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JUSTIÇA BESTAURATIVA
fase de investigação e enquanto forma de diver- comparativamente com vítimas que participam ]liers, D. zoor. «An Inter
são, em que a celebração e homologação de um no processo penal convencional. No que respeita tive Justice». Crime l
Paper ro. Reino Unido:
eventual acordo entre os intervenientes pode aos infratores, encontram-se alguns indicadores,
l
conduzir à extinção do procedimento criminal -, embora ainda não totalmente seguros e variando ]Iiers, D. e Willemsens. ,J.
justice: Deuelopments
como complemento - quer na fase pós-acusação consoante o tipo de criminalidade, de que a jus-
Leuven, Belgium: Eur
mas pré-julgamento (em processos por crimes tiça restaurativa pode ter um efeito positivo ao -Offender Mediation anc
graves, podendo um eventual acordo ter algum nível da redução da reincidência. \ess, D. V. 2ooo. "The sh
impacto ao nível da medida da pena), quer na mework for thinking ab
fase de execução de penas (também face a cri- BibliograÍia tem». Comunicação aPr
mes mais graves, muitas vezes realizada em sobre justiqa restauratir
Christie, N. t977. "Conflict as Property» The Bristish
contexto prisional e podendo ter ou não conse- Alemanha.
Journal of Criminology, t7, n9 t: zg7-262.
quências na execução da pena) -
ou em paralelo, Daly, K. 2oo3. "N{ind the gap: Restorative justice in
Pelikan, C. 2oo3. "Sobr
Irlew sletter DGAE (Direi
isto é, sem qualquer ligação com o processo e theory and practice». In Restoratiue Justice and
Extrajudicial, Ministeri r-,
focada exclusivamente no processo de comuni- Penal Justice: Contpeting or Reconcilable Paradigms?,
org. A. von Hirsch, J. Roberts, A. E. Bottorns, K. Roach Pemberton, A. zoo3. Á
cação entre ütima e infrator.
L
descritos, diferem razoavelmente entre si, radi- tiue justice. Maidenhead: Open University Press.
challengesr. In Victirtt-O.
cando essas diferenças nas origens culturais que Green, S. zoo7. «Crime, Victimisation and Vulnerabi-
- nrukittg restot'afil'e .;'
processo - satisfação dos intervenientes com a nistração Extrajudicial, I\{inistério da Justiça), ng z. zona Rogers College ot
lealdade do procedimento, com a qualidade da Marslrall, 'f. F. tggg. Restoratit,e .iustice: on oueruiett,. National Institute of
A report by the honre ffice research deueloprnent Wexler, conjuntamentr
rnediação e com a oportunidade de participar no
o nd sfo hs tí cs dir e ct or at e htfp :
/ / rds. homeoffi ce. gov. ú/ Professor de la Univer
processo de tomada de decisão quer quanto
/rds/pdfs/occ-resj us.pdf Law, criou e impulsio.
aos reslrltados - as ütirnas que participam em Marty-Price, J. D. s/d. Crime artd Punishrnent: Can
processos restaurativos têm maior probabilidade atualmente considerado
Mediation Prodttce Restoratíue Justice for Víctirtts
de obter respostas às suas perguntas, de receber paradigma legal. Na l
and Offenders?, in Victínt-Offender Reconciliatiort
pedidos de desculpa do infrator, de se sentir Progront - Infunnrtiott antl Resolo'ce Center. Reti- Therapeutic Jurisprttd
menos receosas relativamente à possibilidade de rado cle http : / /nmrr,.r,o rp. com / articles/ crime. html duções, mas a forma o
reütimação e menos iradas com o infrator, de McCold, P. zooo. Ot,eruietu of metliatüsn, conferencing Asociación Iberoameric
reduzir os níveis de ansiedacle, de recuperar cutd circles. Comunicação apresentada no ro9 con- tica, foi, para o espani
gresso da ONU sobre prevenção da criminalidade e Terapeutica e, para o
sentimentos de autoconfiança e confiança nos
tratamento dos infractores. Viena, Áustria. pêutica, mantendo-se o
outros e de receber compensação, tudo isto
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_'t&:,
, ü'r
1'
.jr-Si ÇA
útimas que participam ]Iiers, D. zoor. «An International Rer,'iew of Restora- A TJ estuda, interdisciplinarmente, o papel
rcional. No que respeita tive Justice». Crime Reductiott Research Series. que é desempenhado pela Lei e a respetiva apli-
1-se alguns indicadores, Paper ro. Reino I-Inido: Home Office.
cação num processo legal, como agente terapêu-
ente seguros e variando )Iiers, D. e Willemsens, ,1. zoo4. Mapping restoratíue
tico, com o objetivo de abordar as questões legais
jtrstice: Deuelopments írt z5 European Countries.
inalidade, de que a jus- de uma forma mais compreensiva, humana e oti-
Leuven, Belgium: European Forum for Victim-
r um efeito positivo ao -Offender Mediation and Restorative Justice. mizada psicologicamente. Considera-se que a Lei
idência. é uma força social que produz comportamentos
Ness, D. V. 2ooo. "The shape of things to conre: a fra-
mework for thinking about a restorative justice svs- e, portanto, consequências, que podem ser posi-
tem». Cotnunicação apresentada na 43 Conferência tivas ou negativas para a üda emocional e para o
as Property» The Bristish sobre justiça restaurativa para nlenores, Tübingen, bem-estar psicologico dos que recorrem ao sis-
-. n9 r 237-262. Alemanha. tema legal, com resultados terapêuticos ou anti-
Iap: Restorative justice in
Pelikan, C. 2oo3. "Sobre a Justiça Restaurativar. terapêuticos (Wexler e Winick, 1996).
Restoratiue Justice and i{ eusletter DGAE, (Direcção-Geral da Administraçãcr
Extrajudicial, Ministério da Justiça), 2: g-tt. Ainda que a TJ tenha as suas origens nos
,r Reconcilable Paradigms?,
Pemberton, A. 2oo3. A uítinru actiua ne mecliação:
Estados Unidos da América, no campo da Lei e
its, A. E. Bottoms, K. Roach
zt9-236. justiça restauratiua conrc forrna de en4touternrcnt da Saúde Mental (Wexler, 2oo8) e eue, tanto na
torative justice" .In Hand- da títima., in Áctos do Seninario DIKE. Atas do América Latina como no contexto anglosaxó-
:e: A Global Perspectiue, Seminário Internacionai DIKÊ. l,isboa: Associação nico, se tenha identificado principalmente com
rç York: Routledge, t14-t45. Portuguesa de Apoio à \,'ítima, g7-to9. os Tribunais de Resolução de Conflitos e os Tri-
dirtcl uictims and restorl- zooo. «Victim-offencler mediation: realitv and
Peters, T. bunais de Droga, atualmente, toda a questão
)pen l]niversity Press. challenge5».In Victím-OJfender Mecliaüon in Etroyte legal é suscetível de ser analisada e abordada sob
-- nrukhry restoratiue .iustice uork, org. European
tin-risation and Vulnerabi- a perspetiva da TJ, e assim tem sucedido a nível
F'orum Íor Victim-OfÍ'ender Mediation and Restora-
irrts and VictirnologA, org.
tive Justice. Lovaina, Bélgica: Leuven lJniversity Press, internacional. A TJ é já mais do que uma orien-
i-iilan, gt-1t7. tação que emergiu da crise do sistema de justiça
g-15.
ictim-offênder mediation: de cariz punitivo, como o poderão ser a «Justicia
'l:lâr'dS. Experiments and Urnbreit, M. S. 2oor. The hardbook qfuictirrt-olJender
merliatíot7 - ant essential guide to pructic:e antl resear- Restaurativa>>, o <<Derecho Colaborativo» e outras
,an jurisdictions". In Vic-
', Europe ch. San F-rancisco, EUA: Jossey-Bass Publishes. orientações clentro da «.Iusticia no Adversarialr,
- making resto-
E.rropean Forum for Vic- \Veitekamp. E. G. NI. 2ooo. «Research on victim-ofÍen- a «Comprehensive Law» ou o «Integrative Law
and Restorative Justice. der mediation. Findings anci needs fbr the tuture». N{or,'ement». Trata-se, realmente, de urrr novo
.niversi§, In Trcfirn-OlJender Medíatfon irr Europe - ntuking
Press, 69-8r. paradigma (Stobbs, 2013) que procura o desen-
restoratiue justice utork, org, European l]orum for
rnd in ivhat terms, should volvimento de leis amigáveis, bem como o dese-
Victinr-Offencler Nlediation and Restorative,lnstice.
-1r'ed ?,,. In Crítical ^lssues nho de um modelo de boas práticas e processos
Lovaina, Bélgica: Leul,en flnir,ersity Press, 9-15.
11. Zehr e B. Toews. Mon- qrle promovam o bem-estar no âmbito judicial
.-.tice Press and Cullomp-
(Wexler , 2ot4).
-ishing, S-15.
r e st auratiua>> . In Temas Justiça Terapêutica A TJ propicia a participação ativa dos que
. enlergentes na uitirna- recorrem ii justiça, nas tornadas de decisão sobre
-\. Sani. Coimbra: Nme- (Francisca Farina) os seus assuntos, dentro e fora de sede judicial,
nlas sempre sob superuisão do sistema legal,
tncialidades, desafios O termo Therapeutic ,Iurispt'udence (T.I) tbi
e erssumindo-se assim que a livre determinação é
,. Sistema de Mediação introduzido oficialmente em 1987, rlum trabalho
.i' importante para a saircle psicológica, a satisfação
Direcção-Geral da Adrni- cle David Wexler, Professor cla University of Ari-
e o respeito pelo processo e pelo cumprirnento
:sterio da,Iustiça), n9 z. zona Rogers College of Larv, produzido para o
da Lei e das sentençars. A TJ analisa os processos
,r e ,irrshc e: 0n oueruíeu,. National Institute of Nlental Health. Dar.icl
de conciliação e mediação como rneio para che-
. research deueloprnent Wexler, conjuntamente com Bruce Winnick,
,: rds.homeofãce.gov.uk/ gar a unla solução e er.itar os efeitos antitera-
Profêssor de la University of NIiami School of
pêuticos de um litígio prolongadcl e dos proces-
Larv, criou e impulsionou a T,I, sendo ambos
ortd Punishrnent: Can sos contenciosos (King, 2clrl6). A TJ apela ao uso
atuahnente considerados conlo os pais deste rlovo
rtt'e Justice for Víctirrts clas ciências do comportamento aplicando-as ao
paradigma legal. Na América Latina, o termo
).f-ierder Reconciliotion Direrito, a fim cle conseguir rnudanças positivas
Therapeutic,Itu"ispruttlence teve diÍerentes tra-
r Resource Center. Reti- concretas. proporcionar bem-estar a todos os
:r rrrticles/crime.html duções, mas a forma oficial, e estabelecida pela
qrie interr'ênr nos tribunais, e criar um sistema
di ctti ort, utnfe r e ncin c1 Asocia«:ion Iberoamericrana de .Justicia'ferapeu-
de justiça nrais prestigiado e eÍiciente para as
,te
rresentada no ro9 con- tica, tbi, para o espanhol, a expressào "ftrsficirr pessozrs que dele participam (Goldberg,2oo5;
,r'ão da criminalidade e Terapetúica e, para o português, Justiço Tero*
-ena. Austria.
Moraies e Agilar , 2ot4) e para os cidadãos em
pêuticn, mantendo-se o acrónimo original cle T'.I.
geral. Isto implica que a TJ procure contextos
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