Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
G io r g io N a r d o n e
T iz ia n a V e rb itz y R o b e r ta M ila n e s e
Las prision es
de la comida
Herder
interacci ones O
• l i ti e mo l i l i i y c l i i i c i s i s t è mi c i
c o le c c ió n d ir ig id a p o r :
M a r c e lo R . C e b e r io y P a u l W a tz la w ic k
G i o r g i o N a r d o n e e s p s ic ó lo g o y p r o
fe s o r d e T é c n ic a s d e P s ic o te r a p ia B r e
ve en la E s c u e l a d e E s p e c ia iiz a c ió n
e n P s i c o lo g í a C l í n i c a d e la U n iv e r s id a d
d e S ie n a . F u n d a d o r y d i r e c t o r d e l C e n
tr o d e T e r a p ia E s t r a t é g ic a d e A r e z z o ,
d e s a r r o lla s u a c t iv id a d d e p s ic o t e r a -
p e u t a y d ir i g e la E s c u e l a d e F o r m a c ió n
e n T e r a p ia B re v e E s tr a té g ic a . E s el
e x p o n e n t e d e m a y o r r e lie v e e n tr e lo s
i n v e s t i g a d o r e s d e la E s c u e l a d e P a lo
A lto , y s u s in v e s t i g a c i o n e s e n e l c a m p o
c l í n i c o h a n l l e v a d o a la p u e s t a a p u n t o
d e in n o v a c io n e s e n e f ic a c e s m o d e lo s
d e T e r a p ia B r e v e p a r a f o r m a s c o n c r e
ta s d e p a t o lo g í a c o m o lo s t r a s t o r n o s
f ó b ic o - o b s e s iv o s . D iv e r s o s e s tu d io s o s
y te r a p e u ta s d e to d o e l m u n d o s e h a n
in s p i r a d o e n s u t r a b a j o , q u e e s c r e a t i v o
y a l m is m o ti e m p o s i s t e m á t i c o . E s a u to r
d e n u m e ro s a s o b ra s q u e se h a n tra d u
c id o a m ú ltip le s le n g u a s .
T i z i a n a V e r b i t z , p s ic ó l o g a y p s ic o t e r a -
p e u ta , e s in v e s tig a d o r a a s o c ia d a d e l
C e n t r o d e T e r a p ia E s t r a t é g i c a d e A r e z
z o y r e s p o n s a b l e d e l C e n t r o d e T e r a p ia
E s t r a t é g ic a d e U d in e .
R o b e rta M ila n e s e , p s ic ó lo g a , e s in
v e s tig a d o r a a s o c ia d a d e l C e n tro de
T e r a p ia E s t r a t é g ic a d e A r e z z o y r e s
p o n s a b le d e l C e n t r o d e T e r a p ia E s t r a
té g ic a d e G é n o v a .
L A S P R IS IO N E S D E L A C O M ID A
;
G IO R G IO N A R D O N E , T IZ IA N A V E R B IT Z ,
R O B E R T A M IL A N E S E
H erder
Versión castellana de M a r c e l o T o m b e t t a d e la obra de
G N a r d o n e , T. V e r b i t z y R. M i l a n e s e , L e p rig io n i d e l cibo,
Ponte alle G razie, M ilán 1999
L fi re p ro d u c c ió n to ta l o p a rc ia l d e e s ta o b ra sin e l c o n s e n tim ie n to e x p re so
de los titu lares del C o p yrig h t e stá p rohib ida al am paro d e la legislació n vigente.
Im prenta: R e in b o o k , S.L.
D epósito Legal: B - 32.655 - 2002
P rin te d in Spain
1 . D E L A D IA G N O S IS D E O B S E R V A C IÓ N A L A D IA G N O S IS O P E R A T IV A 9
1. D efinir un p ro b lem a desde u n a persp ectiv a o p erativ a . . . 9
2. C lasificación d iag n ó stica de los trastornos alim en tario s . 18
2.1. A norexia n erv io sa ..................................................... 18
2.2. B ulim ia nerviosa ....................................................... 21
2.3. T rastornos alim entarios no especificados
de otro m o d o .......................... .................................... 24
3. Principales resu ltad o s de la in v estig ació n -in terv en ció n . 25
3. E f i c a c i a y e f i c i e n c i a d e l m o d e l o t e r a pé u t i c o :
L O S R E S U L T A D O S ....................................................................... 41
1. E ficacia del tra ta m ie n to ..................................................... 42
1.1. A norexia: eficacia del tr a ta m ie n to ........................... 46
1.2. B ulim ia (bulim ia n erviosa sin conductas de
elim inación): eficacia del tratam iento ..................... 50
1.3. V om itin g (bulim ia nerviosa con conductas de
elim inación): eficacia del tratam iento ..................... 51
1.4. C onclusiones sobre la e f i c a c i a ................................. 53
2. E ficiencia del tratam iento ................................................. 53
2.1. A norexia: eficiencia del tratam iento ....................... 57
ín d ic e
4. A n o r e x i a : f o r m a c i ó n , pe r s i s t e n c i a , c a m b i o ....................... 59
1. Form ación y persistencia de la a n o r e x ia ............................. 59
1.1. A n o rexia s a c r ific a n te ...................................................... 59
1.2. A n orexia a b stin en te........ ................................................. 61
2. Tratam iento de la anorexia .................................................... 63
2 .1 . P rotocolo terapéutico de la anorexia sacrificante . . 64
2 .1 .1 . Primer e s t a d io ...................................................... 65
2 .1 .2 . S egu n d o y tercer estad io .................................. 66
2 .1 .3 . Cuarto estad io (últim a s e s i ó n ) ......................... 67
2 .2 . P rotocolo terapéutico de la anorexia abstinente . . . 77
2 .2 .1 . Primer estad io (prim era-segunda sesió n ) . . . 78
2 .2 .2 . S egu n d o estad io (d esd e la segunda-tercera
sesió n hasta la quinta) ....................................... 83
2 .2 .3 . T ercer estad io (de la quinta-sexta sesió n en
adelante) ............................................................... 88
2 .2 .4 . Cuarto estadio (últim a s e s i ó n ) ......................... 89
5. B u l i m i a : f o r m a c i ó n , pe r s i s t e n c i a , c a m b i o ......................... 123
1. Form ación y p ersistencia de la bulim ia ............................. 123
1.1. P acien tes b o teria n a s ...................................................... 124
1.2. P acien tes y o - y o .................................................................. 126
2. El tratam iento de la b u lim ia .................................................... 127
2 .1 . El p rotocolo del tratam iento de la b u l i m i a ................ 128
2 .1 .1 . Prim er estad io (prim era-segunda sesió n ) . . . 128
2 .1 .2 . S eg u n d o esta d io (de la segunda-tercera sesión
a la q u in ta )............................................................. 130
2 .1 .3 . Tercer estadio (de la quinta-sexta sesió n en
a d e la n t e 136
2 .1 .4 . Cuarto estadio (últim a s e s i ó n ) ......................... 138
3. El trastorno alim entario co m p u lsiv o (B in g e E a t in g ) ___ 154
índ ice
.
1
D E L A D IA G N O S IS D E O B S E R V A C IÓ N
A L A D I A G N O S I S O P E R A T IV A
B l a i s e P a s c a l , P e n s a m ie n to s
A r th u r S ch op en h auer,
E s c rito s p o s tu m o s
1. D E F IN IR U N P R O B L E M A D E S D E U N A P E R S P E C T IV A
O P E R A T IV A
9
L as p risio n es de la co m id a
U n d ía d e m u c h o ca lo r, en u n a c iu d a d d el su r d e Ita lia , u n p a d re y su
h ijo p e q u e ñ o e m p re n d e n un v ia je en b u rro h a c ia u n a ciu d a d le ja n a a v is i
ta r a u n o s p arie n tes.
E l p ad re m o n ta e n el b u rro y el h ijo c a m in a a su lado, p asa n los tres
fre n te a un g ru p o d e p erso n a s, y el p a d re les o y e decir:
- M ir e n q u é p ad re m á s cru e l, él m o n ta en el b u rro y su h ijo tie n e qu e
c a m in a r a su lad o e n u n d ía ta n calu ro so .
E n to n c e s e l p a d re se b a ja d el b u rro , d e ja q u e el h ijo lo m o n te y p ro s i
g u en su ca m in o .
P asa n fre n te a o tro g ru p o d e p erso n a s y el p a d re les o y e decir:
-M ir e n , e l v ie jo p ad re c a m in a n d o en un d ía tan c a lu ro so y el h ijo
m o n ta d o c ó m o d a m e n te e n el b u rro , ¿ q u é ed u c a c ió n e s ésa?
E l p a d re d ec id e e n to n c e s q u e s e n a m e jo r q u e él ta m b ié n m o n ta ra en
el b u rro , tras lo cu al p ro sig u e n co n el v iaje.
P o c o d e s p u é s p asan fre n te a o tro g ru p o d e p e rso n a s y el p ad re oye:
- M ir e n q u é c ru e ld ad , a q u e llo s d o s ni siq u ie ra tie n en un p o c o d e c o m
p as ió n p o r e se p o b re an im al q u e tie n e q u e s o p o rta r se m ejan te c a rg a en un
d ía c a lu ro so c o m o hoy.
E n to n c es el p ad re se b a ja del b u rro , h ac e b a ja r al h ijo , y lo s tre s c o n ti
n ú an su v ia je a pie.
10
D e la d iag n o sis de la o b serv ació n a la d ia g n o sis o p era tiv a
1. C o n re s p e c to a e s to e s in te re s a n te o b s e rv a r c ó m o e n m u c h o s o tro s in v e s tig a d o re s la
re v e la c ió n d e u n a b u s o se x u a l e n lo s p a c ie n te s a fe c ta d o s p o r un tra s to rn o a lim e n ta rio
e s d e u n a e x tre m a v a ria b ilid a d . C o m o se ñ a la n S c h w a rtz y C o h é n (1 9 9 6 ) y C a ru s o y
M a n a ra (1 9 9 7 ), se v a d e l 2 6 % p a ra M a n a ra e t al. (1 9 9 6 ), a l 4 0 % p a ra H all e t al. (1 9 9 2 ),
al 5 8 % p a ra K e a m e y -C o o k e (1 9 8 8 ), al 6 0 % p a ra W a lle r (1 9 9 2 ) h a s ta e l 6 9 -7 0 % p a ra
O p p e n h e im e r e t al. (1 9 8 5 ) y p a ra F o ls o n y K ra h n (1 9 9 3 ).
11
L as p risio n es d e la co m id a
1. L o d e las « s o lu c io n e s e n s a y a d a s » e s u n a c o n s tru c c ió n b á s ic a d e la a p ro x im a c ió n
e s tra té g ic a a la te ra p ia . P a ra u n a m a y o r p ro fu n d iz a c ió n e n e s ta te n d e n c ia v é a n s e W a tz
la w ic k (1 9 7 7 , 19 8 1 ); W a tz la w ic k e t al. (1 9 7 4 ); F is c h e t al. (1 9 8 2 ); N a rd o n e , W a tz la
w ic k (1 9 9 0 ); N a rd o n e (1 9 9 1 , 1993, 1 9 9 5 a, 1 9 9 5 b ); W a tz la w ic k , N a rd o n e (1 9 9 7 ).
2 . A l h a b la r d e l s is te m a p e r c e p tiv o - r e a c tiv o d e u n in d iv id u o n o s re fe rim o s a s u s m o
d a lid a d e s r e d u n d a n te s d e p e rc e p c ió n y re a c c ió n p a ra a fro n ta r la re a lid a d , q u e se e x p re
s a n e n e l f u n c io n a m ie n to d e las tre s tip o lo g ía s f u n d a m e n ta le s d e re la c io n e s in te rd e -
p e n d ie n te s : la re la c ió n d e U n o c o n s ig o m is m o , la re la c ió n e n tre U n o y lo s o tro s, la
re la c ió n e n tre U n o y e l m u n d o (N a rd o n e , 1991).
12
D e la d iag n o sis de la o b serv ació n a la d iag n o sis o p erativ a
1. E l té rm in o a u to p o y e s is a lu d e a u n a o rg a n iz a c ió n q u e c o m p u ta a la m is m a o rg a n iz a
c ió n . É s ta r e p re s e n ta la o r g a n iz a c ió n típ ic a d e lo s s e re s v iv o s c o m o u n id a d e s a u tó n o
m a s , c a p a c e s d e r e p ro d u c irs e c o n tin u a m e n te p o r sí m is m a s , d e a u to m a n te n e rs e y a u to -
c o n s tru irs e m e d ia n te u n a p ro p ia d in á m ic a in te rn a. « E n la u n id a d a u to p o y é tic a el h a c e r
p ro d u c e e l s e r y e s to c o n s titu y e su p e c u lia r m o d o d e o rg a n iz a c ió n » (M a tu ra n a , V a re la ,
1980).
13
L as p risio n es d e la co m id a
1. T a m p o c o se d e b e s u b e s tim a r e l c o n c re to p o d e r p a to ló g ic o d e lo s p ro c e s o s d e e ti-
q u e ta m ie n to p s ic o p a to ló g ic o y p s iq u iá tric o (W a tz la w ic k , 1981; N a rd o n e , 1994; P a-
g lia ro , 19 9 5 ), e s d e c ir, el e fe c to d e « p ro fe c ía q u e se a u to rre a liz a » y q u e p u e d e p ro d u c ir
la d ia g n o s is e n la p e rs o n a q u e la re c ib e y e n las p e rs o n a s v in c u la d a s a e lla . D e h e c h o ,
las e tiq u e ta s d ia g n ó s tic a s , e n su c a lid a d d e a c to s lin g ü ís tic o s fo rm a tiv o s (A u s tin ,
19 6 2 ), a c a b a n c re a n d o e lla s m is m a s la re a lid a d q u e p re te n d e n d e s c rib ir. A d e m á s , e n el
á m b ito d e lo s tra s to rn o s a lim e n ta rio s , s u rg e ta m b ié n e l p ro b le m a d e la e n o rm e d ifu
sió n a n iv e l p o p u la r d e las c o n s tru c c io n e s p s ic o d ia g n ó s tic a s , las c u a le s h a n a c a b a d o
d a n d o a e s to s tra s to rn o s u n a im p o rta n c ia c a d a v e z m a y o r. D e h e c h o , e l g ra n in te ré s y
a la rm is m o q u e e s to s tra s to rn o s su s c ita n a ra íz d e su c o n tin u a p u b lic id a d , a c a b a p o r
c o n v e rtir a l s ín to m a a lim e n ta rio e n u n im p o rta n te v e h íc u lo d e p ro ta g o n is m o p a ra las
p e rs o n a s q u e s u fre n p o r su c au s a.
2. E n e l c a s o d e lo s tra s to rn o s f ó b ic o s -o b s e s iv o s (a g o ra fo b ia , a ta q u e s d e p á n ic o , c o m
p u ls io n e s e h ip o c o n d ría ), p o r e je m p lo , se h a n a n a liz a d o to d a u n a se rie d e so lu c io n e s
e n s a y a d a s d is fu n c io n a le s re d u n d a n te s y e s p e c ífic a s : la te n d e n c ia a e v ita r situ a c io n e s
c o n s id e ra d a s e sp a n to s a s , la c o n tin u a p e tic ió n d e a y u d a y p ro te c c ió n a p a rie n te s o a m i
g o s , e l in te n to d e c o n tro la r la s p ro p ia s re a c c io n e s fis io ló g ic a s e s p o n tá n e a s y e l a m
b ie n te c irc u n d a n te . L a re la c ió n c o n s ig o m is m o , c o n lo s d e m á s y c o n e l m u n d o d e las
p e rs o n a s q u e s u fre n d e e s to s tra s to rn o s h a r e s u lta d o e s ta r c o m p le ta m e n te b a sa d a en
a n á lo g o s m e c a n is m o s d e p e rc e p c ió n -re a c c ió n .
14
D e la d iag n o sis d e la o b se rv a ció n a la d iag n o sis o p erativ a
A la luz de estas prem isas teó rico -ep istem o ló g icas, al afro n tar la
definición de un p ro b lem a resulta esencial p asar de un d iagnóstico
m eram ente «descrip tiv o » al que hem os d efinido com o u n d iag n ó sti
co «operativo» o «diagnóstico-intervención».
D entro de u n a p ersp ectiv a descriptiva, com o p o r ejem p lo la de
los D SM y la de la m ay o ría de los m anuales d iag n ó stico s, se ofrece
una visión estática del problem a, una especie de «fotografía» en la
que se catalo g an todas las características esenciales de un trastorno.
Sin em bargo, dich a clasificación no ofrece n in g u n a indicación a n i
vel operativ o respecto a có m o fu n cio n a el p ro b lem a y cóm o puede
resolverse.
Por d escrip ció n operativa, en cam bio, se en tien d e una descripción
de tipo cib em ético -co n stru ctiv ista relacio n ad a con las m odalidades
de p ersisten cia del p roblem a, es decir, de có m o éste se m antiene g ra
cias a esa co m p leja red de retroacciones p ercep tiv as y reactivas entre
el sujeto y su realidad personal e interpersonal (N ardone, W atzla-
w ick, 1990).
D esde una ó p tica o perativa, el d escu b rim ien to de los m odelos de
p ersisten cia se realiza a través de una investigación ap licad a de tipo
em pírico -ex p erim en tal d estin ad a a la p uesta en p ráctica de so lu cio
nes capaces de g aran tizar una eficacia cada vez m ay o r en la in terv en
ción.
Según esta m an era de investigar, d enom inada « in v estig ació n -in
tervención», p ara co n o cer cóm o fu n cio n a un p roblem a, la o b serv a
ción ex tern a no basta, es necesario intervenir para cam b iar el fu n cio
nam iento. D e hecho, sólo el m odo en que el sistem a reaccio n ará a la
introducción de u n a v ariable de cam b io d esv elará el fu ncionam iento
precedente. P or lo que la p rem isa básica de este tipo de investigación
es «con o cer cam biando».
E sta m eto d o lo g ía está en p erfecta sintonía con la que K urt Le-
w in, en el ám bito de la p sicología social, ha d efinido co m o a ctio n -re-
sea rch («inv estig ació n -acció n » ); o sea, u n a in v estig ació n que estu
d ia el fen ó m en o en su ám bito de m anera em p írica y experim ental,
p ro v o can d o cam bios en los eventos y o b servando sus efectos. En la
m ism a línea se encuentra, asim ism o, la ep istem o lo g ía cib em ética-
co n stru ctiv ista m oderna, tal co m o h a sido eficazm en te fo rm u lad a
p o r V on F o erster en su im perativo e stético - « s i q uieres ver, aprende
15
L as p risio n es d e la co m id a
16
D e la d iag n o sis de la o b se rv ació n a la d iag n o sis o p erativ a
logias isom orfas y a la tip o lo g ia para la cual h a sido con stru id a, para
aum entar así la eficacia d e la intervención terap éu tica. A sí pues, una
intervención de este tip o no se b asará en la c reativ id ad artística del
terapeuta, sino p rin cip alm en te en una estrateg ia q u e h a dem ostrado
ser pred ictiv a en sus efectos.
E sta m an era de p ro ced er con la terapia c o m o p r o c e s o d e in ve sti
g a ció n sistèm ica co n d u ce adem ás a un co n o cim ien to avanzado con
respecto a esas p ato lo g ías específicas que a su v ez nos llevarán a u l
teriores m ejoras de las estrategias de solución. U n a esp ecie de espiral
evolutiva que se n u tre de la interacció n entre la in terv en ció n em p íri
ca y la reflex ió n ep istem ológica, y que se ex p re sa en la construcción
de lógicas de acción esp ecíficas y/o in n o v ad o ras (N ardone, 1997b).
E n el estudio de las distintas form as de trasto rn o s alim entarios - a l
igual que an terio rm en te en el estudio de trasto rn o s fó b ic o s - esta m e
to dología ha rep resen tad o un notable instru m en to de co nocim iento
desde un p unto de v ista operativo. L os datos reu n id o s a través de la in
v estig ació n -in terv en ció n han p erm itido p recisam en te n o sólo la p u es
ta en m arch a de un m o d elo eficaz de p sico terap ia p ara la solución rá
pida de estos pro b lem as, sino tam bién la fo rm u lació n de un m odelo
cognoscitivo y o p erativ o relacio n ad o con su fo rm ació n y persistencia.
Al m ism o tiem po, em erg e com o base la n u ev a id ea de q u e los efectos
de las in tervenciones sirven de g u ía p ara el ajuste p ro g resiv o de la m is
m a intervención, d eterm in an d o u n a co n tin u a au to co rrecció n basad a
en la interacció n en tra el tratam ien to y el p ro b le m a .1E n v irtu d de estas
consideraciones teó ricas y m etodológicas, los tratam ien to s subsi
guientes ab arcarán n o sólo el cam bio y la so lu ció n del p ro b lem a ali
m entario, sino tam b ién su form ación y continuidad.
N o o bstante los lím ites señalados m ás arriba, antes de en trar en
la realid ad de los resu ltad o s de n u estra in v estig ació n -in terv en ció n ,
creem os asim ism o op o rtu n o in d icar la clasificació n de los trastornos
alim entarios q u e fig u ra en el D S M -IV , y así p o d er referim o s a una
form ulación d iag n ó stica de los trastornos p sico ló g ico s internacional-
m ente reco n o cid a y utilizada. E n lo referido a los criterio s de d efin i
ción de los pro b lem as tratados, co n sid eram o s fund am en tal servim os
de un lenguaje co n v en cio n alm en te conocido p o r todos los in v estig a
1. P a ra u n a e x p o s ic ió n m á s e x te n s a d e la m e to d o lo g ía e m p le a d a v é a s e el c a p ítu lo 2.
17
L as p risio n es d e la co m id a
dores del ám bito clínico, que p erm ita co m u n icar sobre bases d iag
nósticas com unes, lim itando de esta m anera los posibles m alentendi
dos en el intercam bio de inform aciones en tre expertos q ue a m enudo
utilizan diferentes enfoques teó rico -ap licativ o s. P o r tanto, la clasifi
cación que presentam os ha de ser co n sid erad a una esca ra m u za c o
m u n icativ a d irig id a a la com u n id ad cien tífica aco stu m b rad a a este
tipo de lenguaje.
2. C L A S IF IC A C IÓ N D IA G N Ó S T IC A
D E LO S T R A S T O R N O S A L IM E N T A R IO S 1
2.1. A N O R E X IA N E R V IO SA
18
D e la d iag n o sis d e la o b serv ació n a la d ia g n o sis o p erativ a
19
L as p risio n es de la co m id a
S u b tip o s
20
D e la d ia g n o sis de la o b serv ació n a la d iag n o sis o p erativ a
2 .2 . B u lim ia n e r v io s a
C riterio s d ia g n ó stico s
21
L as p risio n es de la co m id a
22
D e la d iag n o sis d e la o b serv ació n a la d ia g n o sis o p erativ a
S u b tip o s
23
L as p risio n es de la co m id a
2.3. T r a s t o r n o s a l i m e n t a r i o s n o e s pe c i f i c a d o s d e o t r o m o d o
24
D e la d iag n o sis de la o bservación a la d ia g n o sis operativ a
3. P R IN C IP A L E S R E S U L T A D O S D E L A IN V E S T IG A C IÓ N -
IN T E R V E N C IÓ N
25
L as p risio n es d e la co m id a
26
D e la d iag n o sis d e la o b serv ació n a la d ia g n o s is o p erativ a
27
L as p risio n e s d e la co m id a
28
D e la d iag n o sis d e la o b se rv a ció n a la d iag n o sis o p erativ a
1. P a ra lo s d a to s r e la tiv o s a la e fic a c ia y la e f ic ie n c ia d e la in te rv e n c ió n v é a s e el c a p í
tu lo 3.
29
1
.. K • ■■ ■ ;-
<■ . ¡
■
mn g
t*
- ■.j
2
L A C O N S T R U C C IÓ N D E
L O S P R O T O C O L O S T E R A P É U T IC O S
U g o B e r n a s c o n i , P a la b ra s p a r a la b u e n a g e n te
1. D E L M O D E L O G E N E R A L D E T E R A P IA B R E V E A LO S
P R O T O C O L O S T E R A P É U T IC O S E S P E C ÍF IC O S
1. E l le c to r in te re s a d o e n e s te m é to d o p u e d e v er: W a tz la w ic k e t a l. ( 1 9 7 4 ) ; W a tz la
w ic k (1 9 8 1 ); W e a k la n d , R a y (1 9 9 5 ); W a tz la w ic k , N a rd o n e (1 9 9 7 ).
31
L as p risio n es de la co m id a
1. L o s p ro to c o lo s d e tra ta m ie n to e la b o ra d o s p a ra lo s tra s to rn o s fó b ic o s -o b s e s iv o s h an
32
L a co n stru c ció n de lo s p ro to co lo s terap éu tico s
E n 1993 com en zó la in v estig ació n -in terv en ció n sobre los trasto r
nos alim entarios. T am b ién p a ra este tipo de trasto rn o s, co m o ya se
había hecho anterio rm en te co n los fó b ico s-o b sesiv o s, se com enzó
con el estudio de las características del p ro b lem a en térm in o s de cla-
se-estructura (W hitehead, R ussel, 1910-13) y co n la revelación de
las soluciones ensayadas redundantes que se rep iten en cad a pato lo
gía. E s decir, se h a qu erid o p o n er de m an ifiesto cu áles son los ele
m entos que tienden a m an ten er esas estru ctu ras de p ro b lem as y qué
estrategias resu ltab an ser las m ás eficaces y eficien tes p ara reso lv er
los. C om o ha sido ex p u esto en el p rim er capítulo, e l o b jetiv o ya no es
cóm o los problem as pudieron form arse (las cau sas), sino cóm o éstos
se m antienen y se ag rav an (la persistencia). Si se quiere realizar un
cam bio efectivo y ráp id o , hay que liberar la p ersisten cia de un p ro
blem a y no reco n stru ir sus causas en el pasado, y a que de todas fo r
m as éste no podrá ser cam biado.
C on una prim era casu ística lim itada, se ha co m en zad o a estu d iar y
a experim entar em píricam ente de m anera sistem ática y rigurosa cu á
les eran las intervenciones q u e surtían efecto y cu áles eran las solu
ciones ensayadas red u n d an tes que fracasaban. U tilizam o s prim ero
las técnicas que ten íam o s a m ano, algunas to m ad as de estu d io s e sp e
cíficos, otras sacad as del tratam iento de p a to lo g ías que p o d ían p a re
cer sim ilares, com o las obsesiones y las fobias. E sta fue la p rim era
fase en la constru cció n del pro to co lo terap éu tico específico. A la cual
siguió la fase de rev elació n y abolición de las técn icas que no resu lta
ron eficaces, y se seleccionó en cam bio las q u e d em o straro n ser cap a
ces de pro d u cir cam bios concretos e in ventaron alg u n as de ellas ex
novo. A partir del m o m en to en que u n a solución « era apropiada» al
problem a y arrojaba resultados concretos, se in ten tab a adaptarla y re
p etirla con un núm ero m ay o r de casos. Sólo las técn icas que seguían
produciendo cam b io s al ser reiteradam ente ap licad as con varios p ro
blem as del m ism o tip o eran consideradas em p íricam en te eficaces.
o b te n id o re s u lta d o s s o rp re n d e n te s : e l 8 7 % d e lo s c a s o s re s u e lto s e n u n p r o m e d io d e
o n c e se s io n e s (N a rd o n e , 1993; S irig a tti, 199 4 ). E n la m a y o ría d e lo s c a s o s (8 1 % ) e l
d e s b lo q u e o s in to m á tic o s e h a p ro d u c id o d u ra n te las p rim e ra s c in c o se s io n e s , y e n tre
é sto s e l 2 7 % re c ib e u n a d e s a p a ric ió n d e lo s sín to m a s in c lu s o d e s p u é s d e la p rim e ra s e
sió n (N a rd o n e , 1 9 9 7 b , p á g . 192).
33
L as prisio n es de la co m id a
34
La co n stru cció n d e los p ro to co lo s terap éu tico s
ción com pleta y am p lía el prim ero: la capacidad del terap eu ta de cam
b iar de estrateg ia cuando la opción aplicada no funciona.
D e esta m an era la terap ia se con fig u ra com o u n p ro ceso de p r o
b lem -so lvin g estratégico, dentro del cual el terap eu ta in ten ta prever
las posibles reaccio n es del paciente a cada m an io b ra, p lanificando
p osibles variantes tácticas o técnicas a la estrateg ia inicial en base
a los efectos puestos en ev id en cia (N ardone, Salvini, 1997). L os pro
tocolos de tratam iento resu ltan pues p re d ic tiv o s, o sea capaces de
anticipar las po sib les evolu cio n es de la interacción terap éu tica, deter
m inando una co n tin u a y constante autocorrección del m o delo de in
tervención según los efectos registrados en cad a fase. L a terap ia se
convierte así en una praxis em p írico-experim ental d e n tro de la cual es
posible m edir no sólo la eficacia final, sino tam bién la eficacia del p ro
ceso en cad a u n a de sus etapas.
Al co n tem p lar los p rin cip io s autocorrectivos relativ o s a cada
in iciativ a y fase de la intervención, la terapia e stratég ica se co n fig u
ra com o un p ro ceso de in v estig ació n sistem ática cara c te riz a d a por
las fases de d escu b rim ien to y sucesivas fases de o rg an izació n cog-
nitiva, y no y a com o u n p roceso de co n v alid ació n de u n a teoría a
priori.
Esto es posible gracias a la utilización de ló g icas m atem áticas
m ás evolucionadas, com o la lógica « p araco n sisten te» (D a C osta
1989a, 1989b; G rana, 1990) y «no-alética», que trascien d en la trad i
cional lógica aristo télica del «verdadero o falso» y d el p rin cip io de
«no contradicción», y vu elv en riguroso el em pleo de intervenciones
basadas en la contrad icció n , la p arad o ja y el au to en g añ o . L o cual
perm ite o p erar de m an era creativ a y a la vez sistem ática, y utilizar
con p rovecho los ap o rtes de la ex p eriencia em p íric a com o fu n d a
m ento de una estru ctu ra p redictiva de intervención, g uiada en su
constitución p o r criterio s ló g ico-epistem ológicos ev o lu cio n ad o s, en
un p erm anente ciclo de retroacciones entre ó p tica o p e ra tiv a y óptica
co gnoscitiva que salv ag u ard a de la rigidez «au to in m u n izad o ra»
(P opper, 1972) y m antiene al m odelo en co n tin u a ev o lu ció n auto-
co rrectiv a (N ardone, Salvini, 1997, pág. 60).
Por ú ltim o, en térm in o s de com unicación terap éu tica, un criterio
autocorrectivo ulterio r está representado p o r el p rin cip io deriv ad o de
la d ialéctica de la p ersu asió n y la hipnoterapia erick so n ian a, que
35
L as p risio n es d e la co m id a
2. C R IT E R IO S P A R A L A E V A L U A C IÓ N
DE LOS RESULTADO S
1. L o s e s tu d io s in te rn a c io n a le s e s p e c ia liz a d o s e n lo s re s u lta d o s d e la p s ic o te ra p ia in
d ic a n u n a v a ria b ilid a d d e re s u lta d o s p o s itiv o s d e u n m ín im o d e l 4 0 % a u n m á x im o del
7 0 % (L u b o rs k y e t a l., 1975; G a rfie ld , B e rg in , 1 9 7 8 ; S irig a tti, 1988, 1994). P o r d e b a jo
d e l 7 0 % d e e fic a c ia n o s e n c o n tra re m o s p o r ta n to e n e l á m b ito d e la m a y o ría d e la s te
ra p ia s ; p o r d e b a jo d e l 5 0 % e l re s u lta d o se o b tie n e ig u a lm e n te s ó lo p o r o b ra d e l e fe c to
p la c e b o .
36
L a co n stru cció n de los p ro to co lo s terap éu tico s
37
L as p risio n es de la co m id a
1. P o r « v a ria b le s in te rv e n to ra s » e n te n d e m o s to d o s e s o s fa c to re s p u e s to s fu e ra d el a l
c a n c e d el in v e s tig a d o r q u e p u e d e n in d u c ir c a m b io s e n la v a ria b le o b je to d e e s tu d io . E n
38
L a co n stru cció n de los p ro to c o lo s terap éu tico s
39
■
.
3
E F IC A C IA Y E F IC IE N C IA D E L M O D E L O
T E R A P É U T IC O : L O S R E S U L T A D O S
G e o r g e C . L ic h te n b e r g
C a rtilla d e c o n s o la c ió n
41
L as p risio n es de la co m id a
T abla A
CASOS TRATADOS
A n o r e x ia 18 9%
B u lim ia 55 28%
T o ta l 196 100%
F ig u ra A
C A SO S TR ATAD OS
A n o r e x ia
9%
1. E F IC A C IA D E L T R A T A M IE N T O
42
E fica cia y efic ien c ia del m o d elo te ra p éu tico : los resu ltad o s
43
L as p risio n es de la co m id a
Tabla B
E F IC A C IA
C a s o s m u y m e jo r a d o s 14 7%
C a s o s p o c o m e jo r a d o s 16 8%
C a s o s in v a r ia d o s 22 11%
C a s o s e m p e o ra d o s - -
T o ta l d e c a s o s 196 100%
44
E fica cia y e ficien cia del m o d elo terap éu tico : los resultados
F ig u ra B
E F IC A C IA D E L T R A T A M IE N T O
In v a r ia d o s
11%
R e s u e lto s
P o c o m e jo r a d o s 74%
8%
M u y m e jo r a d o s
7%
H ay que co n sid erar adem ás que buen a parte de los casos d efin i
dos com o «in v ariad o s» se refiere a esas terapias que h em o s interrum
pido d espués de la d écim a sesión pu esto que no se ad v ertía ningún
tipo de m ejoría. D e h echo, nuestra praxis establece que el lím ite tem
poral para in cid ir sobre la p ersistencia del p roblem a es la d écim a se
sión: si a la décim a sesión no hem os logrado p ro d u cir n in g ú n cam bio
significativo, p referim o s interrum pir la terap ia en lu g ar de co rrer el
riesgo de v o lv em o s có m p lices del problem a.
Pero lo que resu lta to d av ía m ás significativo es el análisis d ife
rencial de la eficacia de cada uno de los p rotocolos esp ecífico s (ta
bla C). D e los h echos relativos a los distintos resu ltad o s de las tres
form as de trasto rn o s alim entarios se d esprende con clarid ad que los
resultados son decididam ente distintos y que una p resen tació n de los
datos que sólo m encio n ara los prom edios generales p o d ría terg iv er
sar la ev alu ació n co n creta de los resultados.
Tabla C
E F IC A C IA D IF E R E N C IA L
A n o r e x ia B u l im i a Vomiting
C a s o s r e s u e lto s 10 56% 46 84% 88 72%
C a s o s m u y m e jo ra d o s - - 2 4% 12 10%
C a s o s p o c o m e jo ra d o s - - 7 12% 9 7%
C a s o s in v a r ia d o s 8 44% - - 14 11%
C a s o s e m p e o ra d o s - - - - - -
45
L as p risio n es de la co m id a
1.1. A n o r e x i a : e f i c a c i a d e l t r a t a m i e n t o
46
E ficacia y efic ien cia del m o d elo terap éu tico : los resu ltad o s
anoréxicas se cura com p letam en te, m ientras que el 20% sigue n ece
sitando tratam iento hospitalario. A dem ás, un p orcentaje de pacientes
anoréxicas que v aría entre el 5% y el 10% fallece d entro de los diez
años que siguen a la aparición del trastorno, y en el 18% -20% de los
casos d espués d e los v einte años.
L os escasos resu ltad o s de estos estudios suelen ju stifica rse g en e
ralm ente hacien d o alusión a la p articu lar resistencia al cam bio que
caracterizaría a la an orexia con respecto a otros tipos de trastornos
psicológicos, aspecto que de hecho conferiría a esta p ato lo g ía un
pronóstico g eneralm ente infausto. E sta tendencia parece característi
ca de todas aquellas corrientes que se fundan en las que Popper
(1972) h a d efinido co m o p ro p o sic io n e s a u to in m u n iza n tes, o sea:
proposiciones q u e no p ueden ser desm entidas en la m ed id a que se
autojustifican tanto con su eficacia com o con su fracaso (N ardone,
1994, pág. 13).
Según estas prem isas, si un trastorno parece de difícil solución, el
m o tiv o h ab rá que bu scarlo en su p articu lar resisten cia al cam bio y no
en una falta de eficien cia del m étodo terap éu tico utilizad o p ara resol
verlo.
S elvini P alazzoli e t al. (1998, pág. 33), p o r ejem p lo , analizan d o
los datos surg id o s de los co n tro les, co n clu y en que las pacien tes con
an orexia b u lím ica m u estran un p ro n ó stico p eo r que las que p ad e
cen anorexia restrictiv a y que la perten en cia a u n a de las dos tip o
logías de an o rex ia debe p o r tanto ser co n sid erad a co m o un v erd a
d ero « facto r p ro n ó stico » de la ev o lu ció n del trastorno. D e esta
m an era las d iferen cias de cu ra d escu b iertas en las dos d istin tas v a
riantes de an o rex ia son atrib u id as erró n eam en te a características
inherentes a la n atu raleza del trastorno m ism o m ás que a u n a e fic a
cia d istinta del m éto d o terap éu tico u tilizad o para las dos tipologías.
T am bién en este caso , la lectu ra de los datos a la luz de una m arca
da teoría ap rio rística p erm ite salvar a la teo ría en d etrim en to de los
hechos, o frecien d o una in terp retació n ten d en cio sa y eq u iv o cad a de
los resu ltad o s, tan to desde un p u nto de v ista lógico c o m o m eto d o
lógico.
P or o tro lado, el p ronóstico p resuntam ente m ás n egativo de las
anoréxicas bulím icas con respecto a las restrictivas es desm entido
p o r los resultados de nuestra in v estigación-intervención, a partir del
47
L as p risio n es de la co m id a
48
E fica cia y e ficien cia del m o d elo terap éu tico : los resu ltad o s
F ig u ra C
A N O R E X IA : E F IC A C IA
L as p risio n es d e la co m id a
1 .2 . B u l im ia (b u l im ia n e r v io s a s in c o n d u c t a s
d e e l im in a c ió n ): e f ic a c ia d e l t r a t a m ie n t o
F ig u ra D
B U L IM I A : E F I C A C I A
M u y m e jo r a d o s
4%
R e s u e lto s
P o c o m e jo r a d o s
84%
12%
50
E fica cia y e fic ien c ia del m o d elo terap éu tico : los resu ltad o s
tervención p roduce al m enos u n a leve m ejo ría (por ejem plo, la persona
logra ad elgazar un poco, aunque no todo lo que hubiese deseado). Los
casos m uy m ejorados y poco m ejorados son sin em bargo netam ente
inferiores con respecto a los que están com pletam ente resueltos.
1.3. V O M IT IN G (B U L IM IA N E R V IO S A C O N C O N D U C T A S
D E E L IM IN A C IÓ N ): E F IC A C IA D E L T R A T A M IE N T O
51
L as p risio n es de la co m id a
52
E fica cia y efic ien c ia del m o d e lo terap éu tico : los resu ltad o s
F ig u ra E
VOMITING: E F IC A C IA
R e s u e lto s
72%
1.4. C o n c l u s i o n e s s o b r e l a e f i c a c i a
2. E F IC IE N C IA D E T R A T A M IE N T O
53
L as p risio n es de la co m id a
Tabla Ó
D U R A C IÓ N D E L A T E R A P IA
D e 1 a 1 0 s e s io n e s 71 36%
D e 11 a 2 0 s e s io n e s 84 43%
D e 21 a 3 0 s e s io n e s 35 18%
D e 31 a 4 3 s e s io n e s 6 3%
T o ta l 196 100%
54
E fica cia y e ficien cia del m o d elo te ra p éu tic o : los resu ltad o s
F ig u ra F
D U R A C IÓ N D E L A T E R A P IA (S e s io n e s )
D e 31 a 4 3
D e 11 a 2 0
43%
Tabla E
E F IC IE N C IA
D e 1 a 1 0 s e s io n e s 49 31%
D e 11 a 2 0 s e s io n e s 75 48%
D e 2 1 a 3 0 s e s io n e s 29 18%
D e 31 a 4 3 s e s io n e s 5 3%
T o ta l 158 100%
55
L as p risio n es d e la co m id a
F ig u ra G
E F IC A C IA D E L T R A T A M IE N T O (e n s e s io n e s )
D e 21 a 3 0
18%
D e 31 a 4 3
D e 1 a 10
D e 11 a 21
31%
48%
56
E fica cia y eficien cia d el m o d elo terap éu tico : los resultados
2 .1 . A n o r e x ia : e f ic ie n c ia d e l t r a t a m ie n t o
2 .2 . B u l im ia (b u l im ia n e r v io s a s in c o n d u c t a s d e e l im in a c ió n ):
e f ic ie n c ia d e l t r a t a m ie n t o
d e e lim in a c ió n ): e f ic ie n c ia d e l t r a t a m i e n t o
57
L as p risio n es d e la c o m id a
2.4. C o n c l u s io n e s s o b r e l a e f ic ie n c ia
58
4
A N O R E X IA : F O R M A C IÓ N , P E R S I S T E N C I A , C A M B I O
1. F O R M A C IÓ N Y P E R S IS T E N C IA D E L A A N O R E X IA
1 .1 . A n o r e x ia s a c r if ic a n t e
59
L as p risio n es de la co m id a
1 9 8 8 -1 9 9 6 , y e l c o rre s p o n d ie n te y n o ta b le a u m e n to d e a n o ré x ic a s b u lím ic a s ( in c lu id a s
p o r n o s o tro s e n e l tra s to rn o d e l v o m itin g ).
60
A n o rex ia: fo rm ació n , p ersisten c ia, cam b io
resulta estar en neto d eclive con resp ecto a la otra variante que hem os
identificado. C om o y a hem os señalado, los trastornos alim entarios
son patologías en co n tin u a y ráp id a evolución.
1.2. A N O R E X IA A B S T IN E N T E
61
L as p risio n es de la co m id a
62
A norexia: fo rm a ció n , p ersisten cia, cam bio
2. T R A T A M IE N T O D E L A A N O R E X IA
63
L as p risio n es de la co m id a
2.1. P r o t o c o l o t e r a p é u t ic o d e l a a n o r e x ia s a c r if ic a n t e
64
A n orexia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
opera p ara una rápida co n clu sió n de la terapia, o b ien , si fu era n ece
sario, se p ro sig u e con el tratam ien to siguiendo el p ro to co lo de las p a
cientes ab stin en tes.
1. V é a n s e al re s p e c to : S e lv in i P a la z z o li (1 9 6 3 ); W a tz la w ic k , B e a v in , J a c k s o n (1 9 6 7 );
W a tz la w ic k , W e a k la n d , F is c h (1 9 7 4 ); H a le y ( 1 9 7 3 ,1 9 8 5 ); S e lv in i P a la z z o li, B o sc o lo ,
C e c c h in , P ra ta (1 9 7 5 ); N a rd o n e , W a tz la w ic k (1 9 9 0 ); N a rd o n e (1 9 9 1 , 199 3 ).
65
L as p risio n es de la co m id a
p recisam en te porque prescribe algo (un com p o rtam ien to sintom áti
co) que de p o r sí es vivido com o esp o n tán eo e irrefrenable. E sta m a
niobra resu lta fundam ental p ara d eterm in ar el desbloqueo de la sin-
to m ato lo g ía en las pacientes sa c rific a n te s, a condición de que el
estilo com u n icativ o provocativo no sea exagerado y el sacrificio con
el qu e se insiste ten g a una aparente verosim ilitud.
L a elev ad a eficacia del m étodo p arad ó jico en el tratam iento de las
p acien tes anoréxicas es señalada tam bién p o r S elvini Palazzoli et al.
(1998), de cuyos datos em erge una n eta superioridad de este m étodo
(una eficacia del 66,7% ) con respecto al de la p rescripción invariable
(48,9% ) y el del desen m ascaram ien to del ju e g o fam iliar (37,5% ).
66
A norexia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam bio
67
W
L as p risio n es d e la co m id a '
Pr im e r a s e s ió n 1
1. P = P a c ie n te ; T = T e ra p e u ta ; M = M a d re ; C o T = C o te ra p e u ta .
68
\
A n o rex ia: fo rm ació n , p ersisten c ia, cam b io
69
L as p risio n es d e la co m id a
T: N o quiere...
P : Y yo m e siento m al, en el sentido de que, p o r m ás que com a, lo
p oco q u e puedo com er, ella m e dice: «Pero nunca te veo com er, h a
ces esto y aquello...», entonces yo m e enfad o y d espués hago una
crisis.
M : P ero cuántas v eces m e has engañado.
P : Sí, la he en gañado diciéndole: «E stá bien, m e siento a co m er a la
m esa», p ara com placerla. P ero no co n sig o sentarm e a la m esa, se m e
p ro d u ce u n b loqueo aquí, entonces digo: «¿N o es m ejo r que com a
cuando tengo ganas, lo que m e dé la gana, en lu g ar de sentarm e a la
m esa, co m er y d espués v om itar en el baño?».
T : ¿U sted v om ita?
P : N o, ahora no, lo poco que com o n o lo vom ito, al principio sí, m e
sen tía m al, p orque m e m o lestab a p e n sar q u e p u d iera volverm e bulí-
m ica.
T: ¿Y qué es lo p oco que puede c o m er y retener?
P : A lo m ejo r com o dos o tres q uesitos fu n d id o s durante el día, con
eso m e alcanza, y dos cafés y u n p o co de té, así está bien.
T: A sí que quesitos fundidos...
P : Sí, quesitos fundidos, tam bién com o verduras, jam ó n , sí, nada
extraordinario.
T: ¿C om e siem pre lo m ism o o cam bia?
P : N o, cam bio, a veces com o arroz, a v eces com o u n quesito fu n
dido...
T: Y cu an d o com e estas cosas, ¿tiene m iedo?
P : N o, p o r ahora, no.
T: ¿Le da placer?
P : Sí.
T: ¿P uede notarles el gusto?
P : A l p rin cip io no, no lo sentía, p ero ah o ra sí: m e g ustan las cosas
con sabor, las hierbas. P o r ejem plo, a m í m e en can ta la p izza y discu
to con m am á porque yo todavía no consigo d ig erir la m o zzarella co
cida, m e b loqueo y entonces com o la p izza sin m o zzarella y ella m e
dice: «Pero ¿p o r qué?».
M : V a a la pizzería y la pide sin aceite y sin o régano, sólo con salsa
de tom ate...
P: Sí, p ero a m í m e gusta co m er así, quiero co m er así...
70
A n orexia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
71
L as p risio n es de la co m id a
72
A norexia: fo rm ació n , p ersis ten c ia, ca m b io
73
L as p risio n es d e la co m id a
P : Sí.
T: ¿D e veras?
P : Sí.
T: B ueno. Intentém oslo, pero no sé si usted será capaz, es m ás, m e
parece que no lo conseguirá, ya v erem os... E m pezarem os enseguida
con los deberes y antes de nada voy a darle un d eb er a la m am á, y
creo, o al m enos espero, p o r estos q uince años que h a pasado co n tro
lando, insistiendo y ayudando a su hija, que ahora usted hará lo que
voy a pedirle que haga, ¿verdad? E s m ás, estoy seguro de que lo hará
m uy bien. A p artir de ahora quiero que usted se em peñe en no d ecir
ab solutam ente nada a su hija sobre la com ida, hay que evitar ab so lu
tam en te hab lar de su problem a. L e diré m ás: usted tendrá que em p e
zar a c rear una suerte de d escalificación de su problem a, entonces,
p o r ejem plo, deje de p rep arar la m esa para ella, no la llam e m ás a
la m esa, deje de interesarse p o r lo que com e. Es m ás, desde ahora y
hasta que volvam os a vem o s, quiero que todos los días le recuerde
al m enos tres veces a su hija, p o r la m añana, después del alm uerzo
y p o r la noche: «T en cuidado con lo que com es, p orque p o d ría caer
te m al. ¡Si aum entas m uy ráp id am en te de peso podrías asustarte!».
A sí que u sted po r la m añana, d espués del alm uerzo y de la cena, ten
d rá q u e rep etir esta fó rm u la a su hija: «C uidado con lo que com es. ¡Si
aum entas m uy ráp idam ente de peso te asustarás!».
M : B ueno.
T: Y adem ás tendrá que evitar h a b lar de com id a, deje de p rep arar la
m esa para ella, prep árela para u sted y su m arido: «N o com as m ucho,
si aum entas rápidam ente de peso será un problem a, podrías perder
el control, podrías volverte bulím ica, podrías ponerte gordísim a, p o
drías... ten er m uchas em ociones». N o se olvide de recordárselo tres
v eces al día, ¿entendido?
M : B ueno.
T: A la P. en cam b io le digo: si usted
P r e s c r ip c ió n d e l « c a m b io m á s
p e q u e ñ o a u n q u e el m á s c o n quiere q u itarse la arm adura, quiero que
c r e t o »1 cada d ía piense: «¿C uál sería la cosa
m ás p eq u eñ a aunque significativa que
1. V é a s e W a tz la w ic k , N a rd o n e (1 9 9 7 ).
74
A norexia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
podría hacer para dem o strarm e a m í m ism a y a ese escép tico que soy
capaz de quitarm e la arm adura?». L a c o sa m ás pequeña, m ínim a
pero concreta, y veam os si es capaz de hacerla. T o d o s los días. ¿E n
tendido?
P : ¿Y tengo que apuntarla?
T: Sí, escríbala... N os vem os dentro de q u in ce días.
P : Es difícil. N o es q u e q u iera escapar, pero m e siento m uy lejos...
T: E ste es su p roblem a, no el m ío.
P : N o puede...
M : ¿N o po d ría in g resarla aquí?
T: E n los casos co m o el de su h ija h o sp italizar sig n ifica d ar u n a v en
taja. A um enta cinco kilos, v u elv e a casa y p ierd e o tra v ez siete. P or
eso, lo que usted tiene que hacer, y lo h ará m uy bien, com o le he d i
cho, es m uy im portante. Y o tengo que v erla cada q uince días, hasta
que v ea algún resultado, si es lo hay... Q u ién sabe si usted p o d rá q u i
tarse esa arm adura...
P : M uy bien, si no, sería escapar.
T: V eo que si q uiere, sigue el ju eg o , p ero sigo siendo escéptico...
Se g u n d a s e s ió n
P : (sola)
T: ¿Y entonces?
P : E ntonces ten ía q u e escribir, pero no he escrito.
T: Y a lo sabía.
P : N o, lo q u e p asa es que no consigo ex p resarm e escrib ien d o , p re
fiero hablar, ¿está bien?
T: Y a verem os.
P : He p ensado que un a co sa co n creta p ara em p ezar a salir es v o lv er a
tener una vida social, o sea tengo que crecer. M e he blo q u ead o , he c re
cido de edad y com o persona, pero dentro de m í, sigo siendo una n iña y
tengo m iedo de afro n tar el m undo... no se có m o exp licarlo ... En estos
quince días he luchado m ucho, le hablo en serio, porque todavía tengo
m uchos «y si», m u ch o s «pero» dentro de m í. P ero esto y tratando de
aceptar lo que la v ida m e ofrece, lo que m e sale al encu en tro , sin p res
tar atención a m i cuerpo. M i cu erp o da asco, lo ab andono, sé que tengo
75
L as p risio n es d e la co m id a
76
A norexia: fo rm ació n , p e rsis te n c ia , cam b io
2.2. P r o t o c o l o t e r a p é u t ic o d e l a a n o r e x ia a b s t in e n t e
77
I
L as p risio n es de la co m id a
78
A norexia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam bio
79
L as p risio n es de la co m id a
1. A n ó n im o (1 9 9 0 ), L a s 3 6 e s tr a ta g e m a s : e l a r te c h in o d e g a n a r.
80
A norexia: fo rm a ció n , p ersisten c ia, cam bio
81
L as p risio n es d e la co m id a
3) R e e stru c tu ra c ió n y b lo q u eo d e las so lu c io n e s en sa ya d a s f a
m ilia res. E n esta fase de la terapia, la particip ació n de los fam iliares,
o p o r lo m enos de la m adre, es de ex trem a im portancia. C om o se ha
señalado anteriorm ente, el intento d irecto o indirecto p o r parte de la
fam ilia p a ra h acer co m er a la hija, p arad ó jicam en te suscita su ab sten
ción, lo cual acaba p o r com plicar to d av ía m ás el p ro b lem a en lugar
de resolverlo. P ara que la terapia co m ien ce de una form a correcta, es
necesario que el terap eu ta intervenga d irectam en te en el sistem a de
co m u n icació n fam iliar m ediante p rescrip cio n es capaces de bloquear
las soluciones ensayadas hab itu alm en te pu estas en práctica.
P ara ello el terapeuta, d espués de h acer salir a la jo v en , ordena
a los fam iliares lo que se den o m in a c o n ju ra d e l sile n c io , pidiéndoles
que ev iten in terv en ir o h ab lar del problem a. S in em bargo, al hacer
esto, es m uy im portante no cu lp ab ilizar a la fam ilia ni criticar su fo r
m a de actu ar h asta el m om ento; en cam bio h ay que elo g iar a los
padres p o r su capacidad, su paciencia, p o r su disponibilidad para
ayu d ar a la hija, utilizando un lenguaje persuasivo, dando una o rien
tación p o sitiv a a las cosas y ev itando sobre todo las fórm ulas n eg a
tivas:
«Y a que hasta ahora han sido tan capaces y p acientes p ara ayudar
a su hija, p ara in ten tar seguirla, guiarla, p ara ev itar los daños, para
82
A n orexia: fo rm ació n , p e rsis te n c ia , cam b io
ev itar que las cosas em peoraran..., ahora les pediré una c o sa m ás, tie
nen que hacer otro sacrificio, otro esfuerzo. P o d rá p a re cerles e x tra
ño, pero tienen que co m p ro m eterse a o b serv ar sin in terv en ir. Q uiero
que to d a la fam ilia adopte de cara al p ro b lem a de su h ija eso q u e yo
llam o una “co n ju ra de silen cio ”, o sea q u e hay que e v itar co m o sea
hab lar de sus problem as. ¿E ntendido? T ien en q u e ser co m p ren siv o s
y no hab lar del problem a, y pen sar que cad a vez q u e h ab len del tras
torno en realidad lo están agravando. N o sé si lo c o n seg u irán , pero
tienen que p en sar que cada vez que h ab len del trasto rn o o h ag an una
intervención relacio n ad a con él, están aum entándolo. P ien sen que
cada vez que in ten ten co n v en cerla para q u e co m a o in te n te n ay u d ar
la, están agrandando el trastorno. De m an era qu e, ay ú d en m e a ay u
d ar a su hija, observen sin intervenir, p ero c o m en tán d o m e lo que su
cede».
E sta p rescripción, si es respetada, im p lica el cese in m ed iato de
las habituales soluciones ensayadas puestas en p rác tic a p o r la fam i
lia, lo cual a m enudo determ ina un so rp ren d en te d esb lo q u eo de la
sintom atología anoréxica. L a eficacia de esta m an io b ra resid e p reci
sam ente en el in terru m p ir ese círculo v icio so d e retro accio n es entre
la fam ilia y la jo v en que alim enta la p ersisten cia del trasto rn o . E n la
lógica de la estratag em a esto significa « arro jar el ladrillo p ara q u e
darse con el jad e» .
P ara que se siga esta prescripción, es fu n d am en tal q u e el terap eu
ta la com unique en un lenguaje co h eren te con la ló g ica de los padres,
elogiando en ellos el deseo de ayudar a la hija, el esp íritu d e sacrifi
cio, y erig ién d o les en coterapeutas. S ólo si no se los c u lp a b iliz a n i se
les rep ro ch a su m an era de actuar, sino qu e, al co n trario , se los elogia
y se solicita su ayuda, los padres estarán disp u esto s a secu n d ar una
acción co n traria a la que han ido realizan d o h asta ese m om ento.
84
A norexia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
85
L as p risio n es de la co m id a
86
A n o re x ia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
cho en la prim era sesión, y le pide a los padres no sólo que «observen
sin intervenir», sino sobre to d o que am plíen y ex asp eren de varias
m aneras el p ro b lem a de la hija, p o r ejem p lo dejan d o de p repararle la
m esa (diciéndole: «vete a o tro lado, total tú no com es»), reco rd án d o
le que se cu id e de no c o m er m u ch o porque p o d ría engordar, o le p o
d ría hacer d año y otras co sas p o r el estilo. Poco a p oco los padres no
sólo tienen que interrum pir todas sus soluciones ensayadas d isfu n
cionales, sino tam bién d escalificar cu alq u ier intento de la jo v en por
e m p ezar a co m er de nuevo. El terap eu ta puede p o r ejem p lo p rescri
birle a la m adre:
«A p artir de ahora, q uiero q u e usted se em peñe en llev ar ad elan
te u n a esp ecie de op eració n de d escalificació n del p ro b lem a de su
hija, de m an era que deje de p rep arar la m esa p ara ella, deje de lla
m arla a la m esa y deje de interesarse p o r lo que com e. E s m ás, desde
ahora y hasta cuando v o lvam os a v e m o s quiero que todos los días le
recuerde a su hija, al m enos tres veces al día, p o r la m añana, después
de co m er y p o r la noche: “T en cuid ad o con lo que com es, porque
podría hacerte daño ¡Si aum entas de peso tan ráp id am en te podrías
asu starte!” . D e m an era que usted, por la m añana, después de com er
y por la noche, ten d rá que decirle a su hija: “ P or favor, ¿has tenido
cuidado con lo que com es? ¡Si aum entas ráp idam ente de peso te
asu starás!” ».
D e este m odo, ap ro v ech an d o la lógica de la paradoja, se lleva a
los fam iliares a invertir la actitu d habitual frente al trastorno de la
hija, y se les h ace asu m ir p ro g resiv am en te u n a p o sició n de verd ad era
frustración y d escalificació n del síntom a. E ste tipo de com unicación
p aradójica en el seno de la fam ilia tiene un efecto co ntundente en la
sintom atología de la paciente anoréxica, la cual con frecu en cia se
desb lo q u ea y v uelve a com er. O bviam ente, p ara q u e los fam iliares
acepten una p rescrip ció n de este tipo (aparentem ente absurda y co n
traria a c u alq u ier «sentido co m ú n » ), es necesario que hay an sido h á
bilm ente « capturados» p o r el terap eu ta y erigidos en coterap eu tas ya
desde la p rim era sesión.
A l llegar al final del segundo estadio, g en eralm en te la situación
se ha desb lo q u ead o desde el p unto de vista sintom ático, o sea que la
jo v en ha vuelto a c o m er y ha a u m en tad o de peso. T ras h ab er roto el
sistem a d isfuncional que ag rav ab a el p roblem a y h ab er abierto n u e
87
L as p risio n e s d e la co m id a
89
L as p risio n es de la co m id a
Pr im e r a s e s ió n 1
(E n tra n la p a c ie n te , el p a d r e y la m a d r e )
(S a len la m a d re y e l p a d re )
1. P = P a c ie n te ; T = T e ra p e u ta ; M = M ad re.
90
A norexia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
91
L as p risio n es de la co m id a
In v e s t ig a c ió n s o b r e e l s is te - T: ¿T ienes n o v io ?
m a r e la c i o n a l P: Sí.
T: ¿Y qué tal v a la relación?
P : B ueno, ú ltim am en te no es que ande m uy bien, pero la sem ana p a
sada le com en té m i p ro b lem a y a él eso le gustó: «Y a lo sabía, no h a
cía falta que m e lo dijeras», y añadió: «M e alegro sólo p o r el hecho
de que te hayas dado cuenta, ah o ra to d o e stá m ejor».
T: Y las perso n as que te rodean, ¿cóm o intentan ayudarte?, te dicen:
« C om e, com e, com e».
---------------------------------- P : Y yo reacciono haciendo lo contra
in v e s t i g a c ió n s o b r e la s s o lu -
rio
c io n e s e n s a y a d a s p o r lo s d e
m ás T: ¿Q uién es la persona que m ás lo
hace? ¿Tu m adre?
P : M i suegra.
T: ¿Tu suegra? ¿P or qué? ¿C om es m uy a m enudo en casa de tus sue
gros?
P : U ltim am ente intento no hacerlo; es m ás, lo evito porque tengo
m iedo.
T: ¿Y en casa qué haces?
P: E n c asa com o sola.
T: ¿N o com es con tus padres?
P: C om o con ellos pero m e tienen que d ejar sola porque si no, no m e
regulo co n los pesos, p orque si no, tengo m iedo, m e ponen m ás acei
te porque...
T: ¿Y ellos sólo observan o tam bién intervienen?
P : M i p adre no se cansa de decir: «P ero ¿le has puesto aceite?, ¿le
has puesto azúcar?», aunque m uchas veces se quedan callados p o r
que creo que tienen m iedo de m i reacción, porque, si no, respondo
m al y s e acabó. Y ahora estoy así, aunque veo que les gustaría que
com iera con ellos, que siguen com iendo las cosas que com ía antes;
es m ás fuerte que yo, sin duda. O si n o tengo la balanza p ara p esar la
pasta, a sim ple v ista ya no puedo, porque si no sé cuánto pesa, a lo
m ejo r reacciono de una m anera co m pletam ente distinta, quiero decir
que a sim ple v ista siem pre tengo m iedo de que sea dem asiado y e n
tonces quito. Y a no com pro cosas en las que no figura el contenido
calórico, porque si no, no sé calcular, se h a convertido en una obse
sión, estoy perdiendo la cabeza.
92
A norexia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam bio
93
L as p risio n es d e la co m id a
94
A n orexia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
sobre y unas hojas de papel p ara cartas y escrib ir una carta con un
único requisito previo: tiene que em p ezar con un « Q uerido doctor»,
que soy yo, d espués puedes d ecirm e que soy un antipático, u n estú p i
do, un idiota, lo que quieras, y cuando hayas term inado, la firm as y la
p ró x im a vez q u e nos veam os m e traes todas las cartas. ¿E ntendido?
P : ¿L o que sea?
T: L o que sea, cu alq u ier cosa. L o que se te ocurra, esto m e ayudará a
conocerte m ejo r que un m ontón de charlas, ¿de acuerdo? P ero no te
olvides, todas las n oches, antes de dorm irte, ¿de acuerdo? L a otra
co sa que te pido es que pienses en una especie de fan tasía m ágica, to-
---------------------------------- das las m añanas: cu an d o te despiertes,
S e g u n d a p r e s c r ip c ió n : f a n - m ientras te vistes, te preparas, te m aqui-
ta s ia d e l m ila g r o . . . . . , , .
---------------------------------- lias, intenta im aginar que sales de aquí,
com o saldrás hoy, cerrarás la puerta, com o hoy la cerrarem o s apenas
salgam os de aquí, y q u e en cuanto sales de aquí, «paf»... co m o por
arte de m agia tu ob sesió n desaparece, dejas de e star ob sesio n ad a con
la com ida.
P : O jalá.
T: ¿Q ué cam b iaría inm ed iatam en te en tu vida? ¿Q ué otros p ro b le
m as habría que reso lv er después de éste? P ara resp o n d erm e necesito
que te proyectes, que im agines algo, una em oción concreta, sales de
aquí, cierras la puerta, y apenas la pu erta se cierra... «paf», p o r arte
de m agia el problem a desaparece. ¿Q ué problem as vendrían después?
¿Q ué cam b iaría de inm ediato en tu vida? T ráem e las respuestas. Los
deberes entre noso tro s son un secreto, ¿de acuerdo?
P: (a sien te)
T: A hora esp era que voy a llam ar a tus padres para darles u n a tarea a
ellos tam bién.
(E n tra n los p a d re s)
95
L as p risio n es de la co m id a
96
A norexia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
Se g u n d a s e s ió n
T: A delante, M .
P : A q u í están las cartas, falta una.
T: ¿F alta sólo una? Siéntate.
P : Sí, porque esa noche m e sentí mal.
T: Y no has escrito la carta, o sea que son tres cartas, m uy bien. ¿Y
qué has escrito? ¿M e h as escrito algo?
P : Lo que se m e ocurría, en realidad ni siq u iera las he releído, debe
de h ab er algunos errores porque si no...
---------------------------------- T: Y o las corregiré: «U n error, otro
R e d e f in ic ió n d e lo s e fe c t o s , . , . , A ,, _
. . ... error, otro m as» (irorneo). A yúdam e a
d e la p r i m e r a p r e s c r ip c ió n ’ ' ' 3
entenderlo, ¿aquí dentro hay algo que tu
( e p is to la r io n o c tu r n o )
has qu erid o decirm e, y a que has escrito
a vuelaplum a, y que hu b ieses querido d ecirm e verbalm ente?
P: Sí, creo que sí. A lo m ejor m uchas cosas en el m om ento no se m e ocu
rrían, pero lo que se m e ocurría lo he escrito, incluidas las banalidades.
T: Y y a que has escrito lo q u e antes h ubieses tenido m ied o de d ecir
m e, ¿podrías decírm elo ahora?
P : ¿A hora?
T: E m pieza p o r ahí. ¿Q ué co sa de lo que m e has escrito te hubiese
costado decirm e?
P : N o sé, m uchas otras co sas que... ¿antes no h acía y ah o ra hago?
T: ¿Y cuáles son esas cosas que antes no hacías y qu e ah o ra haces?
P: Interesarm e p o r la cocina, ir y sentir atracción p o r los su p erm er
cados, ir siem pre a ex am in ar las cosas.
T: E studiar las calorías.
P : Sí.
T: N o com pras algo si no contiene todas las calorías. ¿Y qué m ás?
P : N o sé. H e escrito de to d o y de nada, incluso co sas que no tenían
nada qu e ver, co sas que m e han hech o sentirm e m al.
T: ¿C óm o te has sentido d urante estos días? ¿M ejor o p eo r que h ab i
tualm ente?
S ín te s is d e la s e m a n a -------- P M m m ... la p rim era noche, m e sentía,
---------------------------------- n o sé, en la m ás ab so lu ta confusión
m ental. En un prim er m om ento m e sen tí bien, salí a p asear con m is
padres y no p en sab a en nada, seguí su consejo al pie de la letra y lo
97
L as p risio n es de la co m id a
98
A norexia: fo rm a ció n , p ersisten c ia , cam bio
99
L as p risio n es de la co m id a
100
A n o rex ia: fo rm a ció n , p ersisten c ia, cam b io
101
L as p risio n es d e la co m id a
Ter c e r a s e s ió n
102
A norexia: fo rm ació n , p ersisten c ia, cam bio
103
L as p risio n es de la co m id a 1
Cu a r t a s e s ió n
104
A norexia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
105
L as p risio n es de la co m id a
106
A norexia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
P : P ero yo m e avergüenzo.
T: Y a lo creo. L a o tra v ez te p e d í que lo hicieras c o m o cu ando e scri
bías el ex p ed ien te, ahora q u iero que lo hagas todas las n oches, te da
vergüenza, ¿verdad?
P : M e av erg ü en zo sobre to d o co n m i novio, y bastante, porque yo sé
que él hace un esfu erzo para decirm e: «E stá bien, así tam bién m e
gustas», p ero sé que no es cierto , así que no sé, m e av ergüenzo de m í,
pero prefiero ser siem pre así y no com o antes, aunque antes tam poco
era gran cosa.
T: Lo que tien es qu e hacer en este m om en to es decirte sim plem ente:
«T engo que hacer este deber porque tengo que e n trar nuevam ente en
contacto co n m i cu erp o » , ¿de acuerdo? T odas las noches, te m asajeas
de la punta de los pies a la punta de los pelos, aunque te sientas á sp e
ra o gorda.
Q u in t a s e s ió n
107
L as p risio n e s de la co m id a
T: ¿Q ué quiere decir?
P : Q ue no puedo, cuanto m ás m e m iro en el esp ejo m ás m e deprim o,
entonces...
T: ¿Q ué significa?
P : N o sé, prefiero evitar m irarm e, sentirm e co m o soy, p ara co n v en
cerm e de que estoy bien...
T: ¿Y si te m iras no logras convencerte?
P: (d ice q u e n o con la ca b eza )
T: E ntonces ahora estás ev itan d o m irarte.
P: (co n firm a )
T: D el m ism o m odo que evitas to carte con la crem a, porque si no la
percep ció n que tienes de ser p erfecta se desplom a, ¿no es cierto?
P : ( a s ie n te , se ech a a llorar)
T: Y entonces procuras ev itar h acer lo que te he pedido, pues has en
tendido porque te lo he pedido. T o m a (le a lca n za un p a ñ u e lo d e p a
p e l).
P : G racias.
T: P ero tam bién es cierto q u e si no te h ago afro n tar esas cosas, tú no
cam biarás nunca, ¿sabes?
P : C laro que lo sé, p o r eso m e siento m al, lo sé, quiero d ecir que una
parte de m í lo sabe, pero siem pre está la o tra p arte que es la m ala.
T: C laro, pero los dos sabem os que se trata de u n d uelo entre estas
dos partes, y sabem os tam b ién que la ú ltim a vez tú llegaste aquí p i
diéndom e: «A h, quiero h acer una d ieta p ara au m en tar de peso» sim
p lem en te porque p o niéndote frente al espejo, dándote la crem a, te
has v isto de otra m anera.
P : Sí.
T: D istin ta de com o te ves cuando tienes las lentes deform antes, ¿no
es cierto? P orque siem pre te ves g o rd a co n las lentes deform antes, en
cam b io en esos m om entos n o te ves co n las lentes, es com o si yo te
q u itara las lentes y p o r eso quiero que lo hagas.
P : C om o dejarm e to car p o r m i novio, p o r ejem plo.
T: C laro, ¡él tam poco tiene lentes deform antes!
108
A norexia: fo rm ació n , p ersisten c ia, cam b io
109
I
L as p risio n es d e la co m id a
P : E stá bien.
T: N o tienes que saltarte ni un solo día. H asta pronto.
P : H asta pronto.
Se x t a s e s ió n
Sé pt im a s e s ió n
110
A norexia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam bio
P: ¿Y p o r qué? P rim ero estab a en 62, ahora está en 64, y tam bién he
aum entado de pecho, de 78 a 79, las caderas unas veces d ism inuyen
y otras aum entan.
T: Según donde tom as la m edida, a lo m ejo r levantas m ás los g lú
teos, o los bajas.
P : Ya.
T: P ero ento n ces hay una ten d en cia al alza de algunos centím etros.
P: C laro, pero ya no sé si hice lo que había que h acer o no, y com o u s
ted la últim a vez m e h ab ía dicho que aum entara m ás la dosis y yo la
sem ana pasad a vine con las m edidas del sábado, y p o r lo tanto con las
dosis aum entadas estuve sólo un día, así que fui a m edirm e, noté que
había au m entado y...
T: H as hech o bien m anteniendo las p recedentes.
P : Pero tam bién le p ed í con sejo a mi padre.
---------------------------------- T: E stá m uy bien, m uy bien, porque si
E lo g io d e la p a c i e n t e p o r la s , , , . ,
c a p a c id a d e s d e m o str a d a s h a y a u m e n t o c o n l a s d o s i s P rÉ* e d e n -
---------------------------------- tes, es inútil aum entar, sería un esfuerzo
excesivo.
P : ¿E ra un aum ento o no?
T: Si es lo que m e estás diciendo, sí. D os centím etros de cintura, uno
de pecho y no se sabe m uy bien qué pasa con las m edidas de las cad e
ras porque es difícil.
P : D espués tam bién m e he subido con toda sinceridad a la báscula.
T: ¿Te has subido a la báscula? ¿Y cuánto has aum entado?
P : Y... m edio kilo.
T: Bien, bien.
P : D espués sin em bargo v o lv í a tom arm e las m edidas y y a no
hubo...
T: V ariaciones.
P: V ariaciones.
T: Q uiere d ecir que te has com portado com o una alum na aplicada.
P: ¿Es decir?
T: U na alum na aplicada com o las de antes, has llegado al um bral y
has sabido detenerte.
P : Sí, claro, y ya no aum enté de peso, pero esperaba saber eso que...
T: Perfecto. P iensa tam bién en esto: lo prim ero que aum enta son la
barriga y las caderas por la sim ple razón de que son la p rim era parte
111
L as p risio n es de la co m id a
112
A norexia: form ación, p e rs is te n c ia , cam b io
T: P orque si uno qu iere realm ente ser estéticam ente atra ctiv o , el peso
es lo de m enos, lo im portante es có m o está d istrib u id o , có m o está
hecho el cuerpo, qué proporciones tiene, es im p o rtan te q u e la carne
esté donde tiene que estar y n o en los lugares eq u iv o c a d o s, entonces
tenem os que pensar en llenar m ás las partes d em asiado v a cías y vaciar
las partes d em asiado llenas.
P : Es eso lo que m e p reocupa, tengo m ied o de a u m e n ta r sólo ahí.
T: U n m om ento. P rim ero tienes que volver entre la s m ujeres, ¿de
acuerdo? D espués nos encargarem os de m odelarte, n o pod em o s m o
delarte si antes no has regresado al m undo de las m u je re s , ¿de acu er
do? D espués, en su m om ento te m odelarem os, p e ro p rim ero tienes
que regresar ahí, no hay n ad a m ás fácil q u e m odelar el cu erp o de una
m u jer jo v en , aunque p arezca tan difícil, claro q u e si se ad elg aza y
nada m ás, no se m odela nada, es m ás, se pierde la fo rm a , co m o si se
en gorda y basta. ¿Y tu novio cóm o reacciona?
P : E stá contento.
T: ¿C óm o fue que se te ocurrió cam biar de color d e p e lo ?
P : N o, eso es algo que he hecho siem pre.
T: D e vez en cuando cam bias de co lo r de pelo.
P : Sí, claro, pero antes cuando m e sentía peor y a n o lo hacía, hasta
los conocidos m e lo decían: «¡N o eres la misma! P e ro ¿dónde se ha
m etido ésa que u n a v ez era pelirroja y o tra m orena?».
— — — —------- —---- 7 — r T: Es d ecir que te h a b ía s d escu id ad o un
V a lo r iz a c ió n e s te tic a de la , r, . „ _
p a c ie n te Poco con e ect0 f í s i c o , ¿ n o ? E s t o y
asP
m uy co ntento y q u iero q u e tú cuides
m ucho tu aspecto, p ero en el sentido fem enino del té rm in o , ahora es
tás m ucho m ejor, eres m uch o m ás fem enina; así q u e ten e m o s que se-
---------------------------------- --guir trabajando con e sto , ¿de acuerdo?
P r im e r a p r e s c r ip c ió n : c o n t i- u ,
. .-------------------- H ay que continuar c o n lo s m asaies con
n u a r e l m a s a j e con c r e m a J n J
---------------------------------- --crem a y cum plir todos lo s días co n un
d eb er p ara m ejorar tu fem inidad, aunque sea a lg o insignificante.
«¿C óm o p uedo m ejorar hoy m i fem inidad?» P re g ú n tatelo , y haz al
m enos u n a pequeña co sa al día, m uy pequeña, p ero ... alg o que te p o
nes, algo que h aces, y a sea la m anera en que te lo p o n e s, y a sea cóm o
te com portas, ya sea cóm o te vistes o te m aquillas, p e ro ah o ra ten e
m os que trab ajar con esto, ahora es m uy im portante, y las do sis tie
nen-que ser las que fijam os la últim a vez.
113
L as p risio n es de la co m id a
1 14
A n o re x ia : fo rm a c ió n , p e rs is te n c ia , c a m b io
Oc t a v a s e s ió n
T: ¿C uáles son tus tran sg resio n es diarias adem ás de las que hem os
dicho que están p erm itidas?
---------------------------------- P : D epende, son siem p re co sas dulces,
R e d e f in ic ió n de lo s e f e c t o s c h o c o la t u n tro z o d e td 0 ta m 5 ié n
d e la s t r a n s g r e s io n e s d ia r i a s , , , r
---------------------------------- un p o c o de m erm elada.
T: B ueno. ¿T e has sentido cu lp ab le p o r com er?
P : N o, porque sab ía que m e estaba p erm itido, es d ecir q u e ten ía que
hacerlo, de m an era que...
T: E ntonces nun ca has pensado: «A y D ios, ¿qué estoy haciendo, e s
toy perd ien d o el control?».
P : N o, esto lo p ienso cu ando he term in ad o de c o m er to d o al final del
día, y siento que todavía p o d ría seg u ir com iendo.
T: T o d av ía m ás.
P : P ero m e digo: «N o, tengo que cuidarm e, h e term in ad o todo»,
p ero no sé, a lo m ejo r sigo com iendo, porque a lo m ejo r no tengo
n ad a que hacer, n o sé.
T: H a habido alg u ien que se h a p erm itid o decir: «T e v eo m ejor».
P : Sí.
T: ¿Y esto no te ha d ado m iedo?
P : N o, pero d epende de quién m e lo dice, no sé, q u iero d ecir que si
m e lo dicen m i n o vio o una am iga, m e alegro, pero si m is pad res m e
dicen: «E stás m ejor», n o sé. P o r ejem p lo , p ara los padres de m i n o
vio, el hecho de que yo co m a m ás significa de que estoy curándom e,
pero yo creo que no se dan cu en ta de que el p ro b lem a no es físico
sino que está sobre todo e n o tra parte, p ero claro, si m e dicen que e s
toy m ejor es norm al que m e p o n g a contenta.
T: B ueno, ¿y tu fem in id ad qué tal va? P or lo que veo, m ejor.
115
L as p risio n es de la co m id a
R e d e f in ic ió n d e lo s e fe c to s d e P ' E s o v a b ie n .
c u id a r d e la p r o p ia fe m in id a d T: ¿T e g u sta p o n erte frente al espejo y
cu id ar de tu aspecto o no?
P : Sí, pero eso de alguna m an era siem pre lo h ab ía hecho.
T: Pero no lo parecía, ¿eh?
P : N o, ¿verdad?
T: N o (so n ríen ).
P: A h, a lo m ejo r antes, adem ás, claro, hay días en los que m e veo
bien, y otros en los que no, pero creo q u e eso es norm al.
T: C laro. ¿Y te hacen cum plidos p o r esta m ay o r fem inidad, p o r el
m ay o r cu id ad o que m uestras hacia ti?
P : S í (sonríen).
T: Y te da m iedo.
P : N o, m e gusta.
T: ¿N o te m olesta?
P : N o.
T: ¿P ara nada?
P : N o, m ientras que a lo m ejo r antes si alguien m e decía: «E stás tan
flaca que das asco» estaba contenta, pero ahora m e doy cuenta de que
es m ejo r si alguien m e dice: «E stás bien, estás m al».
— :— ------------- T: ¡ S i ? ; Y todo te hace sen tir tranquila?
P r im e r a p r e s c n p c io n : « p e s a r a c '
s im p l e v is ta y c o n la b a la n z a » _ _
T: E ntonces h ag am o s un experim ento:
a partir de hoy, antes de pesar la com ida, p on un poco en un plato tra
tando de calcu lar a sim ple v ista la qu e tienes q u e pesar, ¿de acuerdo?
D espués p o n ía en la balanza y verem o s cuán alejad a está tu p ercep
ción de la balanza. D e todas las cosas.
P : ¿D e todas las cosas?
T: Q uiero ver si eres capaz de p esar a sim ple vista, porque m ás tarde
ten d rem o s que ren u n ciar a la balanza, ¿no te parece? C uando ap ren
des a m irar u n a cosa, a saber que eso son m ás o m enos 1 0 0 gram os de
carne, 120 de pasta o 50 de pan, estam os m id ien d o tus capacidades,
de m an era que sigue así.
--------;---------- :— --------- P : i S iem pre esas dosis?
S e g u n d a p r e s c r ip c ió n : u n a _ “ , , ., , ,
p e q u e ñ a t r a n s g r e s ió n d ia r ia T: estas h aciéndolo bien, una
E x a c t0 ’
p equeña transgresión diaria.
116
A n orexia: fo rm a ció n , p ersisten cia, cam b io
No v e n a s e s ió n
117
I
L as p risio n es d e ia co m id a
D é c im a s e s ió n
118
A n orexia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam bio
119
L as p risio n es de la co m id a
120
A n orexia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
P: N o m e lo im aginaba.
T: ¿N o im aginabas que iba a costarte tanto o que lo conseguirías?
P : Q ue lo conseguiría.
T: En cam bio lo has hecho m uy bien, ¿has visto? ¿Y tu novio qué
dice? A él tam bién debe gustarle tener u n a m u jer com pleta...
P : (sonríe)
T: Y no m edia m ujer, ¿verdad? M e alegro m ucho por ti. A sí que a
partir de ahora, el im perativo será: «¿C óm o m e co m portaré com o si
nunca hubiese tenido nada?». En todos los aspectos. E m pezam os,
com o dicen, a go zar de la vida, ¿de acuerdo?
121
L as p risio n es de la co m id a
122
5
B U L IM IA : F O R M A C IÓ N , P E R S I S T E N C I A , C A M B I O
1. F O R M A C IÓ N Y P E R S IS T E N C IA D E L A B U L IM IA
1. R e c o rd a m o s q u e c o n el té rm in o b u lim ia , a d ife re n c ia d e lo q u e lo s e s tu d io s e s p e
c ia liz a d o s d ic e n , só lo n o s re fe rim o s a e s a s p e rs o n a s q u e d e v o ra n d e fo rm a c o m p u ls iv a
g ra n d e s c a n tid a d e s d e c o m id a , sin q u e e x is ta n c o n d u c ta s d e e lim in a c ió n . D e h e c h o ,
c o m o y a h a s id o s e ñ a la d o , e n e ste ú ltim o c a s o p re fe rim o s h a b la r d e s ín d r o m e d e v ó m i
to o v o m itin g . C o n e l té rm in o b u lim ia n o s re fe rim o s p u e s a u n tra s to rn o q u e se s o b re
p o n e s ó lo e n p a rte a la b u lim ia n e rv io s a sin c o n d u c ta s d e e lim in a c ió n tal c o m o e s d e fi
n id a e n el D S M IV , y q u e c o m p re n d e ta m b ié n a lg u n o s c a s o s d e o b e s id a d p sic ò g e n a .
123
L as p risio n es de la co m id a
1.1. P a c i e n t e s b o t e r ia n a s
E sta tip o lo g ía de p acientes son llam adas así porque p arecen « sa
lidas» de u n cuadro de B otero. E n general, p esan entre 80 y 90 kilos,
son tranquilas, seráficas, co n frecu en cia casadas y llevan u n a v ida
m ás bien serena. Se trata de p ersonas abso lu tam en te incapaces de h a
ce r un a dieta, a m enudo co nsideradas co m o obesas crónicas, y trata
das co n terapias farm acológicas y a v eces co n técnicas de in terv en
ció n q u irú rg ica (la ban d a gástrica y otras tipologías de tratam iento).
L as pacien tes b o teria n a s son casi siem pre a lca c h o fa s co n scien
tes de serlo, es decir: personas que h ab ien d o vivido directam ente - o
sim p lem en te im a g in a d o - la incapacidad de d o m in ar las propias p u l
siones en térm inos epidérm icos, h an qued ad o tan asustadas que aca
ban co n stru y en d o la d in ám ica pro tecto ra a la que se aludía antes. Sin
em bargo, son co nscientes de que para ellas la relació n con la com ida
rep resen ta u n a protección, y de que tam bién, adem ás de la com ida,
quisieran aban d o n arse de m anera d esen fren ad a en otras esferas. Se
124
\ i
B ulim ia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
125
L as p risio n es de la co m id a ,
1.2. P a c ie n te s y o -yo
126
B ulim ia: fo rm a ció n , p ersisten cia, cam bio
2. EL T R A T A M IE N T O D E L A B U L IM IA 1
127
L as p risio n es d e la co m id a
2.1. E l p r o t o c o l o d e l t r a t a m ie n t o d e l a b u l im ia
128
B ulim ia: fo rm ació n , p ersisten c ia, cam b io
129
L as p risio n es d e la co m id a
L a prin cip al interv en ció n elab o rad a para el trastorno bulím ico es
u n a in terv en ció n de tipo p aradójico que se b asa en la lógica de la e s
tratag em a ch in a «apagar el fuego añad ien d o leña». C om o hem os se
130
B ulim ia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam bio
131
L as p risio n es de la co m id a
132
B ulim ia: fo rm ació n , p ersisten c ia, cam b io
133
L as p risio n es d e la co m id a
134
B ulim ia: fo rm a ció n , p ersisten c ia, ca m b io
tes bulím icas no sólo a perm itirse el placer, sino tam bién a b u scarlo y
a destilarlo cada vez m ás, h acién d o les ex p erim en tar la ex p erien cia
em ocional co rrectiv a del p lacer concentrado. E l efecto h a b itu al de
esta p rescrip ció n estrib a en q u e la can tid ad de los atracones se reduce
a cau sa de la b ú sq u ed a de un p lac e r cualitativo. U n a vez m ás se logra
«su rcar el m ar a espaldas del cielo». E sta b en év o la co n cesió n que las
pacientes bulím icas se perm iten, siguiendo las indicacio n es del tera
peuta, se convierte efectiv am en te en una m anera de reeq u ilib rar su
relación con la com ida, d ado que in teraccio n an con é sta n o ya p o r
d eb er sino p o r placer. E n gen eral, desp u és de algunas sem an as, estas
p ersonas em piezan a co m er con g usto pero de m anera lim ita d a con
resp ecto a la cantidad, y co m ien zan a adelgazar.
L a a c e p ta c ió n d e l p la c e r , p o r o tro lado, p one de m a n ifie sto u n a
e x ig en cia real de estas p acien tes b u lím icas, tran sfo rm an d o su so lu
ció n en say ad a d isfu n cio n al (co m e r p o r p lacer) en u n a solu ció n
funcional. E n esto s caso s n o se h ace p o r tan to la in te rv en c ió n h a b i
tual del b lo q u eo y su stitu ció n de las so lu cio n es e n say ad as, sino
que se reo rien ta la m ism a so lu ció n in ten tad a cam b ián d o le su sen ti
do. E sta m an io b ra resu lta m u y e fic az y d eterm in a p o r sí so la , en la
m ay o ría de los casos, el co m p leto d esb lo q u eo de la sin to m ato lo g ía
b u lím ic a . 1
A través de las m an io b ras u tilizad as en el segundo estad io , el d e s
bloqueo de la sintom atología b u lím ica por lo general se realiza m uy
rápidam ente: en el 90% de los caso s gracias a la p arad o ja s i h a ces
uno h a ces cin c o 2, y en el 1 0 % restan te gracias a la re estru ctu ra c ió n
p ro v o c a tiv a de la in co n ten ib le s e x u a lid a d o a la c o n c esió n d e l p la
cer. E sto n aturalm ente sólo rep resen ta el p rim er paso en el proceso
de la resolución del problem a.
1. P o r in c id e n c ia , p o d e m o s re v e la r c ó m o la a d m is ió n d e l p la c e r n o e s e n c a m b io id ó
n e a p a ra la s a lc a c h o fa s , c o n la s c u a le s re s u lta fu n d a m e n ta l c e n tra rs e e n lo s a s p e c to s
r e la c ió n a le s , d e s p la z a n d o e l eje d e la a te n c ió n d e la b ú s q u e d a d e p la c e r e n la c o m id a a
las re la c io n e s c o n lo s d e m á s. D e h e c h o , d e ja r q u e la a te n c ió n se c e n tre e n la re la c ió n
c o n la c o m id a n o h a ría m á s q u e a g ra v a r la s o lu c ió n e n s a y a d a d e las a lc a c h o fa s , lo c u a l
re s u lta ría p o r ta n to in c o h e re n te c o n la fin a lid a d d e l tra ta m ie n to .
2. G e n e ra lm e n te p a ra c as i la to ta lid a d d e la s a lc a c h o fa s y las p a c ie n te s y o -y o .
135
L as p risio n es d e la co m id a
2 ) 'E n esta fase de la terapia con las alcachofas, es fundam ental tra
bajar tam bién los aspectos relaciónales. Para esta categoría, la parte fi
nal del tratam iento actúa sobre la reconstrucción de las relaciones entre
la paciente y los dem ás y entre la paciente y el m undo, especialm ente en
lo relativo a las relaciones con el otro sexo. Para esto el terapeuta utiliza
reestructuraciones y prescripciones que apuntan a resolver sus dificulta
des relaciónales, y las guía para que se perm itan pequeños placeres y se
relacionen con el otro sexo sin perder el control. Por ejem plo, el terapeu
ta puede proponer la m etáfora de la alcachofa:
136
B ulim ia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
«U sted tiene que p en sar que h asta ahora ha sido una espléndida
alcachofa, que se ha pro teg id o con su barriga. Si o b serv a una alca
chofa en el cam po, ¿se le o curriría p en sar que dentro de algo tan h o
rrendo pu ed a h ab er u n corazó n tan tierno? N o, p ara d escu b rir eso tie
ne que deshojarla. U sted se ha protegido com o esa alcachofa, ahora
la estam os d esh o jan d o y estam os retiran d o su corazó n bueno, pero
tiene que apren d er a n o ten er m iedo, a saberlo m anejar. L as corazas
p rotegen pero al final aprisionan, así que ahora tiene que apren d er a
andar sin coraza...».
El terapeuta puede utilizar asim ism o la prescripción del c o m o si,
adaptándola según la necesidad:
«Q uiero q u e u sted , todos los días, p o r la m añ an a, m ien tras se
lava, se v iste y se p rep ara, se h ag a esta p regunta: « ¿ C ó m o m e c o m
p o rta ría h oy s i m e sin tiera segura en la relació n co n los d em ás?».
Y de todas las cosas q u e haría, elija la m ás p eq u eñ a, la m ás in sig
nifican te, y p ó n g a la en práctica. C ad a d ía h a g a u n a co sa p eq u eñ a
pero co n creta, c o m o si se sin tiera segura, y ca d a d ía e lija algo d is
tinto».
De esta m anera el terap eu ta en señ a p ro g resiv am en te a la p ersona
a p erm itirse peq u eñ as form as de placer, aun en las relacio n es in ter
personales, sin el tem o r de p erd er el control.
E s im portante d estacar cóm o la intervención en la dim en sió n re
la tio n a l tiene q u e seg u ir p o r n o rm a el d esbloqueo sin to m ático p e r
seguido en el segundo estadio. C uando hay un cam b io en curso, el
terapeuta tiene q u e co ncentrarse exclu siv am en te en él, sin recu rrir a
las v entajas secu n d arias y a los beneficios del trastorno. Sólo d e s
pués de h ab er elim in ad o la sintom atología aguda se p o d rá in terv e
nir en los otros aspectos, de lo contrario se co rrerá el riesg o de p ro
vocar una recru d escen cia sintom ática. L a ún ica excep ció n está
representada p o r esos raros casos (generalm ente a lc a c h o fa s ) que no
se d esbloquean con la p arad o ja s i h a ces un o h a ces cin co , p ara los
cuales es necesario afro n tar prim ero las p ro b lem áticas relaciónales
(proponiendo la m e tá fo ra de la a lca ch o fa en el segundo estadio), y
sólo en un segundo m om ento trab ajar directam ente la relació n con
la com ida.
137
L as p risio n es de la co m id a
Pr im e r a s e s ió n 1
T: ¿C uál es su problem a?
P : ¡Salta a la vista!
T: A h... ¿m e presen to com o soy? (ríe).
— 7---------- —------ — - P: S í, esto y hacien d o u n a dieta y la die-
D e f im c io n d e l p r o b le m a . .. , , . .
---------------------------------- tista m e ha dicho que s e n a m ejo r hacer
u n a p sicoterapia, de lo contrario h ago «el acordeón» com o siem pre.
T: C om o siem pre.
P : Sí, n o es la p rim era dieta que hago.
T: ¿Y cóm o llegó aquí?
P : A través de u n a am iga que v in o p o r otros m otivos y m e dijo:
« P rueba co n él, que es m uy bueno», así, a lo m ejor usted puede ay u
darm e, p ru eb o y veo.
T: V eam os... verem os. ¿A sí que u sted h a intentado ya a d elg azar va
rias veces?
P : Sí, hasta co n las pastillas que q uitan el ham bre, sólo que el p ro
b lem a n o es el ham bre, son las ganas de co m er que... que es distinto,
de m an era que aunque no tenga h am b re d espués tengo ganas y el re
sultado es adelgazar, porque lógicam ente co m ía m enos, salvo que
sólo co m ía las cosas que m e gustan, de m an era que he desequilibrado
a m edio m undo con la alim entación.
T: ¿Q ué es lo que m ás le gusta com er?
P : D epende de los periodos, m e g u sta sobre todo com er pizza, p a s
tas, pasteles... ¡Las cosas m enos calóricas!
1. P = P a c ie n te ; T = T e ra p e u ta .
138
B ulim ia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
139
L as p risio n es de la co m id a
140
B ulim ia: fo rm a ció n , p ersisten cia, cam b io
141
L as p risio n es de la co m id a
142
B ulim ia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
143
L as p risio n es d e la co m id a
Se g u n d a s e s ió n
144
B ulim ia: fo rm a ció n , p ersisten cia, ca m b io
grasa» y tengo qu e esforzarm e p ara d ecir las otras dos cosas, m e sale
la otra. D espués m e h ice la lista... ¿quieres saber todo?
---------------------------------- T: Sí.
R e d e f in ic ió n d e lo s e f e c t o s „ Ti i ■
, . P: He escrito... pues.... la p rim era cosa
d e la s p r e s c r ip c io n e s r r
---------------------------------- era ¿para que m e sirve m i co m portam ien
to?, y m e refería tanto al com er com o al hecho de ser gorda, entonces...
T: ¿C uál es la utilid ad po sitiv a de esto? ¿D e co m e r o ser gorda?
P : L a utilidad p o sitiv a de co m e r es la de m itig ar las em ociones.
---------------------------------- T: A h, m e gusta... pero ¿quién se pone
R e e s tr u c tu r a c ió n d e l p a p e l la arm adura? A sí anestesias tus em ocio-
p ro te c to r d e la g ra s a m e
d ia n t e la m e tá fo r a d e la a r - nes‘
m a d u ra P- Sí, p ero las positivas.
T: ¿Y las negativas?
P : T am bién.
T: ¿Y cuáles son las negativas?
P : E l ansia, la rabia, la angustia, las tensiones que pro v o can las
pruebas, las insatisfaccio n es, la im p acien cia y el m ied o al rechazo, al
fracaso y al sufrim iento.
T: A h... claro, ¿y después?
P : Y esto es así... adem ás porque si n o lo h ago así, apenas aparece
u n a salen todas las d em ás, ¿entiendes? E n cam b io la gordura... ahora
en general n o tengo p ro b lem as p ara esto co n la gente, incluso co n los
h om bres, pero parto del supuesto de que no gusto y p o r lo tanto no
m e siento ni libre ni com petitiva, ni...
T: T otal, te dices: « N o puedo perm itirm e nada».
P : Sí, y entonces n o interp retan m al m is intenciones.
T: A h, claro, en d efin itiv a te tom an p o r lo que eres.
P : E xacto, no m e tien en en cuenta y p o r lo tanto puedo ju g ar, hacer
lo que quiero.
T: C laro, claro, m uy bien. A sí que, u n a vez m ás, te protege.
P : E xacto, adem ás m e ayuda a m í m ism a, en el sentido de que lo uso
com o freno.
T: ¿C on qué?
P : Y o m e siento m uy vulnerable, porque a m í m e g u sta gustar, com o
a todas las p erso n as, m e g u sta seducir, tam bién m e g u sta ser seduci
da, m e gustan todas las discusiones sex u ales y las otras. E ntonces m e
viene el tem o r de que si m e abandonara, p erd ería el control...
145
L as p risio n es d e la co m id a
146
Bulim ia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam bio
T: Bien, bien.
P : A dem ás ya no ten d ría la grasa p ara p ro teg erm e y esto sería un
gran problem a... p ara protegerm e de m í, obviam ente. D e m í m ism a.
Porque yo sé que a un nivel racional lo que d igo n o tiene sentido...
T: A un nivel de lógica del sentido com ún, a un nivel de lógica un
poco m ás c o m p licad o tiene m ucho sentido lo que estás diciendo.
P : ¿D e veras?
T: (a sien te)
P : B ueno, de todas m aneras, pienso que si yo, p o r ejem plo, co n si
guiera una satisfacción co m p leta con el sexo, con las relaciones se
xuales... ¿y si m e vu elv o adicta al sexo?
T: ¡Dios m ío!
P : E ntonces tendría que tener siem pre una persona cerca. Y si después
m e gusta m ucho, com o sospecho, sería una am oral, es decir que sería
peor que una prostituta y esto... éste es el discurso que digo que no tiene
sentido.... porque la prostituta lo hace por trabajo, m ientras que yo, que
en cam bio m e divierto, no. ¿E ntendido? El p ro b lem a es que aun
que esté gorda estas cosas aum entan.
T: D ios m ío. ¿Siendo g orda tam bién? E ntonces la grasa no te p ro te
ge tanto.
P : N o.
T: T e ob lig a solam ente a eleg ir a h om bres no m uy atractivos.
P : N o, no sólo. P o rq u e yo ten g o m ás suerte todavía: siem pre los en
cuentro atractivos.
T: ¡Ay!
P : El problem a es que luego no m e entrego, ni siquiera cu an d o d e
searía hacerlo, quiero d ecir que al final se co n v ierte en un obstáculo
p ara las cosas que quiero. A dem ás, si eres atractiv a surge el p ro b le
m a de saber si te q uieren p o r lo que eres o p o r lo que aparentas.
T: C laro, claro.
P : Y hay o tra cosas: si hay un rechazo cuando estoy g orda podría
echarle la culpa...
T: A la gordura. P ero de o tra m anera, no.
P: C laro.
T: C uántos p en sam ien to s interesantes.
P : Pero lo po sitiv o sería que m e sentiría m ás segura co n m ig o m ism a
y ten d ría m u ch o m enos m ied o de no ser aceptada.
147
L as p risio n es d e la co m id a
T: B ueno, ahora todos los papeles p ara m í, y com o veo que trab aja
m os tan b ien quiero dos cosas de ti: la p rim era es algo bastante p a rti
cular, pero prim ero quiero saber: ¿cóm o te h as com p o rtad o con la co
m id a esta sem ana? ¿H as com ido m ás o m enos?
P : U n asco.
T: ¿H as com ido todavía m ás? ¿Te has protegido todavía m ás, verdad?
P : Sí.
T: Q uién sabe h asta dónde tendrem os que llegar antes de adelgazar,
a lo m ejo r tendrás q u e au m en tar in clu so m ás k ilos antes que decidas
adelgazar.
P : N o, no m e d igas eso.
T: P o d ría ser. E ntonces quiero que a p a rtir de ahora y h asta la p ró x i
m a sem ana elijas una de las dietas, cualquiera, pero no m uy rígida,
¿de acuerdo? A sí que n o una de m enos de 1000 calorías, 1200,1 4 0 0 ...
no m enos. ¿E ntendido? T otal, en dietas eres m ás ex p erta que yo.
P : C laro.
—:-------------- :— -------;---- T: Q uiero que te prep ares p ara hacer
P r im e r a p r e s c r ip c ió n , « s i c o - e s ta ¿ ¡ e ta : t 0 Cj 0 j 0 q u e c o m a s fuera de la
m e s u n o c o m e s c in c o » . . .
---------------------------------- dieta, si com es uno com es cinco. Puedes
no co m er uno, p ero si com es uno co m es cinco. Si com es un sandw ich
fu era de la dieta, com es cinco; si com es un ch o co late fuera de la d ie
ta, com es cinco; si com es un trozo de p astel fu era d e la dieta, com es
cinco; cad a vez que incum ples la o rg an izació n alim en taria que te has
fijado, si lo h aces u n a vez lo haces cinco. ¿D e acuerdo?
P : Y tam b ién quieres saber qué com o, ¿no?
T: Sí, m e lo dirás la p róxim a vez.
P : N o m e parece u n a co sa m uy difícil.
------------------- -— ------- — T: N o lo es. L a próxim a, en cam bio...
S e g u n d a p r e s c r ip c ió n , e p is qUisie ra que todas las noches antes de
tolano nocturno , . , .
---------------------------------- dorm irte, lo ultim o que tienes que hacer,
una vez que te has m etido en la cam a, es conseguir papel para cartas,
si todavía no lo tienes, y tienes que escrib ir una carta dirigida a m í,
que sim plem ente tiene que em pezar con un: «Q uerido doctor», d es
pués, puedes escribir todo lo que quieras. Puedes hablarm e de todas
estas cosas, de todo lo que se te ocurra. C uando hayas term inado fir
m as, cierras el sobre y m e traes todas las cartas.
P : De acuerdo.
148
B ulim ia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam bio
T e r c e r a s e s ió n
149
L as p risio n es d e la co m id a
P : Sí...
T: ¿L a p rim era vez?
P: Sí, p o rq u e ya lo h ab ía elaborado todo yendo a casa, así que... esta
ba m uy en fad ad a contigo p orque m e lo h abías ech ad o todo a perder.
T: A h... ¿en fad ad a conm igo? ¿Y m e has m aldecido?
P: No.
T: ¿N o? T otal eso alarga la vida.
P : E ra u n enfado algo desconsolado, q u iero d ecir que n o tenías d e
recho a arru in ar la ú n ica cosa que m e g usta. E s p o r eso que estab a e n
fadada.
T: ¿C uándo has rep etid o cinco veces lo que has com ido?
P : P o r la m añ an a estab a h ablando con el pastelero que estab a u san
do alm endras, y yo, instintivam ente, m etí la m ano, agarré cinco al
m endras y em p ecé a com er...
T: C inco alm endras...
P : Sí, cin co alm endras exactas... que era lo que tenía ganas de com er
en aquel m om ento, después cu ando m e m etí la p rim era en la b o ca m e
acordé del nú m ero cinco... y en ese m o m en to te h ab ría estran g u
lado...
T: ¿Y has com ido cinco?
P : N o, c o m í cin co p o r cinco, veinticinco.
T: M uy bien.
P : H ab ía en co n trad o la escapatoria... n o te creas.
T: L o sé, te creo. P ero yo te lo había dicho, ¿te acuerdas? V ein ti
cinco.
P : V einticinco... p ero fue así...
T: ¿A sí cóm o?
P : Q uiero d ecir que co m er algo que no quieres n o es n ad a agradable,
es u n a gran constricción... y desde ese m om en to m e h a perseguido,
cad a v ez q u e ten ía ganas de u n a co sa e n seg u id a v e ía las cin co cosas y
pensaba: «N o quiero com erlas», pero la co sa q u e quería la seguía
queriendo. Y se m e iban las ganas de com er, p o r eso los prim eros dos
días sentía que no p o d ía aguantar...
T: ¿Y d espués?
P : D espués... ni siquiera tenía ganas.
T: ¿D e veras?
P: Sí, tal es a sí que en u n a de las cartas que te he escrito, m e p reg u n
150
B ulim ia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
151
—
L as p risio n es de la co m id a
T: A sí que le dirás que m e alegra p o d er co lab o rar con ella, pero que
m i trabajo es m i trabajo, y no tienes que h ab lar de él. Y a verem os los
resu ltad o s. ¿S abes u n a cosa? M uchas perso n as que m e conocen a tra
vés de m is libros, los interpretan a su m anera.
P : E stá b ien, no abriré la boca.
T: B ien. E ntonces, com o se suele decir, se ha pro d u cid o un pequeño
efecto m ágico en esta sesión...
P : Sí, logro co n tro lar las ganas.
T: H as ad elg azad o dos kilos...
________ ____________ _— P : Y tam bién he soñado m ucho, te he
In v e s tig a c ió n s o b r e la v id a C 0 n ta ( j 0 m ¡s sueños p o r escrito,
s e n ti m e n ta l y e r ó ti c a „ ,, , , t ,
---------------------------------- T: ¿Q ue has hecho concretam ente, ad e
m ás de los sueños, en tu v ida pasio n al-ro m án tico -eró tica?
P : (ríe) A h... eso no te lo he contado p o r escrito.
T: ¿N o?
P : H e ten id o un flechazo.
T: ¡Es increíble! Pero ¿con co n q u ista o sólo un flechazo?
P : N o, sólo un flech azo porque d espués m e quedé... no creía que...
quiero d ecir que m e sentí un poco perdida, sinceram ente, porque he
visto a esa p erso n a donde trabajo y m e qued é p aralizad a m irándolo
y él se dio cuenta, y yo no p o d ía ni d ecir n ad a n i salir de ahí... es
decir...
T: (ríe) T e has m etido en m edio de su cam ino... «T endrás que p asar
sobre m i cadáver».
P : N o, yo estab a detrás del m ostrador, así que... quiero d ecir que p o
día qu ed arm e allí todo lo que quisiera, pero no se puede m irar a una
persona... co n el aspecto que yo tenía... m e im agino lo que... y no d i
gas nada. V eía en su cara com o u n a pregunta: «¿Q ué quieres?
D im e»... ¿no? Y yo no le d ecía nada. H asta que él rom pió el hielo y
m e dijo: «H ola», y yo le respondí: « B uenos días», y era de noche...
realm ente... y m e alegré porque esta sensación la hab ía tenido ya en
E gipto en en ero con aquella p erso n a con la que después... tuve una
especie de rom ance, la últim a vez...
T : E l africano guapo.
P : Sí.
T: B ueno. ¿Y ah o ra qué h arás? ¿L e d arás c a za a éste?
P : N o.
152
B ulim ia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
T: Bueno.
P : N o sé... d epende de cóm o m e co m porte cu an d o lo vea... si m e
b loqueo no... es inútil que le cace.
—— :— — -------------------- T: T ranquila, tranquila. N o hay que co-
T e c n ic a d e l p a s o a p a s o , • , \ ,
--------------------- ------------ rrer dem asiado. ¿Q ue piensas que te
h aré h acer ahora?
P : T engo una intuición. D im e, dim e.
---------------------------------- T: Q uiero que sigas escribiéndom e las
P r im e r a p r e s c r ip c ió n : c o n t i - c ¡ m a s d o n d e h a b la s d e ^ ,os
n u a r e l e p is to la r io n o c tu r n o
---------------------------------- -sueños y las fantasías, y lo que haces...
P : ¿D e c u alq u ier cosa?
-------------------- ;— -------- ;- T: D e cu alq u ier cosa, p u ed es tam bién
Segunda p r e s c r ip c ió n , « si-- (jjrjg¡rm e m aldiciones... lo que quieras,
c o m e s u n o c o m e s s ie te » ° n n
---------------------------------- -T am bién p uedes ilusionarte creyendo
que soy un ingenuo, p ero tienes que hacerlo. A d em ás, co n resp ecto a
la com ida, si com es uno com es siete, ni uno m ás ni u no m enos. P u e
des com er, p ero si com es uno, com es siete...
P : ¡Las cosas que no quiero!
T: E xacto... es decir: no las cosas que no quieres...
P : S ino las que no tengo que com er.
T: E xacto, te im p o n es un o rden alim entario en el que, co m o has h e
cho esta sem ana, p uedes incluir tam bién un peq u eñ o desorden, basta
que sea u n deso rd en q u e no altere el orden, co m o p o r ejem p lo las cin
co galletas que reem p lazaro n la cena: perfecto. P ero eso no significa
que la dieta ten g a q u e ser u n a p ersecución, un b uen ord en alim en ta
rio no puede p rescin d ir del placer, si no, n o es u n buen ord en alim en
tario, sobre todo p ara u n a co ch in a com o tú... no aguantas... sin p la
cer, pero fu era de esto, tú sabes regularte m ejo r que yo p o rq u e las
d ietas y el ord en alim en ticio los co noces m ejo r que yo, ¿de acuerdo?
______________________ P ero si com es uno co m es siete, puedes
R e e s tr u c tu r a c ió n del «pe- no co m er pe ro -sj com es u n o com es sie-
q u e ñ o d e s o r d e n q u e m a n ti e - _ . „
n e el o rd e n » ¿D e acuerdo? te .
P: ¡Es fácil!
T: L a sem an a p a sad a tam bién te p arecía fácil.
P : E stá bien, total cinco o siete es igual.
T: B ueno.
153
L as p risio n es d e la co m id a
3. E L T R A S T O R N O A L IM E N T A R IO C O M P U L S IV O
(B IN G E E A T IN G )
1. E s ta re e s tru c tu ra c ió n se u tiliz a , u n a v e z a d a p ta d a , n o só lo e n lo s c a s o s d e v e rd a d e
ro a y u n o , s in o e n to d o s lo s c a s o s re la c io n a d o s c o n c u a lq u ie r tip o d e re s tric c ió n e s tric
ta o f o rm a d e c o n tro l c o n re s p e c to a la c o m id a .
154
B ulim ia: fo rm a ció n , p ersisten cia, ca m b io
155
L as p risio n es d e la co m id a ,
P rim e ra s e s ió n 1
1. P = P a c ie n te ; T = T e ra p e u ta ; M = M a d re; P d = P a d re ; C o T = C o te ra p e u ta ; H = H e r
m an a .
156
B ulim ia: fo rm a ció n , p ersisten cia, ca m b io
157
\
L as p risio n es d e la co m id a
T: ¿Y eso cuántas veces sucede, todos los días, m uchas veces al día?
M : N o, no, porque ella tiene sobre to d o m iedo de engordar, y com o
tiene un carácter fuerte, co nsigue.... p ero cu an d o em pieza, se acabó
el m undo. C o m ien za a com er y se siente m uy m al.
T: ¿C óm o te llam as, perdona?
P : C.
---------------------------------- T: A sí que C ., si he entendido bien, tú
Investigación s o b r e el fun- con sig u es p rescin d ir sin p roblem a de la
cionamiento del síntoma .7 v . . . .
---------------------------------- com ida, p ero si pierdes el control d e s
pués tienes que vom itar, ¿verdad?
P : (a sie n te ) A dem ás m e lo p aso siem pre com iendo. Siem pre. Puedo
co m er dos plato s de pasta, puedo co m er de todo, realm ente de todo...
leche, galletas...
T: ¿H asta que lo term inas todo?
P : H asta que no quede nada.
T: B ien, p ero ¿esto ocurre siem pre cuando com es o sólo cuando
p ierdes el control?
P : E sto, cuando... p o r ejem plo m i m ad re m e dice: «N o, com e esto
tam bién». E ntonces yo digo: «E stá bien, si com o esto com o todo».
N o p uedo regularm e. N o consigo en ten d er cu ándo estoy satisfecha y
cu an d o no.
T: ¿E sto te pasa siem pre o bien p uedes co m er algo sin vom itar?
P : N o, n o puedo.
T : N o puedes.
M : N o, ahora sí que puede.
T: ¿Q ué p uedes co m er sin vom itar?
P : E h... carne, verduras, leche.
T: ¿Y qué te hace v o m itar exactam en te? ¿L os p asteles, la pasta, los
carbohidratos?
P : L a pasta.
T: ¿Y los pasteles?
P : H um m , el ch ocolate tam bién.
T : P ero si sólo com es carnes y v erd u ras no vom itas.
P : N o (m o v ie n d o la cabeza).
T: P ero p ara p erd er ocho kilos en dos m eses significa que has c o m i
do realm en te poco.
P : H um m .
158
Bulim ia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam bio
159
L as p risio n es de la co m id a
160
Bulim ia: fo rm ació n , p ersisten c ia, cam b io
161
L as p risio n es de la co m id a
162
B ulim ia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
163
L as p risio n es de la co m id a
164
B ulim ia: fo rm ació n , p ersisten c ia, cam bio
165
L as p risio n es de la co m id a
(E l p a d r e ta m b ién llo ra )
166
Bulim ia: fo rm ació n , p ersisten c ia, cam b io
167
L as p risio n e s de la co m id a
Se g u n d a s e s ió n
168
Bulim ia: fo rm ació n , p ersisten c ia, cam b io
169
L as p risio n es de la co m id a
170
B ulim ia: fo rm a ció n , p ersisten c ia, cam b io
171
L as p risio n es d e la co m id a
(E n tra n lo s p a d r e s y la h erm a n a )
172
B ulim ia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
173
L as p risio n es de la co m id a
T: Sí, pero lo descubre. ¿C ree que su h ija es tan ingenua? M ire que
es m uy d esp ierta y lista, m ás de lo q u e u sted im agina.
P d : E stá claro.
T: A dem ás conseguim os que tú tam bién vinieras (d irig ién d o se a la
h erm a n a ). Q uisim os que vinieras p o rq u e q ueríam os v er a toda la fa
m ilia ju n ta , y tam bién porque se habló de este conflicto entre h erm a
nas que n o se hablan, y de esta posició n d rástica de am bas partes.
H : D isculpe si lo interrum po, he sido yo q u ien h a adoptado esta p o
sición drástica, pues esperaba recib ir las discu lp as suyas desde hace
algunos m eses.
T: P ero tu h erm an a dice: «Y o no ten g o p o r q u é p e d ir disculpas, pues
tengo razón». ¿Te lo esperabas? ¿Te esperabas que ella ad optara esta
posición?
H : S iem pre h a adoptado esta posició n , éste es el problem a.
T: B ien, en to n ces p resta atención, n o
R e e s t r u c t u r a c ió n d e la p o s i sotros estam os en u n 50% de acuerdo
c i ó n d e c o n f lic t o d e la h e r m a
contigo, y tam bién estam os de acuerdo
n a c o m o c o m p li c id a d ig n o
r a n te : a tr a v é s d e l c o n fl ic to
en un 50% cu an d o te enfadas con ellos.
c o n f ie r e a la p a c ie n te p r e c is a B ien, pero no estam os de acuerdo co n ti
m e n t e e s a im p o r ta n c ia y e s e go en un 50% cu an d o adoptas una p o si
p o d e r q u e q u i s ie r a c o r r e g ir ció n que se parece a la de tu m adre en
estos días cu an d o esconde la com ida, es
otra m an era de agravar el com p o rtam ien to de tu herm ana. Sin darte
cu en ta estás tratando de em plear, al m enos en lo que a ti se refiere, un
correctiv o , pero en lugar de ser un co rrectiv o es u n a actitud cóm plice
de la situación, porque así le das m ás p o d er todavía.
H : E s cierto, (a sien te)
T: A sí has fortalecid o el papel fu ncional y las ven tajas secundarias
de este trastorno. E s m ás, cuanto m ás p ersistes en esta posición, m ás
se m an ten d rá tu h erm an a en la otra, p o rq u e de este m odo ten d rá otra
ventaja: la de haberte acorralado. P ero no h a sido ella quien te ha
acorralado, te has acorralado tú sola, así que m ejo r no p o d ía ser.
M : S in em b arg o sufre m ucho p o r la falta de su herm ana, su p resen
cia, p o rq u e ella ha sido... siente la falta.
T: Sí, pero u n m om ento, m e g u staría recalcar algo, y no q u isiera p a re
ce r cín ico , pero cuando afrontam os este tipo de p roblem as lo prim ero
que ten em o s que h acer es ev itar so b red im en sio n ar el afecto o la em o ti
174
B ulim ia: fo rm ació n , p ersisten c ia, cam b io
175
L as p risio n es d e la co m id a
176
B ulim ia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
T: Y esto señora, ¿qué es? S ería intervenir, y hay que o b serv ar sin
intervenir. ¿R ecuerda? Bien.
P d: D octor, ¿si sólo viene m i m u jer está bien?
T: Sí, en este caso co n uno de ustedes dos y con C. es suficiente, lo
que teníam os que h acer con toda la fam ilia ya está hecho.
M : G racias.
Ter c e r a s e s ió n
177
L as p risio n es de la co m id a
178
B ulim ia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
179
:L as p risio n es de la co m id a
atracón de dulce, puedes co n tro lar el deseo, del m ism o m odo que te
p erm ites co m er regularm ente, al e v itar los ayunos puedes evitar los
atracones.
P : C laro.
T : P ero si tratas de abstenerte, h aces que el deseo aum ente, y el d e
seo luego d esem b o ca en el atracón, aunque esto has podido co n sta
tarlo d u ran te estas sem anas.
P : (a sien te) A dem ás, porque después del atracón, si son dos kilos de
m ás, m e digo: «N o im porta, ahora h ago una dieta de u n a sem ana».
T: H asta que sigas haciendo así, ten d rás estas interm itencias... en
cam bio si com es com o te dijim os, tem ien d o los ayunos... la co sa no
puede funcionar.
C oT : Y tam bién tienes que p erm itirte una pequeña transgresión d ia
ria, p o rq u e si no, s i no lo h aces, em p iezas a pensar, piensas tam bién
d urante la noch e h asta que te das u n atracón.
T: C o n esas cosas que te has negado.
C oT : P ero si te las perm ites te liberas de ellas.
T: L a m ejo r m anera para ap ren d er a co n tro lar una co sa es p erm itír
sela y al m ism o tiem po m anejarla. Si m e la n ieg o pierdo el control de
ella. O ye, C ., es curioso que hayas ven id o co n tu herm ana.
P : ¿C óm o?
T: Es m uy curioso que hayas ven id o aco m p añ ad a sólo p o r tu h er
m ana.
P : H um m , porque m i padre le dijo a m i h erm an a que ten ía m ucho
trabajo y le pidió q ue m e acom pañara, y ella aceptó.
______________________ T: P ero no deja de ser interesante que
El t e r a p e u ta in v e s tig a lo s ejja ba a a c e p t ac}0 v e n i r y que h a y á is
e fe c t o s d e la r e e s tr u c tu r a - . . . .
c ió n o f r e c id a a la h e r m a n a v ia Ja d o ju n t a s .
P : Sí... adem ás todo ha ido bien, quiero
d ecir q u e no ha habido problem as.
T: ¿D e veras?
P : Y n o lo digo porque esté aq u í con ella. O tra co sa que pienso,
cuando p o r ejem plo tengo que ir al cum p leañ o s de una am iga, y por
el hech o de ten er que salir, m e digo: «T engo que salir así que voy a
com er»; y h asta ese d ía no com o, y luego e se d ía com o.
T: E xacto, pero tú com es m ucho m ás.
P : ¡Eh!
180
B ulim ia: fo rm ació n , p ersisten cia, c am b io
j : En cam bio ese d ía com es, com es, com es, pero sin p o d er co n tro
larlo. B ueno q u isiera v o lv er a la relación con tu herm ana, ¿las cosas
han cam biado?
P : Y a no d iscutim os.
T: ¿Y a no sois enem igas?
P: N o (m u eve la ca b eza ).
T: E ntonces la co n v ersació n de la últim a vez ha servido. B ien, bien,
¿no h a vuelto a ser ag resiv a contigo?
P : N o.
T: ¡Qué bien! ¿Y esto te alegra? ¿H as recu p erad o a la herm anita?
P: Sí.
T: ¿Y tus pad res han resp etad o lo que les h e ped id o o no?
P: M is padres, ex cepto anteayer, cuando recib iero n los análisis...
T: P o r eso m e llam aron.
P: R ecibieron los análisis y han dicho que tengo m uy p oco hierro.
T: Y potasio tam bién.
P: Sí, el potasio y todas esas cosas.
T: P ero era ev id en te, ¿no? ¿C uántos k ilos p o r d eb ajo del peso
norm al crees q u e p esas? S egún los criterio s de los d em ás, no los
tuyos.
P: N o lo sé, yo no m e veo n ad a flaca, es m ás creo q u e soy...
T: G orda.
P: N o, g orda no, p ero p o d ría ser m ás flaca.
T: Bien. Y ellos se h an asustado co n estas cosas, ¿verdad?
P: (a sien te)
T: ¿Y desde ayer h an vuelto a acosarte?
P : Sí, m i m adre ayer a la hora de cenar: «V en a la m esa, C., com e
esto, com e aquello».
T: L e he d icho a tu m adre que m e llam ara esta tard e desp u és de h a
berte visto, p ero yo le repetiré que hay que resp etar la regla de la ú lti
m a vez, hay que o b serv ar sin intervenir, ¿de acuerdo?
P : ...
______________________ T: T ienes que pensar en lo que te hem os
V o lv e r a p r o p o n e r la r e e s - s¡ e v jtas el ayuno p uedes apren-
t r u c t u r a c ió n d e l « m i e d o a l . . . . .
a y u n o » y la p r e s c r ip c ió n d e der a d om inar ,a situación, si ayunas
la transgresión pierdes el control.
P : C laro.
181
L as p risio n es d e la co m id a
Cu a r t a s e s ió n
T: V eo que has tom ado el sol, ¿dónde vivís hace m uch o calo r ya?
P: H ay sol.
T: ¿Pero el agua no está fría?
P: N o, n o m ucho.
---------------------------------- T: H um m , bueno, ¿y qué tal va todo?
R e d e f in ic ió n d e lo s e fe c t o s D u • * » a • r * j
, . P: He intentado seguir lo que usted m e
d e la s p r e s c r ip c io n e s e n
---------------------------------- dijo, y tengo que reco n o cer que los p ri
m eros días las cosas anduvieron m uy bien, salvo que yo siem pre ten
go la obsesió n de pesarm e, a cada m in u to m e peso. L os prim eros días
anduve bien, com ía siem pre, alm uerzo y cena, no m ucho, pero d es
p ués... un b uen d ía sentí el deseo de c o m er m uchísim o, todo el día,
m u chísim o, y al final del día m e dije: «M añ an a no debo com er», pero
vo lv í a co m e r m uchísim o.
T: ¿Te das cuenta? C uando dices «no d ebo», acabas haciéndolo.
P : Y ... d urante los prim eros días supe controlarm e, pero después no,
de hech o esta sem an a creo que he au m en tad o dos kilos.
T: ¿Y en los prim eros días te has p erm itid o alg ú n dulce fu era de las
com idas?
P : Sí, claro, p o r ejem plo hasta el pan que antes no com ía, lo he c o
m ido, he co m id o lo que m e gustaba. P ero no tenía que pen sar en esto,
una vez que em p iezo a com er, m e p o n g o a p en sar durante todo el día
182
B ulim ia: fo rm ació n , p ersisten c ia, c am b io
en la com ida, siem pre, no sé hacer otra cosa, pero pienso co n tin u a
m ente en la com ida, que no tengo que com er, que tengo que com er.
T: Y has dicho que has aum entado dos kilos esta sem ana. ¿Q ué rea c
ción te pro v o có esto, te asustó?
P: Sí.
T: ¿Y cóm o ocurrió? ¿Te has dado atracones?
P : (a s ie n te )
T: P o r q u erer controlarte, ¿verdad?
---------------------------------- P : (a sien te)
E l r e la to d e la p a c ie n te e s u ti - T . Est 0 te h a c e r un m ás en
liz a d o p a r a c o n f ir m a r e l « m íe - ,
lo <lue te he sugerido...
d o a l a y u n o » y la im p o r t a n c ia
d e la tr a n s g r e s ió n P- (a sien te)
T: ...es decir, que cad a vez que ayunas
en realid ad estás prep aran d o el atracón y que si deseas v erd ad era
m ente h allar un eq u ilib rio tienes que perm itirte lo necesario y tam
bién una transgresión m uy pequeña. Si no te p erm ites esto, acabas re
p itiéndolo cada vez m ás, tal com o ha ocurrido.
P: H um m , po r ejem plo, después de haber com ido norm alm ente, tenía
m iedo de engordar, pero todavía no hab ía engordado, entonces m e dije:
«N o, m añana no com o», y al día siguiente no co m í ni para el desayuno
ni para el alm uerzo, y después por la noche com í un poco, m uy poca en
salada, luego h acia las diez sentí esta necesidad... en fin, que term iné
com iendo m ucho m ás, pienso que fue porque no hab ía com ido.
C oT : Y que has asim ilado m ás aún porque d urante el d ía no habías
com ido.
P : Sí.
T: C om o trato de ex p licarte, cuando te das un atracón desp u és de un
ayuno, adem ás de darte un atracón, tu organism o es com o u n a planta
sedienta, lo absorbe todo, y p o r tanto lo asim ila, m ientras que si co
m es a intervalos regulares, sin d ejar d em asiado vacío tu estóm ago, la
asim ilación se reduce, y todo lo que no sirve q u ed a descartado. Pero
sólo si te p erm ites esto a ti m ism a, o a tu organism o. A hora trata de
entender, lo m ás im portante no es tanto el aspecto fisio ló g ico com o el
aspecto p sicológico, cad a vez que tu renuncias o te im pones que no lo
harás, resistes hasta que cedes, y entonces, com o suele decirse...
P : P ero una m añ an a m e dije... fui a un b ar con u n a co m p añ era antes
de en trar al colegio y c o m í un trozo de pizza, apenas em pecé a co
183
L as p risio n es de la co m id a
184
B ulim ia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
P: Sí, sí.
TV ¿N o te parece ex trañ o que con tan p oco se h ay a recu p erad o una
relación tan conflictiva?
P: H um m .
-------- ;--------- --------- :----- TV (ríe) L o m ism o suced e co n tu pro-
cambk)Ón P° SÍtiVa haC'a 81 blem a, basta con poco, pero h ay que ha-
---------------------------------- cerlo bien.
P : Q uisiera ser norm al, com o antes, cu ando no p en sab a en todo
esto...
TV Si nos h aces c aso e sto se h ará, así que, p o r favor, m iedo al ayuno,
porque cad a ayuno p rep ara el atracón, y tam bién m ied o a retardar,
com o cu an d o decías: «A h, podré co m er m uchísim o si m e adelanto
y m e abstengo». L os m ecan ism o s son dos: quiero com er, y entonces
m e freno y acabo d ándom e un atracón, siento que algo m e gusta, el
helado, y m e digo: «E s cierto, m e gusta p ero m e h ace m al», y en to n
ces ¿qué hago?, h ago un d ía de dieta y luego com o m u chísim o, esto
tam bién es un problem a. A nte todo, n osotros q u erem o s que ahora tú,
dentro de tu p eq u eñ a transgresión diaria, te acostu m b res a d isfru tar de
las cosas q u e m ás te g u stan y que aprecies su calidad, ¿de acuerdo?
P : H um m .
TV Y que tam bién incluyas en tu com ida diaria las co sas que te g u s
tan, no las co sas que p ara ti son buenas, ev itando las cosas que a tu
ju ic io son m alas.
P : Porque a v eces a lo m ejo r c om o estas cosas porque no m e hacen
engordar, y tam bién com o las otras cosas, al final com o las dos.
---------------------------------- TV E xacto, com es las dos y acabas m al,
P r e s c r i p c ió n para e v it a r lo s ahora tienes im ponerte esta
a y u n o s e in t r o d u c i r e n la a h - , ,, , . ,
regla. solo com o lo q u e m e gusta, si se
m e n ta c ió n la c o m id a q u e
m á s g u s ta que tiene m ás calorías com eré m enos,
pero tienes que co m er sólo lo que te gu s
ta. Si te lo p uedes perm itir, puedes renunciar a esto, si no, será irre-
nunciable. D e m an era que ahora tu relación con la co m id a tiene que
ser una relación agradable, com o tiene que ser, y p recisam en te p o r
que es agradable es posible m anejarla. Si quieres que se co n v ierta
en un ejercicio de control, pierdes el control. A sí que no lo olvides:
«Si te lo perm ites p o d rás ren u n ciar a esto, si no, será irrenunciable».
185
L as p risio n es de la co m id a
Q u in t a s e s ió n
186
r
^
Se x t a s e s ió n
187
L as p risio n e s d e la co m id a
188
B ulim ia: fo rm ació n , p ersisten cia, cam bio
tado m overm e un poco, nadar, siem pre dentro de cierto s lím ites, por
ejem plo sólo dos chap u zo n es p orque en seg u id a m e canso y... trato
siem pre de m an ten erm e ocupada.
C oT : ¿A sí es co m o ev itas p en sar en la com ida?
P : Sí.
T: Pues bien, estam o s m uy contentos contigo y querem os h acer el
siguiente experim ento: te darem os u n a cita p ara d entro de un m es,
respetando con firm eza las cosas que te hem os sugerido h asta ahora,
si quieres o b ten er orden trata de tener un pequeño deso rd en que m an
tiene el control. P or otro lado, com o hem os dicho, ev ita el ayuno,
porque el ayuno p ro v o ca el atracón. L a crecid a h a pasado, creem os
que ahora puedes eq u ilib rar el nivel del agua, o m ejo r dicho, de tu
ham bre, p o r debajo del lím ite del riesgo, ¿de acuerdo? N os vem os
d entro de un m es, pero estam os m uy con ten to s po r ti. A tu padre tam
bién se lo direm os.
■ ■ - ■
.
6
V O M I T I N G : F O R M A C IÓ N , P E R S I S T E N C I A , C A M B I O
E. C io r a n :
L a te n ta c ió n d e e x is tir
1. F O R M A C IÓ N Y P E R S IS T E N C IA D E L V O M IT IN G
Tal com o hem o s señalado, los trastornos alim entarios son trasto r
nos de evo lu ció n rápida, que se m ueven en la d irección de u n a v erd a
dera « especialización» tecnológica. Las jó v en es con una orientación
bulím ica o anoréxica acaban p o r descu b rir que cuando vom itan p u e
den m an ten er el control del propio peso sin ren u n ciar al p lacer de la
com ida, co n serv an d o de este m odo el peso algún k ilo p o r en cim a o
por debajo del peso norm al, y ev itando igualm ente todas las p reo cu
p aciones fam iliares y las presiones para que se alim en ten n o rm al
m ente. En los últim os años hem os asistido a u n au m ento considerable
de casos de vo m itin g con respecto a los trastornos m ás tradicionales
com o la an orexia o la bulim ia; baste pen sar que, en n u estra casuística,
de los 196 casos de trasto rn o s alim entarios, 123 son de vo m itin g .
P ese a que el trastorno que nosotros hem os d efin id o vo m itin g es
todavía clasificad o en los estudios esp ecializados (A P A , 1994) com o
u n a variante p articu lar de an orexia nerv io sa o de b u lim ia nerv io sa
(«S ubtipo co n conductas de elim inación» -v é a s e capítulo 1 -), de
nuestro trabajo de in vestigación em p írica se desprende que la e stru c
tu ra del trastorno y sobre todo el m odelo de p ercep ció n de la realidad
de las pacien tes vo m itad o ras es co m p letam ente distinto al de las p a
cientes anoréxicas y las p acien tes bulím icas. E n realid ad , la b u lim ia
(ingerir en g o rd an d o ) o la anorexia (in ten tar abstenerse p a ra ad elg a
zar) co n stitu y en la base del vo m itin g , pero u n a v ez que el trastorno se
191
L as p risio n e s de la co m id a
192
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten c ia, cam b io
194
V o m itin g : fo rm a ció n , p ersisten cia, cam bio
195
L as p risio n es de la co m id a
2. E L T R A T A M IE N T O D E L V O M IT IN G
2 .1 . E l p r o t o c o l o d e t r a t a m ie n t o d e l v o m it in g 1
1. A l ig u a l q u e c o n la b u lim ia , ta m b ié n p a ra e l v o m itin g se p re s e n ta rá u n p ro to c o lo ú n i
c o d e tra ta m ie n to , e sp e c ific á n d o s e d e n tro d e c a d a e s ta d io d e q u é m a n e ra se d ife re n c ia n
las m a n io b ra s s e g ú n las p a rtic u la re s v a ria n te s d e l tra s to rn o q u e so n c o n sid e ra d a s .
196
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
197
L as p risio n es d e la co m id a
1. E s ta p re s c rip c ió n e s g e n e ra lm e n te d a d a a la m a d re , p u e s to q u e é s ta , e n la m a y o ría
d e lo s c a s o s , re s u lta s e r e l m ie m b ro d e la f a m ilia m á s im p lic a d o e n la c o n s e rv a c ió n d el
tra s to rn o , la « c ó m p lic e » p rin c ip a l d e la h ija.
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
199
L as p risio n es d e la co m id a i
has v om itado estás bien, te sientes liberada, relajada. O ye, pero esta
secu en cia ¿qué te recuerda? ¿C uál es la o tra actividad vital de los se
res hum anos y los anim ales que co m ien za con un activarse, una su er
te de im pulso irrefrenable, seguido p o r u n a fase de consum ación y
luego p o r la fase de descarg a y relajam ien to ?» .
U n a vez que el terapeuta ha co n seg u id o que la jo v en reconsidere
la an alo g ía entre las dos secuencias, le propone la fa n ta s ía de la se
x u a lid a d in co n ten ib le, citada ya a p ropósito de las p acientes bulím i-
cas, a cuyo protocolo rem itim os p ara la d escripción d etallad a de esa
m aniobra. T am bién con las transgresoras inconscientes esta reestru c
turación blo q u ea in m ediatam ente la c o m p u lsió n sintom ática, puesto
que la sim ple id ea de p o d er h acer algo tan p erv erso co n v ierte a la se
cuencia, agradable hasta ese m om ento, en desag rad ab le y v erg o n zo
sa (siguiendo la h u ella de la an tig u a estratag em a ch in a « azo tar la
h ierb a para esp an tar a las serpientes»).
200
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten c ia, c am b io
201
L as p risio n es d e la co m id a
U na vez d esb lo q u ead a la sintom atología, con las pacien tes vom i-
tadoras tam bién, al igual que co n las p acientes an oréxicas y las p a
cientes bulím icas, es im portante en señ ar el p e q u e ñ o d e so rd e n q u e
m a n tien e el ord en y prescrib ir u n a p e q u e ñ a tra n sg re sió n a lim en ta ria
diaria. Y en cuanto a la dim en sió n relacional, las v om itadoras, una
vez liberadas de su com pulsión, suelen estar en d isp o sició n de refor
m ar una v ida social norm al sin m ayores dificultades. B astará con que
203
L as p risio n es de la co m id a
204
V o m itin g : fo rm a ció n , p ersisten c ia, cam b io
205
L as p risio n es de la co m id a
3. LO S C A S O S C O M P L E JO S
1. M a n io b ra s c a p a c e s d e in c id ir d e c is iv a m e n te e n la ru p tu ra d el s is te m a p e rc e p tiv o -
r e a c tiv o p a tó g e n o , e s d e c ir la p ro v o c a c ió n d e l c o m e r-v o m ita r c o m o p e rv e rs ió n e ró ti
c a , la té c n ic a d e l in te rv a lo y la a m p lific a c ió n d e la b ú s q u e d a d e l p lac er.
206
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
Pr im e r a s e s ió n
207
Las p risio n es de la co m id a
209
L as p risio n es d e la co m id a 1
210
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten cia, c am b io
211
L as p risio n e s de la co m id a
212
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten c ia, cam b io
213
L as p risio n es d e la co m id a
214
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten c ia, cam bio
215
L as p risio n es de la co m id a
Se g u n d a s e s ió n
216
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten c ia, cam b io
217
L as p risio n es d e la co m id a i
218
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten c ia, cam b io
219
L as p risio n e s d e la co m id a
2 20
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten c ia, cam b io
P : ¿Y no es lo m ism o?
T: E stoy seguro. L e he p reguntado: ¿quiere hacerlo?
P: Sí.
T: Bien. V eam os có m o se las arregla. Y sobre todo pen sem o s en la
cuestión eró tica (pausa). Y escriba las cartas. ¿D e acuerdo? N os v e
m os el m iércoles.
Ter c e r a s e s ió n
221
L as p risio n es d e la co m id a
T: ...E xcesiva.
P : Un huevo g igantesco (ríe).
T: ¡Fantástico! ¡Qué productividad! H em os dicho, ¿no?, que usted
es una p ersona ex trem adam ente sensual y carg ad a de erotism o (ríe).
¿Se d a cuenta? Se ha d esatado un tem poral horm onal, una ovulación
(ríe).
P : N o sé. D ios m ío (ríe).
T: ¿Se da cuenta? T enem os tam bién el referente fisiológico, si q u e
rem os ser sim páticos (ríe).
P : P o d ría ser, no lo sé, ¿eh? N o lo sé, pero... he estado m al. A hora...
— — ------------------ T: B ien. ¿Y las cosas qué tal?
R e s u m e n d e la s e m a n a „ „ u ,, , , ,
---------------------------------- P : P ues... Y o estuve aquí el m iercoles,
de m an era que el único día que he hecho porquerías ha sido el sá
bado.
T: A h, un d ía solo. ¿Y cóm o lo ha hecho?
P : H e pro b ad o un poco, adem ás p o rq u e usted m e h ab ía dicho cóm o
tenía que h acer y yo he q uerido probar.
T: ¿A l cab o de u n a hora?
P : Sí, al cabo de una hora.
T : ¡Ah! ¿H a esperado una hora?
P : P ero no es una cosa, realm ente...
T : ¿Q ué significa «no es una cosa»?
P : Q u iero decir... en el sentido de que... entonces, yo m e o rg an iza
ba m is atracones así, en el sentido de que tenía tragar todo lo q ue p o
día, p ara después p o d er v o m itarlo inm ediatam ente.
T: H um m (g esto d e a sen tim ien to ).
P: E se era el p lacer que en co n trab a en todo este asunto. T en er toda
esa can tid ad , ya que obviam ente no sabía que estaba tan... que habría
estado tan m al, entonces ten er to d o eso adentro durante una h o ra ha
sido u n a tortura, ha sido realm ente dolo ro so para el físico, el estó m a
go no aguantaba, m e sentía realm en te m al. Y luego... pues luego m e
sentí... no m e sen tí m uy bien, así q u e no puedo decir que ahora haya
resu elto m is p roblem as porque no es así. H e tenido una sem ana en la
que no he estad o bien, he tenido m u ch a fiebre, m e ha dolido siem pre
el abdom en, a lo m ejo r fue p o r esto que tuve e stos d ías organizados.
T: A h, bien, p ero la sem ana pasad a tam poco.
P : L a sem ana pasad a tam poco.
222
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten c ia, c a m b io
223
L as p risio n es de la co m id a
224
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten c ia, cam b io
ría liberarm e finalm ente de esa co sa absurda, luego las otras veces he
notado que después...
T: Porque usted durante el día lo ha hecho en varias ocasiones, ¿verdad?
P : E m pecé p o r la tarde y h asta la noche.
T: Bien.
P : D igam os que a p artir de las 14:30. D espués de la prim era vez,
noté que las otras veces el im pulso no era tan fuerte, era co m o si m e
olvidara un poco.
T: Ah.
P : C om o le he dicho, o la cosa se hace en seg u id a o no se hace m ás,
es un poco así. A lo m ejor porque estab a m irando un p oco la tele o
estaba leyendo alguna o tra cosa, y entonces m e olvidaba.
---------------------------------- T: E stá bien. E stá bien. Pues, q u iero que
P r im e r a p r e s c r ip c ió n : s e g u ir . . . ,
Cu a r t a s e s ió n
225
L as p risio n es de la co m id a
Pr im e r a s e s ió n 1
1. P = P a c ie n te ; T = T e ra p e u ta ; C o T = C o te ra p e u ta ; M = M a rid o .
226
V o m i ti n g : f o r m a c ió n , p e r s i s t e n c i a , c a m b i o
227
L as p risio n es de la co m id a
228
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
(T odos ríen)
229
L as p risio n es d e la c o m id a
230
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten c ia, cam b io
(E l m a rid o se retira )
231
L as p risio n es de la co m id a
232
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten c ia, cam b io
233
L as p risio n es de la co m id a
P: E s cierto.
T: P o rq u e usted quiere c o n serv ar a su am ante secreto.
P : Es cierto.
Se g u n d a s e s ió n
C o T : ¿C óm o ha ido todo?
P : H e hech o cad a m añ an a m i p eq u eñ o ejercicio. M e h a servido p ara
p en sar m ás en el p ro b lem a que tengo.
T: H ablem os de eso.
P: P orque yo antes, incluso cuando salí
R e d e fin ic ió n d e lo s e fe c t o s
de aquí, pensaba: « N unca pienso en mi
d e la fa n t a s ía d e l m ila g r o
problem a». S alvo esos m om entos, no es
que m e p o n g a en esa situación. P ero ah o ra cad a m añana, al d ecir esa
frase, p en sab a en el trabajo, en la niña, en el m atrim onio, las cosas de
siem pre.
T: L a frase sería: «¿Si saliera de aq u í y “p a f” , com o p o r arte de m a
gia...?».
P : Sí. ¿E n qué pensaría? ¿D e qué ten d ría que preocuparm e?
T: ¿Y qué ha surgido?
P : L o prim ero que pensé fue en los p ro b lem as con la niña, lo de
siem pre: si está bien, si está m al, si com e, p ienso lo que piensan todas
las m adres. D espués el m atrim onio, el trabajo...
T: ¿T odo esto?
234
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten c ia, cam b io
P: Sí.
T: ¿L ograbas p ro y ectarte m ás allá del problem a?
P: N o entiendo.
T: ¿L ograbas im ag in ar la m agia? «Paf»... y el p ro b lem a dejab a de
existir.
P : No.
T: Bien.
P : N o, en realidad no he p en sad o n u n ca en ella. Sin em b arg o y a lo
he dicho... no m e doy cuenta.
T: ¿N o sentías?
P: N o.
---------------------------------- T: B ien, b i e n ...; Su m adre le h a pedido
R e d e f in ic io n de lo s e f e c t o s . . . 9
d e la lis ta d e a li m e n to s p a r a a ,ls ta -
la m a d r e ?•' S í , p o b r e .
T: ¡Sí, pobre! H ablem os del tem a.
P: A m i m adre, sólo le faltab a u n a hija tan idiota (rien d o ).
T: ¿Q ué efecto le h acía la lista que tu m adre pidió?
P: E lla m e p reg u n tab a p o r la m añana: «¿Q ué quieres co m er y v o m i
tar?».
T: Y tú le d abas la lista.
P: M e d a risa porque e lla adem ás m e lo p reg u n tab a brom ean d o . N o
es que h iciera una tragedia p o r la m añana. L legaba a casa y m e e n
contraba con la nota.
T: ¿Q ué has pedido? ¿C uál h a sido tu m enú? ¿V ariado?
P: Sí, variado. P ed ía cu alq u ier cosa.
T: ¿Q ué pedías en general?
P: N ada de extrao rd in ario , un biquini o dos em p ared ad o s, pero no
especificaba la can tid ad , de eso se encarg ab a ella.
T: T ienes que ser m ás precisa. E n el m enú hay que d ecir tam bién
cuánto se quiere.
P : Sólo lo he dicho dos veces: «¿M e h aces dos h u ev o s?» y en otra
ocasión dos em p ared ad o s, después n i siquiera m e los he com ido.
T: ¿Por qué no te los has com ido?
P : P orque llegué n erv io sa a casa y n i siq u iera pude com er.
T: ¿D e veras?
P: Sólo dos veces.
T: Es decir: dos v eces en que no has com ido y vom itado.
235
L as p risio n e s de la co m id a 1
236
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
237
L as p risio n es d e la co m id a
238
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
239
L as p risio n es de la co m id a
m itar. T ienes que ser precisa con la c an tid ad ¿de acuerdo? C om o las
p orquerías las encontrarás, no n ecesitarás ir a buscarlas. L as tendrás
con la n o ta de siem pre. P uedes co m er y vom itar, puedes com erlas y
no v om itarlas, puedes n o com erlas... es tu problem a. ¿D e acuerdo?
P : E stá bien.
------------------- -— ---------- T: O tro pequeño deber particular. P or la
S e g u n d a p r e s c r ip c ió n , « c o - m a^ ana c u a n c j 0 piensas en la fantasía,
m o s i» e l p r o b le m a n o e x is t ie - r
hazte una Pregunta m as concreta: «¿Q ué
ra ; u n a p e q u e ñ a c o s a a l d ía
haría hoy de diferente con respecto a lo
que hago usualm ente si no tuviera el problem a de com er y vom itar,
com o si ya no existiera? ¿C óm o organizaría m i jo m ad a? ¿Q ué haría de
distinto?». De las cosas que se te ocurran, ¿qué harías de diferente com o
si el problem a no existiera?, escoge la co sa m ás pequeña, la m ás insig
nificante y ponía en práctica. T iene que ser una cosa distinta cada día.
P : Es difícil.
T: U n a peq u eñ a co sa al día com o si el p ro b lem a ya no existiera.
P : ¿Y tengo que hacerla?
T: L a tien es que h acer distin ta cad a día. T rae la lista, ¿de acuerdo?
P : Es difícil, no sé si conseguiré hacerlo.
T: Q uién sabe. Q uién sabe si eres lo su ficien tem en te capaz.
P : Y a verem os.
Ter c er a s e s ió n
2 40
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten c ia, cam b io
241
L as p risio n es de la co m id a
m al. N o tenía que h ab er com ido todas esas cosas. M e hab ía cuidado
d urante toda la sem ana y ju sto ese día...
T: D espués de este episodio, ¿durante la sem ana te portaste bien?
P : Sí.
T: ¿H aces un esfuerzo p ara «portarte b ien» o es algo natural?
P : E sta sem ana estuve obligaba, p o rq u e m e salté com idas, tuve que
llevar a la niña al hospital y toda una serie de cosas.
T: De lo contrario, ¿lo habrías hecho?
P : N o creo, n o estaba de hum or, aunque tam p o co estaba deprim ida.
T: ¿Y la sem an a pasad a h abías tenido q u e esfo rzarte o era natural?
P : N o, p o rq u e en lu g ar de co m er hice otras cosas: p lan tar flores,
lim p iar las ventanas...
T: ¿Y esto para ti indica una m ejo ría o no?
P : Para m í, sí. M e ha sorprendido porque estab a allí esperando...
Las otras veces estaba m ás decidida: voy al baño, m e m eto la m ano
en la b o ca y en un segundo está hecho. En cam b io ese día m e di c u en
ta de que estab a perdiendo el tiem po fum ando un cigarrillo...
T: ¿P ara ti la m ejoría m ás im portante es este ep iso d io de no haber
corrido en seg u id a a v o m itar después de darte el atracón, o de h ab er
sido capaz de co m er poco durante la sem ana y no h ab er pasado el lí
m ite?
P : Para m í la m ejo ría ha sido la de p o d er controlarm e hasta cierto
p u nto con la com ida.
T: ¿D isfru tan d o de lo que com ías?
P : Sí, porque tenía ham bre.
T: ¿H as disfrutado de lo que com ías porque tenías la co m id a p rep a
rada?
P : Sí, y había todo lo que a m í m e gusta.
T: ¿Q ué -«porquerías» había? ¿H as hech o la lista?
P : Sí, ¿os la m uestro?
T: Sí, tenem os curiosidad. (E l T. lee): em p ared ad o s, p asta al h o m o ,
etc.
C o l : P ero esto no son «porquerías». Son co sas m uy apetitosas.
P : Los em p ared ad o s tenían m ucha m ayonesa.
T: (co n tin ú a leyen d o ) B iquini, budín, canelones... ¡Estas son las po r
querías! ¿Y las personas que te ro d ean han notad o este cam bio?
P : En realidad no m e han preguntado...
242
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten cia, c am b io
243
L as p risio n es de la co m id a
C u a r t a s e s ió n
244
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten c ia, cam b io
245
L as p risio n es d e la co m id a
246
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
247
L as p risio n es d e la co m id a
T: Q u ería d ecir que estoy co ntento p o r com o van las cosas pero no
m e ilusiono, soy o p tim ista pero sin ilusiones.
Q u in t a s e s ió n
C o T : ¿C óm o te ha ido?
P : N o so tro s tam b ién nos engripam os. H e hech o todo lo que m e ha
dicho.
T: ¿D os horas?
P : Sí, dos horas. U n a vez. N o he v o m i
R e d e f in ic ió n d e lo s e fe c t o s
tado nada, no salía, ya había digerido.
d e l in t e r v a lo e n tr e c o m e r y
v o m it a r
T: ¿U na sola vez? A sí que en quince
días has ido a v o m itar una sola vez; has
esp erad o dos horas y luego no has podido.
P : No.
T: ¿Y q ué efecto te produjo?
P : M e m olestó, porque no co n seg u í liberarm e de todo lo que había
com ido.
C o T : ¿T e h abías dado un buen atracón?
I
P : N o, no era algo exagerado, pero eran cosas con m uchas calorías.
T: ¿Q ué era?
P: A vellanas... ¿quiere la lista?
T: V eam os... ¿esto cuándo ocurrió? ¿El dom ingo?
P: N o, el lunes.
T: ¿H em os cam b iad o de día?
P: Sí.
C o T : ¿H as hecho la lista de las peq u eñ as cosas com o si el p roblem a
no existiera?
P : Sí.
T: Sí, está escrito, m uy bien, (el T. lee): visita a una am iga, de co m
pras con la niña, etc. ¿Q ué ocurrió p recisam en te el lunes? ¿C óm o
em pezaste?
P : R egresé n orm alm ente a casa del trabajo. Y luego estab a ah í sola,
no tenía ganas de hacer nada en casa. M e qued é sin h acer nada. D es
pués de co m er m e m etí yo tam b ién en la cam a y puse el despertador.
A las dos horas fui.
248
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
249
L as p risio n es de ia co m id a
250
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
próxim a vez que nos veam os, adem ás de lo que co m es usualm ente,
te perm itas una pequeña, m uy pequeña, tran sg resió n alim en ticia al
día, p o r ejem plo una cho co latin a, una galleta...
P : E s lo que h ag o siem pre.
T: Q uerem os que sea fu era de lo que com es usualm ente, y querem os
---------------------------------- que la anotes. D e m an era que: «Si m e lo
R e e s tr u c tu r a c ió n a t r a v é s d e l ¡t 0 do r e n u n c ia r a e s t0 , s i n o ,
a fo r is m o , . . ,, , - •
---------------------------------- sera irrenunciable»... el atracón... Y si
llega el atracón espera tres horas antes de ir a vom itar. Puedes d ecidir
si vom itar o no.
P : ¿Puedo d ecidir esta vez?
T: Sí, lo que no puedes decid ir es hacer ayuno. ¿D e acuerdo? A quí
tam bién: «Si m e lo perm ito puedo renunciar a esto, si no, será irre-
nunciable». T am bién es posible perm itirse un atracón de vez en
cuando.
P : Sí, lo sé, pero...
T: ¿Pero?
P : Y o no puedo.
T: ¿C óm o que tú no puedes?
P : M e m olesta.
T: ¿Por qué te m olesta?
P : M e m olesta porque tengo m iedo de eng o rd ar y adem ás m e m o
lesta sentirm e hinchada. Y yo con beber dos vasos de agua ya me
siento hinchada.
T: E s inútil que te explique lo que conoces m ejor que yo, o sea que si
una persona m antiene un orden alim entario eq uilibrado d urante la se
m ana, si hace una transgresión una vez a la sem ana...
P : C laro, no sucede nada.
T: E s inútil que te lo repita. El problem a está relacionado con las
asociaciones m entales que realizas entre el estóm ago lleno y el sen
tirte inm ediatam ente una «una bola de g rasa asquerosa». Es co m o si
cada atracón te transform ara en una asquerosa bola de grasa.
P : M ás o m enos.
T: T ienes que cam b iar de idea. Puedes perm itirte el atracón. V om ita
tres horas m ás tarde. Puedes eleg ir entre vom itar y no vom itar, pero
puedes m antener una alim entación regular con una pequeña trans
gresión diaria.
251
L as p risio n es de la co m id a
Se x t a s e s ió n
C oT : ¿Q ué tal?
;----- - ------ P : N o he v o m itad o ni una vez.
R e d e fim c io n de lo s e fe c to s _
d e la s m a n io b r a s -
P : T am p o co he p uesto el despertador.
C o T : ¿N ingún atracón?
P : N o, m e he co n tro lad o siem pre.
C o T : ¿Y la peq u eñ a transgresión?
P : Sí, lo he apuntado.
T: (lee) D os albóndigas con pan y m ayonesa...
P: E staba en plen a crisis de hipoglucem ia.
T: D espués bo cad illo de crem a de avellanas, galletas, chocolate...
P: N unca he ayunado, siem pre he co m id o p equeñas cantidades, m e
he reg u lad o de este m odo.
= -— ■
— :---------- ¡------- :— — T: L o has hech o m uy bien. A dem ás las
F e lic ita c io n e s a la p a c ie n te , . ,
p o r la c a p a c id a d d e m o s tr a d a c o s a s P o r h a c e r < < c o m o S1>>: l a s a l l d a c o n
L isa, la lim p ieza de casa... ¡M uy bien!
S iem pre dos al día.
P : Incluso m ás de dos al día.
T: Bien. D im e, ¿qué significa eso que nos señalas en tu evaluación?
252
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten c ia, cam b io
253
L as p risio n es d e la co m id a
254
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten c ia, cam b io
255
L as p risio n es de la co m id a
Pr im e r a s e s ió n 1
T: U sted viene de M.
P: (a sien te)
T: U sted ha v isitado al doctor..., ¿verdad?
P : Sí.
T: Bien, yo he recibido por supuesto inform ación sobre el caso, pero...
P : ¡O bviam ente!
T: P ero, com o suele hacerse siem pre en estos casos, harem os com o
si no supiéram os nada, porque ésa es u n a perspectiva, pero nosotros
q uerem os ten er otra, ¿de acuerdo?
P : Sí, está claro, algo puedo explicarles.
T: ¿C uál es la situación entonces?
P : La situación es... antes de nada q u ería decirle que m e en cantó e s
cucharle el ju ev e s en M .
T: O h, gracias.
P : H e asistido aco n sejad a p o r el doctor..., y q u isiera d ecir que con
resp ecto a los p roblem as que usted presen tó aq u ella noche sobre la
anorexia, la b u lim ia y el vo m itin g , yo no sab ría dónde colocarm e
ex actam en te, porque hay algunas p articu larid ad es, algunos m atices
que prácticam ente p ertenecen a m i caso, y digam os que tengo largos
p eriodos forzados de... d igam os de ab sten ció n de la co m id a y m e lan
zo sobre las cosas para co m er y luego vom ito, éste es un problem a
que m e crea m uchas d escom pensaciones, no consigo en ten d er el m o
tivo de este p ro b lem a que arrastro ya desde hace m uchos años, casi
diez, y no hay nada que hacer, o sea que siem pre he intentado huir del
p ro b lem a pero sin éxito, es d ecir ev itarlo , qu ed arm e fuera de noche,
pero no consigo evitarlo.
----------- i---------------------- T: B ien, lo que a m í m e interesa antes
A n á l is is d e la s s o lu c io n e s e n - , > * i
que nos centrem os en el presente es lo
sayadas
---------------------------------- siguiente: yo obviam en te he obtenido
del doctor... algunas perspectivas con resp ecto al trabajo que ustedes
realizaro n ju n to s, ahora a m í m e interesaría ten er su perspectiva con
resp ecto al trabajo, cuánto han m ejorado las cosas, si han m ejorado,
cuánto han em peorado, si han em peorado.
1. P = P a c ie n te ; T = T e ra p e u ta ; C o T = C o te ra p e u ta .
256
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten c ia, c a m b io
257
L as p risio n es d e la com ida
258
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
P : C asi veintiocho.
T: B ien, bien, de m an era que vuelves a casa de noche...
P : C laro, y en to n ces p aso de un am biente en que se exige una m ayor
capacidad de co m prensión, rápida, donde tengo q u e estar a la altura
de las circu n stan cias, tengo que en ten d er todos los problem as; un am
biente en el que parecería que tuviera que tratar co n perso n as obtusas,
y m e enfado con ellos, m e p o ngo nerv io sa y todo acaba siem pre de la
m ism a m anera.
T: E stá bien.
P : Q uiero d ecir que em p iezo a com er, no es que m e dé un atracón,
com o no rm alm en te, al m enos eso creo, pero desp u és vom ito, no
quiero n ad a m ás.
T: ¿Te o curre alg u n a vez d urante el d ía que com es y no vom itas?
P : Sí.
T: ¿C uándo?
P : D e vez en cuando, digam os que en algunos m o m en to s siento que
no tengo fuerzas, entonces com o algo, pero luego tengo co m p ro m i
sos, tengo que v er a alguien, una cita, y com o ya no tengo el tiem po
m aterial, entonces...
T: ¿El tiem po m aterial p ara h acer qué, vom itar? ¿E n ese caso lo h a
rías?
P : N o, pero hay otras ocasiones en las que vivo la jo m a d a de otra
m anera, no sé, m ás tranquila, m ás... no sé cóm o decirlo, tengo satis
facciones personales, y a lo m ejo r incluso tam bién con las cosas m ás
insignificantes, las cosas ínfim as que co n stitu y en m i jo m a d a , y en
este caso...
T: ¿S ignifica que eres u n a p ersona que se en tu siasm a tan ráp id a
m ente com o se deprim e?
P : Sí, pero estab a d iciendo que no soy tan sensible a los elogios, los
elogios n o m e im portan tanto, las críticas m e afectan m ás, a veces m e
las co n stru y o yo m ism a, hago todo un trabajo h acia afuera y luego
m e destruyo interiorm ente...
T: ¿Y cóm o pasas el día cuando no trabajas o d iscutes con tus p a
dres?
P : T engo una actividad en el m useo cercano al pueblo donde vivo,
voy y ayudo a p o n er orden.
T: ¿U n m useo de qué?
259
L as p risio n es d e la c o m id a
2 60
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten c ia, cam b io
261
L as p risio n es de la co m id a 1
262
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten cia, c am b io
263
L as p risio n es d e la co m id a
264
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
Se g u n d a s e s ió n
265
L as p risio n es d e la co m id a 1
266
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten cia, cam bio
267
L as p risio n es d e la co m id a
dirá: « E stá loca». Sin em bargo, si lo rep etim o s un cierto núm ero de
v eces se convierte en un p lacer tan intenso, q u e visto desde fu era pa
rece u n a asquerosidad, repetido...
P : L o sé.
T: E ntonces qu izá podrías co n stru ir algo así co n ese señor que es un
listillo. P ero siento cu rio sid ad p o r sab er si cuando has hecho tu en
cuentro n o ctu rn o con el co m er y v o m itar los h as vivido con m ay o r
intensidad, si ha sido m ás agradable, com pulsivo, irrefrenable.
P : D éjem e pensar. C reo que h a sido m ás un desahogo, quiero decir...
T: N o lo po d ías controlar, ¿verdad? E ra algo irrefrenable.
P : N o, en absoluto, cuanto m ás p rocuro co n tro lar esto -c o m o y lu e
go m e digo: «E sperem os, v e a m o s» -, m ás co m ien zo a... es que m e
nace de dentro, quiero d ecir que yo he intentado h acer lo que usted
h ab ía señalado en aquel congreso en M ., esp erar cad a noche cinco
m inutos, y así cada vez m ás...
T: ¿P or qué siem pre q uieres hacerlo sola?
P : N o, no, yo m e dije: « Intentém oslo», p ero luego n o lo consigo.
T: E s d em asiado fuerte. B ien, e stá bien.
P : M e siento u n p oco com o un cob ay a, sólo un poco.
T: N o so tro s dos tam bién som os unos cobayas, pues nos estás p o
n ien d o a prueba, ¿no?
P : P ero yo...
T: Y esto te g u sta p orque quieres ten er siem p re todo bajo control,
¿no es cierto ? Si pierdes el control, ap arece u n a crisis.
P : E xacto, de h echo ahora tam poco esto y tranquila.
T: Y a lo creo, pero adem ás esto es...
P : E l precio q u e hay que pagar.
---------------------------------- T: . ..U na de las cosas fundam entales que
E x p lic a c ió n ló g i c a 1 d e la d i- . ^ .. . . ,
_________ i __
n a m ic a q u e m a n tie n e e l p r o -
m antienen tu vproblem a; tu exigencia
&
de
blema tenerlo todo bajo control, pero com o esto
es im posible p ara cualquiera, te has co n s
truido u n a situación en la que puedes perm itírtelo todo sin involucrar a
268
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten c ia, cam b io
otras personas, que es lo que m ás tem es, dado que ya has pagado una
vez en tu v ida im plicándote personalm ente y no sabes cóm o m anejarlo.
P : N o m e fío de nadie.
---------------------------------- T: Y así te paseas siem pre con u n a ar-
R e e s tr u c tu r a c ió n m e d ia n te „ ,
. . . . .. m a d u ra ,
u n a im a g e n m e ta fó r ic a [la a r - _ ,
madura] P : Q ue adem as es bastan te pesada.
T: Y no v ay a a ser que alguien entre
dentro de ella, p orque adem ás eres de u n a fragilidad... Incluso uno
puede ab u sar de ti, bajo cu alq u ier punto de vista, ¿no?
P : (asiente).
T: B ien, bien.
P : P odría d ejar de rep etir siem pre «bien, bien», si no lo hace...
T: ¿Y a ti q u é se te ocurre?
C oT : M e g u staría sab er si estás disp u esta a ex p licar un poco si el d e
sorden que lo g ra c rear este m om ento de co m p leta im plicación física
y em otiva está tam b ién v inculado a u n a em oción... la sensación que
tienes, u n a v ez que has efectuado tu gesto, de sentirte m ás tranquila,
es un desahogo, has d icho tú. L a otra vez nos co n taste que te habías
acostado d espués de vom itar...
P : Sí, p o rq u e m e quedo sin fuerzas, sobre todo sin fuerzas físicas.
C oT : Te agotas, te q uedas sin fuerzas, porque vives intensam ente tu
cuerpo, pues creo que al v o m itar ex perim entas u n a contracció n física
m uy fuerte. B ien, ¿y en qué m edida estarías d isp u esta a traslad ar este
desorden a otros sectores o contextos?
P : ¿Se refiere a que m e suelte?
C oT : N o, no a que te sueltes, creo que es d em asiado pronto, no hay
que p recip itar las cosas.
P : N o he en ten d id o la pregunta.
C oT : P orque to d av ía no la he hecho. M e estoy preguntando, después
q u isiera que m e dieras u n a respuesta, sobre esta situación que estás
evalu an d o tam b ién desde un punto de v ista profesional, cam b iar sig
nifica en trar en u n a situación con un nuevo control, ap ren d er a co n
trolar u n a n u ev a situación, pero te faltan variables, n o sabes bien cu á
les serán las v ariab les que tendrás que co n tro lar y n o sabes si serás
capaz de co n tro larlas, ¿entendido? Y toda esta indecisión aum enta la
tensión que arrastras de noche y que descargas a trav és del vóm ito,
¿no es cierto ? E stam o s entrando en el ju eg o , h ab íam o s co nseguido un
269
L as p risio n es de la co m id a
270
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten c ia, cam b io
T: D e acuerdo, pero en este caso la arm adura está rep resen tad a por
tu ritual y p o r tu form a de ev itar las situaciones en las que podría p ro
ducirse. P ero este m ied o significa que p ro b ab lem en te, de una m anera
física, estarías m uy d isp u esta a esto.
P : C laro.
T: E stá bien, entonces tú desconfías sobre todo de ti m ism a.
P : Sí, p orque no m e gusto.
T: ¿Q ué no te g u sta de ti? ¿T u tendencia a ser un p oco dem asiado
sensitiva?
P : Sí.
T: ¿Tu ten d en cia que hace que en ti p rev alezcan las sensaciones so
bre el raciocinio?
P : H um m , sí tam bién, pero es sobre todo... es m i m ied o a traslucir
lo que tengo dentro, y trato de com p en sarlo dando u n a im agen ex te
rior que, sin em b arg o , n u n ca m e satisface, es co m o un círculo.
T: C laro, p ero eso que llevas dentro y que tem es que los otros vean,
¿qué es?
P : Son m is sentim ientos, m is ideas.
T: ¿T us sentim ientos? ¿En qué sentido?
P : M is ideas en general.
T: T us ideas, seguim os en la esfera del pen sam ien to , en cam bio yo
creo que tu m ay o r p ro b lem a tiene que ver con las em ociones y las
sensaciones, no con el pensam iento; de p en sam ien to estás m uy bien.
P : ¿Es decir...? N o...
T: Q ue eres m u y capaz para m an ejar tu pen sam ien to , p ara p lan ificar
las cosas y organizarías, es m i im presión, que tú m e con firm as c u an
do dices: «Si se p ro d u jera el sortilegio y m e q u itaran la arm adura,
---------------------------------- tendría m iedo de que alguien abusara
R e e s t r u c t u r a c ió n m e d ia n t e ■_ _
con m i cuerpo», pero esto significa que
im á g e n e s m e ta fó r ic a s [e l
h a d a y la b r u ja ]_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
estarías d ispuesta a d ejarlo ab u sar y sig
nifica tam bién que tem es tus reacciones,
tus inclinaciones, así que si he entendido bien, dentro de ti hay dos
tendencias opuestas: una tendencia m ás bien fuerte, m uy profunda,
h acia las em o cio n es intensas, las sensaciones y las transgresiones, y
una ten d en cia o p u esta h acia lo im pecable, a ser co m o un hada, ¿en
tiendes? Y así, la arm ad u ra sirve para ten er en cerrad a a la bruja, de
m an era que d entro de ti hay un h ad a y u n a bruja que luchan, y tú tie
271
L as p risio n es de la co m id a I
nes m u ch o m ied o de esta bruja, que no es o tra sino tú. D e m anera que
no te fías porque no te fías de ti.
---------------------------------- P : (a sien te)
R e e s t r u c tu r a c i ó n m e d ia n te e l ~ „
aforismo ¿Sabes u n a cosa? C uando oigo esto,
---------------------------------- siem pre m e acuerdo de un aforism o que
dice así: «Si te lo perm ites puedes ren u n ciar a esto, si no, será irre-
nunciable».
P : L o conozco...
T: E n el sentido de que nadie está diciendo que tienes que volverte
lujuriosa, d ar efectivam ente espacio a la bruja, p ero hasta que no lo
gres h acer que el hada y la bru ja sean cóm plices dentro de ti, serás
m ucho m ás v íctim a de la bruja de lo que crees, y te condicionará m u
cho m ás de lo que crees.
P : C laro, eso lo he entendido, pero no sé qué hacer.
T: B ueno, estás aquí para eso, estam os trabajando, m ientras tanto...
—— :------- -— - — -— -— P: Y o sé que ex iste este contraste.
U lte r io r e x p lic a c ió n d e c o m o „ „ , , ,, , .
la p e r s is t e n c ia d e l p r o b le m aT: P ero h ° y nos has traído una realidad
e s a je n a al c o n f l i c t o c o n lo s co m p letam en te d istin ta a l a de hace
p a d re s quince días, hem o s elim inado l a idea de
una p ato lo g ía fam iliar que, si h a existido
o si existe, h a ten id o influencia en los años anteriores, pero ahora ya
no tiene in flu en cia alguna en la p ersisten cia de tu problem a.
P : D e acuerdo, pero cada vez que hablo con m is padres, m e irrito
igualm ente.
T: P ero eso es algo evidente, n ecesitas en co n trar otro enem igo al que
com batir, p ara no co m b atir con éste del que estás m ucho m ás asu sta
da. S om os especialistas en co n stru im o s estos autoengaños, ¿en tien
des?, d esv iar la atención h acia una co sa m enos d o lo ro sa que la m ás
dolorosa, y de este m odo la escondes. P ero hoy hem o s identificado
dónde se en cu en tra el problem a, y tenem os que trab ajar con él.
---------------------------------- P: (a sien te)
P r im e r a p r e s c r ip c ió n : « c o m o ^ n u- m j
... T: Pues bien, nosotros solo querem os de
s i» : u n a p e q u e ñ a c o s a a l d ía M
[adaptada aprovechando la 11 u n a co sa, una co sa m uy pequeña, pero
métafora de la bruja] voluntaria, que se inscribe un poco en
eso que P. (el C o T ) te indicaba com o
duda. Q uerem os que tú, a p a rtir de ah o ra y h asta la p ró x im a vez que
nos veam os, hagas todos los días algo con creto - u n a cosa pequeña, in
272
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten cia, cam b io
Te r c e r a s e s ió n
274
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten c ia, cam b io
275
L a s p r i s i o n e s d e la c o m i d a
T: N egociando.
P : Sí, nos vem os desde hace una sem ana... y es una h isto ria que a
m í... m e gusta. P orque siem pre m e he lanzado de cabeza en todas las
cosas, pero con esta no, esta relación la estoy sopesando... a lo m ejo r
es porque él tiene u n a cierta edad, tiene seis años m ás que yo, se aca
baron lo niños o... quiero d ecir que es una p erso n a m ás asentada, con
ideas ya m ás... Y, sobre todo, m ientras con los otros siem pre he in
tentado esco n d er m i problem a, con él he enco n trad o una interfaz en
donde p o d er confiarm e y no sé com o... o sea, ha sido realm ente n a tu
ral, pues no he tenido ningún tem o r ni v erg ü en za porque a m enudo...
pues sí, tengo vergüenza de lo que sien to y no p ienso en lo que hago.
E n cam bio se lo h e dicho claram ente... pensaba que d espués de la
p rim era vez ya no qu erría v erm e, pero luego...
C o T : P erdona, has aludido a «m i p roblem a», ¿puedes d ecim o s
ex actam en te cuál le has confesado?
P : P ues la d ificultad que ten g o p a ra relacio n arm e con los d em ás y
los problem as de alim entación, p ero n o exactam en te todo lo que
hago, sin em bargo... m e he referid o un p oco a los p roblem as con la
com ida.
. .— —--------------------- C o T : ;Y qué has hecho exactam en te
A n á l is is d e l e s ta d o a c tu a l d e l ,
s ín to m a a lim e n ta r i o e s ta s e m a n a c o n e s o u e h a s lla m a d o tu
«p ro b lem a de alim entación»?
P : B ueno... h a ocurrido, p ero m enos, y h a ocurrido sobre todo en
tres m om entos en los que he sentido co m o un vacío interior, a raíz de
ciertas cosas que no he logrado co n serv ar, por pereza y p o r m i c arác
ter algo difícil... entonces he sentido e sta esp ecie de vacío in terio r y,
no sé, sen tí que v om itar po d ía ser co m o un desahogo.
T: ¿C uántas veces has dicho, tres?
P : Sí.
C o T : ¿E n q uince días?
-------- —---- -— — T: Se trata de una reducción im por-
R e d e f im c i o n p o s iti v a de la
ta n tp
r e d u c c ió n d e l s í n t o m a
P : D rástica.
T: En el sentido de que antes lo hacías todas las noches...
P: E xactam ente.
T: Y ahora sólo tres veces.
P: Sí.
2 76
V o m itin g : fo rm ació n , p ersisten cia, c am b io
277
L as p risio n es de la co m id a
278
V o m itin g : fo rm a ció n , p ersisten cia, cam bio
279
L as p risio n es de la co m id a
L a p acien te volvió a las tres sem anas y refirió que todo estaba
bien, tanto en térm inos de relación con la co m id a com o en térm inos
de relacio n es interpersonales.
2 80
C O N C L U S IO N E S
281
C o n clu sio n es
que los p roblem as sean com p lejo s y p ersisten tes, esto no significa
q u e su solución tenga que ser igualm ente co m p licad a y prolongada.
R eco rd an d o a G uillerm o de O ccam , p o d ríam o s decir: «T odo lo que
p uede hacerse con poco, en v ano se realiza con m ucho».
282
B I B L IO G R A F Í A
283
B ib lio g rafía
284
B ib lio g rafía
K e a r n e y - C o o k e A . ( 1 2 8 8 ) , « G ro u p T re a tm e n t o f S ex u al A b u se A m o n g W o
m en w ith E atin g D iso rd ers «. Women and Therapy , 6 , p p . 5 - 2 2 .
K e e l P .K ., M i t c h e l l J.E . (1 9 9 7 ), « O u tco m e in B u lim ia N erv o sa» , in Ameri
can Journal o f Psychiatry, 154(3), pp. 3 1 3 321.
L a b o r i t H . (1 9 8 2 ), L ’elogio della fuga, M o n d a d o ri, M ilan o .
L e w in K. (1 9 4 6 ), « A ctio n R esea rch a n d M in o rity P ro b le m s» , Journal o f So
cial Issues, II, pp. 34 -4 6 .
L u b o r s k y L ., S i n g e r B ., L u b o r s k y L . (1 9 7 5 ), « C o m p a rativ e stu d ies o f p sy
ch o th erap ie s: is it tru e th a t e v e ry o n e h as w o n an d all m u st h av e p riz e s? «,
in Archives o f general psychiatry, 132, pp. 9 9 5 -1 0 0 4 .
M a d a n e s C . (1 9 8 1 ), Strategic Family Therapy, J o sse y -B ass, S an F ran cisco .
M a d a n e s C . (1 9 8 4 ), Behind the One-way Mirror, Jo sse y -B a s s, S an F ran cisco .
M adanes C . (1 9 9 0 ), Sex, Love and Violence, N o rto n , N e w Y o rk .
M a l e n b a u m R. et al. (1 9 8 8 ), « O v erea ters A n o n y m o u s: Im p ac t on B u lim ia» ,
in International Journal o f Eating Disorders, 7, pp. 139-143.
M a n a r a F., C a r u s o R ., M a r i o t t o S. (1 9 9 6 ), « S ex u ality an d m e n stru a tio n s o f
w o m en w ith e a tin g d iso rd ers «, in Abstract VII New York International
Conference on Eating Disorders, N ew Y ork.
Autopoiesis and Cognition. The Reali
M a t u r a n a H .R ., V a r e l a F .J. (1 9 8 0 ),
zation o f the Living, R e id el, D o rd rech t, H olland.
N a r d o n e G. (1 9 9 1 ), Suggestione —> Ristrutturazione = Cambiamento. L ’ap
proccio strategico e costruttivista alla psicoterapia breve, G iu ffre, M ila
no.
Paura, Panico, Fobie, P o n te alle G razie, F ire n ze (tr. esp.
N a r d o n e G . (1 9 9 3 ),
Miedo, pànico, fobias, H erd er, B a rc e lo n a 1997)
N a r d o n e G. (1 9 9 4 ), Manuale di sopravvivenza per pscopazienti, P o n te alle
G razie, F iren ze.
N a r d o n e G . (1 9 9 5 a), « B rie f strateg ie th erap y o f p h o b ic d iso rd ers: A m o d el o f
th era p y an d e v a lu a tio n rese arch » , in W e a k l a n d J.H ., R a y W .A ., (eds.),
Propagations: Thirty Years o f Influence from the Mental Research Institu
te, H aw o rth P re ss In c., N e w Y o rk , cap. 4.
N a r d o n e G . (1 9 9 5 b ), « C o n o scere un p ro b le m a m ed ian te la su a so lu zio n e : i
sistem i p e rc o ttiv o -re attiv i p ato g en i e la p sic o te ra p ia stra te g ic a» , in P a
Nuove prospettive in psicoterapia e
g l i a r o G ., C e s a - B i a n c h i M . (ed s.),
modelli interattivo-cognttivi, A n g eli, M ilan o .
N a r d o n e G . (1 9 9 7 a), «Il lin g u a g g io ch e g u arisce: la co m u n ic a z io n e co m e
v eico lo di c a m b ia m e n to te ra p e u tico » , in W a t z l a w i c k P., N a r d o n e G .
(ed s.), Terapia breve strategica. C o rtin a, M ilan o .
N a r d o n e G . (1 9 9 7 b ), « L a te ra p ia b rev e strateg ica ev o lo ta. D ai m o d e lli g en e
rali ai p ro to c o lli sp ecific i di tra tta m e n to » , in W a t z l a w i c k P., N a r d o n e G.
(ed s.), Terapia breve strategica, C o rtin a , M ilan o .
285
B ib lio g rafía
286
B ib lio g rafía
doxes, N o rto n , N e w Y o rk .
W a t z l a w i c k P ., W e a k l a n d J.H ., F i s c h R. (1 9 7 4 ), C h a n g e : P r i n c i p l e s o f
P r o L le m F o r m a tio n a n d P r o le m S o lu tio n , N o rto n , N ew Y o rk (tr. esp.
C a m b io , 10“ ed., H erd er, B a rc e lo n a 1999).
W e a k l a n d J.H ., F i s c h R ., W a t z l a w i c k P ., B o d i n A .M . (1 9 7 4 ), « B r i e f T h e
r a p y : F o c u s e d P r o b l e m R e s o l u t i o n » , in F a m i l y P r o c e s s , 13 (2 ), p p . 141-
168.
W e a k l a n d J.H ., R a y W .A . (ed s., 1 9 9 5 ) , P r o p a g a t i o n s : T h i r t y Y e a r s o f I n
f lu e n c e f r o m th e M e n ta l R e s e a r c h I n s titu te , H aw o rth P re ss In c., N ew
Y ork.
W h i t e h e a d A .N ., R u s s e B . (1 9 1 0 -1 3 ), P r i n c i p i a M a t h e m a t i c a , C a m b rid g e
U n iv ersity P re ss, C am b rid g e.
W i l s o n G .T ., F a i r b u r n C .G . (1 993), « C o g n itiv e T reatm en ts fo r E atin g D iso r
d ers «, in J o u r n a l o f C o n s u ltin g a n d C lin c a l P s y c h o l o g y , 61 (2), pp. 216-269.
Z e r b e K .J. (1 9 9 3 ), T h e B o d y B e t r a y e d , A m eric an P sy ch ia tric A sso ciatio n
P ress, W a sh in g to n D .C .
Z u c k e r m a n M . (1 9 8 7 ), « B io lo g ical co n n e ctio n b e tw e en se n satio n seek in g
an d d ro g a b u se «, in E n g e l J., O r e l a n d , L . (ed s.). B r a in R e w a r d S y s te m s
287
■
Otras obras de Giorgio Nardone
en la colección
M ie d o , p á n ic o , f o b ia s
L a te r a p ia b re v e
3 0 4 p á g s . IS B N : 8 4 - 2 5 4 - 2 0 0 7 - 5
P s ic o s o lu c io n e s
C ó m o r e s o lv e r r á p id a m e n t e p r o b l e m a s
h u m a n o s c o m p lic a d o s
1 6 8 p á g s . IS B N : 8 4 - 2 5 4 - 2 1 8 1 - 0
E l a r te d e l c a m b io
T r a s t o r n o s f ó b i c o s y o b s e s iv o s
3 a e d ., 2 1 2 p á g s . IS B N : 8 4 - 2 5 4 - 1 8 1 1 - 9
T e r a p ia b r e v e : f ilo s o f í a y a r te
2 8 0 p á g s . , IS B N : 8 4 - 2 5 4 - 2 0 8 4 - 9
in eracciones
L a a p r o x im a c ió n te r a p é u tic a e s tr a t é g ic o - c o n s t r u c t iv is t a que
p ro p o n e N a rd o n e e n e s ta o b ra , p a rte d e la b a s e d e q u e lo s
tra s to rn o s d e la s p e r s o n a s c o n a n o r e x ia , b u lim ia y v o m it ln g
s o n e l r e s u lt a d o d e u n p r o c e s o d e s in e r g ia s e n tr e e l s u je t o y
la r e a l i d a d . A c a u s a d e t a l e s s i n e r g i a s , l o s e s f u e r z o s q u e la
p e r s o n a r e a l i z a p a r a t r a n s f o r m a r la s i t u a c i ó n p r o b l e m á t i c a d a n
c o m o r e s u lt a d o q u e é s t a s e m a n t e n g a in a lt e r a b le . L a t a r e a d e l
t e r a p e u t a c o n s i s t e e n r o m p e r e l c í r c u l o v i c i o s o e n t r e la r e i t e r a
c ió n de la s t e n t a t iv a s f a llid a s d e l p a c ie n te p a ra r e s o lv e r e l
p r o p i o p r o b l e m a y la p e r s i s t e n c i a d e l p r o b l e m a m is m o . P a r a
lle v a r lo a c a b o , e s n e c e s a r io c o m p r e n d e r « c ó m o fu n c io n a » e l
p r o b le m a m á s q u e « p o r q u é e x is t e » .
B a s á n d o s e e n e s ta te o r í a , G io r g io N a r d o n e , T iz ia n a V e r b itz y
R o b e r t a M il a n e s e d e s c r i b e n l o s r e s u l t a d o s d e u n a i n v e s t i g a c i ó n
e m p í r ic o - e x p e r im e n t a l a p lic a d a a u n a m u e s tr a s ig n if ic a t iv a d e
p a c ie n te s , e in d iv id u a liz a n la m e t o d o l o g í a t e r a p é u t i c a e n u n
p r o c e s o d e b ú s q u e d a s i s t e m á t i c a c o n la c u a l a f r o n t a r y v e n c e r
lo s t r a s t o r n o s a lim e n t a r io s d e u n m o d o r á p id o y e f ic a z .
S PRISIO’
.MIDA
tipticoL
m *m
■ jU /M