chave para a produção de glóbulos brancos na medula óssea, por este mo vo, desempenha um
papel vital na imunidade, prevenindo a gripe e outras viroses, mantendo sempre o corpo com boa defesa
imunológica. A deficiência em zinco baixa a imunidade, abrindo as portas para várias doenças. Muitas
pessoas estão com baixa imunidade por deficiência em zinco. Por este mo vo, precisamos suplementar

127
este mineral, na versão quelada. Além de fomentar a produção de leucócitos, o zinco também a va os
linfócitos T, um po de leucócito, crucial para o bom desempenho imune. Existem muitos pacientes com
leucócitos baixos. O zinco vai ser fundamental para eles.

Outra função importante do zinco é proteger as fitas do DNA, para que não se rompam. Sabemos que o
DNA precisa ser replicado corretamente, no momento da regeneração celular. Para o corpo regenerar é

preciso promover a reprodução das células. O zinco é um elemento importante para a regeneração das
células e tecidos, porque ele protege a fita do DNA.

Sua deficiência gera vários problemas. Um deles é o aumento do stress oxida vo. O zinco é um dos mais
poderosos an oxidantes naturais do corpo, exatamente porque ele atua na síntese das duas enzimas mais
importantes no combate aos radicais livres, a superoxido dismutase (SOD) e a gluta onaperoxidase (GPX).
Estas duas enzimas são dos mais poderosos an oxidantes que existem, varrendo os radicais livres,
eliminando a ação de toxinas e protegendo todo o corpo dos danos e do envelhecimento. Temos mais
SOD e GPX quando dormimos bem, numa boa noite de sono, que começa cedo. Mas para produzi-los,
precisamos de selênio, manganês e o zinco.

Em pesquisa cien fica publicada pelo American Journal of Clinical Nutricion em 2007, foi comprovado que
a suplementação com zinco por 12 meses, melhorou os marcadores do stress oxida vo,
significa vamente, em pessoas entre 55 e 87 anos. Além disso, todos apresentaram menos infecções
(Prasad AS, 2007). O zinco também melhora a resistência à apoptose (morte celular), através do processo
de citoproteção contra as espécies rea vas de oxigênio e toxinas bacterianas (Lansdown ABG, 2007).

O zinco é um dos minerais mais importantes no combate aos radicais livres, prevenindo várias doenças
como a diabetes mellitus, o câncer e as doenças cardíacas. Sabemos o quanto estas doenças estão ligadas
ao predomínio das toxinas oxidantes, e das espécies rea vas de oxigênio.

O zinco também melhora a saúde do olho. Ele é necessário para a conversão da vitamina A em sua forma
a va, o re nol, melhorando a visão noturna e prevenindo a degeneração macular. Isso é de fundamental
importância para os idosos e os pacientes com diabetes mellitus do po 2. Este grupo está mais
suscep vel a ter doenças do olho, como a degeneração macular, algo muito sério.

O zinco também é fundamental para a cicatrização das feridas. Ele aumenta o autodebridamento, e a
migração dos quera nócitos, durante o processo de reparo da ferida.

Agora pergunto! Qual paciente que está com feridas, sofreu algum acidente ou queimadura, que recebeu
suplementação com zinco? Felizmente existem pomadas com zinco.

Em suma, o zinco é tudo de bom para qualquer ferida cicatrizar, sendo muito bem indicado para as feridas
do pé diabé co e dos problemas vasculares que formam úlceras em membros inferiores. Nestes casos é
muito u lizada a pomada de óxido de zinco, que age no âmbito local, melhorando e muito a cicatrização.

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O zinco também é fundamental para a saúde sexual e reprodu va, desempenhando um papel crucial na
produção dos hormônios sexuais, como o estrogênio e a testosterona. Também incrementa a produção da
progesterona. Os alimentos ricos em zinco aumentam a testosterona naturalmente.

Segundo pesquisa cien fica, ele também auxilia na liberação da testosterona, do hormônio do
crescimento e do fator de crescimento semelhante à insulina, todos envolvidos no aumento da massa
muscular, algo fundamental para a melhora do metabolismo e da perda de peso (MacDonald RS, 2000).

Segundo a Organização Mundial de Saúde, milhões de pessoas sofrem pela deficiência em zinco, fato que
abre as portas para várias doenças, em vários órgãos. Eu acredito que esta deficiência se deve não
somente à falta de zinco nos solos e nos alimentos, mas também ao fato da maioria da população comer
quase 100% de alimentos cozidos ou industrializados, nos quais o zinco encontra-se numa forma muito
pouco absorvível, ou até não se encontra mais.

Lembremos que os minerais são mais facilmente absorvidos pelo intes no, quando estão presentes em
sua forma natural, crua, em conformações bioquímicas integrais, onde estão quelados. E isto só existe nas
frutas e verduras, cruas e orgânicas. Quando cozinhamos os alimentos, alteramos as ligações químicas e
os minerais não são mais absorvidos como deveriam. Esta é a causa da deficiência tanto de zinco, quanto
de outros minerais.

Dentre os alimentos ricos em zinco temos o grão-de-bico, principalmente o germinado, cru e vivo. As
castanhas e o cacau em pó, sem adição de produtos químicos. O espinafre também é rico em zinco. A
semente de abóbora é outra fonte importante. Também encontramos boas quan dades de zinco no feijão
de soja, nas amêndoas e no amendoim. Os cogumelos são uma excelente fonte de zinco para os
vegetarianos. A beterraba e o coco também.

COMO SUPLEMENTAR O ZINCO E O COBRE

Eu recomendo o consumo de alimentos ricos em zinco. Ao mesmo tempo, deve-se suplementar, com o
zinco quelato, sempre em conjunto com o cobre. Lembremos que o nosso organismo trabalha para
balancear todas as substâncias que existem no corpo, numa concentração ideal. Ele busca um equilíbrio
perfeito entre todos os minerais, para que nenhum se sobreponha ao outro dentro do sistema. Isto é
válido para vários minerais como o ferro, o zinco, o cobre, o magnésio e o cromo. Ao consumir os minerais
na comida integral e orgânica, estamos adquirindo todos eles, numa proporção já balanceada.

Quando consumimos o sal de cozinha refinado, que é puro cloreto de sódio, criamos um excesso destes
dois minerais, que vai desbalancear todos os outros. O sal marinho puro, na forma da Flor de Sal, tem
vários minerais e não apenas o sódio.

Eu não recomendo o consumo de zinco sozinho, num suplemento aviado em farmácia de manipulação. Ele
deve sempre estar junto com o cobre. Quando o zinco entra sozinho no sistema, ele promove uma

129
depleção do cobre, algo que não é interessante, porque este úl mo é também um mineral imprescindível
para a boa saúde. Estes dois minerais precisam ser suplementados em conjunto.

O zinco e o cobre são dois minerais irmãos, que precisam estar juntos. O zinco e o cobre devem ser
suplementados juntos, sem exceção. A proporção é de 15 de zinco para 1 de cobre, ou seja, 15 mg de
zinco para 1 mg de cobre. A dose máxima do zinco é de 30mg e do cobre 3 mg, isso a dose máxima por
dia. Sempre zinco quelato e cobre quelato. Já existem suplementos no mercado em que os dois estão
juntos.

Agora, terminamos os minerais mais importantes, que não podemos deixar de suplementar,
principalmente após os 40 anos de idade, quando a taxa de absorção diminui.

Neste momento vamos estudar alguns fitos nutrientes, substâncias que atuam posi vamente em nossa
fisiologia, curando e regenerando as células, promovendo saúde e bem-estar.

4.9 – COENZIMA Q10


Produzida naturalmente em nosso organismo, esta coenzima é fundamental para o metabolismo, sendo
encontrada em todas as células do corpo. Quando falamos em coenzima Q10, estamos diante de uma das
moléculas mais fantás cas do corpo humano. O gado produz a coenzima Q10, através da mesma via
metabólica que sinte za o colesterol. Esta molécula é lipossolúvel, habitando as mitocôndrias, onde é
componente da cadeia de transporte dos elétrons, par cipando da respiração celular, que gera a
formação de ATP. Portanto, a célula só obtém energia para viver, com boas quan dades de coenzima
Q10.

A respiração celular se dá através da queima da glicose, predominantemente nos neurônios e outros


grupos celulares, e da queima dos ácidos graxos, que ocorre nos músculos esquelé cos e no músculo
cardíaco. Tecidos que precisam de muita energia química, como o cérebro, os músculos e o gado
concentram muita coenzima Q10. Esta molécula é a estrela principal do metabolismo energé co do corpo
humano. Além disso atua como um an oxidante poderoso, protegendo principalmente a mitocôndria
contra a ação dos radicais livres. A mitocôndria é peça fundamental da saúde do corpo humano e ela pode
se degradar pela ação de toxinas ingeridas diariamente, que são extremamente oxidantes, danificando as
estruturas delicadas da mitocôndria.

A proteção dada pela coenzima Q10 se estende ao delicado tecido cardíaco e ao endotélio vascular. O
endotélio vascular é aquela camada de células que reveste a parte interna dos vasos. Células muito
importantes que controlam a função do sistema cardiovascular. Danos a estas células, abrem as portas
para várias doenças cardíacas. A proteção da coenzima Q10 é fundamental para a saúde do coração e de
todo o sistema cardíaco.

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Infelizmente, a par r dos 30 anos, a concentração de coenzima Q10 começa a declinar, e com ele o
metabolismo como um todo. Os obesos possuem menos coenzima Q10 do que as pessoas magras. Afinal,
para que possamos queimar gordura nos músculos, precisamos desta coenzima. Por este mo vo, a
suplementação com coenzima Q10 é crucial para quem quer perder peso com saúde. Os obesos e pessoas
com síndrome metabólica necessitam da coenzima.

4.10 – COENZIMA Q10 E SAÚDE CARDIOVASCULAR


A coenzima Q10 também chamada de ubiquinona, está em todas as células do corpo humano,
par cipando dos processos de produção de ATP, que é a moeda de energia do organismo. Essa molécula é
essencial ao processo de obtenção de energia pelas células, e por este mo vo, está presente em maior
quan dade em órgãos que consomem muita energia como o coração, o cérebro, os rins e o gado. Ela se
acumula nas mitocôndrias que são as “usinas de energia da célula”.

As coenzimas são moléculas orgânicas complexas, importantes para a a vidade enzimá ca. Transportam
grupos funcionais como elétrons, aldeídos, grupos acila, dentre outros. A coenzima Q10 foi descoberta em
1957 pelo prof. Fred L. Crane e seus colaboradores. Após a descoberta um outro cien sta, o prof. Karl
Folkers descreveu sua estrutura química.

A coenzima Q10 é sinte zada a par r do aminoácido rosina, mas também a par r da ace l-Coa, pela via
do mevalonato, a mesma via u lizada para a biossíntese do colesterol. A coenzima Q10 possui uma parte
de sua síntese em comum com o colesterol, portanto medicamentos como as esta nas, que inibem a
síntese do colesterol, também afetam a síntese da coenzima Q10, deixando o organismo numa situação
deplorável, gerando muitos problemas e doenças. Sem coenzima Q10 suficiente, sofrem o coração, o
gado, os rins e o cérebro.

Eu acho um absurdo total o consumo de esta nas, e um dos mo vos é esse. As esta nas são usadas a
par r da ideia errada de que o colesterol é o grande vilão causador das placas de ateroma que geram
infartos e avcs. Este erro, que se mantém como uma ideia fixa na mente dos profissionais de saúde, está
causando muito mal a população, pelo uso destas drogas que baixam o colesterol. Quando uma pessoa
toma uma esta na, o colesterol baixa, mas a coenzima Q10 também baixa. Algo que vai prejudicar
bastante a saúde cardiovascular. Sabemos o quanto a coenzima Q10 é importante para evitar infartos.
Então, o medicamento que supostamente preveniria infartos, aumenta a chance de a pessoa ter um!

A falta da coenzima Q10 provocada pelas esta nas pode ocasionar danos irreversíveis no cérebro e no
coração. Com menos coenzima Q10, teremos menos energia disponível para o miócito cardíaco, e pela
falta de energia, as fibras cardíacas vão crescer, se hipertrofiar. Daí teremos o coração crescido, as
cardiomiopa as. A insuficiência cardíaca conges va é uma das consequências disso. Quando temos

131
menos coenzima Q10, teremos menos proteção an oxidante sobre o endotélio, que mais facilmente vai
se deteriorar, provocando a formação da placa de ateroma. Por este e outros mo vos, o uso das esta nas
representa o maior crime perpetrado pela indústria farmacêu ca, contra a população indefesa. Esses
medicamentos não devem ser u lizados de forma alguma. Eles são muito nocivos.

Existem outros meios, bem mais eficazes, para que o paciente possa evitar eventos cardiovasculares; são
suplementos, vitaminas e alimentos funcionais que atuam prevenindo doenças cardíacas, de forma muito
mais eficaz e segura, através da proteção ao endotélio vascular e a regeneração da parede vascular.

Por outro lado, a quan dade de coenzima Q10 diminui à medida que a idade avança devido à intoxicação
crônica do gado, pela poluição de todos os pos, então uma suplementação é bem-vinda.

Ao tomar a coenzima Q10 teremos uma diminuição no risco de desenvolvimento de patologias cardíacas.
Antes de tudo, é necessária a dosagem de coenzima Q10 no sangue. Os valores de referência a depender do
laboratório são de 0,4 a 1 micromol litro.

Dentre os efeitos de proteção cardiovascular da coenzima Q10 temos:

- Mantém os vasos sanguíneos saudáveis

- Provê o bom funcionamento do músculo cardíaco

- Age como poderoso an oxidante evitando a agressão do endotélio pelos radicais livres

- Promove o abaixamento da pressão arterial

A suplementação de CoQ10 para pacientes que sofreram infarto do miocárdio demonstrou uma
diminuição de novos episódios. Além disso, ocorreu menos arritmia, angina, e outros problemas
relacionados. A suplementação com CoQ10 auxilia na hipertensão arterial, fazendo parte de nosso
protocolo. Deve-se tomar a dose de 100 a 200 mg ao dia.

Estudos cien ficos comprovaram a melhora dos quadros hipertensivos com a suplementação de coenzima
Q10. Como an oxidante, a coenzima age melhorando a ação do óxido nítrico, prevenindo e curando a
hipertensão arterial em sua causa básica. Estudos clínicos indicam que a deficiência de coenzima Q10 está
associada com hipertensão arterial, dislipidemia, doença coronariana e insuficiência cardíaca conges va.
Por outro lado, a suplementação com este néctar maravilhoso previne todas estas doenças. Vários
estudos demonstram que a coenzima Q10 cura a hipertensão arterial, em pacientes doentes. Em um
estudo publicado no Journal of human hypertension, pelos pesquisadores indianos, R B Singh e
colaboradores, foi constatado o efeito hipotensor da suplementação de 120mg diários de coenzima Q10.
(RB Singh, 1999).

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Infelizmente, mesmo com tantas evidências suges vas de proteção cardiovascular, e de cura dos
problemas cardíacos com a coenzima Q10, ela é sequer estudada pelos médicos clínicos ou cardiologistas.
Muitos nem sabem da existência desta coenzima! Afinal, alimentos cura vos não interessam à indústria
da doença!

A coenzima Q10 existe nos alimentos dissolvida em gorduras. Por conta disso, ingerir alimentos com boas
gorduras é tão importante para a saúde. Dentre as fontes naturais de coenzima Q10 temos os ovos, o
peixe, principalmente o salmão, a cavala e a sardinha, os cereais integrais, as chamadas frutas oleaginosas
como as nozes, dentre outros.

O melhor suplemento de coenzima Q10, é o disponível com sua molécula na forma trans, de fonte
totalmente natural, ob da a par r de fungos especiais. Esta forma só está disponível em algumas marcas
estrangeiras, fabricadas nos EUA. O leitor pode obter a forma trans da coenzima Q10 no site IHERB.COM,
da fabricante “healthy origins”. Este produto também está disponível no mercado livre, um site que vende
aqui no Brasil. A dose é de 100mg por cápsula gela nosa. Pode-se tomar 2 vezes ao dia no total de
200mg. Lembremos que uma molécula é mais eficaz quando é totalmente natural, ou seja, quando é
totalmente bioidên ca. As coenzimas Q10 sinté cas não funcionam tão bem, embora tenham seu valor
quando outra opção mais natural não é encontrada.

A versão sinté ca da Coq10 também vai funcionar e sem a opção da outra, deve ser consumida. A boa
coenzima Q10 vem na forma trans isômero, que é a u lizada pelo organismo. A fonte é natural, sendo
produzida por fungos probió cos. Esta forma não é facilmente encontrada no Brasil. O leitor pode
adquiri-la pela internet, no site da IHERB.

Uma outra opção é fazer a coenzima Q10 sublingual, na dose de 100 mg, após o almoço e 100 mg após o
jantar, diariamente.

4.11 – ESTUDO SOBRE OS ÓLEOS DA NATUREZA (AS


GORDURAS SAUDÁVEIS)
Óleos vegetais milagrosos: A Natureza é pródiga em criar néctares maravilhosos. Como um grande ser
vivo, uma grande Mente, derivada dos milhões de seres vivos individualizados, funciona em harmonia num
processo constante de troca de informações. Nela encontramos todo o conhecimento de Deus, codificado
nas diversas espécies de seres vivos. Os mais variados reinos se comunicam entre si, intercambiando
energia, matéria, num fluxo de informações. E no meio da diversidade, descobrimos a Natureza como um
Todo Orgânico, que funciona na Lei do Amor e da fraternidade. Como eu já falei antes para vocês, existe
muito mais cooperação do que compe ção no mundo natural, embora possa parecer o contrário! Você
aprendeu desde muito pequeno que o mundo natural é uma luta, uma compe ção, onde animais comem
outros. Esta é uma parte pequena da interação, que não revela o contexto do todo. Na verdade, na
Natureza, tem muito mais cooperação do que compe ção.

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As plantas fornecem o oxigênio vital para que possamos sobreviver. As abelhas nos dão alimentos. As
frutas são outra oferta fantás ca, de alimentos extraordinários que são ao mesmo tempo nutri vos e
cura vos. A Terra nos sustenta, dando tudo que precisamos, criando um ambiente propício para que
possamos sobreviver. Os insetos polinizam as plantas, temos enfim muito mais cooperação do que
compe ção e mesmo a compe ção existe para fazer evoluir as diversas almas grupais das espécies vivas.

As plantas enquanto seres vivos, e também providos de uma mente superior, que se revela na totalidade
de sua alma grupal, expressam em seu metabolismo, a criação de substâncias especiais, que são
materializações de pensamentos elevados, al ssimos, em sintonia com Deus e sua Lei. Quando sinte zam
nutrientes, os vegetais oferecem aos humanos presentes valiosos. É o amor das plantas por todos nós.

Na verdade, as plantas pensam e sentem, ao contrário do que podem imaginar os cé cos e materialistas. Na
enorme variedade de famílias vegetais, temos todo o enredo da Criação escrito como um grande “livro
cósmico”. E nosso corpo sabe ler essa enciclopédia Divina!

Os vegetais interagem com os outros seres vegetais e outros seres vivos como insetos, animais, e sofrem
as intempéries do clima, e toda essa experiência acumulada traz consciência e aprendizado. Algumas
plantas são mais agressivas que outras, experimentando sen mentos de medo, raiva, e toda a miríade de
emoções e fragmentos de pensamentos que terminam por se materializar em sua própria estrutura, na
forma de moléculas. Moléculas estas que serão uma expressão da superação vivenciada, da conquista da
homeostase da planta.

Os vegetais das diversas espécies conhecidas, possuem caracterís cas próprias de personalidade, que se
manifestam em sua química interna e nos processos fisiológicos que desenvolve na raiz, no caule, nas
folhas e frutos. Cada planta específica é um capítulo do livro da vida, contendo caracterís cas próprias,
que revelam detalhes do Pensamento de Deus, do enredo da Vida. Ela expressa este conteúdo arque pico
na con nua elaboração psíquica, que agrega a experiência de vida, e os conteúdos que ela já traz de sua
essência divina. Esse processo a nge seu ápice na formação das flores e dos frutos.

Uma planta tem determinada molécula não por acaso, mas porque aquela molécula é materialização de
detalhes da essência da planta. Ao contrário do que pensam os materialistas, as plantas possuem alma,
uma alma cole va, que em cada espécie demonstra sua essência. Almas de coloridos diferentes,
múl plos, que revelam em sua bioquímica a condensação de sen mentos e pensamentos harmônicos. A
experiência da vida do vegetal é soma zada na formação de sua bioquímica. Não é à toa que uma
determinada árvore possui uma substância que predomina em sua cons tuição. Não é por acaso que o
tomate tem muito licopeno e a uva produz resveratrol e a melancia tem citrulina! Cada uma destas
moléculas expressa algum sen mento que revela a natureza interna do vegetal, sua essência de ser. Estas
moléculas vão penetrar no organismo humano e ter uma ação, e em seu conjunto, numa dose pequena
ideal, uma ação constru va, regenerando tecidos, consertando erros metabólicos, proporcionando a cura.

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Em sua magnífica interação com todos os outros seres vivos e no seu êxtase existencial, a Alma vegetal
experimenta picos de consciência, com a percepção de sen mentos nobres, elevados, que emanam do
seu Eu Superior. Neste momento, cria moléculas que refle rão na bioquímica de suas partes
cons tuintes, essa vibração elevada. Depois de experimentar o medo, a solidão, a tristeza, a culpa, a raiva
e outros sen mentos nega vos, e conseguir superá-los, o ser vegetal a nge o Amor, a Compaixão, a Paz,
a Alegria, a Coragem, a Bondade, a Fraternidade, que são sen mentos e pensamentos conquistados por
ele, e que consegue materializá-los em formas químicas! Estas moléculas vão conter uma miríade de
informações quân cas, advindas da experiência vegetal, que serão “lidas” pelo organismo quando as
ingere. Serão néctares a promover a saúde celular.

No momento em que sente Amor e Compaixão, a planta produz uma vibração sagrada, que irá compor
moléculas de néctares. Estas moléculas ao serem ingeridas pelo nosso corpo, irão construir, consertar,
regenerar, curar.

Nas belas flores, com suas formas geométricas sagradas, e nas cores deslumbrantes, encontramos uma
expressão desse êxtase. No estudo das Essências Florais do Nordeste, pesquisa realizada por mim desde
1995, nos diversos livros do sistema floral, pudemos nos enriquecer de todo conhecimento que existe na
vibração das flores. E depois das flores surgem os frutos, como um presente para os animais. As frutas são
ofertadas pelo ser vegetal, para alimentar os animais e o ser humano. Para nutri-los sustentando suas
vidas com compostos fantás cos, e curá-los com moléculas de néctares maravilhosos, que recuperam
células, regeneram tecidos, reformulam processos metabólicos, prevenindo e curando doenças.

É desta forma que o vegetal forma carboidratos, proteínas, aminoácidos e determinados lipídeos. São
moléculas perfeitas, nobres, que ao penetrarem em nosso corpo irão construir, regenerar, auxiliar o
organismo em seu processo con nuo de formação e manutenção da vida. Estas moléculas carregam todo
um conhecimento da perfeição, a linguagem do que é correto, do que está dentro da Lei maior. Por isso
curam, regeneram, reformam as células, suas membranas e o DNA. Levam a cada célula informações
corretas, que consertam a membrana, promovendo o seu funcionamento perfeito. E quando observamos
na fitoterapia, o conjunto de princípios a vos que existem em um medicamento, constatamos a Divina
Sabedoria da Natureza. Aquele fito complexo age como um todo, devolvendo ao nosso corpo a saúde
perdida!

As plantas formam constantemente óleos, açúcares e proteínas, e neste momento estão elaborando
sen mentos e pensamentos. Segundo os conhecimentos da Psicomedicina, os óleos são materializações
de emoções; os carboidratos de sen mentos; e as proteínas de ideias e fragmentos de crenças mentais
que buscam realizar uma intencionalidade. Pensamento tem sempre uma intenção, e busca se realizar.
Este aspecto mental termina por se materializar em formas químicas.

E o mais intrigante de tudo, é que existem algumas plantas que são especiais. São como anjos, “santos
vegetais”, que por estarem em ambientes ecológicos puros e sagrados, absorvem vibrações Divinas que
condensam nas moléculas internas. Estas plantas produzem nutrientes fantás cos. Estamos falando do

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Goji Berry, do abacate, da romã, do limão, da maçã. Eles são vegetais que criam substâncias altamente
cura vas, néctares maravilhosos que refletem sua capacidade de conexão com o Divino. Ao produzirem
estas moléculas que habitam seu interior, o vegetal experimentou Amor, Compaixão, Paz, Alegria,
Bondade, Perdão! Elaborou fragmentos de ideias que condizem com a Lei de Deus, e sen ram emoções
constru vas. Todo esse contexto psíquico, a planta soma zou em sua bioquímica criando aminoácidos
extraordinários, carboidratos complexos que atuam promovendo saúde, e óleos milagrosos com diversas
propriedades terapêu cas.

4.12 – OS ÓLEOS ESSENCIAIS

É num estado de sublime êxtase que o vegetal fabrica nutrientes essenciais, que nosso corpo não é capaz
de sinte zar, mas que os necessita para a realização do seu metabolismo. Os óleos vegetais chamados de
essenciais estão neste grupo de compostos, que precisamos ingerir para manter nossa saúde.

É por esse mo vo que para encontrarmos a cura real das doenças, precisamos antes de tudo entrar em
contato com a Natureza, ingerindo estes alimentos in natura, com suas moléculas originais, sem
alterações feitas pelo ser humano. Daí a importância do alimento “in natura”, sem cozimento, sem assar
fritar ou processar. Estas substâncias em seu estado puro, conterão a Vibração de Êxtase do vegetal, e
serão carregadas de energia constru va. Qualquer processamento químico ou refinamento será
prejudicial para as moléculas, distorcendo essa informação original, transformando-as em corpos
estranhos. É isso que acontece com o açúcar refinado que se transforma numa aberração química. Um
veneno perigoso, uma droga viciante, totalmente diferente da sacarose da cana-de-açúcar. É o mesmo que
acontece com a folha da coca, quando se transforma em cocaína! Ou com qualquer óleo vegetal quando é
manipulado em uma indústria química, e se torna margarina ou o óleo refinado que lota as prateleiras dos
supermercados, envenenados com a hidrogenização, que os transforma em gorduras trans. E o pior é que se
dizem “naturais”, e “saudáveis”.

Por este mo vo, precisamos descascar mais e desempacotar menos! Quanto menos alimentos
industrializados melhor!

Da mesma forma, quando esquentamos ou fritamos um óleo vegetal, mesmo sendo puro e extravirgem,
ele se degenera, e perde suas caracterís cas originais de néctar, se transformando em veneno. Os óleos
fritos perdem totalmente sua caracterís ca nutri va e cura va. Por esse mo vo, devem ser consumidos
“in natura”, sem cozimentos ou frituras.

Neste tópico vamos falar dos óleos vegetais que se materializam em suas folhas, sementes e frutos. Os
óleos representam a condensação química das emoções nobres da planta, quando ela experimenta a
Coragem e a Compaixão, o Amor e a Paz. Por esse mo vo são tão especiais! Ao sen r Coragem e
Compaixão, o ser vegetal elabora estes compostos, no seu processo de soma zação constante. E é incrível

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como a planta consegue a par r de substâncias presentes na terra, produzir compostos tão complexos e
ao mesmo tempo tão simples, considerando que a matéria presente no solo é muitas vezes de matéria
orgânica em decomposição. É algo Divino.

Estudaremos adiante os bene cios destes nutrientes. Observaremos a ação milagrosa dos óleos sobre a
saúde humana. Mas devemos lembrar que os efeitos posi vos só acontecem com uma dose ideal, em boa
quan dade, sem excessos. Um determinado óleo em excesso pode ser prejudicial ao corpo. Lembremos
que a diferença entre o remédio e o veneno está na dose!

4.13 – UM ESTUDO SOBRE OS DIVERSOS TIPOS DE


GORDURA

A gordura é uma molécula cons tuinte de vários seres vivos, animais e vegetais. O nome gordura é um
termo vulgar para os lipídeos (do grego “lipo”, gordura), que realizam variadas funções fisiológicas
importantes no organismo tanto animal quanto vegetal. Os lipídeos se compõem de carbono, hidrogênio e
oxigênio. Uma das caracterís cas destes compostos é que eles guardam bastante energia. Cada grama de
lipídio armazena 9 quilocalorias de energia, mais do que o dobro das calorias existentes na mesma
quan dade de proteína ou carboidrato. Por esse mo vo, o organismo humano acumula as gorduras como
forma de guardar energia química, uma energia essencial para a manutenção da vida celular.

Os lipídeos são solúveis em solventes orgânicos (álcool, éter, acetona) e são insolúveis em água. São
moléculas hidrófobas, ou seja, repelem a água. Por esse mo vo, o óleo não se combina quando é colocado
em um copo d’água, ficando em suspensão no líquido. A estrutura molecular dos lipídeos é de longas
cadeias carbônicas, fato que lhe confere a insolubilidade em água. As gorduras complexas são compostas
pela união de três ácidos graxos e uma molécula de glicerol (um álcool), formando um éster, sendo
chamadas de triglicerídeos.

A depender de como for essa conformação molecular, a gordura pode ser sólida ou líquida na
temperatura ambiente. Quando falamos de gordura, nos referimos aos triglicerídeos em seu estado
sólido, que observamos na manteiga, na banha de porco, na capa de gordura de uma asa de frango.
Podemos ver a gordura líquida nos óleos vegetais que estamos estudando, como os de coco, azeite de
oliva, girassol dentre outros.

Estas moléculas são transportadas no sangue e armazenadas no tecido adiposo, e permanecem como uma
reserva estratégica de energia. O organismo não u liza rapidamente estas gorduras, mas queima em
primeiro lugar os carboidratos, e quando estes se esgotam, a reserva das células de gordura é acionada.

Notemos um detalhe interessante. O triglicerídeo é insolúvel em água, mas seus cons tuintes, o glicerol e
os ácidos graxos são perfeitamente solúveis em água. Os ácidos graxos são encontrados em diversos

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alimentos, sendo os de origem vegetal na forma de óleos e os de origem animal na forma de banhas
sólidas.

4.14 – OS VÁRIOS TIPOS DE ÁCIDOS GRAXOS

O ácido graxo é a molécula mais básica que compõe as gorduras. Vamos estudá-las neste momento e
reconhecer seus pos principais, e sua classificação. E depois compreenderemos sua importância para o
sistema cardiovascular e o organismo como um todo.

Estas moléculas se unem para formar as gorduras de todos os pos, tanto as sólidas quanto as em estado
líquido (óleos). Elas são ácidos orgânicos monocarboxílicos de cadeia normal, que apresentam um grupo
carboxila (-COOH) ligado a uma longa cadeia alquílica, que pode ser saturada ou insaturada.
Naturalmente, os ácidos graxos possuem uma cadeia de números pares de átomos de carbono, de 4 a 28.

CH3-(CH2)4-CH=CH-CH2-CH=CH-(CH2)7COOH.

O ácido graxo ômega 6 é importante em pequenas quan dades. Infelizmente, com a dieta exagerada e
com predomínio de frituras, passa a exis r um consumo muito maior do que o necessário deste po de
molécula. Com o exagero no consumo de ômega 6, o organismo entra num estado pró-inflamatório, que
não é interessante do ponto de vista cardiovascular. O ômega 6 é precursor de moléculas que entram na
chamada cascata inflamatória, a par r do ácido aracdônico. Aliado ao consumo exagerado deste óleo, que
está presente de forma abundante em muitos alimentos, ao contrário do ômega 3, temos a ingesta de
muitas toxinas, que agredindo os tecidos diversos do corpo, põe o organismo em um estado crônico de
alerta inflamatório, uma inflamação crônica persistente, que cria o ambiente para várias doenças. Este
assunto já estudamos, quando constatamos que não é o colesterol o vilão das doenças cardíacas, mas sim a
agressão crônica ao tecido endotelial.

Os ácidos graxos como cons tuintes fundamentais dos lipídeos, se classificam em dois pos principais, os
ácidos graxos saturados, mais abundantes na gordura de origem animal, e os ácidos graxos insaturados,
que estão presentes em sua maioria nos óleos vegetais. Além disso, também se classificam de acordo com
o tamanho da cadeia de carbono, em curta, média e longa.

Então temos duas classificações dos ácidos graxos.

- Ácidos graxos saturados: se caracterizam pela ausência de ligações duplas entre os átomos de carbono
da molécula. A par r disso, ficam “saturadas” de hidrogênio em sua composição. Estão presentes em
maior quan dade nas gorduras de origem animal como manteiga, carne, derivados do leite e ovos. O coco

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e o óleo de coco embora de origem vegetal são ricos em ácidos graxos saturados, sendo uma exceção à
regra. Os ácidos graxos saturados são pastosos e sólidos à temperatura ambiente devido a sua saturação
de hidrogênio.

As gorduras saturadas ao contrário do que se pensava anteriormente não fazem mal, se forem
consumidas moderadamente. A única ressalva é que são muito calóricas, promovendo aumento de peso,
caso sejam comidas em excesso. Sabemos que tudo em excesso prejudica o corpo. São exemplos de
ácidos graxos saturados: ácido bu rico, ácido capróico, ácido cáprico, ácido láurico, ácido mirís co,
dentre outros. Estes ácidos são biologicamente a vos, promovendo diversas funções dentro do corpo. Só
para lhes dar um exemplo, o ácido láurico se transforma em monolaurina, lá no estômago, e a
monolaurina é an microbiano, combatendo vírus, bactérias e fungos.

A ideia de que a gordura saturada é causadora de problemas cardíacos foi um mito alimentado por
pesquisas an gas que já se encontram ultrapassadas. Pesquisas mais novas já indicam que o consumo de
gorduras saturadas não altera os índices de cardiopa as. A doença cardíaca depende de outros fatores, e
possui outras causas.

A gordura saturada é mais estável do que a insaturada, suportando bem as altas temperaturas sem perder
suas propriedades nutricionais. Ao contrário, as gorduras insaturadas como os óleos vegetais, quando são
subme dos à altas temperaturas nas frituras e cozimentos, além de perderem suas qualidades
nutricionais, se transformam em verdadeiros venenos, que podem promover a formação de ateroma, e
são os reais vilões fomentadores das doenças cardiovasculares. Os óleos refinados que são queimados
para fazer frituras tornam-se verdadeiros tóxicos oxidantes, que contribuirão para o desequilíbrio redox,
favorecendo a agressão crônica às células do corpo, em especial ao endotélio, sendo causa de avcs e
infartos. O verdadeiro vilão que provoca infartos não é o colesterol, mas sim estas gorduras ruins,
fabricadas pelo ser humano, as chamadas gorduras trans. Elas são os óleos refinados, que de naturais não
têm nada e a margarina, uma verdadeira aberração, vendida como algo saudável e natural. Esta dupla,
sendo consumida todos os dias, cria as condições propícias para a formação das placas de ateroma, que
geram os infartos diversos.

- Ácidos graxos insaturados: Se caracterizam pela presença de uma ou mais ligações duplas entre átomos
de carbono. Quando temos apenas uma ligação dupla, o ácido graxo é monoinsaturado, quando tem mais
de uma ligação dupla é poli-insaturado. Predominam nos óleos vegetais como óleo de girassol, óleo de
cártamo, de gergelim, óleo de linhaça, dentre outros. O peixe é rico em ácidos graxos insaturados ômega
3. A caracterís ca principal dos ácidos graxos insaturados é que eles permanecem no estado líquido em
temperatura ambiente.

O nome “ômega 6”, significa que os ácidos graxos desse po possuem a primeira ligação dupla, C=C, no sexto
carbono, a par r da extremidade oposta à carboxila (COOH). O ômega 3 tem a primeira ligação dupla no
terceiro carbono, o ômega nove no nono, e assim por diante.

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Os ácidos graxos insaturados são benéficos ao nosso organismo e os poli-insaturados são chamados de
essenciais, ou seja, não são produzidos pelo nosso corpo, devendo ser ingeridos na dieta. São um exemplo
de ácidos graxos essenciais os do po ômega 3 presente na linhaça em grande quan dade 57%, e nos
peixes como a cavala, o atum e o salmão. E os do po ômega 6, presente nos óleos vegetais como milho,
girassol e cártamo. O ácido graxo ômega 9 presente no azeite de oliva, pode ser sinte zado pelo nosso
organismo não sendo um ácido graxo essencial, mas que seu consumo traz bene cios, porque talvez
nosso corpo não produza a quan dade de ômega 9 suficiente.

Exemplos de ácidos graxos insaturados: ácido oleico, ácido linolênico, ácido linolêico, ácido palmitolêico,
dentre outros.

4.15 – OS DIVERSOS ÔMEGA

Você certamente já ouviu falar no ômega 3, ômega 6, ômega não sei das quantas? Estes são os ácidos
graxos insaturados, que são fundamentais para nossa saúde, que precisamos ingerir na alimentação.

O segredo para sabermos se ele é 3, 6, 9 é o carbono onde existe a primeira ligação dupla. Os ácidos
graxos poli-insaturados, que se caracterizam por possuir mais de uma ligação dupla entre os carbonos, se
classificam de acordo com o carbono que possui a primeira ligação dupla, a par r do lado oposto ao grupo
carboxila (COOH).

Existem alguns grupos de ácidos que possuem a primeira ligação no terceiro carbono, e são chamados de
ácidos graxos do po ômega 3. Outros têm a primeira ligação no sexto carbono, e são os ômegas 6, e
assim por diante. Não sei se você sabia, mas existe também o ômega 5 e o ômega 7 que são fantás cos,
tendo peculiaridades e atuações impressionantes que impactam nossa saúde para melhor. Mais adiante
estudaremos estes ômegas especiais.

Vamos estudar agora as caracterís cas de cada grupo ômega e sua importância para a saúde de nosso
corpo, e principalmente para o sistema cardiovascular. Dentre todos, os mais importantes são os do po
ômega 3 e ômega 6, porque são considerados como essenciais, ou seja, o nosso organismo não consegue
produzi-los. Porém, necessita deles para a realização de diversas funções, desde a formação de células
saudáveis, até a manutenção do sistema nervoso em funcionamento. Como função nobre destes ácidos
graxos é formar a membrana celular, agem na formação da bainha de mielina, importante estrutura dos
neurônios, fundamental para a boa memória. Por esse mo vo, o ácido graxo ômega 3 melhora a cognição.
O ômega 6 é também o precursor do ácido aracdônico, que par cipa da resposta inflamatória,
fundamental para a regeneração ssular.

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4.16 – ÔMEGA 3

Ácidos graxos ômega 3: são ácidos graxos essenciais presentes em vários óleos vegetais e também nas
carnes de peixes como o salmão, o atum, a cavala, dentre outros. Estas moléculas são ácidos graxos poli-
insaturados, ou seja, possuem mais de uma ligação dupla entre os carbonos, contendo assim menos
hidrogênio em sua molécula. Quanto menos hidrogênio, mais líquida é sua consistência. Por este mo vo,
os óleos ômega 3 conseguem ficar em estado líquido até quando são subme dos a uma temperatura
muito baixa, do po -10graus cen grados.

Existem vários pos de ômega 3, e os mais importantes para nossa saúde são o ácido alfa linolênico, o
ácido eicosapentaenoico (EPA), e o ácido docosaexanoico (DHA).

O nome “ômega 3”, significa que os ácidos graxos desse po possuem a primeira ligação dupla, C=C, no
terceiro carbono, a par r da extremidade oposta à carboxila (COOH).

A molécula do ômega 3 possui mais de uma insaturação, o que lhe dá o tulo de gordura poli-insaturada.
A Natureza criou esta gordura, para que mantenha vivos os peixes que habitam regiões geladas, que
a ngem temperaturas em torno de -5 graus. Para que nestas temperaturas seu sangue não congele. O
peixe de águas profundas tem grande quan dade de ômega 3 em seu sangue, exatamente para que ele
não congele no frio intenso. A Natureza é sábia!

O ácido alfa-linolênico é considerado um ácido graxo ômega 3 de cadeia curta, possuindo apenas 18
átomos de carbono. Os ômegas 3 de cadeia curta não possuem tantos efeitos benéficos quanto os de
cadeia longa. Eles são saudáveis, mas não tão eficazes para prevenir doenças como os de cadeia longa. O
“bom” ômega 3 é o de cadeia longa, possuindo 22 ou 24 átomos de carbono. São exemplos de ácidos
graxos ômega 3 de cadeia longa o ácido eicosapentaenoico (EPA), e o ácido docosaexanoico (DHA). Eles
são encontrados nos peixes de águas profundas como o salmão, tanto o selvagem quanto o de ca veiro!
Hoje em dia, os salmões criados em ca veiro são alimentados com linhaça, que é rica em ômega 3 de
cadeia curta, porém após serem ingeridos pelo peixe são conver dos em seu organismo no ômega 3 de
cadeia longa DHA e EPA. Também são ricos em ômega 3 de cadeia longa, o bacalhau, o atum, a cavala, a
albacora e o cação.

Mas para que possamos aproveitar os bene cios deste néctar fantás co, o peixe não deve ser frito, caso
contrário perverteremos a molécula de ômega 3, transformando-a em uma gordura trans oxidada e
deformada. O peixe deve ser cozinhado, grelhado ou assado em forno.

O óleo de linhaça contém mais gordura ômega 3, ainda mais que o salmão, porém o ômega da linhaça é de
cadeia curta, é o ácido linolênico que não tem os mesmos efeitos benéficos. Por outro lado, ao ingerirmos a
linhaça, nosso organismo converte uma pequena parte do ômega de cadeia curta em ácidos de cadeia
longa, EPA e DHA, mas não tanto quanto o organismo do peixe. Portanto, a melhor forma de consumir o

141
ômega 3 que nossas células tanto precisam, é através do óleo de peixe, pois ele contém o ácido
eicosapentaenoico e o ácido docosaexanoico EPA e DHA já prontos.

Atualmente, devido aos diversos trabalhos cien ficos comprovando os enormes bene cios do ômega 3
para a saúde cardiovascular e para o corpo em geral, especialmente o cérebro, ocorreu uma febre de
consumo deste ácido graxo. A indústria alimen cia começou a “enriquecer” diversos alimentos ruins,
como a margarina, com ômega 3, para que se tornassem “saudáveis”! Porém esse ômega 3 adicionado é
de cadeia curta, oriundo de óleos vegetais diversos, e não os de cadeia longa que são os mais
importantes. O consumidor está levando “gato por lebre”! E além disso, não adianta de nada colocar um
composto saudável num alimento ruim e degradado como a margarina! Lembrando que quanto assamos a
margarina, submetendo-a ao fogo intenso, destruiremos o ômega 3, transformando-o num veneno.

O ômega 3 de cadeia curta é abundante em óleos como os de girassol, óleo de linhaça e de milho. Mas é
pra camente impossível encontrarmos óleo de girassol ou milho extravirgem. Os que existem no mercado
são refinados, portanto ruins para o consumo. E além disso, no óleo de girassol e no óleo de milho, o po
de ômega 3 existente é o ácido alfa-linolênico, que está acompanhado de altas concentrações de ômega
6, o ácido linolêico. O ômega 6 compete pelos mesmos receptores do ômega 3, atrapalhando sua ação
benéfica, principalmente se es ver em grande quan dade. Portanto nenhum óleo vegetal é boa fonte de
ômega 3, com exceção do óleo de linhaça.

A linhaça contém até 57% de ômega 3 em sua composição e muito pouco ômega 6. A boa no cia é que
encontramos o óleo de linhaça extravirgem nas casas de produtos naturais, com muita facilidade. Mas,
lembremos que este ômega não é de cadeia longa, e só uma pequena parte dele se converte em DHA e
EPA que realmente atuam beneficamente sobre o coração e o cérebro.

Na dieta ocidental habitual, a maioria das pessoas já ingere quan dades mais do que suficientes e até
excessivas de ômega 6, em diversos pos de alimentos. O ômega 6 em excesso é pró-inflamatório, e
impede a ação benéfica do ômega 3, porque compete com os receptores de membrana existentes nas
células. Portanto existe um consumo muito grande de ômega 6 e pouco de ômega 3. Passa a haver um
desequilíbrio nas quan dades de cada um. A relação ômega 6: ômega 3 fica com uma prevalência do
primeiro em até 30:1. O ideal é que fique em 5:1 ou 4:1.

Na verdade, não precisamos suplementar o ômega 6, pois já temos ele em abundância. Existem alguns
suplementos no mercado que se dizem “melhores” por oferecer todos os “ômegas”! A cápsula contém
ômega 3, 6 e 9! E com isso aumentamos a relação ômega 6: ômega 3, atrapalhando a ação benéfica do
ômega 3. O leitor não deve consumir estes produtos.

A suplementação de ômega deve ser apenas do 3, pois o 6 é fornecido em abundância pela alimentação
ocidental, e este é um problema sério, porque seu excesso e prevalência em relação ao 3, favorece o
excesso de inflamação, que é prejudicial ao corpo. Conforme veremos adiante o ômega 6 é pró-
inflamatório, e em excesso torna-se um veneno.

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A suplementação do ômega 3, EPA e DHA diminui a inflamação crônica dos tecidos, protegendo a pessoa de
doenças cardíacas. Alguns autores afirmam que a mensuração dos níveis de ômega 3 no sangue pode ser de
fundamental importância na predição de eventos cardiovasculares como infarto ou AVC.

O ômega 3 tem ação an -aterogênica, em primeiro lugar porque é um an oxidante, e es mula a produção
do óxido nítrico (NO). Já estudamos anteriormente que o NO é o principal agente protetor do endotélio,
atuando em várias frentes para a proteção da parede vascular. Por aumentar o NO, o ômega 3 também
baixa a pressão arterial, sendo de verdade um remédio an -hipertensivo natural.

Resumindo, os ácidos graxos ômega 3 agem:

Como an trombó co: inibindo a agregação plaquetária, o que vai impedir as complicações provenientes
da placa formada.

Como an -hipertensivo: es mulando o óxido nítrico, vai diminuir a resistência vascular periférica,
abaixando a pressão arterial.

Como an arrítmico: atua sobre os canais iônicos inibindo as arritmias, evitando mortes súbitas. Atua
principalmente para diminuir as extra-sístoles em corações anatomicamente normais, que acometem
pessoas que são muito ansiosas e têm síndromes de ansiedade. Os resultados são extraordinários para a
síndrome do pânico, que cursa com arritmias do po extra-sístoles.

Como an -aterogênicos: atuam protegendo o endotélio, melhorando a função endotelial, que é de suma
importância para a prevenção da fragilização da parede vascular, que termina por gerar a formação da placa
de ateroma, causadora de infarto e AVC. Ao aumentar o óxido nítrico, também incrementa essa proteção.
Ao abaixar a pressão arterial idem. Reduz as moléculas de adesão ao endotélio, refreando o aumento
exagerado da placa ateromatosa.

Com tudo isso, o ômega 3 reverte o processo de ateromatose, melhora a microcirculação pelo aumento
do óxido nítrico. Por isso se torna uma molécula de fundamental importância para o tratamento da
hipertensão arterial.

Além de tudo isso, o ômega 3 reduz a viscosidade sanguínea por aumento da flexibilidade das hemácias, a
par r da incorporação do EPA na membrana eritrocitária. Esse fato foi demonstrado por (Woodcock e
cols. 32). Estes autores demonstraram em um estudo, que doses baixas de 1,4 gramas por dia do óleo de
peixe, foi capaz de reduzir a viscosidade sanguínea, favorecendo a microcirculação, com uma melhor
oxigenação tecidual. O mesmo estudo demonstrou que a velocidade do fluxo sanguíneo capilar aumentou
1,75 vezes nos voluntários que tomaram o suplemento de óleo de peixe, após semanas de uso. Isto é de
fundamental importância para a cura da hipertensão, pois já sabemos a relação entre a hipertensão e o
bloqueio da microcirculação.

Com uma microcirculação competente, e um maior aporte de sangue as células, estamos cuidando do que
é mais importante: a nutrição celular! Cuidar da microcirculação e curá-la é a terapia real que trata da

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forma mais eficaz todas as doenças cardíacas, inclusive a hipertensão, e outras doenças correlatas como a
obesidade, e a diabetes mellitus.

O ômega 3 é o grande alimento funcional do sistema cardiovascular. A boa no cia é que vários trabalhos
cien ficos, que chegam a casa dos milhares já comprovaram sua eficácia como alimento funcional, com
ação terapêu ca e preven va. Porém, a imensa maioria dos médicos ainda não sabem disso, e a indústria
farmacêu ca faz de tudo para esconder este fato, pois ela não pode patentear o peixe, nem a linhaça! O
uso em larga escala deste composto, pode re rar e muito os lucros destas corporações frias e desumanas.
Por este mo vo, estão querendo até demonizar o ômega 3, criando trabalhos cien ficos men rosos, do
po chapa branca, que começam a ser divulgados, relatando falsos efeitos colaterais!

Além de todos estes bene cios para a saúde cardiovascular, o ômega 3 atua sobre o cérebro, aumentando
o aporte de sangue para o órgão, melhorando a circulação cerebral. E esta gordura que é um verdadeiro
néctar, age promovendo a regeneração dos neurônios, conforme foi comprovado por uma pesquisa
brasileira feita em São Paulo na UNIFESP.

4.17 – OS RISCOS DO CONSUMO EXCESSIVO DE ÔMEGA 3

Conforme já afirmamos anteriormente, um composto para ser néctar ele tem que exis r na quan dade
ideal, numa concentração exata. Uma quan dade maior inverte sua caracterís ca e pode transformá-lo
num veneno. O ômega 3 é muito bom para a saúde na quan dade certa. A dose de ômega 3 correta é 1
grama de 8 em 8 horas nas refeições, ou seja, 3 gramas ao dia. Mais do que isso pode torná-lo tóxico.

O ômega 3 é contraindicado para pacientes que fazem uso de an coagulantes, e em pacientes com
distúrbios de coagulação, como hemo licos. Pessoas com próteses cardíacas também devem evitar o
consumo. O excesso deste ácido graxo pode causar vários problemas. Ele vai favorecer os processos
inflamatórios e induzir à resistência à insulina, piorando os quadros de diabetes.

4.18 – OS CUIDADOS AO COMPRAR ÔMEGA 3

Com a proliferação das informações acerca dos bene cios do ômega 3, cresceram e muito as ofertas do
produto, e muitas delas falsas. Fabricantes inescrupulosos vendem “gato por lebre”. Por esse mo vo,
devemos ficar atentos e procurar um suplemento de qualidade.

O ômega 3 em cápsulas pode ser testado facilmente em casa. Coloque uma cápsula no congelador por 5
horas. Após isso, o óleo não deve congelar, e permi r que o leitor introduza uma agulha que atravesse a
cápsula. Se a agulha não conseguir transpassar teremos uma fraude! O óleo congelado não é ômega 3.

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Lembremos que o ômega 3 não congela em baixas temperaturas, fazendo com que os peixes de águas
geladas mantenham seu sangue circulando, mesmo quando estão a -10graus.

Outra fraude é a venda do “super ômega 3”, que combina o ômega 6 e 9 em conjunto. Não consuma este
produto, pois o ômega 6 atrapalha a função do 3, impedindo seus efeitos benéficos.

Outro fato interessante: devemos consumir o ômega 3 em conjunto com alimentos an oxidantes. O
ômega 3 é facilmente oxidável, sendo muito sensível à degradação. Por isso, consumi-lo ao mesmo tempo
com an oxidantes é a garan a para que ele possa manter suas propriedades benéficas. Uma maneira de
fazermos essa mistura é u lizando a vitamina E, que é um dos mais poderosos an oxidantes. Algumas
marcas de ômega 3 existentes no mercado já vêm enriquecidas de vitamina E, o que é muito bom. Prefira
os produtos que contenham vitamina E dentro da cápsula, pois ela serve como um protetor contra a
oxidação do óleo.

Outra forma de consumirmos o ômega 3 de maneira inteligente é ingerir a cápsula nas refeições, quando
es vermos comendo as saladas, que são ricas em an oxidantes. Eles protegerão o delicado óleo até que
seja absorvido pelo intes no e a nja os órgãos alvo!

4.19 – ÔMEGA 6
Representam um grupo de ácidos graxos poli-insaturados, que possuem a caracterís ca de possuir sua
primeira insaturação no sexto átomo de carbono, a par r da extremidade oposta a da carboxila. Eles são
gorduras essenciais, ou seja, o nosso organismo necessita absorvê-los pela alimentação, não conseguindo
fazer sua síntese. Existem vários pos de ômega 6, o mais comum é o ácido linolêico.

Eles par cipam de inúmeros processos da bioquímica corpórea, confeccionando membranas das células.
Auxiliam na geração da pele e dos cabelos e mantêm na saúde dos ossos.

O ômega 6 difere do ômega 3, por exis r em abundância em diversos alimentos, não havendo carência
deste po de gordura. São fontes de ômega 6: aves de capoeira, ovos, abacate, óleos vegetais diversos,
leite e derivados, óleo de linhaça, óleo de cártamo (grande quan dade de ômega 6), cereais.

Por este mo vo, só uma pessoa realmente desnutrida que não se alimenta diariamente, é que vai
desenvolver carência deste ácido graxo. A maioria das pessoas possui na verdade um excesso de ômega 6,
o que causa inúmeros problemas.

Como qualquer substância presente no corpo, quando em excesso torna-se um veneno. Em quan dades
ideais é um néctar maravilhoso. Em excesso, é um tóxico que facilita o surgimento de inúmeras doenças.
Portanto devemos tomar cuidado para não ingerir ômega 6 demais! E essa situação piorou quando houve
um aumento no consumo de frituras e margarinas, em detrimento das gorduras saturadas. As frituras vão

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conter o ômega 6 degradado, em posição trans, e repletos de radicais livres, o que vai favorecer ainda
mais a aterosclerose.

Como o ômega 6 é muito presente em diversos alimentos, temos um predomínio dele, em detrimento do
ômega 3. A relação ômega 6: ômega 3 deve ser de 4:1. Atualmente, a maioria possui uma relação de 20:1
e até 30:1. Quando o ômega 6 está nestes níveis ele se torna um veneno perigoso, pró-inflamatório,
porque aumenta a quan dade de mediadores da inflamação.

Uma das funções do ômega 6 é fomentar a inflamação, que como já estudamos anteriormente, é
necessária para o corpo. Quando você leva um corte, se machuca de alguma maneira, tem algum tecido
destruído, é preciso inflamar para regenerar. Porém, esta inflamação não pode perdurar. A inflamação
aguda é boa, a crônica é um veneno. Quando temos ômega 6 demais, ficamos inflamados por dentro e
esta inflamação crônica abre as portas para várias doenças, incluindo-se as doenças cardíacas, o câncer e
as doenças degenera vas do cérebro.

Você já sabe que a doença ateromatosa, as placas de gordura não são provocadas pelo colesterol, mas
sim por um conjunto de moléculas que agridem o endotélio e facilitam a degradação da parede vascular.
Além disso, o gado produz uma proteína LDL destruidora que vai tentar destruir a parede vascular do
vaso em um determinado ponto dele. A proteína LDL anormal vai ser fabricada em resposta aos traumas
inconscientes, relacionados ao afeto, que carregam mágoas, ressen mentos e até ódio. Tudo isso é
somado a falta crônica de vitamina C. A falta de vitamina C já é por si só um fator de enfraquecimento da
parede vascular, pela falta de colágeno, quando se soma a todos estes outros agressores, teremos a
destruição real da parede vascular, que fica cheia de rachaduras. Para sanar o problema e evitar a ruptura
do vaso, o colesterol e a lipoproteína a, são usados como adesivos, emplastros, que fecharão o
vazamento. Forma-se uma placa que de início é algo muito bom. A salvação!

Mas, com a con nuidade do déficit de vitamina C, e com a agressão diária que se mantém, e a inflamação
crônica, teremos mais e mais deposição de placa, que se avoluma, terminando por fechar o lúmem do
vaso, provocando os AVC´s isquêmicos e as isquemias cardíacas. O ômega 3 contribui para bloquear este
processo, porque ele é an -inflamatório. Tendo um efeito contrário ao ômega 6.

Portanto, é imprescindível a reposição de ômega 3, para que possamos aumentar sua quan dade e
diminuir a proporção 6:3. E neste intento, devemos abolir da alimentação as margarinas, ricas em
gorduras trans, e todas as frituras feitas com óleos vegetais refinados.

4.20 – ÔMEGA 5
Vamos agora estudar um ômega que é pouco conhecido, mas é uma molécula fantás ca, que pode ajudar
muito a melhorar sua saúde. Estamos falando do ômega 5, que infelizmente é di cil de ser encontrado no
Brasil. O ômega 5 se caracteriza, pela presença da primeira insaturação no quinto átomo de carbono, a

146
par r da extremidade oposta a da carboxila. Este óleo é raro, e apresenta propriedades muito especiais. O
mais importante deste grupo é o ácido púnico, presente em grande quan dade nas sementes de romã. O
ácido púnico é um dos mais potentes an oxidantes conhecidos, possuindo cerca de 6 vezes mais poder
an oxidante que o extrato seco da semente de uva. É uma molécula de 18 carbonos, apresentando a
caracterís ca única de possuir 3 ligações duplas entre os carbonos, com poucos átomos de hidrogênio
nesta parte da molécula, ou seja, é um ácido muito pouco hidrogenado. A primeira ligação dupla está
presente no quinto átomo de carbono a par r da extremidade oposta à carboxila. Um detalhe peculiar do
ômega 5 é a sua tripla insaturação!

O óleo extraído da semente de romã possui uma quan dade extraordinária deste ácido graxo tão raro
quanto especial, a ngindo uma concentração de 72% (Arao et al., 2004).

Sua presença explica as propriedades de cura desta fruta ímpar. A romã é conhecida há milênios pelos
seus efeitos terapêu cos fantás cos. Durante vários anos, diversos cien stas pesquisaram o óleo de
semente de romã, pensando encontrar neles os ômegas 3, 6 e 9, porém para sua surpresa se depararam
com um novo e incomum ácido graxo, o ômega 5.

Sua molécula é de alta energia, devido as suas ligações duplas, que deixam um espaço vazio não
preenchido por hidrogênio. Isso torna o óleo bastante fino e delicado, com uma potência de cura
extraordinária. Talvez esse fato explique o alto poder energé co da fruta romã, que já foi constatado por
anos e anos de uso terapêu co. Certamente, a planta concentra muita força na sua semente, nestas
ligações duplas da molécula do ácido graxo ômega 5.

Ele está sendo usado como um óleo rejuvenescedor, com poderes de auxiliar o organismo na regeneração
celular. Alguns estudos sugerem que o ômega 5 es mula a proliferação dos quera nócitos, promovendo
assim a regeneração da epiderme. Seu efeito sobre a pele já está sendo constatado por muitos. Seus
resultados já lhe dão status de suplemento an envelhecimento. Dentre os efeitos benéficos do ácido
púnico podemos citar sua interferência na produção de prostaglandinas e leucotrienos, agindo como um
an -inflamatório natural, modulando a inflamação crônica, que facilita o aumento excessivo da placa de
ateroma. Todo alimento ou suplemento que modula a inflamação terá ação protetora, evitando infartos e
AVC´s isquêmicos.

Além disso, o ômega 5 ajuda a reparar as células danificadas em todo o organismo, o que vai ser muito
benéfico para as células endoteliais, que sofrem diariamente agressões dos alimentos modernos. Uma
reparação mais rápida e eficaz, significa menos inflamação. Com isso, o ômega 5 dificulta a formação das
placas de ateroma que necessitam da lesão endotelial para exis r. Possui então poderoso efeito an
ateromatoso, an infarto e an avc. Também vai ser muito bom para a pele, ajudando a que ela fique
mais bela, mais suave e mais limpa.

Além disso, melhora a ação da insulina sobre a membrana das células, aumentando a sensibilidade à
insulina, tendo efeito de melhora da microcirculação. Sabemos que outra função menos conhecida da

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insulina é abrir a microcirculação, melhorando o fluxo de sangue pelos capilares. Isto vai diminuir a
resistência vascular periférica, revertendo a hipertensão arterial.

A força do ômega 5 é tão grande, que o ácido púnico age sobre o campo áurico humano, ampliando sua
extensão, provavelmente devido ao seu alto potencial de energia.

O óleo pode ser aplicado diretamente na pele, e vai ser muito bem absorvido, promovendo a regeneração
celular. Sua ação an oxidante confere a pele um aspecto mais renovado e belo, e lhe dá o status de óleo
com propriedades an envelhecimento.

O ômega 5 em conjunto com o ômega 7 vai melhorar e muito a microcirculação, sendo fundamental para
a prevenção da diabetes, da obesidade e da hipertensão arterial, além de inibir a formação da placa de
ateroma nas arteríolas, fator que como já vimos anteriormente prejudica a microcirculação.

O ômega 5 é di cil de ser encontrado aqui no Brasil. O óleo de semente de romã é pouco conhecido, e,
portanto, o leitor só irá encontrá-los em sites estrangeiros de venda pela internet. Um dos sites
pesquisados foi o (IHERB.com).

A dose diária é de 1 cápsula de 12 em 12 horas.

4.21 – ÔMEGA 7
A maioria das pessoas conhece os bene cios da suplementação com ômega 3 e já nos referimos aos seus
efeitos benéficos, como a fabricação de eicosanoides an -inflamatórios, diminuindo a inflamação
excessiva; porém poucos conhecem os ácidos graxos do po ômega 7, dentre eles o ácido palmitolêico.
Esse ácido graxo fantás co atua prevenindo a exacerbação da placa de ateroma, e diminui os marcadores
da inflamação, reduzindo a proteína C rea va. É, portanto, fundamental para a prevenção de infartos e
avcs. Os ácidos graxos ômega 7 são um grupo de compostos mono-insaturados, ou seja, possuem
apenas uma ligação dupla no sé mo carbono, a par r da extremidade oposta a da carboxila. Eles são
gorduras não essenciais até a idade madura. Ou seja, o corpo é capaz de produzir o ômega 7, a par r
do ácido palmí co (gordura saturada), porém essa capacidade vai diminuindo com a idade. As crianças
e adolescentes possuem enormes quan dades de ômega 7 em sua pele.

A par r dos 45 anos, o corpo não consegue mais produzir ômega 7 suficiente, devendo ser ingerido na
alimentação. Existem vários pos de ômega 7, porém o mais importante é o ácido palmitolêico.

Esse ácido graxo é tão especial quanto raro de ser encontrado em alimentos. Uma boa fonte de ômega 7 é
a noz macadâmia, que já pode ser encontrada em casas de produtos naturais. Elas devem ser consumidas
na quan dade de dez a doze por dia. Os efeitos posi vos do ômega 7 são conseguidos com doses
pequenas. E o principal é a redução da inflamação crônica, produzida pelo ômega 6 em excesso e pelo
consumo diário de alimentos tóxicos e industrializados que agridem e lesionam tecidos importantes como

148
o endotélio vascular. Uma dose de 210mg de ômega 7 é suficiente para promover uma diminuição de 73%
na proteína C rea va.

Outra fonte de ômega 7 é a fruta do espinheiro do mar, em inglês (sea buckthorn). Seu nome cien fico é
Hippophae rhamnoides. A fruta é u lizada na preparação de cosmé cos, sucos e xaropes. O espinheiro do
mar está presente desde a Europa à Ásia, Rússia, Índia, Dinamarca, Polônia e Noruega. Mais de 90% da
área de cul vo do espinheiro do mar encontra-se na China, onde esse vegetal é empregado para evitar a
erosão do solo, além de servir de alimento para a população local. É uma planta solar, precisando de muito
sol, não se adaptando a locais sombreados. Nos países da Europa, está presente nas zonas costeiras, e por
resis r ao sal, prevalece em relação a outras espécies de plantas. A grande força energé ca con da no
ômega 7 talvez se explique por essa natureza solar do vegetal, que capta muita energia e condensa na
molécula do ácido graxo. A fruta contém grande quan dade de vitamina C, até mais do que o kiwi! A
quan dade de vitamina C também revela o al ssimo poder energé co desta planta.

O ácido graxo ômega 7 mono-insaturado é raro na natureza, mas está presente em nosso corpo em
abundância, na infância e adolescência. Ele ocorre em todos os tecidos e é um componente natural da
pele, desempenhando um papel crucial na fisiologia deste tecido. O ômega 7 ajuda a nutrir melhor as
células da pele, funcionando como um provável es mulador da microcirculação. Ele também auxilia na
manutenção da estrutura celular normal do sistema tegumentar (pele).

O suplemento de ômega 7 em cápsulas, da mesma forma que o ômega 5 é di cil de ser encontrado aqui
no Brasil. Este ácido graxo fantás co, o leitor poderá encontrá-lo em sites estrangeiros de venda pela
internet. Um dos sites pesquisados foi o (IHERB.com).

4.22 – ÔMEGA 9
Representam um grupo de ácidos graxos poli-insaturados, que possuem a caracterís ca de possuir sua
primeira insaturação no nono átomo de carbono, a par r da extremidade oposta a da carboxila. Eles são
gorduras não essenciais, ou seja, o nosso organismo consegue fabricá-los, porém consumi-los é bom para
a saúde, principalmente para a saúde cardiovascular. Os ácidos graxos do po ômega 9 mais comuns são o
ácido olêico com 18 carbonos, o ácido erúcico com 22 carbonos e o ácido nervônico com 24 carbonos. O
ácido olêico, bastante comum, encontrado nos azeites de oliva extravirgens no qual sua concentração
chega a 80%, e no óleo de uva e palma. O consumo dos ácidos graxos ômega 9 estão relacionados a níveis
mais baixos de triglicerídeos. É um óleo bastante saudável, e essa descoberta deve-se a pesquisas com a
chamada dieta do mediterrâneo. Os alimentos ricos em ômega 9 são o azeite de oliva extravirgem, as
azeitonas e as frutas oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas).

O ácido olêico é apontado como hipotensor, sendo o responsável pelo efeito benéfico sobre pacientes
hipertensos, com o consumo do azeite de oliva. O ômega 9 reduz a pressão arterial. (Teres, S. et al, 2008).
E segundo a pesquisa de Teres, S., sua ação é de curto prazo, 2 a 4 horas, e se mantém quando o paciente

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consome diariamente o ácido olêico. Portanto consumir azeite de oliva todos os dias auxilia no controle
da pressão arterial.

4.23 – RESVERATROL
Com certeza um grande néctar da Natureza. Presente na casca das uvas roxas, na semente da uva e no
vinho nto. Também encontramos resveratrol na pele do amendoim e em outras fontes vegetais. É um
polifenol produzido por algumas plantas, quando são agredidas, ou quando estão sob ataque de
patógenos como bactérias e fungos. Por este mo vo, a uva orgânica tem cerca de 4 a 5 vezes mais
resveratrol do que a uva pulverizada com agrotóxicos. Este néctar extraordinário atua sobre nosso corpo,
trazendo muitos bene cios. A lista de propriedades cura vas desta molécula é infindável. Para começar,
podemos citar que ela é an viral, atua sobre os pulmões e é an oxidante poderoso.

A maioria das pessoas conhece o resveratrol apenas por ser an oxidante e ajudar a baixar os níveis de
pressão arterial. Mas o resveratrol faz muito mais do que isso!

Para o sistema endócrino, age especialmente sobre o pâncreas, protegendo as células beta e regulando a
produção de insulina. Em estudo de 2011, foi evidenciado o efeito preven vo e cura vo do resveratrol,
sobre a diabetes mellitus do po 2. Segundo este trabalho, o resveratrol age protegendo as células beta
das ilhotas pancreá cas, bem como melhorando a ação periférica da insulina (Szkudelski T, 2011). Por
este mo vo é remédio natural para a diabetes mellitus do po 2, fazendo parte de nosso protocolo para a
reversão da doença.

Mas, o efeito posi vo do resveratrol vai ainda bem além. Em recente pesquisa publicada no “The Journal
of Clinical Endocrinology and Metabolism”, foi verificado que a molécula atua corrigindo o desequilíbrio
hormonal nas mulheres com ovário policís co. Ela abaixa os níveis de testosterona nas mulheres,
ajudando nos casos de infer lidade feminina (Banaszewska B, 2016).

A pesquisa comprovou que o resveratrol diminui significa vamente os níveis da testosterona em


mulheres com ovário policís co, melhorando e muito o quadro clínico delas.

A mesma pesquisa também comprovou que o resveratrol melhora a ação insulínica no corpo, diminuindo
os níveis deste hormônio, melhorando assim o quadro metabólico geral.

O resveratrol também é muito amigo dos homens. Ele também atua de forma extraordinária sobre o trato
reprodutor masculino, aumentando os níveis de testosterona no sangue, melhorando a ereção e
incrementando a contagem de espermatozoides e sua mo lidade (Shin S, et al. 2008). Deve fazer parte
dos protocolos para reverter a disfunção eré l.

E se você ainda não se sa sfez com os bene cios do resveratrol, aí vem mais! O resveratrol atua com
impacto sobre o metabolismo energé co e a função mitocondrial. Ele é um néctar fantás co, que
promove a longevidade, através do es mulo à biogênese mitocondrial, ou seja, à formação de novas

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mitocôndrias. Esta função faz dobradinha com a vitamina PQQ que também faz isso. O kiwi é rico em
PQQ, e se comermos kiwi todos os dias e tomarmos o suco da uva orgânica, teremos resveratrol para
amenizar os impactos do envelhecimento. Sabemos que o envelhecimento está relacionado com a perda
de mitocôndrias! Quanto mais mitocôndrias, mais jovialidade teremos. Quanto mais mitocôndrias, mais
catabolismo de gorduras e mais energia para os músculos e o gado. Este efeito confere ao resveratrol,
um papel muito importante na manutenção de um bom metabolismo, através de uma maior facilidade na
obtenção de energia pelas células. Sabemos que uma das funções do metabolismo é dar a cada célula do
corpo, a energia química que ela precisa. Isto acontece através da queima dos ácidos graxos nos músculos
e da glicose em vários outros tecidos, em especial o tecido nervoso. A mitocôndria é uma organela
fundamental para este processo de respiração celular e formação de ATP. Com a idade, perdemos
mitocôndrias, elas vão diminuindo em quan dade. Por este mo vo, o metabolismo piora nas pessoas
idosas, inclusive ocorrendo a obesidade, em pessoas que nunca foram obesas na juventude. O resveratrol
promove a neoformação de mitocôndrias, melhorando assim o catabolismo tanto da glicose, quanto das
gorduras, sendo um excelente remédio para o metabolismo. Vai ser fundamental para a síndrome
metabólica e para a obesidade, além da diabetes po 2 que se relaciona com estas duas doenças.

Outro mecanismo de ação, que confere ao resveratrol o status de “estrela do metabolismo” é sobre a
proteína quinase a vada por adenosina monofosfato (AMPK). Esta poderosa proteína é um grande
regulador do metabolismo, atuando sobre a célula, es mulando o catabolismo dos ácidos graxos, e da
glicose, fomentando assim a geração de ATP. Ele também atua inibindo o gasto de ATP para o anabolismo,
bloqueando a formação de proteínas. Portanto o resveratrol promove a queima de gordura, ou seja, ele
emagrece! Esta é a boa no cia para os obesos, e para quem tem diabetes do po 2. O AMPK é como um
sensor, que percebe quando a célula está com pouco ATP, atuando assim como catalizador para que
ocorra uma maior queima de gordura, para formar ATP. O AMPK vai atuar nas vias metabólicas que
produzem ATP, como a queima dos ácidos graxos, a captação de glicose para dentro da célula e a queima
da glicose dentro da mitocôndria (Kemp, B. E., et al., 2003).

O AMPK é um regulador da homeostase energé ca do corpo e uma das moléculas mais importantes para
o bom metabolismo. Quando a vado, o AMPK age para conservar energia, promovendo a queima de
gordura para produzir ATP e na conservação das vias de gasto de ATP (Oakhill, J. S., J. W. Sco , and B. E.
Kemp,2009). Esta molécula talvez seja a chave para o mecanismo que cria a obesidade, porque ela regula
a homeostase energé ca, controlando a fome e o peso do corpo em resposta a uma variedade de
hormônios como a lep na, adiponec na e a grelina (Oakhill, J. S., J. W. Sco , and B. E. Kemp,2009).

Em pesquisa realizada na Austrália, foi constatado que a molécula AMPK atua como um sensor, que
desliga as vias de anabolismo e liga as vias de catabolismo. Em outras palavras, manda você parar de
guardar gordura e manda você queimar gordura! Isto é par cularmente importante para os obesos, que
têm dificuldade de queimar gordura (Oakhill, Jonathan S., John W. Sco , and Bruce E. Kemp, 2012).

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O resveratrol mime za um estado de restrição calórica, fazendo com que o corpo “pense” que está sem
comida, em estado de escassez de comida. Desta forma ele a va o AMPK, promovendo a queima de
ácidos graxos, para que a célula tenha mais ATP. Temos então duas vias de melhora na queima de
gordura, proporcionada pelo resveratrol. Uma pela biogênese de novas mitocôndrias; e sabemos que
quanto mais mitocôndrias, mais gordura é queimada! E outra pela a vação do AMPK, a proteína que
promove uma maior queima de ácidos graxos. Portanto, temos um remédio natural potente para
melhorar o metabolismo da glicose e das gorduras, que vai ajudar na obesidade e síndrome metabólica. O
resveratrol pode ser tomado na forma de cápsulas, existem várias opções no mercado. A forma mais
recomendada é a trans-reverastrol, presente em boa quan dade na raiz de uma planta japonesa, de
nome cien fico polygonum cuspidatum, o knotweed japonês, uma planta comes vel, originária da Ásia
oriental. Vários suplementos de resveratrol são feitos a par r desta planta, em conjunto com a uva. A
dose é de 200mg a 300mg ao dia. Outra fonte de resveratrol é o extrato de semente de uva, mas tem
menor quan dade. Para a melhora dos quadros de obesidade, é interessante o uso do trans-reverastrol.

Além de todas estas indicações, o resveratrol age também como potente an viral, em especial como agente
destruidor do vírus influenza. O seu efeito é superior aos an virais químicos, e o melhor, sem qualquer
efeito colateral. Ele age impedindo a replicação do vírus, diminuindo sua virulência. Esta descoberta foi
tema de um ar go publicado pelo The Journal of Infec ous diseases, na qual se comprova com um modelo
animal, a ação an viral do reverastrol (Palamara, A. e colaboradores, 2005).

Este ar go demonstra que o resveratrol inibe fortemente a replicação do vírus influenza, em um modelo de
animais, tendo sua a vidade sido relacionada ao bloqueio do transporte núcleo-citoplasma das proteínas
virais e a redução de sua expressão tardia. E todo este processo está relacionado à inibição da a vidade da
enzima proteína C quinase e suas vias correspondentes. Segundo o mesmo ar go, o resveratrol aumentou a
sobrevida dos animais e diminui os tulos virais no pulmão. O ar go comprovou que ele pode ser um
medicamento an gripal fantás co, que infelizmente, devido ao lobby da indústria, deixa de beneficiar
milhões de pessoas. Neste livro de suplementação inteligente, chamamos a atenção para esta descoberta,
para que ela possa servir a todos que sofrem com a influenza.

Ainda mais, muito além da gripe, o resveratrol atua como um potente medicamento para curar a asma
brônquica, revertendo todo o processo de degeneração patológica que acontece na in midade dos brônquios
e bronquíolos. Nos casos de asma, surge a chamada remodelação, que é algo bastante destru vo, que pode
levar a uma degeneração da função pulmonar. As alterações estruturais na asma incluem a metaplasia das
células caliciformes, a hipersecreção de muco, a fibrose sub-epitelial, o espessamento da musculatura lisa dos
brônquios e bronquíolos. Após estas alterações em âmbito celular, fica muito mais fácil acontecer a “tríade
maldita” da asma (inflamação, broncoespasmo e hipersecreção). Em trabalho cien fico realizado na Austrália
e publicado em revista especializada, foi comprovado o efeito benéfico do resveratrol, em inibir a
remodelação brônquica em modelo animal, u lizando-se ratos em laboratório (Royce, SG. et al, 2011).

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Segundo a pesquisa, foi comprovada a ação do resveratrol em prevenir o remodelamento brônquico e a hiper-
rea vidade brônquica. Além disso, inibiu a fibrose subepitelial. A hiper-rea vidade brônquica é um dos mais
importantes quadros patológicos da doença, demonstrando a sua severidade. Quanto mais hiper-rea va está
a mucosa, mais a tríade do mal se estabelece. O trabalho australiano comprova que uma dieta rica em
resveratrol tem o poder de reverter doenças pulmonares obstru vas crônicas e a asma, além de evitar a hiper-
rea vidade brônquica.

COMO SUPLEMENTAR O RESVERATROL

A uva e o vinho possuem muito pouca quan dade. O suco de uva orgânico tem mais concentração deste
nutriente. O resveratrol trans pode ser manipulado nas farmácias de manipulação na dose de 300 mg por
comprimido, uma vez ao dia.

O resveratrol pode ser manipulado nas farmácias de manipulação, como suplemento, porém a melhor
fonte desta molécula está na semente de uva. O extrato da semente de uva, pode ser manipulado nas
farmácias, contendo grande quan dade desta preciosa substância. A dose do extrato seco da semente de
uva é de 150mg de 12 em 12 horas. E é possível encontrá-lo em qualquer farmácia de manipulação.

4.24 – ÓLEO DE CÁRTAMO


O cártamo é um óleo fantás co para o metabolismo das gorduras, principalmente se a pessoa é daquelas
que engorda facilmente e emagrece com dificuldade. Neste caso, há uma supremacia na expressão da
enzima lipase lipoproteica, responsável pela re rada dos triglicerídeos das moléculas carreadoras no
sangue, a VLDL e o quilomícron, e pela sua deposição nos adipócitos. Em outras palavras, a lipase
lipoproteica engorda! Promove o acúmulo de triglicerídeos nas células adiposas. O cártamo bloqueia a
ação desta enzima, dificultando o estoque de lipídeos. Em outras palavras, o óleo de cártamo impede que
você engorde! Além disso, o óleo de cártamo es mula a queima dos ácidos graxos dentro da mitocôndria,
trabalhando em conjunto com a carni na e o ômega 3. O cártamo atua es mulando a enzima lipase
hormônio sensível, responsável pela re rada dos ácidos graxos de dentro das células adiposas para que
sejam disponibilizados para a queima. O cártamo emagrece, através de duas vias diferentes. Por um lado,
ele manda o corpo parar de guardar gordura e por outro manda queimar gordura!

Deve ser tomado antes do treino e depois do treino. E quando a pessoa não for fazer exercício em um dia
específico, tomar antes do almoço e depois do almoço. Em trabalho cien fico com o cártamo, foi
constatado que melhorou a obesidade em ratos de laboratório (Zhang, Zhong, et al., 2009).

O cártamo também aumenta a sensibilidade à insulina e melhora os níveis de glicose no sangue,


diminuindo os riscos para a diabetes do po 2. Em pesquisa realizada em conjunto, entre pesquisadores
alemães e americanos, foi constatado que a suplementação com o óleo de cártamo promoveu a perda de
peso e o controle da glicemia (Norris, Leigh E., et al.,2009).

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Este estudo comprovou que o óleo de cártamo aumenta a produção da adiponec na, hormônio que
favorece o emagrecimento. Quanto mais adiponec na, mais facilmente você emagrece e mais
dificilmente você engorda! O cártamo é realmente um grande remédio natural emagrecedor, pois atua
com impacto sobre o metabolismo da glicose e das gorduras, incrementando o catabolismo dos ácidos
graxos, a sensibilidade à insulina, diminuindo os níveis de glicose no sangue. Além disso, aumenta a
saciedade, ou seja, reduz a fome, combatendo a chamada “fissura” alimentar. Por este mo vo, é um
grande aliado nas dietas de emagrecimento, em conjunto com o exercício sico. A dose recomendada é
de 1 cápsula antes da realização do exercício sico e 1 cápsula depois. Caso não seja possível treinar no
dia, usar antes e depois do almoço. O óleo de cartamo é vendido em qualquer loja de produtos naturais.

4.25 – LICOPENO
O licopeno é um hidrocarboneto carotenoide, encontrado nos tomates, e em várias outras frutas e
vegetais, como cenoura, melancia, goiaba e mamão, que lhes confere a coloração avermelhada. Porém,
frutas escuras e vermelhas como o morango e a cereja não contêm licopeno. O licopeno é um caroteno
sem a vidade vitamínica A, ou seja, ele não se transforma em re nol dentro do corpo. Sua ação é como
um poderoso an oxidante.

Você já estudou o que são os agentes oxidantes, que são produzidos pelo próprio corpo humano com a
respiração e a a vidade sica. Estes radicais livres, agridem o corpo por dentro, danificando as
membranas das células e as mitocôndrias, contribuindo para o envelhecimento e degeneração do corpo
humano. Estes danos abrem as portas para as doenças cardíacas e o câncer por exemplo. Como
an oxidante, o licopeno combate estas espécies rea vas, os radicais livres, ajudando a levar a balança
oxida va para o lado da saúde.

O licopeno é insolúvel em água e por este mo vo, não pode circular livremente no sangue. Ele é
transportado pela proteína LDL, a mesma que carrega outro néctar, o colesterol, que foi indevidamente
demonizado. O Licopeno funciona como um limpador de radicais livres. Sua propriedade an oxidante
parece impedir os danos oxida vos dos componentes subcelulares, protegendo de mudanças
degenera vas e carcinogênese. Em outras palavras, previne o câncer e o envelhecimento!

Podemos resumir os efeitos posi vos do licopeno

- Ação eficaz na desintoxicação de pessoas que fumam, bebem álcool e com dieta muito rica em gorduras
ruins

- Melhora a regeneração da pele e das mucosas internas

- Previne o câncer, principalmente o câncer de próstata! Também previne o câncer de pulmão e pele.

- Evita o envelhecimento precoce, sendo um agente do bom envelhecimento

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- Protege das radiações ionizantes.

- Protege as células endoteliais, diminuindo os riscos de infartos e avcs

- Ajuda na reversão da esteatose hepá ca, por ajudar na regeneraçaõ das mitocôndrias dos hepatócitos.

- Protege os olhos, prevenindo a degeneração macular.

E ainda tem mais! Só que ainda não foi descoberto pela ciência. O licopeno é outro destes néctares
maravilhosos, cuja lista de bene cios não tem fim.

A melhor fonte do licopeno é sem dúvida alguma o tomate. Porém o tomate cru provê pouco licopeno
porque a absorção deste carotenoide nestas condições é muito baixa. No tomate cru só se absorve 13%.
Quando cozinhamos o tomate a absorção sobe para 70%! Então devemos comer molho de tomate, de
preferência feito em casa de forma natural e optando-se pelo tomate orgânico. Quanto maior for a
concentração do tomate no molho, mais licopeno terá e a absorção será maior se houver um pouco de
gordura saudável, presente no molho, como azeite de oliva, ou manteiga ghee. Encontra-se presente em
alimentos como o tomate (média de 3,31 mg em 100 g) e o mamão (média de 3,39 mg em 100 r).
O licopeno também pode ser manipulado nas farmácias de manipulação. A dose é de 15 mg uma vez ao
dia, após o almoço.

4.26 – ÁCIDO ALFA LIPÓICO


É um poderoso an oxidante, solúvel tanto em água quanto em gordura, que contém enxofre em sua
composição. É um ácido graxo de cadeia curta, sinte zado pelo gado e presente em vários alimentos,
como brócolis, tomate, espinafre, couve de bruxelas, dentre outros. É produzido pelo corpo humano em
boa quan dade, e também se encontra na Natureza, sendo um néctar sem igual!

Por estar presente no corpo humano, não é considerado como uma vitamina, mas bem que poderia ser!
Sabemos que a capacidade de produção deste néctar fantás co, vai diminuindo com a idade. E um gado
gorduroso, muito comum na maioria da população, termina por produzir menos ácido alfa lipóico AAL do
que deveria. Na verdade, o ácido lipóico é uma das moléculas mais importantes para a boa saúde
corporal. Age de forma parecida com as vitaminas B, sendo, portanto, uma molécula importante para a
produção de ATP e a manutenção dos nervos. Sabemos que as vitaminas B agem aumentando a queima
da glicose e dos ácidos graxos, fornecendo assim mais energia para as células. O ácido alfa lipóico é outro
componente que ajuda neste processo.

Antes de tudo, o AAL é um poderoso an oxidante, destruindo os famigerados radicais livres. Em primeiro
lugar temos este efeito an oxidante, que ocorre por três vias. A primeira através da ação do próprio ácido
alfa lipóico, que tem o poder de penetrar em qualquer tecido, por ser hidro e lipo solúvel ao mesmo
tempo, dissolvendo os radicais livres em qualquer lugar que es verem, seja dentro da célula, perto do
núcleo, ou dentro da mitocôndria. A segunda através do aproveitamento e reciclagem da vitamina C e

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vitamina E. O ácido alfa lipóico regenera a vitamina C, que, por conseguinte recicla a vitamina E,
promovendo ainda mais efeito an oxidante, pois estas duas vitaminas são também poderosas
an oxidantes. Em outras palavras, o AAL potencializa o efeito maravilhoso das vitaminas C e E. Desta forma
é um poderoso remédio preven vo de doenças cardíacas!

A terceira via, pela qual o AAL atua como an oxidante é através do es mulo à produção dos an oxidantes
endógenos, com a gluta ona peroxidase (GPX), um dos mais poderosos an oxidantes do corpo humano. A
gluta ona protege a membrana celular, contra a ação dos radicais livres e das toxinas diversas.

A membrana é o “cérebro” da célula, conforme já falei para vocês anteriormente, comandando toda a
maquinaria bioquímica celular. Doenças como a diabetes mellitus do po 2, se originam em defeitos na
membrana, quando começa a ocorrer uma resistência a ação da insulina.

Quanto mais a membrana das células es ver íntegra, melhor será a sensibilidade à insulina. O ácido alfa
lipóico é fundamental para melhorar os quadros de diabetes po 2, ajudando a reverter a patologia e
proteger o paciente quanto a danos provocados pela hiperglicemia.

Ao mesmo tempo, o AAL é an aging, porque quanto mais gluta ona, menos dano na membrana celular e
um ritmo mais lento de envelhecimento. Sabemos que os an oxidantes melhoram o metabolismo, por
manterem as membranas celulares em bom funcionamento e por facilitarem a desintoxicação. Por este
mo vo, quando o gado começa a produzir menos ALA, abrem-se as portas para o envelhecimento e as
doenças crônico-degenera vas.

Outra ação importante do ácido alfa lipóico é sobre os produtos de glicação avançada, os AGE’s. Estas
toxinas são formadas em maior quan dade no organismo dos diabé cos, devido ao excesso de glicose
circulante, que se une a moléculas de proteína degradada e formam compostos tóxicos perigosos, que
agridem o endotélio dos vasos, as delicadas estruturas da re na, do tecido renal, dos nervos e do
cérebro, provocando os problemas graves de complicações da diabetes mellitus. Ainda mais, o ALA
atua es mulando os fatores de crescimento dos nervos, promovendo sua reparação. O uso do ácido alfa
lipóico é, portanto, um remédio natural fantás co para prevenir as complicações do diabetes mellitus.
Ele já é usado para tratar a neuropa a diabé ca. Ele tem o poder de promover a regeneração dos
nervos, dissolvendo a dor e as parestesias. O ALA é amigo do diabé co, porque age aumentando a
sensibilidade à insulina e prevenindo os danos da hiperglicemia. Quando falamos de ácido alfa lipóico
estamos diante de um néctar fantás co, uma molécula divina, que age na prevenção e promoção da
saúde como um todo. O metabolismo agradece quando tomamos uma dose extra deste néctar. Além de
tudo que já dissemos, o ácido alfa lipóico:

- É um grande regulador da expressão gênica da inflamação, reduzindo os excessos inflamatórios.

- É um agente quelante de metais pesados, promovendo a desintoxicação do corpo.

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- Aumenta a sensibilidade à insulina, sendo um remédio para o diabetes mellitus do po 2 e a síndrome
metabólica.

- Promove a regeneração do gado, sendo indicado para prevenir problemas hepá cos por intoxicação.
Além disso, também é indicado para prevenir a cirrose hepá ca e para tratá-la. Por este mo vo, é
fundamental para quem tem esteatose hepá ca e hepa te C.

Além disso, o ácido alfa lipóico é um dos “agentes queimadores de gordura”, porque favorecem o
catabolismo da glicose e dos ácidos graxos, sendo, portanto, um composto es mulador do bom
metabolismo. Ele é um cofator nas reações que ocorrem na mitocôndria, para a beta oxidação dos ácidos
graxos. Em conjunto com as vitaminas B, a vitamina C, a carni na, a coenzima Q10 e o ômega 3,
es mulam a boa queima de gordura pelas mitocôndrias.

Por este mo vo, a suplementação é crucial para os pacientes obesos. O ALA é um cofator essencial para o
funcionamento de várias enzimas envolvidas no metabolismo aeróbico, ou seja, na produção de ATP pelas
mitocôndrias, a par r da queima de ácidos graxos e glicose. O ácido alfa lipóico é cofator em pelo menos
5 sistemas enzimá cos. Ao menos 2 deles relacionados com o ciclo do ácido cítrico, o ciclo de Krebs,
através do qual o corpo humano queima glicose e gordura, em ATP.

Além de tudo isso, o ALA é um remédio para o próprio gado. Este órgão maravilhoso, fabrica o nutriente
que faz bem para ele mesmo, protegendo-o das toxinas.

COMO SUPLEMENTAR O ÁCIDO ALFA LIPÓICO

Quanto à suplementação, existe um detalhe que precisa ser lembrado quanto ao ácido lipóico. Esta
substância existe em duas formas, com conformações espaciais diferentes. Temos dois isômeros do ácido
lipóico: o Ácido R-Alfa Lipóico e o Ácido S-Alfa Lipóico. A forma que nosso corpo produz é a R, a que
realmente funciona, promovendo todos os bene cios que citamos. A forma S, pelo contrário, não consegue
se ligar às enzimas e além de não produzir os mesmos efeitos benéficos, atrapalha o funcionamento da
molécula endógena de Ácido R-Alfa Lipóico. Os suplementos normais que existem no mercado, possuem
cerca de 50% da forma R e 50% da forma S, o que não é interessante. O melhor suplemento de ácido alfa
lipóico é aquele que vem dizendo no rótulo que é da forma “Ácido R-Alfa Lipóico”. Este é totalmente
bioidên co e realmente funciona. A dose é de 200mg uma vez ao dia, ou de 100mg duas vezes ao dia. O
leitor pode encontrar a forma Ácido R-Alfa Lipóico nas boas farmácias de manipulação, mas é preciso que
fique bem claro na receita. Também pode encontrar no site IHERB.com, e no mercado livre, em inglês é “R-
lipoic acid”.

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4.27 – QUERCETINA
Eis mais uma molécula fantás ca fabricada pela Natureza, presente em várias plantas e frutas. A querce na
tem múl plas propriedades terapêu cas, sendo um deles, o efeito an espasmódico, inibindo a mo lidade
intes nal em casos de diarreia aguda e dor abdominal em cólica.

A querce na é um polifenol do grupo dos flavonóides naturais, presentes em grande quan dade na goiaba,
na maçã, na cebola, na uva e no brócolis. Também está presente em outros vegetais e frutas. Tem várias
ações terapêu cas, sendo um verdadeiro néctar da Natureza.

Agora, vou falar de uma ação da querce na, muito importante para quem tem doenças autoimunes. Ela
ajuda a fechar o intes no aberto demais, o chamado intes no permeável. Sabemos que o intes no
permeável é uma das causas das doenças autoimunes, porque quando ele está nesta condição, proteínas
passam inteiras para a corrente sanguínea, e geram reações imunológicas, que promovem reações de
autoimunidade. Em ar go cien fico publicado no Japão, datado de 2011, foi comprovado que a querce na,
juntamente com outros flavonóides, atua melhorando a função de barreira da mucosa intes nal, fechando
as ght junc ons comprome das. Ela lacra as fendas entre as células com proteínas específicas (Suzuki T,
2011). Segundo a pesquisa, a querce na “reagrupa” e “remonta” as proteínas que compõem as ght
junc ons, literalmente “lacrando” os espaços entre as células, aumentando a função de barreira da mucosa
(Suzuki T, 2011). Portanto, quem tem doença autoimune precisa usar a querce na.

Segundo outra pesquisa realizada na Alemanha, publicada em 2008, foi evidenciado que a querce na age
como potente regenerador da mucosa intes nal, quando ingerido diariamente. A pesquisa revelou que a
querce na melhora a função de barreira da mucosa, pela expressão de uma proteína das ght junc ons, a
claudin-4 (Amasheh M, 2008). Desta forma, a querce na é indicada, como suplemento, para a síndrome do
instes no permeável e qualquer outro problema de inflamação crônica do intes no. A dose é de 400mg de
12 em 12 horas.

Outro efeito da querce na é atuar beneficamente nos casos de asma brônquica. É um poderoso
an oxidante atuando nos casos de asma. Reverte a “tríade do mal” da asma: edema, broncoespasmo e
hipersecreção. O suplemento tem efeito an histamínico sendo indicado para as alergias respiratórias, rinites
e sinusites. Seu efeito an alérgico é genérico, amenizando qualquer po de alergia. O efeito an alérgico se
deve à estabilização da membrana dos mastócitos, que são os glóbulos brancos responsáveis pela liberação
de histamina. Sua atuação sobre a membrana dificulta a degranulação, modulando a secreção de histamina,
inibindo assim a reação alérgica. A vantagem de usar na forma de suplemento é que facilita a aquisição deste
composto tão importante, que representa um néctar sem igual. É fundamental para pacientes com alergias
respiratórias. A dose é de 400mg de 12 em 12 horas.

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4.28 – CÁPSULA DE ÓLEO DE ALHO
O alho é conhecido por seus poderes medicinais há séculos. E uma das formas do paciente com gripe, ou
portador de outras doenças respiratórias se beneficiar dos poderes cura vos do alho, é através das cápsulas
deste fantás co nutracêu co. A cápsula do óleo de alho facilita o uso, e evita o incômodo que algumas
pessoas possuem quando ingerem o alho cru, devido ao cheiro forte e ao sabor intenso e muitas vezes
desagradável. O óleo de alho de boa procedência, contém boas quan dades de alicina (óleo volá l
sulfuroso), um potente an microbiano. A alicina é um dos principais compostos a vos do alho, tendo
propriedades an bacteriana, an fúngica e an viral.

Ao mesmo tempo, A cápsula de alho aumenta a eficácia do sistema imunológico, incrementando o número
de linfócitos T, glóbulos brancos especiais que atuam na linha de frente, do combate às infecções. O óleo de
alho é, portanto, um an microbiano poderoso, mas além disso, fortalece o sistema imunológico. Estudos
evidenciaram que o alho atua es mulando tanto a imunidade celular, quanto a humoral. É, pois,
fundamental para a cura das gripes e resfriados. Os compostos cura vos do alho agem sobre os pulmões
facilitando a limpeza dos alvéolos e es mulando a eliminação de secreções.

Além de an oxidante poderoso, o alho atua regenerando as células e es mulando a circulação periférica. As
cápsulas de alho são encontradas em farmácias comuns e drogarias, e algumas delas são desodorizadas, não
deixando o desagradável odor e sabor caracterís cos. Mesmo com tantas propriedades cura vas, o alho não
é isento de efeitos adversos.

Ele contém substâncias que irritam o estômago, sendo, portanto, parcialmente contraindicadas por
pessoas que sofrem de gastrite, úlceras gástricas ou outras patologias do estômago. O óleo de alho é
hipotensor, sendo também contraindicado para pessoas que apresentam quadros de hipotensão severa,
com desmaios e tonturas frequentes. Além disso, não devemos usar o alho por tempo prolongado. O alho
deve ser usado no máximo por 7 dias, e você deve parar. Quando usamos o alho ininterruptamente,
podemos ter gastrite, hipotensão e problemas renais. A dose das cápsulas é de 1 cápsula de 2 a 3 vezes ao
dia, após as refeições.

4.29 – SULFORAFANO
É a molécula mais importante presente na couve flor, no brócolis e na couve de bruxelas. Esta molécula
contém enxofre em sua composição, sendo um composto sulfuroso. Ela é responsável pelo incremento da
função do macrófago residente no alvéolo. Existem os alvéolos pulmonares que são aqueles saquinhos
microscópicos que se enchem de ar, no momento quando inspiramos. Estes macrófagos possuem uma
defesa interna, composta de células brancas do sangue, os macrófagos. O sulforafano a va os macrófagos
para que realizem a limpeza necessária dentro da in midade do pulmão, no mais ínfimo do alvéolo
pulmonar, combatendo as bactérias neste local. Esta limpeza inclui além da eliminação de bactérias, vírus e
par culas de sujeira que entram pela inspiração, e que dificultam a função alveolar.

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Com isso evitamos a transformação de uma gripe em pneumonia! O sulforafano vai ser bem indicado em
pacientes com asma crônica, bronquite, doença pulmonar obstru va e pneumonia. O composto também
atua prevenindo o câncer, e es mulando a ação dos an oxidantes endógenos. O sulforafano, na forma de
extrato de brócolis, pode ser encontrado na internet e nas farmácias de manipulação, e também em sites
americanos como o Iherb.com. O leitor pode comprar online, e pedir o envio pelos correios. A dose é de
400mg 2 a 3 vezes ao dia.

4.30 – RUTINA
A ru na é um flavonóide descoberto em 1936 por um bioquímico da Hungria, Albert Szent-Gyögyi. Está
presente na natureza nos vegetais folhosos, nas frutas cítricas, e em diversos outros vegetais. A ru na faz
parte de um grupo de compostos que são chamados de vitamina P.

Dentre eles, podemos citar outros flavonoides como a querce na, a hesperidina e a citrina. Eles são
encontrados no limão, na tangerina e na laranja, naquela parte branca logo abaixo da casca, bem como na
película que reveste os bagos.

Atua fortalecendo os vasos capilares, pela melhora na formação do colágeno, curando a fragilidade
capilar, reduzindo a rarefação capilar. Com isso, há uma melhora na microcirculação e com ela,
revertemos a hipertensão.

A carência desta substância favorece o surgimento de varizes e microvarizes, além de problemas do


retorno venoso, bem como de fluência do sangue pelos capilares. A ru na melhora a circulação,
compondo fórmulas fitoterápicas em conjunto com a castanha da índia, e o hamamelis. Ela vai fortalecer
a parede vascular das artérias e veias. Com veias mais fortes, o retorno venoso melhora e assim
combatemos as varizes.

A ru na também atua aumentando a ação da vitamina C, o que lhe confere sinergismo na produção do
colágeno que fortalece a parede vascular, evitando sua deterioração. Por esse mo vo, é de fundamental
importância que seja ingerida em conjunto com a vitamina C para a prevenção dos infartos e avcs.

Já estudamos que um dos fatores mais importantes para a formação da placa de ateroma é a fragilidade
da parede do vaso que racha, formando ori cios por onde o sangue pode extravasar. Isto ocorre devido à
deficiência crônica de vitamina C, de lisina, prolina e de ru na, além do somatório de todos os agressores
que já citamos ao longo deste livro.

A ru na é um cofator importan ssimo, para que haja mais colágeno e uma parede vascular mais forte e
bem estruturada.

Assim, a doença ateromatosa é curada em seu início, antes que se forme a placa de ateroma! Mas, se a
placa já es ver formada, com a tomada dos suplementos, teremos sua regressão e cura. Dr. Mathias Rath
fez trabalhos cien ficos, em que ele prova que a suplementação com vitamina C e outros micronutrientes
como a ru na, reverte a placa de ateroma, curando a doença coronariana e o AVC.

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Em pesquisa de 2003 publicada na revista de nutrição, Hosana Gomes Rodrigues e colaboradores
comprovaram que a ru na possui um grande poder an oxidante, es mulando a superóxido dismutase
(Rodrigues G. H, 2003). Por fortalecer o endotélio vascular, a ru na vai prevenir tromboses, coágulos
sanguíneos, AVC´s e infartos. Faz parte do protocolo de prevenção da aterosclerose que estudaremos no
curso de prevenção cardiovascular. Pode ser conseguida com uma alimentação rica em vegetais e frutas
cítricas, desde que sejam comidos de forma integral, com a parte branca e as peles dos bagos, ou também
pode ser adquirida pela suplementação. Quem faz uso de vitamina C, deve tomar ru na ao mesmo tempo,
pois ela potencializa a força desta vitamina. A dose de ru na manipulada é de 150mg duas vezes ao dia.

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