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Só existe o ordenamento nacional

Tem uma luta entre três correntes, o dualismo, monismo que pode ser o nacionalista e o
internacionalista

O dualismo sustenta que tem duas ordens jurídicas, uma nacional e uma internacional, de você
estiver no Brasil vai ser legislação brasileira versus legislação internacional, o dualismo na
verdade é um pluralismo, em todos os países vai ter o ordenamento nacional e o internacional,
essa posição dualista que é defendida por muita gente, tem gente que diz que o stf adota uma
posição dualista, não é correto dizer isso mas os próprios ministros quando votaram não
falaram isso, alguns deles falaram que estavam adotando uma posição monista moderada ou
dualista moderada, é muito difícil ter uma posição moderada nesse tipo de debate, você parte
do princípio que o ordenamento nacional e o internacional são distintos então você é dualista,
você parte do princípio que só existe um ordenamento, então você é monista, e não tem como
você partir do pensamento que é só um mas não é bem assim, não dá pra usar, não existe uma
midicaçao nesse raciocínio, mas existe sim duas formas de encarar o monismo, porque se eu
afirmo que o monismo só existe um ordenamento, pode ser que você diga que só existe um, o
seu, esse é o que chama de monismo nacionalista, ele diz que só existe um ordenamento
nacional, ele encara o direito internacional dizendo que não existe, o direito internacional só
passa existir quando ele se incorpora ordenamento nacional, então tem uma norma nacional,
esse tratado internacional que foi tratado no ordenamento jurídico agora é uma norma
nacional, é uma forma de ver o fenômeno, é a correta

O monista nacionalista é meio camuflado porque ele não quer mostrar a posição dele, já o
monista internacionalista é kelsen, o monista internacionalista consiste em que existe um
ordenamento internacional e os ordenamentos nacionais vão se adequando a esse
presentemente internacional, e essa tese tem tudo a ver com as origens do direito
internacional

O mundo não tinha fronteiras nós que inventamos isso

Essa história de limite foi inventado pelo ser humano, isso é um do estopins do direito
internacional, em 1648 acontece a igualdade entre os estados, os estados não eram iguais, daí
pra frente tem uma fase do direito internacional que começa a mesclar aquilo que tinha no
período das grandes navegações, o comércio influenciando o direito internacional, com uma
nova etapa que é a positivação, a gente começa a ter tratados internacionais, mais organizados
que não são bilaterais mas sim multilaterais e começa a ter uma preocupação com tratados
internacionais da forma escrita, o costume vai dando lugar a uma outra fonte do direito que
são os tratados e a até 1815 congresso de Viena a gente tem uma fase do direito internacional
que é uma fase com autores que não são tão conhecidos, chega a um período que os estados
começa a ter bastante discursão jurídica territorial, questões territoriais se resolviam antes na
guerra, começa a existir a possibilidade de discussão sobre território em tribunais, em 1919
tem outra fase que é o tratado que põe fim a primeira guerra mundial, tratado Versalhes, esse
tratado consegue manter a paz não por muito tempo, o principal objetivo dele que era não ter
mais guerra, ele não conseguiu, teve um novo tratado porque o de Versalhes é
contemporâneo é a liga das nações, a sociedade das nações, as Nações Unidas só surge na
década de 40, em 1945 depois do fim da segunda guerra mundial E ai depois do fim da
segunda guerra mundial que surge várias organizações internacionais E ai começa a era das
organiza, começa a ter blocos regionais, começa a ter organizações temáticas nacionais,
algumas sobre a batuta da onu, o desmembramento da onu, começa a ter distintas aplicações
até combinar em duas normas importantes

Primeira delas artigo 38 do estatuto da corte internacional de justiça que diz quais são as
fontes de direito internacional público, 1- tratados - é um acordo escrito entre estados
qualquer que seja a denominação

2- fonte de direito internacional público, o costume, o costume precisa ser reiterado e tem que
ter a percepção de que aquilo se constitui em uma norma, você tem que entender que se você
não se comportar daquele jeito você vai ter uma reprovação, os costumes que sempre foram,
talvez seja a fonte mais antiga de direito internacional eles estão ao lado dos tratados, o fatos
de um ser a linha a e outro a linha b e eu ter na linha c princípios gerais de direito
(retroatividade, preservação da coisa julgada), entre os 3 não a hierarquia, essas são as 3
fontes de direito internacional público, tratados, costumes, princípios gerais do direito, não
existe hierarquia entre elas mas tem dois meios auxiliares, que são a doutrina e a
jurisprudência que são meios auxiliares do direito interno mas quando se fala de direito
internacional público se diz que são meios auxiliares da doutrina internacional e à
jurisprudência internacional, não é qualquer doutrina e qualquer jurisprudência

Prevê no artigo 38 uma possibilidade caso as partes ainda concordem que eles admitem atos
unilaterais, resoluções de organizações e atos unilaterais com governos com consequências
externas também como fonte de direito internacional, o que leva a crer que aquelas fontes
relacionadas no estatuto da sige não são as únicas existentes

Fontes de direito internacional privado, estuda o conflito de leis, esse é o coração do direto
internacional privado, a pergunta que o direito internacional privado busca responder é qual é
a lei aplicável, outras matérias são o conflito de jurisdição, nacionalidade a lei do estrangeiro
ou até alguns aspectos penais ou fiscais mas aquilo que é estudado em regra pelos países
como direito internacional privado e que até conhecido como conflito de leis é responder a
essa pergunta, qual a legislação aplicável em um eventual conflito entre a lei brasileira e a lei

E a lei canadense sobre determinada matéria, qual é a lei aplicável, então isso é conflito de
leis, a principal normal de direito internacional privado é uma norma nacional, a lindb, grande
parte do direito internacional tá escrito no direito nacional e no direito nacional de dois países
e os comandos podem naturalmente conflitar entre si, pode ter conflito negativo e conflito
positivo entre esses dois direitos, os tratados não são a principal fonte de direito internacional
privado, a principal norma do mundo sobre direito dos tratados são a convenção de Vilhena
sobre tratados entre estados, uma reserva é uma explosão unilateral, um depositário é o cara
que armazena as versões autênticas, a diferença entre um texto autêntico é um texto oficial é
que autêntico é invocado perante o tribunal que vai tá lá nos indianas autênticos previsto no
acordo , texto oficial é uma tradução do idioma do seu país que não é um texto autêntico do
acordo, um plenipotenciário é o que tem plenos poderes para negociar e pode suportar uma
carta de plenos poderes ou pode ser o presidente da república ou os ministérios das relações
ou ministro das relações exteriores, a convenção de Vilhena sobre direitos tratados tem
também algumas disposições bem ousadas, o Brasil fez reservas a duas delas, o Brasil quando
aderiu à convenção de Vilhena sobre direitos tratados aderiu com ressalva aos artigos 25, e 66,
ius cogis é o topo da pirâmide, é uma norma imperativa do direito internacional geral que só
pode derrogada por uma outra da mesma natureza, um tratado internacional que contrarie o
ius cogenis é Nulo, é um conceito abstrato de normas imperativas de direito internacional
geral, o Brasil é obrigado a não frustrar os objetivos do tratado, o tratado tem que tá
regulamente incorporado, se tem um processo de negociação e ainda não tem o texto final
não se tem tratado mas tá lá o tratado e o presidente da república colocou a firma dele lá,
assinou o tratado Brasil é obrigado a não frustrar, porque o Brasil é signatário da convenção de
Vilhena sobre direitos tratados, ‘incorporação dos tratados ordenamento jurídico nacional,
num tratado internacional assinado o presidente da república que é a única pessoa que tem
competência para negociar um tratado internacional ele que tem a competência privativa para
celebração vai celebrar esse tratado e vai encaminhar pro congresso e aí O congresso vai
aprovar, não vai aprovar ou vai aprovar com uma ressalva, essa ressalva o poder executivo
pode transformar em uma reserva ou pode simplesmente desistir de ser parte do tratado a
qualquer momento mesmo com o congresso aprovando, é por isso que a expressão da
constituição resolver definitivamente tá errado, mesmo com o congresso aprovando de o
presidente da república não ratificar o tratado nunca vai ser aplicado pro Brasil, a ratificação é
a expressão do consentimento ou seja a partir daquele momento o Brasil se obriga por aquele
tratado na ordem internacional, se o tratado tiver vigente, porque a gente pode ratificar e ele
ainda não tiver entrado em vigor, a vigência se olha no tratado, não se olha no decreto
legislativo e nem no decreto de promulgação, então o Brasil foi lá e ratificou o tratado
internacional, depois ele toma providência na ordem interna que é promulgar o tratado
internacional, promulgou o tratado internacional ele já foi publicado em língua portuguesa,
caso esse tratado internacional já não seja redigido originalmente em língua portuguesa, é
muito raro um tratado internacional que já seja redigido em língua portuguesa mas pode
existir, no Mercosul por exemplo é redigido originalmente textos em português e espanhol

Essa discussão sobre monismo e dualismo tá bem presente no rito de corporação porque se é
falado eu incorporei uma norma no ordenamento nacional e que quando eu ratifiquei, eu
atestei que o Brasil tá obrigado na ordem internacional e quando eu promulguei eu to
obrigando o cidadão brasileiro, parece que o tô tendendo um dualismo e esse posicionamento
do stf ele endossa um certo dualismo com o mesmo comportamento meu, eu posso tá
cumprindo uma norma brasileira e descomprimido um tratado internacional, em tese se tem
dois ordenamentos

A hierarquia dos tratados internacionais regra paritária, hierarquia paritária entre tratados e
ordenamento interno, há exceções, direitos humanos pós emenda constitucional 45 se foi
celebrado no rito do parágrafo 3•, ou do artigo 5• da constituição vai ter estatura de emenda,
se tem estatura de emenda e não de constituição para poder controlar a constitucionalidade,
se ele tivesse estatura de constituição importe constituinte originário nunca redige norma
constitucional, só quem redige norma constitucional é o poder constituinte derivado, se tem
estatura supralegal nos tratados de direitos humanos quando ele foi celebrado antes dessa
emenda porque não se pode exigir poderes de claro evidência do legislador ou de quem
celebrou o tratado internacional e que incorporou o ordenamento jurídico nacional, então tem
aí uma primeira sessão que é a sessão mais forte porque da estatura de emenda o tratado oi
estatura supralegal nos casos de tratados de direitos humanos anterior

O transporte internacional tem também estatura supralegal

Acordos de forma simplificada é um acordo que não precisa de assentimento parlamentar


(passar pelo congresso nacional) porque ele não acarreta em cargos ou compromissos
gravosos no patrimônio nacional de pode ser celebrado por um simples acordo executivo e
esse acordo é incorporado no ordenamento jurídico nacional e tem estatura exatamente da
norma que o incorpora, se a norma que o incorporou foi um decreto, tem estatura de decreto,
se a norma que incorporou foi uma portaria do ministério da economia ele tem estatura de
portaria do ministério da economia

Existe um número maior de acordos executivos do que acordos celebrados de forma solene,
apesar de a gente ter esse rito ordinário que gera o tratado com estatura de paritária com a lei
esse rito simplificado é bem mais usado hoje, tem muita publicação de tratado internacional
usando essa nova metodologia de incorporação

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