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1. INATISMO
A pobreza dos estímulos ambientais não faz jus ao aprendizado das linguagens
humanas, pois elas são estruturalmente complexas. A criança recebe pouca informação do
seu ambiente cultural se comparamos com as intricadas informações da linguagem que ela
desenvolve. Mas se não é o ambiente externo que pode explicar a aquisição de uma
linguagem, o que a explica deve ser interno, ou inato, ao homem. A conclusão de
CHOMSKY, a partir de tais dados, é que o conhecimento inato favorece o processo de
aquisição da linguagem. Esta conclusão deixou muitos filósofos e linguistas atónitos.
Como ressalta PIAGET:
O inatismo actualmente é uma das teorias mais aceitas para se entender o universo
do processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem, um dos fatos notáveis a cerca
da linguagem é a sua criatividade a circunstância de aos cinco ou seis anos de idade as
crianças serem capazes de produzir e entender um número indefinidamente grande de
elocuções das quais não tinham tido prévio conhecimento CHOMSKY jogou por água
abaixo as teses behavioristas para a aquisição e desenvolvimento da linguagem, a primeira
no que se refere a imitação, argumentou que [...] “as crianças produzem muitas frases que
jamais poderiam ter ouvido adultos produzirem”, (KAUFMAN, 1996, p. 58).
1.1.1. AMBIENTALISMO
O ambientalismo não é uma ciência. Tampouco pode ser definido como uma
filosofia strictu sensu embora venha nos últimos 20 anos frequentando cada vez mais os
debates filosóficos e os estudos culturais da contemporaneidade, firmando-se como uma
ideologia, contrariamente ao que previa os discursos dos pensadores iniciais do pós-
modernismo. O ambientalismo poderia ser definido como uma resposta das sociedades em
escala global aos modelos de compreensão e apropriação da natureza que a civilização
contemporânea adoptou. MARCUSE, H. (2009), já discutia esse apartamento quando
falava da necessidade de uma cooperação mais afectiva com a natureza que reequilibrasse
a relação apenas movida pelo interesse das actividades humanas:
1.1.2. INTERACIONISMOS
Pode-se afirmar que o termo partiu de uma conceituação ampla e se manteve ampla.
Sobre isso, MORATO (2004), esclarece que é preciso situar o que se entende por
“linguagem” e por “social” em determinada construção teórica. Daí obtém-se a base
necessária para se identificar o tipo de interacionismo que se reivindica ou anuncia.
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Nesse sentido, VYGOTSKY considera que tudo nasce da interacção com o outro, a
criança, antes de controlar o próprio comportamento, começa a controlar o ambiente com a
ajuda da fala. Esta é tão importante quanto a acção para atingir um objectivo, de acordo
com a perspectiva deste teórico. Ele postula que quanto mais complexa é a acção exigida
pela situação e menos directa a solução, maior é a importância que a fala adquire na
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operação como um todo. O autor também destaca que essa unidade de percepção, fala e
acção provoca a internalização do campo visual.
2. O INTERACIONISMO SOCIODISCURSIVO