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Índice

Introdução..........................................................................................................................3

Objectivos do Trabalho.....................................................................................................3

Problematização................................................................................................................3

Metodologias.....................................................................................................................3

Fundamentação Teórica.....................................................................................................4

Regra do Octeto.................................................................................................................4

Ligações Químicas............................................................................................................5

Estruturas de Lewis...........................................................................................................5

Tipos de Ligação Química.................................................................................................6

Ligação Covalente.............................................................................................................6

Ligação Iónica...................................................................................................................7

Ligação Covalente Dativa.................................................................................................7

Conclusão..........................................................................................................................8

Referências Bibliográficas.................................................................................................9

1. Introdução
Ligação química é reconhecida como um conceito estruturante dentro da
Química, pois a sua compreensão contribui para apreensão de outros conceitos e
conteúdos, tais como: propriedades químicas e físicas das substâncias, reacções
químicas, mecanismos de reacção, equilíbrio químico, dentre outros. LINUS PAULING
(1992), afirmou que ligação química é o conceito mais valioso da Química. Apesar
dessa importância, diversas pesquisas apontam que a ligação covalente não é bem
compreendida pelos estudantes em diversos níveis de ensino, (ERMAN, 2017).

1.1. Objectivos do Trabalho

Objectivo Geral

 Realizar uma pesquisa sobre Demonstração prática do surgimento da ligação


química e da regra de octeto.

Objectivos Específicos

 Abordar sobre Ligação Covalente quanto a Polaridade;


 Ligação Covalente Dativa;
 Ligação Iónica.
1.2. Problematização

LAKATOS & MARCONI (2003), afirmam que “a formulação do problema


prende-se ao tema proposto: ela esclarece a dificuldade específica com a qual se
defronta e que se pretende resolver por intermédio da pesquisa”, (p.220). Para tanto, a
delimitação da problematização deste tema é: Qual é a demonstração do surgimento da
ligação química e da regra do octeto?

1.3. Metodologias

Com a finalidade de acatar o objectivo da pesquisa, foi necessário realizar


pesquisa bibliográfica, (GIL, 2008), alega que a pesquisa bibliográfica parte de estudos
exploratórios, a qual é desenvolvida a partir do material já elaborado, seja ele por Livros
ou Artigos científicos. Assim, sua finalidade é que o pesquisador tenha o acesso a tudo
que já tenha sido escrito sobre determinado tema.

2. Fundamentação Teórica
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Nesta secção, será fornecida a fundamentação teórica que embaçará todo o
assunto desse estudo, que dará suporte e irá justificar a proposta desse estudo, além de
definir, com mais precisão, os objectivos de sua pesquisa, evitando a repetição, na
íntegra, de estudos anteriores, já bem estabelecidos pela comunidade científica,
(FONTELLES et al., 2009).

2.1. Regra do Octeto

De acordo com SUBRAMANIAN, MELO FILHO & SALDANHA (1989), a


regra do octeto foi elaborada a partir das teorias criadas por Newlands, Mendeleyev,
Abegg e Thomson. Já GUGLIOTTI (2001), credita a criação da regra do octeto a Irving
Langmuir, onde o processo histórico que levou à criação desta ocorreu da seguinte
forma:

“Langmuir já estava interessado no assunto, quando então em 1916, duas publicações


importantes aparecem, uma de Kossel e outra de Lewis. Ambas eram similares, baseadas nas
hipóteses de Abegg, mas a teoria de Lewis era a mais completa. Lewis imaginava um átomo
estático, com os electrões arranjados em camadas cúbicas em torno do núcleo. A sua teoria,
aplicável aos átomos mais leves, era conhecida como Langmuir refinou e desenvolveu as ideias
de Lewis, criando sua própria teoria atómica. Na teoria de Langmuir, que podia ser aplicada
também aos átomos mais pesados e explicava a estabilidade dos gases nobres, os electrões
estavam arranjados em camadas concêntricas em torno do núcleo. Este modelo obteve melhor
aceitação o ser confundido com o de Lewis”, (GUGLIOTTI, 2001, p. 569).

ATKINS e JONES (2006), definem a regra do octeto ao explicarem a formação


das ligações iónicas e covalentes ao iniciarem o estudo das estruturas de Lewis, onde
afirmam que:

“Quando uma ligação iónica se forma, um átomo perde electrões e outro os recebe até que
ambos atinjam a configuração de um gás nobre um dublete para os elementos vizinhos do hélio
e um octeto para os demais. A mesma ideia pode ser estendida às ligações covalentes.
Entretanto, quando uma ligação covalente se forma, os átomos compartilham electrões até
atingir a configuração de um gás nobre. Lewis chamou este princípio de regra do octeto: na
formação de uma ligação covalente, os átomos tendem a completar seus octetos pelo
compartilhando de electrões”, (ATKINS; JONES, 2006, p. 170).

Segundo MORTIMER, MOL e DUARTE (1994), a regra do octeto tem sua


importância história, “afinal possui 45 anos de idade”, e é um procedimento útil para
prever valência e fórmulas de compostos de elementos da tabela periódica, porém não

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pode ser usada como um dogma para explicar ligações entre átomos, substituindo
princípios como a variação de energia envolvida na formação das ligações.

2.1.1. Ligações Químicas

Na última versão do Compêndio de Terminologia Química (Gold Book), a


União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC) recomenda o seguinte
conceito de ligação química:

“Quando as forças actuantes entre dois átomos ou grupos de átomos conduzem à


formação de uma entidade molecular independente e estável, considera-se que existe
uma ligação química entre esses átomos ou grupos. A principal característica de uma
ligação química é a existência de uma região de contornos de potencial constante entre
os núcleos que possibilita que a energia potencial diminua substancialmente pela
contracção atómica à custa de apenas um pequeno aumento na energia cinética”,
(IUPAC, 2019, tradução nossa).

As ligações químicas são as forças que mantêm os átomos unidos, através dessas
ligações é que podemos determinar as propriedades e a compreensão das estruturas de
cada molécula ou íon formado. A formação da ligação química ocorre entre dois ou
mais átomos através dos seus electrões de valência, em que a sua energia total é menor
que se o átomo estivesse em seu estado fundamental (elementar), (MAHAN, 2002).

2.1.2. Estruturas de Lewis

Em 1916, o químico norte-americano G. N. LEWIS (1875-1946), desenvolveu


algumas teorias a respeito da estrutura atómica e como consequência as ligações
químicas. As ideias de LEWIS, na realidade, foram desenvolvidas em grande parte a
partir das observações sobre as propriedades periódicas dos elementos.

MENDELEV e NEWLANDS (1863), desenvolvendo seus trabalhos para


classificar os elementos, eles determinaram uma Lei periódica, também chamada de Lei
das oitavas, característica que se repete de forma regular nos elementos. Observaram
que, ao organizar os elementos a partir do seu número atómico nos períodos, suas
propriedades se repetiam a cada oito elementos, (NETO, 2007).

A partir de Lei das oitavas, LEWIS desenvolveu sua primeira estrutura


representacional do átomo, que chamou de modelo do átomo cúbico, onde os electrões

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da camada externa estavam nos vértices do cubo, formando os oito electrões de valência
que estabilizaria o átomo.

O conceito de ligação química da IUPAC apresenta quatro características:

“Uma ligação química se estabelece entre átomos ou grupos de átomos; Ligação


química é uma força [que atua entre átomos ou grupos de átomos; O agregado [de
átomos ou grupos de átomos] formado por ligação química deve ser independente e
estável; A contracção da região internuclear leva à redução da energia total do
sistema”.

2.1.3. Tipos de Ligação Química

A IUPAC (2019), define dois tipos de ligação química: Covalente e Iónica. É


comum que químicos, tais como LEWIS (1913) e PAULING (1960) considerem um
terceiro tipo: a ligação covalente dativa.

As substâncias que apresentam predominantemente um desses tipos exibem


propriedades características. No entanto, admite-se que a transição entre um tipo e outro
é contínua, de forma que, pode-se considerar a existência de ligações químicas
intermediárias entre um tipo e outro.

3. Ligação Covalente

De acordo com a IUPAC (2019), uma ligação covalente é:

“Uma região entre núcleos de densidade electrónica relativamente alta, que surge, ao
menos parcialmente, do compartilhando de electrões e que causa uma força atractiva e
uma característica distância internuclear”.

A ligação covalente é formada pelo compartilhando de electrões por átomos ou


grupos de átomos. Os electrões compartilhados podem provir igualmente de cada átomo
entre os quais se forma a ligação ou apenas de um dos átomos. A diferente origem do
par de electrões não implica em diferença no carácter da ligação covalente formada.

As ligações covalentes são classificadas de acordo com a polaridade em polar


(quando existe diferença de eletronegatividade entre os átomos que formam a ligação)
ou apolar (quando não existe diferença de eletronegatividade entre os átomos que
formam a ligação) e quanto à disposição espacial da densidade electrónica em sigma

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(quando a densidade electrónica é paralela ao eixo internuclear) ou pi (quando a
densidade electrónica é perpendicular ao eixo internuclear).

3.1. Ligação Iónica

Segundo a IUPAC (2019), ligação iônica é:

“A ligação entre átomos com eletronegatividades nitidamente diferentes. Em termos


estritos, uma ligação iónica refere-se ao atracão electrostática entre as cargas
eléctricas de um cátion e um ânion, em contraste com uma ligação puramente
covalente”.

A ligação iónica é formada por meio da transferência de electrões entre átomos,


levando à formação de íons com cargas opostas que se atraem eletrostaticamente. A
formação de íons ocorre porque os metais, geralmente, apresentam baixa energia de
ionização6, o que os torna potenciais doadores de electrões (formam cátions). Os não
metais apresentam alta afinidade eletrônica7, isto é, são potenciais receptores de
electrões (formam ânions). Quando um átomo de elemento metálico interage com um
átomo de elemento não metálico, o metal pode doar um ou mais electrões para o não-
metal, produzindo íons de cargas opostas. Esses íons se atraem e formam ligações
iónicas.

3.1.1. Ligação Covalente Dativa

Ligação covalente coordenada ou dativa, o átomo que possui pares


de electrões disponíveis e que não está realizando o compartilhando deles com outro
átomo pode “doar” estes electrões livres para um outro átomo qualquer, realizando desta
forma uma ligação covalente simples e uma ligação covalente coordenada ou dativa,
onde há a transferência de electrão (s) de um átomo para o outro. Este tipo de ligação
química é bastante comum e ocorre frequentemente com átomos
de cloro, enxofre, fósforo, entre outros diversos elementos químicos, (LEWIS, 1966).

Neste tipo de ligação covalente, os átomos “dividem” os electrões da camada de


valência e, quando há pares de electrões disponíveis, é feito a “doação” destes electrões
com outro átomo, é o que ocorre com o dióxido de enxofre  (SO2), quando há a
formação da molécula do gás, há o compartilhando de dois electrões de oxigénio com
um átomo de enxofre e há a doação de um par de electrões do oxigénio para outro
átomo de enxofre, (LEWIS, 1966, p.30).
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3.1.2. Conclusão

Neste trabalho de pesquisa, aborda-se o problema acerca das três perspectivas


teóricas que buscam explicar a natureza das ligações químicas. Assim, considera-se a
noção de modelo como possibilidade para as perspectivas de LEWIS, LV e OM.

Quanto aos Modelos das Ligações químicas de ambos possuem uma forte
“dívida” teórica para a mecânica quântica e ao seu formalismo matemático, em
particular, as duas perspectivas incorporam a equação de SCHRÖDINGER e,
independente do tempo legal, em ambos os casos, o objectivo central é resolvê-las.
Além disso, podemos notar que os modelos de LEWIS, da Ligação de Valência e do
Orbital Molecular, apresentam limitações, nenhum dos modelos é completamente
autónomo do ponto de vista teórico; não são capazes de explicar completamente todos
os aspectos da ligação covalente.

Portanto, pensar a química por meio de modelos é uma especificidade da


linguagem química. O meu argumento sugere que em ligação química não pode-se
saber como as moléculas são em si mesmas nem observar as forças que agem entre elas;
o que acreditamos saber sobre elas é realmente o que é conhecido por meio de modelos,
os quais são construídos devido aos nossos interesses e fins de investigação; uma
perspectiva pragmática. Embora o entendimento de ligação química envolva três
explicações que são normalmente chamadas de “teorias”, conforme constatado nos
livros didácticos de química; sustentamos que sejam entendidas como modelos – três
representações da mesma realidade relacionada com modelos distintos.

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4. Referências Bibliográficas

ATKINS, P. JONES, L. Princípios de Química: questionando a vida moderna e o meio


ambiente. Porto Alegre: 3. Ed. Bookman, 2006. p. 170.

ERMAN, E. Factors Contributing to Students’ Misconceptions in Learning Covalent


Bonds. Journal of Research in Science Teaching, v. 54, n. 4, p. 520-537, 2017.

FONTELLES, Mauro José et al. Metodologia da Pesquisa Científica: directrizes para a


elaboração de um protocolo de pesquisa. Revista Paraense de Medicina, v. 23, n. 3, p. 1-
8, 2009.

GIL, A.C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
Disponível em: <https://ayanrafael.files.wordpress.com/2011/08/gil-a-c-mc3a9todos-e
tc3a9cnicas-de-pesquisa-social.pdf> Acesso em: 13 Ago. 2018, 18:55.

GUGLIOTTI, M. Irving Langmuir: o milagre da ciência. Química Nova, 24 (4), 2001.

LAKATOS, E. M. & MARCONI, M. A. (2003). Fundamentos de Metodologia


Cientifica (5ª ed.). São Paulo: Atlas.

LEWIS, G. N. Valence and Tautomerism. Journal of the American Chemical Society,


v. 35, n. 10, p. 1448-1455, 1913.

LEWIS, G. N. Valence and the Structure of Atoms and Molecules. New York: Dover

MORTIMER, E. F.; MOL, G.; DUARTE, L.P. : Regra do Octeto e teoria da ligação
química no ensino médio: dogma ou ciência? Química Nova, v.17, n. 3. 1994.

NETO, W.N.A. A noção clássica de valência e o limiar da representação estrutural;


Cadernos Temáticos de Química Nova na Escola; n. 7, p. 13-24, dez. 2007.

PAULING, L. The Nature of the Chemical Bond and the Structure of Molecules and
Crystals: An Introduction to Modern Structural Chemistry. 3. ed. Ithaca: Cornell
University Press, 1960.

SUBRAMANIAN, N.; M. FILHO, A. V.; SALDANHA, T. C. B. Tópicos em ligação


química II sobre o mérito da regra do octeto. Química Nova, 12 (3), 1989.

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