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Beira, 2021
Lainer Scott Paulo Norman
1 INTRODUÇÃO
2 OBJECTIVOS
3 CULTURA ORGANIZACIONAL
3.2 Conceito
Cultura pode ser definida como “todas as maneiras compartilhadas de pensar, de crer,
de perceber e de avaliar, que emergem ao longo da experiência do grupo e que são
transmitidas de uma geração a outra” (BROOM; SELZNICK, 1979, p. 61). Trata-se de um
campo de estudos relacionado ao que é comum a um grupo de pessoas e as diferencia de
outras, e que recolhe significativas contribuições de antropólogos.
Segundo Mintzberg et al. (2000, p. 194), “a cultura está em tudo o que nos cerca –
naquilo que bebemos, na música que ouvimos, na maneira pela qual nos comunicamos”. A
cultura, portanto, está relacionada às formas com que as pessoas interpretam a sua realidade e
diz respeito às visões de mundo que norteiam as suas práticas do dia-a-dia.
A cultura organizacional, em sentido mais restrito, é uma construção social, fruto do
compartilhamento de valores, normas, crenças, modos de pensar, entendimentos e orientações
entre os integrantes de uma organização. Ela deve ser percebida não como algo planejado e
implementado, mas, sim, como algo construído socialmente mediante as inúmeras interações
que ocorrem entre as pessoas que atuam nas e com as organizações (MORGAN, 1996, apud
CAVEDON, 2003, p. 55).
Segundo Daft (2014, p. 381), esses padrões de comportamento são “transmitidos aos
novos membros como sendo as maneiras certas de pensar, sentir e se comportar”.
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5 VARIÁVEIS CULTURAIS
7 CLIMA ORGANIZACIONAL
Segunda Classe: relaciona-se aos fatores que estão no entorno da atividade ou função
exercida: organização com boa administração, chefia competente, oportunidade de promoção,
salários adequados à função e à realidade social e econômica, estabilidade no emprego, bom
ambiente físico, prestígio e usufruto de algum grau de poder.
Terceira Classe: desfrutar de amizade com os superiores e construir boas relações
com os colegas de trabalho.
8 MUDANÇA ORGANIZACIONAL
A mudança organizacional gera, ao ver de Judson (1969), três tipos de efeitos nas
pessoas: efeitos comportamentais (alteração nas formas de realizar o trabalho), efeitos
psicológicos (alteração nas formas de se relacionar com o trabalho) e efeitos sociais
(alteração nas relações sociais já estabelecidas). Com relação aos aspectos sociais da mudança
organizacional, Lawrence (1986, p. 10) afirma que “os trabalhadores normalmente não
resistem às mudanças técnicas, mas, sim, às mudanças sociais – mudanças em seus
relacionamentos humanos, que geralmente se seguem às mudanças técnicas”. Assim sendo, a
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atenção do gestor para as alterações das relações sociais é de vital importância nos processos
que envolvem mudança tecnológica nas organizações.
9. DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL
9.1 Conceito
direção, e corre o risco de não atentar adequadamente para os reais interesses econômicos da
empresa que pretende desenvolver.
Finalmente, a crítica de Charles Perrow indica que as organizações não enfrentam
ambientes tão incertos como sugerido pelos teóricos de DO nem conseguem sobreviver sem a
estrutura burocrática que lhes dá forma e sentido. Na prática não há comprovação de que o
DO realmente melhore a capacidade empresarial, mas não se pode negar que se trata de uma
excelente abordagem da Teoria Geral da Administração, valorizando seu lado humano sem
deixar de considerar os aspectos estruturais.
10. CONCLUSÃO
O trabalhador está inserido em um cenário actual em que novas formas de trabalho nas
organizações têm-se apresentado. Pessoas deixam contribuições nas organizações.
À semelhança dos contextos sociais que se formam onde os seres humanos vivem,
também as organizações constroem sua própria identidade, a qual chamamos de cultura da
organização.
Tal cultura se constitui a partir de um conjunto ideológico que a organização propõe e
se apresenta sempre com algumas características predominantes, mas não exclusivas. O
estudo dessas características vai permitir uma identificação aproximada do tipo de cultura
existente.
O conhecimento dessas características e de suas variáveis deve ser sempre
referenciado ao contexto social em que a organização se insere e ao seu próprio conjunto
ideológico. Somente com tais dados conhecidos e analisados é que podemos proceder, se for o
caso, às mudanças, levando em conta, sempre, as mudanças que ocorrem a partir dos traços
culturais.
A constituição da sociedade vem acompanhada de convenções. Face a necessidade de
as pessoas compartilharem inter-relações das mais variadas, com seu trabalho, tem-se tornado
necessário o compartilhamento de recursos dos mais diversos. Sendo assim, é permitido ao
ambiente organizacional receber influência cultural de todas essas pessoas.
Ao longo da existência do homem em sociedade, o conjunto de valores impostos aos
seres humanos passa a ser questionado, o que ocasiona indagações maiores sobre as
convenções criadas pelos próprios indivíduos e pelas instituições. Assim, estabelecem-se tipos
de organizações. As mudanças no ambiente organizacional decorrem de alterações nas
estruturas organizacionais, que estão, de modo geral, relacionadas ao desenvolvimento
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REFERÊNCIAS
DAFT, Richard L (2014). Organizações: Teoria e Projetos. 11ed. São Paulo: Cengage
Learning
JONES, Gareth R (2010). Teoria das Organizações. 6ed. São Paulo: Pearson
STONER, James A. F.; FREEMAN, R. Edward (1985). Administração. 5ed. Rio de Janeiro:
Prentice-Hall