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25/10/13 Bronquite Canina e Felina - NOVO

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Author: Maricy Alexandrino |
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Bronquite Canina e Felina
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O termo bronquite, refere-se a inflamação de uma parte do trato respiratório ou vias outros
aéreas menores, chamado bronquio. Esta “região” é uma ramificação da traquéia e está
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localizada na entrada dos pulmões, e permite o transporte de ar para dentro e para fora
dos pulmões [6].
Adoção de animais em
Maringá Bronquite crônica é o termo geralmente utilizado parra descrever uma síndrome
Clube de Cães respiratória progressiva, caracterizada pelo excesso de secrreção de muco na árvore
Diabetes em cães e gatos bronquica e osse frequene, persistindo por pelo menos 2 meses consecutivos [2].

Portal Nosso Mundo Os brônquios podem tornar-se obstruídos por causa de constrição ou contração dos
Vetcardio músculos das paredes dessas vias áreas, de inflamação ou irritação das vias aéreas
ou de secreção excessiva de muco que tampa o interior das vias aéreas , sendo o
resultado final uma capacidade prejudicada de levar o oxigênio para os pulmões para
que seja liberado para o resto do corpo[6].

Gatos

A bronquite felina, também é chamada de asma, porém este termo é um pouco


enganoso/confuso. Pois a asma em pessoas refere-se principalmente a constrição
reversível dos músculos das paredes dos brônquios. Já a bronquite está associada a
tumefação (inchaço) das paredes do brônquio que causam passagem estreitada e
obstrução das vias aéreas por tampões de muco ou outras secreções, que ajudam
estreitar ainda mais esses tubos. Alguns gatos possuem asma verdadeira, enquanto
outros tem bronquite [6]. Clinicamente essa diferença é observada pela variação na
gravidade dos sinais e na resposta a terapia [5].

A bronquite felina não é uma doença específica mas sim um diagnóstico descritivo. Em
muitos gatos a bronquite é idiopática, ou seja, sem cauda definida. Todavia, algumas
doenças tratáveis que podem estar associadas a bronquite felina devem ser
consideradas na avaliação diagnóstica, como bronquite alérgica, infecção bacteriana ou
por micoplasma, parasitas pulmonares e dirofilariose.

Cães ©2010 CliniPet - Todos os direitos reservados.

Bronquite crônica é, em associação com colapso de traquéia, provavelmente a doença


do trato respiratório mais comum em cães [7]. Inflamação das vias respiratórias, leva a
tosse crônica e excessiva produção de muco. Devido ao fato que cães não conseguem
expectorar (cuspir), fica difícil saber se o cão está produzindo excesso de muco[7] .
Portanto, o diagnóstico é quase sempre baseado nos quadros de tosse crônica [7].

A bronquite crônica ocorre mais comumente em cães de raças pequenas e de meia


idade a idosos [5] . Sendo algumas raças com maior prevalência, entre elas Poodle Toy,
Pequines, Yorkshire terriers, Chihuahuas, e Lulu da Pomerania[2]. Coincidentemente,
estas raças de pequeno porte também estão predispostas ao desenvolvimento de
colapso de traquéia [2] e insuficiência cardíaca mitral [5], que são doenças
complicadoras nos pacientes com bronquite [2].

Causas e Sinais clínicos

A bronquite pode ser aguda (de curta duração) e associada a lesões reversíveis na
estrutura das vias aéreas ou crônicas (de longa duração geralmente 2-3 meses) e
associada com mudanças permanentes e irreversíveis das vias aéreas. A bronquite e a
asma podem ocorrer ao mesmo tempo e podem ser causadas por infecções
bacterianas, parasitas, alergias ou irritantes inalados, mas em muitos casos a causa
básica não pode ser encontrada [6]. Porém é sabido que fumaça, agentes poluentes e
irritantes (incluindo granulado da caixa de areia dos gatos e produtos de limpeza
doméstico), alergias, infecções e o convívio com fumantes favorecem o aparecimento

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dos sinais clínicos [8].

Os sinais clínicos mais comuns incluem tosse constante, cíclica ou sazonal, respiração
difícil [6], sensibilidade em traquéia [1] e sons pulmonares alterados á auscultação [7].
Episódeos de tosse podem ser confundidos com vômitos [6.8], quando eles apresentam
tosse intensa seguida por ânsia. A respiração pode ser rápida e exigir esforço, nos
casos mais severos pode ser ouvido chiados e ruídos com movimentos expiratórios
prolongados, além de angústia respiratória, cianose (mucosas arroxeadas causado
pela má oxigenação) e respiração com a boca aberta (principalmente nos gatos
gravemente acometidos) [3].

Cães com bronquite geralmente chegam ao veterinário, com queixa principal de tsse,
que pode ser produtiva (com produção de muco/catarro) ou não produtiva [5]. A tosse
geralmente progride de forma lenta por meses a anos, sem sinais sistêmicos [5]. A
medida que a doença evolui, intolerância a exercícios torna-se evidente e é seguida por
uma tosse incessante ou angústica respiratória evidente [5]. O colapso traqueal pode
culminar com angústia respiratória e síncope (desmaio) em cães durante episódeos de
tosse parossística. É possível um cão afetado morrer devido a obstrução das vias
aéreas durante um quadro agudo.

Tanto a bronquite cronica canina quanto a asma felina, são doenças crônicas mas que
podem ter crises de agudização, manifestando angústia respiratória, cianose e síncope
após um severo episódeo de crise de tosse aguda [2]. Nos casos de pioras agudas dos
quadros de bronquite crônica, várias causas devem ser investigadas entre elas pioras
causadas por um período de excitação incomum, estresse ou exposição a irritantes ou
alérgenos, ou por uma complicação secundária, como infecção bacteriana e
desenvolvimento de uma doença subjacente. Pacientes com bronquite crônica tem
melhoras e pioras, mas nunca estão normais, períodos de normalidade entre as crises
sugerem que o animal tenha asma.

Diagnóstico

O diagnóstico da bronquite é feito baseado no histórico de tosse crônica com duração


de dias ou meses na ausência de outras doença ativa, bem como na presença de
alterações características nas radiografias torácicas. Porém nem todos pacientes com
bronquite apresentarão alterações nas radiografias [5.8].

Em alguns casos mais severos ou quando há necessidade de descatar outras doenças


concomitanttes, exames mais invasivos podem ser importantes, entre eles citologia
boncopulmonar, cultura de lavado traqueobronquial (para detecção de infecção
bacteriana), broncoscopia e biópsia com histopatológico.

A broncoscopia é importante nos casos onde há suspeita de bronquite crônica


associada a colapso de traquéia.

Cada caso deve ser cuidadosamente investigado em relação a associação com


exposição a alérgenos em poencial, como uma nova cama, fumaça de cigarro ou de
lareiras, produtos de limpeza para carpetes ou produtos doméstios que contenham
perfumes como desodorantes e sprays [5]. Reforma recente ou outra mudança no
ambiente do animal também pode ser fonte de alérgenos [5] (substâncias que causam
alergias).

É importante descartar outras causas de tosse crônica, como insuficiência cardíaca


congestiva, infestação por dirofilariose, pneumonia, tumor em pulmão, tosse dos canis,
Infecção pulmonar (bacteriana, fúngica, parrasitária, viral, protozoários), efusão pleural
(principalmene nos gatos, tais como: quilotorax, piotórax), tromboembolismo pulmonar,
pneumotórax entre outras causas [3.7].

E esta tarefa pode ser complicada, pois comumente a bronquite crônica é uma doença
de cães e gatos velhos, e estes animais também podem apresentar outras doenças
concomitantes que também pode levar a tosse. Bem como ser uma doença comum em
cães de pequeno porte, e estas raças também estão predispostas ao desenvolvimento
de colapso de traquéia e insuficiência cardíaca mitral, que leva a compressão bronquial
e tosse. Tais doenças devem ser diferenciadas, e suas contribuições ao
desenvolvimento dos sinais clínicos atuais determinados de modo que o tratamento
adequado possa ser adotado.

Tratamento

O tratamento é basicamente sintomático, com tratamento específico possível apenas


para doenças subjacentes ou complicantes que possam ser identificadas [5], cada caso
deve ser tratado individualmente, já que os animais com bronquite podem apresentar
diferentes estágios da doença bem como presença ou ausência de doença
cardiopulmonar concomitante ou infecção secundária [5].

As medicações comumente utilizadas incluem broncodilatadores, corticóides,


antibióticos e supressores de tosse. Nos casos de exacerbação agudas dos sinais
clínicos, oxigênico via máscara deve ser administrado imediatamente e um cateter
venoso colocado em qualquer veia disponível [2], as medicações emergenciais são
aplicadas via intravenosa ou intramuscular de acordo com a gravidade.

Inflamação bronquial, independente da causa, leva ao espessamento da mucosa e


parede das vias aereas, secreção de muco e em algum grau contrição da musculatura

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lisa . O resultado, são sinais tosse e intolerância a exercícios [7]. Portanto o tratamento
[7]

principal da bronquite, visa diminuir o processo inflamatório.

Para isso, os corticóides continuam sendo o medicamento mais eficaz no tratamento


desta doença, embora tenha vários efeitos colaterais que pode limitar seu uso [7]. Os
corticóides diminuem a inflamação local e consequentemente promovem uma ação
“anitussigena” pois diminuem a estimulo dos nervos sensoriais das vias aéreas que
são responsáveis pelo início do quadro de tossse. Além disso, eles diminuem a
produção de muco [7].

Nos casos crônicos sem agudização, a principio o tratamento é iniciado com medicação
via oral em dose de ataque até melhora de 75% dos sinais clínicos, cerca de 2
semanas, a seguir é feito o tratamento de manutenção. Caso seja necessária uma
dose muito alta de corticoide via oral, ou o animal apresente efeitos colaterais com a
medicação via oral, opta-se por corticóides inaláveis, através de bombinhas. Estas por
terem ação local direto nas vias aéreas acabam conferindo alívio mais rápido com
poucos efeitos colaterais. A maior desvantagem é o método de aplicação. Uma vez que
a medicação precisa ser inalada, e não é possível conseguir isso de modo passivo
com cães e gatos, é preciso usar câmaras de adaptação que existem na forma
comercial importada ( AeroDawg ) ou adaptada com frasco de soro, pelo veterinário
(foto).

Uma segunda opção de medicação, são os broncodilatadores, estes são indicados


para alguns casos onde pode ser observado algum grau de constrição bronquica, o que
não necessariamente acontece em todos os animais [7] . Mas pode ser tentado nos
cães que não apresentarem uma boa resposta aos corticóides [7].

Pela baixa incidência de efeitos colaterais, também opta-se pela administração por
inalação, ao invés de via oral.

Adaptação com frasco de soro, para camera de aplicação de medicamentos inaláveis (bombinhas)

Poucas vezes é necessário uso de antibióticos, a menos que haja um resultado


positivo na cultura das secreções respiratórias [5,7,8].

Os animais obesos devem passar por uma dieta para redução do peso para diminuir o
trabalho associado a respiração [8].

É importante que o cão ou gato com bronquite tenham reavaliações periódicas com o
veterinário, pois a dose das medicações poderão sofrer ajustes [6]. O prognóstico da
doença é variável, se a causa básica da doença puder ser identificada e eliminada o
prognóstico é excelente, por outro lado se já ocorreu lesão permanente nas vias aéreas,
a doença não pode ser curada [6]. Mas com tratamento clínico adequado os sinais
podem ser amenizados e as lesões brônquicas podem ser interrompidas ou reduzidas
[6]. Alguns animais que sofrem de crises graves podem morrer de insuficiência

respiratória, apesar do tratamento [5,8].

Vacinação

O único e mais importante método que pode ser feito para previnir as consequencias da
bronquite cônica em cães é diminuir a susceptibilidade aos agentes infecciosos
causadores da traqueobronquite, como a Bordetella b ronchiseptica e o vírus da
parainfluenza [2]. Embora não se saiba precisamente o papel destes agentes nos
quadros de bronquite crônica, eles podem ser fatores complicantes significativos,
quando os sinais clínicos se desenvolverem [2]. Vacinação parenteral é recomendada
principalmente em raças toys e miniaturas, que são as de maiores risco para a
doença[2].

Autora: Maricy Alexandrino – Médica Veterinária

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Referências Bibliográficas

1. ETTINGER, S.J.; FEELDMAN, E.C.; Tratado de Medicina Interna Veterinária, 5º ed.


Vol. 1, Rio de Janeiro: Guanabara, 2004, p 1113.

2. FORD, R, B. Chronic Cough in Dogs, LAVC

3. GARDNER, S.Y.; Feline Asthma, in: WSAVA Congress, 2005

4. KING, L.G. Treating feline asthma and canine chronic bronchitis, In 65º Congresso
Intternazionale Multisala SCIVAC, Rimini, 2010

5. NELSON, R.W.; COUTO, C.G.; Medicina Interna de Pequenos Animais, 2º ed. Rio de
Janeiro: Guanabara, 2001, p 230-232.

6. NORIS, C.; Bronquite Felina (“Asma Felina”) – “Séries de Informação ao Cliente”. Em


ETTINGER, S.J.; FEELDMAN, E.C.; Tratado de Medicina Interna Veterinária, 5º ed. Vol.
1, Rio de Janeiro: Guanabara, 2004 p.2058.

7. PADRID, P.; Diagnosis and Therapy of Canine Chronic Bronchitis, in: WSAVA
Congress, Vancouver, 2001.

8. SOUZA, H.J.M; Coletâneas em Medicina e Cirurgia Felina, 1º ed. Rio de Janeiro:


L.F.Livros, 2003, p 148.

_________________________________________________

Como citar este artigo:

Alexandrino, Maricy. Bronquite Canina e Felina, em CliniPet Clínica Veterinária website.


Disponível em <www.clinipet.com/informativos/1-clinicageral/50-bronquite.html>

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