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FACULDADES INTEGRADAS DE PARANAÍBA – FIPAR

CURSO DE DIREITO

VITÓRIA CAVALCANTE

ATIVIDADE DE PRÁTICA COMPLEMENTAR

PARANAÍBA- MS 2022
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVIL DA COMARCA
DESERTÃO QUENTE-MS

xxxxxxx xxxxxx xxxxxxx, brasileira, casada, profissão, portador da carteira de identidade


n°xxx.xxx.xxx, expedida pelo xx, inscrita no CPF/MF sob n° xxxx.xxx.xxx, endereço eletrônico,
residente e domiciliado na Rua xxxxxx, Bairro xxxxxx, na ciade de Sertão Quente/MS, CEP xxxxxx,
vem respeitosamente, por meio do seu Advogado, infra assinado, ajuizar:

AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS E MATERIAIS DECORRENTES DE


ACIDENTE DE TRÂNSITO

contra a xxxxxx xxxxxx xx, pessoa jurídica de direito privado, com sede situada na xxxxxx, nº. 0000,
nesta Capital, CEP 332211, inscrita no CNPJ (MF) sob o nº. xxxxxx.xxx, com endereço eletrônico
xxxxxxxxxx, em razão das justificativas de ordem fática e de direito, tudo abaixo delineado.

DA LEGITIMIDADE DA AUTORA
Trata-se de acidente de trânsito que tirou vida de Chico Bento, conforme atestado de óbito em
anexo.

A parte autora era casada com Chico Bento, e dependia financeiramente do falecido,
conforme documentos anexados, evidenciado a legitimidade.

DOS FATOS-NEXO DE CAUSALIDADE E ILICITUDE DO RÉU

No dia 05 de agosto, por volta das 08h30min, conforme anexado Boletim de Ocorrência,
lavrado pela Polícia Rodoviária Federal, registrado sob o nº 000000B00, o Sr. Chico Bento perdeu a
vida emrazão de um grave acidente automobilístico.
Conforme narrado, o acidente foi ocorrência exclusiva de:
a) Irregularidade na pista em função pela má conservação da Rodovia BR262, no município de
Sertão Quente/MS.

B) Buracos na pista por omissão do estado, existentes na curva, onde ocorreram os fatos, provocaram
o estouro dos pneus e o acidente em pauta.

Com o falecimento, além forte abalo moral pela morte de um pai de família, a esposa e os filhos
ficaram sem nenhuma fonte de renda, gerando o dever de indenizar.

DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Por se tratar-se de via sob responsabilidade estatal, o acidente causado em decorrência de,
caracteriza perfeitamente o nexo casual, e evidencia a responsabilidade da Administração Pública.

Trata-se de responsabilidade objetiva da Administração Pública, pelos danos causados por


seus agentes terceirizados, nos termos do artigo 37, 6º Constituição Federal, in verbis:

Art. 37. (…) § 6º, As pessoas jurídicas de direito público e as de


direito privado prestadoras de serviços públicos responderão
pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de doloou culpa.
Assim, ausente de qualquer circunstância que afaste a responsabilidade objetiva da
Administração Pública, a demonstração inequívoca no nexo casual entre a conduta de um
terceirizado da Administração Pública e o dano gerado configura o dever de indenizar.

DO DANO MORAL

O trágico acontecimento que vitimou o marido da autora, marcou profundamente a vida da


autora, retirando de seu convívio seu esposo e chefe de família. A dor é uma constante, eis que tal
desaparecimento repentino, transtornou a vida da autora em todos os aspectos, ou seja, efetiva,
moralmente e financeiramente.
A vida, portanto, não pode ser subtraída gratuita e irresponsavelmente, pois que a profunda
dor, a forte consternação, a violenta depressão, são elementos muito angustiantes que desequilibram
uma vida, abalando por completo a estrutura do ser humano, no momento em que o mesmo perde um
entequerido.

ARNALDO RIZZARDO, A reparação nos acidentes de trânsito, Ed.


RT, págs. 129-130, escreveu que:“De sorte que o dano se caracteriza
como a diminuição ou a subtração de um bem jurídico. E o bem
jurídicoé constituído não só de haveres patrimoniais e econômicos,
mas também de valores morais, quais sejam a honra, a vida, a
saúde, o sofrimento, os sentimentos, a tristeza, o pesar diante da
perda de umparente”.

Tal sanção civil, impõe uma satisfação pelo dano sofrido, tendo o dinheiro um valor
permutativo, podendo-se de alguma forma lenir a dor com a perda de um ente querido, representando,
ainda, punição e desestímulo do ato ilícito. Pleiteia-se, assim, perante a indiscutível dor moral
experimentada pela autora, a indenização a títulode dano moral, cujo valor deverá sofrer atualização
monetária, desde o evento.

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer a V. Exa:

1-Seja JULGADA PROCEDENTE A PRESENTE AÇÃO para condenar o requerido ao pagamento


de indenização a título de reparação dos danos materiais e morais, decorrentes da morte do marido,
tudo na forma pedida ou que vier a ser fixada por V. Exa, acrescidas de atualização monetária desde
o evento, custas processuais e honorários advocatícios;

2-A citação do Réu para oferecer resposta no prazo legal sob pena de preclusão, revelia e confissão.
3-Seja-lhe deferido a assistência judiciária, nos termos dos artigos 98 caput e 99, §3º do Código de
Processo Civil, por não ter condições de arcar com as custas e despesas processuais, conforme
declaração de insuficiência ora anexada (doc. n. xx);

2 4- Que seja julgado procedente o pedido para condenar o réu ao pagamento das custas
judiciaise honorários advocatícios na ordem de 20% sobre o valor da causa.

DO VALOR DA CAUSA

Dá-se à causa o valor de R$ 50.000,00 (Cinquenta Mil).

Nestes termos,

Pede deferimento.

Sertão Quente-MS, 11 de agosto de 2022

Advogado,
OAB nº xxxxxx

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