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ENGENHARIA DO TRABALHO
EPS 7022
2021.2
SUMÁRIO
1 HISTÓRICO .....................................................................................................................3
2 DEFINIÇÕES E OBJETIVOS DO ESTUDO DO TRABALHO ...........................................4
2.1 Sistema de Produção e conceitos na área de Estudo do Trabalho ...........................4
3 PROJETO DE MÉTODOS (racionalização do trabalho) ...................................................6
4 MAPEAMENTO DO PROCESSO E MÉTODO DE TRABALHO .......................................7
4.1 Ferramentas para mapear o processo produtivo .......................................................8
4.1.1 Simbologia utilizada no mapeamento do processo produtivo ...............................8
4.1.2 Ferramentas gráficas utilizada no mapeamento do processo produtivo ...............9
4.2 Ferramentas para mapear o processo empresarial ................................................. 16
4.2.1 Simbologia utilizada no mapeamento do processo empresarial ......................... 16
4.2.2 Ferramentas gráficas utilizadas no mapeamento do processo empresarial ....... 17
4.3 Mapeamento do processo na filosofia da Produção Enxuta .................................... 20
4.4 Ferramentas da área da qualidade ......................................................................... 24
5 METODOLOGIAS PARA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS ........................................... 27
5.1 Sistemática para resolução de um problema........................................................... 27
5.2 Brainstorming .......................................................................................................... 27
5.3 5W2H (5W1H)......................................................................................................... 28
5.4 MASP – Método de Análise e Solução de Problemas ............................................. 29
6 ANÁLISE E MELHORIA DO SISTEMA DE PRODUÇÃO ............................................... 32
6.1 Análise e melhoria do processo produtivo utilizando a ferramenta 5W1H (5W2H) .. 32
6.2 Análise e melhoria de processo utilizando os princípios do Lean ............................ 33
6.3 Análise e melhoria de operação (Método de Trabalho) ........................................... 34
7 MEDIDA DO TRABALHO ............................................................................................... 38
7.1 Definição ................................................................................................................. 38
7.2 Técnicas de medida do trabalho ............................................................................. 38
7.3 Cronometragem ...................................................................................................... 39
7.3.1 Divisão da operação em elementos ................................................................... 40
7.3.2 Nivelamento dos tempos ................................................................................... 41
7.3.3 Determinação do número de observações ......................................................... 41
7.3.4 Avaliação do desempenho do operador e tempo normal ................................... 45
7.3.5 Tolerâncias e cálculo do tempo padrão ............................................................. 48
7.4 Amostragem de trabalho ......................................................................................... 50
8 BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................. 54
2
1 HISTÓRICO
Outro momento importante foi o Estudo dos Movimentos, cujo principal impulso é atribuído
ao casal Gilbreth. Frank Gilbreth adicionou às propostas de Taylor o Estudo dos Movimentos,
onde o objetivo era reduzir a fadiga provocada pela execução de um determinado trabalho. Gilbreth
criou a Carta de Processos, que considera todos os elementos do trabalho, inclusive aqueles que
não agregam valor e que normalmente ocorrem entre os demais elementos (FULLMANN, 1975).
Sua esposa, Lillian Gilbreth, trouxe a psicologia para esse contexto, com o Estudo das
Motivações dos trabalhadores, e como as atitudes afetam os resultados dos processos. Fez
observações sobre o desperdício físico dos operários, tendo como consequência a fadiga, e
concluiu que a organização científica do trabalho só poderia ser alcançada através de uma análise
prévia detalhada dos métodos de execução das operações do trabalho (FULLMANN, 1975).
3
A produção em massa, baseada nos princípios da Administração Científica, foi
desenvolvida após a I Guerra Mundial por Henry Ford e Alfred Sloan (General Motors).
O fordismo surgiu com o objetivo de sistematizar a produção em massa.
Após a II Guerra Mundial, surge a produção enxuta, desenvolvida por Eiji Toyoda and
Taiichi Ohno da Toyota.
A seguir serão apresentados alguns conceitos da área de Estudo do Trabalho que serão
utilizados na disciplina.
SISTEMA DE PRODUÇÃO
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Para Shingo (1996), as operações podem ser visualizadas como o trabalho realizado para
efetivar essa transformação - a interação do fluxo de equipamento e operadores no tempo e no
espaço. São as ações efetuadas sobre o material pelos trabalhadores e máquinas.
As operações são divididas em:
- OPERAÇÕES DE SETUP
- OPERAÇÕES PRINCIPAIS
- FOLGAS MARGINAIS (lubrificações, remoção de rebarbas, substituição de produtos nos
pallets)
SISTEMA DE
PRODUÇÃO
PROCESSO OPERAÇÃO
TRANSPORTE
ESSENCIAL
EXTERNO
INSPEÇÃO
INTERNO
AUXILIAR
ARMAZENAMENTO
ESPERA
Meios de Produção - são aparelhos e/ou máquinas que, de uma forma ou outra, participam do
Sistema de Trabalho, na realização de uma determinada tarefa.
Posto de trabalho – é o local definido para a realização de uma atividade qualquer. Neste local
deverão estar todos os recursos necessários para a realização das tarefas designadas, como
ferramentas, materiais, equipamentos, dispositivos e tudo de fácil alcance e manuseio para o
operador. O posto de trabalho deve ser projetado visando à economia de movimentos.
5
Método de trabalho - designa a maneira de executar um processo ou qualquer operação em um
posto de trabalho (FULLMANN, 1975). É um conjunto de princípios, procedimentos e técnicas
adotado para se fazer algo, ou a maneira como se trabalha.
Tarefa - caracteriza o objetivo do sistema de trabalho. Pode definir-se como uma solicitação
dirigida ao homem para executar funções a fim de alcançar a meta desejada.
Inicialmente, deve-se selecionar o trabalho a ser estudado que pode ser: uma sequencia de
atividades, melhoria de um equipamento e/ou ferramentas, melhoraria do layout da fábrica,
melhoraria de uma operação ou acontecimentos como estrangulamentos do fluxo produtivo,
produto com grande percentagem de rejeições ou desperdício, falta de espaço para realização da
tarefa e trabalho com perigo de acidentes, etc.
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ETAPA 3 – Criticar sistematicamente o método atual
Uma vez registrado o método atual, este deve ser analisado de maneira crítica. Verificar
quais operações podem ser eliminadas, substituídas ou combinadas para desenvolver uma melhor
sequência. Utilizar a ferramenta 5W1H nesta etapa.
Tem como objetivo definir um novo método de trabalho que elimine os pontos de ineficiência
detectados e que seja considerado o melhor para os recursos existentes.
Nesta etapa, devem ser identificadas as formas de avaliação, através de indicadores de
desempenho, que permitam claramente avaliar alternativas concorrentes. Também criar uma base
de referência para futuras ações de melhoria.
Além da elaboração técnica da proposta, devem ser previstas formas de comunicação e de
apresentação desse novo método aos supervisores e, especialmente, ao conjunto dos operadores
que serão responsáveis pela sua implementação e utilização.
7
Transporte - é toda movimentação de material entre postos de trabalho ou entre um posto
de trabalho e os depósitos. Não são considerados transportes os deslocamentos que fizerem parte
da operação ou que forem causados pelo operador, no posto de trabalho, durante uma operação
ou inspeção. Exemplo: transportar material do almoxarifado até um posto de trabalho.
Espera - é todo o período de tempo em que o material não está sofrendo modificações ou
em que o homem está parado. As demoras ocorrem, em geral, entre os postos de trabalho.
Exemplo: material ao lado posto de trabalho esperando ser processado ou transportado.
Processamento
Transporte
Inspeção
Espera
Armazenamento
8
A simbologia, adotada pela Toyota (SHINGO, 1996), é a seguinte:
Processamento
Inspeção
Transporte
Espera do processo
Espera do lote
Existem várias ferramentas gráficas de aplicação que serão especialmente úteis na fase de
análise e registro quando é necessário obter todas as informações relacionadas com a operação
ou com o processo. Elas são de leitura simples, facilmente compreendidas por todos e permitem
detectar os problemas e ineficiências do processo ou da operação. A seguir serão apresentadas
algumas ferramentas.
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Tabela de Operações – toalha de mesa
Caixa de papelão
tecido
3
RETIRAR DE FIOS DA TOALHA NA
BANCADA DE INSPEÇÃO
QUANTO A COSTURA NA
BANCADA DE INSPEÇÃO
5
PASSAR TOALHA NA MESA DE
PASSAR
Encarte, saco plástico
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Gráfico do Fluxo de Processo ou Fluxograma vertical do processo
Para Barnes, 1977, essa ferramenta registra um processo de maneira compacta e lógica, a
fim de tornar possível sua melhor compreensão e posterior melhoria. O gráfico representa os
diversos passos ou eventos que ocorrem durante a execução de um processo ou procedimento.. O
estudo minucioso desse gráfico certamente resultará em melhorias.
Usualmente o gráfico tem início com a entrada de matéria-prima na fábrica e a segue em
cada um de seus passos como transporte, processamento, armazenamento, espera e inspeção,
até que ela se torne ou um produto acabado ou parte de um subconjunto (Figura 3)
Pode incluir informações consideradas importantes para análise, tais como: necessidade de
tempo e distância de percurso (Figura 4)
2
Quanto a costura
5 Passar a toalha
11
Figura 4: Gráfico do fluxo do processo
(Fonte: aprendendogestao.com.br/fluxograma-vertical-modelo)
Diagramas de Montagem
12
Figura 5: Exemplo de diagrama de montagem (Fonte: ltodi.est.ips.pt/pcunha/)
Esta ferramenta consiste em uma planta em escala da fábrica ou oficina, com localização das
máquinas, bancadas, almoxarifado, etc. Traça-se sobre a planta, conforme as observações, os
trajetos seguidos pelos materiais, peças ou produtos da área em estudo. Pode-se utilizar, para
efeito de simplificação, os símbolos da ASME.
13
Carta de Múltiplo Processo
Esta carta mostra todos os produtos (ou serviços) em uma única folha. A primeira coluna à
esquerda é reservada para as atividades ou postos de trabalho, as demais representam cada
produto ou serviço realizado. O roteiro de cada produto (ou serviço) é traçado por meio das tarefas
pré-identificadas (MUTHER ,1978).
Com os roteiros diagramados lado a lado pode-se fazer uma comparação dos fluxos de
cada produto ou serviço.
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Atividade (operação): serve para indicar que houve uma mudança no item pela
execução do trabalho, atividade de uma máquina ou pela combinação de ambos.
Normalmente, inscreve-se no retângulo uma curta descrição da atividade realizada.
Ponto de decisão: utilizado quando uma decisão deve ser tomada. Tipicamente, as
saídas do losango são assinaladas com as opções.
(por exemplo, Sim – Não, Verdadeiro – Falso).
Sentido de fluxo: serve par indicar o sentido e a sequência das fases do processo. Uma
seta é utilizada para movimentar de um símbolo a outro.
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4.2 Ferramentas para mapear o processo empresarial
Para Harrington (1993), processo é qualquer atividade que recebe uma entrada (input),
agrega-lhe valor e gera uma saída (output) para um cliente interno ou externo. Eles se utilizam dos
recursos da organização para obter os resultados.
Um processo empresarial são todos os processos que geram serviço como também os
que dão apoio aos processos produtivos (como exemplo, folha de pagamento, planejamento de
processo de manufatura). Consiste num grupo de tarefas interligadas logicamente e que fazem uso
dos recursos da organização.
Atividade (operação): serve para indicar que houve uma mudança no item pela
execução do trabalho, atividade de uma máquina ou pela combinação de ambos.
Normalmente, inscreve-se no retângulo uma curta descrição da atividade realizada.
Ponto de decisão: utilizado quando uma decisão deve ser tomada. Tipicamente, as
saídas do losango são assinaladas com as opções (por exemplo, Sim – Não, Verdadeiro
– Falso).
Inspeção: utilizado para indicar que o fluxo do processo é interrompido para que a
qualidade da saída possa ser avaliada. Normalmente envolve uma operação de inspeção
realizada por alguém que não seja a pessoa que executou a atividade anterior. Pode
também indicar o ponto em que uma assinatura de aprovação se torna necessária.
Documento impresso: utilizado para mostrar quando a saída de uma atividade inclui
informações registradas em papel (por exemplo, relatório escrito, cartas, listagens de
computador).
Conexão: um pequeno círculo com uma letra inserida, no final do fluxograma, serve para
indicar que a saída daquela parte do fluxograma será usada como entrada em outro
fluxograma. Uma seta apontando para o círculo indica que se trata de uma saída, outra
apontando para fora do círculo indica que se trata de uma entrada. Cada saída diferente
deve ser designada por uma letra distinta. Qualquer saída pode reentrar no processo em
vários pontos.
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Sentido de fluxo: serve par indicar o sentido e a sequência das fases do processo. Uma
seta é utilizada para movimentar de um símbolo a outro.
Diagrama de blocos
Um diagrama de bloco é o fluxograma mais simples e comum que existe. Ele fornece uma
visão rápida e simples do processo. (HARRINGTON,1993).
Os retângulos e as linhas com setas são os principais símbolos utilizados num diagrama
de blocos. Os retângulos representam as atividades e as linhas com setas interligam os retângulos
para mostrar o sentido do fluxo de informação e/ou relacionamento entre as atividades. Alguns
diagramas de blocos também usam círculos alongados para indicar início e fim nos pontos inicial e
final do fluxograma. Inclui-se uma frase curta dentro de cada retângulo, descrevendo a atividade
executada.
A Figura 9 mostra um exemplo de um Diagrama de Blocos.
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Fluxograma Funcional
Este fluxograma mostra o movimento entre as diferentes áreas de trabalho, uma dimensão
adicional que se torna particularmente útil quando o tempo de ciclo é um problema. Pode ser
elaborado tanto com blocos quanto com símbolos padrões (HARRINGTON, 1993).
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Fluxograma Pictorial
Ele é similar ao fluxograma padrão sendo desenvolvido na horizontal, dentro de uma tabela
onde cada coluna representa um setor envolvido no processo em estudo.
Permite identificar, mais rapidamente, os setores que participam do processo que está
sendo documentado (Figura 11).
INICIO
CHEGAR AO
HOTEL
O VÉÍCULO É ESTACIONAR
PROPRIO VEÍCULO
SIM
NÃO
RECEBER O ATENDER O
HÓSPEDE HÓSPEDE
TEM
SIM RESERVA
NÃO
PREENCHER
HÁ VAGA
CADASTRO
SIM
NÃO
ENCAMINHAR
OUTRO HOTEL
FIM
ENCAMINHAR
AO QUARTO
FIM
19
Fluxograma Diagonal
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Figura 13: Ícones da produção Lean (Fonte: Rother e Shook, 1999)
- coletar informações do estado atual (ter uma foto de como está hoje);
- selecionar a família de produtos;
- considerar fluxo de material e de informação
- coletar os dados: T/C tempo de ciclo, T/R tempo de troca (setup), D/T taxa de manutenção,
número de operadores, estoques, tempos de setup, tempo de trabalho, taxa de demanda (takt
time), horas de trabalho e parada, programação de recebimento e expedição, turnos de trabalho e
número de operadores por posto;
- começar pela expedição final e em seguida nos processo anteriores.
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O mapa fornece as seguintes informações:
Takt time: a taxa de demanda dos clientes, ou seja, de quanto em quanto tempo eles
compram uma unidade de produto (sincronizar o ritmo da produção com o ritmo de vendas -
Velocidade de montagem é baseada na velocidade de vendas).
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Mapa do estado atual – Estamparia ABC
Previsão de CONTROLE DE
Previsões de
6 semanas PRODUCÃO
90/60/30 dias Montadora
Aços São Jorge
São Paulo Fax Pedidos
MRP Diários
Semanal
E E E E E E
200 T
Bobinas 4.600 E 1.100 E 1.600 E 1.200 E 2700 E
1 1 1 1 1
5 dias 2.400 D 600 D 850 D 640 D 1.440 D
T/C = 1 seg. T/C = 39 seg. T/C = 46 seg. T/C = 62 seg. T/C = 40 seg.
T/R = 1 hora T/R = 10 min. T/R = 10 min. T/R = 0 T/R = 0
Disponibilidade = 85% Disponibilidade = 100% Disponibilidade = 100% Disponibilidade = 100% Disponibilidade = 100%
5 dias 7,6 dias 1,8 dias 2,7 dias 2 dias 4,5 dias
Lead time = 23,6 dias
1 segundo 39 segundos 46 segundos 62 segundos 40 segundos
Tempo de = 188 seg.
Processamento
Figura 14: Exemplo de Figura mapeamento do fluxo de valor (Fonte: Lean Institute)
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4.4 Ferramentas da área da qualidade
Neste item serão apresentadas algumas ferramentas da qualidade que podem ser utilizadas
na análise e melhoria dos processos.
Gráfico de Barras
Folha de Verificação
Esta ferramenta é utilizada para coletar os dados e serve como primeiro passo no início da
maioria dos controles de processo ou para encontrar a solução de problemas. Mostra a frequência
com que certos eventos ocorrem num período de tempo. É uma ferramenta simples de se aplicar e
é uma das mais utilizada entre as ferramentas da qualidade.
(https://ferramentasdaqualidade.org/folha-de-verificacao/).
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Diagrama de Causa e Efeito ou Diagrama de Ishikawa
Um Diagrama de Causa e Efeito bem detalhado tomará a forma de uma espinha de peixe
(Figura 17), daí o nome alternativo. Incialmente são definidas as causas principais. A partir delas,
surgem as causas secundárias possíveis, das causas secundárias surgem as terciárias. Em
seguida, são identificadas e selecionadas as causas mais prováveis.
Causa Principal
Causa
Terceária
Causa
Secundária
Espinha Dorsal
Problema
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Etapas da Análise de Pareto
- Coleta de dados: levantar dados para verificar a importância de cada item com base em
fatos e dados. Liste as categorias ou tipos em ordem decrescente de frequência e faça uma tabela
e com base nos dados da tabela.
A Matriz GUT utiliza desses três parâmetros para classificar algum problema ou ação e, com
isso, priorizá-lo. Ela estabelece notas de 1 a 5 a cada parâmetro do problema. A classificação dos
problemas por prioridades é feita multiplicando-se as notas de cada parâmetro (GxUxT). Quanto
maior este produto, maior será a urgência em solucioná-lo.
A Figura 18 mostra um exemplo de Matriz GUT.
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5 METODOLOGIAS PARA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Serão apresentadas a seguir, algumas metodologias para resolver problemas as quais
poderão ser utilizados para encontrar a melhor solução de qualquer tipo de problema.
Para resolver um problema qualquer, segundo Polya (1978), pode-se empregar uma
estrutura genérica conforme Figura 19:
Execute o seu plano Ao executar o seu plano de resolução, verifique cada passo.
Quarto AVALIAÇÃO
- É possível verificar o resultado? É possível chegar ao mesmo
resultado por um caminho diferente?
Examine o resultado obtido
- É possível utilizar o resultado, ou o método, em algum outro
problema?
Figura 19: Estrutura para a resolução de um problema (Fonte: Polya ,1978)
5.2 Brainstorming
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- Chuva de ideias: procure anotar todas as soluções em um local visível para o grupo.
Acumule o máximo de ideias.
- Seleção: analisar as ideias até chegar a um número de soluções.
- Definição: escolha a melhor solução.
REGRAS
- Abra as portas para a criatividade: Encoraje os membros a falar. Uma ideia que a
princípio não gera muita consistência, com debates poderá se tornar uma solução. Ou seja, cada
participamente pode desenvolver pensamentos e ideia como quiser.
What? (o que)
When? (quando)
Who? (quem)
Why? (por quê)
Where? (onde)
How? (como)
How many? (quanto)
• O que é o problema?
• Onde ele ocorre?
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• Quando (desde quando, em que situação) ocorre?
• Quem está envolvido?
• Como o problema surgiu?
• Quanto custa o problema
Ciclo PDCA
O Ciclo PDCA, também chamado de ciclo de Shewhart ou de Ciclo de Deming, foi criado nos
anos 1920 pelo engenheiro Walter Shewhart. Entretanto, tornou-se famoso apenas nos anos 1950,
principalmente no Japão, graças ao professor americano William Deming. É uma ferramenta da
qualidade utilizada no controle de processos e na melhoria de processos, que tem como foco a
solução de problemas
3ª fase – C (check: verificar) – análise dos resultados obtidos com a execução do plano e,
se necessário, reavaliação do plano.
4ª fase – A (act: agir): caso tenha obtido sucesso, o novo processo é documentado e se
transforma em um novo padrão.
Para Campos (1992), uma versão mais detalhada do método PDCA é o Método de Análise
de solução de Problemas (MASP). A Figura 20 mostra as quatro etapas do PDCA integradas às
fases do MASP.
29
Figura 20: Ciclo PDCA integrado ao MASP
(Fonte: http://www.baraodemaua.br/revista/images/v1n2/artigo5_1.jpg)
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PLANEJAR (P)
EXECUTAR (D)
VERIFICAR (C)
AGIR (A)
Passo 8 – Conclusão: recapitular todo o processo de solução do problema para trabalho futuro.
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6 ANÁLISE E MELHORIA DO SISTEMA DE PRODUÇÃO
Para Shingo (1996), como já mencionado no capitulo 2, Sistema de Produção ou fabril ou
de manufatura é uma rede funcional de processos e operações utilizados para fabricar um
determinado produto ou componente. Inclui equipamentos existentes que compõem os processos
e o arranjo destes processos.
As operações podem ser visualizadas como o trabalho realizado para efetivar essa
transformação - a interação do fluxo de equipamento e operadores no tempo e no espaço. São as
ações efetuadas sobre o material pelos trabalhadores e máquinas. A análise das operações
examina o trabalho realizado sobre os produtos pelo trabalhador e pela máquina (SHINGO, 1996).
5 - Verificar quais elementos deverão ser analisados, utilizar o 5W1H (ou 5W2H) e propor
melhorias.
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QUEM? POR QUÊ?
Quem executa? Por que ?
Quem faz é suficientemente qualificado e treinado? Por que ?
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DESPERDÍCIO POR ESPERA: Grupos de pessoas em uma atividade posterior que ficam
esperando porque uma atividade não foi realizada no prazo (ex: espera por peças, espera por
desenhos, espera pela inspeção, espera por máquinas, etc.).
As causas podem ser: carga de trabalho desbalanceada, manutenções não planejadas,
longos tempos de setup, excesso de automação, problemas de qualidade, programação não
nivelada, comunicação deficiente.
DESPERDÍCIO POR DEFEITO: Trabalho que contém erros, retrabalho, enganos ou falta de
alguma coisa necessária (sucata, retrabalho, correção, falha em campo, peças faltantes). São
necessários recursos e tempo para corrigir defeitos antes da expedição ou substituir partes que são
rejeitadas devido a defeitos.
As causas de desperdício por defeito podem ser: pouco ou nenhum controle de processo,
falha do processo, máquinas incapazes, falta de manutenção preventiva nos equipamentos,
instruções educativas/treinamento/trabalho inadequadas.
Uma vez analisado o processo, para melhorar o sistema de produção, a próxima estapa é
analisar e melhorar as OPERAÇÕES.
Operações de setup – compreendem a troca de ferramentas, matrizes, etc. Pode ser setup
interno e setup externo. Pode-se melhorar as operações de setup através de ações como:
- adotar a troca rápida de ferramenta (TRF);
- distinguir setup interno do externo;
- converter setup interno em externo;
- usar grampos (fixadores) funcionais.
Setup interno: pode ser executado somente quando a máquina estiver parada.
Setup externo: pode ser executado enquanto a máquina estiver funcionando.
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Operações principais – consiste em executar o trabalho necessário. São divididas em
operações essenciais e auxiliares.
Suponha, por exemplo, uma montagem em que o operador tenha que pegar algum
componente numa caixinha adiante de seu corpo. Ocorrerá um melhor rendimento e um maior
conforto se a mão direita e a mão esquerda pegarem ao mesmo tempo os componentes no local
de montagem.
Isto terá como consequência a manutenção do eixo do corpo na posição vertical, sem
desvios. O contrário, quando um dos membros se desloca para um dos lados e o outro também se
desloca para aquele mesmo lado, o resultado será um desequilíbrio importante, que aumenta o
tempo de execução da tarefa, envolve músculos auxiliares e contribui para a fadiga.
Ao mesmo tempo, não há vantagem em trabalhar com as duas mãos se só for permitido que
elas se movimentem uma de cada vez. Não apenas devem as duas mãos realizar trabalho útil ao
longo do ciclo, como também devem iniciar e terminar suas sequências de movimentos ao mesmo
tempo. Isto é mais fácil de ser conseguido quando ambas realizam trabalho idêntico
Também, uma mão não deve ficar ociosa enquanto a outra trabalha, evitar usar uma mão
para reter um objeto enquanto a outra está trabalhando.
O operador não deve pegar alguma coisa embaixo e elevá-la; também não se deve usar os
membros superiores, quando existe a gravidade, que facilita a condução da peça até o seu local de
processamento, sem consumo de energia.
35
5 - Dar preferência aos movimentos angulares contínuos aos de linha reta com
mudança brusca de direção. Os movimentos em arco são também mais rápidos, fáceis e
precisos que os retilíneos
Estando de pé, o indivíduo deve estar com o corpo na vertical. Nesta posição, o dispêndio de
energia é mínimo, pois nela o tronco se equilibra bem. Quando sentado, é possível ficar recostado
com um ângulo tronco-coxas de 100-110 graus, confortavelmente; mas se não houver encosto, o
eixo do tronco deve permanecer na vertical.
Isso irá desenvolver no trabalhador a assimilação recíproca entre o esquema do seu posto de
trabalho e seu esquema corporal: em pouco tempo, o mesmo aprenderá onde está cada
componente, e economizará tempo ao trabalhar, bem como evitará a fadiga da procura de objetos.
Isto visa fundamentalmente que o trabalhador não tenha o desconforto de ter que deslocar o
corpo fora do eixo natural ao ter que pegar algum componente. Além do mais, esta medida visa
evitar as tendinites, principalmente do ombro, evitando os movimentos de flexão e abdução dos
braços. A figura 22 mostra as regiões de alcance das mãos humanas.
Figura 22: Alcance normal das mãos humanas (Fonte: Shingo, 1996b)
3 - Deve ser possível ao operador alcançar a peça na esteira sem ter que afastar o
tronco da cadeira (ou sem ter que inclinar o tronco para frente)
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Deve-se levar em consideração não só a distancia, mas o peso da peça. Peças leves
poderão ser pegas no limite da área de alcance máximo, porém peças mais pesadas deverão ser
pegas bem perto do corpo.
Os componentes de qualquer posto de trabalho devem ser fornecidos por cima, e devem ser
providenciadas canaletas para que os mesmos possam ir caindo por gravidade para junto da área
de alcance do trabalhador.
Com isto, logo a sequência estará aprendida e o trabalho será feito em padrões
automatizados, com ótimo desempenho e com facilidade, evitando possibilidade de fadiga mental.
8 - Evitar posições em que o operador fique de costas para o fluxo da linha – preferir a
posição de 45º graus
É preferível trabalhar de frente para a linha. Alternativamente, pode-se trabalhar de lado para
a mesma, com a parte anterior do corpo visualizando o fluxo da linha. De costas para o fluxo, o
trabalhador tem sempre que torcer o pescoço e o tronco para acompanhar o fluxo da peça.
Quando a mão humana é utilizada neste tipo de exigência (como se fosse uma morsa),
ocorre contração muscular estática, com possibilidade de fadiga intensa, possibilidade de dor e até
mesmo de miosite e tendinite.
Procurar fazer com que as ferramentas sejam as mais adequadas à natureza da tarefa. Para
isso, é necessário estudar bem a tarefa para definir quais ferramentas serão necessárias, e
disponibilizá-las para o operador.
Procurar disponibilizar gabaritos para fixar a peça. Com isso, o operador pode trabalhar com
as duas mãos. Ferramentas podem estar pré posicionadas evitando movimentos desnecessários
da mão.
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4 - Distribuir a carga de trabalho de acordo com a capacidade das pernas, dedos e
mãos
Considerar que as pernas devem ser usadas quando se deseja fazer força; as mãos, quando
se deseja movimentação precisa.
7 - Dobrar o cabo da ferramenta, para que o trabalhador não tenha que dobrar a mão
7 MEDIDA DO TRABALHO
Fontes: BARNES, 1977; SILVA; COIMBRA, 1980; MAYNARD, 1970.
7.1 Definição
38
conhecimento do tempo, da rapidez para se determinar os tempos, do pessoal técnico necessário
para realizar os estudos, dos tipos de produção e padronização dos métodos de trabalho.
As técnicas mais desenvolvidas são: Cronometragem e Tempos Pré-determinados. As mais
simples são: Tempos Históricos, Tempos Estimativos e Tempos Estatísticos. Além destas, há uma
técnica auxiliar que é a Amostragem do Trabalho.
7.3 Cronometragem
39
A metodologia da cronometragem segue as seguintes etapas (SILVA; COIMBRA, 1980):
40
• Os pontos, inicial e final, devem ser definidos e facilmente detectáveis;
• Os elementos executados pelo homem devem ser separados dos executados pela
máquina.
• O elemento acíclico deve ser separado dos elementos cíclicos.
O tempo requerido para a execução dos elementos de uma operação variará ligeiramente
de ciclo para ciclo. Mesmo que o operador trabalhe num ritmo constante, nem sempre executará
cada elemento de ciclos consecutivos exatamente no mesmo tempo.
As variações no tempo são causadas por vários fatores: o método do operador, seu ritmo e
habilidade, erros de leitura do cronômetro e possíveis diferenças na determinação do ponto exato
de término, no qual a leitura deve ser feita.
O estudo de tempos é um processo de amostragem; consequentemente, quanto maior o
número de ciclos cronometrados tanto mais representativos serão os resultados obtidos para a
atividade em estudo. Entretanto, um grande número também encarece o estudo (BARNES, 1977).
A consistência nos valores de tempos medidos em um estudo de tempos é de grande
importância para a determinação de valores reais de uma operação. Quanto maior for a
variabilidade das leituras de um elemento, tanto maior será o número de observações para que se
tenham tempos consistentes, com a precisão desejada.
Para Barnes (1977), pode-se determinar o número de observações de duas maneiras,
conforme descrito a seguir.
N' =
X
(Fonte: Barnes, 1977)
41
Nível de Confiança: 95%
Precisão: 10%
20 N X2 − ( X)2
2
N' =
X
(Fonte: Barnes, 1977)
Onde:
N'= Número de observações necessário para produzir o nível de confiança e precisão
desejados
N = Número de observações realizadas
X = Tempo observado
Procedimento:
• Cronometrar:
10 leituras (t ciclo < 2 min)
5 leituras (t ciclo > 2 min)
• Determinar a amplitude R:
R = H −L
H = Maior valor cronometrado
L = Menor valor cronometrado
42
Dados da Dados da Dados da
R amostra R amostra R amostra
X 5 10 X 5 10 X 5 10
0,10 3 2 0,42 52 30 0,74 162 93
0,12 4 2 0,44 57 33 0,76 171 98
0,14 6 3 0,46 63 36 0,78 180 103
0,16 8 4 0,48 68 39 0,8 190 108
0,18 10 6 0,5 74 42 0,82 199 113
0,20 12 7 0,52 80 46 0,84 209 119
0,22 14 8 0,54 86 49 0,86 218 125
0,24 17 10 0,56 93 53 0,88 229 131
0,26 20 11 0,58 100 57 0,9 239 138
0,28 23 13 0,6 107 61 0,92 250 143
0,30 27 15 0,62 114 65 0,94 261 149
0,32 30 17 0,64 121 69 0,96 273 156
0,34 34 20 0,66 129 74 0,98 284 162
0,36 38 22 0,68 137 78 1,00 296 169
0,38 43 24 0,7 145 83
0,40 47 27 0,72 153 88
R = amplitude do tempo para amostra que é igual o valor maior do estudo de tempo
elementar menos o valor menor do estudo de tempo elementar.
X = valor médio de tempo do elemento para a amostra (para ± 10% de erro relativo e
95% de nível de confiança, divida resposta por 4).
Verificação final
Se o número necessário for menor ou igual a 20, o analista continua o estudo até obter o
número necessário.
Quando o número necessário é maior do que 20, deve-se utilizar o seguinte procedimento:
• Divida as leituras para cada elemento em subgrupos de 4;
• Determine a amplitude R para cada subgrupo;
• Determine a amplitude média para os subgrupos ( R );
• Determine a média das leituras ( X );
43
número de leituras realmente observadas; na escala horizontal, pode-se ler então a
precisão real obtida.
44
Figura 25: (Nº de obs. Nec.) X (Nº de obs. real) para achar a precisão real obtida (ERRO)
(Fonte: Barnes, 1977)
É suficiente observar um local de trabalho, ainda que superficialmente, para verificar que
vários operadores, embora executem a mesma tarefa, apresentam produtividades diferentes.
Alguns são mais rápidos e possuem uma boa produção. Outros são lentos e produzem menos.
Também, ao longo de uma jornada e durante a execução de diversos elementos de ciclo
repetitivo, o desempenho do executante se altera.
Para considerar todas estas variações, o cronometrista, no momento do estudo, além de
anotar as leituras, deverá avaliar o desempenho do operador tendo como base um "operador
normal".
Ele poderá utilizar, para isto, o sistema de Avaliação Do Ritmo (ou velocidade ) ou o
sistema de Avaliação da Eficiência (Sistema de Westinghouse)
45
Avaliação do ritmo ou velocidade
O tempo observado é a média aritmética dos tempos cronometrados para cada elemento da
operação. O tempo observado também é conhecido como tempo selecionado.
X
X=
N
onde:
X Coeficient eRitmoMédi o
TNel = (Fonte: Barnes, 1977)
RitmoReferência
46
onde:
TN el = Tempo Normal do Elemento
X = Tempo Observado do Elemento
Habilidades Esforço
+0,15 A1 +0,13 A1 Excessivo
+0,13 A2 Super-habilitado +0,12 A2
+0,11 B1 Excelente +0,10 B1 Excelente
+0,08 B2 +0,08 B2
+0,06 C1 Boa +0,05 C1 Bom
+0,03 C2 +0,02 C2
0,00 D Média 0,00 D Médio
-0,05 E1 Satisfatório -0,04 E1 Satisfatório
-0,10 E2 -0,08 E2
-0,16 F1 Pobre -0,12 F1 Pobre
-0,20 F2 -0,17 F2
Condições Estabilidade
+0,06 A Ideais +0,04 A Perfeita
+0,04 B Excelentes +0,03 B Excelente
+0,02 C Boas +0,01 C Boa
0,00 D Médias 0,00 D Média
-0,03 E Satisfatórias -0,02 E Satisfatória
-0,07 F Pobres -0,04 F Pobre
Figura 26: Fatores de avaliação, em pontos, no Sistema Westinghouse (Fonte: Barnes, 1977)
Uma vez definidos os qualificativos para cada um dos fatores, obtem-se os valores
correspondentes na Figura 26. O tempo normal é obtido somando-se esses valores, adicionando a
unidade (1) e multiplicando-se pelo tempo observado da operação.
47
7.3.5 Tolerâncias e cálculo do tempo padrão
O tempo normal para uma operação não considera nenhuma tolerância. É simplesmente o
tempo necessário para que uma pessoa qualificada execute a operação trabalhando em ritmo
normal.
Entretanto, não se pode esperar que uma pessoa trabalhe o dia inteiro sem interrupções. O
operador pode gastar o seu tempo em necessidades pessoais, descansando ou por motivos fora
de seu controle.
Estas interrupções da produção ocasionam variações no ritmo de trabalho, com
consequente queda na produtividade de um operador. Para compensar esta queda, há que
adicionar acréscimos no tempo normal, sob a forma de tolerâncias ou concessões que podem ser
classificadas em: tolerância pessoal, por fadiga e esperas inevitáveis.
Tolerância Pessoal - Todo trabalhador deve ter tempo para suas necessidades pessoais
(tomar água, ir ao sanitário, etc.) e por esta razão, a tolerância pessoal será considerada em
primeiro lugar.
Para um trabalho leve, onde o operador trabalha oito horas por dia sem período de
descanso preestabelecido, o trabalhador médio usará para tempo pessoal de 2 a 5% (10 a 24
minutos) por dia. Embora a necessidade de tempo pessoal varie mais com o indivíduo do que com
o trabalho, é um fato que os empregados precisam maior tolerância quando o trabalho for pesado e
estiver sendo executado em condições desfavoráveis, particularmente em atmosfera quente e
úmida. Nestas condições, é possível que os estudos venham a mostrar que mais de 5% do tempo
deve ser reservado para o tempo pessoal.
Tolerância para Esperas Inevitáveis - As demoras ocasionadas por paradas podem ser
evitáveis e inevitáveis. Aquelas paradas feitas intencionalmente pelo operador não serão
consideradas na determinação do tempo padrão. Na realidade, ocorrem paradas inevitáveis devido
a quebras da máquina, falta de materiais, materiais defeituosos, ajustes e trocas de ferramentas na
máquina, etc.
Tolerâncias para esperas inevitáveis é, então, o tempo incluído num padrão de produção
para permitir ao operador atender a pequenos atrasos que ocorrem durante o ciclo do trabalho,
alheios à sua vontade, mas que fazem parte normal da jornada de trabalho.
A duração dessa tolerância pode ser determinada através de estudos contínuos ou de
amostragem do trabalho.
Para Silva (1980), os fatores são: esforço físico, esforço mental, monotonia e condições
ambientais. A tolerância por fadiga pode ser calculada utilizando-se as informações da figura 27.
No caso em que a tolerância para fadiga não for a mesma para todos os elementos, deve
ser calculada a tolerância para cada elemento.
48
Figura 27: Cálculo da Fadiga (Fonte: Silva,1980)
49
Esforço Físico
ML – Muito Leve: Trabalho sentado, serviço manual, operar pesos minúsculos, movimentos
de braços e mãos.
L – Leve: Trabalho sentado, serviço manual, pequena movimentação do corpo.
M – Médio: Trabalho em pé, pequena movimentação, operar pesos médios.
P – Pesado: Trabalho em pé, pode haver movimentação em torno do local, carregar, puxar
ou manter pesos.
MP – Muito Pesado: Operar de modo contínuo pesos grandes.
Esforço Mental
Tempo de Recuperação
É a parte do tempo interno (se houver) do ciclo de trabalho a qual o operador permanece
parado enquanto a máquina ou o processo executa operações automaticamente.
Durante este tempo, o homem se recupera, em parte, do esforço físico-mental despendido.
TEMPO PADRÃO
Tempo Padrão do Elemento: é o tempo normal acrescido das tolerâncias por fadiga,
tolerância pessoal e tolerância para espera inevitável, multiplicado pela frequência com que ocorre
o elemento.
O método baseia-se nas leis da probabilidade: uma amostra ocasional, retirada de um grupo
maior, tende a ter distribuição igual ao grupo maior ou universo. Se as amostras forem
suficientemente grandes, as características dessa amostra diferirão pouco das características do
grupo (BARNES, 1977).
50
Em um a amostragem pode-se realizar dois tipos de observações:
Observações Simples: registrar apenas se o homem e/ou máquina está trabalhando ou não.
Aplicabilidade
Aplica-se esta técnica quando se deseja coletar dados rapidamente e a custos acessíveis,
sobre o trabalho de uma ou mais máquinas e/ou pessoas, ou quando, devido ao tipo de trabalho, a
aplicação de outros métodos não satisfaça os objetivos desejados.
Pode ser utilizado na estimativa de: tolerância pessoal ou tolerância de espera inevitável,
tempo padrão, tempo despendido em várias atividades, tempo de utilização de máquinas, etc.
2 – Analisar o trabalho a ser estudado para conhecer bem a área e as funções do pessoal
ou equipamento que será estudado. Relacionar os principais objetivos e finalidades e definir os
elementos a serem observados.
3 – Codificar os elementos para possibilitar uma maior rapidez na coleta dos dados.
51
Determinação do Número de Observações (BARNES, 1977)
1− p
s. p = p
N (Barnes, 1977)
onde:
Mesmo conhecendo "s", ainda há duas incógnitas na equação, "p" e "N". A fim de
determinar "N", geralmente assume-se ou estima-se por um estudo preliminar o valor de "p".
Recalcula-se "N" periodicamente durante a fase de coleta de dados de estudo, à medida
que a estimativa de "p" se torna mais digna de confiança, como resultado de uma acumulação cada
vez maior de observação. Continuar até que "N" seja satisfeito.
A amostragem do trabalho para ser estatisticamente aceitável requer que cada instante
individual tenha igual probabilidade de ser escolhido. Ou seja, as observações têm que ser
aleatórias e independentes.
Gráfico de Controle
1− p
L p = p 3 p
n (Barnes, 1977)
onde:
52
Tempo Padrão
O tempo padrão através da amostragem do trabalho pode ser calculado a partir da seguinte
equação:
Ttotal Tativo IA
Tp = + Tol
npeçasproduzidas (Barnes, 1977)
onde:
IA =
RitmosAvaliados
NObservaçõesfeitas (Barnes, 1977)
53
8 BIBLIOGRAFIA
LIVROS CONSULTADOS
BARNES, Ralph M. Estudo dos Movimentos e Tempos. São Paulo: Edgard Blücher, 1977.
CAMPOS, V.F. TQC - Controle de Qualidade Total. Belo Horizonte: Fundação Christiano Ottoni,
1992.
CAMPOS, V.F. TQC – Gerenciamento da Rotina do Traballho. Belo Horizonte: Fundação
Christiano Ottoni, 1994.
COUTO, Hudson A. Ergonomia Aplicado ao Trabalho. Vol. 1, 1996.
COSTA, Moacir L. Como Imitar os Japoneses e Crescer (Sem Frescuras). Florianópolis: EDEME,
1991.
FULlMANN, Ivan. Estudo do Trabalho. Ed. Ivan Rossi, 1975.
HARRINGTON, H. J. Aperfeiçoando Processos Empresariais.São Paulo. Mkron, Books.1993.
MAYNARD, H.B. – Manual de Engenharia de Produção. São Paulo: Edgard Blücher, 1970.
MOTA, E.B., at al. – Gestão da Qualidade: Série Gestão Empresarial. Publicações FGV.
MTM. Apostila do Método Básico MTM. São Paulo: Associação MTM do Brasil, 2009.
Management. 6ª Edição. Rio de janeiro: 2005.
MUTHER, Richard. Planejamento de Layout: Sistema SLP. Editora Edgard Blucher Ltda. São
Paulo, 1978
POLYA, G. A. A arte de Resolver Problemas. Tradução: Heitor Lisboa de Araújo. Interciência,
1978.
SHINGO, Shigeo. Sistema de Toyota de Produção. Porto Alegre: Bookman, 1996
SHINGO, Shigeo. Sistema de Produção com Estoque Zero. Porto Alegre: Bookman, 1996b.
SILVA, A.V.; COIMBRA, R.R. Manual de Tempos & Métodos. São Paulo: Hemus.
SITES CONSULTADOS
https://ferramentasdaqualidade.org/matriz-gut-matriz-de-priorizacao/
https://ferramentasdaqualidade.org/5w2h/
https://ferramentasdaqualidade.org/folha-de-verificacao/
https://blogdaqualidade.com.br/diagrama-de-pareto/
https://blogdaqualidade.com.br/diagrama-de-ishikawa/
https://blogdaqualidade.com.br/o-que-e-pdca/
hhttps://neilpatel.com/br/blog/o-que-e-brainstorming/
https://www.gemba.com/portuguese
54