Você está na página 1de 2

EQUIPE PARA A MUDANÇA

ESTUDO DE CASO

A empresa Alfa atua no setor metal-mecânico há mais de vinte anos e sempre conseguiu superar seus
concorrentes produzindo mais a um custo mais baixo. O fundador, ainda na direção dos negócios, sempre
valorizou os colaboradores que apresentavam os melhores resultados, mas que nunca esqueciam as regras e
os procedimentos estabelecidos pela empresa. Na fábrica, todos sabem as suas funções e responsabilidades,
sempre recorrendo à direção da empresa toda vez que uma decisão importante precisa ser tomada. O
desempenho de cada funcionário também é cuidadosamente avaliado com base na descrição do seu cargo,
possibilitando que ocorram pequenas alterações no salário durante o ano.
Para fazer frente aos novos desafios enfrentados pela empresa (aumento da concorrência, clientes mais
exigentes, produtos substitutos, etc.), cinco funcionários de áreas diferentes da organização foram
chamados para compor uma comissão. Esta comissão ficou encarregada de conduzir o processo de
mudança, implantando maneiras de melhor atender às necessidades dos clientes e se adaptar às exigências
do mercado. O grupo foi formado, pois os gestores da empresa não acreditavam que uma pessoa sozinha
teria a força necessária e os conhecimentos requeridos para realizar o trabalho.
A comissão é formada pelo gestor da área comercial, uma mulher determinada que está há um ano na
empresa, é formada em administração e pós-graduada na área de marketing; pelo gestor da área de
produção, um homem introvertido que está na empresa desde a fundação, não possui curso superior
completo, mas muita experiência prática; por um engenheiro com vocação para a pesquisa que foi recém
contratado e que possuí mais de dez anos de experiência no setor automotivo e por dois funcionários bem
jovens da área de produção que possuem formação técnica.
O grupo já iniciou os trabalhos há três meses. No início, todos estavam empolgados com o desafio
proposto pelo diretor, mas não tardaram para iniciar os problemas dentro do grupo. Atualmente existe uma
alternância entre pensamentos positivos e negativos, e está aumentando a tensão e a hostilidade entre as
pessoas. Alguns participantes estão se sentindo intimidados. Também podem ser observadas discussões e
brigas dentro do grupo, competições irrelevantes entre os integrantes e a busca por culpados.
Foram definidas regras e procedimentos de trabalho importantes para o funcionamento do grupo, mas
alguns dos integrantes (aqueles com mais tempo de empresa) se sentem no direito de não as seguir. Por sua
vez, os demais não se sentem no direito de cobrar para que eles façam o que foi estabelecido. Os
participantes também estão um pouco confusos, pois ninguém assume formalmente a liderança do grupo e
um fica esperando pelo o outro para que uma atividade seja realizada. Embora todos estejam cientes dos
objetivos a serem alcançados, ninguém sabe exatamente o que o colega está fazendo para ajudar o grupo a
atingir os resultados.
Os integrantes do grupo estão sempre reclamando que as reuniões de trabalho são infrutíferas, pois os
participantes querem opinar sobre coisas que eles não conhecem. Após muitas discussões, as reuniões
costumam chegar ao final sem que nada tenha sido definido, pois os participantes não são unânimes quanto
ao melhor curso de ação a ser adotado. Quando os interesses de uma área vão de encontro aos interesses
da outra, os problemas aumentam ainda mais, pois nenhuma das partes está disposta a abrir mão de seus
objetivos. Os resultados desse embate aparecem na deteriorização dos relacionamentos e na diminuição da
capacidade dos participantes para resolverem problemas posteriores.
Os integrantes do grupo começam a suspeitar de que a responsabilidade pelo baixo desempenho
alcançado pela comissão está diretamente relacionada às características da tarefa. Eles acreditam que o fato
da tarefa ser muito complexa e exigir uma grande interdependência entre as atividades de cada participante,
não deveria ser feita em grupo. O diretor acredita, no entanto, que o problema está ligado às pessoas que,
segundo ele, não estão sendo profissionais. Para ele, os problemas que ocorrem dentro do grupo não são do
seu interesse, o que ele quer é ver resultados.
QUESTÕES

1. Os indivíduos descritos neste caso podem ser considerados um grupo de trabalho? Justifique a sua
resposta.
2. Analisando os comportamentos e sentimentos dos integrantes do grupo, em que estágio de
desenvolvimento o grupo se encontra? Por que?
3. Dentre as principais razões pelas quais as pessoas se reúnem em grupos, quais delas se destacam
neste grupo? Explique.
4. Quais os problemas associados à forma como o grupo está estruturado (papéis, normas, status,
tamanho e composição) podem estar causando a principais dificuldades no seu funcionamento?
Justifique a sua resposta.
5. É possível afirmar que o mal desempenho da equipe se dá pela falta de coesão dos integrantes do
grupo? Explique.
6. Considerando os diferentes tipos de tomada de decisão em grupo, qual deveria ser adotado pelo
grupo de trabalho? Por que?

Você também pode gostar