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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, CRIAÇÃO E INOVAÇÃO


COORDENAÇÃO DE INICIAÇÃO A PESQUISA, CRIAÇÃO E INOVAÇÃO

Relatório Parcial

PIBIC, PIBIC-AF, PIBIC-MS, PIBITI E VOLUNTÁRIOS

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EDITAL / PROGRAMA
VOLUNTÁRIO (
PIBIC ( X ) PIBIC-AF ( ) PIBIC-MS ( ) PIBITI ( )
)

ESTUDANTE IC
(Digitar nome completo, sem abreviações).

Bárbara Ellen Borges Maia

Título do Plano de Trabalho do Estudante


(Digitar o título completo, sem abreviações, exatamente igual ao título do plano de trabalho aprovado).

Preconceito racial: um estudo correlacional a partir da expressão facial


das emoções de alegria e raiva e atratividade

ORIENTADOR
(Digitar nome completo, sem abreviações).

Elza Maria Techio

Título do Projeto do Orientador


(Digitar o título completo, sem abreviações, exatamente igual ao título do projeto do orientador).

Expressão facial das emoções: Um estudo exploratório sobre preconceito


racial mediante a percepção da atratividade/agradabilidade e distancia
social

Salvador
Março /2022

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1. OBJETIVOS E METAS DO PROJETO DO ALUNO

● Compreender as relações entre os conceitos de estereótipos, preconceito,


discriminação;
● Avaliar a utilização de instrumentos de pesquisa em psicologia social sobre
estereótipos, preconceito, discriminação;
● Compreender de que forma a expressão das emoções faciais impactam na
manifestação do preconceito racial;
● Compreender de que forma a expressão facial das emoções se associa com os
processos de preconceito racial mediante a atratividade/agradabilidade;
● Se apropriar do uso de software do programa FaceGen- 3D Face and Heads
(https://facegen.com/), utilizada pela psicologia social para criar imagens em 3D;
● Aprender a utilizar programas de análise estatísticas (SPSS, JASP);
● Compreender as diferentes técnicas estatísticas de análises de dados;
● Apreender a escrita científica

2. PRINCIPAIS ETAPAS EXECUTADAS PELO ALUNO NO PERÍODO

● Leitura de referências para desenvolvimento do projeto;


● Escrita do marco teórico: estereótipos, emoções e relações entre grupos;
● Revisão e finalização do instrumento de pesquisa;
● Transposição do instrumento final para a plataforma do EFS Survey.

3. PRINCIPAIS RESULTADOS OBTIDOS


Período e atividades:

● Outubro de 2021
Foram feitas reuniões semanais às quintas-feiras das 14 às 18 horas com o Grupo de Pesquisa,
sob coordenação da professora Elza Techio e dos professores Raimundo Gouveia e Yuri
Sousa, com a presença dos mestrandos e doutorandos do Grupo. Nessas reuniões houve o

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planejamento do semestre, discussão de textos, apresentações de artigos e pesquisas, ensaios


para a defesa de teses e análises de dados e instrumentos. Também foram realizados encontros
em outros horários somente com a Professora Elza Techio para discussão e articulação do
Projeto em questão, nos quais foram recebidas orientações sobre a construção do instrumento,
busca bibliográfica para dar suporte ao estado da arte e marco teórico. Assim, neste período,
realizou-se a leitura de artigos e capítulos de livros, sendo alguns indicados pela professora
Elza Techio e outros encontrados a partir dessas indicações, com subsequente produção
escrita do marco teórico que sustenta o estudo, em especial, textos sobre estereótipos,
emoções, preconceito e racismo.

● Novembro e Dezembro de 2021


A partir do levantamento bibliográfico, iniciou-se, em novembro, a elaboração do instrumento
que será utilizado para coleta de dados da pesquisa. Com frequente revisão da coordenadora
Elza, o instrumento foi sendo reelaborado até a melhor versão, visando atender os objetivos
da pesquisa. As referências teóricas garantiram a possibilidade de trabalharmos com versões
adaptadas das medidas e escalas selecionadas para este estudo (atratividade, estereótipos,
emoções, distância social, identificação racial e racismo moderno).
Concomitante a produção do material relacionado ao projeto do PIBIC, reuniões gerais com
todos os membros do grupo e reuniões de supervisão com os envolvidos no projeto foram
realizadas com a professora Elza Maria Techio.

● Janeiro e Fevereiro de 2022


Tendo em vista a permanência das medidas protetivas contra a COVID-19, a coleta de dados
desta pesquisa será realizada na modalidade online. Por este motivo, o instrumento, após
finalizado, foi transferido para o software EFS Survey, com efetividade e segurança na
aplicação do instrumento. Com supervisão da coordenadora Elza e mestrandos do grupo, os
recursos do software puderam ser aprendidos e explorados neste período, garantindo a
transferência e execução do instrumento de pesquisa para início da coleta dos dados no
semestre letivo 2022.1

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● Março de 2022
No mês de março as reuniões do Grupo de Pesquisa foram retomadas, e estamos organizando
a coleta e análise dos dados, que servirão de base para a escrita do relatório final e escrita de
artigos.
Como atividade complementar de aprendizagem de análise de dados qualitativos, mediante
análise de conteúdo de entrevistas em profundidade, colaborei como juíza na leitura e
classificação das categorias de análise das entrevistas referentes ao trabalho de mestrado da
Maélli Arali, membro do grupo de pesquisa, sob coordenação da professora Elza Maria
Techio. Neste sentido, foi preciso apreender como se realiza uma análise de conteúdo, ler
cuidadosamente a transcrição de todas as entrevistas, classificar as falas a partir de uma
planilha de categorias de análise previamente disponibilizada.

4. DISCUSSÃO SUCINTA

O projeto tem por objetivo estudar o poder preditivo dos estereótipos e das emoções na
percepção da atratividade e distância social, como medidas de preconceito e discriminação
racial. Para isso, utilizaremos as medidas de atratividade e distância social, que podem ser
utilizadas como indicadores indiretos de preconceito. Ambas, identificam o grau de
intimidade e afastamento em relação a um grupo ou categorias sociais.
Por se tratar de um estudo experimental 2 x 2, em que a variável independente é manipulada
(cor da pele do avatar X expressão emocional facial), foi necessário construir e validar os
avatares raciais (branco X preto) e as emoção (alegria X raiva) utilizando o software
FaceGen®, que serão utilizados como priming para a ativação dos processos de estereótipo,
preconceito e discriminação.

Para confecção final do instrumento de pesquisa selecionamos, das 16 imagens originais, as


quatro (4) imagens mais prototípicas produzidas no software FaceGen®, e validadas no
acordo de juízes. Sendo elas:.

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1- avatar preto e expressão da emoção raiva


2- avatar preto e expressão da emoção alegria
3- avatar branco e expressão da emoção alegria
4- avatar branco e expressão da emoção raiva

Segue abaixo, na sequência supracitada, as imagens mais prototípicas, que foram


consideradas para o instrumento de pesquisa:

Entretanto, apesar das quatro imagens selecionadas terem sido reconhecidas como mais
prototípicas das emoções de alegria e raiva entre os juízes, percebe-se uma certa distorção da
imagem de raiva, especialmente no avatar branco. Como a expressão facial de raiva em sua
essência é mostrar os dentes, e para evitar o processo de a infra-humanização de pessoas
negras (Lima & Vala, 2005), optamos por não modificar os parâmetros do avatar nesta
característica, o que gerou uma certa distorção da imagem, pois tivemos que intensificar os
parâmetros do franzir da testa. Sendo asism, estamos buscando outras alternativas de
programas de manipulação de imagens e movimentos para criar uma avatar que expressam as
emoções de forma mais natural possível, sem reforçar estereótipos raciais negativos que
intensificam o preconcito e discriminação racial. Portanto, estamos considerando a
possibilidade de se utilizar avatares mais realísticos, com vídeos e movimentos.

Ainda sobre a construção do instrumento de pesquisa, a inclusão e utilização das medidas de


atratividade, estereótipos, emoções, distância social, identificação racial e racismo moderno
foram adicionadas, seguindo critérios de sequenciamento para construção lógica e assertiva
da resposta ao item. As escalas foram retiradas de artigos e livros que dão suporte ao
desenvolvimento desta pesquisa, possibilitando a testagem das hipóteses do plano de trabalho.

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Além disso, os dados sociodemográficos foram incluídos para construção do perfil e possíveis
análises comparativas destas variáveis com outras analisadas na pesquisa.

Como já destacado, o instrumento de pesquisa com todas as medidas e escalas, foi transferido
para o software do EFS Survey.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (máximo 15)

Almeida, S. (2018). Racismo estrutural. Editora Letramento.

Cardoso, L. O branco invisível: um estudo sobre a emergência da branquitude nas pesquisas


sobre as relações raciais no Brasil. Universidade de Coimbra, 2008. Tese de mestrado

Crandall, C. S., Bahns, A. J., Warner, R., & Schaller, M. (2011). Stereotypes as Justifications
of Prejudice. Personality and Social Psychology Bulletin, 37(11), 1488– 1498.
doi:10.1177/0146167211411723

Lima, M. E. O. & Vala, J. A cor do sucesso: efeitos da performance social e econômica no


branqueamento e na infra-humanização dos negros no Brasil, 2005, Universidade Federal da
Bahia.

Pereira, M. E. (2008). Cognição, categorização, estereótipos e vida urbana. Ciências &


Cognição, 13(3), 280-287

Techio, E. M. & Lima, M. E. O. (2011). Cultura e produção das diferenças: estereótipos e


preconceito no Brasil, Espanha e Portugal - Brasília: Technopolitik

Santos, W. S. et al. Escala de racismo moderno: adaptação ao contexto brasileiro. Psicologia


em Estudo [online]. 2006, v. 11, n. 3

Santos, E. V. A influência da cor da pele nas representações sociais sobre beleza e


feiura.Universidade Federal de Sergipe, 2015. Tese de mestrado

6. OUTRAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO ALUNO NO PERÍODO

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● Reuniões com o Grupo de Pesquisa em Psicologia Social, composto por outros


professores, bolsistas e pós-graduandos;
● Discussão de textos e acompanhamento das produções de outros membros do Grupo;
● Presença nas defesas de dissertações dos mestrandos do Grupo de Pesquisa;
● Participação como juíza de análise de dados na pesquisa de um dos membros do
Grupo.

7. DIFICULDADES ENCONTRADAS / CAUSAS E PROCEDIMENTOS PARA SUPERÁ-LAS

● A falta de familiarização com a plataforma do EFS Survey gerou uma dificuldade


inicial. Tal dificuldade foi superada com o suporte de membros do grupo de pesquisa
que já conheciam a plataforma e deram orientações, ou prestaram apoio para
descobrirmos juntos como utilizá-la, através de reuniões online por vídeo chamada.
● Utilização das imagens produzidas e validadas pelo software FaceGen/ Busca de
novos softwares que melhor atendessem aos objetivos e suporte teórico da pesquisa.

Salvador, 15 de Março de 2022.

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