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PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO

DO TRABALHO E PROCESSO DO
TRABALHO

TEMA DA AULA: Princípios do Direito


Individual do Trabalho

PROF. LEONE PEREIRA


- Pós-Doutorando na Faculdade de Direito da
Universidade de Coimbra.

- Doutor e Mestre pela PUC-SP. Especialista.

- Advogado e Consultor Jurídico Trabalhista do


Escritório PMR Advogados.

- Autor e Palestrante.

- Coordenador e Professor de Direito do


Trabalho, Processo do Trabalho e Prática
Trabalhista do Damásio Educacional.
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AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA NÃO
REGIDO PELA LEI 13.015/2014. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM
PAGAMENTO. EFICÁCIA LIBERATÓRIA DA QUITAÇÃO. A ação de
consignação em pagamento não possui regulamentação na
legislação trabalhista, o que autoriza a aplicação subsidiária das
normas de processo civil. (...). Na ação de consignação em
pagamento, a pretensão material refere-se à quitação de obrigações
decorrentes de contrato de trabalho, matéria regulada pelo direito
material trabalhista, o qual considera válida a quitação apenas das
parcelas especificadas no instrumento de rescisão ou recibo de
quitação. Conclui-se, pois, que não se admite que se reconheça a
quitação geral do contrato de emprego, porquanto ofenderia os
princípios do Direito do Trabalho, especialmente o princípio da
proteção do trabalhador. Assim, a regra contida no Código de
Processo Civil revela-se incompatível (...). (TST AIRR 1309-
23.2013.5.01.0301, Rel. Min.: Douglas Alencar Rodrigues, 7ª Turma -
Publicação: DEJT 03/02/2017)
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA DA
RECLAMADA. APELO INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DO NOVO
CPC (LEI N.º 13.105/2015). CONFLITO DE NORMAS COLETIVAS
APLICÁVEIS. Nos termos do art. 611, caput e § 1.º, da CLT, é
autorizado aos sindicatos profissionais firmarem com os sindicatos
patronais convenção coletiva de trabalho e, com os próprios
empregadores, acordo coletivo de trabalho. Por força do princípio da
aplicação da norma mais benéfica ao trabalhador, havendo conflito
entre as duas normas autônomas, convenção coletiva ou acordo
coletivo, deve prevalecer a que, em seu conjunto, mostrar-se mais
favorável ao trabalhador. Nesse mesmo sentido, a diretriz inserta no
art. 620 da CLT. No caso dos autos, tendo o Regional
expressamente consignado que as cláusulas previstas na convenção
coletiva (CCT - 2014/2014) eram, em seu conjunto (teoria do
conglobamento), mais benéficas ao Reclamante, a determinação de
prevalência da convenção (...). (TST AIRR 1712-09.2015.5.14.0091,
Rel.: Maria de A. Calsing, 4ª Turma – public. 10/02/2017)
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA.
COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. REGULAMENTO
DE PLANO DE BENEFÍCIOS. ACORDO DE REPACTUAÇÃO.
CONDIÇÕES PARA IMPLEMENTAÇÃO NÃO OBSERVADAS
PELAS RECLAMADAS. INVALIDADE. MATÉRIA FÁTICA. No
caso, o Tribunal Regional de origem concluiu que, por ser mais
benéfico, deve ser observado, para o reajuste da
complementação de aposentadoria dos reclamantes, o benefício
concedido indistintamente a todos os seus empregados (...), pois
concluiu que "as normas que integram o regulamento da empresa
e, por tabela, o regulamento do plano de previdência vinculado ao
contrato de trabalho, não podem ser alteradas em desfavor do
obreiro, sob pena de violação ao Princípio da Condição Mais
Benéfica, corolário do Princípio do Direito Adquirido, e insculpido
no art. 468, da CLT". (...). (TST AIRR 138300-67.2010.5.17.0009,
Rel.: José Roberto F. Pimenta, 2ª Turma – p. DEJT 19/12/2016)
RECURSO ORDINÁRIO. PRINCÍPIO "IN DUBIO PRO
OPERARIO". APLICAÇÃO. No processo trabalhista e no Direito
do Trabalho em geral, o princípio "in dubio pro operario" tem
aplicação quando determinada norma jurídica tem mais de uma
interpretação possível, de modo que a mais favorável ao
trabalhador deve ser adotada. O princípio em questão não se
aplica aos fatos controvertidos do processo, que devem ser
provados de acordo com as regras de distribuição do ônus
probatório. (TRT1 – RO Processo nº 00107596920155010058 –
Rel. Flávio Ernesto Rodrigues Silva, 10ª Turma – p. 18/11/2016).
VÍNCULO DE EMPREGO. ÔNUS DA PROVA. O exame da
inexistência ou existência da relação de emprego deve ser feito à
luz do princípio da primazia da realidade, que, segundo Américo
Plá Rodrigues "significa que, em caso de discordância entre o
que ocorre na prática e o que emerge de documentos ou acordos,
deve-se dar preferência ao primeiro, isto é, ao que sucede no
terreno dos fatos". (In "Princípios de Direito do Trabalho", Editora
LTr, São Paulo, 1978, p.210). O ônus de provar a existência de
vínculo de emprego entre as partes era da reclamante, mas com
a alegação da reclamada de que esta trabalhou, mas na condição
de autônoma, houve a inversão de tal ônus, a teor do disposto
nos artigos 818, da CLT e 373 II, do CPC. Desse encargo
processual, no entanto, a ré não se desincumbiu. (TRT2 – RO
Acórdão nº 20160952209 – Processo 00015073220155020020 –
Rel.: Paulo Eduardo Vieira De Oliveira, 03ª Turma – p.
30/11/2016).
ADICIONAL DE RISCO DE VIDA. AGENTE OPERACIONAL I.
CPTM. PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA REALIDADE.
SUBSUNÇÃO DO FATO À NORMA. FALTA DE PROVA DE
REALIZAÇÃO DE FUNÇÕES TÍPICAS DA ÁREA DE
SEGURANÇA. ADICIONAL INDEVIDO. (...). Contudo, o que
importa, com base no princípio da primazia da realidade, não é a
nomenclatura do cargo, mas sim as funções efetivamente
desempenhadas na empresa, de modo a não se estabelecer
distinção entre o cargo de Agente Operacional I e os Agentes de
Segurança Operacional ou Segurança Patrimonial, quando
exerçam as mesmas funções, típicas da área de segurança.
Ressalte-se que a cláusula normativa em tela, por ser benéfica,
deve ser interpretada nos moldes preconizados no artigo 114 do
Código Civil, (...). (TRT2 – RO Acórdão nº 20160929290 –
Processo nº 0001216-18.2015.5.02.0445 – Rel.: Valdir Florindo,
02ª Turma – p. 30/11/2016).
“UBERIZAÇÃO’: “A presente lide examina a chamada
"uberização" das relações laborais, fenômeno que descreve a
emergência de um novo padrão de organização do trabalho a
partir dos avanços da tecnologia. Assim, há que se compreender
o presente conflito segundo os traços de contemporaneidade que
marcam a utilização das tecnologias (...). Entretanto, é essencial
perceber que, ao longo de todo esse processo de evolução
tecnológica do capitalismo, uma ontologia tem permanecido, qual
seja, a existência de um modo de extração de valor trabalho da
força de trabalho. (...) o papel histórico do Direito do Trabalho
como um conjunto de normas construtoras de uma mediação no
âmbito do capitalismo e que tem como objetivo constituir uma
regulação do mercado de trabalho de forma a preservar um
'patamar civilizatório mínimo' por meio da aplicação de princípios,
direitos fundamentais e estruturas normativas que visam manter a
dignidade do trabalhador.” (RTOrd 0011359-34.2016.5.03.0112)

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