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JUSTIÇA RESTAURAT VA

)r não ür[uosas? Os regimes Lalande, A. tggg. Vocabulario técnico e crítico da


"filo- cada, o dano resultante, os passos necessários
:mplificam esta lógica de sofi.a. São Paulo: Martins Fontes.
para a sua reparação e as ações futuras que pos-
ais ,.ürtuosos>>, em detri- ]Iaxfield, M. G. e Babbie, E. R. 2oLS. Bosfcs of research sam reduzir a possibilidade de ocorrência de
cas consideradas como des- methods for criminal justice and criminologA.Bos-
novos crimes.
nr social e política promo- ton: Cengage Learning.
da família e de menores Philippe, G., van de Kerchove, M. e Ost, F.r9B3. Fonc- Idealmente, os principais méritos da justiça
te exemplificar, em certa tíon de juger et pouuoir judiciaire: transformations restaurativa são, ao promover a participação
30 quanto a este <(excesso>>
et déplacements. Bruxelles: Publications des Facul- ativa de útimas, infratores e comunidades, per-
Ça como sistema. A justiça
tés universitaires Saint-Louis. mitir às primeiras expressar diretamente ao
Rousseau, J. lt76zl zot4. Emílio ou da Educação. Col. infrator os sentimentos experienciados e as con-
(l sistema, nesta área e
Paideia, 43 Ed., São Paulo: Saraiva. sequências físicas, psicológicas e/ou materiais
rar o delicado equilíbrio Spinoza, B. ltíZol tgg7. Tractatus Theologico-Politi-
rcial dominante decorrentes do crime e as necessidades a suprir
e as opções cus. Leiden: Brill.
para a superação dos efeitos deste; proporcionar
aos segundos a possibilidade de compreenderem
:) assegurar uma justiça
em concreto o impacto que a sua ação teve na
iusta? Chegará a oisono-
Justiça Restaurativa útima, de assumirem a responsabitidade pelo
'imples igualdade «legal» ato perpetrado e de repararem de alguma forma,
será justificado ir mais r Frederico Moyano Marques)
total ou ao menos parcialmente, o mal causado,
rar uma igualdade real?
A Justiça Restaurativa é uma corrente relati- e possibilitar às terceiras a aproximação dos
aceitável ir para repor a
vamente recente nas áreas da ütimologia e da cidadãos da realização da Justiça - ao permitir a
efetiva? As medidas de
criminologia. Surgida em meados da década de participação na resolução dos conflitos verifica-
ustram este dilema, pois
70, nasce associada à proclamação do fracasso da dos no seu seio - e a recuperação da «paz social».
por criar novas desigual-
denominada justiça retributiva, incapaz de dar Do ponto de üsta dos possíveis benefícios
:ificar as discriminações
'., tggz).
respostas adequadas ao crime e às problemáticas para o sistema de justiça criminal e administra-
específicas de ütimas e infratores. ção da justiça, a justiça restaurativa pode contri-
istema de administração
Encontramos na literatura sobre a matéria buir para a individualização das respostas e rea-
:stema judicial - está em
inúmeras definições de justiça restaurativa, nem ções iurídico-penais face às caraterísticas de
nge de ser tão uniforme
sempre coincidentes. Citem-se duas das mais cada caso, promover a aproximação e a compre-
:Cl.
recorrentemente mencionadas e consensual- ensão do sistema judicial de justiça pelos cida-
rrídicos de ciuil /au que mente aceites: .,É um processo através do qual dãos e gerar uma melhoria da imagem e perce-
ras jurídicos europeus, a as partes envolüdas num crime decidem em ção dos cidadãos relativarnente à Justiça, facili-
,rnridade, a sua aplicação conjunto como lidar com os efeitos deste e com tar a resolução de litígios de uma forma rápida,
l-cial não é uniforme, e as suas consequências futuras» (Marshall, tggg, flexível e participada, contribuir para a redução
e coerente. Assiffi, â jus- ;); uÉ um processo no qual a útima, o infrator de processos no sistema tradicional de justiça
eguradas üas de recurso. e/ou outros indiüduos ou membros da comuni- criminal possibilitando a concentração de esfor-
irrantir uma coerência de dade afetados por um crime participam ativa- Ços e meios em áreas de criminalidade mais exi-
dicial. Isso pode passar. mente e em conjunto na resolução das questões gentes e reduzir os custos com judi-
"máquina»
uma organização territo- resultantes daquele, com a ajuda de um terceiro cial e com o encarceramento.
do cidadão, e sobretudo imparcial» (Projecto de Declaração da ONU A operacionalizaçáo da justiça restaurativa
eres aos tribunais, inclu- relativa aos Princípios Fundamentais da Utiliza- tem sido feita de forma extremamente variada, a
:iores (Philippe, van de ção de Programas de Justiça Restaurativa em diversos níveis: tendo surgido sobretudo no
]Iatéria Criminal). âmbito da justiça de crianças e jovens, como
1a justiça interessa parti- A justiça restaurativa é um novo padrão de forma de lidar de modo mais construtivo e res-
lia, na medida em que se pensamento, que vê o crime não meramente ponsabilizador com a criminalidade juvenil, cedo
s procedimentais, positi- como üolação da lei, mas como causador de passou também a ser usada na justiça penal de
gentes institucionais da danos às útimas, à comunidade e até aos infra- adultos; experimentada inicialmente no âmbito
.a administrativo e jurí- tores. Centra-se na ativa participação das úti- da pequena e média criminalidade, e sendo
zo15). mas, infratores e, nalguns casos, da comunidade, ainda hoje este o seu contexto mais habitual, tem
participação essa concretizada através de um contudo sido utilizada em situações de crimina-
processo de comunicação entre estes, dinami- lidade mais grave - homicídios ou üolência sexual,
zado e gerido por um terceiro imparcial o por exemplo - no que respeita à interação com o
12. Il
diritto diseguale. La
processo penal, encontramos exemplos de
e. Commentario sistematíco mediador ou facilitador - e por vezes consubs-
t1. 125. Turim: Giappichelli. tanciado na realização de um ou mais encontros, mecanismos de justiça restaurativa como parte
num esforço para identificar a injustiça prati- integrante do processo - normalmente durante a

291
JUSTIÇA BESTAURATIVA

fase de investigação e enquanto forma de diver- comparativamente com vítimas que participam ]liers, D. zoor. «An Inter
são, em que a celebração e homologação de um no processo penal convencional. No que respeita tive Justice». Crime l
Paper ro. Reino Unido:
eventual acordo entre os intervenientes pode aos infratores, encontram-se alguns indicadores,
l

conduzir à extinção do procedimento criminal -, embora ainda não totalmente seguros e variando ]Iiers, D. e Willemsens. ,J.
justice: Deuelopments
como complemento - quer na fase pós-acusação consoante o tipo de criminalidade, de que a jus-
Leuven, Belgium: Eur
mas pré-julgamento (em processos por crimes tiça restaurativa pode ter um efeito positivo ao -Offender Mediation anc
graves, podendo um eventual acordo ter algum nível da redução da reincidência. \ess, D. V. 2ooo. "The sh
impacto ao nível da medida da pena), quer na mework for thinking ab
fase de execução de penas (também face a cri- BibliograÍia tem». Comunicação aPr
mes mais graves, muitas vezes realizada em sobre justiqa restauratir
Christie, N. t977. "Conflict as Property» The Bristish
contexto prisional e podendo ter ou não conse- Alemanha.
Journal of Criminology, t7, n9 t: zg7-262.
quências na execução da pena) -
ou em paralelo, Daly, K. 2oo3. "N{ind the gap: Restorative justice in
Pelikan, C. 2oo3. "Sobr
Irlew sletter DGAE (Direi
isto é, sem qualquer ligação com o processo e theory and practice». In Restoratiue Justice and
Extrajudicial, Ministeri r-,
focada exclusivamente no processo de comuni- Penal Justice: Contpeting or Reconcilable Paradigms?,
org. A. von Hirsch, J. Roberts, A. E. Bottorns, K. Roach Pemberton, A. zoo3. Á
cação entre ütima e infrator.
L

e M. Schiff. Oxford: Hart, zt9-236.


justiça restauratiua cor
A justiça restaurativa tem sido levada à prá- da uítima, in Ácfas dc
Daly, K. zoo6. «Limits of restorative justice". In Hand-
tica em diferentes regiões do mundo através de book of Restoratiue Justíce: A Global Perspectíue,
Seminário Internacionir
diversos modelos eue , embora partilhem as Portuguesa de Apoio a \-
org. D. Sullivan e L. Tifft. New York: Routledge, t14-t45.
caraterísticas e os elementos essenciais atrás Dignan, J. zoo5. [Jnderstanding uictims and restoro-
Peters, T. zooo. «Victim-of

descritos, diferem razoavelmente entre si, radi- tiue justice. Maidenhead: Open University Press.
challengesr. In Victirtt-O.

cando essas diferenças nas origens culturais que Green, S. zoo7. «Crime, Victimisation and Vulnerabi-
- nrukittg restot'afil'e .;'

Forum for Victim-Offen


os inspiram, nos sistemas de justiça criminal lity" In Handbook of Victíms and VictímologA, org. tive Justice. Lovaina. Bei,
ügentes e na ligação que estabelecem com estes. S. Walklate. Cullompton: Willan, gL-r17.
9-15.
Os modelos mais utilizados são a mediação Groenhuijsen, M. 2ooo. «Victim-offender mediation:
Umbreit, M. S. 2001. The )

r,'ítima-infrator, predominante na Europa, e a legal and procedural safeguards. Experiments and


mediation - an esseruâc;.
legislation in some European jurisdictionsr. In Vic-
conferência, com grande expressão em países ch. San Francisco, EU \:
tinrOffender lVIedíation in Europe - making resto-
como a Austrália e a Nova Zelàndia e também ratíue justice work., org. European F'orum for Vic-
\\'eitekamp, E. G. NI. 2ooc
com alguma expressão nos EUA e Canadá, e que der mediation. Findings
tim-Offender Mediation and Restorative Justice.
se distingue da mediação sobretudo pelo facto de Lovaina, Bélgica: Leuven University Press, 69-8t.
In Victirn-Offender )l e :
restoratiue justice tt'or')
incluir um conjunto mais alargado de partici- Johnstone, G. 2oo4. «How, and in what terms, should
Victim-Offender Nledia:
pantes, designadamente pessoas de suporte da restorative justice be conceived?». In Crítical -Issues
Lovaina, Bélgica: Leuve:
vítima e do infrator (familiares, amigos, wzi- tn Restoratiue Justice,, org. H. Zehr e B. Toews. Mon-
nhos, técnicos que estejam a acompanhar algum sey, New York: Criminal Justice Press and Cullomp-
ton. Devon, IJK Willan Publishing, S-15.
daqueles, etc.).
Muitas destas práticas têm sido intensa-
Marques, F. M. 2011. <rJustiÇa restauratiua>r.In Temcts Justiça Terapêu
de Vitintologia. Realidades emergentes na uitúna-
mente avaliadas (até porque alguns destes çao e respostas sociois, org. A. Sani. Coimbra: Alme-
Francisca FariÊa
mecanismos resultaram de projetos experimen- dina, z6g-zgt.
tais desenvolüdos em rneio académico) e O termo Therapettt
os Marques, F. M. 2011. «Potencialidades, desafios e
resultados são, de unla forma geral, bastante constrangimentos do actual Sistema de Mediação introduzido oficialme nt
positivos, quer no que diz respeito ao próprio Penalr. À'eu.r.s/ef ter DGAE' (Direcção-Geral da Admi- cie Daüd Wexler, Prote:

processo - satisfação dos intervenientes com a nistração Extrajudicial, I\{inistério da Justiça), ng z. zona Rogers College ot
lealdade do procedimento, com a qualidade da Marslrall, 'f. F. tggg. Restoratit,e .iustice: on oueruiett,. National Institute of
A report by the honre ffice research deueloprnent Wexler, conjuntamentr
rnediação e com a oportunidade de participar no
o nd sfo hs tí cs dir e ct or at e htfp :
/ / rds. homeoffi ce. gov. ú/ Professor de la Univer
processo de tomada de decisão quer quanto
/rds/pdfs/occ-resj us.pdf Law, criou e impulsio.
aos reslrltados - as ütirnas que participam em Marty-Price, J. D. s/d. Crime artd Punishrnent: Can
processos restaurativos têm maior probabilidade atualmente considerado
Mediation Prodttce Restoratíue Justice for Víctirtts
de obter respostas às suas perguntas, de receber paradigma legal. Na l
and Offenders?, in Victínt-Offender Reconciliatiort
pedidos de desculpa do infrator, de se sentir Progront - Infunnrtiott antl Resolo'ce Center. Reti- Therapeutic Jurisprttd
menos receosas relativamente à possibilidade de rado cle http : / /nmrr,.r,o rp. com / articles/ crime. html duções, mas a forma o
reütimação e menos iradas com o infrator, de McCold, P. zooo. Ot,eruietu of metliatüsn, conferencing Asociación Iberoameric
reduzir os níveis de ansiedacle, de recuperar cutd circles. Comunicação apresentada no ro9 con- tica, foi, para o espani
gresso da ONU sobre prevenção da criminalidade e Terapeutica e, para o
sentimentos de autoconfiança e confiança nos
tratamento dos infractores. Viena, Áustria. pêutica, mantendo-se o
outros e de receber compensação, tudo isto

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_'t&:,
, ü'r
1'
.jr-Si ÇA

útimas que participam ]Iiers, D. zoor. «An International Rer,'iew of Restora- A TJ estuda, interdisciplinarmente, o papel
rcional. No que respeita tive Justice». Crime Reductiott Research Series. que é desempenhado pela Lei e a respetiva apli-
1-se alguns indicadores, Paper ro. Reino I-Inido: Home Office.
cação num processo legal, como agente terapêu-
ente seguros e variando )Iiers, D. e Willemsens, ,1. zoo4. Mapping restoratíue
tico, com o objetivo de abordar as questões legais
jtrstice: Deuelopments írt z5 European Countries.
inalidade, de que a jus- de uma forma mais compreensiva, humana e oti-
Leuven, Belgium: European Forum for Victim-
r um efeito positivo ao -Offender Mediation and Restorative Justice. mizada psicologicamente. Considera-se que a Lei
idência. é uma força social que produz comportamentos
Ness, D. V. 2ooo. "The shape of things to conre: a fra-
mework for thinking about a restorative justice svs- e, portanto, consequências, que podem ser posi-
tem». Cotnunicação apresentada na 43 Conferência tivas ou negativas para a üda emocional e para o
as Property» The Bristish sobre justiça restaurativa para nlenores, Tübingen, bem-estar psicologico dos que recorrem ao sis-
-. n9 r 237-262. Alemanha. tema legal, com resultados terapêuticos ou anti-
Iap: Restorative justice in
Pelikan, C. 2oo3. "Sobre a Justiça Restaurativar. terapêuticos (Wexler e Winick, 1996).
Restoratiue Justice and i{ eusletter DGAE, (Direcção-Geral da Administraçãcr
Extrajudicial, Ministério da Justiça), 2: g-tt. Ainda que a TJ tenha as suas origens nos
,r Reconcilable Paradigms?,
Pemberton, A. 2oo3. A uítinru actiua ne mecliação:
Estados Unidos da América, no campo da Lei e
its, A. E. Bottoms, K. Roach
zt9-236. justiça restauratiua conrc forrna de en4touternrcnt da Saúde Mental (Wexler, 2oo8) e eue, tanto na
torative justice" .In Hand- da títima., in Áctos do Seninario DIKE. Atas do América Latina como no contexto anglosaxó-
:e: A Global Perspectiue, Seminário Internacionai DIKÊ. l,isboa: Associação nico, se tenha identificado principalmente com
rç York: Routledge, t14-t45. Portuguesa de Apoio à \,'ítima, g7-to9. os Tribunais de Resolução de Conflitos e os Tri-
dirtcl uictims and restorl- zooo. «Victim-offencler mediation: realitv and
Peters, T. bunais de Droga, atualmente, toda a questão
)pen l]niversity Press. challenge5».In Victím-OJfender Mecliaüon in Etroyte legal é suscetível de ser analisada e abordada sob
-- nrukhry restoratiue .iustice uork, org. European
tin-risation and Vulnerabi- a perspetiva da TJ, e assim tem sucedido a nível
F'orum Íor Victim-OfÍ'ender Mediation and Restora-
irrts and VictirnologA, org.
tive Justice. Lovaina, Bélgica: Leuven lJniversity Press, internacional. A TJ é já mais do que uma orien-
i-iilan, gt-1t7. tação que emergiu da crise do sistema de justiça
g-15.
ictim-offênder mediation: de cariz punitivo, como o poderão ser a «Justicia
'l:lâr'dS. Experiments and Urnbreit, M. S. 2oor. The hardbook qfuictirrt-olJender
merliatíot7 - ant essential guide to pructic:e antl resear- Restaurativa>>, o <<Derecho Colaborativo» e outras
,an jurisdictions". In Vic-
', Europe ch. San F-rancisco, EUA: Jossey-Bass Publishes. orientações clentro da «.Iusticia no Adversarialr,
- making resto-
E.rropean Forum for Vic- \Veitekamp. E. G. NI. 2ooo. «Research on victim-ofÍen- a «Comprehensive Law» ou o «Integrative Law
and Restorative Justice. der mediation. Findings anci needs fbr the tuture». N{or,'ement». Trata-se, realmente, de urrr novo
.niversi§, In Trcfirn-OlJender Medíatfon irr Europe - ntuking
Press, 69-8r. paradigma (Stobbs, 2013) que procura o desen-
restoratiue justice utork, org, European l]orum for
rnd in ivhat terms, should volvimento de leis amigáveis, bem como o dese-
Victinr-Offencler Nlediation and Restorative,lnstice.
-1r'ed ?,,. In Crítical ^lssues nho de um modelo de boas práticas e processos
Lovaina, Bélgica: Leul,en flnir,ersity Press, 9-15.
11. Zehr e B. Toews. Mon- qrle promovam o bem-estar no âmbito judicial
.-.tice Press and Cullomp-
(Wexler , 2ot4).
-ishing, S-15.
r e st auratiua>> . In Temas Justiça Terapêutica A TJ propicia a participação ativa dos que
. enlergentes na uitirna- recorrem ii justiça, nas tornadas de decisão sobre
-\. Sani. Coimbra: Nme- (Francisca Farina) os seus assuntos, dentro e fora de sede judicial,
nlas sempre sob superuisão do sistema legal,
tncialidades, desafios O termo Therapeutic ,Iurispt'udence (T.I) tbi
e erssumindo-se assim que a livre determinação é
,. Sistema de Mediação introduzido oficialmente em 1987, rlum trabalho
.i' importante para a saircle psicológica, a satisfação
Direcção-Geral da Adrni- cle David Wexler, Professor cla University of Ari-
e o respeito pelo processo e pelo cumprirnento
:sterio da,Iustiça), n9 z. zona Rogers College of Larv, produzido para o
da Lei e das sentençars. A TJ analisa os processos
,r e ,irrshc e: 0n oueruíeu,. National Institute of Nlental Health. Dar.icl
de conciliação e mediação como rneio para che-
. research deueloprnent Wexler, conjuntamente com Bruce Winnick,
,: rds.homeofãce.gov.uk/ gar a unla solução e er.itar os efeitos antitera-
Profêssor de la University of NIiami School of
pêuticos de um litígio prolongadcl e dos proces-
Larv, criou e impulsionou a T,I, sendo ambos
ortd Punishrnent: Can sos contenciosos (King, 2clrl6). A TJ apela ao uso
atuahnente considerados conlo os pais deste rlovo
rtt'e Justice for Víctirrts clas ciências do comportamento aplicando-as ao
paradigma legal. Na América Latina, o termo
).f-ierder Reconciliotion Direrito, a fim cle conseguir rnudanças positivas
Therapeutic,Itu"ispruttlence teve diÍerentes tra-
r Resource Center. Reti- concretas. proporcionar bem-estar a todos os
:r rrrticles/crime.html duções, mas a forma oficial, e estabelecida pela
qrie interr'ênr nos tribunais, e criar um sistema
di ctti ort, utnfe r e ncin c1 Asocia«:ion Iberoamericrana de .Justicia'ferapeu-
de justiça nrais prestigiado e eÍiciente para as
,te

rresentada no ro9 con- tica, tbi, para o espanhol, a expressào "ftrsficirr pessozrs que dele participam (Goldberg,2oo5;
,r'ão da criminalidade e Terapetúica e, para o português, Justiço Tero*
-ena. Austria.
Moraies e Agilar , 2ot4) e para os cidadãos em
pêuticn, mantendo-se o acrónimo original cle T'.I.
geral. Isto implica que a TJ procure contextos

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