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1. Material pré-aula
a. Tema:
b. Noções Gerais:
b.1.1. Conceito:
1 DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 15ª ed. São Paulo: LTr, 2016,
p.45.
2 LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito do Trabalho. 7ª ed. São Paulo: Saraiva,
2016, p. 39.
Os subjetivistas levam em conta os tipos de trabalhadores
que seriam albergados por esse ramo da árvore jurídica. Para uns,
todos os trabalhadores, inclusive os autônomos, o seriam. Para
outros, apenas uma espécie de trabalhador: o subordinado,
denominado empregado. Perfilham esta corrente Rodolfo Napoli,
Alfredo Huech e Nipperdey (assim como o Direito Comercial é o
direito dos comerciantes, o direito do trabalho é o direito especial dos
trabalhadores). Cesarino Júnior é apontado, entre nós, o maior
defensor desta doutrina ao sustentar que o Direito Social é o sistema
legal de proteção aos fracos.
Orlando Gomes e Elson Gottschalk apud LEITE conceituam
o direito do trabalho como “o conjunto de princípios e regras jurídicas
aplicáveis às relações individuais e coletivas que nascem entre os
empregadores privados — ou equiparados — e os que trabalham sob
sua direção e de ambos com o Estado, por ocasião do trabalho ou
eventualmente fora dele”.
3DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 15ª ed. São Paulo: LTr, 2016,
p.47.
DELGADO 4 assevera ainda que, já o Direito Coletivo do
Trabalho pode ser definido como o complexo de princípios, regras e
institutos jurídicos que regulam as relações laborais de empregados e
empregadores, além dos outros grupos jurídicos normativamente
especificados, considerada sua ação coletiva, realizada
autonomamente ou através de suas respectivas associações”.
4 Idem.
5 Idem.
6 GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Curso de Direito do Trabalho. 9ª ed. São Paulo: Método,
2015, p. 51.
Conforme a teoria do Direito Social, o Direito do Trabalho é gênero
distinto dos ramos público e privado, com a finalidade de proteger os
hipossuficientes. No entanto, todos os ramos do Direito, por
natureza, são sociais, pois regulam as diversas relações em
sociedade.
A teoria do Direito Misto defende que o Direito do Trabalho engloba
relações privadas e relações públicas.
b.1.3. Autonomia:
Em relação a autonomia, Delgado 7 assevera que o jurista
italiano Alfredo Rocco sintetizou, com rara felicidade, a tríade de
requisitos necessários ao alcance de autonomia por certo ramo
jurídico. Trata-se, de um lado, da existência, em seu interior, de um
campo temático vasto e específico; de outro lado, a elaboração de
teorias próprias ao mesmo ramo jurídico investigado; por fim, a
observância de metodologia própria de construção e reprodução da
estrutura e dinâmica desse ramo jurídico enfocado.
7DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 15ª ed. São Paulo: LTr, 2016,
p.72.
A saudosa Alice Monteiro de Barros 8 inferiu em sua obra
que o Direito do Trabalho possui autonomia científica, embora não
esteja isolado das outras disciplinas. Sua autonomia doutrinária e
legislativa constata-se na amplitude de seu campo de ação, capaz de
autorizar uma legislação especial, fora do âmbito do Direito Civil,
fundada em princípios peculiares, os quais permitem a elaboração de
doutrinas presididas por conceitos gerais comuns e diversos daqueles
encontrados em outras disciplinas. Além desses aspectos, a disciplina
possui autonomia didática em quase todos os países, pois está
incluída como matéria obrigatória nos programas de ensino superior e
possui um segmento especial do poder judiciário para apreciar os
litígios oriundos das questões que envolvem o capital e trabalho.
b.1.4. Interpretação:
8 BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 10ª ed. São Paulo: LTr, 2016,
p.73.
9 MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 32ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016, p.107/108.
discussões parlamentares etc. O Direito, portanto, é uma forma de
adaptação do meio em que vivemos em razão da evolução natural
das coisas;
h) autêntica: é a realizada pelo próprio órgão que editou a norma, que
irá declarar seu sentido, alcance e conteúdo, por meio de outra
norma jurídica. Também é chamada de interpretação legal ou
legislativa;
i) sociológica: em que se verifica a realidade e a necessidade social na
elaboração da lei e em sua aplicação. O juiz, ao aplicar a lei, deve
ater-se aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem
comum (art. 5º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
e §1º, art. 852-I da CLT).
Martins 10
explica que não há apenas uma única
interpretação que pode ser feita, mas devem seguir os métodos de
interpretação mencionados nas alíneas a a i supra.
b.1.5. Integração:
10 MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 32ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016, p.107/108.
11 DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 15ª ed. São Paulo: LTr, 2016,
p.243.
12 DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 15ª ed. São Paulo: LTr, 2016,
p.245.
A analogia é o instrumento central da autointegração do
Direito.
b.1.6. Eficácia:
Sergio Pinto Martins 13
explica que eficácia significa
aplicação ou execução da norma jurídica. Pode ser dividida em
relação ao tempo e ao espaço:
13MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 32ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016, p.110.
14LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito do Trabalho. 7ª ed. São Paulo: Saraiva,
2016, p. 121.
Tanto o empregado nacional como o estrangeiro que labora em nosso
país poderão socorrer-se da legislação trabalhista brasileira15.
15 MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 32ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016, p.111.
16 GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Curso de Direito do Trabalho. 9ª ed. São Paulo: Método,
2015, p. 35.
17 ROMAR, Carla Teresa Martins. Direito do Trabalho Esquematizado. 3ª ed. São Paulo:
19 MARTINEZ, Luciano. Curso de Direito do Trabalho. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 2015, p.
107.
20 BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 10ªed. São Paulo: LTr, 2016, p.
118/119.
21 NASCIMENTO apud BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 10ª ed. São
22 BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 10ª ed. São Paulo: LTr, 2016, p.
122.
23 RODRIGUEZ apud BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 10ª ed. São
2015, p. 95.
maneira mais benéfica ao trabalhador. Com isso se quer dizer que as
novas leis devem tratar de criar regras visando à melhoria da
condição social do trabalhador; (b) a hierarquia das normas jurídicas:
havendo várias normas a serem aplicadas numa escala hierárquica,
deve-se observar a que for mais favorável ao trabalhador. Assim, se
o adicional de horas extras previsto em norma coletiva for superior ao
previsto na lei ou na Constituição, deve-se aplicar o adicional da
primeira. A exceção à regra diz respeito a normas de caráter
proibitivo; (c) a interpretação da norma mais favorável: da mesma
forma, havendo várias normas a observar, deve-se aplicar a regra
mais benéfica ao trabalhador. O art. 620 da CLT prescreve que “as
condições estabelecidas em convenção, quando mais favoráveis,
prevalecerão sobre as estipuladas em acordo”.
A contrario sensu, as normas estabelecidas em acordo coletivo,
quando mais favoráveis, prevalecerão sobre as estipuladas em
convenção coletiva27.
27 MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 32ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016, p. 134.
28 DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 15ª ed. São Paulo: LTr, 2016,
p. 205.
29 DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 15ª ed. São Paulo: LTr, 2016,
p. 205.
30 LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito do Trabalho. 7ª ed. São Paulo: Saraiva,
2016, p. 91.
O douto aduz que, assim, pouco importa se na CTPS do
empregado conste que ele percebe, v. g., apenas um salário fixo,
quando, em realidade, há pagamento de comissões “por fora”.
33 ROMAR, Carla Teresa Martins. Direito do Trabalho Esquematizado. 3ª ed. São Paulo:
Saraiva, 2015, p. 50.
34 MARTINEZ, Luciano. Curso de Direito do Trabalho. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 2015, 115.
35 PEREIRA apud BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. 10ª ed. São
132.
37 DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 15ª ed. São Paulo: LTr, 2016,
p. 219.
concessões recíprocas (despojamento recíproco), envolvendo
questões fáticas ou jurídicas duvidosas (res dubia).
CASSAR 39
aduz que patrimoniais são os direitos
suscetíveis de serem avaliados em dinheiro, isto é, aqueles em que é
possível se atribuir valoração econômica, expressão monetária.
Indisponíveis são os direitos que são controlados pelo Estado com
maior ou menor intensidade, por protegerem interesses públicos. Não
derivam da autonomia da vontade da parte e sim de imposição legal
feita através de normas cogentes, impostas pelo Estado para tutelar
algum interesse social. Disponíveis são os direitos cujos interesses
são particulares, suscetíveis de circulabilidade.
c. Legislação
d. Julgados/Informativos
38 CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 11ªed. São Paulo: Gen Método, 2015, p. 204.
39 CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 11ªed. São Paulo: Gen Método, 2015, p. 205.
ao princípio do amplo acesso ao poder judiciário e ao princípio da
proteção. Recurso a que se dá provimento, no particular. (Processo:
RO - 0000728-09.2016.5.06.0351, Redator: Eduardo Pugliesi, Data
de julgamento: 26/10/2016, Primeira Turma, Data da assinatura:
04/11/2016)
e. Leitura sugerida:
f. Leitura complementar