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PEABIRU
2005
INDICE
OFÍCIO Nº 05
REQUERIMENTO 04
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO 06
CURSOS AUTORIZADOS RECONHECIDOS 07
2
7.2 FORMAS DE ATENDIMENTO
7.2.1 ENSINO FUNDAMENTAL – FASEI
7.2.2 ENSINO FUNDAMENTAL – FASEII E ENSINO MÉDIO
7.3 MATRÍCULA
7.4 MATERIAL DIDÁTICO
7.5 AVALIAÇÃO
7.6 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
7.7 CLASSIFICAÇÃO, RECLASSIFICAÇÃO E ADPATAÇÃO
7.8 ÁREA DE ATUAÇÃO
8. CONDIÇÕES MATERIAIS E RECURSOS TECNOLÓGICOS
8.1 RELAÇÃO DE RECURSOS FÍSICOS
8.2 RELAÇÃO DE ACERVO BIBLIOGRÁFICO
8.3 RELAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE LABORATÓRIO
8.4 RELAÇÃO DE RECURSOS AUDIOVISUAIS E TECNOLÓGICOS
9. RECURSOS HUMANOS E RELAÇÃO DO CORPO DOCENTE E TÉCNICO-ADMINISTRATIVO
9.1 ATRIBUIÇÕES DOS RECURSOS HUMANOS
9.1.1 DIREÇÃO
9.1.2 PROFESSOR PEDAGOGO
9.1.3 COORDENAÇÕES
9.1.4 DOCENTES
9.1.5 SECRETARIA E APOIO ADMINISTRATIVO
9.2 RELAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS
9.3 CÓPIA DA DOCUMENTAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS
10. PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO CURSO
11. BIBLIOGRAFIA
3
INSERIR REQUERIMENTO AO SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
ENCAMINHANDO A PROPOSTA PEDAGÓGICA, INDICANDO A LEGISLAÇÃO
ORIENTADORA DA ELABORAÇÃO DO DOCUMENTO.
OK
4
INSERIR OFÍCIO ENDEREÇADO A CHEFIA DO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO DE
JOVENS E ADULTOS (DEJA) DA SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO (SEED)
ENCAMINHANDO A PROPOSTA PEDAGÓGICA
OK
5
Colégio Estadual “14 de Dezembro”
Ensino Fundamental e Médio
IDENTIFICAÇÃO
1 – Denominação da instituição
2 – Endereço completo
87.250.000 44 3531-2026
3531-2026
Direção
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Colégio Estadual “14 de Dezembro”
Ensino Fundamental e Médio
CURSOS AUTORIZADOS/RECONHECIDOS
1 – Cursos autorizados
2 – Cursos reconhecidos
Ensino Médio
3 – Observações
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Colégio Estadual “14 de Dezembro”
Ensino Fundamental e Médio
8
1.1 HISTÓRICO
Iniciou seu funcionamento no ano de 1954, passou pela Portaria n.º 882/54 de
15 de Outubro de 1954, sob a denominação de Ginásio Municipal de Peabiru, sendo
mantido pela Prefeitura Municipal de Peabiru.
Outra grande conquista foram os Jogos Colegiais dos anos de 2003, 2004 e
2005 onde vem-se destacando vários atletas deste estabelecimento de Ensino.
9
1.2 PERFIL DO EDUCANDO
1
1.3 CARACTERIZAÇÃO DO CURSO
Organização Coletiva
Organização Individual
1
A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores que não têm
possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, devido às condições de horários
alternados de trabalho e para os que foram matriculados
mediante classificação ou que foram reclassificados ou desistentes quando não
há, no momento, turma organizada coletivamente para a sua inserção. Será programada
pela escola e oferecida aos educandos por meio de um cronograma que estipula o
período, dias e horário das aulas, contemplando o ritmo próprio do educando, nas suas
condições de vinculação à escolarização e nos saberes já apropriados.
Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de
educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles que,
por razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a legislação
assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos educandos que
apresentam necessidades educacionais especiais decorrentes de:
- deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;
- condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou
psiquiátricos; e
1
- superdotação/altas habilidades.
1.7 FREQÜÊNCIA
1.12 LABORATÓRIO
1
Colégio Estadual “14 de Dezembro”
Ensino Fundamental e Médio
A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o reconhecimento do
jovem adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar o processo educativo pela
compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade: ter o direito a ser igual
quando a diferença nos inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos
descaracteriza. Ao pensar no desafio de construirmos princípios que regem a educação
de adultos, há de buscar-se uma educação qualitativamente diferente, que tem como
perspectiva uma sociedade tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida
como direito inalienável de todos. (SANTOS, 2004)
Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na
qual os educandos-trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir
criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da
vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das
mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com
agilidade e rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada de conhecimentos
científicos, tecnológicos e sócio-históricos. (KUENZER, 2000, p. 40)
1
bens produzidos pelo homem, significa contemplar, na organização curricular, as
reflexões sobre a função do trabalho na vida humana.
1
Colégio Estadual “14 de Dezembro”
Ensino Fundamental e Médio
1
Colégio Estadual “14 de Dezembro”
Ensino Fundamental e Médio
4 – MATRIZ CURRICULAR
Total de Total de
DISCIPLINAS
horas horas/aula
1
Colégio Estadual “14 de Dezembro”
Ensino Fundamental e Médio
L. PORTUGUESA E
186 224
LITERATURA
LEM – INGLÊS 120 144
ARTE 54 64
EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64
MATEMÁTICA 186 224
QUÍMICA 120 144
FÍSICA 120 144
BIOLOGIA 120 144
HISTÓRIA 120 144
GEOGRAFIA 120 144
2
Colégio Estadual “14 de Dezembro”
Ensino Fundamental e Médio
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
2
conhecimento. Essa possibilidade de diálogo entre educador e educando poderá revelar o
conhecimento prévio que possuem sobre o assunto.
Outros fatores, tais como: fonte, interlocutor, data, local, suporte de texto,
contexto histórico, autor, entre outros, contribuem para a contextualização da temática
definida. Esses elementos também contribuem para localizar informações explícitas,
implícitas e para que o educando possa estabelecer relação com outros textos a partir da
leitura alfabética. Esta deve destacar elementos da construção dos gêneros de
apresentação do texto verbal. Isso compreende o discurso histórico, político, econômico,
filosófico, científico, senso comum, entre outros, que possibilitem a compreensão dos
diversos pontos de vista para que o educando possa posicionar-se diante das diferentes
situações do cotidiano. Além disso, a pesquisa orientada poderá favorecer outras
possibilidades de compreensão da temática em estudo.
CONTEÚDOS – MATEMÁTICA
NÚMEROS E OPERAÇÕES
GEOMETRIA
2
Conceitos de: direção e sentido; ângulo; paralelismo e perpendicularismo.
Figuras geométricas espaciais: cubo, paralelepípedo, prisma reto, pirâmide, cilindro,
esfera e cone.
Figuras geométricas planas: quadriláteros, triângulos, círculos e polígonos regulares.
Relações entre figuras espaciais e planas.
Simetria.
MEDIDAS
VARIEDADES LINGÜÍSTICAS
2
Pontuação e seus efeitos de sentido na construção do texto: vírgula, ponto-e-vírgula,
ponto final, ponto de interrogação, exclamação, dois pontos, aspas, parênteses,
travessão, reticências, entre outros.
Emprego da crase na construção do texto.
Classes de palavras: substantivo, adjetivo, verbo, preposição, conjunção, artigo,
numeral, pronome, advérbio e interjeição na construção do texto.
Sujeito e predicado na construção do texto.
Vozes do verbo na construção do texto.
Adjunto adnominal e complemento adnominal na construção do texto.
Aposto e vocativo na construção do texto.
Orações coordenadas, subordinadas, reduzidas e intercaladas na construção do
texto.
Concordância verbal e nominal na construção do texto.
Colocação pronominal na construção do texto.
Figuras de linguagem na construção do texto.
Formação de palavras: prefixo, sufixo, radical, derivação e composição.
EDUCAÇÃO FÍSICA
EDUCAÇÃO ARTÍSTICA
IDENTIDADE CULTURAL
ORGANIZAÇÃO SOCIAL
Serviços públicos.
Órgãos de administração pública.
Movimentos sociais.
O espaço agrícola.
O processo industrial.
Industrialização no Paraná.
Transporte, comunicação e consumo.
Movimentos sociais no campo.
Tecnologia no campo e na cidade.
RELAÇÕES DE TRABALHO
CIDADANIA E PARTICIPAÇÃO
Cidadania e trabalho.
Direitos civis, políticos e sociais.
Legislação trabalhista (CLT).
Estatuto da criança e do adolescente.
Estatuto do Idoso.
2
Movimentos e organizações populares (Conselhos, Associações de Moradores,
Sindicatos e outros).
Degradação ambiental.
Poluição.
Questão da água.
Preservação ambiental.
Solo.
Problema do lixo.
O corpo humano.
Reprodução
Alimentação e saúde.
Qualidade de vida.
ECOSSISTEMA
NOÇÕES DE CARTOGRAFIA
Leitura de mapas.
Escala.
Localização e orientação espacial.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FREIRE, João Batista; Scaglia, Alcides José. Educação como prática corporal.
São Paulo. Scipione. 2004.
2
5.2. Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio
2
classificações e dominar os tipos de sentenças. Portanto, o objeto de estudo da língua
deve ser o texto oral e escrito produzido nas diversas situações de interação social.
A partir desses pressupostos, Val (1993, p.3) estabelece como propriedades do
texto, a unidade sociocomunicativa – interação social e a unidade semântica – em que a
coerência é o fator responsável pela unidade formal e material, ou seja, “pode-se definir
texto ou discurso como ocorrência lingüística falada ou escrita, de qualquer extensão,
dotada de unidade sociocomunicativa, semântica ou formal”.
Essa autora afirma que, para o texto ser compreendido, precisa ser avaliado
sob três aspectos: o pragmático, que se pontua em situação informal e comunicativa; o
semântico, que depende da coerência; e o formal, que diz respeito à coesão.
Ainda de acordo com a autora, “a textualidade é o conjunto de características
que fazem com que um texto seja um texto, e não apenas uma seqüência de frases”
(VAL, 1993, p.5). Embasada em Beaugrande e Dressler, VAL relaciona sete fatores
responsáveis pela textualidade de um discurso qualquer: coerência, coesão,
intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, informatividade e intertextualidade.
Portanto, pode-se afirmar que o texto, em suas diferentes formas de
apresentação ou gêneros, se constrói no aspecto sociocomunicativo por meio dos fatores
pragmáticos funcionais, em constante interação entre os sujeitos.
Os gêneros, segundo BAKHTIN (1997, p.179), são caracterizados pelo
conteúdo temático, pelo estilo e pela construção composicional, que numa esfera de
utilização apresentam tipos relativamente estáveis de enunciados, tais como o conto, o
relato, o texto de opinião, a entrevista, o artigo, o resumo, a receita, a conta de luz, os
manuais, entre outros. A escolha do gênero depende do contexto imediato e,
conseqüentemente, da finalidade a que se destina, dos destinatários e do conteúdo.
O trabalho com a diversidade de gêneros textuais possibilita o confronto de
diferentes discursos sobre a mesma temática e ainda, permite uma metodologia
“interdisciplinar com atenção especial para o funcionamento da língua e para as
atividades culturais e sociais” (MARCUSCHI, 2005, p.18). Além disso, contribui para que o
educando perceba a organização e os elementos de construção dos diferentes gêneros
ou tipos textuais para que o educando possa reconhecer a finalidade, as características e
produzir textos, seja do tipo narrativo, descritivo, argumentativo ou expositivo, entre
outros.
A enunciação é dotada de tema e significação. O tema dá sentido na realização
da enunciação, uma vez que ele é determinado não só pelas formas lingüísticas, mas
também pelos elementos não verbais da situação. Segundo Bakhtin (1986, p. 132) “ toda
palavra usada na fala real possui não apenas tema e significação no sentido objetivo, de
conteúdo, desses termos, mas também um acento de valor ou apreciativo, isto é, quando
um conteúdo objetivo é expresso (dito ou escrito) pela fala viva, ele é sempre
acompanhado por um acento apreciativo determinado. Sem acento apreciativo não há
palavra”.
O tema e a significação indicam as particularidades de estilo e composição do
enunciado, esclarecendo a que gênero pertence o texto, se é composto por um ou por
diferentes tipos de discurso, considerando um acento de valor, ou seja, “convém discernir
igualmente o grau de firmeza ideológica, o grau de autoritarismo e de dogmatismo que
acompanha a apreensão do discurso” Bakhtin (1986, p.149). Nesse enfoque há que se
considerar o contexto de produção e o conteúdo temático que o sujeito utiliza para
produzir um texto, envolvendo os três mundos distintos, interiorizados por ele: o mundo
físico, o mundo social e o mundo subjetivo, Assim, o contexto de produção ou a situação
comunicativa exercem influências na forma como um texto se apresenta.
Ler um texto, nessa perspectiva, significa perceber o contexto histórico, social,
econômico, filosófico e político em que ele se insere, assim como a ideologia, a finalidade
2
do texto, a posição do autor e o possível interlocutor, dentre outros elementos tais como a
escolha pela linguagem utilizada, os elementos gramaticais e seus efeitos na construção
do texto nos diferentes gêneros textuais nos momentos de reflexão sobre a língua.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Variedades lingüísticas
3
Orações coordenadas, subordinadas, reduzidas e intercaladas na construção do
texto.
Concordância verbal e nominal na construção do texto.
Colocação pronominal na construção do texto.
Figuras de linguagem na construção do texto.
Formação de palavras: prefixo, sufixo, radical, derivação e composição.
REFERÊNCIAS
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
FARACO, Carlos Alberto; CASTRO, Gilberto de. Por uma teoria lingüística que
fundamente o ensino de língua materna (ou de como apenas um pouquinho de
gramática nem sempre é bom). In: Educar, n.15, Curitiba: UFPR, 1999.
GERALDI, João Wanderlei (org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 2001.
VAL, Maria da Graça Costa. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes,
1993.
VYGOTSKI, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
3
DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO ARTÍSTICA E ARTE
1
Explicar omnilateralidade em função do trabalho e da educação nos reporta no tempo em que o
homem tinha a necessidade de conhecimento do todo, ou seja, pensar o objeto, fazer o objeto e vender o
objeto. Como na educação, que se preocupava com as ciências exatas, as artes, a sociologia, e o espiritual,
quando os quatro eixos eram de extrema importância e tinham o mesmo peso em valor.
3
Quando privilegiamos a produção artística de um determinado grupo, povo ou
etnia, fragmentamos a realidade e automaticamente criamos um juízo de valor no qual os
recortes do conhecimento que fazemos passam a ser os verdadeiros ou os únicos. “Essa
visão fragmentada, geradora dos incluídos e excluídos, gera uma outra verdade cruel: a
marginalidade que não é alternativa” (MIGLIORI. 1993 p.14). Isso implica que ao
apresentarmos em nossa seleção de conteúdos curriculares outras vozes que estão
presentes na ação histórica da construção do conhecimento, possibilitamos ao educando
e a educanda outras leituras diferentes daquelas que vêm sendo oficialmente
apresentadas.
A Arte – fruto da percepção e da necessidade da expressão humana – revela a
realidade interior e exterior ao homem e à mulher. Essa expressão artística é concretizada
utilizando-se de sons, formas visuais, movimentos do corpo, representação cênica, dentre
outras, que são percebidas pelos sentidos. Isso contribui para outras possibilidades de
leituras da realidade e, portanto, com mais subsídios para repensá-la. O objetivo dessa
proposta é gerar um ser reflexivo, autônomo e inserido criticamente na realidade em que
vive. A Arte nos ajuda nesse processo, na medida em que nos fornece uma simbologia
própria e portanto, outras leituras do mundo que nos cerca. Segundo Isabel Marques2:
“Um dos elementos essenciais que caracteriza o ensino da Arte no ambiente escolar é o
fato de que, na escola, temos a possibilidade de relacionar, questionar, experimentar,
refletir e contextualizar os trabalhos artísticos a fim de que façam sentido em nossas
próprias vidas e na construção da sociedade brasileira.”
A discussão em torno da arte como linguagem pondera o entendimento de que
a arte não apenas suscita sentimentos, mas pressupõe uma relação de transmissão e
recepção de idéias, ou seja, de comunicação. Portanto, a Arte aqui é entendida como
linguagem, que se utiliza de símbolos e de elementos próprios que estão presentes na
Dança (movimento e não movimento), na Música (sons), no Teatro (dramatização) e nas
Artes Visuais (forma e luz).
Ler o produto artístico em suas diversas relações, nos diversos prismas e no
que tange aos seus significados socialmente construídos pressupõe que o produto
artístico como seja um “veículo portador de significado” (ver Bakhtin 1995, p.132). Nesse
sentido, os símbolos são fundamentais para a vida social, pois é por meio deles que nos
comunicamos e manifestamos nossa capacidade de sentir e de pensar.
Na cultura escolar, os saberes são apropriados pela escola de maneira
singular, dando-lhes um sentido pedagógico (Sacristan J.G., 2001). Na escola, esse
trabalho, ressignifica os saberes e os conceitos científicos produzidos na sociedade. É
com base nestes pressupostos que trataremos a Arte como linguagem. Linguagem
artística.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
2
Esta citação é transcrição da fala da Profª Dra Isabel Marques no Simpósio Estadual de Educação
Artística, Paraná abril, 2005.
3
ARTE E ESTÉTICA
Hoje se utiliza o termo estética para indicar... no campo das belas artes, uma concepção
especial, uma maneira de fazer, uma escola ou tendência determinada (Zamacois, 1986)
ARTE E IDENTIDADE
1- estado que não muda <a identidade das impressões digitais> 2- consciência da persistência
da própria identidade, 3- o que faz com que uma coisa seja a mesma que outra, 4- conjunto de
características e circunstâncias que distinguem uma pessoa ou uma coisa e graças às quais é
possível individualizá-la.
A identidade singulariza e faz com que nos sintamos diferentes dos demais.
Identificar pode ser aplicado a indivíduos e grupos, ou seja, tornar idêntico, fazer (se)
reconhecer, distinguir traços característicos como gosto, música, festas, folguedos,
crenças de grupos urbanos, rurais, etnias e outros tantos que usam da linguagem artística
para expressar-se e assinar suas características sociais, antropológicas e psicológicas.
Diferentes modos de vida social são constituídos a partir das idéias que as
pessoas têm sobre si, e das práticas que emergem dessas idéias e como afirma Candau
(2002, p. 24), “identidade é um conceito polissêmico, podendo representar o que uma
pessoa tem de mais característico ou exclusivo e ao mesmo tempo, indica que
pertencemos ao mesmo grupo”, a identidade cultural de um indivíduo ou grupo permite
que este seja localizado em um sistema social. Em um mundo onde as mudanças são
rápidas, face à globalização e aos eventos tecnológicos e científicos vertiginosos, a arte é
um dos elementos que faz parte da identidade dos povos. As mudanças globais
aceleradas influenciam a identidade dos indivíduos e a sua manifestação artística.
Podemos ver com Marques (2003, p. 157) que:
3
Não se domina um país pela invasão territorial, mas principalmente pela superposição e
diluição de repertórios culturais e sociais. Caso nossos repertórios não estejam enraizados de
forma significativa, ou seja, relacional, consciente e crítica, poderemos ser massacrados pela
pasteurização de idéias estéticas.
ARTE E SOCIEDADE
... concernem à determinação social da atividade artística, seja do ponto de vista da finalidade
social das obras – por exemplo, o culto religioso ou o mercado de arte – seja o lugar ocupado
pelo artista – por exemplo, iniciado numa seita secreta, financiado por um mecenas
renascentista, profissional liberal ligado ao mercado de arte, etc – seja das condições de
recepção da obra de arte – a comunidade de fiéis, a elite cultivada e economicamente
poderosa, as classes populares, a massa, etc. (CHAUÍ, 2003, p. 153)
1. Textos – Repertórios.
2. Subtexto – Elementos da linguagem (conteúdos da disciplina).
3. Contexto – Elementos históricos, sociais e culturais.
Cada linguagem artística possui um elemento básico por meio do qual ela se
manifesta, ou seja: o som (Música), o movimento e o não movimento (Dança), a forma e a
luz (Artes Visuais) e a dramatização (Teatro). Destes elementos básicos derivam-se os
elementos de linguagem específicos da arte. Portanto, os conteúdos para o Ensino
Fundamental e Médio devem contemplar os elementos de cada linguagem artística
(Música, Teatro, Dança e Artes Visuais), sua articulação e organização. Esses elementos
permitirão ao educando e a educanda ler e interpretar o repertório, assim como elaborar o
seu próprio trabalho artístico. A leitura, interpretação e produção artística avalia a
apreensão por parte educando e da educanda dos conteúdos propostos na célula de aula.
ARTES VISUAIS
a) Forma
Composição, Experimentação (como os elementos da linguagem visual se
articulam?);
Suportes (onde está proposta a idéia imagética?);
Espacialidade – bidimensionais e tridimensionais (como está projetada, composta ou
representada no espaço?);
Texturas / acabamentos (como se apresenta?);
Movimento: dinâmica, força, fluência e equilíbrio (como se alternam, ritmo?).
3
b) Luz
Decomposição da luz branca;
Cor /pigmento / percepção da cor
Tons
Valores / classificação das cores;
Sombras e luz;
Contraste.
MÚSICA
TEATRO
a) Elementos dramáticos:
- a personagem: agente da ação;
- enredo: como desdobramento de acontecimentos, desenvolvidos pela
personagem;
- espaço cênico: local onde se desenvolve a ação cênica.
b) Signos da Representação Teatral:
- da personagem:
- visuais: figurinos, adereços, gestual;
- sonoros: fala (entonação)
- do espaço cênico:
visuais: cenário, adereços de cena, iluminação;
sonoros: sonoplastia;
c) Gêneros Teatrais:
- Tragédia e suas características: a fatalidade, o sofrimento, o pesar;
- Comédia e suas características: o riso, a sátira, o grotesco;
- Drama e suas características: o conflito.
DANÇA
a) corpo
b) espaço
c) tempo
d) peso
e) fluência
f)esforço
g) fatores do movimento (espaço, peso, tempo e fluência)
3
REFERÊNCIAS
BOURO, S.B. Olhos que pintam: a leitura de imagens e o ensino da arte. São
Paulo: Educ/Fapesp/Cortez, 2002.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 12ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
MARQUES, Isabel A. Ensino de dança hoje: textos e contextos. 2ª ed. São Paulo:
Cortez, 2001
SANTAELLA, Lucia. (Arte) & (Cultura): Equívocos do elitismo. São Paulo: Cortez,
3ª. Ed, 1995.
3
SILVA, Tomas Tadeu. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do
currículo. 2ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
ENSINO FUNDAMENTAL
Substantivos.
Adjetivos.
Pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos e interrogativos.
4
Verbo to be e there to be. (afirmativa, interrogativa e negativa).
Tempos verbais: presente simples e contínuo, passado simples (regular e irregular
de verbos mais comuns) e futuro com will.
Imperativo: afirmativa e negativa
Preposições (in, on, at, from, to…)
Advérbios de tempo, lugar e freqüência.
ENSINO MÉDIO
1.2. Vocabulário
REFERÊNCIAS
4
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares da
Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná:
Língua Estrangeira Moderna. Versão Preliminar. 2005.
“(...) uma prática pedagógica que, no âmbito escolar, tematiza formas de atividades
expressivas corporais como: o jogo, esporte, dança, ginástica, formas estas que configuram
uma área de conhecimento que podemos chamar de cultura corporal. Esses conteúdos
expressam um sentido/significado nos quais se interpenetram.”
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
4
A Educação de Jovens e Adultos – EJA, atende um público diverso (jovens,
adultos, idosos, povos das florestas, ribeirinhos, indígenas, populações do campo, entre
outros) que não teve acesso ou não pode dar continuidade à escolarização mesma por
fatores, normalmente, alheios a sua vontade. Esses educandos possuem uma gama de
conhecimentos adquiridos em outras instâncias sociais, visto que, a escola não é o único
espaço de produção e socialização de saberes. O atendimento a esses alunos não se
refere, exclusivamente, a uma determinada faixa etária mas a diversidade sócio-cultural
dos mesmos.
Se considerarmos que os educandos freqüentadores dessa modalidade de
ensino encontram-se em grande parte, inseridos no mundo do trabalho, é importante que
o trabalho pedagógico nas aulas de Educação Física seja compatível com as
peculiaridades dessa parcela de educandos. Desse modo, a aprendizagem do movimento
deve ceder espaço às práticas que estejam direcionadas para e sobre o movimento,
focalizando preponderantemente aspectos relacionados ao desenvolvimento de atitudes
favoráveis à realização de atividades físicas e ao aprofundamento do entendimento de
conceitos relacionados a essas atividades.
Numa primeira aproximação, tendemos a nos precipitar na constatação da
incompatibilidade quase paradoxal de se relacionar a Educação Física com adolescentes,
adultos e até idosos na escolarização de Jovens e Adultos. Se nos apoiarmos, por
exemplo, nas práticas tradicionais que enfatizam atividades como as “bicicletas” do
futebol ou os saques “viagem ao fundo do mar” do voleibol como referências absolutas
das possibilidades de movimento corporal humano e como tipos de conteúdo e de
aprendizagem presentes na Educação Física, de fato sua adequabilidade será mínima.
Podemos assumir, portanto, que o propósito da intervenção do professor que
atua no campo da Educação Física no contexto da EJA é potencializar as possibilidades
de participação ativa de pessoas com demandas educacionais específicas, em programas
com foco na atividade física/movimento corporal humano. Outrossim, há que se
considerar que a sustentação para ações pedagógicas direcionadas ao processo de
escolarização dessas mesmas pessoas encontra-se em fase de construção, carecendo
ainda da produção de conhecimento capaz de contribuir para a consolidação da
participação da Educação Física nessa modalidade de ensino.
Duas questões essenciais precisam nortear e servir de eixo orientador para o
trabalho pedagógico da disciplina de Educação Física com jovens e adultos:
- Quem são os alunos da EJA?
- Como pode ser desenvolvida a Educação Física para esses alunos?
Compreendendo o perfil do educando da EJA, a Educação Física deverá
valorizar a diversidade cultural dos educandos e a riqueza das suas manifestações
corporais, a reflexão das problemáticas sociais e a corporalidade “entendida como a
expressão criativa e consciente do conjunto das manifestações corporais historicamente
produzidas” (PARANA, 2005), considerando os três eixos norteadores do trabalho com a
EJA que são a cultura, o trabalho e o tempo1.
É, portanto, imprescindível que tempo, cultura e trabalho se manifestem na
prática pedagógica do educador, expressando idéias e ações relacionadas a:
seqüenciação (organização do conteúdo em função do tempo escolar), comprometimento
na condução do processo ensino-aprendizagem (efetivação da aprendizagem dos
conteúdos) e avaliação do trabalho pedagógico (critérios de acompanhamento das
conseqüências do processo ensino-aprendizagem), conforme representados na figura 1:
1
Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná (versão preliminar).
4
Seqüênciação Comprometimento
Tempo
Cultura
Trabalho
Avaliação
Figura 1: relação dos eixos tempo, cultura e trabalho com a intervenção pedagógica.
4
É importante lembrar no princípio da inclusão de todos na cultura
corporal de movimento. Assim, a avaliação deve propiciar um auto-conhecimento e uma
análise possível das etapas já vencidas no sentido de alcançar os objetivos propostos.
- Definição de saúde.
- Atividade física na produção de saúde.
SAÚDE
- Sedentarismo.
(Ensino
- Postura.
Fundamental)
- Anabolizantes e suas conseqüências.
- Controle de freqüência cardíaca.
- Definição de saúde.
- Obesidade.
- Stresse.
- Hábitos alimentares.
SAÚDE
- LER e DORT.
(Ensino Médio)
- Ergonomia.
- Corpo do trabalhador e seus sacrifícios.
- Controle de freqüência cardíaca.
- Envelhecer com saúde.
- Definições de esporte.
ESPORTES - História e origem.
(Ensino - Princípios básicos (fundamentos).
Fundamental e - Táticas e regras.
Médio) - Esporte como fenômeno global.
- Atividades práticas.
- Definição de jogo.
JOGOS - Aspectos históricos sociais.
(Ensino - Tipos de jogos: jogos cooperativos, jogos recreativos/ jogos lúdicos,
Fundamental e jogos intelectivos, jogos de dramatização e jogos pré-desportivos.
Médio) - Diferentes manifestações culturais.
- Atividades práticas.
- História e origem.
GINÁSTICA
- Tipos de ginástica: ginástica artística, ginástica rítmica, ginástica
(Ensino
laboral e ginástica de academia.
Fundamental e
- Princípios básicos.
Médio)
- Atividades práticas.
DANÇA - História e origem
(Ensino - Tipos de dança: danças folclóricas, danças circulares, danças de
Fundamental e salão, danças criativas.
Médio) - Expressão corporal/atividades rítmicas.
4
- Danças da cultura local.
- Atividades práticas.
LAZER
- Definição de lazer.
(Ensino
- Aproveitamento do tempo livre.
Fundamental e
- Lazer e benefícios para saúde.
Médio)
REFERÊNCIAS
NETO, L.P.X. ; ASSUNÇÃO, J.R. Saiba mais sobre Educação Física. Rio de
Janeiro: Âmbito Cultural Edições, 2005.
4
SOARES, C.L.; et all . Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo:
Cortez, 1992.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
BETTI, M. Por uma teoria da prática. Motus Corporis, Rio de Janeiro, v.3,n.2, p.73-
127, dez. 1996.
BRACHT, V.; PIRES, R.; GARCIA, S.P.; SOFISTE, A.F.S. A prática pedagógica em
educação física: a mudança a partir da pesquisa-ação. Revista Brasileira de
Ciências do Esporte, Campinas, v.23, n.2, p. 9-30, jan. 2002.
5
MATVEEV, A.P. Educação física escolar: teoria e metodologia. Rio de Janeiro:
Grupo Palestra Sport, 1997.
DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
5
― Por que 2 + 3 = 3 + 2 ?
― Porque ambos são iguais a 5 – respondem os alunos sem hesitar.
― Não, a resposta exata é porque a propriedade comutativa da soma assim o sustenta.
― A segunda pergunta é: Porque 9 + 2 = 11 ?
Novamente os alunos se apressam a responder:
― 9 e 1 são 10 e mais um é 11.
― Está errado! – exclama a professora. – A resposta exata é que pela definição 2,
9 + 2 = 9 + (1 + 1) [...] .
Vê-se, portanto, neste exemplo que as propriedades dos Números Naturais, Teoria dos
Conjuntos, se sobrepõe ao algoritmo da adição, Aritmética, no mesmo conjunto numérico. No
caso, essa sobreposição faz com que a professora classifique as respostas indicadas pelos
alunos como erradas, e, logo a seguir, a mesma reforça novamente a resposta correta através
da propriedade comutativa.(PETRONZELLI, 2002, pp.40-1)
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
contextualização do saber é uma das mais importantes noções pedagógicas que deve ocupar
um lugar de maior destaque na análise da didática contemporânea. Trata-se de um conceito
didático fundamental para a expansão do significado da educação escolar. O valor educacional
de uma disciplina expande na medida em que o aluno compreende os vínculos do conteúdo
estudado com uma contextualização compreensível por ele(...). O desafio didático consiste em
fazer essa contextualização sem reduzir o significado da idéias matemáticas que deram ao
saber ensinado.” (PAIS, 2001, pp. 26-27).
5
O processo de seleção dos conteúdos matemáticos escolares, envolve um
desafio, que implica na identificação dos diversos campos da Matemática e o seu objeto
de estudo; processo de quantificação da relação do homem com a natureza e do homem
com o próprio homem.
No entanto, não devemos deixar de identificar os conteúdos escolares
matemáticos que são socialmente relevantes para a EJA, pois os mesmos devem
contribuir para o desenvolvimento intelectual dos educandos.
As Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de
Estado da Educação do Paraná, versão preliminar, em seu capítulo “Orientações
Metodológicas”, aponta quatro critérios para a seleção de conteúdos e das práticas
educativas. São eles:
5
estanques deve dar lugar a uma abordagem em que as conexões sejam favorecidas e
destacadas.
Nesse contexto, a avaliação em Matemática na EJA deve permitir ao educador
fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da apreensão do
conhecimento pelo educando, estabelecendo inter-relações entre o conhecimento
matemático e o contexto social.
É fundamental que a avaliação seja coerente com a metodologia utilizada pelo
educador, bem como, com os objetivos que se pretende alcançar, visto que, esta tem a
finalidade de fornecer informações do processo de desenvolvimento do educando - a ele
mesmo e ao educador. Essas informações permitem ao educador, uma reflexão crítica
sobre a sua prática pedagógica, no sentido de captar seus avanços, suas resistências,
suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar os
obstáculos, uma vez que os educandos possuem diferentes tempos de aprendizagem.
O processo avaliativo deve ser um recurso pedagógico, que considera erros e
acertos como elementos sinalizadores para seu replanejamento, ou seja, toma o erro
como ponto de partida para rever caminhos, para compreender e agir sobre o processo
de construção do conhecimento matemático.
No que se refere à avaliação em matemática, considerando o perfil do
educando jovem, adulto e idoso, pontua-se alguns indicativos a serem contemplados
pelos educadores:
- considerar todas as formas de raciocínio, ou seja, os
procedimentos/métodos utilizados pelo educando para resolver uma
determinada situação-problema;
- resultado não é o único elemento a ser contemplado na avaliação
matemática, pois, mesmo que este não esteja de acordo, ele pode ter
utilizado-se de métodos coerentes, equivocando-se em apenas parte do
processo de desenvolvimento do raciocínio matemático.
- erro deve ser considerado como ponto de partida para rever caminhos,
compreendendo todo o processo de construção do conhecimento
matemático.
Portanto, a avaliação da aprendizagem matemática considerada como
mecanismo diagnóstico, deverá englobar todas as instâncias que compõem a escola:
currículo, planejamento, metodologia, conteúdos, o educando, o educador e a própria
escola.
Entendida como processo, a avaliação deverá possibilitar uma constante
elaboração e reelaboração não só do conhecimento produzido, mas da ação pedagógica
como um todo.
ENSINO FUNDAMENTAL
Números e Operações
Geometria
Ângulos - construção
Medidas de
Tempo: calendário, relógio e relações com o sistema de numeração decimal
uso das medidas de tempo e conversões de Temperatura (Corporal e
Climática).
Sistema Monetário e sua relação com SND.
conversões e relação entre as principais moedas: real, dólar, euro, pesquisa de
mercado.
Medidas de:
- ângulos.
5
- comprimento.
- superfície.
- capacidade.
- volume.
Razão entre áreas de figuras semelhantes.
Perímetro e área de figuras planas.
Cálculo de volume de alguns sólidos geométricos.
Medidas de Massa.
Tratamento de Informação
ENSINO MÉDIO
Números e Álgebra
Funções
Função afim.
Função quadrática.
Seqüências.
Progressão Aritmética.
Progressão Geométrica.
Noções de:
- Matrizes;
- Determinantes;
- Sistemas Lineares (3x3).
Geometria e Trigonometria
Geometria Analítica:
Trigonometria:
Tratamento de Informação
Estatística:
- Gráficos e tabelas
- Medidas e tendência central
- Polígonos de freqüência
- Aplicações
- Análise de dados
- Sistematização da contagem:
- Princípio multiplicativo;
- Análise Combinatória;
- Probabilidade:
- Probabilidade de um evento;
- União e intersecção de eventos;
- Probabilidade condicional
- Relação entre probabilidade e estatística
REFERENCIAS
6
NAGEL, Lízia Helena. Em questão: profissionalismo no ensino. Maringá: UEM,
2003(texto digitado)
“deve-se reconhecer que a ciência é diferente da disciplina escolar ciências. A ciência realizada
no laboratório requer um conjunto de normas e posturas. Seu objetivo é encontrar resultados
inéditos, que possam explicar o desconhecido. No entanto, quando é ministrada na sala de
aula, requer outro conjunto de procedimentos, cujo objetivo é alcançar resultados esperados,
aliás planejados, para que o estudante possa entender o que é conhecido. A ciência sabe
como procurar mas não conhece resultados de antemão. O ensino, ao contrário, conhece
muito bem quais são os objetivos a encontrar, mas as discussões de como proceder para
alcançá-los apontam para diferentes caminhos. Existe portanto uma diferença fundamental
entre a comunicação de conhecimento em congressos científicos, entre cientistas, e a seleção
e adaptação de parcelas desse conhecimento para ser utilizado na escola por professores e
alunos”. (BIZZO, 2002, p.14)
Essa relação entre ciência e tecnologia, aliada à forte presença da tecnologia no cotidiano das
pessoas, já não pode ser ignorada no ensino de Ciências, e sua ausência aí é inadmissível.
Consideram-se, ainda, os efeitos da ciência/tecnologia sobre a natureza e o espaço organizado
pelo homem, o que leva à necessidade de incluir no currículo escolar uma melhor
compreensão do balanço benefício-malefício da relação ciência-tecnologia (DELIZOICOV;
ANGOTTI; PERNAMBUCO, 2002, p.68-69).
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
“criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da organização tradicional é
uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais nada, um enorme desafio para os
educadores (...), romper o modelo de instrução tradicional implica um alto grau de competência
pedagógica, pois para isso o professor precisará decidir, em cada situação, quais formas de
agrupamento, sequenciação, meios didáticos e interações propiciarão o maior progresso
possível dos alunos, considerando a diversidade que inevitavelmente caracteriza o público da
educação de jovens e adultos”.
6
incentivada mesmo que de forma gradual, respeitando o tempo de cada grupo ou
indivíduo.
Uma estratégia comum em Ciências é a utilização de experimentos e práticas
realizadas em laboratório. É importante que seja definido com clareza o sentido e o
objetivo dessa alternativa metodológica, visto que muitas vezes, situações muito ricas do
cotidiano são deixadas de lado em detrimento do uso do laboratório. Deve-se considerar a
possibilidade de aproveitamento de materiais do cotidiano, assim como lugares
alternativos, situações ou eventos para se desenvolver uma atividade científica. A
utilização de experimentos e práticas realizadas em laboratório devem ser vistas como
uma atividade comum e diversificada e que não abrem mão do rigor científico, devendo
ser acompanhada pelo professor. Segundo BIZZO (2002, p.75),
que ele deve ser utilizado como um dos materiais de apoio, como outros que se fazem
necessários, cabendo ao professor, selecionar o melhor material disponível diante de sua
própria realidade, onde as informações devem ser apresentadas de forma adequada à
realidade dos alunos.
Universo.
Sistema Solar.
Planeta Terra.
Matéria e Energia.
Materiais, Átomos e Moléculas.
Ligações, Transformações e Reações Químicas.
Tipos de Energia, Movimentos, Leis de Newton.
Calor, Ondas, Luz, Eletricidade e Magnetismo.
Água, Ar e Solo.
Desequilíbrios Ambientais.
Biosfera.
Ecossistemas.
Seres Vivos.
Organismo Humano.
Saúde e Qualidade de vida.
Biotecnologia.
Ciência, Tecnologia e Sociedade.
REFERÊNCIAS
6
BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.
6
SAVIANI, Dermeval. A filosofia na formação do educador. In: _______. Do senso
comum à consciência filosófica. Campinas: Autores Associados, 1993, p.20-28.
STENGERS, Isabelle. Quem tem medo da ciência? São Paulo: Siciliano, 1989.
DISCIPLINA DE BIOLOGIA
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
6
objetivo dessa alternativa metodológica, visto que muitas vezes, situações muito ricas do
cotidiano são deixadas de lado em detrimento do uso do laboratório. Deve-se considerar a
possibilidade de aproveitamento de materiais do cotidiano, assim como espaços
alternativos, situações ou eventos para se desenvolver uma atividade científica. A
utilização de experimentos e práticas realizadas em laboratório devem ser vistas como
uma atividade comum e diversificada e que não abrem mão do rigor científico, devendo
ser acompanhada pelo professor. Segundo BIZZO (2002, p.75),
7
CONTEÚDOS – BIOLOGIA ENSINO MÉDIO
os conteúdos básicos são entendidos como os saberes mais amplos da disciplina que podem
ser desdobrados nos conteúdos pontuais que fazem parte de um corpo estruturado de saberes
construídos e acumulados historicamente e que identificam a disciplina como um campo do
conhecimento. Dentro da perspectiva dos conteúdos escolares como saberes, o termo
"conteúdo" não se refere apenas a fatos, conceitos ou explicações destinados aos alunos para
que estes conheçam, memorizem, compreendam, apliquem, relacionem, etc. Hoje, o critério
que decide se certos conhecimentos concretos devem ser incluídos no currículo não se
restringe ao seu valor epistemológico e aceitação como conhecimento válido: a relevância
cultural, o valor que lhes é atribuído no âmbito de uma cultura particular em um determinado
momento histórico, entra em cena.
Segundo as Diretrizes,
estabelecer os conteúdos básicos para o ensino de Biologia requer uma análise desse
momento histórico, social, político e econômico que vivemos; da relevância e abrangência dos
conhecimentos que se pretendem serem desenvolvidos nessa modalidade de ensino; da
atuação do professor em sala de aula; dos materiais didáticos disponíveis no mercado; das
condições de vida dos alunos e dos seus objetivos. A decisão sobre o que e como ensinar
Biologia no Ensino Médio deve ocorrer de forma a promover as finalidades e objetivos dessa
modalidade de ensino e da disciplina em questão. Não se trata de estabelecer uma lista de
conteúdos em detrimento de outra por manutenção tradicional ou por inovação arbitrária.
Referimo-nos aos conceitos e concepções que têm a ver com a construção de uma visão de
mundo; outros práticos e instrumentais para a ação, e ainda aqueles que permitem a formação
de um sujeito crítico.Precisaremos estabelecer conteúdos básicos que, por sua abrangência,
atendem às realidades regionais e, ao mesmo tempo garantem a identidade da disciplina.
PROCESSO DE IMPLICAÇÕES
ORGANIZAÇÃO E MODIFICAÇÃO DOS AVANÇOS
BIODIVERSIDADE
DISTRIBUIÇÃO DOS BIOLÓGICOS NO
DOS SERES VIVOS SERES VIVOS CONTEXTO DA
VIDA
Organização celular Biomas terrestre e Origem e evolução Ciência e saúde
e molecular: Aquáticos da Vida
- membrana, Pesquisas
- citoplasma e Ecossistemas Origem das espécies científicas
núcleo Biológicas
- divisão celular Ciclos Genética,
- tecidos Biogeoquímicos Bioética
7
Embriologia,
Os seres vivos e o Desequilíbrio Biotecnologia
Ambiente ambiental urbano e Fisiologia comparada
rural
Saúde
... a relação entre o nível microscópico e o macroscópico é um conceito básicos: uma vez que
o aluno tenha adquirido poderá entender que a compreensão de todos os fenômenos de um ser vivo requer
um conhecimento dos níveis moleculares subjacentes.
Biodiversidade
REFERÊNCIAS
BAPTISTA, G.C.S. Jornal a Página da Educação, ano 11, nº 118, dez 2002, p.19
DISCIPLINA DE FÍSICA
CONCEPÇÃO DO ENSINO DA FÍSICA
7
Física – Texto Preliminar - Ensino Médio”, da Secretaria de Estado da Educação do
Paraná– SEED – PR.
O processo ensino-aprendizagem em Física tem sido objeto de pesquisas por
aqueles que se interessam ou se identificam com esse objeto. Parece haver um certo
consenso que "... a preocupação central tem estado na identificação do estudante com o
objeto de estudo. Em outras palavras, a questão emergente na investigação dos
pesquisadores está relacionada à busca por um real significado para o estudo dessa
Ciência na educação básica - ensino médio" (ROSA & ROSA, 2005, p.2).
Os livros didáticos, de uma maneira geral, apresentam um discurso que mostra
uma preocupação com a Física como uma ciência que permite compreender uma
imensidade de fenômenos físicos naturais, que seriam indispensáveis para a formação
profissional ou como subsídio para a preparação para o vestibular e a compreensão e
interpretação do mundo pelos sujeitos-educandos. No entanto, neles a ênfase recai nos
aspectos quantitativos em detrimento dos qualitativos e conceituais, privilegiando a
resolução de “Problemas de Física” que, quase sempre, se traduzem em exercícios
matemáticos com respostas prontas. Esse discurso tem norteado o trabalho de muitos
professores e, mais que isso, as estruturas curriculares por eles organizadas.
Não é leviano afirmar que as estruturas curriculares se valem dos livros didáticos para se
organizarem. A opção de tal e tal livro didático determinará, a princípio, a constituição das
disciplinas que assumem seu espaço curricular, demarcado pelo tempo (número de aulas) e
profundidade. Mesmo que o discurso didático do professor seja amplo, abrangente e propicie
contextualizações, em geral, ele fará uso de exercícios e problemas do livro didático e sua
avaliação terá como base a literatura disciplinar do livro adotado. É importante lembrar que os
livros didáticos dirigidos ao Ensino Médio refletem o mesmo enfoque disciplinar presente no
meio universitário, levando os professores a consolidarem, na sua prática pedagógica, o estilo
reprodutivista e disciplinar adquirido em sua formação. (...) Os currículos de Física nos cursos
de graduação também colaboram para a manutenção do conhecimento físico ensinado nos
moldes ditados internamente pelas disciplinas. (...) Certamente este indicador pode ser
estendido, sem muitas ressalvas, à maioria dos cursos de formação de professores de Física e
para a maioria das licenciaturas em ciências. O peso de uma tradição disciplinar,
historicamente constituída, se impõe fortemente aos currículos dos cursos universitários, entre
outros motivos, pela sua proximidade (mesmo que virtual) com as comunidades de produtores
de conhecimento (PIETROCOLA; ALVES; PINHEIRO, s/d, p. 6-7).
... a ter uma idéia distorcida do que é a Física e quase sempre ao desinteresse pela matéria.
Os estudantes devem ser levados a perceber que os modelos dos quais os pesquisadores
lançam mão para descrever a natureza são aproximações válidas em determinados contextos,
mas que não constituem uma verdade absoluta. Muitas vezes idéias como as de partícula, gás
ideal, queda livre, potencial elétrico e muitas outras são apresentadas sem nenhuma referência
à realidade que representam, levando o estudante a julgá-los sem utilidade prática. Outras
vezes modelos como o de um raio luminoso, de átomo, de campo, de onda eletromagnética,
etc., são apresentados como se fossem entes reais. (ALVARES, 1991, p. 42).
... adotarem textos que, além de não apresentarem uma só sugestão de experimento a ser
realizado pelo professor ou pelos seus alunos, tratam os assuntos sem nenhuma preocupação
com seu desenvolvimento experimental. Ou, outros, que se dizem preocupados com um curso
voltado para a compreensão dos conceitos, escolherem textos que tratam matematicamente os
tópicos abordados, sem trabalharem aspectos cognitivos da aprendizagem. (Ibidem, 1991, p.
25)
Assim,
... como um empreendimento humano, a ciência é falível, ela pode degenerar ou pode
responder as supremas aspirações dos homens. Como parte da sociedade, a Ciência também
está aberta a influências externas, como qualquer atividade social, pode ser bem ou mal usada.
(KNELLER, 1980, prefácio da obra)
Deriva-se daí que a Ciência não é neutra visto que o cientista faz parte de um
contexto social, econômico e cultural, influenciando e sendo influenciado por esse
contexto, fato que não pode ser ocultado de nossos estudantes. Isso significa mostrar que
a ciência não está pronta nem acabada e não é absoluta, mas, revelar aos nossos
estudantes “... como é penoso, lento, sinuoso e, por vezes, violento, o processo de
evolução das idéias científicas” (PONCZEK, 2002, p. 22).
Se o conhecimento físico é ou foi produzido pelos sujeitos sociais que vivem ou
que viveram num determinado contexto histórico, então, ele faz parte da cultura social
humana e, portanto, é um direito dos estudantes conhecê-lo.
Alem disso, se queremos contribuir para a formação de sujeitos que sejam
capazes de refletir e influenciar de forma consciente nas tomadas de decisões, não
podemos deixá-los alheios às questões relativas à Ciência e à tecnologia. Por isto é
importante buscarmos o entendimento das possíveis relações entre o desenvolvimento da
Ciência e da tecnologia e as diversas transformações culturais, sociais e econômicas na
humanidade decorrentes deste desenvolvimento que, em muitos aspectos, depende de
uma percepção histórica de como estas relações foram sendo estabelecidas ao longo do
tempo.
Mas, considerando que também as tecnologias são historicamente construídas
e entendendo que
... tecnologia refere-se à forma específica da relação entre o ser humano e a matéria, no
processo de trabalho, que envolve o uso de meios de produção para agir sobre a matéria, com
base em energia, conhecimento e informação. (...) refere-se a arranjos materiais e sociais que
envolvem processos físicos e organizacionais, referidos ao conhecimento científico aplicável.
No entanto, a tecnologia não é propriedade neutra ligada à eficiência produtivista, e não
determina a sociedade, da mesma forma que esta não escreve o curso da transformação
tecnológica. Ao contrário, as tecnologias são produtos da ação humana, historicamente
construídos, expressando relações sociais das quais dependem, mas que também são
influenciados por eles. Os produtos e processos tecnológicos são considerados artefatos
7
sociais e culturais, que carregam consigo relações de poder, intenções e interesses diversos.
(OLIVEIRA,2001, p. 101-102)
Considerando ainda que, como nos ensina Paulo Freire, ensinar exige respeito
aos saberes dos educandos, o processo de ensino-aprendizagem em Física deve partir
do conhecimento prévio dos alunos respeitando seu contexto social e suas concepções
espontâneas a respeito de ciência.
Em primeiro lugar, de acordo com MOREIRA (s/d, p.2), devemos abandonar o
papel de ser apenas transmissores de conhecimentos e passarmos a ver, de fato, os
sujeitos como elaboradores do saber físico, mas que precisam do professor como
mediador. O autor parte do pressuposto que o objetivo do ensino é compartilhar,
professor e aluno, significados e promover a aprendizagem significativa. Mas, isso
acontecerá somente quando o educando internalizar esses significados de maneira não
arbitrária e não literal, quando as novas informações adquirirem significado por interação
com o conhecimento prévio do aluno e, simultaneamente, derem significados adicionais,
diferenciarem, integrarem, modificarem e enriquecerem o conhecimento já existente.
Em segundo, é preciso considerar que os sujeitos constroem suas idéias, sua
visão do mundo tendo em vista os objetos a que têm acesso nas suas experiências
diárias e nas suas relações afetivas. Segundo Novak, citado por MOREIRA (1999), os
seres humanos fazem três coisas: pensam, sentem e atuam (fazem). Ou seja, ao se
pensar uma metodologia de ensino para a Física é preciso ter em vista o que os
estudantes já conhecem. Esta idéia remete aos estudos das concepções espontâneas ou
idéias alternativas dos sujeitos:
(...) Os estudos realizados sob essa perspectiva revelaram que as idéias alternativas de crianças e
adolescentes são pessoais, fortemente influenciadas pelo contexto do problema e bastante
estáveis e resistentes à mudança, de modo que é possível encontrá-las mesmo entre estudantes
universitários (...). Realizadas em diferentes partes do mundo, as pesquisas mostraram o mesmo
padrão de idéias em relação a cada conceito investigado. (MORTINER, 1996, p.2)
... nossa maneira de estar no mundo e com o mundo, como seres históricos, é a capacidade
de, intervindo no mundo, conhecer o mundo. Mas, histórico como nós, o nosso conhecimento do mundo tem
historicidade. (...) Daí que seja tão fundamental conhecer o conhecimento existente quanto saber que
estamos abertos e aptos à produção do conhecimento ainda não existente" (FREIRE, 1996, p.31). Por isso
7
entendemos que a contribuição da Física no Ensino Médio é a contribuição para a formação dos sujeitos
através das "... lutas pela escola e pelo saber, tão legítimos e urgentes (...). Por este caminho nos
aproximamos de uma possível redefinição da relação entre cidadania e educação (...) a luta pela cidadania,
pelo legítimo, pelos direitos, é o espaço pedagógico onde se dá o verdadeiro processo de formação e
constituição do cidadão. A educação não é uma precondição da democracia e da participação, mas é parte,
fruto e expressão do processo de sua constituição. (ARROYO, 1995, p.79)
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da organização tradicional é
uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais nada, um enorme desafio para os
educadores (...), romper o modelo de instrução tradicional implica um alto grau de competência
pedagógica, pois para isso o professor precisará decidir, em cada situação, quais formas de
agrupamento, seqüenciação, meios didáticos e interações propiciarão o maior progresso
possível dos alunos, considerando a diversidade que inevitavelmente caracteriza o público da
educação de jovens e adultos. (RIBEIRO, 1999, p 7-8)
não vemos como necessário, no momento, grandes alterações nos conteúdos tradicionais, mas
sim, na forma como eles serão desenvolvidos. Entendemos que o avanço nos conhecimentos de Física
deverá ser dado por uma inovação na metodologia de trabalho e não em termos de conteúdos. (GARCIA;
ROCHA;COSTA, 2000, p.40)
Na reflexão desenvolvida com professores de Física da Educação de Jovens e
Adultos, identificou-se algumas estratégias para o desenvolvimento metodológico da
disciplina de Física, considerando que essas estratégias metodológicas podem contribuir
para o ensino e a aprendizagem dos educandos. Dessa forma, deve ser levado em conta
a formação do professor, o espaço físico, os recursos disponíveis, o tempo de
permanência do educando no espaço escolar e as possibilidades de estudo fora deste,
para que as estratégias metodológicas possam ser efetivadas. Os indicativos discutidos
com os professores contemplam:
A história da física não se limita à história de seus protagonistas. Antes ao contrário: é uma
história do pensamento em que idéias surgem e desaparecem, em que pensamentos, muitas
vezes completamente despropositados na época em que aparecem, tomam forma e
ultrapassam as barreiras profissionais contemporâneas. Afinal, a física é hoje – num mundo em
que a tecnologia permite revoluções e promete saídas para ao mais graves problemas – uma
das manifestações de maior transparência de nossa cultura. (BARROS, 1996, p.7)
8
O educador deve ser o responsável pela mediação entre o saber escolar e as
experiências provenientes do cotidiano dos educandos, as quais devem ser aproveitadas
no processo da aprendizagem.
será útil distinguir entre pesquisa como atitude cotidiana e pesquisa como resultado específico.
Como atitude cotidiana, está na vida e lhe constitui a forma de passar por ela criticamente,
tanto no sentido de cultivar a consciência crítica, quanto no de saber intervir na realidade de
modo alternativo com base na capacidade questionadora. (...). Como resultado específico,
pesquisa significa um produto concreto e localizado, (...), de material didático próprio, ou de um
texto com marcas científicas. (...). Os dois horizontes são essenciais, um implicando o outro.
No segundo caso, ressalta muito mais o compromisso formal do conhecimento reconstruído,
enquanto o primeiro privilegia a prática consciente. (DEMO, 1997, p. 12-13)
O ensino da Física não deve estar apenas pautado no uso do material didático
fornecido pela entidade mantenedora, é fundamental utilizar-se de outros recursos, como
os apontados anteriormente, para enriquecer as aulas e tornar o processo de ensino mais
harmonioso e agradável. Assim, o material deve servir de apoio, tanto ao educador como
ao educando, ao lado de outras alternativas de ensino e aprendizagem que
complementem o conhecimento proposto.
... para uma grande parte da população, os conhecimentos de Física do Ensino Médio têm grande
possibilidade de serem os únicos dessa disciplina aos quais os alunos terão acesso pela via
escolar. Percebemos, então, a pertinência e necessidade de reorganização dos componentes
curriculares de física - entendida aqui a idéia de currículo como sendo algo muito mais amplo do
que mera listagem de conteúdos de tal forma que possam dar conta, tanto das demandas de
continuidade dos estudos e das de natureza profissional como, e principalmente, daquelas exigidas
pela vida no seu dia-a-dia. (GARCIA; ROCHA; COSTA, 2000, p. 139-140)
INTRODUÇÃO À FÍSICA
8
MECÂNICA
Movimento retilíneos.
Movimentos curvilíneos.
Movimento circular uniforme.
Queda-livre.
Os Princípios da Mecânica (Leis de Newton).
Energia. Trabalho. Potência.
Impulso e quantidade de movimento.
A Gravitação Universal.
A Hidrostática.
FÍSICA TÉRMICA
Fenômenos térmicos.
O calor e a temperatura.
O fenômeno da dilatação nos sólidos, líquidos e gases.
As mudanças de estado físico da matéria.
Trocas de calor. Transmissão de calor.
Comportamento térmico dos gases.
As Leis da Termodinâmica.
ONDULATÓRIA
Fenômenos ondulatórios.
Ondas mecânicas e eletromagnéticas.
Natureza ondulatória e quântica da luz.
ÓPTICA
Fenômenos luminosos.
Princípios da Óptica Geométrica.
Aplicações do fenômeno da reflexão e refração da luz.
Lentes e instrumentos ópticos de observação.
Espelhos.
A óptica e o olho humano.
ELETRICIDADE E MAGNETISMO
Fenômenos elétricos e magnéticos.
Aspectos estáticos e dinâmicos da eletricidade.
A Lei de Coulomb.
O campo elétrico . Potencial elétrico.
A corrente elétrica.
Geradores e circuitos elétricos.
O campo magnético.
Indução magnética.
ENERGIA
Energia e suas transformações.
Fontes e tipos de energia.
Energia, meio ambiente e os potenciais energéticos do Brasil.
A energia elétrica nas residências.
REFERÊNCIAS
ALVARES. B.A. Livro didático – análise e reflexão. In: MOREIRA, M. A.; AXT, R.
Tópicos em Ensino de Ciências. Porto Alegre: Sagra, 1991, p.18-46.
8
ARROYO, M. G. Educação e exclusão da cidadania. In: BUFFA, Ester; ARROYO,
Miguel G.; NOSELLA, PAULO. Educação e cidadania: quem educa o cidadão? 5
ed. São Paulo: Cortez, 1995. (Coleção questões de nossa época)
CHAVES, A.; SHELLARD, R.C. Física para o Brasil: pensando o futuro. São Paulo:
Sociedade Brasileira de Física, 2005.
8
ROSA, C. W. da; ROSA, A. B. da. Ensino de Física: objetivos e imposições no
ensino médio. Revista Eletrónica de Ensenãnza de las Ciencias. Vol.4, nº 1, 2005.
DISCIPLINA DE QUÍMICA
CONCEPÇÃO DO ENSINO DE QUÍMICA
o domínio dos fundamentos científicos hoje em dia é indispensável para que se possa realizar
tarefas tão triviais como ler um jornal ou assistir à televisão. Da mesma forma, decisões a respeito de
questões ambientais, por exemplo, não podem prescindir da informação científica, que deve estar ao
alcance de todos.
a ciência não está amparada na verdade religiosa nem na verdade filosófica, mas em um certo
tipo de verdade que é diferente dessas outras. Não é correta a imagem de que os
conhecimentos científicos, por serem comumente fruto de experimentação e por terem uma
base lógica, sejam “melhores” do que os demais conhecimentos. Tampouco se pode pensar
que o conhecimento científico possa gerar verdades eternas e perenes.
Essa percepção deve fazer parte do trabalho pedagógico realizado nas escolas
e conforme MALDANER (2000, p.196),
Tal consideração vem de encontro com a forma com que muitos educadores
têm trabalhado esta disciplina, priorizando fatos desligados da vida dos educandos, em
que os educadores abordam, principalmente, os conteúdos acadêmicos, enfatizando a
memorização, o que torna a disciplina desvinculada da realidade dos seus alunos e sem
significação para sua vida.
Considerando que uma das funções do aprendizado dos conhecimentos
químicos na escola deve ser a de perceber a presença e a importância da Química em
sua vivência, para DELIZOICOV |et.al.| (2002, p.34),
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
episódios de alta vivência dos alunos passariam a ser importantes no processo de ensino e
aprendizagem e não obstáculo a ser superado (...) O importante é identificar situações de alta
vivência comuns ao maior número possível de alunos e a partir delas começar o trabalho de
ensino. (MALDANER, 2000, p. 184)
Criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da organização tradicional é
uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais nada, um enorme desafio para os
educadores (...), romper o modelo de instrução tradicional implica um alto grau de competência
pedagógica, pois para isso o professor precisará decidir, em cada situação, quais formas de
agrupamento, sequenciação, meios didáticos e interações propiciarão o maior progresso
possível dos alunos, considerando a diversidade que inevitavelmente caracteriza o público da
educação de jovens e adultos. (RIBEIRO, 1999, p.8)
8
conceitos pertinentes e estabelecendo relações de tal experimento com aspectos da sua
vivência. Segundo BIZZO (2002, p.75), é
importante que o professor perceba que a experimentação é um elemento essencial nas aulas
de ciências, mas que ela, por si só, não garante bom aprendizado. (...) ...a realização de
experimentos é uma tarefa importante, mas não dispensa o acompanhamento constante do
professor, que deve pesquisar quais são as explicações apresentadas pelos alunos para os
resultados encontrados. É comum que seja necessário propor uma nova situação que desafie a
explicação encontrada pelos alunos.
o professor deveria enfrentar a tentação de dar respostas prontas, mesmo que detenha a
informação exata, oferecendo novas perguntas em seu lugar, que levassem os alunos a buscar
a informação com maior orientação e acompanhamento. Perguntas do tipo “por quê?” são
maneiras de os alunos procurarem por respostas definitivas, que manifestem uma vontade
muito grande de conhecer. Se o professor apresenta, de pronto, uma resposta na forma de
uma longa explicação conceitual, pode estar desestimulando a busca de mais dados e
informações por parte dos alunos.
é por isso que não é possível seguir um “manual” de instrução, do estilo de muitos livros
“didáticos” brasileiros originados dos “cursinhos pré-vestibulares”, para iniciar o estudo de
química no ensino médio. A lógica proposta nesses “manuais” é a da química estruturada para
quem já conhece a matéria e pode servir, perfeitamente, de revisão da matéria para prestar um
exame tão genérico como é o exame vestibular no Brasil.(...) O que seria adequado para uma
boa revisão da matéria, característica original dos “cursinhos pré-vestibulares”, tornou-se
programa de ensino na maioria das escolas brasileiras.
A respeito do livro didático, BIZZO (2002, p. 66) propõe que ele deve ser
utilizado como um dos materiais de apoio, como outros que se fazem necessários,
cabendo ao professor, selecionar o melhor material disponível diante de sua própria
realidade, onde as informações devem ser apresentadas de forma adequada à realidade
dos alunos.
Ao pensar os conteúdos a serem trabalhados, o educador deve priorizar os
essenciais, ou seja, aqueles que possam ter significado real à vida dos educandos jovens
e adultos. Os conteúdos trabalhados devem possibilitar aos mesmos a percepção de que
existem diversas visões sobre um determinado fenômeno e, a partir dessa relação,
poderem constituir a sua própria identidade cultural, estimulando sua autonomia
intelectual. Os conteúdos podem ser organizados sem a rígida seqüência linear proposta
nos livros didáticos. Para tanto, deve ser avaliada a relevância e a necessidade desses
conteúdos, assim como a coerência dos mesmos para o processo educativo.
8
O programa de Química contempla os seguintes conteúdos, considerados
essenciais para a conclusão da disciplina de Química no Ensino Médio na modalidade
Educação de Jovens e Adultos.
Matéria e substâncias
Reações Químicas
Funções Orgânicas e Inorgânicas
Ligações Químicas
Ligações entre as moléculas
Tabela periódica e periodicidade
Estrutura atômica
Estequiometria
Estudo dos Gases
Radioatividade
Propriedades coligativas
Eletroquímica
Equilíbrio Químico
Soluções
Termoquímica
A avaliação é sempre uma atividade difícil de se realizar. Toda avaliação supõe um processo
de obtenção e utilização de informações, que serão analisadas diante de critérios
estabelecidos segundo juízos de valor. Portanto, não se pode pretender que uma avaliação
seja um processo frio e objetivo; ele é, em si, subjetivo, dependente da valorização de apenas
uma parcela das informações que podem ser obtidas. Essas características são
8
importantíssimas para que possamos compreender a utilidade e os limites da avaliação e como
ela pode ser utilizada pelo próprio professor para reorientar sua prática. (BIZZO, 2002, p.61)
REFERÊNCIAS
DISCIPLINA DE HISTÓRIA
CONCEPÇÃO DO ENSINO DE HISTÓRIA
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
9
Para isso, propõem-se a abordagem dos conteúdos a partir de temáticas, no
ensino de História, para os educandos (as) da Educação de Jovens e Adultos rompendo,
dessa forma, com a narrativa linear e factual num diálogo permanente com a realidade
imediata sobre a qual se constituem os diversos saberes. Pretende-se com isso priorizar
uma prática pautada na associação ensino-pesquisa e no uso de diferentes fontes e
linguagens.
Nessa perspectiva, exige-se uma abordagem problematizadora dos conteúdos
de História, em que educadores e educandos possam dialogar e nesse diálogo, propiciar
condições de pensar, argumentar e fundamentar suas opiniões através dos conteúdos
socialmente significativos relacionados ao contexto político e social, reconhecendo a
pluralidade étnica e cultural onde esses sujeitos estão inseridos.
Esta problematização deve propiciar uma análise crítica da realidade social,
distinguindo-se da “educação bancária” em que o educador apresenta os conteúdos aos
educandos, impondo-lhes um saber desprovido de reflexão (FREIRE, 1987).
É impossível, ensinar tudo a todos, desta forma se faz necessário a seleção e a
escolha de conteúdos essenciais que possibilitem o êxito no processo ensino-
aprendizagem e permitam satisfazer as necessidades dos educandos, respeitando suas
especificidades, objetivando sua formação humanista e a busca de sua autonomia
intelectual e moral.
Considerando a concepção do ensino de História pautada pela linha da cultura,
optou-se por três eixos articuladores: Cultura, Trabalho e Tempo, que também orientam o
documento das Diretrizes Curriculares para EJA no Estado do Paraná. Esses eixos
estabelecem relações entre si e articulam-se às temáticas que por sua vez articulam-se
aos conteúdos, sendo que o eixo Tempo, presente nessa concepção, refere-se ao tempo
histórico.
Os conteúdos selecionados, foram organizados em quatro temas plurais no
Ensino Fundamental: Identidade e Cultura; Estado e Relações de Poder; Terra e
Propriedade; Cidadania e Trabalho e tres temas para o Ensino Médio: Diversidade
Cultural; Relações de Poder e Movimentos Sociais; Mundo do Trabalho e Cidadania . É
importante que na abordagem desses conteúdos o educador crie situações de
aprendizagem, que respeitem o perfil dos educandos da EJA e possibilitem o diálogo
entre os conceitos construídos cientificamente e a cultura do educando, considerando a
sua História de vida, o ambiente cultural e a identidade do grupo.
A abordagem pode ser realizada partindo do não conhecido ao conhecido ou do
conhecido ao conhecido de outra forma. Os conteúdos não devem ser trabalhados de
forma isolada ou compartimentada, o estudo deve se dar de forma abrangente no tempo e
no espaço, como por exemplo, no que refere as questões sociais, as contradições, a
Histórica local, conteúdos estes que estabeleçam relação entre o local e o global e
possibilitem aos educandos, compreender as semelhanças e diferenças, as permanências
e as rupturas do contexto histórico.
Transformar os conteúdos em “situações problemas” é imprescindível para
demonstrar a relevância do que se vai estudar. O questionamento deve levar a reflexão
crítica e permanente, possibilitando a construção de saberes socialmente significativos
para que o educando interfira no sentido de transformar a sociedade, em que vive. Dessa
forma o ensino de História será sempre possibilidade e nunca determinação.
É essencial no processo ensino-aprendizagem que a teoria esteja em sintonia
com a prática, respeitando os níveis de compreensão dos educandos sobre a própria
realidade.
Em suma, esse processo deve contribuir para formar um educando leitor e
escritor, que se aproprie dos conhecimentos históricos, a partir da leitura, análise e
interpretação de diversas linguagens, bem como da produção de textos orais e escritos,
9
que valorizem o fazer e o refletir. Também é importante que o educando da EJA possa
ampliar a sua leitura de mundo percebendo-se como sujeito da História na busca da
autonomia e da cidadania.
EIXOS
CONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENTAL
ORIENTA- TEMAS
DORES
CULTUR
A
TRABAL CONSTRUÇÃO DO SUJEITO HISTÓRICO: o homem um
HO sujeito histórico, atuação do sujeito histórico-memória.
TEMPO PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO: conceito
de ciência histórica, como o historiador reconstrói a história?
IDENTID
Diferentes temporalidades, fontes históricas, patrimônio
ADE
cultural, a origem do homem e o começo dos tempos.
CULTUR
ENCONTRO ENTRE DIFERENTES CULTURAS: o Paraná
AL
no Século XV, ocupação do espaço paranaense, o domínio
cultural e político europeu, principais etnias, dominação e
resistência, patrimônio cultural paranaense.
9
ESTADO NEOLIBERAL: origem, emprego, flexibilização dos
direitos sociais, neoliberalismo no Brasil .
ESTADO DITATORIAL E TOTALITARIO: ditadura militar no
Brasil, ditadura na América espanhola, princípios fundamentais
do totalitarismo, contexto da Segunda Guerra.
ESTADO POPULISTA: o populismo no Brasil e na América
O
espanhola.
ESTADO
ESTADO INTERVENCIONISTA: revolução de 1930, Crise
E AS
de 1929, Constituição de 1934.
RELAÇÕ
ESTADO OLIGARQUICO: Coronelismo, Revolução
ES DE
Federalista no Paraná, Tenentismo.
PODER
ESTADO LIBERAL CLÁSSICO: Século das Luzes,
Imperialismo, Primeira Guerra Mundial.
FORMAÇÃO DO ESTADO NACIONAL: O Estado
Absolutista, O poder da Igreja no Brasil colônia. Separação
entre Estado e Igreja no Brasil.
EIXOS
CONTEÚDOS – ENSINO MÉDIO
ORIENTA- TEMAS
DORES
CULTUR
A CONSTRUÇÃO DO SUJEITO HISTÓRICO: o homem/mulher
TRABAL como sujeitos históricos, formação da identidade e alteridade,
HO História local.
TEMPO DIVERSI PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO: história
DADE como ciência, natureza e cultura, diferentes temporalidades,
CULTUR fontes históricas, as primeiras civilizações, patrimônio cultural.
AL DIFERENTES CULTURAS: dominação e resistência na
formação da sociedade brasileira, o mundo árabe, a
cosmovisão africana., cultura oriental, os diversos Brasis.
9
A RELAÇÃO COLONIZADOR/COLONIZADO NA AMÉRICA:
dominio cultural e político europeu, assimilação e aculturação.
HISTÓRIA DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL E NOS ESTADOS
UNIDOS: trabalho escravo,
Formas de resistência, movimentos abolicionistas, guerra de
secessão.
LIBERALISMO E NEOLIBERALISMO: Estado liberal clássico,
RELAÇÕ
as idéias iluministas, a partilha do mundo, Primeira Guerra
ES DE
Mundial.
PODER
SÉCULO XX MUDANÇAS E PERMANÊNCIAS: formação dos
E
estados totalitarios, o mundo em guerra, descolonização afro-
MOVIME
asiática, movimentos sociais no pós-guerra, conflitos culturais
NTOS
na América espanhola.
SOCIAIS
FORMAÇÃO DO ESTADO NACIONAL: emancipação política
das colônias americanas, a construção do estado brasileiro, o
período republicano.
LUTAS PELA POSSE DA TERRA: conflitos agrários pela
posse da terra no Brasil e na América espanhola, conflito
árabe-israelense.
REFERÊNCIAS
CABRINI, Conceição et. al. O ensino de história: revisão urgente. São Paulo:
Brasiliense, 1986.
KARNAL, Leandro (Org.). História na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2003.
DISCIPLINA DE GEOGRAFIA –
9
Brasil, “a partir de 1970, a Geografia Tradicional está definitivamente enterrada; suas
manifestações, dessa data em diante, vão soar como sobrevivências, resquícios de um
passado já superado”.
Assim, se faz necessário repensar o ensino e a construção do
conhecimento geográfico, bem como a serviço de quem está esse conhecimento. Qual o
papel do ensino de Geografia na formação de um cidadão crítico da organização da
realidade socioespacial.
A partir da compreensão do espaço geográfico como “um conjunto
indissociável, solidário e também contraditório de sistemas, de objetos e sistemas de
ações, não considerados isoladamente, mas como quadro único no qual a história se dá”,
Santos (1996, p.51), propõe uma concepção de geografia que possibilite ao educando
desenvolver um conhecimento do espaço, que o auxilie na compreensão do mundo,
privilegiando a sua dimensão socioespacial. Para MORAES (1998, p.166), “formar o
indivíduo crítico implica estimular o aluno questionador, dando-lhe não uma explicação
pronta do mundo, mas elementos para o próprio questionamento das várias explicações.
Formar o cidadão democrático implica investir na sedimentação no aluno do respeito à
diferença, considerando a pluralidade de visões como um valor em si”.
Nesse contexto, a Geografia explicita o seu objetivo, de analisar e
interpretar o espaço geográfico, partindo da compreensão de que o espaço é entendido
como produto das múltiplas, reais e complexas relações, pois, como mostra SANTOS
(2001, p.174) “vive-se em um mundo de indefinição entre o real e o que imagina-se dele”.
E, em conformidade com RESENDE (1986, p.181) “é preciso reconhecer a existência de
uma saber geográfico, que é próprio do educando trabalhador, um saber que está
diretamente ligado com sua atitude intelectiva, respondendo sempre ao seu caráter social,
objetivo, de um todo integrado, um espaço real”.
Desse modo, à Geografia escolar cabe fornecer subsídios que permitam aos
educandos compreenderem a realidade que os cerca em sua dimensão espacial, em sua
complexidade e em sua velocidade, onde o espaço seja entendido como o produto das
relações reais, que a sociedade estabelece entre si e com a natureza. Segundo CARLOS
(2002, p.165) “A sociedade não é passiva diante da natureza; existe um procedimento
dialético entre ambas que reproduz espaços e sociedades diferenciados em função de
momentos históricos específicos e diferenciados. Nesse sentido, o espaço é humano não
porque o homem o habita, mas porque o produz”.
Compreender as contradições presentes no espaço é o objetivo do
conhecimento geográfico, ou seja, perceber além da paisagem visível.
Torna-se urgente, assim, romper com a compartimentalização do
conhecimento geográfico. Neste sentido, faz-se necessário considerar o espaço
geográfico a partir de vários aspectos interligados e interdependentes, os fenômenos
naturais e as ações humanas, as transformações impostas pelas relações sociais e as
questões ambientais de alcance planetário, não desprezando a base local e regional.
Nesse contexto, o homem passa a ser visto como sujeito, ser social e histórico
que produz o mundo e a si próprio. Segundo CAVALCANTI (1998, p.192) “O ensino de
geografia deve propiciar ao aluno a compreensão de espaço geográfico na sua
concretude, nas suas contradições, contribuindo para a formação de raciocínios e
concepções mais articulados e aprofundados a respeito do espaço, pensando os fatos e
acontecimentos mediante várias explicações”.
O ensino de Geografia comprometido com as mudanças sociais revela as
contradições presentes na construção do espaço, inerentes ao modo como homens e
mulheres transformam e se apropriam da natureza. Nesta perspectiva, há que se tornar
possível ao educando perceber-se como parte integrante da sociedade, do espaço e da
natureza. Daí a possibilidade dele poder (re)pensar a realidade em que está inserido,
9
descobrindo-se nela e percebendo-se na sua totalidade, onde revelam-se as
desigualdades e as contradições. Sob tal perspectiva, o ensino de Geografia contribui na
formação de um cidadão mais completo, que se percebe como agente das
transformações socioespaciais, reconhecendo as temporalidades e o seu papel ativo nos
processos.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
9
Esses eixos estabelecem relações entre si e permitem a compreensão da
totalidade do espaço geográfico. Vale ressaltar, que a totalidade aqui não é a soma, mas
o conjunto da formação socioespacial. A compreensão da migração campo-cidade, por
exemplo, só ganha sentido quando a ela se relaciona a estrutura fundiária, a questão da
má distribuição das terras, a industrialização das grandes metrópoles, a periferização e a
qualidade de vida em si.
O conjunto dos eixos, o Espaço, as Relações Sociais e a Natureza articula-se
as temáticas expostas no quadro de conteúdos. Dessa maneira, os conteúdos
selecionados, devem ser trabalhados nas suas interrelações, rompendo-se com a
compartimentalização e com a linearidade do conhecimento geográfico, possibilitando a
explicitação do processo de produção do espaço pelas sociedades.
Cabe ao professor, como mediador na construção do conhecimento, criar
situações de aprendizagem, tomando como ponto de partida as experiências concretas
dos educandos no seu local de vivência, seja uma área rural, uma aldeia indígena ou no
meio urbano, de modo a permitir a resignificação de sua visão de mundo.
Nessa perspectiva, para que a avaliação cumpra o seu papel como parte
integrante do processo ensino-aprendizagem, se faz necessário definir o objetivo da
atividade avaliativa e o conteúdo a ser avaliado. E ainda utilizar instrumentos
diferenciados, analisar e qualificar os resultados, para que a partir deles o educando
possa refletir e opinar sobre os saberes construídos e os conhecimentos organizados e
para que o educador possa rever a sua prática pedagógica.
A avaliação deve contemplar situações formais e informais e utilizar diversas
linguagens.
Os objetos da avaliação no ensino de Geografia, são os três eixos
mencionados: Espaço, Relações Sociais e Natureza. A partir deles, utilizar-se-á da
descrição, da representação, da interpretação, da localização e da análise para a
compreensão das transformações que se processam no espaço e na maneira como
homens e mulheres organizam e produzem o espaço por eles vivido.
Dessa forma, o educador deve encaminhar as ações do dia-a-dia,
possibilitando a construção de conceitos e, ao mesmo tempo, acompanhando o
desenvolvimento da aprendizagem dos educandos, para que, de fato, possa se efetivar a
construção da sua autonomia e cidadania plena.
CONTEÚDOS DE GEOGRAFIA
9
DEMOGRAFIA: dinâmica da população,
pirâmide etária, padrão de vida,
movimentos migratórios,.
ATIVIDADES ECONÔMICAS: cadeias
produtivas, redes de distribuição, transporte
e comunicação, espaço agrícola, fontes de
energia, comércio, indústria, turismo,
circuitos produtivos, Divisão Internacional
do Trabalho, flexibilização do trabalho,
economia solidária.
POLÍTICAS PÚBLICAS: agricultura
familiar, reforma agrária, assistência social,
educação, meio ambiente, habitação,
RELAÇÃ
ESPAÇO cultura, saúde.
O CIDADE–CAMPO
RELAÇÕS URBANIZAÇÃO: expansão urbana,
ORGANIZAÇÃO
SOCIAIS infra-estrutura, plano diretor urbano.
SOCIOESPACIAL
NATUREZA AGRÁRIA: estrutura fundiária,
CIDADANIA
modernização do campo, conflitos no
campo, agricultura familiar, políticas
agrárias.
GEOPOLÍTICA: organização
socioespacial, fronteira, estado, nação,
território, territorialidade.
REPRESENTAÇÃO SOCIOESPACIAL:
Planeta Terra, localização espacial,
orientação, coordenadas geográficas,
cartografia.
QUESTÕES SOCIOAMBIENTAIS:
degradação ambiental, desenvolvimento
sustentável, qualidade de vida.
REFERÊNCIAS
CARLOS, Ana Fani A. A Geografia brasileira hoje: Algumas reflexões. São Paulo:
Terra Livre/AGB, vol. 1, nº 18, 2002.
1
MORAES, Antonio C R. Geografia: Pequena História Crítica. São Paulo: Hucitec,
1993.
RODRIGUES, Neidson. Por uma nova escola. São Paulo: Cortez, 1987.
1
Colégio Estadual “14 de Dezembro”
Ensino Fundamental e Médio
1
Para a participação na Avaliação da Apropriação de Conteúdos por Disciplina,
o educando, além de ter cursado, no mínimo 60% da carga horária total da disciplina com
75% de freqüência ou mais; deverá ter 50% (cinqüenta por cento) dos registros de nota
das Avaliações Processuais da disciplina, com rendimento mínimo de 8,0 (oito vírgula
zero) em cada registro de avaliação, conforme regulamentado no Regimento Escolar.
κ) para o educando que não atingir a nota 6,0 (seis vírgula zero) na Avaliação da
Apropriação de Conteúdos por Disciplina, a nota obtida nessa avaliação não
será considerada para fins de composição da média final. Este educando
deverá cursar a carga horária restante da disciplina e efetuar as avaliações
processuais restantes, até completar 100%, não tendo direito a uma segunda
participação na Avaliação da Apropriação de Conteúdos por Disciplina;
1
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos
conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição
dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de
avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.
1
Colégio Estadual “14 de Dezembro”
Ensino Fundamental e Médio
7 – REGIME ESCOLAR
7.1 ORGANIZAÇÃO
1
7.3 MATRÍCULA
7.5 AVALIAÇÃO
1
c) para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06
(seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais
escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante
o processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se
submeterá na presença do professor, conforme descrito no regimento
escolar;
l) para o educando que não atingir a nota 6,0 (seis vírgula zero) na Avaliação da
Apropriação de Conteúdos por Disciplina, a nota obtida nessa avaliação não
será considerada para fins de composição da média final. Este educando
deverá cursar a carga horária restante da disciplina e efetuar as avaliações
1
processuais restantes, até completar 100%, não tendo direito a uma segunda
participação na Avaliação da Apropriação de Conteúdos por Disciplina;
1
Colégio Estadual “14 de Dezembro”
Ensino Fundamental e Médio
OBS PELA ORIENTAÇÃO ESTE ITEM DEVE FICAR EM VERMELHO? SIM OU NÃO?
8 – CONDIÇÕES MATERIAIS E RECURSOS TECNOLÓGICOS
27 1.418 m2
14 27.742 m2
1 almoxarifado 08 m2
1 cozinha 19 m2
1 cantina 13 m2
1
1 área coberta com 188 m2
1 auditório 87 m2
1 sala com 84 m2
8 – Complexo higiênico-sanitário
Banheiro Sexo ao qual se destina N°° Pias N°° Mictórios N°° Vasos
Asnitários
1
Banheiro [ X ] Masculino M-4 1 COCHO M-9
n°° 06 [ X ] Feminino
10 – Observações:
1
8.2. Relação de Acervo Bibliográfico
1
8.3. Relação de Equipamentos de Laboratório
Há uma sala destinada a laboratório, onde este já funciona com alunos do 1º
Grau. E em uma sala ampla, bem arejada e iluminada naturalmente e artificialmente, com
pias, mesas, banquetas e armários.
Todo o material está em bom estado de conservação e higiene com os
seguintes materiais:
1
- 06 canalículos para destilação – 2 curvas
- 11 canalículos para destilação – 1 curva
- 11 telas de amiantro
- 02 botijões (pequenos)
- 01 bunsen
- 01 microscópio Taimin – tm402
- 01 dorso (11 peças) Edu – Toys
- 01 mini-torso humano
- 01 mapa do sistema reprodutor masculino
- 01 mapa do sistema reprodutor feminino
- 01 mapa do ciclo da vida I
- 01 mapa do ciclo da vida II
- 01 mapa A Célula
- 01 mapa di Sistema Respiratório
- 01 mapa do Sistema Urinário
- 01 mapa do Sistema Digestivo
- 01 mapa do Sistema Circulatório
- 01 mapa do Sistema Nervoso
- 01 mapa do Sistema Sensorial
- 01 episcópio
- 01 microscópio monocular
- 01 projetor de sllides
- 02 bicos de Bunsen
- Retro projetor
- Retro projetor
- Tela portátil para projeção
- Antena parabólica
- Televisor
- Vídeo cassete
- Fita cassete
- Balança de precisão
1
- Aparelho de som
- Rádio
- Aparelho de fax símile
- Telefone
1
Colégio Estadual 14 de Dezembro
Ensino Fundamental e Médio
9 – RECURSOS HUMANOS
9.1.1 Direção
Compete ao Diretor:
1
- convocar integrantes da comunidade escolar para a elaboração do Plano
Anual de Trabalho do estabelecimento, submetendo-o à apreciação e
aprovação do Conselho Escolar;
- elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de
contas e submeter à apreciação do Conselho Escolar;
- elaborar e submeter à aprovação do Conselho Escolar as diretrizes
específicas de administração deste estabelecimento, em consonância com
as normas e orientações gerais da Secretaria de Estado da Educação;
- coordenar a implementação das Diretrizes Pedagógicas, aplicar normas,
procedimentos e medidas administrativas, de acordo com instruções da
Secretaria de Estado da Educação;
- supervisionar as atividades dos órgãos de apoio, administrativo e
pedagógico do estabelecimento;
- coordenar e supervisionar os serviços da secretaria escolar;
- deferir as matrículas, no prazo estipulado pela legislação;
- abrir espaço para discussão, avaliação e intercâmbio, interno e externo das
práticas escolares;
- implementar uma gestão participativa, estimulando o desenvolvimento das
responsabilidades individuais e promovendo o trabalho coletivo do
Estabelecimento de Ensino;
- coordenar toda a equipe escolar, tendo em vista o cumprimento dos
objetivos propostos para a EJA.
- coordenar a equipe pedagógica (diretor auxiliar, coordenadores,
professores pedagogos e professores) para a elaboração e implementação
do plano de trabalho;
- administrar os serviços de apoio às atividades escolares, de modo a
estimular a participação desses serviços nos processos decisórios da
escola;
- negociar, com competência, para harmonizar interesses divergentes,
levando em conta as necessidades de todos os envolvidos direta ou
indiretamente;
- solicitar ao NRE, suprimento e cancelamento de demanda de funcionários e
professores do estabelecimento, observando a legislação vigente;
- administrar os recursos financeiros;
- controlar a freqüência de professores e funcionários;
- adquirir e controlar material de consumo e permanente;
- acompanhar e validar a Avaliação de Apropriação de Conteúdos por
Disciplina;
- executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.
1
9.1.2. Professor Pedagogo
9.1.3 Coordenações
Coordenador Geral
1
- Prestar à Direção, à Equipe Pedagógica do Estabelecimento e ao NRE, quando
solicitado, quaisquer esclarecimentos sobre a execução da escolarização pelas
Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua coordenação.
- Executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.
Coordenador Itinerante
9.1.4 Docentes
1
Cabe aos Docentes no exercício de sua função:
1
9.2. Relação dos Recursos Humanos
1
Colégio Estadual “14 de Dezembro”
Ensino Fundamental e Médio
1
A mantenedora se apropriará dos resultados da implementação destes
instrumentos para avaliar e reavaliar as políticas desenvolvidas, principalmente aquelas
relacionadas à capacitação continuada dos profissionais da educação, bem como
estabelecer o diálogo com as escolas no sentido de contribuir para a reflexão e as
mudanças necessárias na prática pedagógica.
“cada escola deve ser vista e tratada como uma totalidade, ainda que relativa, mas dinâmica,
única, interdependente e inserida num sistema maior de educação. Todo o esforço de melhoria
da qualidade da educação empreendido por cada escola deve estar conectado com o esforço
empreendido pelo sistema ao qual pertence. (SEED, 2005, p.17)
1
Colégio Estadual “14 de Dezembro”
Ensino Fundamental e Médio
11 – BIBLIOGRAFIA
- ALMEIDA, Maria Conceição Pereira de. Centro Estadual de Educação Básica para
Jovens e Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição.
- BRZEZINSKI, Iria. LDBEN Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São
Paulo : Cortez, 1997.
- CARNEIRO, Moaci Alves. LDBEN fácil. Petrópolis, RJ : Vozes, 1998.
- (5ª) Conferência Internacional sobre Educação de Adultos (V CONFINTEA).
- Conselho Estadual de Educação - PR
- Deliberação 011/99 – CEE.
- Deliberação 014/99 – CEE.
- Deliberação 005/98 –CEE.
- Deliberação 008/00 – CEE.
- Indicação 004/96 – CEE.
- Parecer 095/99 – CEE (Funcionamento dos Laboratórios).
- Conselho Nacional de Educação
- Parecer 011/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA.
Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Fundamental.
- Parecer 015/98 –Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.
- Resolução 03/98 – CEB.
- Constituição Brasileira – Artigo 205.
- DELORS, J. Educação : Um tesouro a descobrir. São Paulo : Cortez ; Brasília, DF :
MEC : UNESCO, 1998.
- DEMO, Pedro. A Nova LDBEN – Ranços e Avanços. Campinas, SP : Papirus, 1997.
- DRAIBE, Sônia Miriam; COSTA, Vera Lúcia Cabral; SILVA Pedro Luiz Barros. Nível
de Escolarização da População. mimeog.
- DI PIERRO; Maria Clara. A educação de Jovens e Adultos na LDBEN. mimeog.
- DI PIERRO; Maria Clara. Os projetos de Lei do Plano Nacional de Educação e a
Educação de Jovens e Adultos. mimeog.
- Decreto 2494/98 da Presidência da República.
- Decreto 2494/98 da Presidência da República.
- FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 40ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
- LDBEN nº 9394/96.
- OLIVEIRA, Thelma Alves de, et al. Avaliação Institucional (Cadernos Temáticos).
Curitiba: SEED – PR, 2004.
- Parâmetros Curriculares Nacionais 1º segmento do Ensino Fundamental.
- Parâmetros Curriculares Nacionais 2º segmento do Ensino Fundamental.
- Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio.
- Plano Nacional de Educação – Educação de Jovens e Adultos.
- SILVA, Eurides Brito da. A Educação Básica Pós-LDBEN.
- SOUZA, Paulo N. Silva & SILVA, Eurides Brito da. Como entender e aplicar a nova
LDBEN.
- SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. Como entender e
Aplicar a Nova LDBEN. SP, Pioneira Educ., 1997. 1ª Edição.
1
ANEXO
1)
2)
Pedido de autorização para funcionamento
Cópia do ato de autorização para funcionamento
3) Cópia do ato de reconhecimento do curso
4) Croqui dos espaços e das instalações
5) Ofício justificado do laudo do Corpo de Bombeiro
6) Alvará para funcionamento
1
Equipe Administrativa
Diretor Ademir Basso
1
Equipe Administrativa
Secretária/ Escola Edil Soranso da Silva
Equipe Administrativa
1
Coordenadora da EJA Jôse Helen Lamonica Galo
Equipe Administrativa
1
Professor Pedagogo Ana Maria Jorge da Silva
ENSINO MÉDIO
DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA
CONCEPÇÃO DO ENSINO
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
1
dimensão sócio-histórica, vinculado ao mundo do trabalho, à ciência, às novas
tecnológicas, dentre outras coisas.
Neste sentido, destacam-se os conteúdos específicos da disciplina não precisam
ser trabalhados, necessariamente, de forma seqüencial, do primeiro ao último conteúdo
listado, podendo ser alterada a ordem dos mesmos sem problemas para compreensão, já
que eles, apesar de estarem articulados, possibilitam sua apreensão sem a necessidade
de uma “amarração” com os demais.
Sugere-se, no entanto, que a disciplina seja iniciada com uma rápida
contextualização do surgimento da Sociologia, bem como a apresentação de suas
principais teorias na análise/compreensão da realidade.
No ensino de Sociologia é necessária a adoção de múltiplos instrumentos
metodológicos, instrumentos estes, que devem adequar-se aos objetivos pretendidos,
seja a exposição, a leitura e esclarecimentos do significado dos conceitos e da lógica dos
textos (teóricos, temáticos, literários), sua análise e discussão, a apresentação de filmes,
a audição de músicas, enfim, o que importa é que o educando seja constantemente
provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos e a reconstruir
coletivamente novos saberes.
Por fim, o conhecimento sociológico deve ir além da definição, classificação,
descrição e estabelecimento de correlações dos fenômenos da realidade social. É tarefa
primordial do conhecimento sociológico explicitar e explicar problemáticas sociais
concretas e contextualizadas, de modo a desconstruir pré-noções e preconceitos que
quase sempre dificultam o desenvolvimento da autonomia intelectual e de ações políticas
direcionadas á transformação social.
Conteúdos específicos:
Instituições familiares;
Instituições escolares;
Instituições religiosas;
Instituições políticas, dentre outras.
AVALIAÇÃO
REFERÊNCIAS
BOBBIO, N. Estado, governo, sociedade: por uma teoria geral da política. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1990.
DISCIPLINA DE FILOSOFIA
CONCEPÇÃO DO ENSINO
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
1. MITO E FILOSOFIA
O homem pode ser identificado e caracterizado como um ser que pensa e
cria explicações. Na criação do pensamento está presente tanto o mito como a
racionalidade, ou seja, a base mitológica enquanto pensamento por figuras; e a
base racional, enquanto pensamento por conceitos são constituintes do processo de
formação do conhecimento filosófico. Esse fato não pode deixar de ser considerado, pois
é a partir dele que o homem desenvolve suas idéias, cria sistemas, inventa e elabora leis,
códigos, práticas. Entender a conquista da autonomia da racionalidade (LOGOS) diante
do mito, marca o advento de uma etapa fundamental na história do pensamento e do
desenvolvimento de todas as concepções científicas produzidas ao longo da história
humana. Autores sugeridos: Jean-Pierre Vernant, Mircea Elíade, Moses Finley, Vidal
Naquet.
2. TEORIA DO CONHECIMENTO
Este conteúdo teoriza e problematiza o sentido, os fundamentos, a possibilidade e
a validade do conhecimento. Evidencia os limites do conhecimento possibilitando
perceber fatores históricos e temporais que influíram na sua elaboração e assim retomar
problemáticas já pensadas na perspectiva de novas soluções relativas a seu tempo. Entre
os clássicos que trataram do problema do conhecimento podemos citar: Aristóteles,
Descartes, Hegel, Hume, Kant, Platão, Russell.
3. ÉTICA
Trata dos fundamentos da ação humana e dos valores que permeiam as relações
intersubjetivas. Por ser especulativa e também normativa, um dos grandes problemas
enfrentados pela ética é a tensão entre o sujeito (particular) e a norma (universal). Outra
grande questão está na fundamentação dos valores e das ações: razão ou
paixões/desejos. A ética possibilita a problematização, análise e crítica dos valores,
virtude, felicidade, liberdade, consciência, responsabilidade, vontade, autonomia,
heteronomia, anomia, niilismo, violência, relação entre os meios e os fins. Alguns
filósofos: Adorno, Aristóteles, Nietzsche, Scheler, Schopenhauer, Sêneca.
4. FILOSOFIA POLÍTICA
Discute as relações de poder para compreender os mecanismos que estruturam e
legitimam os diversos sistemas políticos. Ocupa-se na investigação sobre a necessidade
humana da vida em comum, seja pela capacidade de autogoverno ou pela necessidade
da existência de um poder externo e coercitivo Problematiza conceitos como o de
cidadania, democracia, soberania, justiça, igualdade, liberdade, público e privado,
retórica, indivíduo e cidadão. Alguns pensadores clássicos: Aristóteles, Arendt, Gramsci,
Hegel, Hobbes, J.S. Mill, Kant, Locke, Maquiavel, Marcuse, Marx, Montesquieu, Platão,
Rousseau, Voltaire.
5. ESTÉTICA
Compreender a sensibilidade, a representação criativa, a apreensão intuitiva do mundo
concreto e a forma como elas determinam as relações do homem com o mundo e consigo
mesmo é objeto de conhecimento desse conteúdo. Voltada principalmente para a beleza
e a arte, a estética está intimamente ligada à realidade e às pretensões humanas de
dominar, moldar, representar, reproduzir, completar, alterar, apropriar-se do mundo
enquanto realidade humanizada. Também estão em questão as diferentes concepções
sobre a arte, as relações entre a arte e pensamento, arte e mercado, arte e sociedade.
Alguns filósofos: Baumgarten, Hegel Hume, Dufrenne, Bachelard, Schiller, Eagleton, Kant,
Benjamim, Adorno Rancière, Merleau-Ponty, Husserl, Paul Valéry.
6. FILOSOFIA DA CIÊNCIA
É o estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos resultados das diversas
ciências. Discute a provisoriedade do conhecimento científico e o relaciona com planos
1
epistemológicos, ideológicos, políticos, econômicos, religiosos. Ciência e tecnologia são
frutos da cultura do nosso tempo e envolvem o universo do empirismo e do pragmatismo
da pesquisa aplicada, daí a necessidade de entendê-las. Filósofos sugeridos: Bachelard,
Feyerabend, Foucault, Granger, Habermas, Kuhn, Popper, Ricouer.
REFERÊNCIA
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é a filosofia? Rio de Janeiro: Ed.34, 1992. 288p.
(coleção Trans).
GALLO, S.; KOHAN, W. O. (orgs). Filosofia no ensino médio. Petrópolis: Vozes, 2000.
LEPOLDO E SILVA, F. Por que Filosofia no segundo grau. Revista estudos avançados,
v. 6, n. 14, 1992.
RANCIÈRE, J. A partilha do sensível. Estética e política. São Paulo: Ed. 34, 2005.
1
REALE, G.; ANTISERI, D. História da filosofia: patrística e escolástica. São Paulo:
Paulus, 2003.
RIBEIRO, R. J. Último vôo da andorinha solitária. Estado de São Paulo, 06 mar. 2005.
WOLFF, F. A invenção da política, In: NOVAES, A. (org.) A crise do estado nação. Rio
de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
ENSINO RELIGIOSO
CONCEPÇÃO DO ENSINO
aquilo que para as igrejas é objeto de fé, para a escola é objeto de estudo. Isto
supõe a distinção entre fé/crença e religião, entre o ato subjetivo de crer e o fato
objetivo que o expressa. Essa condição implica a superação da identificação entre
religião e igreja, salientando sua função social e o seu potencial de humanização
das culturas. Por isso, o Ensino Religioso na escola pública não pode ser
concebido, de maneira nenhuma, como uma espécie de licitação para as Igrejas
(COSTELLA, 2004, pp. 97-107).
Desse modo, assim como para as Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso,
esta Proposta Curricular tem como objetivo orientar também a abordagem e a seleção
dos conteúdos. Nessa perspectiva, todas as religiões podem ser tratadas como conteúdos
nas aulas de Ensino Religioso, uma vez que o sagrado compõe o universo cultural
humano e faz parte do modelo de organização de diferentes sociedades.
Assim, o currículo dessa disciplina propõe-se a subsidiar os educandos, por meio
dos conteúdos, à compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações do
1
sagrado, com vistas à interpretação dos seus múltiplos significados. A disciplina de
Ensino Religioso subsidiará os educandos na compreensão de conceitos básicos no
campo religioso e na forma como a sociedade sofre inferências das tradições religiosas
ou mesmo da afirmação ou negação do sagrado.
Por fim, destaca-se que os conhecimentos relativos ao sagrado e às suas
manifestações são significativos para todos os educandos no processo de escolarização,
por propiciarem subsídios para a compreensão de uma das interfaces da cultura e da
constituição da vida em sociedade.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Propor o encaminhamento metodológico da disciplina de Ensino Religioso
1
para Educação de Jovens e Adultos, não se reduz a determinar formas, métodos,
conteúdos ou materiais a serem adotados em sala de aula, mas pressupõe um constante
repensar das ações que subsidiarão esse trabalho. Logo, as práticas pedagógicas
desenvolvidas pelo educador da disciplina poderão fomentar o respeito às diversas
manifestações religiosas, o que amplia e valoriza o universo cultural dos educandos.
É importante ficar claro, que em se tratando da Educação de Jovens e Adultos,
cabe ao educador despertar no educando uma nova forma de relação buscando junto a
ele, elementos oriundos de experiências vividas, que façam parte de seu contexto social.
Dessa maneira, o educando deixa de ser um “depósito de informações” e passa a
ressignificar conhecimentos anteriormente adquiridos.
Também, faz-se necessário superar práticas que tradicionalmente têm marcado o
currículo da disciplina de Ensino Religioso, desvinculando-as das aulas de religião, seja
em relação aos fundamentos teóricos, ao objeto de estudos, aos conteúdos selecionados,
ou, ainda, em relação ao encaminhamento metodológico adotado pelo educador.
Assim, um dos encaminhamentos propostos para este documento é a abordagem
dos conteúdos de Ensino Religioso, cujo objeto de estudo é o sagrado, conceito discutido
nos fundamentos teórico-metodológicos das Diretrizes Curriculares da disciplina e a base
a partir da qual serão tratados todos os demais conteúdos.
Dessa forma, pretende-se assegurar a especificidade dos conteúdos da disciplina,
sem desconsiderar sua aproximação com as demais áreas do conhecimento. Pode-se
citar, por exemplo, que os espaços sagrados também constituem conteúdos de geografia
e de arte; no entanto, o significado atribuído a esses espaços pelos adeptos desta ou
daquela religião serão tratados de forma mais aprofundada nas próprias aulas de Ensino
Religioso, cujo foco é o sagrado.
A fim de que o Ensino Religioso contribua efetivamente para o processo de
formação dos educandos, foram indicados, a partir dos conteúdos estruturantes paisagem
religiosa, símbolos e textos sagrados, o conjunto de conteúdos específicos a serem
observados pelo educador no Ensino Fundamental na modalidade de Educação de
Jovens e Adultos.
Os conteúdos propostos nestas Diretrizes contemplam as diversas manifestações
do sagrado, entendidos como integrantes do patrimônio cultural, os quais poderão ser
enriquecidos pelo educador, desde que contribuam para a construir, analisar e socializar o
conhecimento religioso, para favorecer a formação integral dos educandos, o respeito e o
convívio com o diferente.
Para corresponder a esse propósito, a linguagem a ser adotada nas aulas de
Ensino Religioso, referente a cada expressão do sagrado, é a pedagógica e não a
religiosa, é a adequada ao universo escolar. Da mesma forma deve-se levar em
consideração que na educação de jovens e adultos as terminologias utilizadas também
devem ser adequadas a realidade dos educandos.
1
contribuem para compreender o sagrado, os conteúdos estruturantes propostos para o
Ensino Religioso são:
a paisagem religiosa;
o símbolo;
o texto sagrado.
PAISAGEM RELIGIOSA
1
Nos momentos em que os grupos se reúnem para reverenciar o divino, para unir-se
ao sagrado, os lugares se transformam num universo especialmente simbólico, resultante
das crenças existentes nas tradições religiosas.
A paisagem religiosa é fruto do espaço social e cultural construído historicamente,
em vivências dos inúmeros grupos humanos. Portanto, a paisagem sagrada é uma
imagem socialmente construída, de maneira que é preciso compreendê-la corretamente
para entender tal aspecto do estudo do sagrado.
SÍMBOLO
A complexa realidade que configura o universo simbólico tem como chave de
leitura as diferentes manifestações do sagrado no coletivo, cujas significações se
sustentam em determinados símbolos religiosos.
Os símbolos são linguagens que expressam sentidos, comunicam e exercem papel
relevante para a vida imaginativa e para a constituição das diferentes religiões no mundo.
Neste contexto, o símbolo é definido como qualquer coisa que veicule uma concepção;
pode ser uma palavra, um som, um gesto, um ritual, um sonho, uma obra de arte, uma
notação matemática, entre tantos outros.
De modo geral, a cultura se sustenta por meio de símbolos, que são criações
humanas cuja função é comunicar idéias. Os símbolos são parte essencial da vida
humana, todo sujeito se constitui e se constrói por meio de inúmeras linguagens
simbólicas. Ao abranger a linguagem do sagrado, os símbolos são a base da
comunicação e constituem o veículo que aproxima o mundo vivido, cotidianamente, do
mundo misterioso dos deuses, deusas, encantados, enfim, da linhagem de seres supra-
sensíveis que habitam o território do inefável. O símbolo é um elemento importante
porque para o estudo do sagrado também o é.
TEXTO SAGRADO
Os textos sagrados expressam idéias e são meios de dar viabilidade à
disseminação e à preservação dos ensinamentos de diferentes tradições e manifestações
religiosas, o que ocorre de diversas maneiras, como: dança sagrada, pinturas sacras,
textos orais e escritos, entre outras.
Ao articular os textos sagrados aos ritos – festas religiosas, situações de
nascimento e morte, as diferentes tradições e manifestações religiosas buscam
criar mecanismos de unidade e de identidade do grupo de seguidores, de modo a
assegurar que os ensinamentos sejam consolidados e transmitidos às novas gerações e
novos adeptos. Tais ensinamentos podem ser retomados em momentos coletivos e
individuais para responder a impasses do cotidiano e para orientar a conduta de seus
seguidores.
Algumas tradições e manifestações religiosas são transmitidas apenas oralmente
ou revividas em diferentes rituais. Por sua vez, os textos sagrados registram fatos
relevantes da tradição e manifestação religiosa, quais sejam: as orações, a doutrina, a
história, que constituem sedimento no substrato social de seus seguidores e lhes orientam
as práticas. O que caracteriza um texto como sagrado é o reconhecimento pelo grupo de
que ele transmite uma mensagem originada do ente sagrado ou, ainda, que favorece uma
aproximação entre os adeptos e o sagrado.
A compreensão, interpretação e significação do texto pode ser modificada
conforme a passagem do tempo ou, ainda, para corresponder às demandas do tempo
presente. Pode, também, sofrer alterações causadas pelas diversas interpretações
secundárias, diferentes do texto original.
Como conteúdo estruturante, o texto sagrado é uma referência importante para o
Ensino Religioso, pois permite identificar como a tradição e a manifestação atribuem às
1
práticas religiosas o caráter sagrado e em que medida orientam ou estão presentes nos
ritos, nas festas, na organização das religiões, nas explicações da morte e da vida.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Os conteúdos específicos para a disciplina de Ensino Religioso têm como
referência os conteúdos estruturantes, já apresentados. No caso do Ensino Religioso, o
sagrado é o objeto de estudo da disciplina, portanto, o tratamento a ser dado aos
conteúdos específicos estará sempre a ele relacionado.
Ao tratar dos líderes ou fundadores das religiões, o educador enfatizará as
implicações da relação que eles estabeleceram com o sagrado, quanto a sua
visão do mundo, atitudes, produções escritas,posições político-ideológicas, etc.
A organização dos conteúdos se referencia em manifestações religiosas menos
conhecidas ou desconhecidas, a fim de ampliar o universo cultural dos educandos. Por
sua vez, o conteúdo templos e espaços sagrados se inicia da discussão dos espaços
físicos identificados como sagrados. Posteriormente, o educador tratará de espaços
sagrados pouco conhecidos entre os educandos, como por exemplo: mesquitas,
sinagogas, rios, montanhas, entre outros.
Somente depois de trabalhar a composição e o significado atribuído a esses
espaços sagrados, por seus adeptos, serão tratados os espaços sagrados já conhecidos
pelos educandos, que então terão mais elementos para analisar as configurações e
significados dos espaços sagrados que lhes são familiares. Tal organização curricular se
repete nos demais conteúdos, conforme o quadro apresentado a seguir:
quadro pagina 36
PAISAGEM
RELIGIOSA SÍMBOLO TEXTO
SAGRADO
SAGRADO
Respeito à diversidade
religiosa
Lugares sagrados
Textos sagrados orais e
escritos
Organizações religiosas
Universo simbólico religioso
Ritos
Festas religiosas
Vida e morte
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1
O ENSINO RELIGIOSO NA ESCOLA PÚBLICA
as orientações legais;
os objetivos;
Lugares Sagrados
Destacam-se:
Organizações Religiosas
Ritos
São celebrações das tradições e manifestações religiosas, formadas por um
conjunto de rituais. Podem ser compreendidas como a recapitulação de um
acontecimento sagrado anterior; servem à memória e à preservação da identidade de
diferentes tradições e manifestações religiosas, e podem remeter a possibilidades futuras
decorrentes de transformações contemporâneas.
Destacam-se:
os ritos de passagem;
os mortuários;
os propiciatórios, entre outros.
Entre os exemplos a serem apontados, estão: a dança (Xire), o candomblé, o kiki
(kaingang, ritual fúnebre), a via sacra, o festejo indígena de colheita etc.
Festas religiosas
São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos diversos:
confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes. Entre eles,
destacam-se:
peregrinações;
festas familiares;
festas nos templos;
datas comemorativas.
Entre os exemplos a serem apontados, estão: Festa do Dente Sagrado (budista), Ramadã
(islâmica), Kuarup (indígena), Festa de Iemanjá (afrobrasileira), Pessach (judaica), Natal
(cristã).
Vida e morte
As respostas elaboradas para a vida além da morte nas diversas tradições e
manifestações religiosas e sua relação com o sagrado podem ser trabalhadas sob as
seguintes interpretações:
o sentido da vida nas tradições e manifestações religiosas;
a reencarnação;
a ressurreição – ação de voltar à vida;
1
além da morte: ancestralidade, vida dos antepassados, espíritos dos antepassados
que se tornam presentes, e outras.
AVALIAÇÃO
REFERÊNCIAS
ELIADE, M. O Sagrado e o Profano: a essência das religiões. São Paulo: Martins Fontes,
1992.
_______. Tratado de História das Religiões. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
GIL FILHO, Sylvio F; GIL, A. H. C. F. Por uma geografia do sagrado. In: MENDONÇA, F.;
KOEZEL, S. (org.). Elementos de Epistemologia da Geografia Contemporâneo.
Curitiba: UFPR, 2002.
ROHMANN, C.. O Livro das Idéias: pensadores, teorias e conceitos que formam
nossa visão de mundo. Rio de Janeiro: Campus, 2000.