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Portal Nosso Mundo Os brônquios podem tornar-se obstruídos por causa de constrição ou contração dos
Vetcardio músculos das paredes dessas vias áreas, de inflamação ou irritação das vias aéreas
ou de secreção excessiva de muco que tampa o interior das vias aéreas , sendo o
resultado final uma capacidade prejudicada de levar o oxigênio para os pulmões para
que seja liberado para o resto do corpo[6].
Gatos
A bronquite felina não é uma doença específica mas sim um diagnóstico descritivo. Em
muitos gatos a bronquite é idiopática, ou seja, sem cauda definida. Todavia, algumas
doenças tratáveis que podem estar associadas a bronquite felina devem ser
consideradas na avaliação diagnóstica, como bronquite alérgica, infecção bacteriana ou
por micoplasma, parasitas pulmonares e dirofilariose.
A bronquite pode ser aguda (de curta duração) e associada a lesões reversíveis na
estrutura das vias aéreas ou crônicas (de longa duração geralmente 2-3 meses) e
associada com mudanças permanentes e irreversíveis das vias aéreas. A bronquite e a
asma podem ocorrer ao mesmo tempo e podem ser causadas por infecções
bacterianas, parasitas, alergias ou irritantes inalados, mas em muitos casos a causa
básica não pode ser encontrada [6]. Porém é sabido que fumaça, agentes poluentes e
irritantes (incluindo granulado da caixa de areia dos gatos e produtos de limpeza
doméstico), alergias, infecções e o convívio com fumantes favorecem o aparecimento
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dos sinais clínicos [8].
Os sinais clínicos mais comuns incluem tosse constante, cíclica ou sazonal, respiração
difícil [6], sensibilidade em traquéia [1] e sons pulmonares alterados á auscultação [7].
Episódeos de tosse podem ser confundidos com vômitos [6.8], quando eles apresentam
tosse intensa seguida por ânsia. A respiração pode ser rápida e exigir esforço, nos
casos mais severos pode ser ouvido chiados e ruídos com movimentos expiratórios
prolongados, além de angústia respiratória, cianose (mucosas arroxeadas causado
pela má oxigenação) e respiração com a boca aberta (principalmente nos gatos
gravemente acometidos) [3].
Cães com bronquite geralmente chegam ao veterinário, com queixa principal de tsse,
que pode ser produtiva (com produção de muco/catarro) ou não produtiva [5]. A tosse
geralmente progride de forma lenta por meses a anos, sem sinais sistêmicos [5]. A
medida que a doença evolui, intolerância a exercícios torna-se evidente e é seguida por
uma tosse incessante ou angústica respiratória evidente [5]. O colapso traqueal pode
culminar com angústia respiratória e síncope (desmaio) em cães durante episódeos de
tosse parossística. É possível um cão afetado morrer devido a obstrução das vias
aéreas durante um quadro agudo.
Tanto a bronquite cronica canina quanto a asma felina, são doenças crônicas mas que
podem ter crises de agudização, manifestando angústia respiratória, cianose e síncope
após um severo episódeo de crise de tosse aguda [2]. Nos casos de pioras agudas dos
quadros de bronquite crônica, várias causas devem ser investigadas entre elas pioras
causadas por um período de excitação incomum, estresse ou exposição a irritantes ou
alérgenos, ou por uma complicação secundária, como infecção bacteriana e
desenvolvimento de uma doença subjacente. Pacientes com bronquite crônica tem
melhoras e pioras, mas nunca estão normais, períodos de normalidade entre as crises
sugerem que o animal tenha asma.
Diagnóstico
E esta tarefa pode ser complicada, pois comumente a bronquite crônica é uma doença
de cães e gatos velhos, e estes animais também podem apresentar outras doenças
concomitantes que também pode levar a tosse. Bem como ser uma doença comum em
cães de pequeno porte, e estas raças também estão predispostas ao desenvolvimento
de colapso de traquéia e insuficiência cardíaca mitral, que leva a compressão bronquial
e tosse. Tais doenças devem ser diferenciadas, e suas contribuições ao
desenvolvimento dos sinais clínicos atuais determinados de modo que o tratamento
adequado possa ser adotado.
Tratamento
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lisa . O resultado, são sinais tosse e intolerância a exercícios [7]. Portanto o tratamento
[7]
Nos casos crônicos sem agudização, a principio o tratamento é iniciado com medicação
via oral em dose de ataque até melhora de 75% dos sinais clínicos, cerca de 2
semanas, a seguir é feito o tratamento de manutenção. Caso seja necessária uma
dose muito alta de corticoide via oral, ou o animal apresente efeitos colaterais com a
medicação via oral, opta-se por corticóides inaláveis, através de bombinhas. Estas por
terem ação local direto nas vias aéreas acabam conferindo alívio mais rápido com
poucos efeitos colaterais. A maior desvantagem é o método de aplicação. Uma vez que
a medicação precisa ser inalada, e não é possível conseguir isso de modo passivo
com cães e gatos, é preciso usar câmaras de adaptação que existem na forma
comercial importada ( AeroDawg ) ou adaptada com frasco de soro, pelo veterinário
(foto).
Pela baixa incidência de efeitos colaterais, também opta-se pela administração por
inalação, ao invés de via oral.
Adaptação com frasco de soro, para camera de aplicação de medicamentos inaláveis (bombinhas)
Os animais obesos devem passar por uma dieta para redução do peso para diminuir o
trabalho associado a respiração [8].
É importante que o cão ou gato com bronquite tenham reavaliações periódicas com o
veterinário, pois a dose das medicações poderão sofrer ajustes [6]. O prognóstico da
doença é variável, se a causa básica da doença puder ser identificada e eliminada o
prognóstico é excelente, por outro lado se já ocorreu lesão permanente nas vias aéreas,
a doença não pode ser curada [6]. Mas com tratamento clínico adequado os sinais
podem ser amenizados e as lesões brônquicas podem ser interrompidas ou reduzidas
[6]. Alguns animais que sofrem de crises graves podem morrer de insuficiência
Vacinação
O único e mais importante método que pode ser feito para previnir as consequencias da
bronquite cônica em cães é diminuir a susceptibilidade aos agentes infecciosos
causadores da traqueobronquite, como a Bordetella b ronchiseptica e o vírus da
parainfluenza [2]. Embora não se saiba precisamente o papel destes agentes nos
quadros de bronquite crônica, eles podem ser fatores complicantes significativos,
quando os sinais clínicos se desenvolverem [2]. Vacinação parenteral é recomendada
principalmente em raças toys e miniaturas, que são as de maiores risco para a
doença[2].
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Referências Bibliográficas
4. KING, L.G. Treating feline asthma and canine chronic bronchitis, In 65º Congresso
Intternazionale Multisala SCIVAC, Rimini, 2010
5. NELSON, R.W.; COUTO, C.G.; Medicina Interna de Pequenos Animais, 2º ed. Rio de
Janeiro: Guanabara, 2001, p 230-232.
7. PADRID, P.; Diagnosis and Therapy of Canine Chronic Bronchitis, in: WSAVA
Congress, Vancouver, 2001.
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