Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sexto Empírico (...) resumiu (...) os argumentos mais famosos do ceticismo antigo. O primeiro
é que qualquer tema de debate suscita pontos de vista rivais, tanto entre pessoas comuns,
como entre filósofos, tornando impossível aceitar ou rejeitar qualquer lado da disputa. De
modo que temos de suspender o juízo. O segundo é que quando tentamos justificar uma tese
de um argumento, é preciso apelar a uma tese anterior. Mas isto, por sua vez, tem de ser
justificado – e assim por diante, numa regressão que nunca acaba. De modo que temos de
suspender o juízo. Um terceiro é que tudo é relativo: as coisas só têm a aparência que têm em
função das circunstâncias da perceção ou do juízo. De modo que temos de suspender o juízo.
O quarto é que todas as tentativas de ajuizar dependem de pressupostos, mas poder-se-ia
invocar pressupostos alternativos, tornando impossível decidir. De modo que temos de
suspender o juízo. E, finalmente, descobrimos vastas vezes que, ao tentar confirmar um juízo,
damos connosco a invocar considerações implícitas nesse juízo; mas isto é circular. De modo
que temos de suspender o juízo.
O problema filosófico aqui presente pode-se dizer da seguinte maneira: Será que o
possível haver conhecimento.
1.3. Redige, à tua escolha, três dos argumentos apresentados para justificar a tese
que aí se apresenta. Expõe os argumentos sem recorrer à transcrição.
- O facto de nada ser compreendio por si (não existindo nenhum critério que
não seja objeto de desacordo), associado ao facto de nada poder ser
verdadeiramente compreendido com base noutra coisa. Para justificar uma
crença, tem de se recorerer a outra e assim sucessivamente até ao infinito (a
regressão infinita da justificação).
1.5. Analisa o seguinte argumento: “Se é possível conhecer, algumas crenças estão
justificadas. Mas, como nenhuma crença está justificada, não é possível
conhecer”. É um argumento válido? É um bom argumento? Justifica a tua
resposta.
1.6. Por que razão o fundacionalismo pode ser entendido como uma resposta ao
argumento cético da regressão infinita?
O fundacionalismo não permite que a regressão infinita seja imposta, uma vez que faz
a distinção entre crenças não básicas de básicas, sendo estas crenças que não
necessitam a sua própria justificação com outras crenças respetivamento devido à
clareza e distinção apresentável. Em suma, existe uma contradição com o
argumento cético da regressão infinita, que este fala que o contrário das crenças
básicas, isto é, a sua justificação com outras crenças.