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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO MARAVILHA BENGUELA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO


CURSO DE ENSINO PRÉ-ESCOLAR

TRABALHO INVESTIGATIVO DE DIDÁCTICA DA


EDUCAÇÃO MUSICAL

TEMA:
A APRENDIZAGEM DO ENSINO PRÉ-ESCOLAR DOS 4
AOS 5 ANOS

Nome: Celita Guilherme Cochacha


Sala nº 39
2º Ano
Turno: Noite

Docente
_________________________

Benguela, 2021
INTRODUÇÃO

A ONU trata da oferta de educação de qualidade na primeira


infância: “Até 2030, garantir que todas as meninas e meninos tenham acesso a
um desenvolvimento de qualidade na primeira infância, cuidados e educação
pré-escolar, de modo que eles estejam prontos para o ensino
primário”. Portanto, a universalização da pré-escola, que atende crianças de 4
e 5 anos e é a primeira etapa obrigatória da educação básica, deve ser um
objetivo real dos municípios. 

O Plano Nacional de Educação  (PNE), na sua meta 1, também


estabeleceu a universalização da pré-escola até o ano de 2016. Todavia, em
2018, a taxa de escolarização para o grupo de 4 e 5 anos foi 92,4% e a meta
não foi alcançada em nenhuma região do país, segundo o IBGE. O Nordeste
se destaca por ter o maior percentual de crianças na escola desde 2016,
alcançando 95,4% em 2018. Sudeste e Sul superaram os 90%, enquanto o
Norte e o Centro-Oeste exibiram os menores percentuais: 86,4% e 86,3%,
respectivamente. 

Um recorte feito pelo IBGE em 2017, quando a taxa de matrículas era de


91,7%, trouxe uma análise sobre os motivos da não frequência das crianças de
4 e 5 anos. Neste momento, estimava-se que 8,3% (440 mil) das crianças
dessa faixa etária estavam fora da escola. Dessas, 24,6% não estavam
matriculadas por ausência de vaga e 19,8% por inexistência de escola na
localidade de moradia, totalizando 44,4% ou 196 mil crianças. Nota-se, ainda,
que 41,4% das crianças de 4 e 5 anos não estavam na escola por desejo dos
pais ou responsáveis. 

Cabe ao poder público municipal identificar as crianças que estão fora


da pré-escola e fornecer as ferramentas que possibilitem o acesso a essa
etapa da educação, crucial para a formação dos indivíduos. 
A APRENDIZAGEM DO ENSINO PRÉ-ESCOLAR DOS 4
AOS 5 ANOS

Aprendizagem é o processo pelo qual


as competências, habilidades, conhecimentos, comportamento ou valores são
adquiridos ou modificados, como resultado
de estudo, experiência, formação, raciocínio e observação. Este processo pode
ser analisado a partir de diferentes perspectivas, de forma que há diferentes
teorias de aprendizagem. Aprendizagem é uma das funções mentais mais
importantes em humanos e animais e também pode ser aplicada a sistemas
artificiais.

Aprendizagem humana está relacionada à educação e desenvolvimento


pessoal. Deve ser devidamente orientada e é favorecida quando o indivíduo
está motivado. O estudo da aprendizagem utiliza os conhecimentos e teorias
da neuropsicologia, psicologia, educação e pedagogia.

Estudos nacionais que acompanharam crianças ao longo da pré-escola


mostram que, no início desta etapa, os conhecimentos delas está associado ao
nível socioeconómico, ou seja, crianças mais pobres e com menos estímulos
tendem a apresentar níveis mais baixos de desenvolvimento. As pesquisas
também indicam que crianças de famílias vulneráveis faltam mais, o que deve
ser observado pelo gestor, pois a frequência à pré-escola está relacionada ao
aprendizado em linguagem e matemática. Garantir essa frequência, portanto,
pode ajudar a mitigar desigualdades educacionais.

Logo, são muitas as comprovações de que educação infantil de


qualidade tem efeitos positivos, consistentes e duradouros na vida das
crianças. 

Alfabetização a princípio significa o domínio da leitura e da escrita, mas


esse domínio é na verdade a conclusão de um longo processo. Para que uma
criança seja alfabetizada, é preciso que ela passe antes por uma série de
etapas em seu desenvolvimento, tornando-se então preparada para a
aquisição da leitura e da escrita. Essas etapas compõem a chamada “fase pré-
escolar” ou “período preparatório”. O processo de alfabetização, é bastante
complexo para a criança, por isso a importância de se respeitar o período
preparatório, que dará a criança o suporte necessário para que ela prossiga
sem apresentar grandes problemas.

Uma criança sem o preparo necessário, pode apresentar durante a


alfabetização, dificuldades relacionadas à coordenação motora fina e à
orientação espacial, não sabendo por exemplo, segurar o lápis com firmeza,
unir as letras enquanto escreve, ou como posicionar a escrita no papel. Pode
ainda ter problemas para identificar os fonemas e associá-los aos grafemas.

Também é possível encontrar crianças que só sabem copiar textos, e


durante um ditado, não conseguem escrever. Podemos falar também sobre as
dificuldades de interpretação de texto, de compreensão, de raciocínio lógico e
ainda nas dificuldades emocionais. Complexos de inferioridade, insegurança,
medo de situações novas, medo de ser repreendida, medo de errar, de não
corresponder às expectativas dos pais, apatia, indiferença ou indisciplina e
revolta, problemas de socialização, baixa auto-estima, e outros. O período
propício para a alfabetização é entre os 4 ou 5 anos. Segundo Freud, é a
chamada “fase latente”, quando a criança já não tem mais interesses
relacionados à descoberta do próprio corpo e do sexo oposto, bem como suas
relações, e pode ter toda a sua atenção voltada para a aprendizagem por que
esses interesses só voltam a se manifestar na puberdade. O processo de
alfabetização pode chegar à 2 anos dependendo da maturidade, do preparo, do
ritmo da criança e do quanto foi estimulada. Este é o período adequado para
que a criança tenha completo domínio da leitura e da escrita, havendo a
necessidade daí por diante do aperfeiçoamento da ortografia, da gramática e a
estimulação constante da compreensão, interpretação e produção de textos.
Além de tudo isso, uma boa alimentação, boa saúde, tempo de sono respeitado
com horários regulares e um ambiente de tranquilidade, segurança e amor
entre a família, intergração entre a família e a escola, facilitam muito a
superação do período de alfabetização com bastante êxito.

Uma boa pré-escola deve:

 Ser aprovada pela secretaria de educação


 Ser devidamente regularizada e fiscalizada
 Ter amplo espaço externo, com variedade de recursos para recreação
 Ser limpa e organizada
 Ter salas adequadas para idades diferentes, que devem ser limpas,
arejadas, amplas e decoradas para melhor estimulação
 Ter recursos pedagógicos variados e organizados: brinquedos, jogos,
ambientes de estimulação, actividades extracurriculares
 Ter professores experientes formados em magistério e/ou pedagogia
 Ter cozinha e refeitórios limpos e amplos
 Ter funcionários para limpeza: cozinha e secretaria
 Apresentar planos pedagógicos organizados e coerentes com as idades
das crianças
 Ter atendimento e boa comunicação com os pais

Muitas pré-escolas se preocupam somente com a alfabetização da


criança, mas é muito importante que a pré-escola se preocupe primeiramente
com o desenvolvimento do período preparatório, com a estimulação de todos
os pré-requisitos que já descrevemos. A escola não deve pular as etapas do
desenvolvimento, isso é extremamente prejudicial e trará consequências
futuras para a criança, nas áreas pedagógica, emocional ou social. Para ser
alfabetizada, uma criança precisa estar madura em todos os sentidos, pois o
processo de alfabetização apresenta novas etapas, e a criança deve estar
preparada para vencê-las. É importante ressaltar que pré-escola não é um
“depósito de crianças”, onde as crianças ficam para que os pais possam
trabalhar. A pré-escola tem um papel importantíssimo no preparo da criança
para a alfabetização e deve cumprir este papel com competência. É o início da
formação da criança, é onde ela vai ter o primeiro contato com o processo de
aprendizagem, que será a base para todos os anos de escola que ela terá no
futuro. Esse contato deverá ser agradável e prazeroso, para que não gere
traumas futuros. No período preparatório, a família e a escola devem caminhar
juntas, auxiliando uma à outra mutuamente. A família deve estimular a criança,
ajudá-la com as tarefas, participar das reuniões, estar em contato com os
professores, interessar-se pela vida escolar da criança.
CONCLUSÃO

Conclui que: Na pré-escola as crianças participam de actividades que


ajudam a estimular seus sentidos, que ajudam no desenvolvimento da
interacção social, de suas capacidades motoras, físicas e cognitivas, a passar
a explorar.

Para finalizar, a escolha de uma pré-escola, não é tarefa fácil, por isso
os pais devem pesquisar muito, conhecer o maior número possível de pré-
escolas, levando em consideração não só as suas expectativas em relação à
escola, mas principalmente as da criança, procurando por uma boa escola, que
seja adequada às necessidades dos seus filhos, que ofereça bom ambiente e
bons serviços. É importante lembrar que a pré-escola é o começo da longa
caminhada escolar de seus filhos, por isso, deve ser um bom começo, que
proporcione alegria e satisfação para a criança, afinal… “a primeira professora
a gente nunca esquece.

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