Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Tema:
Discente:
Beira, 2022
1
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIA SÓCIA E HUMANIDADE
Tema:
Discente:
2
Beira, 2022
3
Índice
Introdução...................................................................................................................................1
Objectivos...................................................................................................................................2
Revisão da literatura..................................................................................................................3
Metodologia...............................................................................................................................4
Tipo de pesquisa........................................................................................................................4
Pesquisa qualitativa...................................................................................................................4
CAPÍTULO I.............................................................................................................................5
1.1.Controlo................................................................................................................................5
1.Ética.......................................................................................................................................17
4
1.3. Ética e Políticas Públicas.................................................................................................18
Conclusão.................................................................................................................................24
Referencias bibliográficas......................................................................................................25
5
Introdução
O presente trabalho pertence a Cadeira Ética na Administração Publica, que faz parte do
curso administração Publica, 2022.
O mesmo trabalho ira debruçar acerca dos seguintes temas o controle da actuação da
administração e a Gestão pública de uma actividade administrativa da ética,
controle da Administração é “o conjunto de mecanismos jurídicos e administrativos por
meio dos quais se exerce o poder de fiscalização e de revisão da atividade
administrativa em qualquer das esferas de poder.
1
Objectivos
Objectivo geral
Objectivos específicos
Conceituar o controlo;
Identificar os tipos ou formas de controlo;
Analisaras técnicas utilizadas para o controle de qualidade na gestão publica;
Conceituar a ética;
Analisar a ética na Administração publica;
2
Revisão da literatura
A estrutura teórica deste trabalho parte dos fundamentos o controle da actuação da
administração e a Gestão pública de uma actividade administrativa da ética, A
construção do encadeamento desse processo inclui, além dos conceitos sobre ética e
administração pública, identificar a interrelação entre eles a partir do objeto de estudo.
Este trabalho se insere no campo disciplinar da Administração Pública, por isso, é
essencial trazer para o desenvolvimento teórico perspectivas da área. Assim,
“Perspectivas teóricas de Administração Pública” é uma seção que se dedica a entender
como a teoria burocrática, o institucionalismo e o novo institucionalismo percebem a
ética. Em sequência serão considerados os paradigmas da administração para a
especificidade do objeto. Chega-se, então, à última parte do referencial teórico,
“Modelo de implementação do controle da actuação da administração e da ética em
organizações, também pretende-se fazer o enquadramento teórico do Trabalho,
abordando-se a Noção, Evolução e Formas de Controlo na Administração Pública.
A palavra Controlo terá tido origem no vocábulo latino medieval contra-rotulum (em
francês contre-rôle) que designava a lista (rol) dos contribuintes utilizada para verificar
o trabalho desenvolvido pelo arrecadador fiscal (Nascimento, 2006).
Porém, passada uma década, Chiavenato (2003) já define Controlo de uma forma
sintética, embora bastante abrangente, como uma das funções que compõem o processo
administrativo, que consiste em medir o desempenho a fim de assegurar que os
objectivos organizacionais e os planos estabelecidos são realizados.
Assim a configuração teórica deste trabalho foi desenvolvida no sentido de fundamentar
a análise do programa de promoção da ética no âmbito da administração pública federal
a partir de conceitos oriundos de diferentes campos do conhecimento. A
multidisciplinaridade ajuda explicar e compreender como transcender do campo teórico
das perspectivas éticas, das teorias de administração pública ou de decisão, para a
prática da gestão da ética com modelos de controlo e implementação da ética em
organizações.
3
Metodologia
O presente trabalho é de carácter qualitativo, com vista a obter uma informação
verídica, também se auxiliara na exploração bibliográfica seja electrónica ou física.
Podendo levar as novas visões sobre o tema. A revisão de literatura sempre é um
instrumento indispensável no campo de investigação científica.
Tipo de pesquisa
Os critérios para a classificação dos tipos de pesquisa variam de acordo com o enfoque
dado pelo autor. A divisão obedece a interesses, condições, campos, metodologia,
situações, objectivos, objectos de estudos.
Pesquisa qualitativa
Neste contexto, a pesquisa será do tipo qualitativa. A investigação de cariz qualitativo é
segundo Richardson (1999,p.90):
“Tentativa de uma compreensão detalhada dos significados e características situacionais
apresentadas pelos entrevistados em lugar da produção de medidas quantitativas de
características ou comportamentos.”
4
CAPÍTULO I
1.1.Controlo
A palavra Controlo terá tido origem no vocábulo latino medieval contra-rotulum (em
francês contre-rôle) que designava a lista (rol) dos contribuintes utilizada para verificar
o trabalho desenvolvido pelo arrecadador fiscal (Nascimento, 2006).
O significado de Controlo, que tem sido explicitado por diversos autores, foi evoluindo.
Por exemplo, Chiavenato (1993) propôs três significados para Controlo em
Administração:
1. Controlo como função restritiva e coercitiva por servir para evitar ou limitar certo
tipo de desvios indesejáveis ou de comportamento não aceites;
2. Controlo como sistema automático de regulação, que tem como objectivo manter um
grau de fluxo ou funcionamento de um sistema, detectando possíveis desvios ou
irregularidades e proporcionando, automaticamente, a regulação necessária para voltar à
normalidade;
3. Controlo como função administrativa, como parte do processo administrativo, do
planeamento, organização e direcção.
Porém, passada uma década, Chiavenato (2003) já define Controlo de uma forma
sintética, embora bastante abrangente, como uma das funções que compõem o processo
administrativo, que consiste em medir o desempenho a fim de assegurar que os
objectivos organizacionais e os planos estabelecidos são realizados.
De acordo com outros autores, o Controlo pode ser entendido como:
5
Legislativo e Executivo, com o objectivo de garantir a conformidade da sua actuação
com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico como legalidade,
moralidade, finalidade pública, publicidade, motivação, impessoalidade, podendo
também abranger o controlo de mérito que diz respeito aos aspectos discricionários da
actuação administrativa.
Nesse sentido, refere Braga (2011) que o Controlo, além da sua obrigatoriedade que
decorre da legislação, é de extrema importância para impedir que a Administração
Pública se distancie dos objectivos e interesses públicos.
6
- Teoria Neoclássica da Administração, com Peter Drucker (1909-2005), considerado o
pai da administração moderna, propõe que sejam retomadas as abordagens clássica e
científica da administração com ênfase, como princípios gerais de gestão, nos objectivos
e resultados. Drucker (1993) considera que, não é nem o capital, nem a terra, nem o
trabalho, mas sim o conhecimento que vai ser a matéria-prima da sociedade actual e das
suas transformações contínuas. No anexo 4 identificam-se, de forma comparativa, os
principais aspectos das Teorias Clássica, das Relações Humanas e Neoclássica;
7
segundo as necessidades do serviço e as exigências técnicas e económicas da sua
realização (Meirelles, 2003).
O Controlo de Legalidade, que tanto pode ser exercido pela Administração como pelo
poder legislativo ou judicial, tem como objectivo verificar se o acto administrativo está
conforme com a lei que o regula, ou seja, se os órgãos e agentes da Administração
Pública, no exercício das suas funções, agem com fundamento na lei e dentro dos
limites por ela impostos (Diogo, 1986).
8
(IGF, 2007). Visa impedir que seja praticado um acto ilegal ou contrário ao interesse
público.
9
a ajustá-los aos princípios e normas. Consiste, portanto, na verificação,
acompanhamento, avaliação e informação sobre a legalidade, regularidade e boa gestão,
relativamente a actividades, programas, projectos, ou operações de entidades de direito
público ou privado (IGF, 2007). Visa, para além do cumprimento do princípio da
legalidade, a observância dos preceitos da “boa administração”, a estimulação da acção
dos órgãos, a verificação da conveniência e oportunidade de medidas e decisões de
interesse público, a verificação da proporção custo - benefício na realização das
actividades e a verificação da eficácia de medidas na solução de problemas, com vista
ao reforço e melhoria da economia, eficiência e eficácia na utilização dos recursos.
Com efeito, nesta conjuntura em que o sector público se confronta com mais restrições
financeiras e com a necessidade de alterar a imagem negativa que detém junto da
população, têm vindo a ser implementadas algumas reformas, com “apropriação” de
ferramentas de gestão oriundas do sector empresarial, no sentido da melhoria do seu
desempenho e da Qualidade percebida pelos seus clientes.
10
Qualidade pode ter significados diferentes para pessoas diferentes (anexo 9) mas, em
sentido linguístico, Qualidade deriva da palavra latina qualitate, que significa
excelência.
No entanto, para os gurus da área, Qualidade é aptidão para uso (Juran, 1974) ou
Conformidade com as especificações (Crosby, 1979). Porém, o conceito de Qualidade
foi evoluindo e provocando a inversão da lógica tradicional das organizações, públicas e
privadas, que passaram a preocupar-se cada vez mais com o cliente (interno e externo) e
com as suas necessidades
Preocupados com esta temática, foram desenvolvidos vários trabalhos por diversos
gurus da Qualidade, de que se destacam os seguintes (anexo 9):
- Crosby (1996), um dos teóricos da “Nova Vaga”, é conhecido pelo conceito zero-
defeitos e eliminação da causa de erros, ou seja, fazer bem à primeira.
11
implementação de medidas correctivas, com recurso a ferramentas específicas, tais
como: fluxogramas, Diagrama causa-efeito, Gráfico de Pareto, etc. (Lopes e Capricho,
2007). Mas, nos anos seguintes, começou-se a questionar a produção em massa, e a
repensar o Sistema de Controlo de Qualidade. Era necessário que passasse a visar não o
produto final mas o processo de produção, de forma a melhorar a Qualidade do produto
e alargá-lo à necessidade dos consumidores (Loffler, 2001 citado por Rocha, 2011).
12
as suas possíveis causas. As causas principais dos problemas (6 M) são: Mão-de-obra
(ou pessoas), Materiais (ou componentes), Máquinas (ou equipamentos), Métodos,
Meio ambiente, e Medição;
3) Histograma é uma forma de representação gráfica de dados quantitativos agrupados
em classes de frequência, normalmente um gráfico de barras verticais (anexo 20);
4) Diagrama ou gráfico de dispersão constitui a melhor maneira de visualizar a
relação entre variáveis quantitativas, identificando se existe ou não uma tendência de
variação conjunta (correlação) entre;
5) Folhas de verificação ou de registo são tabelas usadas para facilitar a colheita e
análise de dados permitindo economizar tempo e eliminar o trabalho de desenhar figuras
ou escrever números repetitivos;
6) Cartas de controlo são um tipo de gráfico, comummente utilizado para o
acompanhamento de um processo, que determina uma faixa chamada de tolerância
limitada pela linha superior (limite superior de controle), uma linha inferior (limite
inferior de controle) e uma linha média do processo, que foram estatisticamente
determinadas;
7) Estratificação, que consiste no agrupamento da informação (dados) sob vários
pontos de vista, de modo a focalizar a acção (sexo, idade, etc.). O agrupamento da
informação é feito com base em factores apropriados que são conhecidos como factores
de estratificação.
13
desvio e malversação de recursos. A falta de transparência na gestão é um forte
indicativo de práticas comprometedoras (Trevisan et alli, 2003).
Cappelli, Leite e Araújo (2010) apresentam que o avanço da transparência no campo
normativo demanda modelos que permitam a verificação desse grau detransparência,
indicando características que devem estar presentes em uma organização para que esta
seja considerada transparente, em um determinado nível.
Esses princípios se organizam, segundo os autores (Cappelli, Leite e Araújo, 2010, apud
Azevedo, 2011), na forma de estágios, em um modelo misto de progressão em linha,
definido como “degraus de transparência”, uma taxonomia desses princípios.
Esses degraus, segundo os referidos autores (Cappelli; Leite; Araújo, 2010, págs. 101-
102), são:
DEGRAU 1 – Acessibilidade
A transparência é realizada através da capacidade de acesso.Esta capacidade é
identificada através da aferição de práticas que efetivam características de portabilidade,
disponibilidade e publicidade na organização.
DEGRAU 2 – Usabilidade
A transparência é realizada através das facilidades de uso. Esta capacidade é
identificada através da aferição de práticas que efetivam características de
uniformidade, simplicidade,operabilidade, intuitividade, desempenho, adaptabilidade e
amigabilidade na organização.
DEGRAU 3 – Informativo
A transparência é realizada através da qualidade da informação.Esta capacidade é
identificada através da aferição de práticas que efetivam características de clareza,
completeza, atualidade, comparabilidade, consistência, integridade e acurácia na
organização.
DEGRAU 4 – Entendimento
A transparência é realizada através do entendimento. Esta capacidade é identificada
através da aferição de práticas que efectivam características de concisão,
compositividade, divisibilidade, detalhamento e dependência na organização.
DEGRAU 5 – Auditabilidade
A transparência é realizada através da auditabilidade. Esta capacidade é identificada
através da aferição de práticas que efetivam características de validade,
controlabilidade, verificabilidade, rastreabilidade e explicação na organização
14
Segundo Azevedo (2011), o simples fato de tornar dados disponíveis não faz de uma
organização transparente. Esse processo envolve quesitos, que se relacionam as várias
dimensões do ato comunicativo. Existem questões que envolvem o preparo e
qualificação do receptor, a forma de disponibilização dos dados pelo emissor, entre
outras.
Conforme ensina Braga (2011), cabe avançar para classificações das organizações e na
promoção da transparência em critérios objetivos. Essas questões fundamentais para a
materialização da transparência convivem com o mundo concreto da gestão e
demandam instrumentos de avaliação sistemática, que permitam ao governante aferir o
andamento da transparência como valor na sua gestão e que possibilitem a emissão de
recomendações gerenciais para a correção de rumo, no sentido do órgão avançar nos
estágios de transparência.
Segundo Lira (2003, pág. 68), a atuação conjunta entre governo e sociedade pode
resultar em valiosos ganhos econômicos, sociais e culturais. Os ganhos econômicos são
os advindos dos recursos que o controle social pode evitar que sejam escoados pela
corrupção. Os ganhos sociais advêm da elevação da qualidade dos serviços prestados à
população pela Administração Pública e da melhora dos indicadores sociais relativos à
Saúde e à Educação. Os ganhos culturais advêm do fortalecimento de valores
importantes para a cidadania, como a responsabilidade sobre a coisa pública.
15
CAPITULO II: Gestão pública de uma actividade administrativa da ética
1.Ética
Na visão de Vázquez (2008, p. 23), “a ética é a teoria ou ciência do comportamento
moral dos homens em sociedade. Ou seja, é a ciência de uma forma específica de
comportamento humano.”. Ainda segundo o autor, tal definição, destaca o carácter
científico da ética, pois a abordagem do seu objecto – o sector da realidade humana que
chamamos moral, constituído por um tipo peculiar de fatos ou actos humanos –, baseia-
se num conjunto sistemático de conhecimentos racionais e objectivos.
Esse tipo de atitude que, em termos gerais, mira exclusivamente a satisfação pessoal do
indivíduo e a vantagem sobre os demais, não é prejudicial apenas à prática
administrativa ligada a uma empresa ou instituição, “a falta e a quebra da ética”, diz
Marques (2013, p.437), “ameaçam todos os setores e aspectos da vida e da cultura de
um país”. Nesse sentido, aquele que sempre coloca seus interesses em primeiro lugar,
ignorando ou abrindo mão dos princípios éticos e do bem comum, não é um ser
perigoso apenas para a atividade administrativa, mas também para qualquer tipo de
relação ou convivência.
16
tomada de decisões, assim como o ato de segui-las e uma coordenação cuidadosa dos
esforços. A realização do esforço conjunto e a existência do gerenciamento são pontos
importantes, pois deixam transparecer não apenas a ausência de interesse particular, mas
também que o gerenciamento e a função administrativa são atividades que dispensam
totalmente as preocupações com o poder e/ou prestígio, o que interessa é realizar o
trabalho, ou em outras palavras, o propósito é contribuir para que o trabalho seja
concluído a bom termo; aquele que desempenha a função administrativa deve esforçar-
se para estabelecer uma estreita relação entre a sua atividade e os interesses públicos.
Na verdade, “o administrador”, como destacaram Freire e Mota (2006, p.449), “deve ter
seus atos voltados, exclusivamente, para o interesse público”, pois “é inadmissível” que
ele “tenha seus atos voltados para outros interesses que não os de interesse da
coletividade”.
17
crise ética dos tempos modernos” que reflete a ambiguidade moral, da liberdade de
escolha jamais experimentada e da incerteza jamais tão angustiante. Assim, a crise
moral reverbera em crise ética. Para Jaguaribe (2008), a ética contemporânea é,
predominantemente, imanente e tem como característica o crescente permissivismo,
cujo parâmetro delimitador é o princípio da não nocividade social.
Vásquez (2002) assevera que só é possível falar sobre comportamento moral quando
há responsabilidade do indivíduo sobre os atos praticados. O conhecimento objetivo das
estruturas sociais, das relações e das instituições da sociedade é imprescindível para a
ética uma vez que há inter-relação entre moral e sociedade, pois os atos morais
condicionam-se socialmente (VÁZQUEZ, 2002). Enriquez (1997) considera haver um
mal-estar na sociedade causado pela racionalidade ocidental do mundo moderno. Para o
autor, ao reprimirem-se as paixões, o problema da alteridade dos homens e das culturas
é aniquilado. Ao mesmo tempo em que o triunfo da razão constitui elemento essencial
para a construção de democracias, estabelece-se o reconhecimento do indivíduo como
sujeito de direitos.
Em políticas públicas, segundo Bardach (2009), o objeto de análise é a qualidade de
vida e o bem-estar dos cidadãos e, em geral, tanto o processo quanto os resultados de
políticas públicas envolvem vários profissionais e grupos de interesse. Assim, ao
conceber a noção de organização humana em sociedade, a dimensão política evidencia-
se. Não só porque a política é arte de organizar, governar e administrar, mas, sobretudo,
por ter como elemento central de análise o próprio homem. Para Bini (1996), isso
explica a dependência direta que a política mantém da ética e da ontologia. Se por um
lado, a ética apresenta-se como instrumento estratégico para desenvolver um país
tornando-o mais equânime; por outro, torna-se necessário fortalecer instituições que
possam dar respostas diferenciadas para questões produtivas, políticas ou sociais. Nesse
contexto, pensar em desenvolvimento não mais se refere em privilegiar argumentos
econômicos em detrimento do humano, mas perceber que as ações sociais pelo
exercício da cidadania podem minimizar os extremos de desigualdade, a exploração e os
conflitos.
A política pode, então, ser vista como um vetor de três dimensões: simbólica;
reguladora e administrativa. Assim, a ética na política requer igual atenção às três
dimensões, sem as confundir e buscando efetiva consistência entre elas; e ainda,
soluções pragmáticas a partir de poder limitado. Nesse sentido, a governança não
questiona a legitimidade e o alcance do poder político, mas foca no modo de operar e na
18
qualidade da segurança e estabelece-se de três formas distintas: estilo top-down,
colaborador ou autoregulador, cuja relevância está em como esses estilos consideram os
valores (GIRARDIN, 2012).
As perspectivas de Collins (1994) e Girardin (2012) associadas ao paradigma de
administração pública, em que as ciências de Administração e Ciência Política se
combinam para adotar os valores democráticos, aperfeiçoar os instrumentos de gestão,
inovar e criar possibilidades, a partir de critérios éticos, para democratizar informações
e estimular a participação social (KEINERT, 1994), confirmam a proposta de Waldo
(1948, apud FREDERICKSON; SMITH, 2003) que administração não é uma atividade
técnica de valor neutro, administração é política. Por isso, segundo o autor, a eficiência
não pode permanecer como o valor central da administração em detrimento da política.
A garantia de mais liberdade individual está na possibilidade de compreender que os
mecanismos de controle políticoadministrativos devem assegurar os direitos sociais por
meio da emancipação do sujeito.
Assim, é a partir da conexão entre administração e política que se torna possível
desenvolver arcabouço teórico para compreender como a ética pode ser pensada no
contexto organizacional.
II – O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta.
Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o
conveniente e o inconveniente, mas principalmente, entre o honesto e o desonesto,
consoante as regras contidas no art. 37, caput e parágrafo 4º, da Constituição Federal.
VI – A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra
na vida particular de cada servidor publico. Assim, os fatos e atos verificados na
conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom
conceito na vida funcional.
20
VIII – Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la,
ainda que contraria aos interesses da própria pessoa ou da Ad-ministração Pública.
Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do
erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana
quanto mais a de um Nação.
X – Deixar o servidor público qualquer pessoa a espera de solução que compete ao setor
em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra
espécie de atraso na prestação de serviço, não caracteriza apenas atitude contra ética ou
ato de desumanidade, mas, principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços
públicos.
XI – O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores,
velando atentamente por seu cumprimento, e , assim, evitando a conduta negligente. Os
repetidos erros, o descaso e o acú-mulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de
corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública.
21
22
Conclusão
Apos o termnino do presente trabalho podemos concluir que revela-se indispensável o
recurso, pelo menos a um eficaz Controlo de Qualidade que, bem executado, é essencial
à boa gestão dos dinheiros públicos, no sentido de ajudar a minimizar os recursos e os
riscos, a verificar o cumprimento das normas legais, a dar confiança na informação
financeira prestada, a melhorar os serviços prestados, em suma, a satisfazer os
stakeholders da Administração Pública.
23
Referencias bibliográficas
ALEXANDRINO. Marcelo, Vicente Paulo. Direito administrativo descomplicado - 23.
ed. rev. . atual. e ampl. - Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO. 2015.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27. ed. rev.,
ampl. e atual. até 31-12-2013.-São Paulo: Atlas, 2014.
24