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Joinville - SC
2021
FACULDADE DOM ALBERTO
Trabalho de conclusão de
curso apresentado como
requisito parcial à obtenção
do título especialista em
Educação Musical e Ensino de
Arte.
Joinville, SC
2021
AS DIFICULDADES DO ENSINO DE ARTES EM SALA DE
AULA.
Waltenei Ribas¹
Abstract: This work presents a historical report on the trajectory of art teaching in
Brazilian schools and the main difficulties encountered among teachers in the
classroom. In addition to proposing a reflection on the process and conceptions of art
education, the importance of such teaching in the student's life and the problem that
involves the performance of some teachers in the classroom is also addressed. He
concludes by pointing out suggestions in order to overcome the challenge of teaching
arts today.
A história da arte resulta na humanidade desde o princípio com uma evolução, como
se constata no crescimento das várias formas de expressão artística no passar dos
séculos. A forma de expressão não depende diretamente da época, ela revela uma
singularidade de um tempo e qualidades de uma sociedade. A oportunidade que a
arte oferece nas diversas formas de expressão se torna uma chance para a
evolução cultural e o esclarecimento da realidade e do contexto social (SILVA eat,
2016 p.88).
Na sala de aula, a arte está em tudo, não se deve fragmentá-la, especialidades das
linguagens: visuais, música, teatro e dança. A arte é social e tem que estar
fundamentada nos conhecimentos artísticos, para dar importância necessária a
escola. Para Ernest Fischer (2002, p.41) “A realidade é um acúmulo de unidades
separadas, existentes umas a lado das outras, sem conexão entre ela”.
O aluno que tem o contato com a arte recebe uma oportunidade de encontrar
múltiplas formas, oferecendo para todos os jovens o conhecimento de bens
culturais, aumentando as possibilidades de desenvolver uma inteligência cada vez
mais clara da realidade, encarando a vida com mais clareza. O conhecimento da
arte realmente possibilita ao aluno/jovem sentir, tocar, ouvir e se expressar (GOMES
eat, 2008).
O tema, arte nas escolas pode se dizer que atualmente é muito complexo conforme
(CUNHA, 2012) relata, embora haja no currículo um significativo reconhecimento no
processo de ensino e aprendizagem, ou seja, na teoria tudo esta ‘’organizado’’,
porém a prática exige um pouco mais de alinhamento pois existem inúmeras
questões que impedem uma efetivação na sala de aula.
Devido ao problema ainda estar pressente hoje nas salas de aula a arte infelizmente
não ultrapassa os cadernos levando a um formato tradicional, onde a experiência
das várias modalidades de conteúdos, tão importantes para o discernimento dos
alunos, é deixado de lado. Os problemas são numerosos, principalmente no que
tange a aspectos conceituais e metodológicos. (MAGALHÃES, 2002)
A legalidade é presente, porém a arte na prática não tem sido olhada com a grande
importância no contexto do processo pedagógico, o que é facilmente constatado
pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB). “A contratação de profissionais não ou pouco
qualificados, e num certo menosprezo da arte em relação às outras disciplinas mais
tradicionais” (GOMES; NOGUEIRA, 2008, p.587).
2 Desenvolvimento
Souza 2017 relata a complexidade de ensinar arte nas escolas publicas, em tema
individuas. Principalmente em decorrência de: ausência de recursos matérias,
indisciplina, insuficiência de carga horária, falta de oportunidade para aplicar a
formação profissional e ainda desvalorização da área. O seu estudo mostra que os
professores escreveram em suas respostas o quão complexo é o desenvolvimento
de suas aulas em decorrência de problemas como: (1) ausência ou escassez de
recursos materiais (46%), (2) indisciplina (26%), (3) reduzida carga horária (11%),
(4) falta de oportunidades para ampliar a formação profissional (10%), e, ainda, (5)
desvalorização profissional (7%).
Já os recursos materiais como lápis de cor, giz de cera, tinta guache, pincéis, papeis
de maior gramatura, telas, dentre numerosos outros é citado por Ferreira e Lana,
onde afirmam gerar dificuldade no desenvolvimento do trabalho pedagógico e
ausência de local específico, como uma sala de artes. Foi um dos problemas citados
conforme Ferreira e Lana (2009, p.44).
A segunda dificuldade mais citada no estudo de Milani foi indisciplina, a se revelar
em comportamentos como desinteresse, desrespeito, desobediência e desordem.
Portanto, esse problema não é enfrentado apenas por professores que atuam com a
disciplina de arte. Os professores se queixam da indisciplina de seus alunos e
reputam, muitas vezes, ao próprio desempenho o desinteresse e a perda de
autoridade, bem como, a déficits de formação familiar (MILANI, 2008; PENA, 2017;
SANTOS; ROSSO, 2012; SILVA; ABUD, 2016; SILVA et al., 2010).
3 Conclusão
BRASIL. Casa Civil. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9.394,
de 20 de dezembro de 1996. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm>. Acesso em: 10 mai. 2021.
FERREIRA, Sonia Maria de Oliveira; LANA, Ivan Nys Ribeiro. Inquietações e razões
para o ensino da arte. Pró-Discente: Caderno de Produção Acadêmico-Científica do
Programa de Pós-Graduação em Educação, Vitória, v. 15, n. 2, p. 44-51, ago./dez.
2009. Disponível em: <https://www.google.com.br/#>. Acesso em: 5 junho. 2021.
MAGALHÃES, Ana Del Tabor. Ensino de arte: perspectivas com base na prática de
ensino. In: BARBOSA, A. M. (Org.). Inquietações e mudanças no ensino de arte.
São Paulo: Cortez, 2002.
PIZZI, Laura Cristina Vieira; ARAÚJO, Isabela Rosália Lima de; MELO, Wanessa
Lopes de Melo. Revista Educação
e Cultura Contemporânea, v. 9, n. 18 p.135-151, 2012.