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FACULDADE DE DIREITO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO

TEORIA GERAL DO DIREITO


docente: Prof. Dr. Fabiana O. Pinho
I. APRESENTAÇÃO GERAL
1. Proposta

Teoria Geral do Direito


epistemologia
Disciplinas interligadas

jurídica
“Como se conhece o direito?”

Ética e Teorias da Justiça


deontologia
jurídica
“Como deve ser o direito?”

Filosofia do Direito
ontologia
jurídica
“O que é o direito?”
CIÊNCIA DO DIREITO

DIREITO-CIÊNCIA DIREITO-OBJETO

Escolas do Pensamento Jurídico

Jusnaturalismo
Positivismo
Realismo
Pós-positivismo jurídico
Não-positivismo jurídico
2. Estrutura do curso

2 encontros
AULAS EXPOSITIVAS
por semana

1 encontro
SEMINÁRIOS
por semana
2.1. Aulas expositivas
2.2. Seminários
3. Metodologia:
abordagem tópico-problemática
Sistema
Plano conceitos e ideias teóricas
Abstrato fundamentais
(3º momento)

Pensamento Problemático
referência à perguntas de
bibliografia básica verificação e dúvidas
(2º momento) (4º momento)

Plano problema retorno ao problema


Concreto (1º momento) (5º momento)

ponto de partida ponto de chegada


Problema
Quais aspectos da pandemia
estariam, de alguma forma,
relacionados com o DIREITO?
5. Avaliação bimestral

DISSERTAÇÃO de 0 a 10 pontos

até 2 pontos a mais


SEMINÁRIOS
na média!
5.1. Dissertação

As instruções específicas sobre


as dissertações bimestrais serão
fornecidas mais adiante.
5.2. Seminários

Trata-se de uma oportunidade de os(as) alunos(as)


conquistarem até 2 pontos na média bimestral.
Os seminários serão apresentados semanalmente por
grupos compostos por até 12 alunos(as).
Cada grupo deve elaborar um resumo estruturado do
texto indicado para o encontro.
Qualquer membro do grupo deve estar preparado
para apresentar o resumo estruturado em até 30
minutos.

A nota atribuída será a mesma para todos os membros.


6. Bibliografia adicional
SIGNIFICADOS DO TERMO
II.
“DIREITO”
Texto básico:

“Introdução à análise do direito”,


de C. Nino (pp. 11-17)
Leitura complementar:

“Introdução ao estudo do direito”,


de T. S. Ferraz Jr.
(“Introdução”, pp. 21-29)
O que significa “direito”?
1. A causa do desassossego

• Dificuldades e discordâncias entre os juristas


acerca da resposta à questão “O que é direito?”
• Esse impasse na definição do direito não
decorre, propriamente, da incapacidade dos
estudiosos do direito ou da extrema
complexidade do fenômeno jurídico.

➔ Causa do desassossego: adesão a uma concepção


equivocada sobre a relação entre a linguagem e a
realidade.
2. Relação entre linguagem e realidade

concepção concepção
essencialista convencionalista
Sentidos são criados pelo uso
Os sentidos são buscados na
comum ou por estipulações
essência das coisas.
para determinado fim.

linguagem constitutiva da
linguagem instrumental
realidade

“platonismo” “filosofia analítica”


2.1. Concepção essencialista
• Os conceitos refletem uma pretensa essência das coisas.
• Linguagem como instrumento: as palavras são veículos dos
conceitos.
• Conexão necessária entre os significados das expressões
linguísticas e a realidade.
• Atividade humana: postura descritiva, de reconhecimento
da realidade.
• Definição válida para o termo: apenas uma, encontrada na
natureza intrínseca dos fenômenos a que se refere a
expressão.
• Perspectiva baseada na visão platônica sobre a relação entre
linguagem e realidade.
2.2. Concepção convencionalista
• A relação entre linguagem (sistema de símbolos) e a
realidade foi estabelecida arbitrariamente pelos homens.
• É possível escolher símbolos para se referir a qualquer tipo
de coisas e também criar categorias de coisas adequadas à
compreensão da realidade.
• Diante de um símbolo (como o termo “direito”) é preciso,
primeiramente, atribuir um significado ou conhecer o
significado já atribuído pelo uso comum do termo para,
depois, descrever os fenômenos a que se refere tal símbolo.
• Estipulação de um significado para um termo: conveniência
para a comunicação ou em razão de critérios de utilidade
teórica.
• Perspectiva baseada na visão da filosofia analítica sobre a
relação entre linguagem e realidade.
3. O termo “direito”
➔ Dificuldades permanentes: mesmo a substituição da
concepção essencialista pela concepção convencionalista não
resolve completamente os problemas de definição do termo
“direito”.

ambíguo

termo
vago
“direito”

com carga afetiva


3.1. Dificuldades permanentes para uma
definição do termo “direito”

ambíguo: possui vários significados relacionados entre si.

não é possível enunciar as propriedades que


vago: devem estar presentes em todos os casos em
que o termo “direito” é empregado.

provoca emoções;
com carga afetiva: possui significado afetivo
favorável.
3.2. Impactos das dificuldades na definição
do termo “direito”

- direito “subjetivo”: faculdade, permissão, atribuição etc.


ambíguo: - direito “objetivo”: ordenamento ou sistema de normas
- direito como estudo da realidade jurídica (ciência do direito)

Qual é sua característica permanente?


- orientação dos comportamentos por coação (sanção)?
vago: - diretrizes promulgadas por uma autoridade?
- operar por meio de normas gerais?

A sua carga afetiva prejudica seu significado


com cognoscitivo; restrição ou inclusão de fenômenos a
carga afetiva partir de julgamento prévio com base no significado
afetivo favorável ou desfavorável.
Até mais!

fabiana.pinho@direitosbc.br

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