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PÓS-GRADUAÇÃO DE DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO

MÓDULO: NOVAS FRONTEIRAS DO DIREITO DO TRABALHO

Professor: Leone Pereira.

1. Material pré-aula

a. Tema:

Direito do Trabalho: conceito; natureza jurídica; Autonomia.


Interpretação. Integração. Eficácia. Fontes do Direito do Trabalho.
Princípios Constitucionais do Direito do Trabalho. Princípios
Específicos do Direito do Trabalho. Renúncia e Transação.

b. Noções Gerais:

b.1. Direito do Trabalho: conceito; natureza jurídica;


autonomia; interpretação; integração; eficácia:

b.1.1. Conceito:

O douto Mauricio Godinho Delgado1 aduz que na busca da


essência e elementos componentes do Direito do Trabalho os juristas
tendem a adotar posturas distintas. Ora enfatizam os sujeitos
componentes das relações jurídicas reguladas por esse ramo jurídico
especializado — trata-se das definições subjetivistas, com enfoque
nos sujeitos das relações justrabalhistas. Por vezes enfatizam o
conteúdo objetivo das relações jurídicas reguladas por esse mesmo
ramo do Direito: são as definições objetivistas, que afirmam enfoque
na matéria de conteúdo das relações justrabalhistas. Há, finalmente,
a elaboração de concepções mistas, que procuram combinar, na
mesma definição, os dois enfoques acima especificados.

Nesse sentido, o ínclito Carlos Henrique Bezerra Leite 2


leciona que o conceito de direito do trabalho encontra três correntes
distintas: subjetivista, objetivista e mista.

1 DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 15ª ed. São Paulo: LTr, 2016,
p.45.
2 LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito do Trabalho. 7ª ed. São Paulo: Saraiva,

2016, p. 39.
Os subjetivistas levam em conta os tipos de trabalhadores
que seriam albergados por esse ramo da árvore jurídica. Para uns,
todos os trabalhadores, inclusive os autônomos, o seriam. Para
outros, apenas uma espécie de trabalhador: o subordinado,
denominado empregado. Perfilham esta corrente Rodolfo Napoli,
Alfredo Huech e Nipperdey (assim como o Direito Comercial é o
direito dos comerciantes, o direito do trabalho é o direito especial dos
trabalhadores). Cesarino Júnior é apontado, entre nós, o maior
defensor desta doutrina ao sustentar que o Direito Social é o sistema
legal de proteção aos fracos.
Orlando Gomes e Elson Gottschalk apud LEITE conceituam
o direito do trabalho como “o conjunto de princípios e regras jurídicas
aplicáveis às relações individuais e coletivas que nascem entre os
empregadores privados — ou equiparados — e os que trabalham sob
sua direção e de ambos com o Estado, por ocasião do trabalho ou
eventualmente fora dele”.

Os objetivistas não partem das pessoas que seriam as


destinatárias do direito do trabalho, mas da matéria sobre que ele
versa, ou seja, o seu objeto. Assim, há os que sustentam ser esse
ramo aplicável a todas as relações de trabalho; ao passo que outros
asseveram que ele se aplica apenas à relação de emprego, excluindo
o trabalho autônomo ou qualquer outra atividade humana de
trabalho. Esposam tal entendimento Aquini, La Loggia, Bayon
Chacon, Gama Cerqueira, Messias Pereira Donato.

Finalmente, há a teoria mista, à qual Leite se filia,


defendida, dentre outros, por Gallart Folch, Miguel Hernainz,
Hernández Gil, Amoros, Caldera, Ramirez Gronda, José Martins
Catharino, Evaristo de Moraes Filho, Amauri Mascaro Nascimento,
Octavio Bueno Magano. Segundo esta corrente, o direito do trabalho
concerne tanto às pessoas quanto à matéria.

A esse propósito, faz-se mister trazer à colação, Eminente


Mauricio Godinho Delgado 3
, assevera ipsis litteris: “o Direito
Individual do Trabalho pode ser definido como o complexo de
princípios, regras e institutos jurídicos que regulam, no tocante às
pessoas e matérias envolvidas, a relação empregatícia de trabalho,
além de outras relações laborais normativamente especificadas”.

3DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 15ª ed. São Paulo: LTr, 2016,
p.47.
DELGADO 4 assevera ainda que, já o Direito Coletivo do
Trabalho pode ser definido como o complexo de princípios, regras e
institutos jurídicos que regulam as relações laborais de empregados e
empregadores, além dos outros grupos jurídicos normativamente
especificados, considerada sua ação coletiva, realizada
autonomamente ou através de suas respectivas associações”.

Por fim, GODINHO 5


aduz que o Direito Material do
Trabalho, compreendendo o Direito Individual e o Direito Coletivo — e
que tende a ser chamado, simplesmente, de Direito do Trabalho, no
sentido lato —, pode, finalmente, ser definido como: complexo de
princípios, regras e institutos jurídicos que regulam a relação
empregatícia de trabalho e outras relações normativamente
especificadas, englobando, também, os institutos, regras e princípios
jurídicos concernentes às relações coletivas entre trabalhadores e
tomadores de serviços, em especial através de suas associações
coletivas.

b.1.2. Natureza Jurídica:

O douto Gustavo Filipe Barbosa Garcia 6


explica que
analisar a natureza jurídica do Direito do Trabalho significa verificar
sua posição no sistema jurídico como um todo.
O autor aduz ainda que é tradicional a divisão do direito
em: Direito Público, voltado à organização do Estado; Direito Privado,
pertinente à regulação dos interesses dos particulares.

Sobre a natureza jurídica do Direito do Trabalho, Garcia


leciona, in verbis:

“No Direito do Trabalho observam-se diversas normas de caráter


cogente, ou seja, com natureza de ordem pública. Isso, no entanto,
não significa que o Direito do Trabalho seja considerado Direito
Público, pois não regula, de forma preponderante, a atividade estatal,
nem o seu exercício de poder de império. O caráter imperativo de
certas normas jurídicas apenas significa a relevância, para a
sociedade, na sua observância. Encontra-se, assim, superada a teoria
do Direito do Trabalho como ramo do Direito Público.
Cabe fazer menção, ainda, às teorias denominadas Direito Social,
Direito Misto e Direito Unitário.

4 Idem.
5 Idem.
6 GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Curso de Direito do Trabalho. 9ª ed. São Paulo: Método,

2015, p. 51.
Conforme a teoria do Direito Social, o Direito do Trabalho é gênero
distinto dos ramos público e privado, com a finalidade de proteger os
hipossuficientes. No entanto, todos os ramos do Direito, por
natureza, são sociais, pois regulam as diversas relações em
sociedade.
A teoria do Direito Misto defende que o Direito do Trabalho engloba
relações privadas e relações públicas.

De acordo com a teoria do Direito Unitário, o Direito do Trabalho é o


resultado da fusão do Direito Público e Privado, destacando-se a sua
unidade.
O melhor entendimento é no sentido de ser o Direito do Trabalho
ramo do Direito Privado, tendo como instituto central o próprio
contrato de trabalho, regulando, de forma preponderante, os
interesses dos particulares envolvidos nas diversas relações jurídicas
pertinentes à matéria estudada.”

b.1.3. Autonomia:
Em relação a autonomia, Delgado 7 assevera que o jurista
italiano Alfredo Rocco sintetizou, com rara felicidade, a tríade de
requisitos necessários ao alcance de autonomia por certo ramo
jurídico. Trata-se, de um lado, da existência, em seu interior, de um
campo temático vasto e específico; de outro lado, a elaboração de
teorias próprias ao mesmo ramo jurídico investigado; por fim, a
observância de metodologia própria de construção e reprodução da
estrutura e dinâmica desse ramo jurídico enfocado.

A esses três requisitos, Delgado acrescentaria um quarto,


consubstanciado na existência de perspectivas e questionamentos
específicos e próprios, em contraposição aos prevalecentes nos ramos
próximos ou correlatos.

Conforme aduz Godinho Delgado, o Direito do Trabalho é


cotejado com o conjunto de quatro requisitos para a conquista da
autonomia, quais sejam: campo temático vasto e específico;
elaboração de teorias próprias ao mesmo ramo jurídico investigado;
observância de metodologia própria de construção e reprodução da
estrutura e dinâmica do ramo jurídico enfocado e por fim a existência
de perspectivas e questionamentos específico e próprios, em
contraposição aos prevalecentes nos ramos próximos ou correlatos.

7DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 15ª ed. São Paulo: LTr, 2016,
p.72.
A saudosa Alice Monteiro de Barros 8 inferiu em sua obra
que o Direito do Trabalho possui autonomia científica, embora não
esteja isolado das outras disciplinas. Sua autonomia doutrinária e
legislativa constata-se na amplitude de seu campo de ação, capaz de
autorizar uma legislação especial, fora do âmbito do Direito Civil,
fundada em princípios peculiares, os quais permitem a elaboração de
doutrinas presididas por conceitos gerais comuns e diversos daqueles
encontrados em outras disciplinas. Além desses aspectos, a disciplina
possui autonomia didática em quase todos os países, pois está
incluída como matéria obrigatória nos programas de ensino superior e
possui um segmento especial do poder judiciário para apreciar os
litígios oriundos das questões que envolvem o capital e trabalho.

b.1.4. Interpretação:

O douto Desembargador Sergio Pinto Martins 9 leciona em sua obra


que a interpretação decorre da análise da norma jurídica que vai ser
aplicada aos casos concretos. Aduz que várias são as formas de
interpretação da norma jurídica:

a) gramatical ou literal (verba legis): consiste em verificar qual o


sentido do texto gramatical da norma jurídica. Analisa-se o alcance
das palavras encerradas no texto da lei;
b) lógica (mens legis): em que se estabelece conexão entre vários
textos legais a serem interpretados;
c) teleológica ou finalística: a interpretação será dada ao dispositivo
legal de acordo com o fim colimado pelo legislador;
d) sistemática: a interpretação será dada ao dispositivo legal conforme a
análise do sistema no qual está inserido, sem se ater à interpretação
isolada de um dispositivo, mas a seu conjunto;
e) extensiva ou ampliativa: em que se dá um sentido mais amplo à
norma a ser interpretada do que ela normalmente teria;
f) restritiva ou limitativa: dá-se um sentido mais restrito, limitado, à
interpretação da norma jurídica. Mostra o art. 114 do Código Civil que
os negócios jurídicos benéficos e a renúncia devem ser interpretados
restritivamente;
g) histórica: o Direito decorre de um processo evolutivo. Há necessidade
de se analisar, na evolução histórica dos fatos, o pensamento do
legislador não só à época da edição da lei, mas também de acordo
com a sua exposição de motivos, mensagens, emendas, as

8 BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 10ª ed. São Paulo: LTr, 2016,
p.73.
9 MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 32ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016, p.107/108.
discussões parlamentares etc. O Direito, portanto, é uma forma de
adaptação do meio em que vivemos em razão da evolução natural
das coisas;
h) autêntica: é a realizada pelo próprio órgão que editou a norma, que
irá declarar seu sentido, alcance e conteúdo, por meio de outra
norma jurídica. Também é chamada de interpretação legal ou
legislativa;
i) sociológica: em que se verifica a realidade e a necessidade social na
elaboração da lei e em sua aplicação. O juiz, ao aplicar a lei, deve
ater-se aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem
comum (art. 5º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
e §1º, art. 852-I da CLT).

Martins 10
explica que não há apenas uma única
interpretação que pode ser feita, mas devem seguir os métodos de
interpretação mencionados nas alíneas a a i supra.

b.1.5. Integração:

Delgado 11 leciona que denomina-se integração jurídica o


processo de preenchimento de lacunas normativas verificadas no
sistema jurídico em face de um caso concreto, mediante o recurso a
outras fontes normativas que possam ser especificamente aplicáveis.

O renomado Ministro 12 assevera que a ciência do Direito


tem feito a distinção entre dois tipos de integração jurídica: a
autointegração e a heterointegração.

A autointegração ocorre quando o operador jurídico vale-


se de norma supletiva componente das próprias fontes principais do
Direito. A norma adotada é aqui considerada supletiva apenas pela
circunstância de ela, de fato, não incidir, originariamente, sobre o
caso concreto enfocado na operação integrativa (embora
naturalmente se aplique a outros casos nela mesma previstos),
passando, contudo, a regê-lo em decorrência da lacuna percebida nas
fontes normativas principais aplicáveis ao referido caso examinado. A
interpretação jurídica faz-se, desse modo, dentro do próprio universo
normativo principal do Direito (sendo por isso chamada de
autointegração).

10 MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 32ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016, p.107/108.
11 DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 15ª ed. São Paulo: LTr, 2016,
p.243.
12 DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 15ª ed. São Paulo: LTr, 2016,

p.245.
A analogia é o instrumento central da autointegração do
Direito.

A heterointegração ocorre quando o operador jurídico


vale-se de norma supletiva situada fora do universo normativo
principal do Direito. A pesquisa integrativa faz-se em torno de outras
normas que não as centrais do sistema jurídico (por isso é que a
operação é chamada heterointegração). A norma adotada na
heterointegração posicionada fora das fontes jurídicas principais do
sistema, constitui-se em típica fonte supletiva do Direito, já que rege
situações fáticas concretas somente em circunstâncias de utilização
da operação integrativa.

b.1.6. Eficácia:
Sergio Pinto Martins 13
explica que eficácia significa
aplicação ou execução da norma jurídica. Pode ser dividida em
relação ao tempo e ao espaço:

A eficácia no tempo refere-se à entrada da lei em vigor.


Normalmente, as disposições do Direito do Trabalho entraram em
vigor a partir da data da publicação da lei, tendo eficácia imediata.
Inexistindo disposição expressa na lei, esta começa a vigorar 45 dias
depois de oficialmente publicada (§1º do art. 1º do Decreto-lei nº
4.657/42).

Bezerra Leite14 aduz que a eficácia da norma trabalhista no


tempo leva em conta dois princípios constitucionais gerais: o da
irretroatividade, uma vez que a lei não pode retroagir para
prejudicar, pois deve respeitar o direito adquirido, a coisa julgada e o
ato jurídico perfeito (CF, art. 5º, XXXVI) e o da aplicabilidade
imediata dos direitos fundamentais (CF, art. 5º, §1º), na medida em
que as normas que criam direitos fundamentais sociais entram em
vigor imediatamente.

A eficácia da lei trabalhista no espaço diz respeito ao


território em que vai ser aplicada a norma. Nossa lei trabalhista irá
aplicar-se no Brasil tanto para os nacionais como para os estrangeiros
que se socorrerem das vias judiciais trabalhistas em nosso país.

13MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 32ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016, p.110.
14LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito do Trabalho. 7ª ed. São Paulo: Saraiva,
2016, p. 121.
Tanto o empregado nacional como o estrangeiro que labora em nosso
país poderão socorrer-se da legislação trabalhista brasileira15.

b.2. Fontes do Direito do Trabalho:

As fontes do Direito são classificadas em materiais e


formais, sendo as materiais os fatores sociais, econômicos, políticos,
filosóficos e históricos que deram origem ao Direito, influenciando na
criação de normas jurídicas. Já as formais são as formas de
manifestação do Direito no sistema jurídico16.

Alguns exemplos de fontes formais podem ser citados: a


Constituição Federal, as Leis, os atos do Poder Executivo, a Sentença
Normativa, a jurisprudência, a sentença arbitral, as convenções e
acordos coletivos, os usos e costumes, o regulamento de empresa, o
contrato de trabalho e os princípios jurídicos.

As fontes formais classificam-se em fontes heterônomas


ou fontes autônomas17.
As fontes heterônomas são as elaboradas por terceiros,
alheios às partes da relação jurídica que regulam; o comando
normativo vem de fora.
Fontes autônomas são aquelas elaboradas pelos próprios
destinatários da norma, ou seja, as partes da relação jurídica.
A ilustre doutrinadora Carla Teresa Martins Romar 18

leciona que em relação à origem, ao núcleo de produção das fontes


jurídicas formais, duas são as teorias que tratam do tema:
Teoria Monista: segundo a qual as fontes jurídicas formais derivam de
um único centro de produção — o Estado; ou seja, para esta teoria as
normas jurídicas são única e exclusivamente de origem estatal, pois
só o Estado pode exercer coerção e aplicar sanção em caso de
descumprimento da norma.

Teoria pluralista: sustenta a possibilidade de a norma jurídica emanar


de diversos centros de positivação, e não somente o Estado. O
plurinormativismo jurídico evidencia-se de forma muito clara no
âmbito do Direito do Trabalho, no qual as chamadas normas coletivas

15 MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 32ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016, p.111.
16 GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Curso de Direito do Trabalho. 9ª ed. São Paulo: Método,
2015, p. 35.
17 ROMAR, Carla Teresa Martins. Direito do Trabalho Esquematizado. 3ª ed. São Paulo:

Saraiva, 2015, p. 56.


18 ROMAR, Carla Teresa Martins. Direito do Trabalho Esquematizado. 3ª ed. São Paulo:

Saraiva, 2015, p. 55.


(acordos e convenções coletivos de trabalho) constituem uma
realidade concreta que, estabelecendo regras, condutas e direitos
diferentes e além dos previstos em lei, conferem dinamicidade às
relações entre trabalhadores e empregadores.

b.3. Princípios Constitucionais do Direito do Trabalho:

O ínclito jurista Luciano Martinez19 assevera que antes de


oferecer distinções, cabe destacar que os princípios e as regras são
espécies do gênero “norma jurídica”. Ambos, portanto, desde que
positivados (explícita ou implicitamente), têm força normativa. Os
princípios prescrevem diretrizes, produzindo verdadeiros mandados
de otimização que, em última análise, visam a potencialização da
própria justiça. Por serem dotados de estrutura valorativa, os
princípios reclamam uma conduta racional e criativa do intérprete
para sua aplicação. Celso Antonio Bandeira de Mello, por isso, com a
maestria que lhe é habitual, o define como “mandamento nuclear de
um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição fundamental que se
irradia sobre diferentes normas compondo-lhe o espírito e servindo
de critério para a sua exata compreensão e inteligência, exatamente
porque define a lógica e a racionalidade do sistema normativo
conferindo-lhe a tônica que lhe dá sentido harmônico”.

Alice Monteiro de Barros 20 ensina em sua obra que os


princípios constitucionais, segundo alguns autores, “têm deixado de
ser princípios científicos ou dogmas, para se converterem em direito
positivo e, pois, com plena eficácia jurídica”.
Entre os princípios constitucionais do Direito do Trabalho,
Amauri Mascaro Nascimento arrola: “a liberdade sindical; a não
interferência do Estado na organização sindical (art. 8º, I); o direito
de greve (art. 9º); representação dos trabalhadores na empresa (art.
11); o reconhecimento das convenções e acordos coletivos (art. 7º,
XXVI); proteção em face da automação (art. 7º, XXVII); proteção
contra a dispensa arbitrária ou sem justa causa (art. 7º, I);
irredutibilidade de salários (art. 7º, VI); isonomia salarial”, etc. 21

19 MARTINEZ, Luciano. Curso de Direito do Trabalho. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 2015, p.
107.
20 BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 10ªed. São Paulo: LTr, 2016, p.

118/119.
21 NASCIMENTO apud BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 10ª ed. São

Paulo: LTr, 2016. p. 119.


b.4. Princípios Específicos do Direito do Trabalho:

Alice Monteiro de Barros22 assevera que os princípios têm


como funções informar o legislador, orientar o Juiz na sua atividade
interpretativa, e, por fim, integrar o direito, que é sua função
normativa.

Segundo a doutrina de Plá Rodriguez, citada por Barros,


esses princípios podem ser assim enumerados: princípio da proteção,
da primazia da realidade, da irrenunciabilidade, da continuidade, da
boa-fé e da razoabilidade. 23

ROMAR 24 aduz que o princípio protetor é o critério que


orienta todo o Direito do Trabalho e com base no qual as normas
jurídicas devem ser elaboradas, interpretadas e aplicadas e as
relações jurídicas trabalhistas devem ser desenvolvidas.

A douta25 explica que esse princípio tem por fundamento a


proteção do trabalhador enquanto parte economicamente mais fraca
da relação de trabalho e visa assegurar uma igualdade jurídica entre
os sujeitos da relação, permitindo que se atinja uma isonomia
substancial e verdadeira entre eles.

Esse princípio de subdivide em outros três, quais sejam:

Princípio in dubio pro operario: na interpretação de uma disposição


jurídica que pode ser entendida de diversos modos, ou seja, havendo
dúvida sobre o seu efetivo alcance, deve-se interpretá-la em favor do
empregado. Não se trata, no entanto, de alterar o significado claro da
norma, nem se permite atribuir sentido que, de modo nenhum, possa
ser deduzido da disposição26.

Princípio da aplicação da norma mais favorável: a aplicação da norma


mais favorável pode ser dividida de três maneiras: (a) a elaboração
da norma mais favorável, em que as novas leis devem dispor de

22 BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 10ª ed. São Paulo: LTr, 2016, p.
122.
23 RODRIGUEZ apud BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 10ª ed. São

Paulo: LTr, 2016, p. 122.


24 ROMAR, Carla Teresa Martins. Direito do Trabalho Esquematizado. 3ª ed. São Paulo:

Saraiva, 2015, p. 47.


25 ROMAR, Carla Teresa Martins. Direito do Trabalho Esquematizado. 3ª ed. São Paulo:

Saraiva, 2015, p. 47.


26 GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Curso de Direito do Trabalho. 9ª ed. São Paulo: Método,

2015, p. 95.
maneira mais benéfica ao trabalhador. Com isso se quer dizer que as
novas leis devem tratar de criar regras visando à melhoria da
condição social do trabalhador; (b) a hierarquia das normas jurídicas:
havendo várias normas a serem aplicadas numa escala hierárquica,
deve-se observar a que for mais favorável ao trabalhador. Assim, se
o adicional de horas extras previsto em norma coletiva for superior ao
previsto na lei ou na Constituição, deve-se aplicar o adicional da
primeira. A exceção à regra diz respeito a normas de caráter
proibitivo; (c) a interpretação da norma mais favorável: da mesma
forma, havendo várias normas a observar, deve-se aplicar a regra
mais benéfica ao trabalhador. O art. 620 da CLT prescreve que “as
condições estabelecidas em convenção, quando mais favoráveis,
prevalecerão sobre as estipuladas em acordo”.
A contrario sensu, as normas estabelecidas em acordo coletivo,
quando mais favoráveis, prevalecerão sobre as estipuladas em
convenção coletiva27.

Princípio da condição mais benéfica: sobre o tema, Mauricio Godinho


Delgado 28
preleciona que este princípio importa na garantia de
preservação, ao longo do contrato, da cláusula contratual mais
vantajosa ao trabalhador, que se reveste do caráter de direito
adquirido (art. 5º, XXXVI, CF/88). Ademais, para o princípio, no
contraponto entre dispositivos contratuais concorrentes, há de
prevalecer aquele mais favorável ao empregado.

Não se trata, aqui, como visto, de contraponto entre


normas (ou regras), mas cláusulas contratuais (sejam tácitas ou
expressas, sejam oriundas do próprio pacto ou do regulamento de
empresa). O que o princípio abrange são as cláusulas contratuais, ou
qualquer dispositivo que tenha, no Direito do Trabalho, essa
natureza29.

Princípio da primazia da realidade: Bezerra Leite 30 assevera que a


realidade fática na execução do contrato prevalece sobre o aspecto
formal das condições nele avençadas. Trata-se da aplicação do
princípio da primazia da realidade.

27 MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 32ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016, p. 134.
28 DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 15ª ed. São Paulo: LTr, 2016,
p. 205.
29 DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 15ª ed. São Paulo: LTr, 2016,

p. 205.
30 LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito do Trabalho. 7ª ed. São Paulo: Saraiva,

2016, p. 91.
O douto aduz que, assim, pouco importa se na CTPS do
empregado conste que ele percebe, v. g., apenas um salário fixo,
quando, em realidade, há pagamento de comissões “por fora”.

Princípio da irrenunciabilidade: os direitos trabalhistas não são


renunciáveis, uma vez que, permitida livremente a renúncia, a
posição econômica de sujeição do trabalhador ao empregador o
levaria a abrir mão dos direitos aos quais, livremente, não abdicaria
(art. 9º, CLT) 31.

Princípio da continuidade: estabelece que os contratos sejam


pactuados por prazo indeterminado, sendo admitido
excepcionalmente por prazo determinado em alguns casos. Este
princípio visa a preservação do emprego.

Sobre o tema, importante apresentar o que dispõe a


Súmula 212 do TST:

“O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando


negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador,
pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui
presunção favorável ao empregado”.

Princípio da boa-fé: esse princípio possui uma dimensão objetiva, que


incide no direito obrigacional como regra de conduta segundo a qual
as partes deverão comportar-se com lealdade recíproca nas relações
contratuais. Em sua dimensão subjetiva, a boa-fé assenta-se na
crença que induz uma parte a agir equivocadamente, mas na
absoluta convicção de que não está lesando interesses alheios
juridicamente protegidos. A boa-fé subjetiva se encontra, em regra,
no campo dos direitos reais, mas poderá ocorrer na órbita do Direito
Previdenciário, quando o segundo recebe um benefício
equivocadamente, sem a noção de estar prejudicando o órgão
previdenciário e a coletividade32.

Princípio da razoabilidade: embora a maioria da doutrina não faça


referência a razoabilidade como um dos princípios do Direito do
Trabalho, Plá Rodriguez defende sua importância e utilidade e o
estuda como princípio que “consiste na afirmação essencial de que o
ser humano, em suas relações trabalhistas, procede e deve proceder

31 NETO, Francisco Ferreira Jorge; CAVALCANTE, Jouberto de Quadros Pessoa. Direito do


Trabalho. 8ª ed. São Paulo: Atlas, 2015, p. 117.
32 BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 10ªed. São Paulo: LTr, 2016.
conforme a razão”, ou seja, nas relações de trabalho as partes e os
operadores do Direito devem sempre buscar a solução mais razoável
para os conflitos dela advindos33.

b.5. Renúncia e Transação:

O ínclito jurista Luciano Martinez34 leciona que renúncia e


transação são atos jurídicos de despojamento. Embora se
assemelhem pela disponibilidade, são institutos bem diferentes e com
efeitos jurídicos totalmente diversos. A renúncia é um ato unilateral
por meio do qual o renunciante abdica de um direito certo e de
titularidade induvidosa; a transação, por outro lado, é um ato
bilateral por meio do qual os litigantes, diante da dúvida quanto à
titularidade ou quanto à extensão de um direito, resolvem, por
concessões recíprocas, pôr fim ao litígio ou, ao menos, preveni-lo.

A saudosa Alice Monteiro de Barros 35 aduz que renúncia é


conceituada pelos civilistas (Caio Mário da Silva Pereira) como “a
abdicação que o titular faz do seu direito, sem transferi-lo a quem
quer que seja”. É o abandono voluntário do direito.

Explica ainda que os principais elementos são:


manifestação de vontade consciente, dirigida à produção de um
resultado prático previsto pelo ordenamento jurídico; ato unilateral,
no Direito do Trabalho, podendo ser bilateral, no Direito Civil,
conforme a natureza do direito a que se renuncie; pressupõe certeza
do direito36.

O douto Delgado37 faz a seguinte diferenciação:

A renúncia é ato unilateral da parte, através do qual ela se despoja


de um direito de que é titular, sem correspondente concessão pela
parte beneficiada pela renúncia.
A transação é ato bilateral (ou plurilateral), pelo qual se acertam
direitos e obrigações entre as partes acordantes, mediante

33 ROMAR, Carla Teresa Martins. Direito do Trabalho Esquematizado. 3ª ed. São Paulo:
Saraiva, 2015, p. 50.
34 MARTINEZ, Luciano. Curso de Direito do Trabalho. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 2015, 115.
35 PEREIRA apud BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 10ª ed. São

Paulo: LTr, 2016, p. 132.


36 BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 10ª ed. São Paulo: LTr, 2016, p.

132.
37 DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 15ª ed. São Paulo: LTr, 2016,

p. 219.
concessões recíprocas (despojamento recíproco), envolvendo
questões fáticas ou jurídicas duvidosas (res dubia).

Com base no tema abordado, importante trazer à baila os


ensinamentos da Ministra Vólia Bomfim Cassar 38 que assevera que o
objeto da renúncia e da transação são os direitos patrimoniais
trabalhistas de caráter privado, seja antes da contratação, durante o
contrato ou após a sua extinção. Portanto, é necessário traçar as
diferenças entre os direitos patrimoniais de caráter privado e os
direitos de caráter público, ou seja, os direitos disponíveis e os
indisponíveis e, a partir de então prosseguir no raciocínio.

CASSAR 39
aduz que patrimoniais são os direitos
suscetíveis de serem avaliados em dinheiro, isto é, aqueles em que é
possível se atribuir valoração econômica, expressão monetária.
Indisponíveis são os direitos que são controlados pelo Estado com
maior ou menor intensidade, por protegerem interesses públicos. Não
derivam da autonomia da vontade da parte e sim de imposição legal
feita através de normas cogentes, impostas pelo Estado para tutelar
algum interesse social. Disponíveis são os direitos cujos interesses
são particulares, suscetíveis de circulabilidade.

c. Legislação

Constituição: arts.: 7º, 8º e 9º;


CLT: art. 9º;
Súmulas do TST: 212.

d. Julgados/Informativos

TRT-6 - Recurso Ordinário RO 00007280920165060351 (TRT-


6)
Data de publicação: 26/10/2016
Ementa: JUSTIÇA GRATUITA. REQUISITOS LEGAIS PREENCHIDOS.
Para a concessão do benefício da justiça gratuita, é suficiente o
requerimento formulado pelo autor, afirmando a sua miserabilidade
sob as penas da lei- requerimento este que, aliás, pode ser firmado
pelo próprio advogado, a teor da Orientação Jurisprudencial nº. 331
da SDI-1 do C. TST. Na hipótese, considerando-se que a declaração
da parte preenche os requisitos da Lei nº 1.060 /50, indeferir a
gratuidade postulada pelo reclamante é solução que vai de encontro

38 CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 11ªed. São Paulo: Gen Método, 2015, p. 204.
39 CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 11ªed. São Paulo: Gen Método, 2015, p. 205.
ao princípio do amplo acesso ao poder judiciário e ao princípio da
proteção. Recurso a que se dá provimento, no particular. (Processo:
RO - 0000728-09.2016.5.06.0351, Redator: Eduardo Pugliesi, Data
de julgamento: 26/10/2016, Primeira Turma, Data da assinatura:
04/11/2016)

TRT-17 - RECURSO ORDINARIO TRABALHISTA RO


00019398620145170014 (TRT-17)
Data de publicação: 15/06/2016
Ementa: DANO MORAL. REDUÇÃO SALARIAL INJUSTIFICADA. A
redução salarial injustificada infringe o princípio da inalterabilidade
contratual lesiva, além de ofender os princípios da intangibilidade e
da irredutibilidade salarial, que têm por finalidade a proteção ao
salário do empregado, além de importar em conduta que viola a
moral do trabalhador, pois impõe prejuízo de ordem imaterial. (TRT
17ª R., RO 0001939-86.2014.5.17.0014, 2ª Turma, Rel.
Desembargador Lino Faria Petelinkar, DEJT 15/06/2016 ).
Encontrado em: 15/06/2016 - 15/6/2016 RECURSO ORDINARIO
TRABALHISTA RO 00019398620145170014 (TRT-17) LINO FARIA

TRT-18 - ROPS 00108529420165180261 GO 0010852-


94.2016.5.18.0261 (TRT-18)
Data de publicação: 11/11/2016
Ementa: DAS HORAS IN ITINERE . LIMITAÇÃO EM NORMA
COLETIVA. INTERPRETRAÇÃO DA SÚMULA 277 DO TST.
ULTRATIVIDADE. CONDIÇÃO MAIS BENÉFICA. A ultratividade das
normas coletivas prevista na Súmula 277 do TST refere-se às
garantias ou direitos conquistados pela categoria profissional, não
servindo para manutenção delimitação ou restrição de direitos
legalmente assegurados, ponto em que se aplica os princípios da
condição mais benéfica e/ou da norma mais favorável. (TRT18,
ROPS - 0010852-94.2016.5.18.0261, Rel. ELVECIO MOURA DOS
SANTOS, 3ª TURMA, 11/11/2016)
Encontrado em: 3ª TURMA ROPS 00108529420165180261 GO
0010852-94.2016.5.18.0261 (TRT-18) ELVECIO MOURA DOS
SANTOS

TRT-18 - RECURSO ORDINARIO TRABALHISTA RO


00100152520165180104 GO 0010015-25.2016.5.18.0104
(TRT-18)
Data de publicação: 08/09/2016
Ementa: HORAS IN ITINERE . SUPRESSÃO POR NORMA COLETIVA.
IMPOSSIBILIDADE. Conforme entendimento reiterado da Superior
Corte Trabalhista, é inválida cláusula de instrumento normativo
coletivo de trabalho que prevê supressão do pagamento do tempo
despendido a título de horas in itinere , por caracterizar renúncia, e
não transação, de direito trabalhista. No mesmo sentido a Súmula
nº 08 deste Egrégio Regional. (TRT18, RO - 0010015-
25.2016.5.18.0104, Rel. WELINGTON LUIS PEIXOTO, 4ª TURMA,
08/09/2016) Encontrado em: 4ª TURMA RECURSO ORDINARIO
TRABALHISTA RO 00100152520165180104 GO 0010015-
25.2016.5.18.0104 (TRT-18

e. Leitura sugerida:

- DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 15ª


ed. São Paulo: LTr, 2016. (No dia 13/02/2017 estará disponível a
venda a 16ª edição. No momento só está disponível a pré-venda para
a nova edição)

- _______________. Os princípios na estrutura do direito. In:


Revista do Tribunal Superior do Trabalho, Porto Alegre, RS, v. 75, n.
3, p. 17-34, jul./set. 2009. Disponível em:
http://aplicacao.tst.jus.br/dspace/bitstream/handle/1939/13660/001
_delgado.pdf?sequence=4

- _______________. Princípios de Direito Individual e Coletivo do


Trabalho. 4ª ed. São Paulo: Ltr, 2013.

- PINTO e SILVA, Otavio. Fontes do Direito do Trabalho. Revista USP.


Disponível em:
http://www.revistas.usp.br/rfdusp/article/view/67500/70110

f. Leitura complementar

- ANDRADE, Everaldo Gaspar Lopes de. Princípios de direito do


trabalho e seus fundamentos teórico-filosóficos: problematizando,
refutando e deslocando o seu objeto. São Paulo: Ltr, 2008.

- BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 10ª ed.


São Paulo: LTr, 2016;

- BARROS, Alice Monteiro de. Limites da Renúncia e da Transação


Judicial e Extrajudicial. In: Revista TRT - 3ª Região - Belo Horizonte,
27 (57): 89-101, Jul.97/Dez.97. Disponível em:
http://www.trt3.jus.br/escola/download/revista/rev_57/Alice_Barros.
pdf
- BERTOLIN, Patrícia Tuma Martins. As fontes do Direito do Trabalho
e a hierarquia das normas jurídicas trabalhistas. Âmbito Jurídico.
Disponível em: http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_
id=2504

- CAMINHA, Marco Aurélio Lustosa. Um estudo crítico sobre as fontes


do Direito do Trabalho no Brasil e sua aplicação. Jus Navigandi,
Teresina, ano 5, n. 46, 1 out. 2000. Disponível em:
http://jus.com.br/artigos/1138

- CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 11ª ed. São Paulo:


Método, 2015.

- CORREIA, Marcus Orione Gonçalves (Org.). Curso de Direito do


Trabalho. V. 1. Teoria Geral do Direito do Trabalho. São Paulo: Ltr,
2007.

- FABRE, Luiz Carlos Michele. Fontes do Direito do Trabalho. São


Paulo: Ltr, 2009.

- FELICIANO, Guilherme Guimarães. Dos princípios do Direito do


Trabalho no mundo contemporâneo. Jus Navigandi, Teresina, ano
11, n. 916, 5 jan. 2006. Disponível em:
http://jus.com.br/artigos/7795

- GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Curso de Direito do Trabalho. 9ª


ed. Rio de Janeiro: Gen Forense, 2015.

- GEMIGNANI, Tereza Aparecida Asta. Princípios- Marcos de


Resistência. In: Revista eletrônica do TRT 15ª região, v. 27, 2005.
Disponível em:
http://www.trt15.jus.br/escola_da_magistratura/Rev27Art3.pdf

- LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direito do trabalho. 7ª ed.


São Paulo: Saraiva, 2016.

- MAFRA, Francisco. Direito do Trabalho: conceito, características,


divisão, autonomia, natureza, funções. Âmbito Jurídico. Disponível
em:
http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_
id=981

- MANUS, Pedro Paulo Teixeira. Direito do Trabalho. 16ª ed. São


Paulo: Atlas, 2015.

- MARTINEZ, Luciano. Curso de direito do trabalho. 7ª ed. São Paulo:


Saraiva, 2016.

- MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 32ª ed. São Paulo:


Saraiva, 2016. (Já está como pré-venda a 33ª edição 2017)

- MOLINA, André Araújo; GUERRA FILHO, Willis Santiago. Renúncia e


transação no Direito do Trabalho. Uma nova visão constitucional à luz
da teoria dos princípios. In: Jus Navigandi, Teresina, ano 14, n. 2126,
27 abr. 2009. Disponível em:
http://jus.com.br/revista/texto/12715/renuncia-e-transacao-no-
direito-do-trabalho

- NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de direito do trabalho:


história e teoria geral do direito do trabalho: relações individuais e
coletivas do trabalho. 29ª ed. São Paulo: Saraiva, 2014.

- NETO, Francisco Ferreira Jorge; CAVALCANTE, Jouberto de Quadros


Pessoa. Direito do Trabalho. 8ª ed. São Paulo: Atlas, 2015.

- OLIVA, José Roberto Dantas. O magistrado em face da equidade


como instrumento válido de interpretação e integração normativa. In:
Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, Campinas,
n. 20, 2002. Disponível em:
http://bdjur.stj.jus.br/jspui/bitstream/2011/18243/O_Magistrado_em
_Face_da_Eqüidade.pdf

- RODRIGUEZ, Américo Plá. Princípios de Direito do Trabalho. 3ªed.


São Paulo: LTr, 2004.

- ROMAR, Carla Teresa Martins. Direito do Trabalho Esquematizado.


3ª ed. São Paulo: Saraiva, 2015.

- SEVERO, Valdete Souto. Princípio da proteção. Jus Navigandi,


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<http://jus.com.br/artigos/24690>
- SÜSSEKIND, Arnaldo. Curso de direito do trabalho. Rio de Janeiro:
Renovar, 2010 (“Teoria Geral do Direito do Trabalho” p. 79-144;
“Renúncia e Transação” p. 287-292).

- _______________. Os princípios social-trabalhistas na


Constituição brasileira. In: Revista do Tribunal Superior do Trabalho,
Porto Alegre, RS, v. 69, n. 1, p. 40-46, jan./jun. 2003. Disponível
em:
http://aplicacao.tst.jus.br/dspace/bitstream/handle/1939/3838/003_
sussekind.pdf?sequence=7

WANDERLEY, Maria do Perpétuo Socorro. A dignidade da pessoa


humana nas relações de trabalho. In: Revista do Tribunal Superior do
Trabalho, Porto Alegre, RS, v. 75, n. 3, p. 106-115, jul./set. 2009.
http://aplicacao.tst.jus.br/dspace/bitstream/handle/1939/13637/006
_wanderley.pdf?sequence=4

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