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Adicionalmente, qualquer problema com sua turma/curso deve ser resolvido, em primeira
instância, pela secretaria de sua unidade. Caso você não tenha obtido, junto a sua
secretaria, as orientações e os esclarecimentos necessários, utilize o canal institucional da
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SUMÁRIO
1. PROGRAMA DA DISCIPLINA
1.1 Ementa
24 horas-aula
1.3 Objetivo
Conceito
Relações Sindicais Proteção do Dirigente Sindical
Instrumentos Coletivos
Impactos na Gestão de Pessoas
Relação de consumo
Aspectos Legais da Gestão Vício e Defeito
contemporânea Oferta e Publicidade
Contrato de Adesão
Prescrição e decadência
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1.5 Metodologia
Exposições dialogadas, estudos de caso e vivências.
MARTINS, Sérgio Pinto. Curso de direito do trabalho. São Paulo: Atlas, 2015.
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2. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
O Direito do Trabalho tem sua fonte formal na Constituição Federal, na Consolidação das
Leis Trabalhistas – CLT, nos Decretos, portarias, regulamentos e instruções, nos costumes,
nos acordos e convenções coletivas, nos regulamentos internos das empresas e nos
contratos de trabalho.
A Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT foi criada em 1943 e de lá para cá tivemos
algumas alterações em seus artigos, mas nada substancial. Os artigos da CLT trazem
normas que determinam as condições mínimas de trabalho aplicáveis a todos os
trabalhadores.
A legislação consolidada foi considerada um grande avanço quando foi aprovada, pois
trazia para o trabalhador brasileiro, as garantias tão essenciais à parte contratual
considerada mais frágil e hipossuficiente.
Destacamos entre os principais direitos: (i) a garantia à jornada laboral de 8 horas diárias,
(ii) a garantia ao salário mínimo e (iii) direito a 30 dias de férias e o (iv) aviso prévio.
Porém, ao avaliarmos hoje as regras contidas na CLT, devemos lembrar que o mundo
evoluiu e os trabalhadores amadureceram.
O trabalhador antes pouco alfabetizado, agora tem um nível de escolaridade maior, além
de conseguir obter informação em tempo real pela internet. O acesso a informação que
antes era limitada a uma parte privilegiada da população, passa a ser disseminada a todos,
de forma igual.
Pensando em toda essa evolução, faz sentido rever o modelo de organização de trabalho
proposta na Consolidação das Leis do Trabalho em 1943.
Relações de Trabalho
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Se todo o mundo evoluir e o Brasil continuar com normas engessadas e com encargos
trabalhistas nos patamares atuais, as empresas internacionais vão optar por levarem suas
fábricas para outros países, transferindo vagas de trabalho, que hoje existem aqui, para
outros países com legislação e cultura mais evoluídas.
Um fato que pode ajudar nesse momento é a flexibilização das leis trabalhistas. Negar a
flexibilização é uma escolha equivocada, o que fará com que o Brasil pague um alto custo
por não acompanhar a evolução.
A concorrência dos negócios brasileiros que antes eram regionais, passou a ser mundial,
fazendo com que os contratos de trabalho atípicos, comecem a ganhar força em todo o
mundo.
A nossa Constituição Federal prevê a flexibilização das regras trabalhistas através do artigo
7º e seus incisos VI, XIII e XXVI.
“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria
de sua condição social:
(...)
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
(...)
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho; (Vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943)
(...)
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;”
A flexibilidade das normas do Direito do Trabalho busca mais autonomia das partes
envolvidas na relação de emprego, permitindo que ambos construam as regras que
servirão de base para a relação contratual.
Agora faltam os operadores do direito se darem conta dessa realidade, para começarem a
lidar de forma mais livre as convenções e acordos coletivos.
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Os princípios e as normas do Direito do Trabalho existem por que não existe isonomia nos
contratos de trabalho. Isto significa que não existe igualdade entre as duas partes –
empregador x empregado, do contrato de trabalho.
São normas básicas e indispensáveis, ligadas ao início de algo. São eles que inspiram e
orientam os legisladores e aplicadores do Direito.
(i) Instrutiva: servem como norteadores para que os legisladores proponham leis
que estejam de acordo com os valores defendidos pelos princípios
(ii) Interpretativa: auxiliar os aplicadores do Direito e a magistratura no momento
de tomar decisões nos processos trabalhistas, direcionando a interpretação das
normas para as melhores aplicações;
(iii) Normativa: servem para preencherem supostas lacunas em situações não
dispostas em lei.
ENQUETE: Quem aqui já teve situações práticas que geraram dúvidas sobre a
interpretação de algum artigo da CLT?
Sendo assim, se você entender os princípios gerais do Direito do Trabalho, você vai
entender a base de como as leis foram redigidas e / ou como as leis serão interpretadas
em caso de dúvidas, especialmente no que concerne os direitos do empregado.
(i) Princípio da norma mais favorável – o aplicador (juiz, empresa etc) deve
escolher aquela norma que traga mais benefícios ao trabalhador ou que melhor
atenda aos interesses deste.
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As normas (leis) de Direito do Trabalho são indiscutíveis e não podem ser extintas ou
alteradas pelos sujeitos da relação trabalhista (mesmo que seja de comum acordo entre
as partes).
Qualquer proposta ou acordo que forem feitos no sentido de se deixar de lado os direitos
do trabalhador serão considerados nulos.
A empresa que incorrer em acordo, que faça o empregado a abrir mão de direitos, pode
responder por tentativa ou efetiva concretização de fraude da legislação trabalhista.
https://trt-4.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/879906000/agravo-de-peticao-ap-3262420105040211
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A regra é que o salário não pode ser reduzido. Porém em determinadas circunstâncias,
principalmente quando há riso de prejuízo maior (exemplo: dispensa em massa), é
preferível reduzir em certo valor os salários dos empregados a ter de dispensá-los.
Tivemos um exemplo recente que foi, durante a pandemia do COVID_19, a redução salarial
com redução da jornada de trabalho. O objetivo aqui foi criar a possibilidade de
manutenção do emprego, durante o período de distanciamento social.
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https://www.gov.br/pt-br/noticias/trabalho-e-previdencia/2020/10/programa-que-permite-reducao-de-jornada-
de-trabalho-e-de-salario-e-prorrogado-ate-31-de-dezembro
https://www.cnnbrasil.com.br/business/2021/02/13/governo-pretende-reeditar-programa-que-autoriza-
reducao-de-jornadas-e-salarios
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O que é tangibilidade? É tudo aquilo que é sensível, que pode ser tocado ou apalpado.
Sabemos que o salário é protegido contra terceiros (inclusive do próprio empregador), não
podendo sofrer qualquer restrição.
“Artigo 462 da CLT - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do
empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de
contrato coletivo.”
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https://www.trt4.jus.br/portais/trt4/modulos/noticias/233791
A Súmula 212 do TST determina que: “O ônus de provar o término do contrato de trabalho,
quando negadas a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o
princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao
empregado.”
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos
de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;”
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https://www.sedep.com.br/noticias/tst-reconhece-vnculo-de-emprego-a-cuidadora-que-
trabalhava-3-vezes-por-semana/
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Para a legislação trabalhistas o que interessa é o que acontece na realidade. Este princípio
prioriza a verdade real diante da verdade formal.
https://www.tst.jus.br/noticia-destaque-visualizacao/-/asset_publisher/89Dk/content/direito-garantido-primazia-da-
realidade#:~:text=Por%20exemplo%3A%20caso%20o%20empregador,que%20foi%20pactuado%20no%20contrato.
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O princípio da unicidade sindical prevê que só pode existir um sindicato por categoria,
empresa ou delimitação territorial.
A Constituição Federal proíbe a criação de mais de uma entidade, de qualquer nível, que
represente a mesma categoria de empregados ou de empregadores em uma mesma base
territorial, não podendo ser menor que a área de um município.
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa
de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos
trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um
Município;
O sindicato único promove melhor unidade do grupo representado, maior solidez e união
indispensável para que as reivindicações do grupo possam evoluir com maior força e
efetividade.
http://www.trt18.jus.br/portal/paginas-pendentes/jurisprudencia-tematica/1-8-direito-coletivo/3-
representacao-sindical/
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Podemos dizer que: uma empresa pode contratar uma pessoa física ou uma outra empresa
para prestar um determinado serviço. Isto é considerada uma relação de trabalho.
Já a relação de emprego, para ser caracterizada, precisa que haja o vínculo empregatício.
(i) Pessoalidade
(ii) Habitualidade
(iii) Subordinação
(iv) Onerosidade
Com a entrada em vigor da Lei Complementar nº 150 em 1º de junho de 2015, que dispões
sobre o contrato de trabalho doméstico, ficou mais claro esse entendimento. Vejamos o
artigo 1º da referida Lei.
Art. 1º - Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma
contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família,
no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nessa
lei.”
Assim por analogia, quando o trabalhador labutar por mais de dois dias na semana par ao
mesmo empregador, independentemente de ser ele doméstico ou não, ficará caracterizada
a não eventualidade ou a habitualidade do respectivo contrato de trabalho.
“A relação de emprego consiste nas obrigações criadas por meio do contrato individual de
trabalho, que vinculam o empregado ao empregador.” – Silvio Alves Alcântara, Legislação
Trabalhista e Rotinas Trabalhistas - 3ª Edição.
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http://www.tst.jus.br/noticias/-/asset_publisher/89Dk/content/reconhecimento-de-vinculo-de-
emprego-invalida-contratacao-por-pessoa-juridica
Qualquer contrato é um negócio jurídico e para que seja considerado válido algumas
condições devem estar presentes para que possa ser considerado válido. De acordo com o
artigo 104 do Código Civil (Lei nº 10.406/2002), a validade de um negócio jurídico exige:
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Os contratos podem tudo, desde que pactuados entre sujeito capazes, com o consenso das
partes e sem impedimento legal.
Contrato por prazo indeterminado: é a regra definida pela CLT para as relações de
emprego. Tem prazo para começar, porém não tem prazo para terminar.
Contrato de trabalho temporário: é aquele prestado por pessoa física contratada por
uma empresa de trabalho temporário, que coloca à disposição de uma empresa tomadora
de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente
ou à demanda complementar de serviços.
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É obrigatório que o contrato seja por escrito, firmado com a empresa de trabalho
temporário. O contrato só será válido se houver a tríplice relação (empresa tomadora de
serviços, empresa de trabalho temporário e empregado).
Esse contrato serve para substituição de empregado que saiu de férias, está afastado por
licença médica, licença maternidade, excesso de trabalho no final de ano etc.
Prazo máximo de 180 dias, podendo ser celebrado em prazo menor e renovado, uma única
vez, por até 90 dias.
Contrato de jovem aprendiz: é um contrato especial que pode ser celebrado, vias de
regra, com adolescentes e jovens com idade entre 14 e 24 anos.
O artigo 7º, inciso XXXIII, da Constituição Federal proíbe ao menor de idade, o trabalho
que possa vir a ser prejudicial para sua saúde física ou mental, bem como a proibição de
qualquer tipo de trabalho ao menor de 16 anos, excetuando-se unicamente o trabalho
como aprendiz.
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Para que o contrato tenha validade, precisa ser comprovado que o aprendiz está
frequentando a escola, que o contrato seja por escrito e por prazo determinado, com
duração máxima de dois anos.
Existe uma exceção em relação ao prazo, quando o aprendiz for portador de deficiência, o
contrato pode ter prazo superior. Veja o artigo 428, parágrafo 3º da CLT.
Contrato de estágio: é um contrato sui generes (com estilo e regras próprias), pois ele
apresenta todos os requisitos de uma relação de emprego, mas não existe vínculo
empregatício entre as partes.
Deve-se ficar atento por que o contrato de estágio, pode transmutar para uma relação de
emprego de forma muito rápida.
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O contrato de trabalho intermitente deve ser por escrito e registrado na CTPS, ainda que
previsto acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva, bem como deve constar:
(ii) valor da hora ou do dia de trabalho, que não poderá ser inferior ao valor horário
ou diário do salário mínimo, assegurada a remuneração do trabalho noturno
superior à do diurno e observado o disposto no § 12;
Assim como para os demais empregados, a cada 12 meses trabalhados o empregado tem
direito de usufruir, nos 12 meses subsequentes, um mês de férias, período no qual não
poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo empregador. Esse período
descanso pode ser dividido em até três períodos, sendo que um deles deve ter, pelo menos,
14 dias corridos e é proibido iniciar as férias dois dias antes de feriados ou no dia de
descanso.
O empregado com contrato intermitente deve receber o mesmo valor por hora ou dia de
trabalho que os demais empregados que exercem a mesma função. Além disso, a
remuneração referente às horas não pode ser inferior ao salário mínimo. O pagamento
também precisa ser efetuado imediatamente ao final de cada período de prestação de
serviço.
Quanto aso benefícios, o décimo terceiro salário, por exemplo, deve ser pago com um valor
proporcional ao período completo de trabalho ao longo do ano.
Contrato com Pessoa Jurídica: é o contrato firmado entre 2 pessoas jurídicas (CNPJ´s)
para realização de algum serviço.
A grande diferença é que as pessoas jurídicas tem regras próprias, além de direitos e
deveres diferentes dos envolvidos em uma relação de emprego entre empregador e
empregado.
Desta forma a empresa contratante deve respeitar algumas normas para que não configure
uma relação de emprego, com direito ao reconhecimento ao vínculo empregatício e suas
verbas trabalhistas de forma retroativa ao colaborador pessoa jurídica.
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Se qualquer desses itens estiverem previstos no contrato celebrado com uma pessoa
jurídica, já dá ensejo para uma reclamação trabalhista postulando vínculo empregatício:
férias anuais;
13º salário;
PLR
recebimento de auxílio, em caso de afastamento do trabalho;
Fundo de Garantia.
Plano de Saúde
Cartão de visita com nome da empresa
Muitas empresas optam pela contratação de uma pessoa jurídica, por esse tipo de
contratação ser mais barato, em função da redução da carga tributária. Porém, devem ter
o cuidado para entender se o serviço prestado pode ser prestado efetivamente, sem
configurar uma relação de emprego.
Vale lembrar, que mesmo tendo um contrato perfeito, existe o princípio da primazia da
realidade, que rege as relações de emprego e que pode ser utilizado se a prática for
diferente do que está previsto no contrato.
2.2.2 Terceirização
O que é a terceirização? É o processo no qual uma empresa, contrata outra empresa, para
realizar um determinado serviço, em vez de contratar os funcionários individualmente.
Precisamos lembrar que o objetivo de uma empresa é dar lucro e portanto, essa é a busca
constante de seus administradores.
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Na área de Recursos Humanos, por exemplo, existem empresas que prestam o serviço que
contempla toda a atividade para que seja gerada a folha de pagamento todos os meses.
Sem falar na terceirização do serviço de recrutamento e seleção e a parte de treinamento
e desenvolvimento de pessoas.
A terceirização ganho força no Brasil depois de crescer de forma exponencial nos Estados
Unidos na década de 1960. Isto aconteceu, principalmente nas multinacionais, que
estavam com filiais no Brasil e traziam como melhores práticas de performance, a
implantação da terceirização para uma parte das atividades que não era atividade fim da
empresa.
Isto porque não teria relação direta, com o core business, que é o núcleo da geração de
valor da empresa. Assim a empresa se torna mais enxuta e com menos setores para que
se faça a gestão. Isso facilita a agilidade na tomada de decisão e diminuição na burocracia.
Quem aqui já percebeu uma falta de compromisso dos atendentes de Call Centers quando
estamos com algum problema, em especial quando não é um problema padrão, e
precisamos resolver?
Além da falta de identificação com a empresa, há a questão da baixa qualidade nos serviços
prestados, porque as empresas contratantes querem pagar pouco.
A nova lei não fala mais em atividade-meio e gerou bastante dúvidas entre os
administradores de empresas e juristas. Pode ou não pode terceirizar atividade-fim?
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Existem críticas duras sobre a terceirização no Brasil, pois entende-se que as empresas
em busca de redução de gastos, estimulam outras empresas à exploração e precarização
do trabalho, causando o adoecimento dos trabalhadores.
A responsabilidade subsidiária é aquela que a lei impõe uma ordem na hora de cobrar
valores. Assim, o empregado da empresa terceirizada que se sente lesado, deve
primeiramente cobrar da empresa com a qual tem vínculo empregatício (empresa
terceirizada). Se a empresa terceirizada não pagar ou reparar o dano causado, ele pode
exigir da empresa tomadora de serviços (contratante).
Vale falar também que a tomadora de serviços (contratante) responde de forma solidária
em casos de acidentes de trabalho. A empresa tomadora de serviços (contratante)
responde solidariamente por ações ou omissões de acordo com o artigo 927 do Código
Civil.
É importante ter nos contratos de terceirização, cláusulas em que haja o direito de cobrar
da empresa terceirizada, quaisquer valores que a empresa contratante seja obrigada a
pagar em razão da solidariedade.
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No passado, lá na época da revolução industrial, o trabalhador era visto como mais uma
das máquinas, que se fazia necessária para que a empresa produzisse e atingisse a sua
atividade fim.
Os tempos mudaram, a legislação evoluiu e agora está mais do que comprovado, que a
relação entre empregador e empregado é fundamental para que uma empresa hoje se
produtiva e mais competitiva.
É assim que surge, ainda de forma tímida na relação trabalhista, o contrato psicológico.
Na doutrina há vários conceitos sobre o que é o contrato psicológico, aqui vamos avaliar a
mais aceita que é a da pesquisadora Denise Rousseau (1989, p.123): “o termo contrato
psicológico refere-se a uma crença individual independentemente dos termos e condições
de um acordo de troca recíproco entre a pessoa focal e a outra parte. A questão-chave
aqui inclui a crença de que uma promessa foi feita e uma contrapartida oferecida em troca,
ligando as partes a alguns conjuntos de obrigações recíprocas".
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Para o empregado, quando se pede dele mais do que ele entenda ser o seu papel, maio o
sentimento de que está sendo explorado. Por outro lado, na perspectiva da empresa, o
mesmo comportamento pode ser interpretado como falta de cooperação do empregado.
O que fazer para buscar uma interpretação mais igualitária dos contratos psicológicos?
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Como a avaliação do empregado é feita pelo seu superior, espera-se que a empresa,
através de seus líderes, tenha uma percepção mais aguçada das expectativas subjetivas
do seu empregado.
Já sabemos que a maior parte das reclamações trabalhistas começam por questões
emocionais mal resolvidas.
Por outro lado, como se trata de um contrato subjetivo implícito, quando vamos avaliar o
descumprimento de um contrato psicológico, temos dificuldade de mensurar o quanto das
expectativas de ambos os lados foi violada.
Por isso em relação ao contrato psicológico é importante que além de toda a comunicação,
seja realizada a conscientização dos gestores, líderes e superiores imediatos sobre a
importância de seu papel como formadores de contratos implícitos com seus subordinados,
tarefa que não deve ser delegada exclusivamente a área de recursos humanos.
Isto porque, o dia a dia do trabalho decorre da relação com o superior e não com o Recursos
Humanos. A comunicação bilateral (empregado e empregador) deve ser constante para
que sempre haja o alinhamento das estratégias organizacionais às expectativas dos
empregados.
De acordo com Amauri Mascaro Nascimento e Sonia Mascaro Nascimento (p. 505):
“Entendemos que sindicato é uma forma de organização de pessoas físicas ou jurídicas que
figuram como sujeitos nas relações coletivas de trabalho.
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Conselho Fiscal – composto por três membros eleitos pela assembleia geral e tem como
objetivo fiscaliza a gestão financeira do sindicato.
O sindicato conta com uma fonte principal de custeio que é a contribuição paga pelos
representados.
Você já deve ter ouvido falar em contribuição sindical. Ela foi obrigatória até 2017, você
sendo ou não sendo associado ao sindicato. Com a reforma trabalhista, os artigos da CLT
que tratam do tema foram alterados (Artigos 578, 579, 582, 587 e 602) a contribuição
deixou de ser compulsória e passou para que haja o desconto do colaborador tem que ter
autorização prévia e expressa do trabalhador.
2.4.1 conceito
(i) Representar
(ii) Negociar
(iii) Arrecadar
(iv) Prestar assistência
(v) Postular judicialmente
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A estabilidade se faz necessária para que o trabalhador tenha a garantia que poderá
exercer seu mandato para representar a categoria, sem perder o emprego quando abordar
temas e assuntos que não sejam do interesse do empregador.
(...)
A regra é a proibição da dispensa do dirigente sindical, mas quando comprovada que este
cometeu falta grave, devidamente apurada por inquérito. É possível a demissão por justa
causa.
Caso haja a dispensa SEM justa causa de empregado, que tenha sido eleito como dirigente
sindical, a empresa pode ser obrigada, por ordem judicial, a reintegrar o empregado até
decisão final do processo.
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§ 5º - Para os fins deste artigo, a entidade sindical comunicará por escrito à empresa,
dentro de 24 (vinte e quatro) horas, o dia e a hora do registro da candidatura do seu
empregado e, em igual prazo, sua eleição e posse, fornecendo, outrossim, a este, comprovante
no mesmo sentido. O Ministério do Trabalho e Previdência Social fará no mesmo prazo a
comunicação no caso da designação referida no final do § 4º. (grifos nossos)
A Súmula 369 do TST já definiu que a estabilidade é garantida mesmo que a comunicação
da candidatura seja após as 24 horas.
II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada, assim,
a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número
de suplentes.
Vale trazer também algumas dúvidas que aparecem na rotina da área de Recursos
Humanos.
Em regra, o dirigente sindical não pode ser transferido, pois impediria o exercício das suas
funções. Porém se a transferência ocorrer, entre filiais dentro da mesma base territorial,
onde exerce suas atividades sindical, não haveria impedimento.
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Porém se o empregado for transferido para uma filial localizada na mesma base territorial
onde exerce suas atividades, a estabilidade permanece válida.
O aviso prévio serve para indicar a data do término do contrato de trabalho. Se o registro
da candidatura ocorrer durante a vigência do aviso prévio, seja ele trabalhado ou
indenizado, o trabalhador não terá direito à estabilidade.
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A CLT prevê uma séria de procedimentos que devem ser observados quando se trata de
uma negociação coletiva.
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Caso não seja possível finalizar a negociação sindical de forma amigável, ou seja, as partes
não concordarem com os pontos negociados, é possível pleitear uma solução através do
poder Judiciário.
É por meio do dissídio coletivo, que a Justiça do Trabalho busca solucionar, o conflito nas
negociações.
Só haverá o dissídio coletivo se comprovada que as negociações foram feitas e não houve
êxito no processo.
Quanto mais rápida e respeitosa for uma negociação de uma convenção ou acordo coletivo,
melhor para o trabalhador, que é a parte mais interessada na negociação.
Dentro os pontos mais relevantes para o trabalhador, quando falamos em uma negociação
sindical, é a questão do reajuste salarial. Muito mais do que quanto o salário vai aumentar,
precisamos entender o quanto o salário está sendo reajustado, para que o trabalhador
consiga, ao longo dos anos, manter o seu poder de compra e o seu padrão de vida.
Geralmente é um dos pontos que mais geram impasse para que um acordo ou convenção
sejam fechados.
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O que muitas vezes vemos é a empresa, através de seus líderes, tentar uma aproximação
nas vésperas de uma negociação. Essa estratégia funciona como uma bomba relógio, pois
o empregado se sente “usado” e acaba tomando partido e ficando com o pleito do
Sindicato.
Em empresas que já estão estabelecidas a bastante tempo, o que a gente percebe é que
se o empregado se sente confortável para expor suas ideias, as negociações costumam
ser mais transparentes e sem grandes surpresas.
Por outro lado, quando uma negociação se arrasta, além de deixar o empregado sem o
reajuste financeiro e as melhorias solicitadas implantadas, atrapalha bastante a rotina da
folha de pagamento que em algum determinado momento vai ter que recalcular benefícios
de forma retroativa.
Falar em gestão contemporânea é falar sobre o que está acontecendo agora. Significa dizer
que algum momento todos os tempos já foram contemporâneos. Os usos e costumes do
passado já nãos ervem de referência para o presente, pois as pessoas que estão
trabalhando nas empresas, estão evoluindo diariamente.
Para que a gestão contemporânea seja efetiva, é importante que os líderes desenvolvam
capacidades básicas para atuarem com sucesso. Isto por que as organizações
contemporâneas buscam uma liderança capaz de mudar a qualquer momento.
Voltamos ao primeiro tema dessa matéria, quando questionamos a aplicação das normas
da Consolidação das Leis do Trabalho para as relações de emprego atuais.
Quantas vezes vemos empresas com ideias sensacionais, para que haja mais inclusão,
mais conforto e mais liberdade para o trabalhador, mas que não implementa tais
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melhorias, porque existe um risco real, de ser mal interpretada e aumentar o passivo
trabalhista.
Por isso cada vez mais se busca liberdade para negociação. Os países mais desenvolvidos
têm poucas leis e muito mais liberdade de negociação.
Quanto mais madura for uma empresa (e empresas são formadas por pessoas) maior será
a possibilidade de negociar melhores condições de trabalho, com seus empregados e
futuros empregados.
O Poder Legislativo não tem sido produtivo no que tange a elaboração de novas normas
trabalhistas. Quem acaba sendo o protagonista da legislação trabalhista é o Superior
Tribunal do Trabalho, que em função da insuficiência de normas trabalhistas, acabam
julgando as demandas modernas, mesmo que tardiamente, das relações de trabalho.
Uma reforma na legislação trabalhista que criasse uma base mais flexível de negociações,
seria muito bem-vinda. A burocracia criada com base na necessidade histórica de proteção
dos direitos básicos do trabalhador, seria atualizada para o contexto histórico atual.
Porém antes da criação do Estatuto da Pessoa com Deficiência em 2015, já existia a lei nº
8.213/91, também conhecida como a lei de cotas para deficientes, foi estabelecida para
garantir que, empresa com mais de 100 funcionários, destinem um percentual de suas
vagas de trabalho, para deficientes.
O art. 93 da lei 8.213/1991 dispõe que a empresa, com 100 ou mais colaboradores, está
obrigada a preencher de dois a cinco por cento dos seus cargos, com beneficiários
reabilitados, ou pessoas portadoras de deficiência, na seguinte proporção:
A lei de cotas para deficientes, apesar de inovadora, não ajudou a reduzir a desigualdade.
Isto por que a maioria das empresas, ao serem entrevistadas por recrutadores de vagas,
deixa claro que somente faz as contratações, para cumprir a obrigação de ter a quantidade
de colaboradores com deficiência.
Relações de Trabalho
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Um outro ponto também usado como justificativa, para o preenchimento de vagas é que
as pessoas com deficiência têm algumas restrições para espaços fabris e/ou não possuem
qualificação suficiente, para exercerem as atividades em grau de igualdade.
Por isso as empresas acabam criando acabam programas específicos de inclusão, que
demandam tempo e esforço da empresa, para que haja a contratação de pessoas com
deficiência para atingimento das cotas e não para a diminuição da desigualdade nas
relações de trabalho.
A primeira coisa que precisamos ter em mente quando o assunto é a diversidade no mundo
corporativo, é entender que não estamos falando só da contratação de mulheres e de
deficientes físicos – PCD.
Portanto, a diversidade nas organizações é quando uma empresa decide ter um conjunto
de trabalhadores, que pertencem a grupos culturais diferentes.
A maioria das empresas que hoje afirmam que tem políticas de diversidade, apenas contam
com políticas de inclusão de mulheres e portadores de deficiência, deixando grande partes
dos grupos com outras diferenças culturais de fora.
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Vemos pouco movimento do governo, nos tempos atuais, para aprimorar e da continuidade
aos programas e leis antidiscriminação. Em contra partida estamos vendo as área de
responsabilidade social e sustentabilidade das empresas sendo o agente de transformação
da sociedade.
São essas empresas que difundem e mostram ao país, quais são as melhores práticas de
inclusão de antidiscriminação.
Do ponto de vista de negócio, a diversidade também gera valor para a empresa. Algumas
pesquisas mostram que as instituições que investem em diversidade de nacionalidade, por
exemplo, alcançam resultados até 50% maiores do que as que contam com empregados
todos da mesma nacionalidade.
Um exemplo claro é que menos do que 5% dos cargos de direção das empresas brasileiras
são ocupados por mulheres. Como é na empresa que vocês trabalham?
Se queremos mudança rápida, devemos acreditar que serão as empresas que vão auxiliar
a construção de um cenário mais igualitário. Por isso é preciso trabalhar para a diminuição
da desigualdade, do preconceito e do racismo.
Art.5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes.
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Para finalizar a inclusão social é o conjunto de medidas, políticas ou ações que objetivam
a participação igualitária de pessoas ou grupos excluídos na sociedade.
A inclusão social é o pressuposto para que seja garantido o direito à igualdade, previsto
na Constituição Federal a todos os cidadãos.
Porém ela não é apenas uma maneira de garantir o bem-estar do funcionário, ela também
garante que a empresa também ganhe. A seguir, explicamos algumas vantagens em
promovê-la na corporação.
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A implantação do PCMSO visa à integralidade das ações pontuais exercidas pelas NR`s,
que devem ser monitoradas continuamente e atualizadas sempre que necessário.
Em março de 2020 foi publicada a Portaria 6.734/2020, que aprovou a nova redação da
Norma Regulamentadora nº 7 – que trata do Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional – PCMSO.
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Qualquer forma de assédio, seja ele moral ou sexual, é uma forma de diminuição de uma
das partes na relação de trabalho.
Uma mesma pessoa pode ser muito produtiva e agradável em um contexto profissional e
se tornar inapta, se o ambiente for hostil. Aqui é importante olhar a cultura empresarial,
pois ela pode incentivar ou repelir condutas de assédio moral.
Antes de falarmos de assédio moral ou sexual, vamos ver o que diz o jurista Sérgio Pinto
Martins sobre o que é assédio de forma ampla:
Já o assédio moral, segundo o mesmo autor, é: “uma conduta ilícita, de forma repetitiva,
de natureza psicológica, causando ofensa à dignidade, à personalidade e à integridade do
trabalhador. Causa humilhação e constrangimento ao trabalhador. Implica guerra de
nervos contra o trabalhador, que é perseguido por alguém.”
O assédio moral é uma prática tão comum no dia a dia das empresas, que o dia 02 de
maio, um dia após o dia do trabalho, foi instituído o dia Nacional de Combate o Assédio
Moral.
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O assédio moral pode ser praticado por preposto, líderes, gestores diretos ou colegas de
trabalho. Não se exige grau de hierarquia, para que um ato seja considerado assédio moral.
Outro ponto importante, que deve ser levado em consideração é que o que é considerado
ofensivo pela vítima do assédio, e o efeito que essa ofensa produz sobre ela, talvez seja
desproporcional em relação ao que foi feito. A maneira como a pessoas se sente depende
de nossa história, educação e feridas passadas.
Isto dificulta bastante quando um juiz precisa decidir sobre o assédio e que acaba tendo
muita relevância são as provas testemunhais. Onde o juiz consegue entender como a
vítima se sentiu e reagiu, no ponto de vista dos colegas que muitas vezes presenciam as
cenas de assédio.
É importante checar algumas situações que podem “favorecer” o assédio em uma empresa:
Do ponto de vista legal, a base para falarmos de assédio, seja moral ou sexual é a garantia
que nossa legislação traz em relação a dignidade humana.
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I - a soberania;
II - a cidadania;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.” (grifos nossos)
“Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
(...)
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado
o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;”
O dano moral é o resultado de um ato de assédio moral. Ele é caracterizado pela violação
do direito a personalidade, causando dor, tristeza ou desconforto emocional da vítima,
sentimentos presumíveis, que em regra dispensam comprovação em juízo.
O Código Civil brasileiro prevê, nos artigos 186 e 927, a indenização por dano moral
decorrente de ato ilícito. Vejamos:
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a
repará-lo.
ASSÉDIO SEXUAL
O assédio sexual difere do moral, por ter uma conotação sexual no constrangimento
causado ao empregado(a) e como regra o assediador utiliza sua posição hierárquica
superior ou sua influência para obter o que deseja.
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Os casos de assédio ainda são difíceis de se estimar, porque grande parte das vítimas
não denunciam ou não entram com processo com o pedido de indenização. Porém, se
observarmos com atenção, tivemos 4.786, processos pedindo indenização por assédio
sexual em 2019.
No Brasil o assédio sexual é crime, conforme prevê o artigo 216-A do Código Penal:
“Art. 286-A – Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual,
prevalecendo-se o agente de sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes
ao exercício de emprego, cargo ou função.
O gênero da vítima não é determinante para a caraterização do assédio como crime. Porém
vale deixar claro que na prática os casos de assédio se dão preponderantemente em
relação às mulheres.
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Apesar dos casos de assédio serem de competência da Justiça Comum, na prática vemos
o reflexo na Justiça do Trabalho, porque se enquadra em hipóteses de não cumprimento
das obrigações contratuais (Arto 483, alínea “e” da CLT) ou de prática de ato lesivo contra
a honra e boa fama (Art. 482, Alínea “b”)
O empregado (a) pode obter a rescisão indireta do contrato de trabalho, motivada por falta
grave do empregador e terá direito de extinguir o vínculo trabalhista e receber todas as
parcelas devidas na dispensa imotivada (Aviso prévio, férias, 13º salário proporcional,
FGTS com multa de 40% etc).
Além das verbas da rescisão imotivada, a vítima ainda tem direito a indenização para
reparação do ano (artigo 927 do Código Civil)
“Art. 927 - Aquele que, por ato ilícito (Art.s 186 e 187), causar dano a outrem, dica obrigado a
repará-lo.
Parágrafo único – Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autror do ano
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.”
Como falamos acima existe a possibilidade de assédio horizontal, aquele que acontece
entre colegas de trabalho. A responsabilidade pela reparação é da empresa (artigo 932,
inciso III, do Código Civil) cabe ao empregador, entrar com ação de regresso contra o
agente assediador.
“Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
(...)
A produção de provas nos casos de assédio sexual é bem complicada, porque o assédio
sexual, na maioria das vezes, não é praticado em público. Geralmente acontece quando a
vítima está sozinha.
As provas são importantes para evitar alegações falsas e podem ser extraídas de conversar
por aplicativos de mensagens e muitas vezes por testemunhas do fato.
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Essa é a forma mais direta de mostrar aos empregados quais são as expectativas que a
empresa tem em relação ao comportamento deles na relação de trabalho.
https://www.tst.jus.br/web/guest/-/petrobras-e-condenada-por-assedio-sexual-de-fiscal-do-contrato-a-terceirizada
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https://www.tst.jus.br/web/guest/-/primeira-turma-aumenta-indenizacao-e-alerta-para-gravidade-do-assedio-sexual
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