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Equilíbrio de Fases
Universidade-Save
Massinga
2020
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Equilíbrio de Fases
Universidade-Save
Massinga
2020
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Índice
Capitulo-I....................................................................................................................................6
1.Introdução................................................................................................................................6
1.1.Objectivos.............................................................................................................................7
1.2. Metodologia.........................................................................................................................7
Capitulo-II...................................................................................................................................8
2.1.Fase.......................................................................................................................................8
2.2.Transição de fase...................................................................................................................8
2.4.Fases metastáveis..................................................................................................................8
2.5.Temperatura de transição......................................................................................................8
2.6.Condição da estabilidade......................................................................................................8
2.8.1 A variação da Energia de GIBBS com a pressão...............................................................9
Capitulo-III...............................................................................................................................24
3.Conclusão...............................................................................................................................24
4.Bibliografia............................................................................................................................25
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Resumo
O trabalho com tema equilíbrio de fases tem como objectivo falar de equilíbrio de fases. Equilíbrio entre duas
fases acontece quando as fases presentes num sistema apresentam potenciais químicos iguais. Um diagrama de
fases é um gráfico de T e P que mostra onde as fases que coexistem em equilíbrio. O diagrama é constituído por
áreas, curvas de equilíbrio. Quando a pressão e temperatura variam de quantidades infinitesimais dT e dP a
variação de Gibbs é dada pela equação: ∆ G=VdT−SdT . Assim ao manter a pressão constante quando a Pm
aumenta (Pm>0), então o volume molar de um gás é muito maior do que o de uma fase condensada (um liquido
e sólido) da curva Gm contra pressão é maior para um gás do que para uma fase condensada, e ao manter a
temperatura constante podemos concluir que quando a temperatura aumenta a energia de Gibbs diminui pois a
entropia molar é positivo. As leis de fases de Gibbs são caracterizadas pela expressão F= C-P-2, esta equação
estabelece o aspecto geral do diagrama de fases e expressa a relação genérica entre os graus de liberdade (F) de
um sistema, o número de fases (P) e o número de componentes (C) no equilíbrio para qualquer sistema.
Potencial químico é a energia livre parcial molar denominada tendência de escape, é muito importante na
transição de fase.
Palavras-chaves: equilíbrio de fase, lei de fases de Gibbs.
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Capitulo-I
1.Introdução
O presente trabalho surgi no âmbito da cadeira de Química Física-I, com o tema equilíbrio de
fases leis de fases de Gibbs, que apresenta suas linhas de estudo e objectivos claros por se
alcançar.
Neste trabalho, examina-se os critérios para a existência do equilíbrio, quais são as condições
para estabelecer equilíbrio em uma fase, Condição da estabilidade, Variação da energia de
Gibbs com a Temperatura e Pressão, Diagrama de fases, Localização das curvas de equilíbrio,
Pontos característicos, Regras de fases, Diagrama de fases de substâncias típicas,
Dependência da estabilidade de fases com a pressão e temperatura.
Este trabalho tem como ponto focal a lei de fases de Gibbs, contudo para a percepção efectiva
dessa lei deve-se saber o que são fases de equilíbrio.
O equilíbrio entre fases acontece quando as fases presentes num sistema apresentam
potenciais químicos iguais, já que a variação da energia livre de Gibbs é igual a zero. A
condição para que um sistema esteja em equilíbrio a substância estiver presente em várias
fases, seu potencial químico deve ter o mesmo valor em todas as fases. Um exemplo simples
de fases em equilíbrio é um recipiente fechado com água. Inicialmente a evaporação fará com
que a água passe da fase líquida para fase gasosa, porém em um determinado instante a taxa
de evaporação será igual à taxa de condensação e logo teremos um equilíbrio de fases.
Os equilíbrios de fase mais usuais envolvem duas fases, mas existem equilíbrios que
envolvem três fases, sólida, líquida e gasosa podem ser verificadas ao mesmo tempo, a esse
ponto damos o nome de ponto triplo.
A fase de uma substância é uma forma de matéria homogénea com relação a sua composição
química e ao estado físico. A transição de fases ocorre a uma temperatura específica para cada
matéria, em uma dada pressão. As fases instáveis que não se alteram devido ao impedimento
cinético são chamadas de fases metastáveis, o diamante é um exemplo concreto, pois as
transformações em sua estrutura ocorre tão lentamente que é impossível determinar sua
cinética. Diagrama de fases é um diagrama que mostra as regiões de pressão e de temperatura
em que as diversas fases são termodinâmicamente estáveis. A lei de fases Gibbs é
caracterizada pela expressão F = C–P–2. Esta expressão foi elaborada em 1876 por Gibbs,
estabelece o aspecto geral do diagrama de fases e expressa a relação genérica entre os graus
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1.1.Objectivos
1.1.1 Geral:
Falar de Equilíbrio de Fases.
1.1.2 Específico
Indicar condições de equilíbrio;
Explicar como varia a energia de Gibbs com a pressão e temperatura;
Exemplificar Diagrama de fases de substâncias típicas.
1.2. Metodologia
Para a realização do presente trabalho com vista ao alcance dos objectivos preconizados,
constituiu-se como metodologia básica a pesquisa bibliográfica. Esta pesquisa consistiu na
consulta de várias obras literárias e de alguns artigos em Internet e que as tais referências
bibliográficas se encontram na última página do trabalho.
Como técnica, fez a análise da informação recolhida, sua interpretação, bem como breves
sugestões que reflectiam a análise.
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Capitulo-II
2.4.Fases metastáveis
As fases instáveis que não se alteram devido ao impedimento cinético são chamadas de fases
metastáveis, o diamante é um exemplo concreto, pois as transformações em sua estrutura
ocorre tão lentamente que é impossível determinar sua cinética.
2.5.Temperatura de transição
A temperatura de transição é a temperatura de equilíbrio entre duas fases (liquida e sólida),
caracterizada pela energia mínima de Gibbs e a uma pressão prevalecente. Acima da
temperatura de transição a fase líquida é termodinamicamente mais estável, abaixo de dela a
fase sólida é mais estável.
2.6.Condição da estabilidade
A energia de Gibbs molar depende da fase da substância. Exemplo: quando um numero de
mole n da substância muda da fase 1 (liquido) com energia de Gibbs molar (Gm), para fase 2
(vapor ou gasosa), com a energia de Gibbs molar (Gm2) a variação de energia de Gibbs é
dada por:
∆ G=nGm ( 2 )−nGm ( 1 )=n[Gm ( 2 ) −Gm(1)]
Sabe-se que uma transformação espontânea a temperatura e pressão constantes, é
caracterizado por um valor negativo de ∆G, isto é, uma substância têm uma tendência
espontânea de mudar para a fase com a menor energia Gm.
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2.8.1 A variação da Energia de GIBBS com a pressão
∆ G=VdP−SdT
A partir desta equação temos a variação de energia de Gm de uma substância é:
dGm=VmdP−SmdT
Onde Vm é o volume molar e Sm é a sua entropia molar. Quando a pressão vária num sistema
a temperatura constante podemos fixar dT=0, obtemos a seguinte equação:
dGm=VmdP
Isto é com o Vm positivo, a energia de Gibbs molar aumenta (dGm>0). Quando a Pm
aumenta (Pm>0), então o volume molar de um gás é muito maior do que o de uma fase
condensada (um liquido ou sólido) da curva Gm contra Pressão é maior para um gás do que
para uma fase condensada. Na maior parte das substâncias o volume molar na fase líquida é
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maior do que o da fase sólida, portanto, para a maioria da substância o coeficiente angular de
Gm é maior para um líquido do que para um sólido, (ATKINS (2001).
A variação pressão Pi até Pf provoca uma variação de energia de Gm que é dada por:
Pf Pf
∫ VmdP=Vm ∫ dP=Vm ∆ P
Pi Pi
maiores, a Gm da fase liquida e o gás se torna a fase mais estável. Entretanto acima de uma
certa temperatura, o liquido se vaporiza num gás.
A partir dos dizeres supracitados podemos começar entender os porquês de algumas
substâncias como o CO2 sublimam se sem formar um líquido. (ATKINS, 2001,p. 85).
Uma fase:
Quando só uma fase está presente, F=2, o que implica que pressão e temperatura podem
variar independentemente, isto é, um sistema com uma única fase é representado por uma
região no diagrama de fase. Esse sistema é chamado bivariante por apresentar dois graus de
liberdade.
Duas fases
Quando duas fases estão em equilíbrio F=1, a temperatura (ou a pressão) pode ser alterada
arbitrariamente, mas a alteração da temperatura (ou da pressão) é acompanhada por uma
modificação definida da pressão (ou da temperatura) para que as duas fases continuem em
equilíbrio.
O equilíbrio de duas fases é representado por uma curva num diagrama de fase: uma curva
num gráfico mostra como o valor de uma variável muda quando o valor da outra variável é
alterado. F= 3-P =1
Três fases
Quando três fases estão em equilíbrio F=0, essa condição é invariante especial pode ser
estabelecida numa temperatura e pressão definida. O equilíbrio destas três fases é
representado por um ponto, o ponto triplo, no diagrama de fases.
F= 3-P =0
Quatro fases
Se fixássemos P=4, teríamos resultado absurdo que F seria negativo, esse resultado está de
acordo com a conclusão do começo desta secção de que quatro fases não podem estar em
equilíbrio num sistema de um componente
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Reacção característica
Líquido=fase α+ fase β
Cβ−Co
%α= ×100 %
Cβ−Cα
Co−Cα
%β= ×100 %
Cβ−Cα
Onde:
Co = concentração da liga; Cα= concentração de b na fase α
Cβ= concentração de b na fase β; %α= Quantidade relativa da fase α
%β= Quantidade relativa da fase β%
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que o CO2 líquido não é estável a pressões inferiores a 5 atm. Com isso o gelo seco
permanece seco sob as pressões atmosféricas ordinárias. Quando se confina o dióxido de
carbono sob pressão em um cilindro de CO2 contem comumente liquido e gás em equilíbrio, a
pressão no cilindro esta em torno de 67 atm a 25 ⁰c.
O ponto triplo desse composto ocorre em uma única pressão em uma única temperatura
(217K, 5,11 bar), fica bem acima da pressão atmosférica ordinária, o CO2 liquido não existe
nas pressões atmosférica normais em qualquer temperatura, e o sólido se sublima quando
deixado ao ar livre (dai o nome gelo seco). Para se obter CO2 líquido é necessário exercer
uma pressão de 5,11 bar.
Conclui-se que:
Quando a pressão varia, alteram-se a Teb e Tf de uma substância;
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𝑑𝜇 𝛼 = 𝑑𝜇(𝛽) {dμ=Vmdp−SmdT
dG=Vdp−SdT
A fusão é acompanhada por uma variação de entalpia molar e ocorre a uma temperatura T.
como a entropia molar de fusão é dada por ΔfusH/T e a equação de Clapeyron fica:
dp ΔfusH
=
dT TΔfusV
Em geral a entalpia de fusão é positiva (com exceção do Helio-3) e a variação do volume é, na
maioria dos casos positiva e sempre pequena. Por consequência, o coeficiente angular dp/dT é
grande e em geral positivo.
A equação da curva de equilíbrio em P e T é obtida pela integração de dp/dT admitindo-se que
a ΔfusH e ΔfusV variam muito pouco com a temperatura e com a pressão e que podem ser
considerados como constantes. Se T* é a temperatura de fusão na pressão P*, e T a temperatura
de fusão na pressão P, a integração é:
ΔfusH dT
∫ P dp=¿
TΔfusV
∫ T
T
¿
P∗¿¿ T∗¿¿
( )
¿ ¿
T T −T T −T
ln ¿ =ln 1+ ¿ ≈
T T T¿
Portanto,
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¿ ΔfusH ¿
p≈ p + ¿ ln (T −T )
T ΔfusV
Esta é a equação de uma recta com coeficiente angular muito grande, no plano de p contra T
2.13.3 Curvas de equilíbrio de liquido-vapor
A entropia de vaporização na temperatura T é dada por ΔvapH/T a equação de Clapeyron para a
curva de equilíbrio liquido-vapor é, portanto:
dp ΔvaporH
=
dT TΔvaporV
A entalpia de vaporização é positiva e a Δ vaporV é grande e positiva. Portanto dp/dT é positivo,
mas tem um valor muito menor do que a curva de equilíbrio sólido-liquido. Logo dp/dT é a
grande e a temperatura de ebulição é mais sensível do que a temperatura de fusão.
Observamos que, como o volume molar de um gás é muito maior que o volume molar de um
líquido, o volume de vaporização, ∆ vapV =Vm ( g )−Vm(l)=¿ , isto é aproximadamente igual
ao volume molar do próprio gás. Logo,
dp ∆ vapH
=
dT TVm(g)
É uma boa aproximação a considerar o vapor como um gás perfeito e nesse caso, podemos
RT
escrever seu volume molar como:Vm= . Então
P
dp ∆ vapH P ∆ vapH
= =
dT RT RT
2
T( )
P
dp
Do calculo, sabe-se que =¿dlnp, assim depois de dividir ambos os lados por p, obtemos a
dT
equação de Clausius-Clapeyron:
dlnp ∆ vapH
=
dT RT
2
A equação de Clausius-Clapeyron
É uma equação aproximada para o cálculo do coeficiente angular da curva do logaritmo da
pressão de vapor em função da temperatura, para além disso esta equação é importante para o
entendimento dos diagramas de fases particularmente para a localização e a forma das curvas
de equilíbrio liquido-vapor e sólido-liquido.
De acordo com BASTOS (2011, p. 126), esta equação nos permite prever como a pressão do
vapor vária com a temperatura e como a temperatura de ebulição vária com a pressão. Por
exemplo, se admitirmos que a entalpia de vaporização é independente da temperatura
podemos integrar a equação da seguinte maneira:
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dlnp ∆ vapH
Inicialmente, rescrevemos a Equação: = de modo que dlnp apareça na esquerda
dT RT2
e dT apareça na direita:
∆ vapH
dlnp= dT
RT2
Agora integramos ambos os lados, admitamos que a pressão de vapor seja p na temperatura T
e que seja p´ quando a temperatura for T´, então
p T
∫ dlnp=∫ ∆ RvapH
¿ T
2
dT
p T´
A integral na esquerda resulta ln(p/p ). Para resolvermos a integral da direita, supomos que a
0
ln
p ∆ vapH 1
p ¿=
R T 2
dT =
−∆ vapH 1 1
R
−
T T´ ( )
Para obter esse resultado usamos a fórmula de integração
dx −1
∫ x2 = x
+constante
Capitulo-III
3.Conclusão
A condição para que um sistema esteja em equilíbrio a substância estiver presente em várias
fases, seu potencial químico deve ter o mesmo valor em todas as fases.
A variação de Gibbs é dada pela equação: ∆ G=VdT−SdT , assim quando a pressão varia num
sistema a temperatura constante obtemos: dGm=VmdP. Quando a pressão molar aumenta a
energia molar aumenta proporcionalmente ao aumento da pressão e ao volume molar da
amostra. Como os volumes molar dos líquidos e dos sólidos são pequenos as suas rectas têm
inclinações muito pequenas. As pequenas variações de pressão, podemos fazer aproximações
a energias de Gibbs molares dos líquidos e sólidos são independentes da pressão. Quando a
temperatura é constante a equação fica ∆ Gm=−SmdT , assim podemos concluir que quando a
temperatura aumenta a energia de Gibbs diminui pois a entropia molar é positivo. Em baixas
temperaturas a fase sólida tem a menor energia de GIBBS molar, e é, portanto a mais estável.
Quando a temperatura aumenta, a energia de Gibbs molar da fase líquida diminui, ficando
abaixo o valor da fase sólida e ocorre a fusão da substância. Em temperaturas maiores, a Gm
da fase liquida e o gás se torna a fase mais estável. Entretanto acima de uma certa
temperatura, o liquido se vaporiza num gás.
As fases, sólida e gasosa do hélio nunca estão em equilíbrio, mesmo em baixas temperaturas.
O hélio é a única substância conhecida que apresenta no diagrama de fase uma curva de
equilíbrio líquido-líquido. O ponto triplo do CO2 ocorre em uma única pressão em uma única
temperatura (217K, 5,11 bar), fica bem acima da pressão atmosférica ordinária, o CO 2 líquido
não existe nas pressões atmosférica normais em qualquer temperatura, e o sólido se sublima
quando deixado ao ar livre (dai o nome gelo seco). Equilíbrio entre a fase condessada e o gás
Para o equilíbrio entre uma fase condessada, solida ou liquida, com vapor observa-se:
4.Bibliografia
ATKINS, P. físico-química fundamentos. 3ª ed. Rio de Janeiro: LTC.2001.
ATKINS, P & De PAULA, J. físico-químico. 8ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
ATKINS, P & De PAULA, J. físico-químico. 9ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2010.
BASTOS, A.C.L.M., SOARES, E.M.R, SOUZA, J.P.I. Físico-Química. 22ª ed. Belém : UFPA
editora, 2011.
CASTELLAN, G. fundamentos de físico-químico. São Paulo. LTC editora. 1986.
CARAM, Rubens. Diagrama de fases.sd.