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Projeto de Prática Enfermagem Psiquiatrica e Saúde Mental Ciclo 3
Projeto de Prática Enfermagem Psiquiatrica e Saúde Mental Ciclo 3
Graduação em Enfermagem
Polo BH
2019
O Aluno deverá:
1) Descrever as ações desenvolvidas pela equipe de atenção básica.
A Enfermagem psiquiátrica está fundamentada no relacionamento
interpessoal enfermeiro- paciente, por meio do qual são observados os
aspectos biopsicossociais do ser humano. No aspecto biológico, a
enfermagem observa os efeitos colaterais da medicação e acompanha a saúde
geral do jovem paciente e de sua família. No campo psicossocial, pode
envolver-se em diversas atividades, tais como a visita domiciliária, a
coordenação de grupos de pacientes em oficinas e outros temas. A promoção
do acesso do paciente e família aos recursos da comunidade pode contribuir
para o processo de reabilitação do doente e da família. O cuidado de
enfermagem, com enfoque no sistema familiar, tem-se mostrado bastante útil
por permitir observar os aspectos biopsicossociais do paciente e de sua
família e contribuir para uma melhor articulação do grupo com a
comunidade. O enfermeiro, pode também, ajudar o portador de esquizofrenia
ou outros transtornos psicóticos e seus familiares a identificar e manejar
sintomas de recaídas, pois esse conhecimento contribuirá para diminuir o
número e a gravidade dos episódios, e as internações poderão ser de número
menor ou menor extensão.
2)Realizar uma entrevista com um enfermeiro da atenção básica e levantar quais são as
ações que os profissionais do serviço e especificamente os enfermeiros realizam para
estabelecer o vínculo e o cuidado, junto ao portador.
Algumas ações que podem ser realizadas por todos os profissionais da Atenção Básica,
nos mais diversos dispositivos de cuidado em saúde mental:
• Oferecer suporte na medida certa; uma medida que não torne o usuário
dependente e nem gere no profissional uma sobrecarga.
Por vezes o usuário não se dá conta da relação de seus conflitos e seus sofrimentos com
aquilo que ele fala, pensa ou faz. Ter o profissional de Saúde da Atenção Básica como
um interlocutor pode ser uma via para lidar com esses sofrimentos cotidianos, muitas
vezes responsáveis por somatizações ou complicações clínicas. O exercício de narrar
seus sofrimentos, ter a possibilidade de escutar a si mesmo enquanto narra, além de ser
ouvido por um profissional de Saúde atento, por si só, já pode criar para o usuário
outras possibilidades de olhar para a forma como se movimenta na vida e suas escolhas,
além de também ofertar diferentes formas de perceber e dar significado aos seus
sofrimentos. Outras vezes, caberá ao profissional de Saúde, a partir daquilo que ouviu
ou percebeu, devolver ao paciente algumas ofertas para lidar com situações que
aumentam o sofrimento. A segurança para realizar estas orientações virá do vínculo
produzido com o usuário ao longo do tempo. Cabe destacar que isso é possível
justamente porque o profissional de Saúde se dispôs e soube se colocar como este
interlocutor.
A potência do acolhimento